Computação em Nuvem
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Primeira Edição
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Elasticidade e Escalabilidade........................................................................ 33
Tipos de nuvem: pública, privada, híbrida.................................................... 36
Nuvem pública ........................................................................................ 37
Nuvem privada ........................................................................................ 37
Nuvem Híbrida........................................................................................ 39
Tipos de serviços: IaaS, PaaS e SaaS.............................................................. 39
Infraestrutura como Serviço (IaaS)............................................................. 40
Plataforma como Serviço (PaaS)................................................................ 41
Software como Serviço (SaaS)................................................................... 41
Regiões e zonas de disponibilidade.............................................................. 41
Alta disponibilidade na nuvem..................................................................... 47
Nível 1 – Recursos físicos......................................................................... 48
Nível 2 – Recursos virtuais....................................................................... 48
Nível 3 – Zonas de disponibilidade.......................................................... 49
Nível 4 – Regiões .................................................................................... 49
Nível 5 – Provedor de nuvem................................................................... 50
Aplicações que se beneficiam da Computação em Nuvem........................... 51
Aplicações com demanda variável........................................................... 51
Aplicações com padrão de crescimento incerto........................................ 52
Aplicações com picos de processamento.................................................. 52
Comprando Software como Serviço (SaaS)....................................................... 54
Comprando Plataforma como Serviço (PaaS).................................................... 56
Google App Engine...................................................................................... 58
Microsoft Azure Cloud Services ................................................................... 61
Comprando Infraestrutura como Serviço (IaaS)................................................. 65
Configuração de servidores...................................................................... 66
Armazenamento de dados........................................................................ 67
Banda Internet.......................................................................................... 67
Tráfego de E/S........................................................................................... 68
Softwares e imagens binárias.................................................................... 68
Controle de acesso................................................................................... 69
Facilidade de gerenciamento.................................................................... 69
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Custos...................................................................................................... 69
Amazon Web Services (AWS)....................................................................... 71
Servidores ................................................................................................ 71
Armazenamento de dados........................................................................ 72
Amazon EBS (Elastic Block Store) ................................................... 72
Amazon S3 (Simple Storage Service)............................................... 73
Amazon Glacier.............................................................................. 74
Bancos de dados...................................................................................... 74
Amazon RDS (Relational Database Service).................................... 74
Amazon Aurora............................................................................... 75
NoSQL............................................................................................ 76
Outros Serviços........................................................................................ 76
Google Compute Engine............................................................................... 79
Servidores................................................................................................. 79
Armazenamento de dados........................................................................ 80
Discos persistentes.......................................................................... 80
Google Cloud Storage..................................................................... 80
Bancos de dados...................................................................................... 81
Cloud SQL ..................................................................................... 81
Cloud Datastore ............................................................................. 81
BigQuery........................................................................................ 82
Outros Serviços........................................................................................ 82
Microsoft Azure............................................................................................ 83
Servidores................................................................................................. 83
Armazenamento de dados........................................................................ 84
Azure Storage.................................................................................. 85
Azure Backup................................................................................. 86
Bancos de dados...................................................................................... 86
Outros Serviços........................................................................................ 87
Nuvens Híbridas............................................................................. 88
Disaster Recovery – recuperação de dados....................................................... 91
Modelo 1: Backup na nuvem........................................................................ 93
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Modelo 2: Backup e infraestrutura secundária na nuvem.............................. 94
É hora de colher os benefícios da nuvem.......................................................... 97
Referências....................................................................................................... 99
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Introdução - página 8
Introdução
A
Computação em Nuvem está sendo responsável por uma das maiores
revoluções ocorridas nos últimos anos na área de Tecnologia da Informa-
ção. Os impactos dessa transformação têm crescido e se acelerado, na
medida em que a nuvem oferece cada vez mais serviços, com mais segurança,
com maiores recursos e com custos cada vez mais atraentes e competitivos. É
uma indústria que definitivamente muda o modo de fazer as coisas na área de
TI e que, embora ainda jovem, já proporciona resultados consolidados, fazendo
com que sua adoção seja uma opção segura.
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Introdução - página 9
>> Muda o modo como a empresa pensa e pratica o seu Marketing. Com
a nuvem a internet se transforma de fato, cada vez mais, na internet das
coisas, onde tudo está interligado e qualquer dispositivo eletrônico pode
estar permanentemente armazenando informações na rede e recebendo
estímulos dela. Isso muda o marketing tradicional para o “Marketing das
Coisas” ou o “Marketing pras Gentes“, no qual essa integração vai se dar
com pessoas, através de redes sociais cada vez mais amplas, trocando
e armazenando dados que antes estariam indisponíveis. O “Marketing
pras Gentes” revoluciona o marketing tradicional: contato instantâneo
e contínuo com clientes potenciais e efetivos, armazenagem de dados
sem limites, possibilidades de análises mercadológicas sem precedentes
e sem a necessidade de “pesquisas de mercado“. Os clientes potenciais
e efetivos se transformam na rede de negócios da própria empresa, muito
além de uma simples rede social para troca de fotos, filmes e opiniões.
Clientes em rede, marketing em rede. Capacidade massiva de tratar
individualmente cada pessoa da rede, de acordo com seus dados, seu
perfil de demanda, seu histórico de compras, seu comportamento, seus
dados sociodemográficos e por aí vai. A custos baixos como nunca antes
imaginados ou possíveis.
>> Muda a forma como a empresa produz e entrega seus produtos e servi-
ços. Na verdade, o ciclo tradicional de produção, venda e transferên-
cia de posse de um serviço atômico ou de um bem, que caracterizava
a missão de uma empresa, está rapidamente deixando de existir. Nos
novos modelos de negócio possibilitados por essa transformação social
e tecnológica, o consumidor “aluga” o produto ou serviço e fica com
ele enquanto o mesmo é capaz de agregar valor à sua vida. A pós-venda
passa a ter importância relativamente maior que a venda e a pré-venda,
na medida em que a satisfação de uso é a única garantia de continuidade
do negócio. Neste sentido, esta integração da empresa com sua rede de
usuários é extremamente alavancada pelo uso dos serviços em nuvem.
