Colaracao Ziehl Neelsen 19122018
Colaracao Ziehl Neelsen 19122018
Colaracao Ziehl Neelsen 19122018
Finalidade:
Kit utilizado para realização da Coloração de Ziehl Neelsen em diversos materiais.
Registro ANVISA:
10097010-156
Apresentação:
620522- COLORACAO ZIEHL NEELSEN CONJ 3x100mL LB 170119
620523 - COLORACAO ZIEHL NEELSEN CONJ 3x500mL Rev. 10 – 12/2018
1. INTRODUÇÃO 3. AMOSTRA
A técnica de Ziehl-Neelsen foi desenvolvida por Franz Ziehl e a- Tipos de amostras
posteriormente melhorada por Friedrich Neelsen, no final do século - A metodologia de coloração de Ziehl-Neelsen pode ser aplicada a
19. Essa técnica de coloração é mais agressiva que a técnica de uma infinidade de materiais clínicos, tais como escarro, urina, fezes,
Gram, sendo usada em bactérias que são má coradas pela LCR etc. Usualmente a principal amostra utilizada é o escarro.
coloração de Gram, como por exemplo as bactérias do gênero - O laboratório deve estabelecer critérios de coleta, rejeição e
Mycobacterium e Nocardia. conservação das amostras, conforme sua política da qualidade.
Existem bactérias que são resistentes à coloração, porém quando
coradas, resistem fortemente à descoloração, mesmo quando b-Procedimento de coleta
submetidas a ácidos fortemente diluídos e ao álcool absoluto. Essas Orientar o paciente a coletar o escarro pela manhã ao acordar,
bactérias são denominadas de bacilos álcool-ácido-resistentes antes de escovar os dentes ou de fazer a higiene bucal. O material
(BAAR). coletado deve conter a menor quantidade possível de saliva ou de
A característica álcool-ácido-resistente é conferida a essas bactérias outras secreções do trato aéreo superior.
devido ao alto teor de lipídeos estruturais na parede celular, que A critério médico, pode-se coletar 3 amostras em diferentes dias,
causa uma grande hidrofobicidade, que dificulta a ação de corantes seguindo a indicação acima, e mantendo as amostras em geladeira
aquosos. Um exemplo de ácido graxo altamente presente na parede até o encaminhamento ao laboratório.
celular dessas bactérias é o ácido micólico. Pode ser utilizada a inalação com soro fisiológico para ajudar na
Na técnica de Ziehl-Neelsen, após o processo de coloração da expectoração.
amostra, a fucsina de Ziehl irá corar todos os elementos celulares
de vermelho, porém após a descoloração com o álcool, somente os c- Armazenamento e estabilidadeda amostra
bacilos álcool-ácidos-resistente irão continuar preservando a cor A amostra deve ser coletada em recipiente de boca larga e estéril,
vermelha, os demais elementos celulares na amostra serão preferencialmente em frascos coletores plásticos descartáveis, e
descorados. Então, para podermos visualizar os outros elementos encaminhada ao laboratório com a maior rapidez possível. Manter o
celulares (descorados) na amostra, deve-se utilizar azul de material em geladeira (2 a 8ºC) até o momento de seu
metileno, que dará um contraste, deixando os elementos celulares processamento.
em azul e os bacilos álcool-ácidos-resistentes continuarão em
vermelho. d-Precauções e cuidados especiais
A pesquisa de bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR) em materiais - O escarro é um material infectante que pode transmitir uma série
clínicos pode constituir a primeira evidência de doença, permitindo de doenças infectocontagiosas incluindo SIDA, devendo ser
assim o início de um tratamento, enquanto aguarda-se o resultado manipulado com extrema cautela;
de cultura. O método de Ziehl-Neelsen se executado corretamente, - Ao final de sua manipulação, o material deverá ser descartado
desde a coleta e processamento da amostra até a baciloscopia, após sua autoclavação por 20 minutos a 1 atm de pressão, não
permite uma eficácia diagnóstica em 80% dos casos, e por esta devendo ser eliminado diretamente no meio ambiente;
razão não deve ser usado como único meio de diagnóstico - Após sua manipulação recomenda-se a assepsia das bancadas
laboratorial para a tuberculose. de trabalho que tiveram contato com o material.
