História Antiga:: Mundo Greco-Romano

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História Antiga:

Mundo Greco-Romano
Material Teórico
O mundo Grego

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Dra. Andrea Borelli

Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites.
O mundo Grego

·· Introdução
·· As Civilizações Minoica e Micênica
·· A Grécia Continental
·· A vida cotidiana
·· Arte e Arquitetura

Nesta unidade, vamos tratar da civilização grega, cujas descobertas


perduram até hoje. Os gregos são fundamentais para compreendermos a
contemporaneidade, o seu teatro e sua arte são patrimônios inestimáveis
da humanidade, a sua filosofia e política influenciaram grande parte do
pensamento do Ocidente.

Atenção
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar as
atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.

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Unidade: O mundo Grego

Contextualização

Fonte: Wikimedia Commons

Diante de tamanha perfeição, é impossível deixar de lembrar dos Jogos Olímpicos e de tantas
outras contribuições deixadas pela antiga civilização grega.
Vamos discutir, nesta unidade, os aspectos mais relevantes da Grécia Antiga, considerada “o
berço da civilização ocidental”.

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Introdução

A Grécia Antiga é chamada de o berço da


civilização ocidental, devido as suas contribuições em
áreas com a política, filosofia, artes e tantas outras.
Há cerca de 2.500 anos, os gregos criaram
instituições e um modo de vida que serviram
de inspiração a outros povos – os romanos, por
exemplo, admiravam a arte produzida pelos
gregos. Além disso, eles foram os responsáveis
pelo conceito da democracia, pela ideia dos Jogos
Olímpicos e por muitas contribuições na área das
Fonte: caçemdariu.com

ciência e da filosofia.
Os gregos antigos viviam na Grécia Continental,
onde se encontram as ilhas gregas, também na
região da atual Turquia e em colônias espalhadas
ao redor da costa do mar Mediterrâneo. Além disso, habitavam a Itália, a África do Norte e o
extremo oeste da França.
A Grécia Continental é um território montanhoso, quase completamente cercado pelo Mar
Mediterrâneo e tem invernos amenos e verões longos, quentes e secos .

As Civilizações Minoica e Micênica


A civilização minoica floresceu durante a Idade do Bronze na ilha de Creta – entre 2000 a.C.
e 1500 a.C. Os minoicos ficaram conhecidos por sua arte, arquitetura e por sua contribuição
significativa para o desenvolvimento da civilização da Europa Ocidental.
O arqueólogo Sir Arthur Evans foi o grande responsável pela redescoberta desta civilização
com suas escavações na região do antigo palácio de Cnossos, entre 1900-1905.
Evans descobriu grandes ruínas que confirmavam os relatos antigos –literários e mitológicos
– da existência de uma civilização bastante sofisticada na ilha. Foi Evans que cunhou o termo
minoica em referência ao lendário Rei Minos.
Os assentamentos minoicos, túmulos e cemitérios foram encontrados em toda Creta, mas os
principais eram Cnossos, Faistos, Malia e Zakros .

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Unidade: O mundo Grego

Fonte: Wikimedia Commons

Em cada um desses locais foram encontradas grandes estruturas com dois ou três andares
cobrindo vários milhares de metros quadrados onde parece ter funcionado um centro
administrativo, comercial, religioso e possivelmente político.
A relação de poder entre esses centros, que ficaram conhecidos como palácios, e da ilha como
um todo não é clara devido à falta de evidências arqueológicas e literárias. Parece claro, porém,
que os palácios exerciam algum tipo de controle em particular na coleta e no armazenamento
de materiais como vinho, azeite, cereais, metais preciosos e cerâmica.
A ausência de fortificações nos assentamentos sugere uma coexistência relativamente pacífica
entre as diferentes comunidades; contudo, a presença de armas – tais como espadas, punhais,
armaduras e capacetes – também sugere que confrontos entre os grupos locais devem ter existido.
Os palácios eram estruturas monumentais com grandes salas, colunatas, escadas, espaços
religiosos, sistemas de drenagem, áreas de armazenamento e espaços para espetáculos públicos.
A complexidade desses palácios e sua delicada decoração indicam, como dito anteriormente,
uma sociedade bastante desenvolvida e sofisticada.
As touradas eram representadas em muitos afrescos e, ao que tudo indica, os touros eram
considerados sagrados. Tal fato pode ter sido um dos fatores do surgimento da lenda de Teseu
e o Minotauro, tão popular na mitologia grega clássica.

