05 - Decreto Nº 9.190-2017
05 - Decreto Nº 9.190-2017
05 - Decreto Nº 9.190-2017
Secretaria-Geral
Subchefia para Assuntos Jurídicos
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput , inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 20 da Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998,
DECRETA:
CAPÍTULO I
Art. 1º O Programa Nacional de Publicização - PNP, destinado à absorção de atividades desenvolvidas por
entidades ou órgãos da União pelas organizações sociais qualificadas conforme o disposto na Lei nº 9.637, de 15 de
maio de 1998 e neste Decreto, será implementado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - alinhamento aos princípios e aos objetivos estratégicos da política pública correspondente, respeitadas as
especificidades de regulação do setor;
Parágrafo único. A qualificação de entidades privadas sem fins lucrativos como organizações sociais tem por
objetivo o estabelecimento de parcerias de longo prazo, com vistas à prestação, de forma contínua, de serviços de
interesse público à comunidade beneficiária.
Seção I
Art. 2º Poderão ser qualificadas como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção
e à preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos os requisitos legais, as diretrizes de políticas públicas
setoriais, as determinações e os critérios estabelecidos neste Decreto.
I - exclusivas de Estado;
III - de fornecimento de instalação, bens, equipamentos ou execução de obra pública em favor da administração
pública federal.
Art. 4º O atendimento aos requisitos estabelecidos nos art. 2º, art. 3º e art. 4º da Lei nº 9.637, de 1998 , é
condição indispensável à qualificação de entidade privada como organização social, cujos documentos probatórios serão
apresentados ao órgão supervisor ou à entidade supervisora no ato da inscrição da entidade privada postulante.
§ 1º A entidade privada poderá entregar de forma provisória, no ato da inscrição, declaração que contenha o
compromisso de apresentar os documentos exigidos para a qualificação como organização social, acompanhada da Ata
da Assembleia que aprovou a emissão da declaração, nos termos estabelecidos nos art. 2º, art. 3º e art. 4º da Lei nº
9.637, de 1998 , sem prejuízo das sanções previstas em lei. (Incluído pelo Decreto nº 9.469, de 2018)
§ 2º A entidade privada que optar pelo procedimento previsto no § 1º entregará os documentos probatórios no
prazo de quarenta e cinco dias, contado da publicação da decisão final de seleção. (Incluído pelo Decreto nº 9.469, de
2018)
§ 3º A entidade privada somente poderá ser qualificada como organização social após apresentar a documentação
comprobatória hábil, conforme o disposto nos art. 2º , art. 3º e art. 4º da Lei nº 9.637, de 1998 . (Incluído pelo Decreto nº
9.469, de 2018)
§ 4º A entidade privada será desclassificada na hipótese de descumprimento do prazo de que trata o § 2º.
(Incluído pelo Decreto nº 9.469, de 2018)
II - o objeto social da entidade, definido em seu estatuto, será aderente à atividade a ser publicizada;
III - os órgãos e as entidades públicos representados no Conselho de Administração da entidade privada serão
aqueles diretamente responsáveis pela supervisão, pelo financiamento e pelo controle da atividade; e
Art. 6º O processo de qualificação de entidade privada sem fins lucrativos como organização social compreende
as seguintes fases:
I - decisão de publicização;
Seção II
Da decisão de publicização
Art. 7º A proposta de publicização das atividades de que trata o art. 1º da Lei nº 9.637, de 1998 , será
encaminhada pelo Ministro de Estado supervisor da área ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão,
devidamente justificada, e explicitará as razões que fundamentam a conveniência e a oportunidade da opção pelo
modelo das organizações sociais, observado o disposto no art. 4º do Decreto nº 6.944, de 21 de agosto de 2009 .
