0% acharam este documento útil (0 voto)
68 visualizações12 páginas

Vicente

Este documento descreve os principais aspectos da investigação científica. Em primeiro lugar, define o que é investigação científica e suas principais características, como o desenvolvimento e teste de hipóteses. Em seguida, explica a importância da investigação científica e seus elementos-chave, como sujeito, objeto e meio. Por fim, classifica os tipos de investigação e descreve os passos gerais para conduzir uma investigação científica.

Enviado por

Alcindo António
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia online no Scribd
Fazer download em pdf ou txt
0% acharam este documento útil (0 voto)
68 visualizações12 páginas

Vicente

Este documento descreve os principais aspectos da investigação científica. Em primeiro lugar, define o que é investigação científica e suas principais características, como o desenvolvimento e teste de hipóteses. Em seguida, explica a importância da investigação científica e seus elementos-chave, como sujeito, objeto e meio. Por fim, classifica os tipos de investigação e descreve os passos gerais para conduzir uma investigação científica.

Enviado por

Alcindo António
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia online no Scribd
Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1/ 12

UnISCED

Universidade Aberta ISCED

Faculdade de Direito

Coordenação do Curso de Direito

Cadeira de Metodologia de Investigação Científica

1º Ano, 2023

Investigação científica

Vicente Bernardo Alfredo

Quelimane, 2023
Índice
Introdução .................................................................................................................................. 3

Investigação científica ............................................................................................................... 4

Características de uma investigação científica .......................................................................... 5

Importância ................................................................................................................................ 5

Elementos ................................................................................................................................... 5

Classificação .............................................................................................................................. 6

Tipos .......................................................................................................................................... 6

Modelos de investigação ............................................................................................................ 7

Passos para conduzir uma investigação científica ..................................................................... 9

Conclusão................................................................................................................................. 11

Bibliografia .............................................................................................................................. 12
3

Introdução

Obter informação relevante e fidedigna, estabelecer contacto com a realidade científica.

A investigação científica é um método de experimentação matemática e experimental que


consiste em explorar, observar e responder a perguntas que permitirão a construção e teste de
uma hipótese previamente estabelecida.

O processo consiste em desenvolver uma hipótese, testada por diferentes métodos e


modificada até que os resultados sejam consistentes com os fenómenos observados e os
resultados produzidos pelos testes.
4

Investigação científica

Antes de me debruçar sobre a “investigação científica” convém compreendermos em que é


que consiste a palavra investigação.

Muitos são as concepções associadas à palavra “investigação”, no entanto, é consensual que


investigar é solucionar problemas, aprofundar conceitos e construir conhecimento. Podemos
ainda a definir como um “procedimento reflexivo, sistemático, controlado e crítico que
permite descobrir novos factos ou dados, relações ou leis em qualquer campo do
conhecimento” (Ander-Egg, 1978, citado por Marconi & Lakatos, 2003, p.155). Assim,
investigar é uma atitude prática de permanente procura da verdade ou da realidade, sendo
uma forma de validar ou refutar o conhecimento já existente.

A expressão “investigação é de certa forma, redundante. Uma investigação só poderá ser


científica, caso contrário não é investigação. Esta expressão pretende apenas destacar as
exigências do método científico, isto é, os métodos, passos ou meios que definem a
metodologia de investigação (Alferes, 1997, apud Almeida & Freire, 2003).

Mas em que é que consiste o método científico? São muitos os autores que atribuem as
mesmas características do conhecimento científico ao denominado método científico, uma
vez que o conceito de ciência está intimamente ligado ao de método científico. Este método
(cf. as referências "Saber mais") pode ser compreendido como um processos sistemático que
engloba um conjunto de passos inter-relacionados que visam atingir o conhecimento
científico (cf. a publicação "Ciência, conhecimento e tipos de conhecimento") (Lukas &
Santiago, 2004).

Segundo Carla Mininel a investigação científica é um método de experimentação matemática


e experimental que consiste em explorar, observar e responder a perguntas que permitirão a
construção e teste de uma hipótese previamente estabelecida.

Para ela o processo consiste em desenvolver uma hipótese, testada por diferentes métodos e
modificada até que os resultados sejam consistentes com os fenómenos observados e os
resultados produzidos pelos testes.

A hipótese é essencial para o processo, pois é uma ferramenta que permite aos cientistas
colectar informações, levando o pesquisador a explorar uma hipótese e a desenvolver amplas
explicações gerais ou teorias científicas.
5

Características de uma investigação científica

Para autora as principais características do processo de investigação científica estão as


seguintes:

 A hipótese deve ser testável, mesmo se o resultado a negue.


 A pesquisa deve envolver raciocínio dedutivo para incluir premissas verdadeiras para
chegar a uma conclusão lógica e raciocínio indutivo para adotar uma abordagem
oposta.
 Deve ser composto por uma variável independente, ou seja, não muda, e uma variável
dependente ou variável.
 O processo de experimentação consiste em um grupo experimental que se compara a
um grupo controle.