Fonte: Wikimedia Commons

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A cerâmica cretense foi encontrada por todo o Mediterrâneo, desde vasilhas ultrafinas e
delicadas até grandes jarros de armazenamento, os pithoi. Os vasos eram, inicialmente,
produzidos à mão, contudo, por conta da necessidade de tornar o processo mais rápido, foi
introduzida a roda de oleiro. Os vasos eram, a princípio, decorados com desenhos geométricos,
mas com o tempo surgiram imagens de flores, plantas e da vida marinha.
Pithoi – Museu do Louvre

Fonte: Wikimedia Commons

Os magníficos afrescos das paredes e dos pisos dos palácios também revelam a admiração
que os cretenses tinham pela vida marinha e pela natureza de maneira geral, além de nos
permitir observar as práticas religiosas, comunitárias e funerárias deles.
Os Golfinhos – Palácio de Cnossos

Fonte: Wikimedia Commons

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Unidade: O mundo Grego

O termo micênico é utilizado para definir a arte e a cultura da Grécia entre 1600-1100. O
nome vem da cidade de Micenas, no Peloponeso, onde existiu uma fortificação.
Micenas é citada por Homero como a capital do rei Agamenon, que liderou os gregos na
Guerra de Tróia

Mascara de Agamêmnon A cidade ganhou notoriedade por meio


das escavações de Heinrich Schliemann que,
em meados de 1870, trouxe à luz objetos que
pareciam pertencer ao palácio de Agamenon –
como descrito por Homero.
A riqueza dos sepultamentos de Micenas atesta
o crescimento e desenvolvimento na região de uma
poderosa sociedade que perdurou por quatro séculos
– em especial nas cidades de Micenas, Tirinto, Tebas
e Atenas. Os artesões locais produziam objetos de
cerâmica e bronze, bem como outros itens de luxo:
joias, vasos feitos de metais preciosos e ornamentos
de vidro. O comércio micênico estendeu-se por todo
o mundo mediterrâneo, como podemos observar
a partir dos vasos encontrados por toda essa região
que, provavelmente, serviam para transportar azeite,
Fonte: Wikimedia Commons
vinho e outros produtos.
Além de comerciantes competentes, os micênicos eram guerreiros ferozes e grandes
engenheiros que projetaram e construíram pontes, muralhas, fortificações, sistemas de drenagem
e de irrigação.
Ao que tudo indica, a estrutura política dessas cidades era a de uma monarquia autocrática.
O governante, que ficou conhecido como o wanax, administrava o seu território por meio de
uma estrutura hierárquica de funcionários e uma classe especial de sacerdotes e sacerdotisas.
As pessoas eram divididas em um sistema de classes elaborado e a escravidão era
amplamente praticada.

Fonte: Wikimedia Commons

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As ruínas de Micenas e de Tirinto fazem parte do Patrimônio Cultural da Humanidade. Entre
as ruínas de Micenas, destacam-se as áreas de sepultamento estabelecidas na encosta sul da
colina, que incluem a Sepultura Circular B e a Sepultura Circular A. O palácio foi construído
na parte mais alta do terreno e era rodeado por enormes paredes, construídas em três etapas
distintas. O palácio foi abandonado no final do século XII a.C. e uma série de edifícios foram
danificados por um incêndio de grandes proporções. No entanto, o local continuou a ser ocupado
até 498 a.C., momento em que o viajante grego Pausânias visitou Micenas, no 2º século d.C.,
declarando que o local estava abandonado.
No final do século XIII a.C., no entanto, a Grécia continental assistiu ao declínio das cidades
e da cultura micênica.

A Grécia Continental
O colapso final da civilização micênica por volta de 1100 a.C. marcou o fim da Idade do
Bronze do Egeu e o início de um período de grave depressão econômica.
O próximo século e meio (de 1050 a cerca de 900 a.C.), conhecido na arte como o período
Protogeométrico, representou o início da recuperação. As colônias gregas se estabeleceram na
costa oeste da Ásia Menor e na costa norte do mar Egeu.
Os laços comerciais com o Oriente próximo foram Ânfora – Protogeométrica
restabelecidos e houve um aumento gradual da riqueza. Museu Britânico

A produção da cerâmica e a metalurgia voltaram a ganhar força


neste contexto e vários objetos deste estilo foram encontrados no
Mediterrâneo, atestando o crescimento do comércio.

O período geométrico foi um momento de inovação e


transformação na sociedade grega. A população aumentou
dramaticamente e a vida urbana floresceu, trazendo com
isso a superlotação populacional e as tensões políticas.

