Aula 7 - A Sintaxe Do Per Odo Composto
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SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
GRAMÁTICA
A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
Olá! E aí, como estão os estudos? Conseguindo conciliar todas as disciplinas exigidas
pelo conteúdo programático? Eu espero que sim. É um caminho árduo, eu sei, mas vale o es-
forço. Bom, então vamos continuar nossos trabalhos.
Nessa aula, eu trabalharei as estruturas sintáticas mais complexas (em comparação ao
período simples).
Também trabalharemos um tópico bem recorrente em provas de concurso: as funções
(morfossintáticas) das formas “que” e “se”. Você perceberá que se trata, na verdade, de uma
sistematização do que já vimos ao longo de nossas aulas. É claro que, quando pertinente,
apresentarei novos conceitos – tudo em prol de tornar a sua preparação super completa.
Bom, voltando à aula: por que fiz referência a “estruturas sintáticas mais complexas”? O
que eu quero dizer é o seguinte: há estruturas oracionais formadas por mais de um núcleo
verbal. Nessa estruturação complexa, não estaremos mais diante de um período simples, mas
composto. A ideia de composto pode ser traduzida como: “formado por mais de um núcleo”.
Em nossa língua, encontramos dois tipos de período composto: por coordenação e por
subordinação. Começaremos a aula pelo fenômeno de coordenação.
A linha abaixo da oração “O João perdeu o horário do voo” traduz a ideia de que os itens
da sintaxe são “somados”, “combinados” um após o outro: o sujeito sintático “O João” se
combina ao predicado “perdeu o horário do voo”.
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Vemos que o sujeito da oração acima é formado por um único núcleo (é um sujeito sim-
ples). Agora imagine que esse sujeito seja formado por mais de um núcleo. Nesse caso, com-
binamos novos nomes, resultando na seguinte frase:
Quantos núcleos temos nesse sujeito? Quatro, certo? [João1] + [Maria2] + [Rafael3] + [Pe-
dro4]. Se há mais de um núcleo, dizemos que o sujeito é composto. Essa composição ocorre
pelo processo de coordenação: as unidades linguísticas (núcleos) são combinadas/ligadas
numa sequência. Essa combinação, como vemos na representação gráfica, é linear (horizon-
tal). O nome desse eixo horizontal é “eixo das combinações”.
Na oração “O João, a Maria, o Rafael e o Pedro perderam o horário do voo”, a coordenação
é nominal (substantivos). Potencialmente, é possível combinar 1.000 nomes em sequência
(por exemplo, a lista de inscritos em um concurso). No entanto, isso raramente acontece na
oralidade (no DOU, um registro escrito, por exemplo, é possível encontrar uma lista com vários
elementos nominais coordenados).
Qual é a propriedade da coordenação que vemos acima (entre os nomes João, Maria, Ra-
fael e Pedro)? A resposta correta é: todos os termos são sintaticamente equivalentes. Tradu-
zindo: tanto João, quanto Maria, quanto Rafael e quanto Pedro podem ser, sozinhos, o núcleo
do sujeito. Eles estão “em pé de igualdade” na função sintática que exercem. Morfologica-
mente, todos pertencem à mesma classe: são substantivos.
E as orações? Pois é, até agora eu falei apenas da coordenação de nomes, mas o impor-
tante para a sua prova é conhecer a coordenação entre orações. O exemplo clássico (e bota
clássico nisso, vem do Latim!) é este:
Essa oração coordenada é atribuída ao cônsul romano Júlio César (47 a.C.). Em nosso
eixo da combinação (aquele horizontal, em que dispomos linearmente os termos coordena-
dos), temos o seguinte:
__________Vim + vi + venci__________
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A coordenação é formada pela combinação de três núcleos verbais, que formam três ora-
ções: (eu) vim, (eu) vi, (eu) venci. A coordenação é caracterizada pelo fato de haver indepen-
dência sintática entre as três orações: cada uma pode ocorrer isoladamente, como em:
Nesse último caso, não teríamos orações coordenadas (período composto), mas três pe-
ríodos (orações absolutas). Essa independência (e equivalência morfossintática) é a manifes-
tação de um fenômeno sintático denominado parataxe.
Essas ideias ficaram claras? Basicamente, eu disse o seguinte até agora:
(I) Na sintaxe, os itens do léxico são organizados linearmente. Essa combinação linear ocorre
no que chamamos de “eixo das combinações” (que é, visualmente, horizontal).
(II) A combinação de núcleos forma uma composição. Essa composição ocorre pelo processo
de coordenação, a qual liga os núcleos linearmente.
(III) A combinação pode ocorrer entre itens lexicais (nomes, por exemplo) e entre núcleos ora-
cionais. Há, entre esses núcleos, semelhança morfossintática.
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Observe o mesmo exemplo que estamos utilizando: seria incorreto sequenciar a coorde-
nação “Vim, vi, venci” como “Venci, vim, vi”. Isso porque os eventos possuem uma sequência
temporal. Primeiramente, é preciso chegar ao local (vim), em seguida, observar a situação (vi);
e agir, chegando a um resultado (venci). O resultado antes da observação e da chegada seria,
no contexto discursivo, incoerente.
Na sequência da aula, vamos diferenciar dois modos de coordenar as orações: com e sem
conjunção.
Obs.: note que há um sinal de pontuação separando as duas orações (cujos núcleos ver-
bais estão destacadas em negrito). No caso, utilizei a vírgula, mas os sinais ponto e
vírgula, dois-pontos ou travessão também podem ser aplicados:
Eles estavam endividados; não deram importância para esse problema.
Eles estavam endividados: não deram importância para esse problema.
Eles estavam endividados – não deram importância para esse problema.
Continuando: veja que nas orações coordenadas em análise não há conjunção (síndeto).
No entanto, é possível observar que tipo de relação semântica elas estabelecem entre si: te-
mos uma oposição. Essa relação entre as orações pode ser explicitada por uma conjunção:
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i. Eles estavam endividados, MAS não deram importância para esse problema.
Percebeu que, no eixo das combinações, a primeira oração se combina com a segunda
pelo uso de um conectivo (conjunção “mas”)? Pois então temos o seguinte:
A oração acima (com a conjunção “mas”) é sindética, já que possui um síndeto. Daqui a
pouco vamos observar quais são os valores semânticos das conjunções. Antes disso, vou
introduzi mais uma ideia ao eixo das combinações.
Se observarmos bem, as orações acima podem ser coordenadas por outras conjunções.
Ao invés de “mas”, poderíamos usar as conjunções que denotam oposição, como “porém”,
“contudo”, “entretanto”, “no entanto”, “todavia”. Essa possibilidade de “escolher” qual con-
junção utilizar é explicada pela existência de outro eixo, o das possibilidades. Graficamente,
podemos imaginar esse eixo como uma linha vertical, como no exemplo a seguir:
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Viu que o eixo das possibilidades está na vertical? Essas possibilidades são excludentes:
se eu escolho o “mas”, não utilizo as outras conjunções equivalentes (nesse caso, “porém”,
“contudo”, “todavia”, “entretanto” e “no entanto”). Para você visualizar essa ideia, imagine que
estamos diante de uma máquina caça-níquel:
A sequência “7”, “7”, “7” equivale ao eixo das combinações. O eixo das possibilidades
equivale às alternativas “sininho”, número “7”, “cerejinha”, “uvinha” etc. Se o “7” foi seleciona-
do para ficar na posição de destaque, as outras opções serão descartadas. O mesmo racio-
cínio se aplica ao eixo das possibilidades: quando seleciono uma conjunção dentre todas as
possibilidades, as outras serão descartadas (na linearidade).
Trabalharemos com essa ideia na apresentação das conjunções coordenativas, principal-
mente porque as bancas trabalham com essa noção de “escolha dentre as possibilidades”.
As bancas avaliam o seu conhecimento sobre a possibilidade ou não de mudar uma conjun-
ção (das orações coordenadas). A expressão típica utilizada pelo examinador é a seguinte:
“No trecho X é possível, sem prejuízo sintático-semântico, substituir a conjunção y pela con-
junção z”. Essa “substituição” está diretamente relacionada ao eixo das possibilidades.
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Aditivas
A noção semântica das aditivas é de soma, acréscimo entre o que se apresenta nas ora-
ções. As orações coordenadas sindéticas aditivas sempre são introduzidas pelas conjunções
coordenativas aditivas.
Obs.: note que, em (b), há um verbo elíptico após a forma “quanto”. A frase sem elipse é
esta: “Tanto dirige carro quanto dirige caminhão”. Se o examinador perguntar se a
frase em (b) é uma oração coordenada, a resposta deve ser afirmativa! Em muitos
casos, você precisará “encontrar” essas formas verbais elípticas, ok?
Na sequência, temos o esquema das relações estabelecidas entre as orações e quais con-
junções coordenativas (e outras expressões) possuem a noção de adição:
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Adversativas
a) O novo filme do Star Wars teve sucesso nas bilheterias, mas não agradou os fãs da fran-
quia.
b) O escritor possui muito talento, todavia falta-lhe disciplina.
c) A comunidade foi pacificada; o medo, porém, continua.
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Na sequência, temos o esquema das relações estabelecidas entre as orações e quais con-
junções coordenativas possuem a noção de oposição (isto é, são adversativas):
Alternativas
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A seguir, veja o esquema das relações estabelecidas entre as orações e quais conjunções
coordenativas possuem a noção de alternância:
Conclusiva
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Veja agora o esquema das relações estabelecidas entre as orações e quais conjunções
coordenativas possuem a noção de conclusão:
Explicativa
Obs.: em (c), a conjunção “pois” possui valor explicativo (note que está antes do verbo da
oração coordenada).
Esses dois usos da conjunção “pois” são amplamente avaliados em provas, ok? Fique
atento(a), então!
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Na sequência, veja o esquema das relações estabelecidas entre as orações e quais con-
junções coordenativas possuem a noção de explicação:
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A representação acima tenta mostrar visualmente o modo como uma oração se relaciona
com as outras. O professor Evanildo Bechara propõe a seguinte representação:
• PARATAXE
O que esses níveis representam? Bom, temos que ler a representação da seguinte manei-
ra: o nível oracional é o de maior complexidade sintática; o nível de membro de oração é de
menor complexidade sintática; e o nível lexical é de menor complexidade sintática em relação
ao nível de membro da oração. Vamos ao exemplo:
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Agora vamos substituir um membro da oração (um objeto direto) por uma oração. O re-
sultado é o seguinte:
Nessa oração, no lugar de um substantivo (que exerce a função sintática de objeto direto),
temos uma oração: “o chefe pediu o relatório”. Essa oração agora exerce a função sintática de
um membro da oração (um objeto direto). É como se a oração o chefe pediu o relatório, mais
importante, fosse rebaixada ao nível de membro de oração. A seta ao lado dos níveis repre-
senta esse rebaixamento.
