História

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Arquitetura Românica

Resumo pág. 1 a 67

A arquitetura românica pode ser definida como um estilo medieval que surgiu com o objetivo
de resistir a ataques de povos inimigos e das invasões bárbaras. Logo, tanto sua estética como
sua estrutura refletem força e robustez. 

Fortemente inspirada na arquitetura da Roma Antiga, esse gênero não apresenta uma data
certa de início. Para alguns estudiosos, os seus primeiros indícios datam do século VI. Porém,
para a maioria dos especialistas, ela começou, de fato, no século X, na Europa, mais
precisamente na região da Normandia.  Assim, ela foi abraçada por várias regiões do velho
continente. No entanto, apesar das similaridades entre elas, cada uma trouxe sua própria
história às construções. 

Muitos castelos medievais apresentam características da arquitetura românica. Porém,


podemos dizer que as obras que mais protagonizaram esse estilo foram às igrejas.
A arquitetura românica teve origem no Império Carolíngio, que foi responsável tanto pela
constituição da sociedade feudal como também pela expansão do cristianismo pela Europa. 

Nesse período, o rei precisava defender suas fronteiras e, para isso, distribuía terras entre
soldados e oficiais de acordo com o grau de lealdade. Assim, várias regiões se tornaram
independentes e deram brechas para invasões e guerras. Com o objetivo de proteger essas
terras, a ideia de que as construções fossem maciças e fortes o suficiente foi valorizada. Logo,
o estilo românico nasceu e se fortificou com base nessa proposta. 

Nesse sistema, o rei e a nobreza faziam alianças constantes para se manter no poder. Porém,
outra esfera dessa pirâmide também exerceu um papel de domínio: o clero. 
De um lado, a nobreza enaltecia as virtudes e as habilidades guerreiras de seus membros. De
outro, os bispos, monges e padres tinham como função preservar a paz e transmitir
tranquilidade para a sociedade. Logo, não é de espantar que as igrejas sejam os grandes
símbolos e exemplos desse estilo. 
Nessa época, a peregrinação também era uma constante. Desse modo, o clero, com o objetivo
de propagar a fé e conquistar mais adeptos, se focou na necessidade de construir templos
grandes que simbolizassem o poder de Deus e que, ao mesmo tempo, fosse grande o
suficiente para receber multidões. 
Os peregrinos viajavam para visitar os santuários cristãos e conhecer as relíquias que ficavam
depositadas nesses locais. Diante desse contexto, as Igrejas tiveram que aumentar os espaços
internos e organizá-los de uma forma que facilitasse a acomodação dos visitantes durante a
peregrinação. É por isso que as igrejas românicas seguem o padrão basilical que traz em suas
plantas a cruz latina e, em menor escala, a cruz grega. Um dos espaços mais característicos desse
formato é o de ambulatório. Trata-se de um espaço perto do altar que permite a circulação de
pessoas sem atrapalhar a cerimônia.

Muitas das igrejas românicas eram anexadas a mosteiros. Eles eram construídos com a ajuda de
doações dos ricos aristocratas da época, que faziam caridade com o objetivo de serem
recompensados com orações. Diante desse contexto, uma das instituições mais ricas e poderosas
do século XII foi o mosteiro de Cluny, localizado na França.
Resumo Pág. 68 à 135

Mont Saint-Michel

O Mont Saint-Michel sem nenhuma dúvida é a pérola da França. Repleto de história, o Mont
Saint-Michel tem sido uma testemunha privilegiada de uma França que foi transformada ao
ritmo dos séculos. Triunfando sozinho na baía que leva seu nome, esta ilha rochosa é uma joia
cuja Normandia tem desfrutado por quase 1300 anos. Prepare-se para ficar deslumbrado, o
Mont Saint-Michel é mesmo tudo aquilo que você já ouviu falar e muito mais. Erguido numa
rocha, em uma bela baía.

ABADIA

Caminhe pelas ruas estreitas da aldeia, emolduradas por casas em enxaimel, aprecie as muitas
vistas da Baía do Mont Saint-Michel e depois caminhe até a abadia. Obra-prima da arquitetura
medieval, está localizada no topo do Monte e vai oferecer um panorama esplêndido em toda a
baía. Se for época das grandes marés, melhor ainda. Classificado como monumento histórico,
continua a ser um lugar de peregrinação cristã. Ali aproveitamos para caminhar nas muralhas
para apreciar os encantos do lugar e seu ambiente.

