Teoria Interacionistas de Aprendizagem Segundo Piaget, Vigotsky e Bruner
Teoria Interacionistas de Aprendizagem Segundo Piaget, Vigotsky e Bruner
Teoria Interacionistas de Aprendizagem Segundo Piaget, Vigotsky e Bruner
Aurelio Quirige
Manuel Andrade
Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Aurelio Quirige
Manuel Andrade
Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Índice
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Introdução:
Na abordagem geral deste trabalho, olhamos muito mais no contesto de aprendizagem e
tocamos os diversos pontos tais como: teorias interacionistas dos autores citados a cima; visão
geral e particularidade desses autores no contesto pedagógico.
Objectivos
Gerais
Especificos
Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho foi com base na leitura e analise de vários documentos
pela internet, cuja referencia bibliográfica encontra-se na página reservada.
Estrutura
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
Bibliografia
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Afirma-se que é através das manifestações exteriores que se vê se o sujeito aprendeu, mas estas
só se revelam se no interior do sujeito tiver havido um processo de transformações e mudanças.
A sua contrapartida externa, traduz-se em acções que o sujeito não era capaz de realizar antes de
aprender, mas que conseguem fazer depois do periodo de aprendizagem, de uma forma cosciente
que não deixa dúvidas. ALARCAO & TAVARES, 2002:86).
1. Desenvolvimento e aprendisagem
Fixamo-nos, por momentos na relação entre o desenvolvimento humano e a aprendizagem. Se
considerarmos o desenvolvimento humano como um refinamento progressivo da estrutura do
sujeito através, de transformações que se efectuam e auto regulam dentro do próprio sistema da
estrutura da pessoa e a aprendizagem como um processo de construção interna que leva o
sujeito a tornar-se cada vez mais apto, mais capaz, mais humano, mais igual a se mesmo, parece
haver muito de comum entre estes dois conceitos. Os dois processos, desenvolvimento e
aprendizagem, exercem um sobre as outras influências recíprocas. Desenvolvem-se como que
em espiral, de tal maneira que o desenvolvimento, ao mesmo tempo que possibilita a
aprendizagem, e por ela mesma dinamiza, adquirindo assim uma maior amplitude. A criança
aprende porque atingiu um determinado desenvolvimento, mais ao aprender desenvolve-se ainda
mais.
A organização é o mecanismo que permite ao homem ter condutas eficientes para atender às
necessidades, isto é, a sua demanda de adaptação. A adaptação envolve a Assimilação e
acomodação. Portanto, o desenvolvimento intelectual, segundo Piaget, resulta da construção de
um equilíbrio progressivo entre assimilação e acomodação, o que propicia o aparecimento de
novas estruturas mentais. A Assimilação consiste em integrar ou interiorizar a experiência do
meio ambiente onde está inserido, ou seja, acrescentar novos elementos a um conceito ou
esquema. A Acomodação refere o ajustamento desses elementos a nova situação, a resposta do
sujeito as exigências imediatas e constrangedoras do meio, grau de adaptação aos estímulos
externos, mediante a reorganização cognitiva, em vez de respostas mecânicas
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Uilibrações podem levar a estados de equilíbrio considerados como estados de qualidade melhor
que.
O equilíbrio cognitivo busca sempre estados mais complexos, que se caracterizam pela manuten
ção de uma ordem estrutural e funcional em um sistema aberto, nos quais a interação pode ser m
ais rica, realizando então uma criação de estruturas ao invés de sua destruição. Equilibração é um
fator essencial para o desenvolvimento cognitivo. Para uma melhor compreensão, devemos relaci
onar o termo a três fatores clássicos:
• Ao que é inato, hereditário;
• As influências do ambiente físico, a experiência externa;
• A transmissão social, os efeitos de influências sociais.
II. De Assimilação: esta fase já poderá produzir um fenómeno de aprendizagem, sob a forma de
transferência de reacção, como ocorre no processo de condicionamento, em que a reacção a um
excitante incondicionado passa a ser produzida por um excitante novo.
desejável que o assunto ou tópico seja ensinado a diferentes níveis consoante o estádio de
desenvolvimento. ALARCAO & TAVARES, (2002; Pg: 102).
1.5. A motivação para Piaget
A motivação é impulso essencial da actividade cognitiva e faz parte do próprio aparato
cognitivo. A motivação deriva-se da própria necessidade de acção de que são dotados os
esquemas ou estruturas cognitivas.