Art. 7º A proposta de publicização das atividades de que trata o art. 1º da Lei nº 9.637, de 1998, será
encaminhada pelo Ministro de Estado supervisor da área ao Ministério da Economia, devidamente justificada, e
explicitará as razões que fundamentem a conveniência e a oportunidade da opção pelo modelo das organizações
sociais, observado o disposto no art. 5º do Decreto nº 9.739, de 28 de março de 2019. (Redação dada pelo Decreto
nº 11.215, de 2022)
§ 1º A fundamentação de que trata o caput conterá todas as informações pertinentes à tomada de decisão, entre
as quais:
II - a análise e a caracterização da comunidade beneficiária das atividades e a definição dos órgãos e das
entidades públicos responsáveis pela supervisão e pelo financiamento da organização social;
III - os objetivos em termos de melhoria para o cidadão-cliente na prestação dos serviços com a adoção do
modelo de organização social;
V - as informações sobre cargos, funções, gratificações, recursos orçamentários e físicos que serão
desmobilizados, quando a decisão implicar em extinção de órgão, entidade ou unidade administrativa da administração
pública federal responsável pelo desenvolvimento das atividades;
VI - análise quantitativa e qualitativa dos profissionais atualmente envolvidos com a execução da atividade, com
vistas ao aproveitamento em outra atividade ou à cessão para a entidade privada selecionada;
VIII - a estimativa de recursos financeiros para o desenvolvimento da atividade durante o primeiro exercício de
vigência do contrato de gestão e para os três exercícios subsequentes.
§ 2º A decisão da publicização será efetuada em ato conjunto do Ministro de Estado supervisor e do Ministro de
Estado do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, e se for o caso, com anuência da autoridade supervisora, e
publicada no Diário Oficial da União.
§ 2º A decisão da publicização será efetuada em ato conjunto do Ministro de Estado supervisor e do Ministro
de Estado da Economia, e, se for o caso, com anuência da autoridade supervisora, e publicada no Diário Oficial da
União. (Redação dada pelo Decreto nº 11.215, de 2022)
II - é de responsabilidade do órgão ou da entidade proponente; e (Incluído pelo Decreto nº 11.215, de 2022)
III - será utilizada como referência para o edital de chamamento público a que se refere o inciso I do caput do
art. 8º. (Incluído pelo Decreto nº 11.215, de 2022)
Seção III
Da seleção da entidade
Art. 8º A seleção da entidade privada sem fins lucrativos a ser qualificada como organização social será realizada
pelo órgão supervisor ou pela entidade supervisora da área e observará as seguintes etapas:
IV - fase recursal; e
Parágrafo único. O atendimento ao princípio da economicidade, previsto no art. 7º da Lei nº 9.637, de 1998 , será
observado durante todo o processo de seleção.
Art. 9º Não poderá participar do chamamento público a entidade privada sem fins lucrativos que:
I - tenha sido desqualificada como organização social, por descumprimento das disposições contidas no contrato
de gestão, nos termos do art. 16 da Lei nº 9.637, de 1998 , em decisão irrecorrível, pelo período que durar a penalidade;
III - tenha sido punida com uma das seguintes sanções, pelo período que durar a penalidade:
IV - tenha tido contas de parceria julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal ou Conselho de Contas de
qualquer ente federativo, em decisão irrecorrível, nos últimos oito anos; e
V - não possuam comprovação de regularidade fiscal, trabalhista e junto ao Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço - FGTS, por meio de:
a) Certidão Negativa de Débitos Relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa da União;
Art. 10. O processo de seleção da entidade privada se iniciará com a divulgação de chamamento público pelo
órgão supervisor ou pela entidade supervisora da atividade, que definirá, entre outros aspectos:
I - os requisitos a serem atendidos pelas entidades privadas interessadas para fins de habilitação;
IV - as condições específicas da absorção das atividades, tais como a cessão de imóveis e outros bens materiais
e de servidores envolvidos na atividade em processo de publicização, se for o caso;
VI - o prazo mínimo de quarenta e cinco dias para o início do período de inscrição das entidades privadas
interessadas;
VII - as etapas do processo de avaliação das entidades privadas sem fins lucrativos inscritas;
Art. 11. A avaliação das propostas contemplará, sem prejuízo de outros critérios:
II - o nível de aderência da proposta de trabalho ao edital de chamamento público a que se refere o inciso I do
caput do art. 8º; e (Redação dada pelo Decreto nº 11.215, de 2022)
III - a experiência e a capacidade técnica e gerencial da entidade ou dos integrantes do quadro social, diretivo
ou funcional da organização que executará as atividades do contrato de gestão, aferidas objetivamente, conforme
indicado no edital de chamamento público a que se refere o inciso I do caput do art. 8º. (Incluído pelo Decreto nº
11.215, de 2022)
Art. 12. A avaliação das entidades privadas sem fins lucrativos inscritas no chamamento público será realizada por
comissão de avaliação especialmente criada para esta finalidade pela Secretaria-Executiva do órgão supervisor ou pela
entidade supervisora.