Uma verdadeira pérola da herança francesa, a Abadia é uma joia arquitetônica. Depois de
subir os muitos degraus, você será recompensado pela beleza do lugar. Não importa se os
turistas são uma legião, a atmosfera nas diferentes salas da abadia é muito pacífica. Um dos
destaques da visita é o terraço, que dá uma vista maravilhosa da baía e da área circundante.
Olhando a vista, você percebe o quanto caminhou para chegar até a Abadia, mas a vista é
lindíssima e até esquecemos do “sacrifício”. Iniciamos a visita guiada a Abadia pela capela e
fomos percorrendo vários espaços lindíssimos e cheios de história.

A Igreja de São Miguel, em Hildesheim, Alemanha é uma igreja românica, declarada


Património Mundial em 1985.

A Igreja de São Miguel é uma das mais importantes igrejas do estilo otónico. É uma basílica de
duplo-coro, com dois transeptos e uma torre quadrada em cada cruzeiro.

Segundo uma tradição, um abade do século X começou a construção do edifício atual. Algumas
fontes seguem a tradição ao sugerir que a construção começou antes de 1000. No entanto, o
pensamento atual é que as primeiras partes da igreja são do século XI. [2] É no início do
primeiro estilo românico da Borgonha, que começou a usar os estilos românico e gótico no
início do século XI.

A igreja está situada em um recinto fortificado, e a defesa foi, evidentemente, um fator no


projeto do edifício. A fachada oeste pode ser descrita como "lítica" por apresentar pesadas
paredes de alvenaria e poucas janelas.

Interior

A nave é coberta com abóbada de berço, apoiada em altas colunas cilíndricas

Conservação
A igreja foi incluída na Lista de monumentos históricos de 1840. [2] Como outros na lista, o
edifício exigiu um trabalho de conservação que recebeu sob a direção do arquiteto
preservacionista Charles-Auguste Questel.

RESUMO DA PAGINA 136 à 202

Janelas pequenas

Na arquitetura românica, não há muitas janelas e aquelas que existem são pequenas. Essa
característica têm um motivo: o objetivo era impedir a entrada das “forças do mal”. Já em
castelos, o propósito era evitar o ataque de inimigos durantes as guerras.

Parede robustas

As paredes das obras da arquitetura românica são grandes e sólidas. Além do intuito de
defesa, uma das explicações para essa característica é que as igrejas românicas não eram
desenvolvidas nos grandes centros urbanos e nem tinham influência do gosto refinado da
nobreza.

Como, naquele período, o poder do rei estava enfraquecido e não havia vida social na corte, a
Igreja tornou-se o único local que encomendava trabalhos artísticos. Seu único objetivo era ser
vista como uma extensão do poder divino e a robustez das paredes de alvenaria trazia essa
percepção. Por esse motivo, elas eram chamadas de “A Fortaleza de Deus”.

Capitéis

Mosteiro de Santa Cristina de Ribas de Sil

Uma igreja românica de finais do séc. XII, com planta em cruz latina, de nave única com cinco
tramos, cruzeiro e cabeceira com três ábsides. Os absidíolos laterais prolongam-se como
braços do transepto.

A fachada principal está dividida em dois corpos. O portal de acesso é composto por três
arquivoltas que assentam sobre pares de colunas com capitéis decorados por motivos vegetais
e cabeças humanas, tendo um tímpano liso. No corpo superior temos uma rosácea com
pequenos arcos lobulados.

Anexa à fachada temos uma pequena entrada românica que dava acesso ao claustro. Dispõe
de arquivoltas semicirculares ornamentadas com folhas de árvore e dupla moldura
geométrica. No intradorso temos o tetramorfos. Um dos capitéis é muito interessante, pois
está esculpido com harpias parecidas com as de Santo Estêvão de Ribas de Sil, a lembrar
também as de mestre Mateus (Catedral de Santiago de Compostela).
Abóbadas

As abóbadas usadas na arquitetura românica tinham dois estilos: de berço ou de aresta.


Vamos a uma breve explicação sobre elas:

Abóbada de berço: consiste num semicírculo – o arco pleno – ampliado lateralmente pelas
paredes. Apresenta duas desvantagens: o excesso de peso do teto de alvenaria e a reduzida
luminosidade interna.

Abóbada de arestas: consiste na intersecção, em ângulo reto, de duas abóbadas de berço


apoiadas sobre pilares. Sua vantagem em relação à abóbada de berço é a leveza e maior
iluminação interna. Feitas de pedra, elas traziam uma sensação de solidez para as obras. Trata-
se de mais um elementos inspirado na arquitetura romana.

Arcos ogivais

Os arcos ogivais na arquitetura românica aparecem apenas em algumas obras construídas em


meados do século XII. Esse elemento, que ficou famoso na arquitetura gótica, foi usado por
alguns arquitetos em obras românicas como forma de experimentação.

