14 Calúnias.

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Quatorze Calúnias (1)

(Brasil Seikyo, edição nº 1882, 10/03/2007, página A7.)

Pergunta: O que são as “Quatorze Calúnias”?

Resposta: O Budismo de Nitiren Daishonin é a eterna Lei da vida e do Universo, o caminho da


felicidade absoluta. Ao ouvirem sobre esta Lei, as pessoas manifestam-se de diversas
maneiras, muitas vezes de forma negativa e caluniosa, tal qual o próprio significado da palavra
“calúnia” que consta no dicionário como ofender, difamar, fazer acusações falsas. No 3º
capítulo do Sutra de Lótus, “Parábola”, consta uma passagem que classifica essas atitudes
caluniosas em quatorze tipos. No escrito “Resposta ao Lorde Matsuno”, Daishonin apresenta
estas quatorze calúnias na seguinte passagem: “Um erudito enumera cada tipo. São quatorze
as causas do mal: (1) Arrogância, (2) Negligência, (3) Julgamento egoístico, (4) Julgamento
superficial, (5) Avareza, (6) Recusa à compreensão, (7) Descrença, (8) Recusa a ouvir, (9)
Dúvida errônea, (10) Calúnia, (11) Desrespeito aos seguidores, (12) Ódio aos seguidores, (13)
Desconfiança aos seguidores e (14) Inveja aos seguidores. Essas quatorze calúnias aplicam-se
igualmente aos bonzos e aos leigos. Quão temível é o pecado de cometer qualquer uma dessas
calúnias”. (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. I, pág. 375.) Desses quatorze tipos, os dez
primeiros referem-se a calúnias à própria Lei ou ao ensino. Assim, a “Arrogância” corresponde
à atitude arrogante de uma pessoa que, embora não conheça em profundidade o budismo,
demonstra conhecê-lo perfeitamente, menosprezando a Lei; a “Negligência”, a negligência à
prática budista; o “Julgamento egoístico”, a atitude de interpretar e julgar os ensinos budistas
com base em sua opinião própria de acordo com a sua conveniência; o “Julgamento
superficial”, interpretar os ensinamentos budistas superficialmente sem procurar conhecer os
seus princípios; a “Avareza”, não buscar os ensinamentos budistas dominado pelo seu próprio
sentimento de avareza, isto é, de busca incontrolada dos seus desejos; a “Recusa à
compreensão”, recusar-se a compreender os ensinos budistas; a “Descrença”, não acreditar no
budismo; a “Recusa a ouvir”, recusar-se a ouvir sobre o budismo; a “Dúvida errônea”, duvidar
dos ensinos budistas e, por conseguinte, ficar perdido na vida; a “Calúnia”, caluniar ou difamar
o budismo; “Desrespeito aos seguidores”, menosprezar as pessoas que praticam o budismo;
“Ódio aos seguidores”, odiar as pessoas que praticam o budismo; “Desconfiança aos
seguidores”, manifestar a desconfiança em relação às pessoas que praticam o budismo,
quebrando a união harmoniosa entre os praticantes e “Inveja aos seguidores”, atitude de
invejar as pessoas que praticam o budismo. Em termos práticos, pode-se dizer que quando
aceitamos a prática do budismo, abraçando o Gohonzon, estamos, em princípio, deixando de
cometer os dez primeiros tipos de calúnia, muito embora possamos manifestá-los quando
nossa prática budista está estagnada e rotineira. A essência do Budismo Nitiren encontra-se no
fato de nossas ações estarem embasadas em nossa fé e em nossa gratidão ao Gohonzon, com
sabedoria, força e coragem e em estar com a vida sempre direcionada ao Kossen  rufu. Fontes:
• Terceira Civilização, edição no 414, fevereiro de 2003, pág. 4. • Brasil Seikyo, edição no
1.705, 28 de junho de 2003, pág. C2
Quatorze Calúnias (2)
(Brasil Seikyo, edição nº 1883, 17/03/2007, página A6.)

Pergunta: Como praticantes do Budismo Nitiren, há algum aspecto em especial que


devemos observar para não cometermos uma das Quatorze Calúnias?

Resposta: Das Quatorze Calúnias, as dez primeiras se referem diretamente a atitudes


caluniosas em relação ao ensino budista. Entretanto, as quatro últimas dizem respeito
a atitudes negativas e de calúnia em relação aos seguidores do budismo, isto é, aos
companheiros da prática da fé. Elas são: “Desrespeito aos seguidores”, que
corresponde a menosprezar as pessoas que praticam o budismo; “Ódio aos
seguidores”, que indica o sentimento de odiar uma pessoa que pratica o budismo;
“Desconfiança dos seguidores”, que indica o sentimento e a atitude de desconfiar dos
praticantes do budismo, criticando-os e criando desarmonia entre as pessoas e “Inveja
dos seguidores”, o sentimento de invejar os praticantes do budismo. Em suma, estas
quatro últimas são as mais delicadas, as quais devemos evitar a todo custo em meio ao
relacionamento com as demais pessoas da organização. No escrito “Resposta ao Lorde
Matsuno”, Daishonin apresenta o espírito básico de respeito entre as pessoas, citando
o exemplo do Bodhisattva Jamais Desprezar na seguinte passagem: “No passado, o
Bodhisattva Jamais Desprezar ensinou que todas as pessoas possuem a natureza do
Buda dentro de si e que, abraçando o Sutra de Lótus, todos podem alcançar o estado
de Buda. Acreditando que desprezar uma pessoa é desprezar o próprio Buda, ele
curvava-se diante de qualquer pessoa com profunda reverência. Ele sentiu que mesmo
os que não acreditavam no Sutra de Lótus poderiam vir a crer nele, e assim adorou-os
pelo seu inerente estado de Buda. Portanto, as pessoas que abraçam o Sutra de Lótus
devem respeitar-se entre si muito mais, sejam bonzos ou leigos”. (END, vol. I, pág.
376.) Enfim, devemos nos esforçar para não cometer nenhuma das Quatorze Calúnias,
em especial as quatro últimas, e não permitir que elas acabem com a nossa alegria de
praticar o budismo. O objetivo é desfrutar dessa prática e não lamentar ou reclamar. O
presidente Ikeda afirma que o mais importante é a fé direcionada ao Kossen-rufu. De
fato, se nos empenharmos sinceramente em prol do Kossen-rufu poderemos
compreender o sentimento dos outros e buscar o respeito mútuo. De toda a forma, o
mais importante é o diálogo. Ele cria a solidariedade e a união. É natural que algumas
vezes as opiniões sejam diferentes. Mas o diálogo gera confiança mesmo nesses casos.
E, assim, desenvolveremos uma forte fé, renovando a disposição da nossa prática
diariamente

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