Art. 12. A avaliação das entidades privadas sem fins lucrativos inscritas no chamamento público será realizada
por comissão de seleção instituída para essa finalidade pela Secretaria-Executiva do órgão supervisor ou pela
entidade supervisora. (Redação dada pelo Decreto nº 11.215, de 2022)
§ 1º Não poderão ser nomeados para a comissão de que trata o caput servidores que tenham sido cedidos a
organização social com contrato vigente com a administração pública federal ou servidores que trabalhem na área
responsável pela supervisão dos contratos de gestão.
§ 2º À comissão de que trata o caput competirá a avaliação das entidades privadas participantes quanto ao
atendimento dos requisitos legais, das diretrizes e dos critérios estabelecidos neste Decreto e dos critérios definidos no
chamamento público.
§ 3º Observado o prazo estabelecido no chamamento público, a comissão responsável pela avaliação elaborará
relatório conclusivo, que explicitará:
III - as entidades privadas inabilitadas em razão do não atendimento aos requisitos legais e a outros previstos
neste Decreto; e
IV - nos casos de mais de uma entidade privada participante habilitada, a escolha justificada da entidade privada
que melhor atendeu aos critérios estabelecidos no art. 11.
§ 4º A decisão da comissão de avaliação será publicada no Diário Oficial da União e a íntegra do relatório será
publicada no sítio eletrônico oficial do órgão supervisor ou da entidade supervisora.
§ 4º A decisão da comissão de seleção será publicada no Diário Oficial da União e a íntegra do relatório será
publicada no sítio eletrônico oficial do órgão supervisor ou da entidade supervisora. (Redação dada pelo Decreto nº
11.215, de 2022)
§ 5º Da decisão de que trata o § 4º caberá recurso no prazo de dez dias, contado da data de publicação no Diário
Oficial da União, que será dirigido à comissão responsável pela decisão recorrida.
§ 6º A comissão recorrida terá o prazo de cinco dias, contado da data de interposição do recurso a que se refere o
§ 5º, para análise.
§ 7º Na hipótese de não haver reconsideração da decisão, os autos do processo de chamamento público serão
encaminhados à autoridade superior para decisão sobre o recurso, no prazo de trinta dias, contado da data de decisão a
que se refere o § 6º.
§ 8º A decisão final sobre a escolha da entidade privada para fins de qualificação como organização social e
celebração de contrato de gestão será formalizada em ato do Ministro de Estado ou do titular da entidade supervisora da
área de atuação e terá como base o relatório de avaliação do órgão responsável, após o encerramento da fase recursal.
§ 10. Enquanto durar a vigência do contrato de gestão, os membros da comissão de que trata o caput não
poderão ser cedidos à organização social qualificada.
Seção IV
Art. 13. A qualificação de entidade privada como organização social será formalizada em ato do Presidente da
República, a partir de proposição do Ministro de Estado supervisor da área, e, se for o caso, com anuência da
autoridade titular da entidade supervisora, precedida de manifestação do Ministro de Estado da Economia. (Redação
dada pelo Decreto nº 11.215, de 2022)
§ 1º O ato que qualificar a entidade privada como organização social será específico e indicará: (Incluído pelo
Decreto nº 11.215, de 2022)
III - o número do processo administrativo relativo ao chamamento público; e (Incluído pelo Decreto nº 11.215,
de 2022)
IV - o órgão ou a entidade da administração pública federal cujas atividades serão absorvidas pela organização
social. (Incluído pelo Decreto nº 11.215, de 2022)
§ 2º A organização social regularmente qualificada e com contrato de gestão vigente poderá absorver outra
atividade prevista no art. 1º da Lei nº 9.637, de 1998, desde que: (Incluído pelo Decreto nº 11.215, de 2022)
I - a nova atividade seja compatível com os seus objetivos sociais; (Incluído pelo Decreto nº 11.215, de 2022)
II - a publicização esteja em conformidade com o disposto nos art. 7º a art. 13, inclusive com novo chamamento
público; e (Incluído pelo Decreto nº 11.215, de 2022)
III - seja firmado termo aditivo ao contrato de gestão vigente. (Incluído pelo Decreto nº 11.215, de 2022)
§ 3º A manifestação do Ministro de Estado da Economia de que trata o caput ficará limitada aos aspectos
formais da proposta. (Incluído pelo Decreto nº 11.215, de 2022)
Seção V
Da celebração do contrato de gestão
Art. 14. O contrato de gestão, instrumento firmado entre o Poder Público e a entidade privada sem fins lucrativos
qualificada como organização social, com vistas à formação de parceria entre as partes para o fomento e a execução
das atividades aprovadas no ato de qualificação, observará o disposto nos art. 5º, art. 6º e art. 7º da Lei nº 9.637, de
1998 .