Um exemplo de obra da arquitetura românica com arcos ogivais é a Abadia de Fontenay,


localizada na França.

Tímpanos

Tímpanos são espaços, geralmente triangulares ou em formato de arcos, que eram usados nas
entradas de igrejas, catedrais ou templos. Eles podiam ser lisos, ter ornamentos ou até mesmo
esculturas.

Podemos ver os tímpanos em várias igrejas românicas, temos um exemplo na Catedral de


Autum, localizada na França.

Vale destacar que as pinturas e esculturas românicas tinham temática essencialmente


didático-religiosas, com produções voltadas para adornar os templos, bem como para instruir
sobre os princípios da fé católica.

Frontões e colunas

Esses elementos estão mais presentes na arquitetura românica da Itália. Diferentemente do


resto da Europa, as obras românicas italianas não têm formas pesadas, duras e primitivas. Por
estarem mais próximos dos exemplos das arquiteturas grega e romana, os construtores ita-
lianos deram às igrejas um aspecto mais leve e delicado.
Grande parte das igrejas românicas foram construídas ao longo de uma rede de estradas
associadas à peregrinação. O exemplo mais famoso, que faz muito sucesso até hoje, é a
Catedral de Santiago de Compostela, na Espanha.

Embora sua fachada tenha o estilo barroco, no interior da obra predomina a arquitetura
românica.

É por isso que as igrejas românicas seguem o padrão basilical que traz em suas plantas a cruz
latina e, em menor escala, a cruz grega. Um dos espaços mais característicos desse formato é o
deambulatório.

Trata-se de um espaço perto do altar que permite a circulação de pessoas sem atrapalhar a
cerimônia.

Muitas das igrejas românicas eram anexadas a mosteiros. Eles eram construídos com a ajuda
de doações dos ricos aristocratas da época, que faziam caridade com o objetivo de serem
recompensados com orações. Diante desse contexto, uma das instituições mais ricas e
poderosas do século XII foi o mosteiro de Cluny, localizado na França.

Resumo Pág. 203 à 267

Batistério de Pisa

Batistério de Pisa dedicado a São João Batista, é um edifício religioso da cidade de Pisa, na
Itália, fazendo parte do complexo arquitetônico da Praça dos Milagres, que compreende o
Batistério, a Catedral, a Torre de Pisa e o Camposanto, ou cemitério monumental. Toda a praça
foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1987.

O Batistério. Edificado entre os anos de 1153 e 1265 foi projetado por Dioti Salvi que elaborou
um sistema inovador para a sustentação de seu telhado redondo. Esta complexa (para a
época) cobertura que acompanha o formato do edifício e termina com um cone bem
pronunciado, é suportada por uma estrutura de colunas internas que ajudam no sistema
estrutural. Este cone puxa o volume para cima e acentua as nervuras do prédio. Interessante a
mudança das telhas que dividem a cobertura em duas, dando ao Batistério duas fachadas
distintas não demarcadas pelo desenho da elevação.

No Batistério apenas a arcada inferior é do estilo Românico. As duas faixas superiores já


adotam uma linguagem gótica mais refinada e elaborada. É bom lembrar que o Românico
manifesta-se entre os anos de 1030 e 1200 e o Gótico surge a partir de 1140 indo até os anos
de 1500. Após essa data toda manifestação gótica é considerada tardia, como por exemplo, o
Manuelino Português, financiado pelas descobertas marítimas e repleto de símbolos náuticos,
como os magníficos entalhes de cordas.
Coliseu

A icônica fachada do Coliseu de Roma é composta de arcadas decoradas com colunas dóricas,
jônicas e coríntias, de acordo com o pavimento em que estavam. Como o Coliseu de Roma
tinha 3 andares (posteriormente mais um foi incluído no reinado de Alexandre Severo e
Gordiano III), as colunas serviam para diferenciá-los.

O Coliseu é formado por um grande número de arcos redondos, suas paredes externas medem
46 metros de altura e são divididas em quatro pavimentos: três arcadas com colunas dóricas,
jônicas e coríntias.

A torre vista de baixo e de bem perto revela suas grossas paredes com aberturas muito
pequenas. A janela da torre mostra claramente o tipo adotado que é classificado como janela
de voamento. Este tipo de janela constitui-se basicamente de uma fresta que vai se alargando
leve e progressivamente para o interior ou exterior. Na torre a janela é de voamento simples,
quase como uma seteira. Quando a janela inicia mais larga, afina no meio da parede e volta a
alargar é chamada de janela de voamento duplo.