A aprendizagem da criança inicia-se muito antes da sua entrada na escola, isto porque desde o
primeiro dia de vida, ela já está exposta aos elementos da cultura e à presença do outro, que se
torna o mediador entre ela e a cultura. A escola surgirá, então como lugar privilegiado para o
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desenvolvimento, pois é o espaço em que o contacto com a cultura é feito de forma sistemática,
intencional e planificada. O desenvolvimento – que só ocorre quando situações de aprendizagem
o provoquem – tem seu ritmo acelerado no ambiente escolar. Idem (Pg:69)
Considera-se que a aprendizagem é um processo que se inicia com um estímulo (visual, auditivo,
etc.) que, vindo do meio ambiente, se reflecte na pessoa e produz uma reacção (o fazer, o dizer, o
demonstrar qualquer coisa), que vinda da pessoa, se reflecte no meio ambiente.
3. A teoria de Jerome Bruner
Jerome Bruner nasceu, em 1915 em Nova York. Graduouse em Psicologia na Universidade de D
uke. Seus interesses estiveram a principio, voltados para experimentações sobre a percepção e a a
prendizagem animal. Com o início da II Guerra Mundial, passou a interessarse pela Psicologia S
ocial. Publicou um trabalho mostrando como as necessidades influenciam a percepção.
Suas pesquisas abriram novas perspectivas para a teoria da percepção e prepararam o terreno par
a uma nova escola: a Psicologia Cognitiva. Um dos pontoschave da teoria da instrução proposta
por Jerome Bruner é a sua concepção do desenvolvimento cognitivo do ser humano. Ele procura
explicar como a criança, em diferentes etapas de sua vida, tende a representar o mundo com o qu
al interage.
A posição de Bruner, diante de problemas relativos à aprendizagem é expressa em suas palavras:
“Se você quer saber como as crianças realizam a aprendizagem em situação escolar, então estude
crianças em sala de aula, e não ratos e pombos em gaiolas”. (BRUNER, 1979, p.49).
“Captar as relações entre os fatos”, para adquirir novas informações para poder transformálas e t
ransferilas para novas situações foram um postulado de Bruner quanto ao processo de aprendizag
em. Partindo disto ele elaborou uma teoria de ensino. Para Bruner, o ensino envolve a organizaçã
o da matéria de forma eficiente e significativa para quem aprende. Bruner acredita que haja três n
íveis de representação cognitiva do mundo:
1) Representação Entiva (ou ativa)
2) Representação Icónica
3) Representação Simbólica
Representação Enativa: Nesta etapa, a criança representa o mundo pela ação. Por exemplo, se p
erguntarmos para uma criança onde fica a escola dela, provavelmente ela será capaz de nos levar
até lá, porém, dificilmente saberá representar o caminho através de um mapa ou até dar indicaçõe
s verbais.
Crianças pequenas comunicamse melhor com o mundo e entendem melhor as coisas, por meio
da ação, portao, a comunicação do adulto para com a criança, neste nível, deverá ser expressa so
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b a forma de movimentos. Por exemplo, os contos infantis, serão mais apreciados e entendidos q
uando apresentados sob forma de dramatizações, teatros com fantoches, filmes, do que por meio
de figuras ou somente pela narração verbal.
Representação Icônica:
Neste nível, a criança possui a representação mental ícone= imagem, figura dos objetos, sem a n
ecessidade de manipulálos. A imagem existe independente da ação. As crianças já podem desenh
ar a figura de um objeto, por exemplo, uma bola, sem representar o ato de jogar a bola. A criança
já aprecia e compreende figuras e ilustrações de livros de histórias infantis.
Representação Simbólica:
Neste nível a criança pode representar o mundo por símbolos, sem a necessidade do uso da ação
ou da imagem e já consegue traduzir experiências através da linguagem e receber mensagens ver
bais do adulto.
A importância do fator ambiental
Princípios
Motivação:
Bruner acredita que todas as crianças têm dentro de si um grande desejo de aprender, são
naturalmente curiosas e talvez este seja o melhor exemplo de motivação, e isto deverá ser
aproveitado em sua educação. Ele enfatiza a motivação intrínseca, ou seja, as forças internas que
predispõem criança a aprender.
Estrutura:
Este princípio afirma que qualquer matéria pode ser organizada de forma que possa ser
transmitida e compreendida por qualquer aluno. Isto significa que, se estruturada
adequadamente, uma teoria de Einstein, por exemplo, poderá ser entendida por uma criança. Para
Bruner, a estrutura de qualquer matéria pode ser caracterizada de três maneiras:
1) Modo de apresentação: A forma, a técnica, o método pelo qual a informação é comunic
ada é muito importante para que se ajuste ao nível de experiência da criança.