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Introdução - página 10
gia, fazendo com que ela desempenhe um papel de relevância crescente nas or-
ganizações. À medida que as fronteiras entre TI e negócios se tornam nebulosas,
a tecnologia se torna mais crítica do que nunca na execução das estratégias de
negócio. Assim, o entendimento das novas possibilidades trazidas pelo avanço
da tecnologia passa a ser uma função de todos dentro das organizações, não se
restringindo mais apenas à área de TI.
Por isso tudo nós, da Opus Software, entendemos que seria importante tornar
disponíveis conhecimentos fundamentais sobre Computação em Nuvem e seu
potencial transformador, uma vez que temos acompanhado essa revolução
desde seu início. Nosso conhecimento não é meramente técnico e vem da
experiência de termos trabalhado em conjunto com nossos clientes, produzin-
do e implantando com sucesso várias soluções baseadas em tecnologia. Cabe
destacar que o nosso negócio também foi profundamente alterado por tais trans-
formações, e onde antes desenvolvíamos soluções de TI, hoje desenvolvemos
soluções de negócios alavancadas por TI.
Temos certeza que a leitura deste livro vai dar uma excelente ideia do que é
a propalada Computação em Nuvem e do que é possível revolucionar na sua
empresa. Se você é um CEO, esperamos que os conceitos apresentados aqui
ampliem suas possibilidades e ajudem a transformar o modo de você pensar
seu próprio negócio. Se você é um homem de marketing, esperamos propor-
cionar novas ferramentas para praticar o “Marketing pras Gentes” e transformar
o relacionamento com seus mercados. Se você é um homem de TI, esperamos
ajudá-lo a repensar seu próprio papel e a desenhar serviços e soluções cada vez
mais inovadores. E se você atua em qualquer outra área, nossa expectativa é que
o conhecimento sobre os fundamentos da Computação em Nuvem permita-lhe
vislumbrar novos horizontes sobre como desenvolver novas soluções de negó-
cios alavancadas por TI.
Boa leitura.
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Por que Computação em Nuvem? - página 11
D
esde o início da computação comercial, nos anos 1950, os fornecedores
de tecnologia estiveram focados nos grandes clientes e seus grandes or-
çamentos. Mainframes, redes privadas de alta velocidade, arquiteturas de
alta disponibilidade, “disaster recovery”, computação distribuída… Tudo muito
eficiente e robusto, mas praticamente inacessível às pequenas e médias empre-
sas dado seu alto custo e excessiva complexidade.
Esse fato acabou deixando pequenas e médias empresas sem condições de aces-
so à Tecnologia da Informação de ponta. Quantas empresas não pensaram em
implementar alguma inovação de TI e acabaram desistindo por causa dos custos
e da complexidade envolvidos?
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Por que Computação em Nuvem? - página 12
Custo
Como você só paga pelo que realmente usa, o custo de uma infraestrutura na
nuvem é na maioria das vezes menor do que o custo de uma infraestrutura con-
vencional, em que você compra as máquinas para a sua empresa. O sistema não
precisa funcionar de madrugada? Basta programar o desligamento das máquinas
e deixar de pagar por elas nesse período. O volume de acessos está baixo? Tro-
que a máquina que está usando por uma menor e pague menos. Simples assim.
No jargão da Computação em Nuvem, esse modelo dinâmico de alocação e
liberação de recursos é conhecido pelo termo pagamento pelo uso (“pay-per-u-
se”), uma vez que só se paga pelo que é efetivamente utilizado.
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Por que Computação em Nuvem? - página 13
Agilidade
Flexibilidade
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Por que Computação em Nuvem? - página 14
Alta disponibilidade
1 Para uma discussão detalhada do tema, veja “Disaster Recovery as a Cloud Service: Eco-
nomic Benefits & Deployment Challenges”, de Wood et al.
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Por que Computação em Nuvem? - página 15
Economia de escala3
3 Uma abordagem detalhada sobre o tema é oferecida pelo artigo “The economics of the
cloud”, de Rolf Harms e Michael Yamartino.
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Por que Computação em Nuvem? - página 16
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Por que Computação em Nuvem? - página 17
equipamentos. Isso faz com que o uso médio dos servidores seja muito mais
elevado do que o de servidores dedicados para fins específicos.
Por exemplo, existem determinadas aplicações que são mais usadas no horário
comercial, enquanto outras são mais utilizadas à noite. No modelo tradicional,
em que servidores são alocados para cada aplicação de maneira exclusiva, boa
parte do tempo os servidores ficam ociosos. Com a Computação em Nuvem, é
possível alocar os mesmos recursos computacionais para aplicações de perfis
complementares de utilização.
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Por que Computação em Nuvem? - página 18
Vantagens
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Por que Computação em Nuvem? - página 19
Dificuldades
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Por que Computação em Nuvem? - página 20
>> Resistência da equipe interna, que considera que esse tipo de serviço
aumenta a complexidade do trabalho, seja o desenvolvimento de novos
sistemas, seja a configuração da infraestrutura na nuvem;
>> Resistência dos gestores de TI, que temem perda de controle sobre o
ambiente operacional e também perda de sua importância dentro da
organização, resultando em obsolescência de suas funções;
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Por que Computação em Nuvem? - página 21
Entretanto, no caso das empresas grandes e médias que possuem data centers
internos, quando se fala em migrar soluções para a nuvem, há que se considerar
os tais custos já enterrados na construção da infraestrutura própria, incluindo
sistemas de alimentação de energia, refrigeração e por aí vai. Além disso, há
os equipamentos de rede, os servidores que já estão em operação e, principal-
mente, as licenças de software. Em certos casos, não é possível simplesmente
transferir as licenças para os servidores que rodarão na nuvem - e essa avaliação
deve ser feita com cuidado. Deve-se considerar ainda que, mesmo que se adote
a nuvem apenas para as aplicações que mais se beneficiam das vantagens ofere-
cidas por esse modelo, a estrutura interna provavelmente continuará sendo man-
tida para rodar outras aplicações que a empresa não tem interesse em migrar.