Importância

A investigação ajuda a melhorar o estudo, porque permite estabelecer o contacto com a


realidade.

A pesquisa científica tenta minimizar os desvios nas investigações que os cientistas podem
adoptar, ou seja, impede que sejam levados por crenças pessoais.

Este método fornece uma abordagem objectiva e padronizada para realizar experimentos e,
assim, melhora seus resultados. Ao usar uma abordagem padronizada, os cientistas podem
sentir-se confiantes de que seguirão os fatos e limitarão a influência de noções pessoais pré-
concebidas.

A investigação científica funciona correctamente e, quando as hipóteses são confirmadas, é


possível criar teorias com amplo alcance.

Elementos

Sujeito - Investigador

Objecto – Tema

Meio – Meios e Técnicas Adequadas

Fim – Solução
6

Classificação

Investigação básica – Formulação de novas teorias e implementação dos conhecimentos


científicos.

Investigação Documental – Pesquisa bibliográfica (livros, periódicos, papers, bases de


dados bibliográficas).

Tipos

Investigação histórica - descobre o que era...

Descritiva – interpreta o que é...

Experimental – descreve o que será...

Processos

1. Escolha do tema
2. Formular os objectivos do tema
3. Desenvolvimento do tema
4. Ponto de partida da investigação
5. Novos conhecimentos.

Pina, et al. (1995, mencionado por Lukas & Santiago, 2004), compilaram um conjunto de
propostas que constam de diversos manuais de metodologia, não se limitando somente ao
método hipotético-dedutivo experimental, pelo que apresentam um modelo disposto em
quatro etapas:

1. Preliminares da investigação: apresenta actividades tais como identificação de uma


área de estudo; procura de informação relevante; selecção de uma tema de estudo e
formulação de problema de investigação; o objectivo desta fase é avaliar uma situação
de uma área de estudo, considerando os recursos disponíveis e as fontes de
informação;

2. Planificação teórica: é o projecto de investigação propriamente dito, que poderá


abarcar aspectos como a formulação de objectivos e/ou hipóteses, a selecção ou
construção de instrumento de recolha de dados, a selecção de partícipes e eleição do
método;
7

3. Trabalho prático: significa colocar em prática o que foi desenhado ou planificado na


fase anterior (trabalho de campo);

4. Análise e resultados: é a fase de análise dos dados e interpretação dos resultados e


formulação das conclusões.

Durante uma investigação, o investigador guia-se por um conjunto de objectivos


operacionais. Esses objectivos (apresentados de forma mais descritiva ou mais explicativa)
irão depender da natureza dos fenómenos e das variáveis em presença, bem como das
condições de maior ou menor controle em que a investigação vai ocorrer (Almeida & Freire,
2003).

O objectivo mais descritivo envolve a “inventariação” das características num grupo ou dos
valores que pode assumir uma variável (e.g. descrição de grupos populacionais, os
recenseamentos, os levantamentos ou os estudos epidemiológicos).

O objectivo que ultrapassa o nível descritivo, pode situar-se na predisposição das categorias
ou valores dos fenómenos (e.g. o investigador procura calcular a probabilidade ou grau de
ocorrência dos fenómenos ou variáveis através do estudo da sua ocorrência em certas
condições ou mediante os valores que uma outra variável associada venha a assumir)
(ibidem).

Por fim, o objectivo pode situar-se na explicação das relações de casualidade entre os
fenómenos. Assim, determina-se o sentido e a intensidade de uma relação de fenómenos
através da comparação (no qual dois grupos incertos são sujeitos a determinada condição
experimental podem ser comparados, no final, nas suas respostas a uma determinada
variável) ou da correlação (múltiplos modelos estruturais causais hoje disponíveis
proporcionam a realização de conclusões de casualidade, tomando as interdependências e as
influências de diversas variáveis em estudos não estritamente experimentais) (Almeida &
Freire, 2003).

Modelos de investigação
8

Múltiplos são os critérios que podem ser utilizados para descrever ou produzir taxonomias
das investigações em Psicologia e Educação.

No que toca à sua finalidade, podem ser mais movidas pela descoberta e fixação de leis
gerais, remetendo-nos para uma investigação básica ou investigação pura; ou movidas pela
resolução de problemas concretos e particulares, reportando-nos para uma investigação
aplicada ou prática; ou ainda, movidas de forma a conciliar os modos supracitados, referimo-
nos a uma “investigação-acção” (Almeida & Freire, 2003).

No que concerne à profundidade do estudo, as investigações podem ser dispostas num


continuum, cujos extremos seriam as exploratórias e as experimentais, ficando num nível
intermédio as descritivas e as correlacionais (ibidem).

No que à metodologia diz respeito, as investigações podem ser classificadas de várias formas.
Podem ser quantitativas ou qualitativas; laboratoriais ou de campo; podem ser mais estudos
de carácter transversal ou longitudinal; pode ainda ser uma investigação nomotética, ou seja,
investigação fundamentalmente dirigida pela procura de leis gerais (o mais habitual); e
investigação ideográfica, isto é, investigação centrada na particularidade ou singularidade
(Almeida & Freire, 2003).

