Quando Você Discute A Psicologia Do Brazilian Jiu Jitsu

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Quando você discute a psicologia do Brazilian Jiu Jitsu, você tem duas opções.

 Fala-se muito
sobre os benefícios mentais e emocionais proporcionados quando se pratica o esporte de Jiu-
Jitsu, mas também a atitude mental necessária para vencer uma partida. Ambos se
entrelaçam, então ambos serão incluídos nesta discussão. BJJ requer disciplina mental, o que
não é apenas um benefício psicológico, é também uma atitude que ajuda a ganhar honras.

Pequenos sucessos levam a grandes conquistas no Jiu Jitsu.

Eu faço parte do esporte há tempo suficiente para ver homens enormes se inscreverem e
querem enfrentar outros em uma partida imediatamente. Eles conseguem o que querem, mas
muitas vezes não com os resultados esperados. Você vê, não é tudo sobre força e tamanho. É
sobre a capacidade de alguém de estatura menor enfrentar alguém que é maior, mais forte e
mais agressivo. É feito com alavancagem, posicionamento e aderência. É tudo sobre o
dimensionamento do seu oponente e identificar imediatamente o próximo movimento dele,
preparando uma ação contrária para subjugá-lo e controlá-lo. O tamanho não importa aqui,
mas o conhecimento e a confiança nos seus instintos o fazem.

Você aprende a controlar seu estado mental e a descobrir o que funciona para você vencer.

Este é um atributo que irá ajudá-lo a ganhar partidas e ter sucesso na vida. Não é
fácil. Também pode não permanecer o mesmo durante seus anos de prática e
competições. Encontrar o seu estado ideal de excitação é importante. Algumas pessoas acham
que se entusiasmar com a raiva as ajuda a vencer, contanto que elas também possam manter
o foco. Outros acham que a meditação antes de uma luta ajuda tremendamente. Ter uma
cabeça clara e focar na técnica e ter um bom desempenho durante a partida é a chave, não
ganhar ou perder.

Você constrói sua auto-estima com Jiu Jitsu e melhora sua confiança.

Esse é um dos benefícios psicológicos que você obtém com o Jiu-jitsu. Começa o dia em que
você tem sua primeira luta, que pode ser o primeiro dia de treinamento. Você está
constantemente sendo testado e com muito trabalho, sairá vitorioso. Isso é um grande
construtor de confiança. Você também está aprendendo a ser mais atento, descobrindo quais
técnicas e ferramentas fornecidas pelo treinamento que combinam com o corpo e até mesmo
com os oponentes.

 Jiu Jitsu pode fazer você se sentir mais seguro. Você não apenas está aprendendo a
identificar perigos através de habilidades aprimoradas de observação, mas também
está aprendendo que pode se defender contra outros muito maiores.

 Os benefícios psicológicos vêm do constante contato do oponente no Jiu-jitsu. Aciona


a liberação de substâncias neuroquímicas no cérebro que ajudam a criar um senso de
conexão, foco e consciência.

 Você aprenderá a liberar a sua mente quando praticar BJJ. Isso ajuda você a se
concentrar no aqui e agora na vida cotidiana.

 Você obtém todos os benefícios mentais decorrentes de qualquer exercício intenso,


que inclui a liberação do FDN – Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro, que pode
deixar você mais concentrado, enérgico e até mais feliz o resto do dia.
ÂNGELO
FERNANDES:
PSICOLOGIA E
FILOSOFIA JIU-
JITSU DE MÃOS
DADAS

por José GarranchoJunho 11, 2017







A maioria das artes marciais, com berço em terras do oriente, são
permeáveis a filosofias que defendem valores morais elevados, como o
respeito pelo próximo, lealdade, coragem e honra. Na transição para o
ocidente, foi, contudo, valorizada a componente técnica e a força física,
passando o poder mental para segundo plano. Mas, entre os praticantes,
há exceções e há quem equilibre estas dicotomias.

O «barlavento» assistiu a dois treinos dirigidos por Ângelo Fernandes, um


psicólogo natural de Setúbal, de 39 anos, que se radicou em Portimão há
12. Em ambos, quer no das crianças, quer no dos adultos, o ambiente era
de leveza, quase doçura, com o mestre a sussurrar de tal forma, que os
movimentos tomavam um ar de dança, de coreografia.