2) Economia de apresentação: Quanto menos informação, ou seja, menos fatos o aluno pr
ecisar conservar em mente, maior é a economia. Então, para continuar a aprendizagem,
a quantidade de informação é fundamental, devendo haver uma economia em comunicar
um corpo de conhecimentos.
3) Poder de apresentação: A apresentação de um assunto será mais proveitosa se for mais
simples.
Seqüência:
Reforçamento:
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Bruner fala da necessidade que temos de receber fe e d b a ck, para sabermos como estamos indo
no nosso trabalho. Assim, o professor deve fornecer informações ao aluno sobre seus resultados
também, como forma de reforço. Porém, o aluno não pode se tornar tão dependente dos reforços
de seu professor, de modo que este precise estar sempre presente. O próprio aluno deve assumir
uma função autocorretiva.
Aprendizagem
Aprendizagem, para os cognitivistas, é o processo de organização e integração das informações à
estrutura.
Cognitivo/cognição: A psicologia cognitiva estuda os processos de aprendizagem e de aquisição
de conhecimento. Atualmente é um ramo da psicologia dividido em inúmeras linhas de diferente
s pesquisas e algumas vezes discordantes entre si. Deriva da psicologia cognitiva em
que pode haver pelos indivíduos, uma visão unitária dos processos mentais, onde o aprendizado
se dá pela apreensão dos dados e do conhecimento imediato de um objeto mental.
A cognição é derivada da palavra latina cognitione, que significa a aquisição de um conheciment
o através da percepção. É o conjunto dos processos mentais usados no pensamento e na percepçã
o, também na classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento através do raciocí
nio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas. Mas a
cognição é mais do que simplesmente a aquisição de conhecimento e consequentemente, a nossa
melhor adaptação ao meio mas é também um mecanismo de conversão do que é captado para o
nosso modo de ser interno. Ela é um processo pelo qual o ser humano interage com os seus seme
lhantes e com o meio em que vive, sem perder a sua identidade existencial.
Ela começa com a captação dos sentidos e logo em seguida ocorre a percepção. É, portanto, um p
rocesso de conhecimento, que tem como material a informação do meio que vivemos e o que já e
stá registrado na nossa memória.
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Aprendizagem mecânica
Aprendizagem significativa
Aprendizagem Significativa é dividida em três tipos:
2) Aprendizagem de Conceitos que é uma extensão da Representacional, porém num nível mais
abrangente e mais abstrato, como exemplo o significado de uma palavra.
Contra a aprendizagem mecânica ele se torna um adepto do cognitivismo e por isso propõe uma
aprendizagem de estrutura cognitiva, intensificando a aprendizagem como um processo de
armazenamento de informações que, ao agruparse no âmbito mental do indivíduo possa ser
manipulada e utilizada adequadamente no futuro, através da organização e integração dos
conteúdos apreendidos significativamente.
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Ausubel entende que uma aprendizagem é significativa quando as informações no plano mental
do aluno se manifestam, através da aprendizagem pela descoberta e percepção. A aprendizagem
é algo que provém de uma comunicação com o mundo e se acumula sob uma forma rica de
conteúdos cognitivos, ou seja, é o processo de organização das informações e integração de tudo
isto, pela estrutura cognitiva.
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Conclusão:
Acreditamos que o desenvolvimento e aprendizagem, parece haver muito de comum entre estes
dois conceitos. Os dois processos, desenvolvimento e aprendizagem, exercem um sobre as outras
influências recíprocas. Desenvolvem-se como que em espiral, de tal maneira que o
desenvolvimento, ao mesmo tempo que possibilita a aprendizagem, e por ela mesma dinamiza,
adquirindo assim uma maior amplitude. Numa criança normal e num processo de aprendizagem
normal, o desenvolvimento e aprendizagem ocorrem mais ou menos (mais não inteiramente) em
simultâneo. As anomalias e dificuldades parecem verificar-se quando há um desfasamento
grande entre estes dois processos; poderá haver um desenvolvimento anormal a dificultar a
aprendizagem ou uma aprendizagem a contraria as leis do desenvolvimento.
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Bibliografia
TAVARES, José at all. Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem, editor: livraria
almedina-coimbra, 1ª edição, Janeiro 2002.