De grosso modo, existem duas perspectivas básicas que podem caracterizar as investigações
psicológicas e educativas, sendo estas (ibidem):

1. De grosso modo, existem duas perspectivas básicas que podem caracterizar as


investigações Investigação empírico-analítica: muitas vezes associada com
expressões de investigação quantitativa ou positivista e experimental. Tem como
objectivo explicar, predizer e controlar os fenómenos. A investigação procura aqui as
regularidades e leis explicativas mediante os esforços colocados na objectividade dos
procedimentos e na quantificação das medidas.
2. Investigação humanista-interpretativa: normalmente mais associada a expressões
como investigação qualitativa e naturalista. Atenta para os significados e intenções
das acções humanas.
De entre os métodos qualitativos destaca-se a análise de conteúdo, onde a sua aplicação
ocorre com dados provenientes de entrevistas, documentos ou outro tipo de registos. A
9

análise de conteúdo poderá ser de pendor mais quantitativo ou qualitativo (Almeida &
Freire, 2003).

Tabela 1: Tipos de análise de conteúdo.

Todavia, existem algumas críticas e reparos que podem ser feitos a esta perspectiva.
Primeiramente podemos mencionar o peso da subjectividade nas suas análises e conclusões.
Seguidamente, a diminuta capacidade de fundamentar as conclusões, no que à sua
generalização diz respeito ou da descrição dos fenómenos ao longo do tempo e do espaço
(ibidem).
Conforme o que foi referido anteriormente, existem várias modalidades de investigação
psicoeducativa.
Na Psicologia e na Educação utilizam-se de forma mais frequente três modalidades (Almeida
e Freire, 2003):
1. Quantitativo-experimental (voltada principalmente para a predição e explicação
mediante a testagem de teorias e hipóteses);
2. Quantitativo-correlaciona (voltada mais para a compreensão e a predicação dos
fenómenos mediante a formulação de hipóteses sobre as relações entre variáveis);
3. Quantitativa (mais orientada para a compreensão e descrição dos fenómenos
globalmente considerados).
Próximo deste último modelo, foram emergindo outras subdivisões como peculiaridades
próprias, assentes em objectivos mais específicos. Tomemos como exemplo a designação
"investigação-acção" (ibidem).

Passos para conduzir uma investigação científica

Para realizar uma investigação científica, é necessário executar as seguintes etapas:


10

1. Observar
O primeiro passo na condução de uma investigação científica é observar, ou seja, identificar
um fenómeno que queremos testar.
A observação geralmente não é considerada em muitas ocasiões; no entanto, como é possível
fazer perguntas quando você tem um fenómeno para estudar?
2. Faça uma pergunta
Consiste em identificar o que você quer saber. O método científico começa quando você faz
uma pergunta sobre algo que observa.
Estabelecer a pergunta é definir o que você deseja descobrir sobre esse fenómeno,
respondendo à pergunta O quê? Quem? Como? Por quê? Onde? Quando?
3. Construa uma hipótese
Uma hipótese é uma suposição formal sobre um fenómeno. Esta etapa consiste em tentar
responder à pergunta com uma explicação que possa ser comprovada, ou seja, como uma
teoria de como algo funciona.
A hipótese é uma breve explicação da pergunta que você deseja responder ou uma afirmação
que deve ser verificada por meio de experimentação.
4. Teste a tese
Seu experimento testa se sua previsão é precisa e se sua tese é compatível. Para isso, é
necessário realizar testes precisos e justos. Se a hipótese não for viável, é provável que esteja
incorrecta.
Recomendamos repetir o experimento várias vezes para garantir que os primeiros resultados
não sejam um acidente.
5. Realize uma análise de dados e estabeleça uma conclusão
Ao concluir o experimento, você deve colectar as medidas e analisá-las para ver se elas
suportam sua hipótese.
Quando não é positivo, os cientistas criam um novo processo com base nas informações
obtidas.
6. Comunique os resultados
A última etapa do processo da investigação científica é a apresentação dos resultados, criando
um relatório.
Os cientistas podem apresentar os resultados obtidos no processo de pesquisa em diferentes
revistas online, blogs ou outras plataformas especializadas.
11

Conclusão

A importância da investigação como processo de aprendizagem de forma a captar a


informação e atingir os objectivos pretendidos com método e rigor.
12

Bibliografia

 Almeida, L. S., & Freire, T. (2003). Metodologia da investigação em psicologia e


educação. Braga: Psiquilibrios.
 Carla Mininel. Passo a passo para conduzir uma investigação científica
 Lukas, J. F., & Santiago, K. (2004). Evaluación educativa. Madrid: Alianza Editoral.
 Pereira, F. (2017, Novembro 25). A investigação científica e os modelos de
investigação. [Post em blog]. Disponível em
https://fabriciopereiraieul.wixsite.com/omeuapa/single-post/2017/11/25/A-
investiga%C3%A7%C3%A3o-cient%C3%ADfica.

Você também pode gostar