D.O.A Apontamentos
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15/02/2023 teórica
Testes: 2 grupos
1. Conceitos
22/02/2023 teórica
O direito administrativo é um ramo de direito público composto por um conjunto de normas, regras e princípios e que
regulamentam a organização e funcionamento da administração pública e as relações desta com outros sujeitos (?).
O princípio da separação de poderes diz-nos que existem 3 poderes autónomos que coexistem e não existindo
qualquer tipo de hierarquia entre eles: o poder legislativo, executivo e judicial. O poder judicial é considerado
impoluto pois visa fiscalizar a atuação do poder legislativo. Atualmente é considerado um poder político.
Administrar: gerir bens comuns afetos á prossecução de um interesse também ele comum em benefício da
comunidade.
Administração pública: conjunto de entidades, órgãos e serviços articulados entre si que executam tarefas pré-
definidas pelo legislador, com vista á satisfação do interesse público. Também este interesse público é definido pelo
legislador.
A administração pública é dividida em duas vertentes: administração pública em sentido objetivo (Art.º266 nº1 CRP),
sem esta finalidade não era necessária a existência da administração púbica; administração em sentido subjetivo (Art.º
267 nº1).
Interesse público (Art.º 266 nº1 CRP): conjunto de fins prosseguidos pela administração pública para a satisfação das
necessidades da comunidade politicamente organizada que o legislador classifica como indispensáveis. Estas
necessidades indispensáveis são essenciais ao normal funcionamento e equilíbrio da sociedade. São gerias e coletivas
porque dizem respeito a uma generalidade de pessoas e por essa razão cabe ao estado a sua prossecução. Pode ser
primário ou secundário. (Art.º 1: interesse público primário; Art.º3; Art.º9 b); Art.º199 g))
Interesse público primário ou bem comum corresponde aos valores básicos que orientam uma determinada
comunidade política como a paz, a segurança, etc.
Interesse público secundário ou instrumental corresponde aos meios usados para a prossecução dos interesses públicos
primários. São definidos pelo legislador de acordo com as opções políticas da comunidade.
24/02/2023 prática
Funções:
Interesse público:
Administração pública em sentido material: procura saber de todas as atuações possíveis da administração púbica
quais as que são naturalmente administrativas;
Administração pública em sentido formal: procura saber quais as formas através das quais a administração pública
pode aparecer a manifestar a sua vontade; 8 a vontade da administração pública nunca é subjetiva, é sempre
normativa)
3 formas:
Regulamento administrativo: conjunto de normas gerais e abstratas emanadas pela administração pública no
exercício da função administrativas;
Ato administrativo: estatuição ou decisão autoritária emanada por um órgão da administração pública (nota:
não) no uso de poderes de direito administrativo relativa a uma situação individual e/ou concreta e que visa
produzir efeitos jurídicos externos positivos ou negativos;
Contrato administrativo: trata-se de uma solução concertada entre a administração pública e os particulares no
âmbito da persecução do interesse público.
O ato administrativo é concreto porque esgota todos os seus efeitos numa única utilização.
O regulamento é abstrato porque se aplica sucessivamente tantas quantas as vezes se verificar o evento da vida real
nele previsto.
Administração pública em sentido subjetivo: procura saber quem leva a cargo a administração pública.
Em princípio, é levada a cabo por pessoas coletivas públicas que atuam através de órgãos que atuam através de
pessoas físicas.
Legitimação
27/02/2023 teórica....
Princípio da tutela jurisdicional efetiva: aos particulares é garantido o acesso as tribunais para se defenderem de
eventuais atentados sobre a sua esfera jurídica, nomeadamente
Art.º4 CPA
Para além desses mecanismos, o estado assegura esses particulares os meios necessários para aceder a esses tribunais
Os órgãos centrais têm competência alargada a todo o território (ex: ministérios, direções gerais, etc.)
28/02/2023 O.T.
2. Administração autónoma
3. Administração independente
Administração estadual: sempre que esteja em causa a persecução de interesses públicos do estado;
Administração autónoma: sempre que esteja em causa a persecução de interesses públicos próprios das entidades que
atuam neste nível de administração e que são interesses públicos distintos dos do estado.
Nota: Há ainda outras entidades que não têm ma base territorial que pertencem á administração autónoma, ex.: ordens
profissionais.