A linguagem escrita ressurgiu com a adoção do alfabeto fenício,


é provavelmente nesse mesmo período em que os poemas épicos
de Homero, a Ilíada e a Odisseia, foram registrados.

Durante esse período, o conceito de polis, a cidade-


estado grega, começou a se desenhar e as colônias gregas
no exterior continuaram a florescer. Além disso, novos
assentamentos foram estabelecidos – em especial na região
do Mar Negro e em outras localidades do Mediterrâneo, Fonte: Wikimedia Commons
como na costa norte-africana e no sul da França. Os contatos
comerciais com lugares como o Egito e Anatólia estimularam o influxo de importações e levaram
à fabricação de objetos gregos com uma aparência “oriental” ou com “motivos orientais”.

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Unidade: O mundo Grego

Vaso com representações funerárias As cidades-estados continuaram a florescer durante o


período arcaico, apesar da agitação política e social interna.
A cidade de Atenas, com sua famosa Acrópole, passou
a simbolizar o mundo grego. Trata-se de uma comunidade
micênica, que cresceu para se tornar a síntese da virtude grega.
A evidência de ocupação humana na Acrópole de Atenas
e na área em torno da Ágora remonta a 5.000 anos. Como o
solo não era propício para a agricultura de grande escala, os
atenienses se voltaram para o comércio e, principalmente,
para o comércio marítimo.
A primeira série de leis escritas da cidade foram produzidas
por Drácon em 621 a.C., mas foi considerada muito severa,
já que a pena para a maioria das infrações era a morte. Por
esse motivo, Sólon foi chamado para modificar e revisar o
conjunto. Sólon, ele próprio um aristocrata, criou uma série
de leis que impactou no poder político do grupo dominante
Fonte: metmuseum.org
e, ao fazê-lo, lançou as bases para a democracia em Atenas.
Depois do governo de Sólon, vários grupos entraram em conflito e, por fim, Pisístrato chegou
ao poder. Ele reconheceu o valor das revisões de Sólon e as manteve ao longo de seu próspero
governo. Seu filho, Hípias, continuou sua política, mas seu reinado tornou-se violento e em 510
a.C. ele foi retirado do poder por uma revolta local, que recebeu apoio dos espartanos.
Depois da queda de Hípias, Clístenes chegou ao poder com a missão de reformar o governo e as
leis. Em 507 a.C., ele instituiu uma nova forma de governo que hoje é reconhecida como Democracia.
Essa nova forma de governo forneceu a estabilidade necessária para fazer de Atenas o centro
cultural e intelectual do mundo antigo – uma reputação que dura até hoje.

Isonomia - iguais
perante a lei

Isegoria - direito Democracia Isocracia - acesso


de “falar” Ateniense ao governo

Após derrotarem os persas na batalha de Maratona, em 490 a.C., e na batalha de Salamina,


em 480 a.C., Atenas emergiu como potência principal da Grécia. Sob seus comandos, foi
formada a Liga de Delos, uma aliança entre as cidades-estado para repelir novos ataques persas.
Sob a liderança de Péricles, a cidade tornou-se tão poderosa que poderia efetivamente ditar as
leis, os costumes e as regras de comércio aos seus vizinhos na Ática e nas ilhas do Mar Egeu.
Durante o século V, conhecido como Século de Péricles, Atenas chegou a sua Era de Ouro
e grandes pensadores, escritores e artistas se reuniram na cidade: Heródoto viveu e escreveu
em Atenas; Sócrates ensinou no mercado; Hipócrates praticou suas ciências naturais; o escultor
Phidias criou suas grandes obras para o Parthenon na Acrópole e o Templo de Zeus em Olímpia;
Demócrito imaginou um universo atômico; Ésquilo, Eurípedes, Aristófanes, Sófocles escreveram
suas peças famosas; e esse legado continuaria com Platão e Aristóteles.

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O poder do Império ateniense gerou conflitos com diversas cidades estado, em especial com Esparta.

A Guerra do Peloponeso, 431-404 a.C., entre Atenas e Esparta, e que envolveu direta ou
indiretamente toda a Grécia, terminou em desastre para Atenas. Seu império se dissolve e
ela veio se tornar presa para os avanços de Felipe II, da Macedônia, que venceu os gregos na
Batalha da Queroneia.

Um dos elementos mais importantes da cidade de Atenas era a sua acrópole, termo que em
grego significa cidade alta.