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Por que Computação em Nuvem? - página 22
Em situações como essa, quando se fala em uma nova aplicação a ser implan-
tada, mesmo que ela seja uma natural candidata à nuvem, pode ser muito
tentador simplesmente comprar mais um servidor, aumentar um pouquinho
a banda internet e tocar o barco assim mesmo, por ser a coisa mais fácil – e
provavelmente mais barata – a fazer no curto prazo. Entretanto, essa forma de
condução pode resultar em perda de competitividade ou menor retorno sobre os
investimentos em TI logo ali na frente. O ideal é que as empresas que possuem
infraestrutura própria definam uma estratégia clara em relação à Computação
em Nuvem, baseada em uma classificação cuidadosa de seu portfólio de apli-
cações, dos processos de negócio suportados por elas e por uma avaliação dos
elementos que fundamentam a decisão de onde rodar cada tipo de aplicação.
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Conceitos fundamentais - página 23
Conceitos fundamentais
A
final, o que é Computação em Nuvem? E o que não é? Desde o adven-
to da internet, surgiram vários fornecedores que passaram a oferecer
serviços de hospedagem e criaram data centers que absorveram parte
expressiva do parque de equipamentos que antes ficava dentro das empresas.
Mas isso não é Computação em Nuvem.
Quando de seu surgimento, e até que o conceito ficasse mais claro, a Computa-
ção em Nuvem foi caracterizada de maneira muito abrangente, incluindo toda
e qualquer forma de virtualização de servidores e de terceirização de infraestru-
tura computacional. Dessa forma, durante algum tempo, o termo assumiu um
caráter bastante genérico, e não caracterizava de maneira clara um modelo de
funcionamento que permitisse identificar seus atributos e benefícios específicos.
No entanto, à medida que as soluções oferecidas pelo mercado foram se conso-
lidando, surgiram propostas de definição que caracterizam de maneira precisa o
conceito de Computação em Nuvem.
Dentre as várias definições propostas, uma que vem tendo ampla aceitação pelo
mercado e que é cada vez mais citada na literatura especializada é aquela pro-
posta pelo NIST, o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia do Departamento
de Comércio norte-americano, em 2011:
4 Que tem o dom da ubiquidade; que está ou pode estar em toda parte ao mesmo tempo;
onipresente.
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Conceitos fundamentais - página 24
Sob demanda
5 “The NIST definition of cloud computing”, de Peter Mell e Timothy Grance, 2011.
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Conceitos fundamentais - página 25
Acesso amplo
Os recursos devem estar disponíveis através da rede (internet) e devem ser aces-
síveis por mecanismos padrão, permitindo seu uso por diferentes dispositivos,
tais como computadores pessoais, smartphones, tablets, etc.
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Conceitos fundamentais - página 26
Medição de uso
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Conceitos fundamentais - página 27
Tipos de instâncias
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Conceitos fundamentais - página 28
Ao comprar uma instância reservada, você paga um valor inicial para usá-la por
um ou três anos. A taxa de utilização, paga por hora, é mais baixa do que a da
instância sob demanda. A instância reservada estará sempre disponível. Embo-
ra esse tipo de instância seja mais econômica, em certo sentido ele contraria a
flexibilidade do modelo de Computação em Nuvem, pois equivale a reservar
recursos, como no caso da computação tradicional.
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Conceitos fundamentais - página 29
A instância reservada pode ser usada por aplicações que exijam esse tipo de dis-
ponibilidade ou por aplicações que têm um uso constante e contínuo. Quanto
menos variar a necessidade de processamento e quanto menos horas ela for su-
butilizada em um período, mais vantajosa é a compra de instâncias reservadas.
Instância spot
>> Aplicações que só são viáveis com um custo bem baixo, e que podem
esperar para realizar seu processamento quando houver disponibilidade
de instâncias desse tipo;
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Conceitos fundamentais - página 30
isto define-se uma combinação inicial que pode ser, então, monitorada e ajusta-
da continuamente.
>> Os primeiros 25% de tempo são cobrados pelo preço normal da instân-
cia on demand;
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Conceitos fundamentais - página 31
Nesse exemplo, o desconto líquido total para a instância naquele mês é de 20%
em relação ao preço cheio. O desconto máximo que pode ser obtido é de 30%
do preço cheio.
O Azure divide suas instâncias em duas famílias, que são chamadas de cama-
das: Basic e Standard.
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Conceitos fundamentais - página 32
A camada Basic oferece apenas instâncias para uso geral, e é indicada para
aplicativos de produção de uma só instância, instâncias de desenvolvimento,
servidores de teste e aplicativos de processamento em lote (batch). A camada
Standard oferece instâncias para uso geral, para uso intenso de CPU ou para uso
intenso de memória, e também possui mecanismos para redimensionamento
automático de recursos computacionais (autoscaling) e balanceamento de carga.
Por ter mais recursos, o preço desta camada é superior ao da Basic.
Embora os preços sejam apresentados por hora, o Azure cobra apenas os minu-
tos efetivamente utilizados. A principal forma de cobrança é o pagamento pelo
uso, ou seja, equivale a uma instância sob demanda.
Virtualização X Computação em
Nuvem
V
irtualização de servidores é uma forma de se otimizar o uso de servido-
res físicos, fazendo com que vários servidores virtuais, sob o controle
de um hipervisor (monitor das máquinas virtuais), possam rodar sobre
o mesmo hardware6. A virtualização, ao simular ambientes autônomos em uma
mesma máquina física, diminui a necessidade de hardware, de espaço físico e
de energia. Além disso, os servidores virtuais, por poderem ser facilmente movi-
dos entre diferentes máquinas físicas, favorecem a manutenção.
6 Para conhecer mais profundamente o conceito, veja o artigo “Server Virtualization Archi-
tecture and Implementation”, de Jeff Daniels.
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Conceitos fundamentais - página 33
Elasticidade e Escalabilidade
O
termo elasticidade teve origem nas áreas de Física e Economia, mas hoje
também é bastante empregado na área de Computação.
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Conceitos fundamentais - página 34
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Conceitos fundamentais - página 35
O termo escalabilidade, por sua vez, pode ser conceituado como “a habilidade
de um sistema de suportar com desempenho adequado cargas crescentes de
trabalho, à medida que sejam adicionados novos recursos computacionais”8.
Ou seja, um sistema é dito escalável se for capaz de fazer uso de novos recursos
computacionais disponibilizados para sua execução no sentido de acompanhar
o aumento da demanda.