§ 1º O contrato de gestão discriminará os serviços, as atividades, as metas e os objetivos a serem alcançados nos
prazos pactuados, o cronograma de desembolso financeiro e os mecanismos de avaliação de resultados das atividades
da organização social.
§ 2º O contrato de gestão, de vigência plurianual, poderá ser alterado por meio de termos aditivos mediante
acordo entre as partes.
§ 4º O contrato de gestão preverá as condições e os prazos para as providências relativas à reversão de bens
permitidos, aos valores entregues à organização social e ao encerramento da cessão de servidores. (Incluído pelo
Decreto nº 11.215, de 2022)
Art. 15. Fica autorizada a inclusão de metas relativas a atividades intersetoriais no contrato de gestão mantido
com o órgão supervisor ou a entidade supervisora, desde que consistentes com os objetivos sociais da entidade privada
e com o ato de qualificação da organização social.
§ 1º A autoridade supervisora será responsável pelo acompanhamento e pela avaliação da execução das metas
relativas às atividades intersetoriais, por meio da comissão de avaliação do contrato de gestão.
Art. 16. O contrato de gestão poderá ser renovado por períodos sucessivos, a critério da autoridade supervisora,
condicionado à demonstração do cumprimento de seus termos e suas condições.
§ 2º A decisão de renovação não afasta a possibilidade de realização de novo chamamento público para
qualificação e celebração de contrato de gestão com outras entidades privadas interessadas na mesma atividade
publicizada.
§ 3º O contrato de gestão poderá ser renovado com redução de valor ou de objeto, observado o disposto no § 1º.
§ 5º O contrato de gestão poderá ser aditado para sub-rogar a um dos intervenientes a parte do objeto sob
seus patrocínios, observado o disposto no art. 29, na hipótese de a autoridade supervisora anterior ter se manifestado
contrariamente à renovação do contrato. (Incluído pelo Decreto nº 11.215, de 2022)
Art. 17. O órgão supervisor ou a entidade supervisora deverá, nos termos do parágrafo único do art. 7º da Lei nº
9.637, de 1998 , introduzir cláusulas no contrato de gestão que disporão sobre:
I - a vinculação obrigatória dos recursos de fomento público com metas e objetivos estratégicos previstos no
contrato de gestão;
III - limite prudencial de despesas com pessoal em relação ao valor total de recursos do contrato de gestão e
mecanismos de controle sistemático pela autoridade supervisora; e
IV - definição de critérios e limites para a celebração de contratos de prestação de serviços pela organização
social com outros órgãos ou entidades públicas e privadas ou de outros instrumentos de parceria.
Seção VI
Do orçamento
Art. 18. O Poder Público repassará os recursos públicos de fomento destinados ao financiamento das atividades
das organizações sociais.
§ 2º A autoridade supervisora ouvirá a organização social sobre o valor que será proposto para elaboração da Lei
Orçamentária.
§ 3º O valor mencionado no § 2º será acompanhado de plano preliminar de ações e metas para o exercício
financeiro e de orçamento estimativo.
Seção VII
Art. 19. Incumbe ao Conselho de Administração da organização social exercer as atribuições previstas na Lei nº
9.637, de 1998 , além de zelar pelo cumprimento dos resultados pactuados, pela aplicação regular dos recursos
públicos, pela adequação dos gastos e pela sua aderência ao objeto do contrato de gestão.
§ 3º A autoridade supervisora definirá a área responsável pela supervisão dos contratos de gestão dentro de sua
estrutura organizacional vigente.