A maioria das cidades-estado da Grécia Antiga tinham uma acrópole em seu centro,
normalmente em uma colina, onde eram construídos os prédios mais importantes e para
onde as pessoas podiam fugir em caso de ataque. Entretanto, a acrópole mais famosa de
todas era a de Atenas.
Mapa da Acrópole

Fonte: plato-dialogues.org

Explore
Assista ao documentário de Costa Gavras sobre a Acrópole:
»» http://youtu.be/aGitmYl6U90

A Acrópole ateniense é o lar de um dos edifícios mais famosos do mundo: o Parthenon. Esse
templo foi construído para a deusa Atená e é o maior e mais importante edifício nessa acrópole.

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Unidade: O mundo Grego

Parthenon

Fonte: Steve Swayne/Wikimedia Commons

Mármores do Parthenon – Phidias - Museu Britânico.

Fonte: Wikimedia Commons

Explore
Assista a um vídeo do Museu Britânico sobre os Mármores do Parthenon
(em inglês): http://www.britishmuseum.org/explore/galleries/ancient_greece_and_
rome/room_18_greece_parthenon_scu.aspx

A adoração não acontecia no interior do templo, pois este era considerado a moradia do
deus. Os sacrifícios e outros rituais aconteciam em altares ao ar livre.

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O Parthenon foi ricamente decorado com
esculturas. O escultor Phidias produziu uma imensa
estátua de Atená Parthenos que, segundo a lenda, foi
coberta com ouro.
O Parthenon é um edifício com características dóricas
e jônicas. Havia oito colunas na frente do prédio e
dezessete de cada lado, a decoração estava organizada
em três elementos: dois frontões triangulares em cada
extremidade, painéis denominados metopes ao redor da
parede externa e um friso de pedra esculpida na parte
externa do edifício.
Fonte: greece-athens.com
Uma das primeiras estruturas construídas na
acrópole foi o templo para Athena Nike, que era utilizado para solicitar/agradecer por
vitórias militares.
O templo foi destruído quando os persas Propileus
atacaram os edifícios da acrópole, em 480 a.C., e
um novo templo foi construído durante a época da
Guerra do Peloponeso.
O Propileus era a entrada da acrópole e funcionava
como um portão que estava entre o mundo dos seres
humanos e a terra dos deuses na acrópole. Trata-se
de um edifício impressionante que foi projetado para
atrair a atenção de quem se aproximasse dele.
Trata-se de uma construção em dois níveis
diferentes por causa do terreno irregular. Fonte: odysseus.culture.gr

O Erecteu era um templo construído para Athena Polias e para Poseidon- Erechtheus. O
edifício deve a sua forma incomum à irregularidade do terreno – há uma diferença de três
metros entre o lado ocidental e o oriental. A parte oriental do edifício foi dedicado à Athena
Polias, enquanto a parte ocidental serviu ao culto de Poseidon; além disso, existiam altares de
Hefáistos e Voutos, irmão do Rei Erechtheus.
Erecteu Na fachada sul do templo encontram-se as
Karyatides, uma estrutura com seis estátuas femininas
em vez de colunas para suportar o telhado. Criada
por Alkamemes ou Kallimachos, as estátuas foram
nomeadas Karyatides em homenagem às jovens de
Karyes de Lacônia, que adoravam a deusa Ártemis.
Juntamente com Atenas, Esparta era uma das
cidades-estado mais conhecidas da Grécia Antiga.
Esparta era governada por dois reis e um Conselho
de Anciões, também existia uma assembleia de
cidadãos que não tinha poder concreto, mas deveria
Fonte: Dorieo21 / Wikimedia Commons ser consultada em diversos assuntos.

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Unidade: O mundo Grego

Durante o século V, Esparta era uma cidade muito poderosa, principalmente devido ao seu
exército, muito temido por outros gregos. A criação de soldados eficientes era o objetivo da
educação espartana e todos os cidadãos do sexo masculino faziam parte do exército.