Ângelo praticou natação e futebol na sua juventude. A entrada na


universidade colocou um fim à prática contínua. Terminou o curso, veio
para Portimão e teve contacto com o jiu-jitsu brasileiro «por acaso, numa
visita a um cliente, em Silves. Tive curiosidade, experimentei e, embora me
tenha iniciado tarde, consegui entrar em competição, porque a escola
Gracie de jiu-jitsu permite que as pessoas o pratiquem mais intensamente,
mesmo que não sejam jovens». Acabou por ser campeão nacional nas
categorias faixa roxa e faixa azul e participar em dois campeonatos
europeus, ficando entre os seis primeiros, num deles.
Disse-nos o mestre que «o jiu-jitsu é uma arte marcial que tem como
finalidade dominar o adversário, obrigando-o a desistir. Procura-se levar a
luta para o chão, onde se diluem as diferenças de estatura, de peso e de
força. A família brasileira Gracie, que aprendeu esta arte marcial com um
mestre japonês que acolheu, alterou-a de modo a compensar a sua fraca
estatura em relação a muitos oponentes. Usa os princípios da alavanca»,
explicou.
Além disso, associa um estilo de vida saudável, com bons hábitos
alimentares, permitindo uma maior longevidade ao atleta, quer este siga o
caminho da competição, como o da simples manutenção física.
«Os primeiros anos são essenciais», confidenciou, «para aumentar o nível
de confiança. Só depois as pessoas terão condições psicológicas para
competir. Mas depende muito dos mestres. Há escolas que privilegiam a
competição e outras que não», comparou.

Há três anos deixou de competir, tornando-se instrutor. «Cheguei a uma


fase em que percebi que o Gracie jiu-jitsu traz tantas vantagens que a
missão é espalhar a mensagem. Estou nessa fase de passagem de
conhecimento», justificou

Questionado sobre qual o motivo do grande incremento no número de


praticantes de artes marciais, nos últimos anos, Ângelo Fernandes acredita
que, em grande medida, foi talvez devido à internacionalização à
medietização dos combates MMA (Mixed Martial Arts). Os mais jovens
associam a profissão de lutador a um estatuto social. Este mestre admite
que há violência nestes torneios, «porque misturam técnicas de batimento
com as de imobilização e estrangulamento. O jiu-jitsu, pelo contrário, não é
violento. Usa técnicas de imobilização, estrangulamento e ataque às
articulações. Permite o domínio sem agressão. É o domínio posicional que
leva à desistência do adversário».

Por outro lado, o desejo de saber materializar uma defesa pessoal eficáz,
num mundo cada vez mais desregrado e imprevisto, é outro dos motivos.
«Por isso, há cada vez mais crianças, adolescentes e senhoras a juntar a
componente desportiva a este tipo de artes marciais. Aos mais novos,
passo essencialmente a mensagem do caminho do guerreiro, baseado em
valores morais. Alguém que, desde tenra idade, esteja em contacto com
esta tipo de atitude perante a vida, muito provavelmente mais tarde, na
adolescência, quando se manifestam os comportamentos desviantes, não
os virá a ter. Os que começam mais tarde e trazem consigo
comportamentos menos adequados, facilmente verão desmoronadas as
suas crenças, porque acabam por ser vencidos, nos treinos, por pessoas
eventualmente mais fracas».

Ângelo Fernandes arrisca a traçar um paralelo com a sua profissão de


psicólogo. «São papéis parecidos. O interesse nas artes marciais pode vir
por falta de confiança, timidez, insegurança. Nós proporcionamos
vinculação, espírito gregário, pertença ao grupo. São relações dinâmicas e
muito gratificantes para quem está à frente».

Com três anos de existência, a academia passou de uma dezena de


praticantes para mais de 30, nos últimos três meses, graças às instalações e
horários proporcionados pelo Centro de Treinos de Portimão. Os leitores
que desejem experimentar, grátis, podem reservar através do telemóvel
925 219 211 ou pela página do facebook: 5elements jiu-jitsu Portimão.

Por que trabalhar psicologia em um


treino de Jiu-Jitsu?
August 16, 2018 - by blogteamnogueira
Os alunos de Jiu-Jitsu da Team Nogueira que tornam-se competidores, entram na escola
de artes marciais achando que irão apenas aprender técnicas e relaxar de um dia
estressante, no entanto, em um dado momento em que eles começam a desenvolver a
sua autoconfiança e se percebem como protagonistas da sua própria história dentro da
arte suave começam a alçar voos maiores e se inscrevem em campeonatos.

Inicia então uma história de muitas lutas, vitórias e conquistas pessoais. Pensando nisso,
a parceria com o psicólogo Roger Santos (@psico.rogersantos), visa estimular
o desenvolvimento da autoconfiança, com trabalhos em grupo e individual que
aumentam este elo entre mestre e aluno.

“Eles passam a maior parte do tempo vendados e recebendo a voz de comando do


mestre e de outras pessoas. Se ele atende ao mestre somente, significa que ele está com
sua confiança em dia. Porém, se ele ouvir as demais vozes e segui-las, quer dizer que
precisa trabalhar mais esta parte. Se o professor está acompanhando aos alunos na
competição, eles precisam saber a quem ouvir”. A ideia é fazer com que o aluno siga
apenas as instruções do professor, melhorando então o seu desempenho.

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