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Conceitos fundamentais - página 36
B. Compatível com a nuvem: quando não há impeditivos para que seja exe-
cutado no ambiente da nuvem, embora algumas de suas características
sejam incompatíveis com a nuvem;
Q
uando se fala sobre as possíveis formas de implantação da Computação
em Nuvem, os seguintes tipos são normalmente propostos10:
10 Em “The NIST definition of cloud computing”, de Peter Mell e Timothy Grance, é sugerida
ainda a “nuvem comunitária”, em que a infraestrutura de nuvem é compartilhada por uma comuni-
dade específica de usuários de empresas que tenham interesses em comum.
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Conceitos fundamentais - página 37
Nuvem pública
Nuvem privada
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Conceitos fundamentais - página 38
>> Uma “nuvem privada virtual” (Virtual Private Cloud - VPC), em que a
infraestrutura é controlada por um provedor de serviços, mas os recursos
alocados para uma determinada organização são isolados dos recursos
compartilhados pela nuvem pública.
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Conceitos fundamentais - página 39
Nuvem Híbrida
Em tese, uma nuvem privada oferece um grau maior de segurança do que uma
nuvem pública, dado que o tráfego de informações e a migração de dados entre
servidores virtuais e físicos é limitada aos recursos que estão sob controle direto
da empresa cliente que a controla e administra. Entretanto, a questão de segu-
rança dos sistemas está muito mais relacionada à sua arquitetura, mecanismos
de proteção e utilização de técnicas de sigilo de dados do que ao tipo de nuvem
no qual eles são executados. Ou seja, o uso de uma nuvem privada potenciali-
za, mas não necessariamente oferece, de fato, maior segurança.
O
s modelos de serviço de nuvem podem ser de três tipos:
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Conceitos fundamentais - página 40
Fonte: “IaaS, PaaS and Saas Terms Clearly Explained and Defined”, Siverlight Hack.
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Conceitos fundamentais - página 41
Regiões e zonas de
disponibilidade
O
s termos região e zona de disponibilidade são usados por um dos princi-
pais fornecedores de Computação em Nuvem, a Amazon Web Services
(AWS). Embora sejam termos específicos desse fornecedor, podem ser
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Conceitos fundamentais - página 42
Na AWS, as regiões estão distribuídas por vários locais do mundo, e cada uma
delas é completamente independente e isolada das outras. Os recursos da AWS
estão distribuídos em oito regiões11:
>> Virgínia
>> Califórnia
>> Oregon
>> Irlanda
>> Tóquio
>> Singapura
>> Sidney
11 Dados de 2014.
[email protected]
Conceitos fundamentais - página 43
Cada região, por sua vez, oferece duas ou mais zonas de disponibilidade. Em
São Paulo, por exemplo, há duas zonas de disponibilidade. Cada uma delas é
um data center completo, com infraestrutura independente. Dentro de cada
região, as zonas de disponibilidade são conectadas por links de baixa latência
– isto é, velozes e com tempo de resposta baixo. A figura abaixo exemplifica a
relação entre regiões e zonas de disponibilidade:
O Google estrutura sua nuvem em três regiões – EUA, Europa e Ásia – e cada
região possui pelo menos duas zonas, que equivalem às zonas de disponibilida-
de da AWS.
12 Dados de 2014.
[email protected]
Conceitos fundamentais - página 44
California
13 Dados de 2014.
[email protected]
Conceitos fundamentais - página 45
E faz diferença a região que você escolher para criar sua infraestrutura na nu-
vem? Sim, faz diferença. Um fator importante a ser considerado é a latência, isto
é, o tempo de resposta a uma solicitação. Veja o resultado dos testes feitos com
a AWS e o Microsoft Azure a partir do Brasil. Observe que a latência dos data
centers localizados no Brasil é significativamente mais baixa:
[email protected]
Conceitos fundamentais - página 46
AWS: http://www.cloudping.info/
[email protected]
Conceitos fundamentais - página 47
tregá-lo a partir do data center que estiver mais próximo do usuário que faz a re-
quisição. Uma das principais empresas especializadas nesse serviço é a Akamai.
Entre os fornecedores de serviços de nuvem, alguns têm seu próprio serviço de
CDN, como o Amazon CloudFront e o Microsoft Azure CDN.
U
ma das primeiras coisas que pensamos quando ouvimos falar em nuvem
é na alta disponibilidade das aplicações. Apesar de a associação ser
válida, o simples fato de rodar uma aplicação na nuvem não garante que
sua disponibilidade seja maior do que rodando em um data center tradicional.
A nuvem entrega todas as ferramentas para tornar sua aplicação praticamente
imune a falhas, mas cabe a você utilizar os recursos da nuvem de forma a tirar
proveito das características do ambiente.
Uma vez definido o uptime requerido, é preciso decidir em que nível haverá
redundância. Em uma nuvem, as falhas podem ocorrer em cinco diferentes
níveis14:
[email protected]
Conceitos fundamentais - página 48
Para a maioria das aplicações, uma arquitetura distribuída com várias máqui-
nas virtuais (instâncias) em uma mesma zona de disponibilidade costuma ser
suficiente. Nesses casos, para garantir tolerância a falhas devem ser utilizadas
técnicas já tradicionais para o desenvolvimento de aplicações internet, como
balanceamento de carga, arquitetura distribuída e replicação de dados.
[email protected]
Conceitos fundamentais - página 49
Para aplicações que exijam uma disponibilidade ainda maior, pode-se optar
por uma arquitetura semelhante à do nível 2, mas com instâncias distribuídas
em mais de uma zona de disponibilidade, dentro de uma mesma região. Isso
acrescenta um grau de redundância, onde cada máquina virtual que tenha uma
atribuição distinta em uma zona de disponibilidade precisa ser replicada na
outra zona.
Nível 4 – Regiões
[email protected]
Conceitos fundamentais - página 50
[email protected]
Conceitos fundamentais - página 51
E
m princípio, a nuvem é um ambiente bastante democrático: qualquer
aplicação pode ser colocada ali, independentemente de suas caracterís-
ticas e de como foi construída. Entretanto, há alguns tipos de aplicação
que se beneficiam muito mais da Computação em Nuvem e da elasticidade de
recursos oferecida por ela: são aquelas que possuem necessidades de processa-
mento que variam significativamente de acordo com o tempo15.