É realmente um fenômeno complexo, mas eu sei que você compreenderá o que eu estou
explicando.
Em síntese, temos que uma oração subordinada é uma oração que foi “rebaixada” para o
nível de membro da oração. Pense nos níveis hierárquicos de uma empresa ou do Exército.
Se compararmos a subordinação com o exército, seria o equivalente a dizer que um general
passaria a exercer funções de um tenente. Ou seja, alguém de maior nível hierárquico (general
– oração) passa a exercer função de menor nível hierárquico (tenente – membro da oração).
Na oração “O Antônio disse que o chefe pediu o relatório”, fica claro que a oração “o chefe
pediu o relatório” é membro de uma oração principal: “O Antônio disse”. Então a oração que
seleciona (subordina) a outra oração e a torna membro de oração é chamada de oração prin-
cipal. A oração que se subordina a outra, tornando-se membro de oração, é chamada de su-
bordinada. A forma “que” é, na construção, um conectivo (chamado de conjunção integrante).
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A resposta é simples: visualizando, a compreensão fica mais simples. Assim você poderá
perspectivar os eventos/estados denotados pela oração principal e pela subordinada, facili-
tando a identificação do tipo de subordinada.
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Com essas noções em mente, podemos seguir com a aula, agora falando sobre os tipos
de orações subordinadas.
As orações podem desempenhar três funções sintáticas (ou seja, as orações podem “se
rebaixar” a três classes de membros de frase):
• membros que desempenham funções substantivas;
• membros que desempenham funções adjetivas; e
• membros que desempenham funções adverbiais.
Observe as frases a seguir. Para explicar as relações entre os membros de frases e as ora-
ções, vamos usar a mesma representação dos eixos das possibilidades e das combinações.
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O que há de diferente entre as duas representações acima? A oração “que estuda muito”
desempenha a função de um adjetivo (estudiosa). Assim, não estamos mais diante de uma
oração subordinada substantiva, mas de uma oração subordinada adjetiva. Isso porque a
oração “que estuda muito” exerce a função de um adjetivo (estudiosa).
O mesmo princípio vale para uma oração desempenha a função de um advérbio. Só lem-
brando: quando falo de “função de substantivo/adjetivo/advérbio”, estou me referindo a
membro de oração. Assim, como veremos, um substantivo (classe morfológica) pode exercer
a função de sujeito, de objeto direto, de aposto etc. (membros de oração); um adjetivo exerce
função de adjunto adnominal; um advérbio (classe morfológica) exerce função de adjunto
adverbial (membro de oração).
Vamos agora à classificação de cada uma das orações subordinadas. Adotarei a seguinte
metodologia de exposição:
• apresentarei as funções sintáticas que cada tipo de subordinada (substantiva, adjetiva
e adverbial);
• identificarei o modo como a oração subordinada se conecta à principal (com o sem conecti-
vo);
• abordarei as formas sintáticas que as subordinadas podem assumir (desenvolvida ou
reduzida);
• discutirei as especificidades de cada subordinada, destacando o que é mais avaliado
em processos seletivos.
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Cada uma dessas orações exerce a função sintática de um membro de oração nucleado
por substantivo. A relação entre a função sintática e a oração subordinada substantiva é a
seguinte:
Sabemos que uma subordinada se relaciona com uma oração principal. Nessa relação,
a subordinada pode ser introduzida por uma conjunção (“que” ou “se”, denominadas inte-
grantes), a qual NÃO exerce função sintática na oração. Vamos à sequência de orações su-
bordinadas substantivas (destacadas).
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Além da conjunção integrante “que”, o “se” pode figurar no contexto de conjunção inte-
grante de subordinada substantiva subjetiva (e o “se” denotará hipótese).
acontecer
admirar
constar
convir
cumprir
espantar
importar
ocorrer
parecer
suceder
urgir
As seguintes expressões também podem ter por sujeito uma oração subordinada subs-
tantiva subjetiva (que ocorrerá posposta à expressão):
sabe-se [que...]
soube-se [que...]
conta-se [que...]
diz-se [que...]
é sabido [que...]
foi anunciado [que...]
estava decidido [que...]
ficou provado [que...]
é bom [que...]
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é conveniente [que...]
é claro [que...]
ficou claro [que...]
parece certo [que...]
Vejamos, agora, a oração subordinada substantiva objetiva direta, aquela que exerce a
função de objeto direto de uma oração principal.
Para identificar se a oração subordinada é substantiva objetiva direta, sugiro usar a ex-
pressão de identificação do objeto direto “quem [verbo], [verbo] algo”. Por exemplo: “quem
proclama, proclama algo”. O “algo” é o objeto direto. O mesmo vale para o verbo “dizer”: “quem
diz, diz algo” (que você chegaria um pouco mais tarde). Também fica claro que a oração su-
bordinada substantiva objetiva direta ocorre apenas com verbos transitivos diretos (ou seja,
que selecionam um complemento direto).
Na subordinada substantiva objetiva direta, também é possível substituir a oração por
uma forma pronominal neutra (isso):
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Lembrou-se disso.
Até agora, então, não há muito segredo. Vamos revisar os pontos principais:
Nas subordinadas substantivas, a estrutura oracional exerce a função sintática (isto é, equi-
vale à estrutura) de um membro nucleado por um termo substantivo.
No caso das subordinadas substantivas subjetivas, a função exercida é a de sujeito da ora-
ção.
No caso das subordinadas substantivas objetivas diretas, a função exercida é a de objeto
direto (de um verbo transitivo direto).
No caso das subordinadas substantivas objetivas indiretas, a função exercida é a de objeto
indireto (complemento de um verbo transitivo indireto, sendo introduzida por preposição).
Em todas essas subordinadas substantivas, pode ocorrer a presença de uma conjunção inte-
grante (“que” ou “se”).
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Por que essas duas características devem ser destacadas? A razão é simples: em proces-
sos seletivos, quando a banca aponta uma oração subordinada substantiva, o objetivo é quase
sempre identificar o termo com o qual essa subordinada se relaciona. Imagine a seguinte ora-
ção:
Aí viria a pergunta: “a oração subordinada substantiva ‘em que você fosse visitá-lo’ é
completiva nominal, pois há preposição obrigatória”. A classificação é incorreta, porque a
subordinada substantiva em questão está vinculada ao verbo “insistir”, transitivo indireto
(“quem insiste, insiste em algo”) – e por isso é uma subordinada substantiva objetiva indireta.
A outra característica destacada está relacionada às subordinadas adjetivas, que também
estão relacionadas a um nome. No entanto, uma importante diferença entre as subordinadas
substantivas completivas nominais e as subordinadas adjetivas é esta:
Obs.:
(i) As subordinadas substantivas completivas nominais são introduzidas por preposi-
ção (exigida pelo nome à qual se subordinam);
(ii) As subordinadas adjetivas não são introduzidas por preposição.
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Na oração acima, o núcleo verbal da oração principal é o verbo de ligação “é” (verbo “ser”).
O termo que predica o sujeito (A conclusão) é justamente a oração subordinada substantiva
predicativa.
Em nossa aula sobre o período simples, dissemos que o aposto é o termo que possui o
mesmo índice referencial de um substantivo, compartilhando essa mesma categoria gramati-
cal. Bom, isso ocorre com as subordinadas substantivas apositivas. A diferença, é claro, é que
o termo será oracional (subordinada à principal).
E então, consegue perceber que a oração subordinada “que escolhera o pior candidato
nas eleições” equivale ao substantivo “verdade”, na oração principal? Ambos são equivalen-
tes em termos de referencialidade (apontam para a mesma entidade no mundo).
Para encerrar o assunto relativo às subordinadas substantivas, vejamos outras proprie-
dades relevantes.
I – Quando ocorrem em sua versão reduzida (oração subordinada substantiva reduzida),
a forma nominal do verbo é tipicamente o infinitivo. Isso porque o infinitivo é a forma nominal
do verbo com propriedades substantivas. Essa associação ajuda na hora de identificar as
subordinadas substantivas reduzidas, ok?
II – Vimos que, para reconhecer as subordinadas substantivas, uma estratégia pode ser
utilizada: as subordinadas substantivas (menos a apositiva) podem ser substituídas por uma
forma pronominal (especialmente os neutros, como “isso”).
III – Notamos que a relação entre a oração principal e a subordinada substantiva é media-
da pelas conjunções integrantes “que”/“se”. Para identificar se a forma “que” é uma conjun-
ção integrante (e não um pronome relativo, como ocorre nas subordinadas adjetivas), basta
verificar que essa forma NÃO pode ser permutada/substituída pelas formas de pronome rela-
tivo (“o qual”, “a qual”, “os quais”, “as quais”). Essa estratégia é muito, mas muito útil mesmo
na hora de resolver questões. Você perceberá que, em muitos comentários das Questões de
Concurso, eu a adoto.
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1º: STF pode julgar ação que questiona proibição às piadas na eleição.
2º: A Abert alega que isso é censura prévia.
3º: O Congresso, que aprovou a lei, alega que é apenas uma regulação para garantir o equilí-
brio da disputa pelo voto.
Beleza, tudo certo até agora. Já que estudamos as subordinadas substantivas, podemos
identificar uma oração subordinada substantiva objetiva direta no 2º período, pois “que isso
é censura prévia” é complemento direto do verbo “alega” (podemos trocar toda a oração su-
bordinada pelo pronome “isso”). Nesse caso, a oração subordinada substantiva relaciona-se
com um verbo.
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Agora eu quero analisar mais detalhadamente as duas outras orações introduzidas pela
forma “que”. Destacarei a forma QUE em maiúscula.