Trata-se de administração estadual direta quando são os próprios órgãos incluídos na estrutura da pessoa coletiva do
estado que prosseguem o interesse público.
Trata-se de administração estadual indireta quando o interesse público é prosseguido por órgãos de pessoas coletivas
distintas do estado e, que o estado cria para prosseguirem especificamente determinados interesses públicos que são
do estado. Ex: os institutos públicos, as empresas públicas, as fundações públicas e algumas associações públicas.
Desconcentração significa a divisão do poder decisório pelos vários órgãos dentro da mesma pessoa coletiva. Todos
os órgãos do estado têm poder decisório.
1. Originária: quando é a lei que direta e imediatamente cria a competência de um determinado órgão da
administração;
2. Derivada: quando um órgão administrativo, desde que para tal habilitado por lei, permita que outro órgão
exerça uma competência que é sua. (delegação de poderes)
06/03/2023 teórica
Institutos públicos, fundações e entidades públicas empresariais: art.º199 d) e 267/2, administração direta apenas está
subordinada o poder de tutela (sentido de controlo de atuação destes órgãos) e superintendência (no sentido em que
estes entes devem respeitar as orientações do governo).
Esta administração indireta é realizada por conta do estado, mas por outros entes que não o estado. Da indireta fazem
parte um conjunto de entidades públicas com personalidade jurídica, própria e autónoma (financeira, administrativa,
sendo que os entes desenvolvem atividades do interesse público, designadamente atividades de caráter económico,
técnico e social. São pessoas coletivas públicas distintas do estado de administração, sendo estes criados pelo estado
por ato legislativo a quem são atribuídas tarefas administrativas específicas, que se reconduzem a tarefas estaduais e
os seus dirigentes máximos, denominados livremente exonerados pelo governo.
Institutos públicos: gozam de autonomia jurídica, administrativa, financeira e patrimonial, não estão subordinados ao
poder de direção, estão subordinados ao poder de direção e tutela do executivo, nos termos do 199 d), cada um
reproduz no seu interior a hierarquia que caracteriza a administração direta do estado. Estes atuam através de órgãos
próprios e o regime jurídico dos órgãos encontra-se previsto nos artigos 20 e seguintes do CPA. Apesar de s fazer no
interesse do Estado, fazem-no também em nome próprio. Tem personalidade jurídica própria, património próprio e
praticam atos próprios. São financiados no todo ou em parte pelo Estado, porém têm autonomia financeira e
administrativa, tomando as suas decisões, gerem a sua organização, coram as suas receitas, etc. Os institutos públicos
têm fins únicos de caráter não empresarial, pertencentes quer ao estado quer a outra pessoa coletiva. Exemplos de
serviços personalizados são o Instituto do Vinho e da Vinha, o Instituto dos Registos e notariados, Agência Portuguesa
do Ambiente.
Fundações Públicas- correspondem a patrimónios afetos a produção de fins públicos especiais. Como a fundação para
a ciência e tecnologia (FCT) e alguns estabelecimentos públicos, designadamente de caráter temporal ou social,
organizados como serviços abertos ao públicos.
Institucionais- pessoas coletivas de direito público com interesse empresarial. Estão subordinadas ao direito privado.
Porque o direito administrativo assim determina. Necessitam de uma maior liberdade de ação.
Art.º267/3
07/03/2023
O estado de polícia caracteriza-se desde logo por ser um estado absolutista em que os poderes se encontram todos
concentrados numa mesma pessoa que é a figura central do estado. Nota: não há uma divisão em estados socias.
Este estado tem como finalidade última o engrandecimento da nação, para atingir este fim o rei tem que ter um corpo
de funcionários organizado (existe o que seriam os primórdios da administração pública).
Este estado de polícia é, apesar de tudo, um estado de direito, porque se regula por normas jurídicas. Para contribuir
para este engrandecimento da nação o estado criava condições para que os súbditos se (??).
Cada vez mais surgia uma classe burguesa que colocava os seus filhos a estudar nas melhores universidades. Ao
concluir os estudos percebiam que o rei não era a melhor pessoa para estar á frente do estado (revoluções liberais).
Passamos de um estado absolutista para um estado liberal.