>> Aplicações com uso intenso em horário comercial, mas que são pouco
usadas fora desse período, como é o caso da maior parte das aplicações
de uso interno das empresas;
Para tais aplicações, nos períodos de baixa demanda, poucos recursos da nuvem
são utilizados. Conforme a demanda cresce, novos recursos podem ser adicio-
nados à infraestrutura. Naturalmente, é possível automatizar através de scripts
todo o trabalho de análise e alocação ou liberação de recursos.
[email protected]
Conceitos fundamentais - página 52
[email protected]
Conceitos fundamentais - página 53
Porém, ganhos ainda mais significativos podem ser obtidos com o correto ajuste
dessas aplicações e de seus ambientes para o modelo de Computação em Nu-
vem. Quando uma aplicação é desenvolvida para o modelo tradicional de com-
putação centralizada, existe o pressuposto de que os recursos computacionais
disponíveis são fixos. Dessa maneira, os programas que compõem a aplicação
não consideram a possibilidade de se alocar e liberar recursos dinamicamente
e, portanto, não consideram também que muitas das operações que realizam
de maneira sequencial poderiam ser paralelizadas. Normalmente, depois que se
realiza a migração de uma aplicação para a Computação em Nuvem, o passo se-
guinte ideal é aperfeiçoá-la para que se beneficie ainda mais do novo modelo16.
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Comprando Software como Serviço (SaaS) - página 54
Comprando Software
como Serviço (SaaS)
C
omprar Software como Serviço significa comprar apenas o acesso a
uma aplicação, sem se preocupar com a infraestrutura que está por trás
dela. Você será apenas o usuário do software, sem nenhuma tarefa de
gerenciamento da infraestrutura necessária para executá-lo.
[email protected]
Comprando Software como Serviço (SaaS) - página 55
res são configurados? Nada disso interessa ao usuário, que não precisa pensar
em comprar equipamentos, instalar softwares, configurar servidores e redes;
tudo isso é responsabilidade do fornecedor.
[email protected]
Comprando Plataforma como Serviço (PaaS) - página 56
Comprando Plataforma
como Serviço (PaaS)
U
ma Plataforma como Serviço oferece um ambiente de desenvolvimento
de software. Isso interessa diretamente àqueles que vão desenvolver no-
vas aplicações para rodar na nuvem. Ao usar uma plataforma desse tipo,
os desenvolvedores não precisam cuidar da administração do sistema operacio-
nal e de outras tarefas de gestão de infraestrutura17. Além disso, as plataformas
oferecem muitos componentes já prontos para o desenvolvimento de aplica-
ções. O modelo de PaaS também facilita muito o desenvolvimento de aplicações
escaláveis e elásticas, uma vez que normalmente impõe aos programas a serem
construídos uma arquitetura que garante esses atributos sem exigir do desenvol-
vedor um conhecimento detalhado dos mecanismos que a suportam18.
[email protected]
Comprando Plataforma como Serviço (PaaS) - página 57
Tecnologia usada no servidor – Por exemplo, se você pretende usar uma arqui-
tetura baseada no ambiente .NET da Microsoft, faz sentido usar uma platafor-
ma centrada nessa tecnologia. Por outro lado, se o projeto vai usar múltiplas
linguagens e diferentes tecnologias do lado do servidor, o mais indicado é usar
um PaaS que contemple esse cenário.
[email protected]
Comprando Plataforma como Serviço (PaaS) - página 58
>> AppFog
>> Caspio
>> Heroku
>> Jelastic
[email protected]
Comprando Plataforma como Serviço (PaaS) - página 59
Diversos serviços podem ser acessados pelo desenvolvedor através de uma inter-
face web, a Admin Console, que permite gerenciar os aplicativos e ter acesso a
detalhes sobre instâncias em execução, arquivos de log23, atividades agendadas
(Cron Jobs)24, filas de tarefas, etc. Já a parte de infraestrutura fica por conta do
Google, que também proporciona alocação automática de recursos e balancea-
mento de carga.
Uma aplicação desenvolvida no Google App Engine roda em uma sandbox, que
é um ambiente isolado específico para cada aplicação. As aplicações não po-
dem gravar dados no sistema de arquivos local, mas podem ser acessadas outras
máquinas na internet para a gravação de arquivos desestruturados (de texto, por
exemplo), através de funções de API oferecidas pela plataforma.
23 Arquivos de log são usados para registrar eventos ocorridos com um software. São úteis
para entender o comportamento do software para detecção de falhas e otimização de desempenho,
bem como para registrar informações de auditoria.
24 Cron Jobs são tarefas que rodam no ambiente do Google App Engine que podem ser
agendadas para rodar em um horário específico ou periodicamente em intervalos regulares.
[email protected]
Comprando Plataforma como Serviço (PaaS) - página 60
O modelo de arquitetura imposto pelo Google App Engine força que as apli-
cações sejam estruturadas com uma clara separação entre duas camadas, a de
tratamento das requisições e a que lida com o armazenamento de dados. A
primeira camada deverá necessariamente trabalhar sem salvar um estado interno
entre as diferentes requisições, e a segunda camada manterá seus estados conti-
nuamente25.
A cobrança dos serviços do Google App Engine é feita com base no uso. Cada
aplicativo tem uma cota diária gratuita para instâncias, espaço de armaze-
namento e tráfego de entrada e saída. Quando a aplicação ultrapassa a cota
gratuita diária, é feita a cobrança apenas pelo uso suplementar, até o montante
máximo diário que for especificado.
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Comprando Plataforma como Serviço (PaaS) - página 61
A
plataforma Microsoft Azure Cloud Services oferece um ambiente para
execução de aplicações com base num modelo de programação bem
definido, que visa proporcionar escalabilidade e alto grau de disponibili-
dade para as aplicações que rodam nela.
Tipicamente, uma aplicação Azure Cloud Services deve ser estruturada em torno
de dois papéis fundamentais: web role e worker role. São criadas máquinas
virtuais distintas para cada papel, e a ideia é combinar múltiplas instâncias de
cada uma para criar aplicações multicamada. Instâncias web role implementam
o código responsável pelo tratamento de requisições vindas da web, como re-
quisições de usuários, e normalmente as encaminha para instâncias worker role.