(i) STF pode julgar ação QUE questiona proibição às piadas na eleição
(ii) O Congresso, QUE aprovou a lei, alega que é apenas uma regulação
piadas na eleição e QUE aprovou a lei) é que, diferentemente da subordinada substantiva ana-
lisada anteriormente (“que isso é censura prévia”, relacionada ao verbo “alega”), essas duas
ção de membros de frase com núcleos substantivos (sujeito, objeto direto, objeto indireto
etc.). Com isso, as orações subordinadas substantivas não estarão relacionadas com subs-
Mostrei, agora há pouco, que as orações “QUE questiona proibição às piadas na eleição”
e “QUE aprovou a lei” relacionam-se com substantivos. É por isso que, à semelhança dos
adjetivos (que se relacionam com substantivos), as orações destacadas em vermelho são
O nome da forma “que” nessas orações é pronome relativo. A razão é simples: esse pro-
nome retoma (“é relativo a”) o substantivo modificado pela oração subordinada adjetiva. Se
perguntarmos ao verbo da subordinada “quem é quê?”, teremos como resposta a mesma en-
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Esse pronome relativo, como vemos, exerce uma função sintática na oração subordinada
adjetiva. Nas orações que estamos analisando, cada pronome relativo é sujeito da oração
subordinada.
QUE questiona
[Sujeito] [Predicado]
QUE aprovou
[Sujeito] [Predicado]
O que determina esses traços de gênero e número? Ora, é simples: o substantivo ao qual
o pronome se refere. Imagine as variações das construções que estamos analisando:
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III – essa forma “que”, um pronome relativo, exerce função sintática na oração subordinada
(que pode ser igual ou diferente da função sintática exercida pelo termo a que o pronome re-
lativo se refere).
Ainda temos o que falar sobre as orações subordinadas adjetivas. Vamos continuar com
a mesma atenção, certo?
Você se lembra do fato de que os pronomes relativos presentes nas orações subordina-
das adjetivas desempenham funções sintáticas, não é? Além da função de sujeito, como nas
frases analisadas até aqui, o pronome relativo pode desempenhar a função de complemento
direto ou de complemento indireto do verbo. Observe as orações a seguir:
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Se observarmos bem, é possível identificar a oração principal (a) como “A menina não veio
para a aula” e (b) como “O filme é excelente”. A oração subordinada adjetiva modifica, respec-
tivamente, “menina” e “filme”. Tudo bem até aqui? Espero que sim.
Agora temos que olhar a oração subordinada. Primeiramente, vemos que o núcleo verbal
é “gosto” e “assisti”. Vamos perguntar:
• Quem é que gosta de?
• Quem é que assiste a?
Como os pronomes são relativos aos substantivos que modificam, temos algo como:
A dificuldade de análise aqui é a seguinte: na oração “A menina [de que gosto] não veio
para a aula”, a subordinada está dentro de uma oração (dificuldade 1). Em seguida, temos que
perceber que essa oração subordinada é adjetiva (modifica o substantivo a menina) (dificul-
dade 2). Depois, é preciso ver que o sujeito do verbo “gostar”, núcleo da oração subordinada
adjetiva, tem como sujeito a primeira pessoa do singular (eu). Por fim, é necessário identificar
que o pronome relativo “de que” é objeto indireto do verbo “gostar” (dificuldade 3).
Essa terceira dificuldade é gerada porque o complemento indireto está antes do verbo. Há,
então, um movimento do pronome relativo (e da preposição):
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Com isso vemos o porquê de a análise dessa construção ser mais complexa. É preciso
realizar uma série de raciocínios, separando parte por parte os membros da oração. Se puder,
volte para o início desse raciocínio e leia novamente, ok?
É importante destacar que o pronome relativo deslocado leva consigo o pronome exigido
pelo verbo. As bancas examinadoras avaliam muito a sua capacidade de identificar se o pro-
nome relativo deslocado (complemento do verbo) é regido ou não por preposição. Por isso,
é importante conhecer as regências dos verbos mais recorrentes (conferir próxima aula).
Vamos fazer outra transição agora. Passando dessas formas de pronome relativo e de
suas características sintáticas, chegamos à caracterização do pronome “cujo”.
Sintaticamente, o pronome relativo “cujo” relaciona dois substantivos. Nessa relação, temos
um substantivo antecedente e outro substantivo, o consequente.
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O pronome “cujo” pode ser substituído pelas formas “de que”, “de quem”, “do qual”, “da
qual”, “dos quais”, “das quais”.
Por fim, o pronome “cujo” é classificado como um adjunto adnominal do substantivo con-
sequente (por isso deve haver a concordância com o termo que o segue, isto é, o substantivo
consequente).
Chegamos ao último tópico sobre as orações subordinadas adjetivas. Vou retomar alguns
períodos analisados anteriormente:
O contraste entre (a) e (b) acima mostra que as orações subordinadas adjetivas podem
ou não ser separadas por vírgulas. Em (a), não há vírgula entre a subordinada adjetiva “que
questiona proibição” e o substantivo “ação” (modificado por essa subordinada adjetiva). Em
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(b), diferentemente, há uma vírgula isolando a subordinada adjetiva “que aprovou a lei”. Qual é
a diferença de interpretação? A sua intuição é capaz de captar essa diferença, mas ela precisa
ficar mais clara, mais explícita. Vamos tentar “traduzir” as interpretações de (a) e de (b).
Em (a), a oração subordinada adjetiva delimita o sentido do substantivo “ação”. Assim,
o STF não julgará qualquer ação, mas aquela ação específica, a que questiona proibição às
piadas na eleição. Essa delimitação ocorre porque sabemos que existem diversos tipos de
ações (penais, cíveis etc.). A imagem desse tipo de delimitação é a seguinte:
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adjetiva acrescenta uma informação ao substantivo. Essa informação acrescida possui dife-
rentes matizes de significado: explica, esclarece, ratifica (confirma), retifica (corrige).
Nesse tipo de oração subordinada adjetiva, não temos mais a noção de delimitação. Ago-
ra a informação acrescida é direcionada a uma entidade tomada como um todo, percebida in-
tegralmente. Desse modo, o Congresso é uma unidade integral – e a essa unidade eu atribuo
uma informação: a de que o Congresso aprovou a lei.
Devemos ler a representação acima da seguinte maneira: existe uma entidade X, e a essa
entidade X atribui-se uma informação. Essa relação é denominada pela tradição gramatical de
explicativa. Assim, a oração subordinada adjetiva em “O Congresso, que aprovou a lei, alega
que” é denominada explicativa. Diferentemente das adjetivas restritivas, as orações subordi-
nadas adjetivas explicativas são isoladas por vírgula(s). Além disso, a informação presente na
subordinada adjetiva explicativa pode ser retiradas sem haver prejuízo para a compreensão do
enunciado.
Para encerrar, faça o exercício de comparar as duas orações subordinadas adjetivas a
seguir. Qual é restritiva? Qual é explicativa? Você consegue “visualizar” as noções semânticas
estabelecidas entre a subordinada adjetiva e o substantivo a que se refere?
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se
salvo se
exceto se
que (empregada para a noção de “afirmação”)
contanto que
Condicionais Integrantes se (empregada para a noção de “dúvida”, “incerteza|”)
desde que
sem que
porque
caso
já que
posto que
que
à medida que
que (precedido de “tal”, “tamanho” ou “tão”)
à proporção que
de sorte que Proporcionais
ao passo que
de forma que
Consecutivas
quando
a fim de que
enquanto
para que
assim que
porque (equivalendo a “para que”) Finais Temporais logo que
que (equivalendo a “para que”)
até que
mal
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Nas condicionais, a oração subordinada contém uma hipótese ou uma condição necessá-
ria para que se cumpra a asserção da oração principal.
Lista de conjunções subordinativas condicionais: se, salvo se, exceto se, contanto que,
desde que, sem que, caso.
Nas concessivas, a oração subordinada exprime uma oposição ao que é dito na oração
principal, não sendo capaz, porém, de anular ou impedir o fato mencionado.
Embora ele corra algum risco, concordo que o investimento possa dar retorno.
Lista de conjunções subordinativas concessivas: embora, ainda que, mesmo que, se bem
que, posto que, conquanto.
Esse ATENÇÃO deve estar muito destacado em sua memória. Novamente: ATENÇÃO, ATEN-
ÇÃO e ATENÇÃO! A conjunção conquanto é muito avaliada em concursos. Então, fique liga-
do(a): conquanto é uma conjunção CONCESSIVA e equivale a “embora”, “ainda que”, “mesmo
que”, “se bem que” e “posto que”.
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Nas finais, a oração subordinada exprime a finalidade daquilo afirmado pela oração princi-
pal.
Lista de conjunções subordinativas finais: a fim de que, para que, porque (equivalendo a
“para que”), que (equivalendo a “para que”).
Nas causais, a oração subordinada exprime uma relação de causa, isto é, explicita que o
que se diz na oração subordinada é causa ou motivo para o que se diz na oração principal.
Lista de conjunções subordinativas causais: porque, já que, visto que, uma vez que, que
(equivalendo a “porque”), como (equivalendo a “como”).
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Lista de conjunções subordinativas temporais: quando, enquanto, assim que, logo que,
até que, mal.
As subordinadas adverbiais podem ocorrer na forma reduzida (forma nominal do verbo):
SUBORDINADA
Forma nominal Exemplo
ADVERBIAL
De tanto pedir, eu entrara na posse do objeto sonhado.
de infinitivo
CAUSAL Não sendo meu costume dissimular ou escolher nada, contarei
de gerúndio
nesta página o caso do muro.
de infinitivo Sem o querer, associou o trio à imagem das bancas examinadoras.
CONCESSIVA de gerúndio Mesmo estando doente, saiu para a festa.
de particípio Mesmo afastado do trabalho, insistia em enviar os relatórios.
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Funções do “que”
Para falarmos sobre as diversas funções da palavra “que”, precisamos lembrar que análi-
se mórfica é diferente de análise sintática. Isso foi dito no começo de nosso curso, lembra-se?
É mais ou menos assim: um substantivo (análise mórfica) pode exercer as funções de sujeito
ou objeto direto (análise sintática). É importante manter isso em mente, certo? É assim que
trabalharemos a morfossintaxe da palavra “que” (e da palavra “se”, na sequência).
Já vimos muitas funções sintáticas da palavra “que”. Também discutimos algumas clas-
ses gramaticais. Na exposição a seguir, retomo algumas classificações e introduzo novas.
• A palavra “que” pode ser um substantivo e exercer as seguintes funções sintáticas (de-
vendo sempre ser acentuado: “quê”):
− Sujeito: O quê possui várias funções.