§ 4º O órgão supervisor ou a entidade supervisora emitirá parecer final em cada exercício compreendido no ciclo
de vigência do contrato de gestão e terá como base as informações constantes dos relatórios emitidos pela comissão de
avaliação e o parecer da auditoria externa sobre os demonstrativos financeiros e contábeis e as contas da organização
social
Art. 20. O órgão supervisor ou a entidade supervisora disponibilizará em seu sítio eletrônico:
III - os relatórios de execução de que trata o § 1º do art. 8º da Lei nº 9.637, de 1998 , acompanhados das
prestações de contas correspondentes; e
Seção VIII
Da desqualificação
Art. 21. A entidade privada sem fins lucrativos poderá ser desqualificada:
III - quando constatado o descumprimento das disposições contidas no contrato de gestão, na Lei nº 9.637, de
1998 , e neste Decreto; e
§ 2º A desqualificação ocorrerá em ato do Poder Executivo federal, cuja proposição caberá ao órgão supervisor ou
à entidade supervisora, ouvido o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
§ 2º A desqualificação ocorrerá em ato do Poder Executivo federal, cuja proposição caberá ao órgão supervisor
ou à entidade supervisora, ouvido o Ministério da Economia. (Redação dada pelo Decreto nº 11.215, de 2022)
Art. 22. Na hipótese de desqualificação da organização social, o órgão supervisor ou a entidade supervisora
providenciará a incorporação integral do patrimônio, dos legados ou das doações que lhe foram destinados e dos
excedentes financeiros decorrentes de suas atividades.
Art. 23. Na hipótese de desqualificação da organização social, as atividades absorvidas pela entidade privada na
forma dos art. 18 a art. 22 da Lei nº 9.637, de 1998 , poderão ser reassumidas pelo Poder Público, com vistas à
manutenção da continuidade dos serviços prestados e à preservação do patrimônio, facultada à União a transferência da
execução do serviço para outra organização social, observado o disposto no art. 2º, caput , inciso I, alínea “i”, da referida
Lei.
CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 24. É vedada a execução de despesa em favor do órgão supervisor ou da entidade supervisora e em
desacordo com o objeto do contrato.
Art. 25. É vedada a transferência de recursos de fomento para organização social, nos termos da Lei nº 13.019, de
31 de julho de 2014 , e do Decreto nº 8.726, de 27 de abril de 2016 .
Art. 26. Os representantes dos órgãos e das entidades públicas nos Conselhos de Administração de organizações
sociais deverão ser ocupantes de cargos do Grupo Direção e Assessoramento Superiores - DAS de nível 4 ou superior,
ou equivalente, e serão designados pelo Ministro de Estado supervisor ou autoridade titular da entidade supervisora da
área após a assinatura do contrato de gestão.
Parágrafo único. Cidadãos da sociedade civil com notório saber nas áreas de atuação das organizações sociais
poderão ser indicados como representantes dos órgãos e das entidades públicas nos Conselhos de Administração,
mediante decisão fundamentada do órgão supervisor ou da entidade supervisora.
Art. 27. As disposições referentes ao processo de seleção estabelecidos neste Decreto não se aplicam às
entidades privadas já qualificadas como organizações sociais, observado o disposto no art. 16.
Art. 28. Os contratos de gestão vigentes serão adaptados às disposições deste Decreto por meio de termo aditivo
ou renovação.
Art. 29. A entidade privada qualificada como organização social somente poderá celebrar um contrato de gestão
com a administração pública federal.
Art. 30. O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão poderá estruturar programa de capacitação para
os representantes nos Conselhos de Administração das entidades privadas qualificadas e para os servidores a cargo da
supervisão e da avaliação dos contratos de gestão e para o público-alvo que atue junto às organizações sociais.
Art. 30. A Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia e a
Fundação Escola Nacional de Administração Pública - Enap poderão estruturar, conjuntamente, programa de
capacitação para: (Redação dada pelo Decreto nº 11.215, de 2022)
I - os representantes nos Conselhos de Administração das entidades privadas qualificadas; (Incluído pelo
Decreto nº 11.215, de 2022)
II - os servidores responsáveis pela supervisão e pela avaliação dos contratos de gestão; e (Incluído pelo
Decreto nº 11.215, de 2022)
III - o público-alvo que atue junto às organizações sociais. (Incluído pelo Decreto nº 11.215, de 2022)
Art. 31. O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão editará normas complementares a este Decreto.
Art. 31. O Ministério da Economia poderá editar normas complementares necessárias ao cumprimento do
disposto neste Decreto. (Redação dada pelo Decreto nº 11.215, de 2022)
MICHEL TEMER
Dyogo Henrique de Oliveira