Também é comum utilizar instâncias web role para implementar Web Services,
que são serviços oferecidos para outras aplicações através da internet. Instâncias
worker role rodam tarefas assíncronas que não dependem de interação com o
usuário e que normalmente implementam as regras de negócio e o tratamento
de dados da aplicação. A comunicação entre os dois tipos de instâncias é reali-
zada através de filas de mensagens.
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Comprando Plataforma como Serviço (PaaS) - página 62
26 JSON é o acrônimo de JavaScript Object Notation, que é um formato simples para descri-
ção e intercâmbio de dados.
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Comprando Plataforma como Serviço (PaaS) - página 64
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Comprando Infraestrutura como Serviço (IaaS) - página 65
Comprando
Infraestrutura como
Serviço (IaaS)
A
Computação em Nuvem baseia-se na alocação e desalocação de recur-
sos de acordo com a demanda. No caso da Infraestrutura como Serviço,
alocam-se principalmente recursos para processamento e armazena-
mento de dados. É preciso definir o tipo e o tamanho de cada máquina virtual,
qual a sua capacidade de processamento, e como será feito o armazenamento
de dados. Para tirar proveito de uma Infraestrutura como Serviço é fundamental
uma boa integração entre esses diferentes tipos de recursos.
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Comprando Infraestrutura como Serviço (IaaS) - página 66
>> Softwares
>> Custos
Configuração de servidores
A escolha da região geográfica onde o servidor será criado faz toda diferença
no tempo de latência, que impacta diretamente no desempenho de uso. Quanto
mais distante dos usuários for a região, mais demorado será o tempo de res-
posta. Então, se a aplicação tiver muita interação, o melhor é que os servidores
sejam criados numa região mais próxima dos usuários; caso os usuários estejam
distribuídos geograficamente, podem-se criar instâncias em mais de uma região.
Se a aplicação for apenas de processamento, sem interação, pode ser interessan-
te escolher uma região onde os preços sejam mais baixos, mesmo que seja mais
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Comprando Infraestrutura como Serviço (IaaS) - página 67
distante. Entretanto, para uma avaliação precisa dos custos envolvidos, conside-
re a legislação e a incidência de impostos que são aplicáveis a cada região.
Armazenamento de dados
É preciso definir também quanto você vai precisar de espaço em disco. É impor-
tante observar que, normalmente, cada instância possui um disco temporário as-
sociado a ela, que pode ser usado durante o processamento dos dados, mas que
não será mantido quando a instância for liberada – a ativação e desativação de
instâncias são operações muito comuns na nuvem. Portanto, os discos temporá-
rios não podem ser usados para armazenar dados que devem permanecer após
o processamento. A opção mais comum é utilizar um disco persistente, que
será usado em conjunto com uma instância, e que será preservado ainda que a
instância seja desativada. Essa opção é muito semelhante ao modelo de compu-
tação tradicional , em que um servidor físico possui um disco que é usado para
armazenar os dados processados.
Além dos discos persistentes, que podem ser usados da maneira tradicional, os
fornecedores de serviços de Computação em Nuvem normalmente oferecem
uma opção de armazenamento bem mais barata, que tem menor desempenho
em termos de velocidade de acesso, mas que pode ser usada como um repositó-
rio para qualquer tipo de dados, que é o serviço de armazenamento de objetos.
Essa opção, combinada com o uso de discos persistentes, permite uma maior
flexibilidade na estratégia de armazenamento de dados utilizada. O mais co-
mum é manter os dados e arquivos de processamento mais frequente nos discos
persistentes, e guardar no serviço de armazenamento de objetos informações
que não se alteram ou que têm baixa frequência de atualização tais como dados
históricos, imagens, vídeos, arquivos de áudio e cópias de segurança (backups).
Os serviços de armazenamento de objetos costumam oferecer um alto grau de
redundância, o que amplia a durabilidade e disponibilidade das informações
salvas nele e o credencia como a solução ideal para dados históricos ou estáti-
cos.
Banda Internet
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Comprando Infraestrutura como Serviço (IaaS) - página 68
de informações que são enviadas para a nuvem, mas cobram o tráfego de saída.
Determinados tipos de sistemas podem se beneficiar dessa política de cobrança.
Por exemplo, sistemas que processam muitas informações mas geram resultados
pouco volumosos, como é o caso de sistemas analíticos (Business Intelligence),
que produzem relatórios sintéticos ou calculam índices a partir de grandes volu-
mes de dados.
Tráfego de E/S
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Controle de acesso
Facilidade de gerenciamento
Custos
Na avaliação dos custos, um aspecto que também deve ser considerado é o li-
cenciamento de software. Ao criar um servidor, o sistema operacional escolhido
faz diferença no preço. Para exemplificar, usamos a calculadora NubExpress30
para estimar o custo de servidores da AWS com a mesma configuração, alteran-
do apenas o sistema operacional, mostrando a diferença no preço final advinda
do licenciamento do software31:
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Comprando Infraestrutura como Serviço (IaaS) - página 70
>> Servidor com sistema operacional Windows Server: US$ 1,26 / hora
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Comprando Infraestrutura como Serviço (IaaS) - página 71
Portanto, é importante que fique claro que, quando falamos em compra de Infra-
estrutura como Serviço, não estamos tratando apenas de hardware, mas também
de software. Além disso, é preciso considerar a incidência de impostos sobre
serviços de processamento de dados e licenças de software.
Servidores
Com o Amazon EC2 (Elastic Compute Cloud) é possível criar instâncias de má-
quinas virtuais com os sistemas operacionais Windows Server, Linux ou Free-
BSD, com a possibilidade de aumentar ou diminuir o número de instâncias de
acordo com a demanda. A configuração dos servidores varia de acordo com a
necessidade: instâncias de uso geral, instâncias com demanda de mais CPU ou
instâncias com uso de mais memória.
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Armazenamento de dados
Estes são alguns dos serviços para armazenamento de dados oferecidos pela
AWS:
É o serviço de disco persistente que pode ser usado junto com as instâncias EC2.