− Objeto direto: Não entendi esse quê da linha 29.
• A palavra “que” pode ser um pronome interrogativo (devendo ser acentuado quando
usado isoladamente ou em final de período):
• A palavra “que” pode ser um pronome indefinido (valendo por “quanto(s), quanta(s)”):
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A Sintaxe do Período Composto
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• A palavra “que” pode ser uma preposição acidental, ocorrendo principalmente na perí-
frase do tipo [ter + infinitivo]:
Quê! Esta alma que sonha o âmbito todo do mundo sofre de amor e tortura.
• Por fim, a palavra “que” pode ser palavra denotativa de realce. Nesse caso, não possui
função sintática (trata-se de um expletivo):
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Quem é feio?
Que estranho me senti depois de tomar esse remédio...
Funções do “se”
Temos as seguintes classificações para a palavra “se” (organizadas em tabela, de modo
a facilitar a aprendizagem):
Classificação (morfológica e sintática) Exemplo
Os diversos usos dos ses devem ser estu-
Substantivo (pode ser pluralizado)
dados por todos os candidatos.
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RESUMO
Em nossa aula, estudamos a sintaxe do período composto, aquele formado por mais de
um núcleo oracional. Também estudamos a morfossintaxe do “que” e do “se”.
No período composto por coordenação, as orações possuem mesmo nível hierárquico.
A coordenação pode ser assindética (justapondo as orações linearmente) ou sindética (ligan-
do as orações por conjunções (ou locuções conjuntivas)). O importante, nas coordenadas,
é identificar com clareza qual é o tipo de relação que se estabelece entre as orações: adição,
adversão (oposição), alternância, conclusão ou explicação. Nesse sentido, é importante co-
nhecer (e aprender com segurança) cada uma das conjunções que medeiam essas relações.
No período composto por subordinação, vimos que a oração subordinada (a uma oração
principal) exerce função sintática de membro da oração, rebaixando sua hierarquia estrutural
(de um nível mais complexo, o oracional, para um menos complexo, o de membro de oração).
Há três tipos de subordinadas: as substantivas, as adjetivas e as adverbiais. As substan-
tivas exercem funções típicas de substantivos: sujeito, objeto (direto/indireto), complemento
nominal (introduzido por preposição, exigida por termo nominal), predicativa (lembre-se: há,
na predicativa, um verbo de ligação) ou apositiva. As subordinadas adjetivas são caracteri-
zadas por modificarem um nome (sem auxílio de preposição), podendo ser restritiva (sem ser
isolada por pontuação) ou explicativa (sendo isolada por pontuação). As subordinadas ad-
verbiais, por fim, exercem função de adjunto adverbial, possuindo diversos matizes semânti-
cos (de relação entre a oração principal e a subordinada): causa, comparação, consequência,
concessão, condição, conformidade, finalidade, proporção ou tempo.
Ao final da aula, abordamos a morfossintaxe das palavras “que” e “se”. A palavra “que”
pode ser um substantivo, um pronome (interrogativo, indefinido ou relativo), um advérbio de
intensidade, uma preposição acidental, uma conjunção (coordenativa ou subordinativa), uma
interjeição ou uma palavra denotativa de realce. A palavra “se” pode ser uma palavra deno-
tativa de realce, um substantivo, um pronome oblíquo (índice de indeterminação do sujei-
to, pronome apassivador, pronome reflexivo/recíproco ou parte integrante do verbo) ou uma
conjunção subordinativa (integrante, nas subordinadas substantivas; condicional, causal ou
temporal, nas subordinadas adverbiais).
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conclusiva objetiva
indireta
explicativa
completivo-nominal
Substantiva
predicativa
PERÍODO
apositiva
COMPOSTO causal
comparativa
consecutiva
concessiva
Por SUBORDINAÇÃO
condicional
Adverbial
conformativa
Adjetiva
explicativa (é isolada por pontuação proporcional
temporal
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Pronome interrogativo
Apassivador
Pronome relativo
Pronome oblíquo
Reflexivo/recíproco
Advérbio de intensidade
Morfossintaxe
Parte integrante do verbo
Preposição acidental
Que do “que” e do Se
Coordenativa
Conjunção
“se”
Integrante (nas subordinadas substantivas)
Subordinativa
Interjeição
Nas subordinadas adverbiais
Temporal
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A Sintaxe do Período Composto
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GLOSSÁRIO
Conjunção aditiva: conjunção coordenativa que liga dois termos equivalentes da mesma
oração ou duas orações coordenadas.
Conjunção adversativa: conjunção coordenativa que liga dois termos da mesma oração
ou duas orações de função idêntica, conotando-as, porém, de um sentido opositivo.
Conjunção alternativa: conjunção coordenativa que liga dois termos da mesma oração,
ou duas orações, de sentido dessemelhante, determinando que, a verificar-se um dos fatos
mencionados, o outro deixará de se cumprir.
Conjunção causal: conjunção que inicia uma oração subordinada exprimindo uma relação
de causa, isto é, explicitando que o que se diz na oração subordinada é causa ou motivo para
o que se diz na oração principal (por exemplo: como, pois, porque, visto que etc.).
Conjunção comparativa: conjunção que inicia uma oração subordinada com o papel de
segundo membro de uma comparação, de um cotejo (por exemplo: assim como, como, do
que, que etc.).
Conjunção concessiva: conjunção que inicia uma oração subordinada que exprime uma
oposição ao que é dito na oração principal, não sendo capaz, porém, de anular ou impedir o
fato mencionado (por exemplo: ainda que, embora, mesmo que etc.).
Conjunção conclusiva: conjunção coordenativa que serve para ligar à anterior uma oração
que denota uma conclusão, uma consequência ou uma ilação (ação de inferir, de concluir;
inferência).
Conjunção conclusiva: conjunção coordenativa que serve para ligar à anterior uma oração
que denota uma conclusão, uma consequência ou uma ilação (por exemplo: assim, logo, pois,
portanto etc.).
Conjunção condicional: conjunção que inicia uma oração subordinada contendo uma hi-
pótese ou uma condição necessária para que se cumpra a asserção da oração principal (por
exemplo: a menos que, a não ser que, caso, desde que etc.).
Conjunção conformativa: conjunção que inicia uma oração subordinada na qual está ex-
pressa uma ideia de acordo, conforme com a asserção da oração principal (por exemplo:
como, conforme, consoante, segundo etc.).
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Conjunção consecutiva: conjunção que inicia uma oração subordinada cujo conteúdo é
consequência da asserção da oração principal (por exemplo: de maneira que, de modo que,
que etc.).
Conjunção explicativa: conjunção coordenativa que liga duas orações, numa das quais se
explica ou se justifica a asserção contida na outra.
Conjunção final: conjunção que inicia uma oração subordinada que exprime a finalidade
daquilo afirmado pela oração principal (por exemplo: a fim de que, para que etc.).
Conjunção integrante: conjunção iniciadora de oração subordinada que desempenha fun-
ção sintática de sujeito, objeto direto ou indireto, predicativo, complemento nominal, ou apos-
to de outra oração (são elas: que, se).
Conjunção proporcional: conjunção que inicia uma oração subordinada que refere um fato
ocorrido ou a ocorrer concomitantemente com o fato da oração principal (por exemplo: à me-
dida que, à proporção que, enquanto, quanto mais... mais etc.).
Conjunção subordinativa: conjunção que introduz uma oração subordinada, ligando-a à
sua oração principal, na formação de um período composto por subordinação; as conjunções
subordinativas classificam-se em causais, comparativas, concessivas, condicionais, confor-
mativas, consecutivas, finais, integrantes, proporcionais e temporais.
Conjunção temporal: conjunção que inicia uma oração subordinada que expressa uma
circunstância de tempo (por exemplo: antes que, ao tempo que, assim que, depois que, desde
que, logo que, mal, quando etc.).
Conjunção: vocábulo ou sintagma invariável, usado para ligar uma oração subordinada à
sua principal, ou para coordenar períodos ou sintagmas do mesmo tipo ou função.
Coordenação assindética: em que ocorre assíndeto (ausência de conjunção coordenativa
entre palavras, termos da oração ou orações de um período); sem conectivo (diz-se de perío-
do); justaposto, paratático.
Coordenação sindética: em que ocorre síndeto; em que há conjunção coordenativa.
Coordenação: processo ou construção em que unidades linguísticas (palavras, sintag-
mas, frases, períodos) de função equivalente são ligadas numa sequência; os termos coorde-
nados podem ser justapostos e, na escrita, separados por vírgula (por exemplo: sala ampla,
confortável) ou ligados por conjunção coordenativa (por exemplo: sala ampla e confortável).
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FADESP/BANPARÁ/TÉCNICO/2018)
Até os anos 60, o papel-moeda e o dinheiro depositado nos bancos deviam estar ligados a
uma quantidade de ouro num sistema chamado lastro-ouro. Como esse metal é limitado, isso
garantia que a produção de dinheiro fosse também limitada. Com o tempo, os banqueiros se
deram conta de que ninguém estava interessado em trocar dinheiro por ouro e criaram mano-
bras, como a reserva fracional, para emprestar muito mais dinheiro do que realmente tinham
em ouro nos cofres. Nas crises, como em 1929, todos queriam sacar dinheiro para pagar suas
contas e os bancos quebravam por falta de fundos, deixando sem nada as pessoas que acre-
ditavam ter suas economias seguramente guardadas.
Em 1971, o presidente dos EUA acabou com o padrão-ouro. Desde então, o dinheiro, na
forma de cédulas e principalmente de valores em contas bancárias, já não tendo nenhuma
riqueza material para representar, é criado a partir de empréstimos. Quando alguém vai até
o banco e recebe um empréstimo, o valor colocado em sua conta é gerado naquele instante,
criado a partir de uma decisão administrativa, e assim entra na economia. Essa explicação
permaneceu controversa e escondida por muito tempo, mas hoje está clara em um relatório
do Bank of England de 2014.
Praticamente todo o dinheiro que existe no mundo é criado assim, inventado em caneta-
ços a partir da concessão de empréstimos. O que torna tudo mais estranho e perverso é que,
sobre esse empréstimo, é cobrada uma dívida. Então, se eu peço dinheiro ao banco, ele inven-
ta números em uma tabela com meu nome e pede que eu devolva uma quantidade maior do
que essa. Para pagar a dívida, preciso ir até o dito “livre-mercado” e trabalhar, lutar, talvez tra-
pacear, para conseguir o dinheiro que o banco inventou na conta de outras pessoas. Esse é o
dinheiro que vai ser usado para pagar a dívida, já que a única fonte de moeda é o empréstimo
bancário. No fim, os bancos acabam com todo o dinheiro que foi inventado e ainda confiscam
os bens da pessoa endividada cujo dinheiro tomei.