Paralelamente a esta passagem surge o direito administrativo (proteger os particulares da atuação do estado),
materializa-se o princípio da separação de poderes. O direito administrativo passa a consagrar um princípio da
legalidade administrativa. O princípio da legalidade dividia-se em 2 subprincípios:
1. Princípio do primado de lei: assume uma vertente meramente negativa e que se traduz no seguinte, havendo
lei a administração pública não pode contrariar nem contradizer essa mesma lei, ou seja, temos aqui um
princípio de prevalência de lei. A lei é limite da atuação da administração pública. Não havendo lei a
administração fica com uma liberdade originária para atuar;
2. Princípio da reserva de lei: há determinadas matérias que ficam em absoluto reservadas ao órgão
parlamentar/legislativo, estas matérias eram todas as relacionadas com a liberdade e a propriedade.
Depois viemos a assistir á transição do estado liberal para um estado social de direito.
3 marcos históricos:
Á vertente negativa do primado de lei junta-se agora uma vertente positiva que podemos designar de princípio da
precedência de lei, a lei não é apenas limite á atuação da administração mas é, desde logo, fundamento dessa atuação,
de tal forma que, a administração pública só pode atuar se houver uma lei que lho permita fazer.
Passaram a constituir reserva de lei muitas mais matérias para além da liberdade e da propriedade.
Ao princípio da reserva total de direito ainda é preciso somar o controlo judicial.= princípio da juridicidade.
08/03/2023
Administração Pública
-Estadual
-Direta
-Central
-Periférica
-Indireta
-Institutos públicos
Fundações Publicas
-Entidades públicas
- Entidades de mercado
-Autónoma
- Territorial
- Regiões autónomas (
- Funcional (?)
-Universidades públicas
-entidades pública
Provedor de justica 23
E outros
A administração publica autonoma ao contrario da administraçaõ estadual que prossede interesses a niveis nacionais,
cuida de niveis especificos da comunidade. Estao sujeirtos a tutela de regularidade. Em to
A funcional congrega as pessoas que integram agrupamentos socais que partilham determinada qualidade (profissão)-
as ordens.
A a. Autonome terretorial tem fins multiplos enquanto a funcional tens fins especiais. A terrotorial é
constitucionalmente necessaria, enqunato a funcional é constitucionalmente facultativa. A adm. Autonoma terrotorial
tem uma forma organizatorio como o Estado(piramide) (orgaos representtiva), enquanto a outra tem yma variedade de
formas organizatorias. A terrotorial regulada é pela CRP, enquanto a funcional é regulado pelo legislador. Na
funcional os poderes dependem do legislador a territorial encontra as suas principais funções estabelecidas na CRP.
10/11/2023
1. Sistema britânico ou anglo-saxónico: verifica-se uma forte descentralização. Assim, e ao lado do estado
existem outras pessoas coletivas e em grande número que exercem igualmente a atividade administrativa;
2. Sistema francês ou executivo: sistema fortemente centralizado o que significa que é um é o estado que
maioritariamente exerce a atividade administrativa.
Direito aplicável ás relações jurídicas administrativas que, no caso do sistema francês, é um ramo de direito autónomo
face ao direito comum que é o direito administrativo.
No sistema britânico não existe direito administrativo sendo os litígios resultantes das relações jurídicas
administrativas resolvidos ainda pelo direito comum.
No modelo francês existem tribunais administrativos, já no modelo britânico não existem tribunais especializados na
matéria.
No sistema francês as decisões da administração têm força jurídica própria, ou seja, podem ser executadas pela própria
administração, independente de recurso prévio a um tribunal. Ao contrário, no sistema britânico não têm força jurídica
própria, quando a administração pretende executar uma sua decisão tem que recorrer ao tribunal para o fazer.
Sistema português
De origem francesa
É um sistema pouco descentralizado, existe direito administrativo, existem tribunais administrativos, as decisões da
administração público, em muitas das circunstâncias, tem força jurídica própria.
15/03/2023
A vinculação nunca é absoluta. A vinculação acontecerá em situações em que a lei seja densa.
A única fonte de discricionariedade é a lei. A discricionariedade nunca será absoluta. A ideia de existência de
discricionariedade absoluta significaria ??
Quais são as formas através das quais a administração pública a lei atribui discricionariedade á administração pública.
Indeterminações estruturais: a discricionariedade administrativa pode resultar desde logo da própria estrutura da
norma jurídica. Essas indeterminações podem ser de duas espécies:
Indeterminações concetuais: por vezes o legislador lança mão de preceitos imprecisos e indeterminados.