Ou seja, como ele é persistente, se você desativar a instância EC2, os dados
do EBS continuam lá. A unidade de alocação de espaço no EBS é um volume.
Os volumes podem ter qualquer tamanho e o usuário pode redimensioná-los a
qualquer momento.
34 idem.
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O acesso aos dados armazenados no S3 é bem mais lento do que o acesso aos
volumes EBS, e deve ser usado como um repositório de arquivos e objetos. Para
fins de comparação, enquanto o acesso a volumes EBS equivale ao de discos
locais, na casa de milissegundos, o acesso ao S3 a partir de uma máquina virtual
leva alguns segundos.
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Amazon Glacier
Bancos de dados
Naturalmente, você não precisa do RDS para usar um banco de dados rela-
cional na nuvem da AWS. Uma forma de ter este recurso seria instanciar uma
máquina virtual e instalar nela por conta própria qualquer um desses softwares
gerenciadores de bancos de dados. A diferença é que o serviço RDS garante a
alocação de recursos computacionais otimizados para o melhor desempenho
de seu banco de dados, além de realizar tarefas fundamentais de gerenciamen-
to como atualização do software, alteração de espaço para o banco de dados
e backup automático dos dados. Em outras palavras, o serviço RDS é o que se
chama de DBaaS (Database as a Service ou Banco de Dados como Serviço),
que libera o usuário das tarefas periódicas de gerenciamento e manutenção do
banco de dados.
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Comprando Infraestrutura como Serviço (IaaS) - página 75
Amazon Aurora
O Amazon Aurora permite também que existam até 15 réplicas de leitura. Tais
réplicas compartilham os dispositivos de armazenamento com a instância prin-
cipal, permitindo aumentar sobremaneira o volume de operações de leitura dos
dados.
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Comprando Infraestrutura como Serviço (IaaS) - página 76
NoSQL
Outros Serviços
Além dos recursos apresentados nas seções anteriores, a AWS oferece ainda um
grande número de serviços adicionais que permitem a criação de uma infraes-
trutura completa de processamento na nuvem. Alguns dos serviços oferecidos
pela AWS são:
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>> VPC, Virtual Private Cloud, que é um serviço que permite a criação de
uma seção privada e isolada na nuvem da AWS para uso particular. O
recurso de VPC permite a configuração de redes com diversas topologias
para endereçar necessidades específicas. Por exemplo, com o VPC é
possível criar uma sub-rede isolada da internet, onde podem ser coloca-
dos servidores com informações sensíveis que não devem ser expostas na
rede.
>> SES, Simple Email Service, que é um serviço de baixo custo de envio de
e-mails em grande quantidade, tipicamente para mensagens de marke-
ting ou qualquer outro tipo de conteúdo.
Vários dos serviços adicionais oferecidos pela AWS estão além do que se con-
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Comprando Infraestrutura como Serviço (IaaS) - página 78
A AWS oferece também recursos específicos para aplicações que exigem com-
putação de alta performance (HPC – High Performance Computing), voltados
para a resolução de problemas científicos e de engenharia, tais como redes de
baixa latência completamente compartimentadas, agrupamentos de unidades
de processamento gráfico (GPU – Graphic Processing Unit) para construção e
tratamento de imagens, além de instâncias específicas de alta capacidade de
processamento ou alta capacidade para realizar tarefas de entrada e saída.
Para uma lista completa dos serviços oferecidos pela AWS, visite o catálogo de
produtos da empresa.
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Servidores
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Comprando Infraestrutura como Serviço (IaaS) - página 80
Armazenamento de dados
Discos persistentes
O Cloud Compute Engine oferece discos padrão e discos SSD, que são mais ve-
lozes e mais caros. Os discos do Cloud Compute Engine podem ser conectados
e desconectados das máquinas virtuais criadas no ambiente, mantendo os dados
de forma persistente. Como no caso da AWS, o desempenho dos discos está
associado ao número máximo de operações de gravação e escrita por segundo
(IOPS – Input/Output Operations Per Second) e ao volume máximo de transfe-
rência de dados por operação.
Todos os dados gravados nos discos do Cloud Compute Engine são criptografa-
dos já na máquina virtual, garantindo a inviolabilidade dos dados já no tráfego
entre o servidor e os discos.
O serviço Google Cloud Storage oferece ainda uma opção mais barata de arma-
zenamento de objetos, com a mesma garantia de segurança e durabilidade dos
dados, mas com tempo de recuperação mais lento do que na opção padrão.
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Bancos de dados
O Google oferece dois serviços de bancos de dados que podem ser usados tanto
por aplicações tradicionais rodando no Google Compute Engine (IaaS) quanto
por aplicações desenvolvidas para o Google Application Engine (PaaS do Goo-
gle):
Cloud SQL
Cloud Datastore
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BigQuery
Vale ainda lembrar que é possível rodar qualquer servidor de bancos de dados,
relacional ou não, na infraestrutura do Google Compute Engine. Basta instanciar
uma máquina virtual e carregar nela o software desejado. Porém, nesse caso, o
gerenciamento do banco de dados fica todo por conta do usuário.
Outros Serviços
>> VPN, que permite a construção de redes privadas virtuais entre a infra-
estrutura local do cliente e os recursos alocados na nuvem do Google
através de um canal seguro.
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Comprando Infraestrutura como Serviço (IaaS) - página 83
>> Translate API, que é um serviço que permite integrar aplicações de-
senvolvidas pelo usuário ao Google Tradutor. Dessa forma, é possível
adicionar às funcionalidades de uma aplicação os recursos de tradução
de documentos entre os vários idiomas suportados pelo serviço.
É bom lembrar que o Google é uma empresa 100% internet, e que a Computa-
ção em Nuvem sempre fez parte de sua estratégia, o que naturalmente o qualifi-
ca como um competidor forte nesse mercado agora e para o futuro.
Microsoft Azure
Servidores
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Armazenamento de dados
No Microsoft Azure, sempre que uma máquina virtual é instanciada ela já tem
dois discos associados a ela: o de sistema operacional e o de dados temporários.
O disco do sistema operacional é criado a partir de imagens binárias dos siste-
mas operacionais suportados. O custo do disco temporário já está incluído no
custo da máquina virtual, e o disco de sistema operacional é taxado em função
do espaço utilizado.