Assim, o sistema monetário atual funciona com uma moeda que é ao mesmo tempo es-
cassa e abundante. Escassa porque só banqueiros podem criá-la, e abundante porque é gerada
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A quem pertence um país e quem tem o direito de morar nele? Com um passado incom-
parável e camadas históricas extraordinariamente variadas, inclusive em seus momentos de
fluxo e refluxo populacional, a Itália já fechou o debate. A lotação está esgotada. Foram mais
de 180000 pessoas, na maioria absoluta vindas da África, no ano passado. Até organizações
humanitárias dizem que não dá mais para acomodar gente em cidadezinhas minúsculas, vi-
larejos medievais ou bairros distantes de uma metrópole como Roma.
As ondas humanas criaram situações sem precedentes. As ONGs para as quais sempre
cabem muitos mais tornaram-se colaboradoras dos traficantes que ganham com o comércio
de gente, um escândalo ético espantoso. Começaram a fazer o bem e se transformaram em
parte integrante de um processo de imensa perversidade, cujos promotores praticam abusos
indescritíveis. Embora cruel, o sistema é de uma eficiência impressionante. Até os botes de
borracha, cujos passageiros pagam para ser resgatados por navios de ONGs, da Marinha ita-
liana ou de outros países europeus, são fabricados especificamente para esse tipo de trans-
porte. Cada passagem custa por volta de 1500 euros, ou 5500 reais. O negócio foi calculado
em 390 milhões de dólares no ano passado.
A questão dos grandes deslocamentos humanos vindos do mundo pobre, encrencado,
conflagrado ou simplesmente com menos benefícios sociais, em direção ao mundo rico, já
provocou conhecidas reações políticas, das quais a mais estrondosa foi a eleição de Donald
Trump. A palavra-chave no fenômeno atual é benefícios. Ao contrário dos imigrantes que
vieram para o Novo Mundo, entre os quais tantos de nossos antepassados, com uma mali-
nha, muitos carimbos nos documentos e esperança de emprego, as ondas humanas atuais
chegam aos países ricos com abrigo, saúde e educação providos pelo Estado de bem-estar
social. Organizações supranacionais, como a própria União Europeia, também têm verbas
para dar garantias inimagináveis pelos imigrantes do passado. O problema, como sabemos,
é que o dinheiro não aparece magicamente nos cofres dos Estados ou seus avatares.
Vilma Gryzinski, Lotou ou ainda cabe mais? Veja, 26.07.2017. Adaptado
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GRAMÁTICA
A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
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GRAMÁTICA
A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
Quem observa a força com que os movimentos sociais têm ganhado as ruas do Brasil, em
nome de diferentes causas, pode não imaginar o quão distantes e organizadas são as raízes
desse tipo de ação no país. É o caso do movimento abolicionista, considerado por muitos
historiadores uma das primeiras grandes mobilizações populares em terras brasileiras. Por
trás desse movimento, que reverberou por vias, teatros e publicações impressas no final do
século XIX, estão atores nem sempre lembrados com o devido destaque: literatos negros que
se empenharam em dar visibilidade ao tema. Debruçados sobre essa fase decisiva da história
do Brasil, uma leva de historiadores tem revelado detalhes sobre a atuação desses persona-
gens e mostrado que a conexão entre eles era muito maior do que se imagina.
A historiadora Ana Flávia Magalhães Pinto fez deste tema sua tese de doutorado na Uni-
camp. Ela investigou a atuação de homens negros, livres, letrados e atuantes na imprensa e
no cenário politico-cultural no eixo Rio-São Paulo, como Ferreira de Menezes, Luiz Gama, Ma-
chado de Assis, José do Patrocínio e Theophilo Dias de Castro. Segundo Ana Flávia, eles não
só colaboraram para que o assunto ganhasse as páginas de jornais, como protagonizaram a
criação de mecanismos e instrumentos de resistência, confronto e diálogo. Ela percebeu que
não eram raros os momentos em que desenvolveram ações conjuntas.
– O acesso ao mundo das letras e da palavra impressa foi bastante aproveitado por
esses “homens de cor”, que não apenas se valeram desses trânsitos em benefício próprio,
mas também aproveitavam para levar adiante projetos coletivos voltados para a melhoria da
qualidade de vida no país. Desse modo, aquilo que era construído no cotidiano, em conversas
e reuniões, ganhava mais legitimidade ao chegar às páginas dos j ornais - conta Ana Flávia.
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
Como observa o professor da UFF Humberto Machado, eles conheciam de perto as ma-
zelas do cativeiro e levaram essa realidade às páginas dos jornais. José do Patrocínio, por
exemplo, publicou livros que mostravam detalhes da escravidão como pano de fundo em
formato de folhetim, que fizeram muito sucesso. Esses trabalhos penetravam em setores que
desconheciam tal realidade.
– Até os analfabetos tomavam conhecimento, porque as pessoas se reuniam em quios-
ques no Centro do Rio de Janeiro e escutavam as notícias. A oralidade estava muito presente
nesse processo. Fora isso, havia eventos, como conferências e apresentações teatrais, e as
pessoas iam tomando conhecimento e se mobilizando contra a escravidão. O resultado foi
um discurso voltado não só à população em geral, mas também aos senhores de engenho,
mostrando a eles a inviabilidade da manutenção dos cativeiros – relata o professor, que es-
creveu o livro “Palavras e brados: José do Patrocínio e a imprensa abolicionista no Rio”.
https://extra.globo.com/noticias/saude-eciencia/especialistas-revelam-papel-de-intelectuais-negroscomo-
-machado-de-assis-na-abolicao-1810S16S.htmlA
Na frase “Quem observa a força com que os movimentos sociais têm ganhado as ruas do
Brasil, em nome de diferentes causas, pode não imaginar o quão distantes e organizadas são
as raízes desse tipo de ação no país”, a palavra “quão” expressa sentido de:
a) concessão.
b) intensidade.
c) comparação.
d) consequência.
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
Muitos estudiosos têm chamado atenção para as consequências do uso excessivo dos
smartphones. Mas pesquisadores canadenses fizeram uma análise de diversos trabalhos pu-
blicados sobre o tema e concluíram que o fenômeno é simplesmente um reflexo do desejo
profundo de se conectar com outras pessoas. Em outras palavras, eles sugerem que esse tipo
de comportamento não é antissocial, e sim hipersocial.
Em artigo publicado em uma revista científica, Samuel Veissière e Moriah Stendel, da Uni-
versidade McGill, tentam mostrar que existe um lado positivo nessa mania das pessoas. Para
eles, é preciso ter em mente que o que vicia não é o aparelho, e sim a conexão que ele propor-
ciona.
Os autores observam que os humanos evoluíram como espécies exclusivamente sociais,
que precisam do retorno constante dos outros para se guiar e saber o que é culturalmente
apropriado. A interação social traz significado, objetivos e senso de identidade para as pes-
soas.
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A Sintaxe do Período Composto
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O problema é que essa sede por conexões, que é absolutamente normal e até saudável,
muitas vezes se transforma num comportamento insalubre – a hiperconectividade faz o sis-
tema de recompensa no cérebro funcionar em ritmo exagerado e surge uma compulsão que
pode trazer diversas consequências à saúde e aos próprios relacionamentos.
Eles também reforçam que é preciso fazer um esforço para não cair na cilada de se com-
parar com os outros, já que a realidade apresentada nas mídias sociais é distorcida. Ter isso
sempre em mente é uma forma de evitar as consequências negativas das tecnologias móveis.
A outra dica é guardar o aparelho durante os encontros reais – já que eles são poucos, que
sejam aproveitados ao máximo.
Jairo Bauer
O quarto parágrafo pode ser iniciado pela seguinte expressão, tendo em vista a relação de
oposição que estabelece com o parágrafo anterior:
a) Por outro lado, o problema é que essa sede por conexões...
b) Dessa forma, o problema é que essa sede por conexões...
c) Assim sendo, o problema é que essa sede por conexões...
d) Em seguida, o problema é que essa sede por conexões...
1) Por ser
2) Apesar de ser
3) Mesmo sendo
4) Sendo
Preenche(m) corretamente a lacuna acima o(s) item(ns):
a) 1 apenas.
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A Sintaxe do Período Composto
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b) 2 apenas.
c) 3 apenas.
d) 1 e 4 apenas.
e) 2 e 3 apenas.
Neste Dia Internacional da Paz, as palavras de René Cassin, um dos artesãos da Declara-
ção Universal dos Direitos Humanos, em 1948, relembram-nos que a paz continua a ser um
ideal inalcançável enquanto os direitos humanos fundamentais não forem respeitados. São,
pois, a condição primordial de uma sociedade pacífica em que a dignidade de todos os indiví-
duos é respeitada e onde todos podem usufruir de direitos iguais e inalienáveis.
Estas palavras também nos relembram do nosso dever de solidariedade para com os nos-
sos semelhantes; a paz é imperfeita e frágil se não beneficiar a todos e a todas. Os direitos
humanos ou são universais ou não são. Esta ligação intrínseca entre paz e respeito pelos
direitos fundamentais constitui o tema desta nova edição do Dia Internacional da Paz, no
momento em que se celebra o 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
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A Sintaxe do Período Composto
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Os ideais de paz e de direitos universais são, todos os dias, contestados e violados. Exis-
tem vários obstáculos para a sua realização. A nossa capacidade em edificarmos um mundo
feito de harmonia, de compreensão e de coexistência pacífica é posta à prova pelos mais
diversos desafios: desigualdades sociais e econômicas que causam sofrimento e pobreza;
alterações climáticas que geram novos conflitos; explosão demográfica que cria novas tensões…
Por outro lado, propagam-se também novas formas de populismo e de extremismo em todo
o mundo.