Hoplita espartano

Fonte: De Agostini / Getty Images

Embora cada homem espartano tivesse uma fazenda, ele passava boa parte de seu tempo
se preparando para a guerra.
O infanticídio era uma prática organizada e gerida pelo Estado espartano. Todas as crianças
espartanas eram levadas perante um conselho de inspetores e examinadas para a detecção de
possíveis defeitos físicos; aquelas consideradas “imperfeitas” eram deixadas para morrer. Para
testar a saúde dos bebês espartanos, eles eram frequentemente banhados em vinho em vez de
água. Outra prática era ignorá-los caso chorassem, assim aprendiam a não temer a escuridão
ou a solidão.
O homem se tornava um soldado quando tinha 20 anos, entretanto, o treinamento do menino
começava muito antes, quando deixava sua casa de família com 7 anos e passava a viver em
uma escola militar.
Separados de suas famílias e alojados em barracas comuns, os jovens soldados eram instruídos
nas artes da guerra, da caça e do atletismo. Aos 12, passavam a ser privados de todas as roupas,
exceto por um manto vermelho, e obrigados a dormir e sobreviver fora dos acampamentos.
Para prepará-los para a vida militar, os meninos soldados eram incentivados até mesmo a
roubar comida, mas, caso descobertos, eram seriamente punidos.
Assim como se esperava que todos os homens espartanos fossem soldados, esperava-se que
as mulheres fossem mães de soldados.
As meninas espartanas permaneciam com seus pais, mas eram submetidas a uma educação
rigorosa e a um programa de treinamento físico. As meninas praticavam dança, ginástica,
lançamento de dardo e do disco, tais exercícios eram necessários para torná-las fortes fisicamente
para a maternidade.

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Mães espartanas diziam aos seus filhos antes de partirem para a batalha: “Volte com seu
escudo, ou sobre ele”; já que os mortos espartanos
Escudo Espartano
eram levados para casa em seus escudos, pois só um
covarde iria deixar cair seu escudo e fugir.

As cidades gregas enfrentaram problemas externos


com vários estados, como o Império Persa. Os persas
tentaram estender seu controle sobre os gregos na
Ásia Menor, na chamadas Guerras Médicas.

A Pérsia conquistou diversas colônias gregas,


mas em 499 a.C. as populações dessas colônias se
revoltaram, então Atenas enviou tropas para apoiar
a revolta. O imperador Dario da Pérsia esmagou a
revolta rapidamente e decidiu punir os gregos por Fonte: G.dallorto / Wikimedia Commons

ajudar as colônias.

Dario preparou sua tropas para invadir a Grécia e o primeiro contato entre os dois
exércitos aconteceu na planície de Maratona. O exército ateniense foi bem treinado e atacou
os persas de forma profissional e organizada, o que surpreendeu o grande, mas organizado,
exército persa, que fugiu.

Os atenienses ganharam o primeiro confronto da guerra e empurraram os persas para


fora da Grécia.

O imperador persa Dario nunca mais voltou a atacar os gregos; mas seu filho, o Imperador
Xerxes, voltou a atacar os gregos em 480 a.C.

As forças persas encontraram uma força grega no Desfiladeiro das Termópilas, uma área
montanhosa que dava acesso a maior parte do território grego.

Durante dois dias, 7.000 gregos contiveram o avanço dos persas, contudo, segundo a tradição,
um traidor mostrou um caminho alternativo para os exércitos de Xerxes, que atacaram as forças
gregas desavisadas.

Os hoplitas espartanos, comandados por Leônidas, contiveram o avanço persa para que
os aliados gregos pudessem escapar em segurança. Os persas invadiram a Grécia continental
e, ainda em 480 a.C., incendiaram e saquearam a Acrópole de Atenas. Enquanto a cidade
queimava, os atenienses procuraram refúgio na Ilha de Salamina.

Os navios gregos manobraram como se estivessem fugindo, contudo, viraram-se rapidamente


e atacaram os navios persas. Os persas foram pegos de surpresa e perderam mais de metade de
sua grande frota naval. Mais uma vez, foram obrigados a recuar.

Em 479 a.C., o exército espartano liderado por Pausanias ganhou a Batalha de Plateia,
completando a derrota dos persas na Grécia continental.

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Unidade: O mundo Grego

Fonte: Juan José Moral / Wikimedia Commons

O fim das Guerras Médicas marcou o início do período clássico. Nesse período, Atenas
alcançou o auge no que diz respeito à política e cultura: o pleno desenvolvimento do sistema
democrático sob Péricles; a construção do Parthenon na Acrópole; a criação das tragédias de
Sófocles, Ésquilo e Eurípides; e a fundação das escolas filosóficas de Sócrates e Platão.
No final do século V, a Guerra do Peloponeso, entre Atenas e Esparta, causou destruição em
todo o mundo grego; após a rendição dos atenienses, a democracia foi restaurada.
Durante o século IV, Atenas, Esparta e Tebas disputavam o domínio político da Grécia. A paz
foi finalmente estabelecida quando Esparta, apoiada pela Pérsia, ganhou o controle da região.
Na segunda metade do século, a Grécia dividida ficou a mercê do poderoso estado macedónio
de Filipe II e de Alexandre, o Grande. Depois de conquistar boa parte do oriente, Alexandre
morreu na Babilônia em 323. Na época de sua morte, o helenismo havia atingido grande parte
do mundo conhecido e o período clássico tinha acabado.