Os discos persistentes, chamados de data disks, podem ser discos padrão ou dis-
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Azure Storage
>> Blob: pode armazenar qualquer tipo de texto ou dados binários, como
documentos, imagens ou arquivos de mídia.
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Comprando Infraestrutura como Serviço (IaaS) - página 86
Azure Backup
Este é outro serviço importante oferecido pela Microsoft, um software que é ins-
talado na infraestrutura local do usuário e que copia automaticamente os dados
dos discos dos servidores locais para a nuvem. Os dados são encriptados antes
de serem enviados, garantindo sua inviolabilidade tanto no trânsito quanto no
armazenamento dentro da infraestrutura do Azure. Há recursos integrados para
compactação dos dados e limitação da largura de banda internet utilizada para
sua transmissão. Os dados são armazenados de forma redundante, garantindo
durabilidade e acessibilidade. Depois da cópia inicial, apenas os dados altera-
dos são transferidos, garantindo um tempo mais rápido para a realização dos
backups e minimizando o espaço utilizado na nuvem.
Bancos de dados
>> Azure Storage Table: banco de dados NoSQL do tipo chave-valor flexível
que oferece grande escalabilidade e alto desempenho no acesso ou gra-
vação de dados.
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Comprando Infraestrutura como Serviço (IaaS) - página 87
Outro exemplo é o ClearDB, que oferece uma versão do MySQL com recursos
de redundância para suportar tolerância a falhas.
Outros Serviços
>> Rede Virtual, que é o serviço para criação de uma rede privada virtual
(VPN) entre a infraestrutura local do usuário e a infraestrutura do Azure.
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Comprando Infraestrutura como Serviço (IaaS) - página 88
Nuvens Híbridas
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Comprando Infraestrutura como Serviço (IaaS) - página 89
39 SAN - Storage Area Network, é um equipamento que implementa uma rede dedicada
que funciona como um disco de rede de alto desempenho e com recursos de tolerância a falhas,
centralizando o armazenamento de dados dos servidores em uma rede local. Normalmente, o SAN
concentra os dispositivos de armazenamento da rede, gerando a ilusão de um dispositivo único e
uniforme para os equipamentos cliente.
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Comprando Infraestrutura como Serviço (IaaS) - página 90
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Disaster Recovery – recuperação de dados - página 91
Disaster Recovery –
recuperação de dados
U
ma política de Disaster Recovery visa manter o negócio operando mes-
mo em caso de falhas de hardware, software, problemas na rede, falha
humana, falta de energia elétrica, roubo de equipamentos, incêndio,
catástrofes naturais, etc. Nos dias de hoje, em que as empresas dependem tanto
das informações armazenadas em seus servidores de dados e em que os pro-
cessos de negócio estão baseados em tarefas automatizadas pelos sistemas de
software, é necessário garantir que as informações e os ambientes operacionais
possam ser rapidamente restaurados em ocasiões de contingência. Normalmen-
te, a política de Disaster Recovery se baseia na replicação de dados e ambientes
de execução a fim de manter o negócio operando ou restaurá-lo rapidamente
nessas situações de emergência.
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Disaster Recovery – recuperação de dados - página 92
Recovery Point Objective (RPO) define o tempo retroativo dos dados que serão
recuperados em caso de falha. Deve-se considerar o que é uma perda aceitável
que não cause grande prejuízo operacional. Por exemplo, considere um sistema
com RPO de 4 horas, cujo último backup foi feito às 10 horas. Se o incidente
ocorrer às 13 horas, tudo o que foi feito entre 10 e 13 horas será perdido.
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Disaster Recovery – recuperação de dados - página 93
Também conhecido como “cold start”, este é o modelo mais simples de ser
implantado. O backup da estrutura primária é feito na nuvem, ou seja, a nuvem
é usada somente como local externo de armazenamento de dados. Em caso de
interrupção das atividades na estrutura primária, os dados são transferidos da
nuvem para a infraestrutura secundária.
40 Para uma discussão detalhada do tema, veja “Disaster Recovery as a Cloud Service: Eco-
nomic Benefits & Deployment Challenges”, de Wood et al.
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Disaster Recovery – recuperação de dados - página 94
Modelo 2: Backup e
infraestrutura secundária na
nuvem
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Disaster Recovery – recuperação de dados - página 95
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Disaster Recovery – recuperação de dados - página 96
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É hora de colher os benefícios da nuvem - página 97
É hora de colher os
benefícios da nuvem
A
nuvem amplia consideravelmente as possibilidades para criação de
uma infraestrutura de backup e recuperação de dados. Também diminui
consideravelmente os custos de implantação de soluções modernas de
processamento de dados e mecanismos de interação com seus clientes através
de canais digitais, tornando acessível às pequenas e médias empresas recursos
antes disponíveis somente para grandes organizações.
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É hora de colher os benefícios da nuvem - página 98
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Referências - página 99
Referências
>> Armbrust, Michael et al. “Above the Clouds: A Berkeley View of Cloud
Computing” (2009).
>> Chang, Fay, et al. “Bigtable: A distributed storage system for structured
data.” ACM Transactions on Computer Systems (TOCS) 26.2 (2008): 4.
>> Duboc, Leticia, David S. Rosenblum, and Tony Wicks. “A framework for
modelling and analysis of software systems scalability.” Proceedings of
the 28th international conference on Software engineering. ACM (2006).
>> Frey, Sören, and Wilhelm Hasselbring. “The cloudmig approach: Model-
-based migration of software systems to cloud-optimized applications.”
International Journal on Advances in Software 4.3 and 4 (2011): 342-353.
>> Harms, Rolf, and Michael Yamartino. “The economics of the cloud.”,
Microsoft whitepaper, Microsoft Corporation (2010).
>> Herbst, Nikolas Roman, Samuel Kounev and Ralf Reussner. “Elasticity in
Cloud Computing: What It Is, and What It Is Not.” (2013).
>> Mell, Peter, and Timothy Grance, “The NIST definition of cloud compu-
ting.” (2011).
[email protected]
Referências - página 100
www.opus-software.com.br
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- página 102
[email protected]
- página 103
[email protected]
- página 104