Para vencermos estes desafios, temos de agir de forma coletiva e construir, passo a pas-
so, o edifício da paz. Este é o objetivo do Programa da Agenda 2030 para o Desenvolvimento
Sustentável, que apela a uma ação concentrada para alcançarmos os 17 objetivos de desen-
volvimento sustentável do milênio, que contribuem para um mundo mais justo e mais pacífi-
co – luta contra a pobreza, contra a fome, contra as desigualdades de gênero, promoção da
educação, defesa da justiça, compromisso em favor de um ambiente saudável…
Todos os dias, a UNESCO, através dos seus programas e das suas ações em campo, rea-
firma o seu compromisso original, consagrado no seu Ato Constitutivo: erguer os baluartes da
paz no espírito das mulheres e dos homens. Líder da Década Internacional para a Aproxima-
ção das Culturas (2013-2022), a UNESCO investe-se totalmente no desenvolvimento de uma
cultura de prevenção a nível mundial através da educação, da cooperação internacional e do
diálogo intercultural.
O caminho para a paz é longo, mas cabe a todos e a cada um de nós influenciar o seu
rumo ao comprometermo-nos, diariamente, em prol de uma sociedade mais inclusiva, mais
tolerante e mais justa.
(Mensagem de Audrey Azoulay, diretora-geral da UNESCO, por ocasião do Dia Internacional da Paz, 21 de
setembro de 2018).
Em “já que eles são poucos, que sejam aproveitados ao máximo”, a expressão destacada es-
tabelece uma relação, no trecho, de:
a) Consequência.
b) Comparação.
c) Condição.
d) Causa.
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Questão 15 (PUC-PR/TJ-MS/ANALISTA/2017)
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casando-se, sem saber, com sua mãe, Jocasta, e sofrendo um fim infeliz, como bem descrito
por Sófocles em sua tragédia Édipo Rei.
A resposta de Édipo bem descreve o arco de vida dos seres humanos, que se inicia na
infância e termina na decadência da velhice e na morte. Tal trajetória é a inevitável consequ-
ência da impossibilidade de manter, indefinidamente, o estado de baixa entropia que caracteriza o
organismo vivente. Tudo no universo está sujeito à segunda lei da termodinâmica, que deter-
mina o fluxo do tempo e traz a velhice.
O que sempre me impressionou na história do Édipo é o fato de tantos outros jovens antes
dele terem morrido por serem incapazes de responder a uma pergunta tão elementar. Talvez
eles não lembrassem mais da infância e não percebessem que um dia envelheceriam. De fato,
a humanidade há séculos vive tentando negar a inexorabilidade da morte, fantasiando sobre
como escapar dela.
Daí vem a busca incessante pela mítica “fonte da juventude”, cujas águas seriam capazes
de rejuvenescer aqueles que as bebessem. Tal fonte certamente não existe, mas, independen-
temente disso, a humanidade tem conseguido aumentar consideravelmente a sua expectati-
va de vida, através de melhor nutrição, saneamento básico, antibióticos e outros progressos
da medicina.
Assinale a alternativa em que a expressão destacada a seguir está empregada em DESACOR-
DO com as recomendações da norma gramatical.
a) [...] ao meio-dia tem dois e à tarde tem três [...].
b) Tudo no universo está sujeito à segunda lei da termodinâmica [...].
c) [...] aumentar [...] a sua expectativa de vida, através de melhor nutrição [...].
d) [...] que determina o fluxo do tempo e traz a velhice.
e) [...] mítica “fonte da juventude”, cujas águas seriam capazes de rejuvenescer [...].
O homem vive em média sete anos a menos que a mulher. A cada três mortes de adulto,
duas são de homens. Segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do
Ministério da Saúde, na faixa de 20 a 59 anos, os homens morrem mais por causas externas,
como acidentes de trânsito, acidentes de trabalho e lesões por violência. O segundo motivo
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de morte entre homens nesta faixa etária são as doenças do aparelho circulatório, seguida
das neoplasias. Comemorado neste sábado (15), o Dia Internacional do Homem traz para o
debate os cuidados com a saúde masculina no país.
Atualmente no Brasil 18% dos homens brasileiros são obesos e 57% apresentam sobre-
peso. Com relação ao tabagismo, 12,7% fumam e sobre doenças crônicas, 7,8% dos homens
têm diabetes e 23,6% têm hipertensão. Vinte e sete por cento dos homens consomem bebida
alcóolica abusivamente e 12,9% dirigem após beber. Os dados fazem parte do Sistema de
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico
(Vigitel), realizado anualmente pelo governo federal.
Os vocábulos devem ser analisados no contexto em que estão inseridos. Desse modo, as pa-
lavras destacadas no texto possuem:
a) mesmo papel coesivo.
b) diferentes classes gramaticais.
c) funções sintáticas equivalentes.
d) identificação semântica.
Questão 18 (FCC/DPE-RS/DEFENSOR/2018)
• ... não devemos subestimar o alcance real do riso que eles provocam e considerar que
um mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes...
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A Sintaxe do Período Composto
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Uma nova redação para a frase acima, em que se mantêm a clareza, o sentido e a correção,
está em:
a) Não devemos subestimar o alcance real do riso que eles provocam e, todavia, considerar
que um mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes...
b) Não só devemos subestimar o alcance real do riso que eles provocam, mas também con-
siderar que um mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes...
c) Não devemos subestimar o alcance real do riso que eles provocam, a fim de considerar que
um mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes...
d) Não devemos nem subestimar o alcance real do riso que eles provocam, nem considerar
que um mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes...
e) Não devemos subestimar o alcance real do riso que eles provocam, mas considerar que um
mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes...
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Questão 20 (IADES/SES-DF/ENFERMEIRO/2018)
Kate Middleton e OMS lançam campanha pela valorização da Enfermagem
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
e Kate Middleton lançaram, nessa terça-feira (27), a
iniciativa Enfermagem Agora, um projeto de três anos em
prol da valorização dos enfermeiros e das parteiras. Embora
essenciais no atendimento à população, esses profissionais
nem sempre têm suas contribuições reconhecidas em
políticas nacionais de saúde. A duquesa de Cambridge foi
nomeada patrona do programa, que será implementado com
o Conselho Internacional de Enfermeiros.
Atualmente, a Organização das Nações Unidas (ONU)
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Questão 21 (IADES/FUNPRESP-EXE/SUPERIOR/2014)
O que é previdência
A previdência complementar é um benefício
opcional, que proporciona ao trabalhador um seguro
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A Sintaxe do Período Composto
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• “Wolton justifica-se dizendo que a internet é incrível para a comunicação entre pessoas
e grupos que tenham os mesmos interesses, mas está longe de ser uma ferramenta de
comunicação de coesão entre pessoas e grupos diferentes.”
é uma oração:
a) coordenada sindética aditiva.
b) coordenada sindética adversativa.
c) coordenada sindética conclusiva.
d) coordenada assindética.
e) coordenada sindética explicativa.
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Questão 26 (QUADRIX/CRP-MG/ASSISTENTE/2015)
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Questão 27 (QUADRIX/SERPRO/TÉCNICO/2014)
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c) oposição.
d) conclusão.
e) explicação.
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a) restrição e causa.
b) adição e conclusão.
c) explicação e consequência.
d) oposição e explicação.
Questão 33 (FCC/DPE-RS/TÉCNICO/2017) Em “E, após esse ponto da vida, metade das pes-
soas que participaram da pesquisa...”, a oração iniciada pela palavra “que” restringe o signi-
ficado de “pessoas”.
Temos o “que” iniciando uma oração com essa mesma função em:
a) Os dados coletados, de acordo com nota publicada pela Mix Mag, mostram que, a partir dos
35 anos, as pessoas começam a preferir ficar em casa ao invés de sair.
b) Pesquisa divulgada recentemente afirma que 35 anos costuma ser a idade limite...
c)...ao invés de se preocupar com os gastos de uma noite fora, detalhe que costuma ser uma
das grandes desculpas para não ir a nenhum lugar.
d) Matt Walburn, representante da Currys PC World, comentou que “o estudo reconhece o
fato...
e) A pesquisa também revelou que [...] 14% gostam de ficar em casa stalkeando pessoas no
Facebook enquanto outras 37% gostam de usar redes sociais.
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b) “[...] de repente, me dei conta de que estava em temas que em nada se relacionavam com
meu tema primeiro.”
c) “O problema é que alguns textos exigem a leitura atenta de palavra por palavra, de frase por
frase [...].”
d) “Elas já sabem usar programas complexos em seus aparelhos eletrônicos, brincam com
jogos desafiantes que exigem atenção constante aos detalhes [...].”
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a) Causa.
b) Tempo.
c) Adição.
d) Oposição.
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a eles a inviabilidade da manutenção dos cativeiros - relata o professor, que escreveu o livro
“Palavras e brados: José do Patrocínio e a imprensa abolicionista no Rio”.
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Em “relata o professor, que escreveu o livro ‘Palavras e brados: José do Patrocínio e a impren-
sa abolicionista no Rio’”, a estrutura introduzida pela forma “que” é corretamente classifica-
da como:
a) Oração subordinada substantiva objetiva direta.
b) Oração subordinada adjetiva explicativa.
c) Oração subordinada adjetiva restritiva.
d) Oração subordinada substantiva subjetiva.
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b) é facultativa, seu emprego advém da necessidade de ser atribuída uma maior ênfase à ora-
ção imediatamente posposta.
c) é obrigatória e separa objetos pleonásticos conferindo à argumentação a ênfase necessá-
ria à compreensão do discurso apresentado.
d) poderia ser omitida preservando-se a correção gramatical do texto já que seu emprego tem
por objetivo apenas conferir ênfase à informação limitada pelos travessões.
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d) “sustentam um conceito preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que clas-
sifica boa saúde não como falta de doença”.
relativo em:
a) “[...] quando esbarrar com ela de novo – e acho que isso foi o mais importante”.
b) “‘Hoje você pode fazer o que você quiser’ – e o que eu queria era muita coisa”.
c) “Aprendi que reclamar do calor ou do dólar não reduz a temperatura nem o dólar”.
d) “Não consigo acreditar que existam invejosos de mim, para mim essa paranoia com a in-
O vocábulo “que” que segue a palavra “homem” cumpre papel coesivo e deve ser classificado,
morfologicamente como:
a) pronome relativo.
b) conjunção integrante.
c) conjunção explicativa.
d) pronome indefinido.
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GRAMÁTICA
A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
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GRAMÁTICA
A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
Questão 57 (QUADRIX/CRMV-RR/ASSISTENTE/2016)
Juramento do Médico Veterinário
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GRAMÁTICA
A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
c) principal.
d) subordinada substantiva objetiva direta.
e) subordinada adjetiva restritiva.