A vida cotidiana
A vida na Grécia antiga era muito diferente para homens e mulheres. Enquanto dos homens
era esperado que participassem ativamente da vida pública de sua cidade; esperava-se que as
mulheres levassem sua vida na esfera privada, como esposas e mães, centrando-se nos cuidados
com a casa.
A escravidão era característica central da vida na Grécia. Famílias de alguma riqueza tinham
escravos para realizar as tarefas domésticas, para ir às compras no mercado e até mesmo para
ajudar a educar os filhos.

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No entanto, a vida diária em Esparta era um pouco diferente da maioria das outras cidades-
estado, pois as mulheres levavam uma vida mais ativa devido ao treinamento que recebiam. Em
Esparta, as famílias também tinham escravos, mas esses pertenciam à cidade como um todo, ao
invés de famílias individuais.
A maioria das casas gregas era pequena com um jardim murado ou quintal no meio. A casa
era feita e seca ao sol, em tijolos de barro, tinha um telhado de telhas de barro e pequenas
janelas sem vidro com persianas de madeira para proteger do sol quente. A maior parte do que
sabemos vem principalmente de textos e imagens.

Fonte: Adaptado de ancientgreece.co.uk

Gregos ricos tinham muitos escravos – às vezes 50 – que faziam todo o trabalho duro na fazenda,
nos campos, nas oficinas e nas casas. As mulheres casadas ficavam em casa a maior parte do tempo
e dedicavam grande parte de seu dia a fiações e à tecelagem. Os escravos cuidavam ainda dos filhos
e preparavam todos os alimentos consumidos pelos habitantes da casa.
Em Atenas, apenas as mulheres pobres iam às compras sozinhas. As mulheres ricas sempre
estavam em companhia de um escravo ou de um companheiro do sexo masculino, elas saiam
de casa apenas acompanhadas – na maioria das vezes para visitar amigas.
As mulheres pobres trabalhavam ao lado de seus maridos, saiam para buscar água e para
lavar a família em um córrego.
As famílias gregas iniciavam seu dia, geralmente, com um café da manhã composto de pão
embebido em vinho e frutas. O almoço geralmente era de pão e queijo. No jantar, comiam
mingau feito de cevada com queijo, peixe, legumes, ovos e frutas. As refeições podiam incluir
nozes, figos e bolos adoçados com mel. Só os ricos comiam carne, incluindo coelho, veados
e javalis. O polvo era o fruto do mar favorito dos gregos. Os ricos sempre comiam em casa,
apenas escravos e pessoas pobres comiam em público.
A oliveira era a árvore mais valiosa na Grécia. As pessoas comiam a fruta, mas também
esmagavam azeitonas para fazer azeite. Eles usavam esse óleo para cozinhar, em lâmpadas de
óleo e cosméticos.

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Unidade: O mundo Grego

Arte e Arquitetura

Arquitetura
Arquitetos gregos eram especialmente cuidadosos com a precisão e a excelência das obras
que construíam e essas são as principais características da arte grega em geral. Embora os
gregos antigos tenham erigido diversos tipos de edifícios, o templo é a construção que melhor
exemplifica os objetivos e métodos da arquitetura grega.
O templo tipicamente era construído em um plano retangular, com uma ou mais fileiras de
colunas que cercavam o centro do prédio por todos os lados. A estrutura vertical do templo
dependia da ordem em que estava sendo construída, um arranjo fixo de formas unificadas por
princípios de simetria e harmonia.
Geralmente, havia um pronau, uma espécie de varanda, e um opisthodomos, uma varanda
na parte de trás do prédio. Os elementos superiores do templo eram geralmente feitos de
madeira e de tijolos, e a plataforma onde o edifício era construído era feita de alvenaria. As
colunas eram esculpidas em pedra local, geralmente calcário, mas em Atenas muitos templos
utilizaram o mármore.
A retirada e o transporte de mármore e de calcário eram caros, e muitas vezes constituíam o
principal custo para erigir um templo. No canteiro de obras, os escultores davam aos blocos sua
forma final e os operários içavam cada uma das pedras no seu lugar.
As pedras eram fixadas com o uso de argamassa e grampos de metal embutidos na pedra.
O trabalho seguinte ficava para os escultores, que produziam as esculturas e decorações
para o prédio. Por fim, os pintores eram contratados para decorar elementos escultóricos e
arquitetônicos com detalhes pintados.
Ordens arquitetônicas gregas

Fonte: Adaptado de urbipedia.org

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Escultura
O período arcaico viu um rápido desenvolvimento na representação da figura humana. No
início desse período, escultores começaram a esculpir figuras de homens e mulheres para uso
em santuários e túmulos.