O estilo se adaptou aos parcos recursos construtivos da época que impediam o


surgimento de grandes vãos, ainda mais em estruturas altas e delgadas. Os desenhos de
mármore claro e escuro e a inserção de elementos quadrangulares entre os arcos de feitios
semicirculares são características bem marcantes aqui em Pisa. As faixas horizontais são típicas
das construções da Itália central e principalmente da região da Toscana. Aqui elas aparecem
bem marcadas e se repetem no corpo da igreja e do batistério. A torre está desalinhada em
cerca de quatro metros desde o topo até a base. Depois de anos interditada para a visitação
pública, foi reaberta após uma moderna intervenção de engenharia que solidificou o solo sob a
base da estrutura e cessou o processo de afundamento que ameaçava ruir a torre tombada
pelo patrimônio histórico e cultural da UNESCO. O ritmo da inclinação girava em torno de um
minuto de grau por década e caminhava para o colapso e conseqüente desmoronamento. Esse
afundamento que causou a famosa inclinação foi notado pela primeira vez durante a
construção do campanário. Para tentar contrabalançar e cessar o efeito negativo da falta de
prumo os construtores fizeram os dois últimos andares em forma de cunha.

De acordo com o entendimento técnico atual, a área da base da torre é considerada


pequena para sua altura. Esse fato pode ter sido o responsável por gerar cargas excessivas e
concentradas sobre suas fundações. Essas cargas são bem superiores às de outras torres da
mesma época e excessivas se comparadas com as construções tradicionais.

Uma curiosidade: em determinado momento, ao subir a escada helicoidal que leva ao


topo, apesar de estar vencendo os degraus, a sensação é de estar andando no plano.

Basílica de Sant’Ambrogio

A basílica de Sant’Ambrogio é uma das igrejas mais antigas de Milão e representa não só um
monumento da época paleocristiana e medieval, mas é também um ponto fundamental da
história milanês e da igreja ambrosiana. É considerada a segunda igreja mais importante da
cidade de Milão. A aparência da basílica, como a vemos hoje, foi concluída entre os anos de
1088 e 1099, quando o bispo Anselmo a reconstruiu segundo os princípios da arquitetura
românica. Deste modo, foi mantido o esquema de três navadas (sem transepto, que é a parte
do edifício que corta a navada perpendicularmente) e as três absides (ou abóboda)
correspondentes, além do quadripórtico (pátio circundado por quatro lados por pórticos, isto
é, varandas com colunas), que adquiriu a função de lugar para reuniões.

Notável a expressão de renovamento da arquitetura, sobretudo na concepção da iluminação


do espaço. De um lado, a luz provém principalmente das grandes janelas da fachada, e isso faz
com que a luz entre longitudinalmente na igreja e que a estrutura seja evidenciada, sobretudo
no fundo, onde a sobre é maior. Do outro lado, o espaço não foi concebido como até então no
mundo paleocristiano, em modo unitário e místico, mas humano e racional: os espaços foram
divididos com grande consciência da geometria, além de terem exaltado os elementos
estáticos, como pilares do interior e do exterior da igreja, utilizando elementos para colorir
estruturas arquitetônicas.

Na arquitetura românica, não há muitas janelas e aquelas que existem são pequenas. Essa
característica têm um motivo: o objetivo era impedir a entrada das “forças do mal”. Já em
castelos, o propósito era evitar o ataque de inimigos durantes as guerras.

As paredes das obras da arquitetura românica são grandes e sólidas. Além do intuito de
defesa, uma das explicações para essa característica é que as igrejas românicas não eram
desenvolvidas nos grandes centros urbanos e nem tinham influência do gosto refinado da
nobreza.

Como, naquele período, o poder do rei estava enfraquecido e não havia vida social na corte, a
Igreja tornou-se o único local que encomendava trabalhos artísticos. Seu único objetivo era ser
vista como uma extensão do poder divino e a robustez das paredes de alvenaria trazia essa
percepção. Por esse motivo, elas eram chamadas de “A Fortaleza de Deus”.

As obras da arquitetura românica têm como uma das principais características a presença de
capitéis inspirados na arquitetura romana.

As abóbadas usadas na arquitetura românica tinham dois estilos: de berço ou de aresta.


Vamos a uma breve explicação sobre elas:

Abóbada de berço: consiste num semicírculo – o arco pleno – ampliado lateralmente pelas
paredes. Apresenta duas desvantagens: o excesso de peso do teto de alvenaria e a reduzida
luminosidade interna.