Questão 58 (QUADRIX/CRESS-PR/AGENTE/2015) Veja:
• “Estou cheia desses livros com lobos e ogros que comem crianças.”
A oração em destaque classifica-se como:
a) coordenada sindética explicativa.
b) subordinada substantiva predicativa.
c) subordinada adverbial causal.
d) subordinada adverbial concessiva.
e) subordinada adjetiva restritiva.
Questão 60 (QUADRIX/ASSISTENTE/CRMV-PR/2013)
Juramento do Médico Veterinário
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
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GRAMÁTICA
A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
GABARITO
1. e 28. c 55. c
2. a 29. b 56. d
3. c 30. e 57. c
4. c 31. d 58. e
5. a 32. a 59. a
6. d 33. c 60. c
7. b 34. c
8. b 35. c
9. a 36. c
10. e 37. b
11. c 38. a
12. d 39. d
13. a 40. b
14. d 41. a
15. c 42. d
16. b 43. a
17. a 44. c
18. e 45. a
19. e 46. a
20. b 47. a
21. e 48. a
22. b 49. c
23. b 50. b
24. d 51. a
25. c 52. a
26. c 53. c
27. e 54. a
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FADESP/BANPARÁ/TÉCNICO/2018)
Até os anos 60, o papel-moeda e o dinheiro depositado nos bancos deviam estar ligados a
uma quantidade de ouro num sistema chamado lastro-ouro. Como esse metal é limitado, isso
garantia que a produção de dinheiro fosse também limitada. Com o tempo, os banqueiros se
deram conta de que ninguém estava interessado em trocar dinheiro por ouro e criaram mano-
bras, como a reserva fracional, para emprestar muito mais dinheiro do que realmente tinham
em ouro nos cofres. Nas crises, como em 1929, todos queriam sacar dinheiro para pagar suas
contas e os bancos quebravam por falta de fundos, deixando sem nada as pessoas que acre-
ditavam ter suas economias seguramente guardadas.
Em 1971, o presidente dos EUA acabou com o padrão-ouro. Desde então, o dinheiro, na
forma de cédulas e principalmente de valores em contas bancárias, já não tendo nenhuma
riqueza material para representar, é criado a partir de empréstimos. Quando alguém vai até
o banco e recebe um empréstimo, o valor colocado em sua conta é gerado naquele instante,
criado a partir de uma decisão administrativa, e assim entra na economia. Essa explicação
permaneceu controversa e escondida por muito tempo, mas hoje está clara em um relatório
do Bank of England de 2014.
Praticamente todo o dinheiro que existe no mundo é criado assim, inventado em caneta-
ços a partir da concessão de empréstimos. O que torna tudo mais estranho e perverso é que,
sobre esse empréstimo, é cobrada uma dívida. Então, se eu peço dinheiro ao banco, ele inven-
ta números em uma tabela com meu nome e pede que eu devolva uma quantidade maior do
que essa. Para pagar a dívida, preciso ir até o dito “livre-mercado” e trabalhar, lutar, talvez tra-
pacear, para conseguir o dinheiro que o banco inventou na conta de outras pessoas. Esse é o
dinheiro que vai ser usado para pagar a dívida, já que a única fonte de moeda é o empréstimo
bancário. No fim, os bancos acabam com todo o dinheiro que foi inventado e ainda confiscam
os bens da pessoa endividada cujo dinheiro tomei.
Assim, o sistema monetário atual funciona com uma moeda que é ao mesmo tempo es-
cassa e abundante. Escassa porque só banqueiros podem criá-la, e abundante porque é gerada
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
Letra e.
A vírgula presente no período em (e) está incorreta porque se trata de uma coordenação com
predicações relacionadas a um mesmo referente (uma moeda). Nesse caso, não se utiliza
vírgula antes da conjunção aditiva.
Letra a.
O valor semântico da locução “por isto” é a de causa. Traduzindo a ideia: não lhe chego perto
por causa disto.
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
Letra c.
Não se pode separar, por ponto final ou ponto e vírgula, as expressões “Caso haja suspeita” e
“não estacione”, pois ambas estão intimamente ligadas. Por isso, eliminamos as alternativas
(a) e (e). Em (b), o erro está em utilizar vírgula em oração coordenada sindética (com a con-
junção “e”). Em (d), além do erro de utilizar vírgula em oração coordenada sindética, a vírgula
é inadequada para separar “não estacione” e “ligue para a polícia”.
A quem pertence um país e quem tem o direito de morar nele? Com um passado incom-
parável e camadas históricas extraordinariamente variadas, inclusive em seus momentos de
fluxo e refluxo populacional, a Itália já fechou o debate. A lotação está esgotada. Foram mais
de 180000 pessoas, na maioria absoluta vindas da África, no ano passado. Até organizações
humanitárias dizem que não dá mais para acomodar gente em cidadezinhas minúsculas, vi-
larejos medievais ou bairros distantes de uma metrópole como Roma.
As ondas humanas criaram situações sem precedentes. As ONGs para as quais sempre
cabem muitos mais tornaram-se colaboradoras dos traficantes que ganham com o comércio
de gente, um escândalo ético espantoso. Começaram a fazer o bem e se transformaram em
parte integrante de um processo de imensa perversidade, cujos promotores praticam abusos
indescritíveis. Embora cruel, o sistema é de uma eficiência impressionante. Até os botes de
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
borracha, cujos passageiros pagam para ser resgatados por navios de ONGs, da Marinha ita-
liana ou de outros países europeus, são fabricados especificamente para esse tipo de trans-
porte. Cada passagem custa por volta de 1500 euros, ou 5500 reais. O negócio foi calculado
em 390 milhões de dólares no ano passado.
A questão dos grandes deslocamentos humanos vindos do mundo pobre, encrencado,
conflagrado ou simplesmente com menos benefícios sociais, em direção ao mundo rico, já
provocou conhecidas reações políticas, das quais a mais estrondosa foi a eleição de Donald
Trump. A palavra-chave no fenômeno atual é benefícios. Ao contrário dos imigrantes que
vieram para o Novo Mundo, entre os quais tantos de nossos antepassados, com uma mali-
nha, muitos carimbos nos documentos e esperança de emprego, as ondas humanas atuais
chegam aos países ricos com abrigo, saúde e educação providos pelo Estado de bem-estar
social. Organizações supranacionais, como a própria União Europeia, também têm verbas
para dar garantias inimagináveis pelos imigrantes do passado. O problema, como sabemos,
é que o dinheiro não aparece magicamente nos cofres dos Estados ou seus avatares.
Vilma Gryzinski, Lotou ou ainda cabe mais? Veja, 26.07.2017. Adaptado
Letra c.
Em nossa aula, vimos que a conjunção “embora” expressa uma concessão. A concessão é a
expressão de uma oposição ao que é dito na oração principal, mas essa oposição não é capaz
de anular ou impedir (negar por completo) o fato mencionado na oração principal. É exata-
mente essa a relação semântica entre as orações analisadas.
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
Letra a.
Uma forma interessante de resolver essa questão é preencher a lacuna do texto com todas
as alternativas. A que melhor sintetizar a relação semântica entre as orações será a correta.
A outra forma de resolver a questão é identificar, logo de primeira, as relações semânticas
entre as orações. Observamos que o grito foi dado em razão do (por causa do) esquecimento
do casaco no táxi. O esquecimento do casaco é a causa do grito. Por isso, a conjunção ade-
quada é “pois”.
Letra d.
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
As alternativas (a), (b) e (c) indicam corretamente o valor da conjunção. Na alternativa (d), no
entanto, a conjunção “pois” não possui valor de conclusão, mas de explicação. Essa conjun-
ção equivale à forma “porque”.
Quem observa a força com que os movimentos sociais têm ganhado as ruas do Brasil, em
nome de diferentes causas, pode não imaginar o quão distantes e organizadas são as raízes
desse tipo de ação no país. É o caso do movimento abolicionista, considerado por muitos
historiadores uma das primeiras grandes mobilizações populares em terras brasileiras. Por
trás desse movimento, que reverberou por vias, teatros e publicações impressas no final do
século XIX, estão atores nem sempre lembrados com o devido destaque: literatos negros que
se empenharam em dar visibilidade ao tema. Debruçados sobre essa fase decisiva da história
do Brasil, uma leva de historiadores tem revelado detalhes sobre a atuação desses persona-
gens e mostrado que a conexão entre eles era muito maior do que se imagina.
A historiadora Ana Flávia Magalhães Pinto fez deste tema sua tese de doutorado na Uni-
camp. Ela investigou a atuação de homens negros, livres, letrados e atuantes na imprensa e
no cenário politico-cultural no eixo Rio-São Paulo, como Ferreira de Menezes, Luiz Gama, Ma-
chado de Assis, José do Patrocínio e Theophilo Dias de Castro. Segundo Ana Flávia, eles não
só colaboraram para que o assunto ganhasse as páginas de jornais, como protagonizaram a
criação de mecanismos e instrumentos de resistência, confronto e diálogo. Ela percebeu que
não eram raros os momentos em que desenvolveram ações conjuntas.
– O acesso ao mundo das letras e da palavra impressa foi bastante aproveitado por
esses “homens de cor”, que não apenas se valeram desses trânsitos em benefício próprio,
mas também aproveitavam para levar adiante projetos coletivos voltados para a melhoria da
qualidade de vida no país. Desse modo, aquilo que era construído no cotidiano, em conversas
e reuniões, ganhava mais legitimidade ao chegar às páginas dos j ornais - conta Ana Flávia.
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
Na frase “Quem observa a força com que os movimentos sociais têm ganhado as ruas do
Brasil, em nome de diferentes causas, pode não imaginar o quão distantes e organizadas são
as raízes desse tipo de ação no país”, a palavra “quão” expressa sentido de:
a) concessão.
b) intensidade.
c) comparação.
d) consequência.
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
Letra b.
Na coesão textual do trecho em análise, a forma “quão” tem valor de intensidade. É como se
o autor colocasse o termo “as raízes” em uma escala, demonstrando o ponto em que ela se
encontra (distante) de uma referência.
Letra b.