As figuras masculinas eram representadas nuas, com os braços ao longo do corpo e uma
perna ligeiramente à frente, em um estilo parecido ao adotado nas esculturas egípcias. As
figuras femininas eram apresentadas com vestidos drapeados e na mesma posição das figuras
masculinas. Como toda escultura grega, essas estátuas eram pintadas com cores fortes.
Kore (figura feminina) e Kouros (figura masculina)

Fonte: sailko, Mountain/Wikimedia Commons

Ao final desse período, a escultura se tornou muito mais realista. Poses eram menos rígidas e
mais naturais, passavam a representar o macho ideal ou a forma feminina.

Poucas esculturas do período clássico sobreviveram e muito do que sabemos sobre os grandes
escultores dessa época vem de cópias feitas pelos romanos.

O crescente interesse pelo realismo, bem como pela idealização do corpo humano podem
ser vistos em uma escultura clássica como o Discóbolo.

Essa estátua foi esculpida por Myron de Tebas, por volta de 450 a.C., contudo, o que
conhecemos hoje é apenas a cópia romana. O atleta foi retratado no meio do movimento, no
instante em que ele está prestes a lançar o disco.

21
Unidade: O mundo Grego

Outro exemplo famoso é a estátua do Cocheiro, esculpida por volta de 470 a.C. Ela é de
bronze em tamanho natural e foi descoberta no grande santuário de Apolo em Delfos.

O bronze era um dos materiais mais usados para fazer estátuas nesse período, no entanto,
poucas estátuas de bronze sobreviveram, pois foram derretidas para produzir outros objetos.

A escultura clássica atingiu se auge com Fídias e Policleto.

Fídias ficou conhecido por suas esculturas dos deuses e por aquelas criadas para o Parthenon.

Polyclitus ficou conhecido por suas estátuas de atletas, como O Lanceiro, que estabeleceu
as medidas ideais e as proporções do corpo. A pose dessa figura, com uma perna recuada e o
peso do corpo deslocado para a outra perna, continuou a ser usada ao longo da história da arte.
O Cocheiro - Museu Arqueológico O Lanceiro – Polyclitus – Museu
O Discóbolo – Museu Britânico. Arqueológico Nacional de Nápoles
Delphi

Fonte:Wikimedia Commons Fonte: RaminusFalcon/Wikimedia Commons Fonte: Polykleitos/Wikimedia Commons

Hermes e Dionísio criança.


Além das estátuas tradicionais, existiam outras que faziam parte integrante
do conjunto arquitetônico, como as faixas horizontais chamadas de frisos,
que corriam acima das colunas – um exemplo é o friso que corre ao longo
da parte superior externa do Parthenon.

Entre 400 e 323 a.C., a influência de Atenas na arte grega diminuiu


e uma variedade de estilos surgiu.

O grande escultor Praxíteles introduziu um estilo suave e sutil. Em


seu Hermes e Dionísio criança, esculpido por volta de 340 a.C.,
ele retrata os deuses em formas humanas graciosas.
A escultura helenística reflete a pluralidade e a diversidade desta
sociedade e retratava não apenas os adultos jovens em excelente
forma física, como também as crianças e os mais velhos. Fonte: tetraktys/Wikimedia Common

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Duas das mais famosas esculturas da Grécia Antiga datam desse período: A Vênus de Milo,
ou Afrodite de Melos, foi esculpida em mármore por um artista desconhecido. A estátua
perdeu os braços, mas constitui um perfeito exemplo da idealização da forma humana.

Outro exemplo é a Vitória de Samotrácia, também de um artista desconhecido.


Representa a deusa grega Nike em pé na proa de um navio com suas asas abertas e sua
vestimenta fluindo no vento.
A Vênus de Milo – Museu do Louvre Vitoria de Samotrácia – Museu do Louvre

Fonte:Mattgirling/Wikimedia Commons Fonte: Wikimedia Commons

Pintura
A maior parte dos exemplos de pinturas gregas que sobreviveram é encontrada em vasos.
No período arcaico, a representação de figuras humanas e de animais tinham alcançado um
novo patamar de realização.

Foram utilizadas duas técnicas diferentes para a pintura de vasos.

A primeiro técnica é chamada de figura-negra e foi inventada em Corinto em 600 a.C. Neste
estilo, as figuras são pintadas de preto sob o fundo vermelho da cerâmica.