Abóbada de arestas: consiste na intersecção, em ângulo reto, de duas abóbadas de berço


apoiadas sobre pilares. Sua vantagem em relação à abóbada de berço é a leveza e maior
iluminação interna.
Os arcos ogivais na arquitetura românica aparecem apenas em algumas obras construídas em
meados do século XII. Esse elemento, que ficou famoso na arquitetura gótica, foi usado por
alguns arquitetos em obras românicas como forma de experimentação.

Um exemplo de obra da arquitetura românica com arcos ogivais é a Abadia de Fontenay,


localizada na França.

Tímpanos são espaços, geralmente triangulares ou em formato de arcos, que eram usados nas
entradas de igrejas, catedrais ou templos. Eles podiam ser lisos, ter ornamentos ou até mesmo
esculturas.

Podemos ver os tímpanos em várias igrejas românicas. Abaixo, temos um exemplo na Catedral
de Autum, localizada na França.

Esses elementos estão mais presentes na arquitetura românica da Itália. Diferentemente do


resto da Europa, as obras românicas italianas não têm formas pesadas, duras e primitivas. Por
estarem mais próximos dos exemplos das arquiteturas grega e romana, os construtores ita-
lianos deram às igrejas um aspecto mais leve e delicado.

Naquele período, os peregrinos viajam para visitar os santuários cristãos e conhecer as


relíquias que ficavam depositadas nesses locais. Diante desse contexto, as Igrejas tiveram que
aumentar os espaços internos e organizá-los de uma forma que facilitasse a acomodação dos
visitantes durante a peregrinação.

É por isso que as igrejas românicas seguem o padrão basilical que traz em suas plantas a cruz
latina e, em menor escala, a cruz grega. Um dos espaços mais característicos desse formato é o
deambulatório.

Trata-se de um espaço perto do altar que permite a circulação de pessoas sem atrapalhar a
cerimônia.

Muitas das igrejas românicas eram anexadas a mosteiros. Eles eram construídos com a ajuda
de doações dos ricos aristocratas da época, que faziam caridade com o objetivo de serem
recompensados com orações. Diante desse contexto, uma das instituições mais ricas e
poderosas do século XII foi o mosteiro de Cluny, localizado na França.

Crucks

Entre o século XIV e o século XVII, muitas construções rurais incluíam uma estrutura de
encaixe. A montagem começou com uma série de caixilhos de madeira 'A' erguidos em
intervalos ao longo do terreno que a casa se pretendia ocupar. Eles estavam ligados no ápice
por uma crista de madeira e por duas grades laterais no nível dos beirais. Madeiras menores
formaram triângulos dentro da estrutura para melhorar a rigidez. As vigas, penduradas da
crista até as grades laterais, sustentavam um telhado de palha de urze. Quando tudo isso foi
feito, eles construíram as paredes!
Como a moldura suportava o telhado, as paredes serviam apenas para proteger do clima.
Qualquer coisa que formou uma superfície impermeável pode ser usada: argila, turfa, pau-a-
pique ou, por volta do início do século XVI, pedra. Apesar de tais diferenças fundamentais,
quando construída com paredes de pedra, para o olho destreinado, uma dessas casas parecia
quase igual a qualquer outra casa.

Embora os documentos sugiram que aldeias inteiras foram construídas dessa forma, menos de
um punhado de estruturas sobreviveram nos Dales. No entanto, fragmentos reutilizados são
comuns o suficiente para mostrar quantos já existiram. Olhe para o lintel acima da porta do
celeiro em Calton Hall Barn ; tem um recesso angular com um grupo de quatro cavidades e
fazia parte de uma lâmina de garfo.

Para minimizar o apodrecimento, os pés de uma estrutura de cruck ficavam em almofadas.


Embora os crucks tenham sumido, essas pedras grandes e planas às vezes podem ser vistas
projetando-se ligeiramente da superfície de uma parede no nível do solo.

Componentes de um telhado (construção da estrutura Cruck)

depois de Brunskill (1999)

Materiais

Por mais abundante que seja a pedra nos Vales, foi só por volta de 1500 que ela começou a se
tornar o material de parede predominante para novas construções. A partir dessa época, os
edifícios cruck existentes começaram a ser refeitos. Não haveria nenhuma mudança imediata,
de fato, pode ter se passado cem anos ou mais antes que as paredes de pedra se tornassem a
norma.

A ardósia do telhado, embora não escassa, veio de pedreiras dedicadas a alguma distância dos
distritos. O transporte representou um problema e consequentemente até meados do século
XVIII continuaram a ser feitos telhados de palha.

Certamente, por volta de 1650, os bosques de carvalhos e até mesmo de freixos estavam se
exaurindo, de modo que a madeira também era trazida. Árvores inteiras podiam vir das
grandes propriedades; componentes menores, já feitos na cidade grande mais próxima.

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