Usa-se a característica de álcool-ácido resistência para a
identificação de organismos patológicos, entre eles o
Mycobacterium leprae. 4. INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O PRODUTO
a- Princípio
O material clínico fixado em uma lâmina nova (limpa e
2. COMPOSIÇÃO desengordurada) é submetido à ação da fucsina fenicada de Ziehl à
quente. Nesta etapa todas as estruturas absorvem o corante. Em
Formulação da Fucsina Fenicada-Ziehl* Concentração/L uma segunda etapa, a lâmina é submetida à ação do álcool-ácido,
que descora todas as estruturas celulares, exceto os BAAR. Para
Solução de Fucsina Fenicada 90mL
facilitar a microscopia, faz-se uma coloração de fundo com azul de
Água Deionizada Q.S.P. 1000mL
metileno Loeffler.
01
www.laborclin.com.br
LB 170119
COLORAÇÃO ZIEHL NEELSEN
Rev. 10 – 12/2018
02
www.laborclin.com.br
LB 170119
COLORAÇÃO ZIEHL NEELSEN
Rev. 10 – 12/2018
9. CONTROLE DA QUALIDADE
- Materiais necessários 11. REFERÊNCIAS
Cepas padrão: ATCC®(American Type Culture Collection) ou 1.BARON S, editor.; Medical Microbiology. 4th edition.; David N.
derivadas). McMurray.; Chapter 33 Mycobacteria and Nocardia; Galveston (TX):
University of Texas Medical Branch at Galveston; 1996.
- Controle de qualidade recomendado: 2. DAVID, H. Bacteriology of the mycobacteriosis. US Public Health
Parâmetro Resultado esperado Serv. 76-8316. CDC, Atlanta-Ga, 1970.
3. EDWARDS, L.B. et al. Identification of mycobacterial infections.
Mycobacterium tuberculosis Bacilos finos com coloração Bull. W.H.O. 33:405-412, 1965.
ATCC® 25177 vermelha 4.KENNETH James Ryan, C. George Ray, John C. Sherris. Sherris
medical microbiology: an introduction to infectious diseases, 4th ed,
2004.
Escherichia coli
ATCC® 25922
Bacilos com coloração azul 5. KONEMAN, Elmer; et al. Diagnostic Microbiology. Lippincott,
USA, 6 ed., 2009.
6.KRASNOW, I. & Waune, L.G. Comparison of methods for
tuberculosis bacteriology. Apl. microbiology 18:915-917, 1969.
Staphylococcus aureus 7.MACFADDIN, J. F. Media for Isolation-Cultivation-Identification-
Cocos com coloração azul
ATCC® 25923 Maintenance of Medical bacteria. Vol. 1. Williams & Wilkins,
Baltimore, MD, 1985.
8. MADDISON B. Application of stains in clinical microbiology. 2001.
Fucsina Fenicada de Ziehl 9.MAHON, Connie, Manuselis, George Jr. Diagnostic Microbiology.
Nelseen: solução bordô escuro,
livre de partículas visíveis.
Saunders, USA, 1995.
10. MARTIN Gengenbacher, and Stefan H. E. Kaufmann;
Descorante: solução Mycobacterium tuberculosis: Success through dormancy; FEMS
Aspecto Corantes
ligeiramente salmão, livre de Microbiol Rev. 2012.
partículas visíveis.
11. MURRAY, P.R. et al. Manual of Clinical Microbiology. 7th ed,
Azul de metileno Loeffler: American Society for Microbiology 1999.
Solução azul escura. 12. OPLUSTIL, C. P. et al. Procedimentos básicos em microbiologia
clínica. 3. ed. São Paulo, 2010.
- Periodicidade 13. RUNYON, E.H. et al. Manual of clinical microbiology, p.141-174,
Testar a cada novo lote recebido ou em periodicidade estabelecida Washington DC, Am. Soc. Mic., 1974.
pelo próprio laboratório. 14. TRABULSI, L. R; et al. Microbiologia. 3ª. ed. São Paulo:
Atheneu, 2005.
- Análise dos resultados
As cepas coradas pelo material devem apresentar características de
coloração esperadas. Caso se constate algum problema ou
diferença, os resultados de amostras clínicas não devem ser
liberados até que as causas tenham sido apuradas devidamente e
os problemas constatados sanados.
- Sensibilidade
Executando-se rigorosamente a técnica como descrito, a
sensibilidade diagnóstica da mesma é de cerca de 80%;
03
www.laborclin.com.br