Em 530 a.C., uma nova técnica surgiu, a chamada figura-vermelha. Nessa pintura, reverteu-
se o esquema de cores: fundos tornaram-se pretos e as figuras, vermelhas.

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Unidade: O mundo Grego

A Vênus de Milo – Museu do Louvre Vitoria de Samotrácia – Museu do Louvre

Fonte: Wikimedia Commons Fonte: multiplosestilos.blogspot.com.br

Religiosidade
Os gregos antigos acreditavam que havia um grande número de deuses e deusas que tinham o
controle sobre vários aspectos da vida na Terra. Em muitas características eles se assemelhavam
aos humanos: podiam ser gentis ou cruéis, apaixonavam-se uns pelos outros – e pelos humanos
–, discutiam e lutavam entre si – e com os humanos.

Os antigos gregos construíram grandes templos e santuários para os seus deuses, eles
realizavam festivais em sua honra, com procissões, esportes, sacrifícios e competições. As
histórias das façanhas dos deuses eram contadas às crianças por suas mães e para grandes
audiências por bardos profissionais e contadores de histórias.

Esses festivais eram uma parte muito importante da vida na Grécia antiga, e formavam uma
parte central da adoração aos deuses. Eles incluíam várias competições, que eram vistas como
uma outra maneira de honrar aos deuses. Alguns dos festivais mais importantes da Grécia
antiga envolviam competições atlética, como os Jogos Olímpicos – que eram realizados em
honra a Zeus – e os Jogos Píticos – realizados em Delfos, em honra a Apolo.

Um festival em Atenas – realizado para homenagear Dionísio – envolvia uma disputa entre
dramaturgos, ele levou à criação de algumas das peças mais conhecidas da Grécia antiga,
escritas por pessoas como Sófocles, Eurípides e Aristófanes.

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Deuses

Zeus: Senhor dos Deuses, Senhor do Poseidon: Deus dos Mares, dos Hades: Deus do Mundo Inferior, soberano
Olimpo, Deus dos Céus, do Trovão e Raio. Terremotos e dos Cavalos. dos mortos.
Deus da Justiça, Lei e Ordem

Hera: Rainha dos Deuses, Deusa da Hestia: Deusa do fogo doméstico. Demeter: Deusa da Terra, da Agricultura,
Família, das Mulheres e dos Nascimentos. das colheitas e florestas.

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Unidade: O mundo Grego

Dioníso: Filho de Zeus e Semele, Deus do Artêmis: Filha de Zeus e Leto, Deusa Hermes: Filho de Zeus e Maia, Mensageiro
Vinho, Teatro e Êxtase da Caça, da Floresta, das Montanhas e dos Deuses, Deus do Comércio, dos
da Lua. Ladrões e dos Viajantes.

Athena: Filha de Zeus e Metis, Deusa da Ares: Filho de Zeus e Hera, Deus da Afrodite: Filha de Urano ou Zeus e
Guerra, da Inteligência, da Sabedoria Guerra e da Masculinidade Dione, Deusa da Beleza, do Amor e da
Sexualidade

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Apolo: Filho de Zeus e Leto, e irmão Hefesto: Filho de Zeus e Hera, Deus da
gêmeo de Ártemis, Deus da Beleza, da Tecnologia, das forjas e dos vulcões.
Perfeição, da Harmonia, do Equilíbrio e
da Razão.

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Unidade: O mundo Grego

Material Complementar

Olá, seguem algumas sugestões para aprofundar seus estudos.

Site do Museu Britânico sobre a Grécia Antiga (em inglês):


• http://www.ancientgreece.co.uk

Site do Museu da Acrópole – Atenas (em inglês):


• http://www.theacropolismuseum.gr/en

Documentário – Construindo um império: Grécia.


Documentário sobre o mundo grego produzido pelo History Channel:
• http://youtu.be/ZNU-VbaOIzI

Recriação da Acrópole de Atenas, produzido pelo governo grego e dirigido por


Costa Gavras:
• http://youtu.be/WtYQBkyfb9A

Palestra de Donald Kagan (Universidade de Yale) sobre a importância do


mundo antigo:
• http://youtu.be/FQba5PCI3hg

Você poderá assistir todo o curso introdutório sobre a Grécia Antiga no


seguinte endereço:
• http://oyc.yale.edu/classics/clcv-205

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Referências

ANDERSON, P. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 2001.

BORGEAUD, F. O Homem Grego. Lisboa: Presença, 1994.

FINLEY, M. I. Política no Mundo Antigo. Lisboa: Edições 70, 1983.

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Unidade: O mundo Grego

Anotações

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