O segundo parágrafo apresenta um posicionamento divergente em relação ao que foi infor-
mado no primeiro parágrafo. Trata-se, assim, de uma oposição. A alternativa (b) é compatível
nesse sentido: a conjunção “porém” é adversativa e a interpretação apresentada é adequada
(“o segundo parágrafo apresenta um fato que se opõe ao primeiro”).
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
A alternativa (d) também apresenta uma conjunção adversativa (contudo), mas a interpretação
é inadequada (ideia de consequência).
Muitos estudiosos têm chamado atenção para as consequências do uso excessivo dos
smartphones. Mas pesquisadores canadenses fizeram uma análise de diversos trabalhos pu-
blicados sobre o tema e concluíram que o fenômeno é simplesmente um reflexo do desejo
profundo de se conectar com outras pessoas. Em outras palavras, eles sugerem que esse tipo
de comportamento não é antissocial, e sim hipersocial.
Em artigo publicado em uma revista científica, Samuel Veissière e Moriah Stendel, da Uni-
versidade McGill, tentam mostrar que existe um lado positivo nessa mania das pessoas. Para
eles, é preciso ter em mente que o que vicia não é o aparelho, e sim a conexão que ele propor-
ciona.
Os autores observam que os humanos evoluíram como espécies exclusivamente sociais,
que precisam do retorno constante dos outros para se guiar e saber o que é culturalmente
apropriado. A interação social traz significado, objetivos e senso de identidade para as pes-
soas.
O problema é que essa sede por conexões, que é absolutamente normal e até saudável,
muitas vezes se transforma num comportamento insalubre – a hiperconectividade faz o sis-
tema de recompensa no cérebro funcionar em ritmo exagerado e surge uma compulsão que
pode trazer diversas consequências à saúde e aos próprios relacionamentos.
Eles também reforçam que é preciso fazer um esforço para não cair na cilada de se com-
parar com os outros, já que a realidade apresentada nas mídias sociais é distorcida. Ter isso
sempre em mente é uma forma de evitar as consequências negativas das tecnologias móveis.
A outra dica é guardar o aparelho durante os encontros reais – já que eles são poucos, que
sejam aproveitados ao máximo.
Jairo Bauer
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
O quarto parágrafo pode ser iniciado pela seguinte expressão, tendo em vista a relação de
oposição que estabelece com o parágrafo anterior:
a) Por outro lado, o problema é que essa sede por conexões...
b) Dessa forma, o problema é que essa sede por conexões...
c) Assim sendo, o problema é que essa sede por conexões...
d) Em seguida, o problema é que essa sede por conexões...
Letra a.
Para resolver essa questão, você precisa observar os valores dos conectivos interparagrafais
(utilizados na transição entre os parágrafos). Como a ideia é de oposição, o conectivo adequa-
do será “por outro lado”.
Letra e.
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
As formas “apesar de” e “mesmo sendo” traduzem a ideia de concessão. Na leitura do texto,
vemos que a primeira parte exprime uma oposição ao que é dito na parte principal. Essa opo-
sição, no entanto, não é capaz de anular ou impedir o fato mencionado – e isso é o que carac-
teriza a noção de concessão.
Letra c.
A ideia no primeiro período é de que o cancelamento ocorreu por causa do desinteresse. O va-
lor semântico é de causa.
No segundo período, a ideia pode ser traduzida da seguinte forma: “a reabertura ocorrerá na
condição de haver interesse futuro”. Por isso, o valor semântico é de condição.
Neste Dia Internacional da Paz, as palavras de René Cassin, um dos artesãos da Declara-
ção Universal dos Direitos Humanos, em 1948, relembram-nos que a paz continua a ser um
ideal inalcançável enquanto os direitos humanos fundamentais não forem respeitados. São,
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A Sintaxe do Período Composto
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pois, a condição primordial de uma sociedade pacífica em que a dignidade de todos os indiví-
duos é respeitada e onde todos podem usufruir de direitos iguais e inalienáveis.
Estas palavras também nos relembram do nosso dever de solidariedade para com os nos-
sos semelhantes; a paz é imperfeita e frágil se não beneficiar a todos e a todas. Os direitos
humanos ou são universais ou não são. Esta ligação intrínseca entre paz e respeito pelos
direitos fundamentais constitui o tema desta nova edição do Dia Internacional da Paz, no
momento em que se celebra o 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Os ideais de paz e de direitos universais são, todos os dias, contestados e violados. Exis-
tem vários obstáculos para a sua realização. A nossa capacidade em edificarmos um mundo
feito de harmonia, de compreensão e de coexistência pacífica é posta à prova pelos mais
diversos desafios: desigualdades sociais e econômicas que causam sofrimento e pobreza;
alterações climáticas que geram novos conflitos; explosão demográfica que cria novas ten-
sões… Por outro lado, propagam-se também novas formas de populismo e de extremismo em
todo o mundo.
Para vencermos estes desafios, temos de agir de forma coletiva e construir, passo a pas-
so, o edifício da paz. Este é o objetivo do Programa da Agenda 2030 para o Desenvolvimento
Sustentável, que apela a uma ação concentrada para alcançarmos os 17 objetivos de desen-
volvimento sustentável do milênio, que contribuem para um mundo mais justo e mais pacífi-
co – luta contra a pobreza, contra a fome, contra as desigualdades de gênero, promoção da
educação, defesa da justiça, compromisso em favor de um ambiente saudável…
Todos os dias, a UNESCO, através dos seus programas e das suas ações em campo, rea-
firma o seu compromisso original, consagrado no seu Ato Constitutivo: erguer os baluartes da
paz no espírito das mulheres e dos homens. Líder da Década Internacional para a Aproxima-
ção das Culturas (2013-2022), a UNESCO investe-se totalmente no desenvolvimento de uma
cultura de prevenção a nível mundial através da educação, da cooperação internacional e do
diálogo intercultural.
O caminho para a paz é longo, mas cabe a todos e a cada um de nós influenciar o seu
rumo ao comprometermo-nos, diariamente, em prol de uma sociedade mais inclusiva, mais
tolerante e mais justa.
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
(Mensagem de Audrey Azoulay, diretora-geral da UNESCO, por ocasião do Dia Internacional da Paz, 21 de setem-
bro de 2018).
Em “já que eles são poucos, que sejam aproveitados ao máximo”, a expressão destacada es-
tabelece uma relação, no trecho, de:
a) Consequência.
b) Comparação.
c) Condição.
d) Causa.
Letra d.
Podemos responder esta questão fazendo a substituição da expressão “já que”. Se colocar-
mos a forma “pelo fato de”, a frase continua compatível (em termos de relação semântica).
Essa compatibilidade existe porque essas expressões estabelecem uma relação de causa.
Letra a.
No verso destacado, o termo “como” pode ser substituído por “à semelhança de”: “À semelhan-
ça de um velho boiadeiro levando a boiada, / Eu vou tocando os dias pela longa estrada”. Isso
indica que as sentenças estabelecem entre si uma relação de comparação.
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
• Quanto mais participam em redes sociais e chats online, veem vídeos na internet, bai-
xam músicas ou fazem outras atividades do universo digital, mais os adolescentes tor-
nam-se propensos a experimentar sintomas de TDAH.
Nesse trecho, estabelece-se entre as ideias expostas uma relação de:
a) causa.
b) finalidade.
c) temporalidade.
d) proporção.
e) comparação.
Letra d.
A relação entre ideias é a de proporção: quanto mais X, mais Y (quanto mais eu como, mais
engordo). Assim, podemos traduzir a ideia da seguinte forma: “à proporção que X aumenta, Y
também aumenta”. Essa é uma ideia de proporção.
Questão 15 (PUC-PR/TJ-MS/ANALISTA/2017)
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A Sintaxe do Período Composto
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O que sempre me impressionou na história do Édipo é o fato de tantos outros jovens antes
dele terem morrido por serem incapazes de responder a uma pergunta tão elementar. Talvez
eles não lembrassem mais da infância e não percebessem que um dia envelheceriam. De fato,
a humanidade há séculos vive tentando negar a inexorabilidade da morte, fantasiando sobre
como escapar dela.
Daí vem a busca incessante pela mítica “fonte da juventude”, cujas águas seriam capazes
de rejuvenescer aqueles que as bebessem. Tal fonte certamente não existe, mas, independen-
temente disso, a humanidade tem conseguido aumentar consideravelmente a sua expectati-
va de vida, através de melhor nutrição, saneamento básico, antibióticos e outros progressos
da medicina.
Assinale a alternativa em que a expressão destacada a seguir está empregada em DESACOR-
DO com as recomendações da norma gramatical.
a) [...] ao meio-dia tem dois e à tarde tem três [...].
b) Tudo no universo está sujeito à segunda lei da termodinâmica [...].
c) [...] aumentar [...] a sua expectativa de vida, através de melhor nutrição [...].
d) [...] que determina o fluxo do tempo e traz a velhice.
e) [...] mítica “fonte da juventude”, cujas águas seriam capazes de rejuvenescer [...].
Letra c.
O desvio da alternativa (c) está em utilizar a expressão “através de” no sentido de “por meio
de”. Para algumas bancas, como a PUC-PR, “através de” tem o sentido restrito de “por dentro
de”, “pelo interior de”, o que não é compatível com o sentido global do trecho: “[...] aumentar [...]
a sua expectativa de vida, por dentro de melhor nutrição [...]”.
O homem vive em média sete anos a menos que a mulher. A cada três mortes de adulto,
duas são de homens. Segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do
Ministério da Saúde, na faixa de 20 a 59 anos, os homens morrem mais por causas externas,
como acidentes de trânsito, acidentes de trabalho e lesões por violência. O segundo motivo
de morte entre homens nesta faixa etária são as doenças do aparelho circulatório, seguida
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A Sintaxe do Período Composto
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das neoplasias. Comemorado neste sábado (15), o Dia Internacional do Homem traz para o
debate os cuidados com a saúde masculina no país.
Atualmente no Brasil 18% dos homens brasileiros são obesos e 57% apresentam sobre-
peso. Com relação ao tabagismo, 12,7% fumam e sobre doenças crônicas, 7,8% dos homens
têm diabetes e 23,6% têm hipertensão. Vinte e sete por cento dos homens consomem bebida
alcóolica abusivamente e 12,9% dirigem após beber. Os dados fazem parte do Sistema de
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico
(Vigitel), realizado anualmente pelo governo federal.
Os vocábulos devem ser analisados no contexto em que estão inseridos. Desse modo, as pa-
lavras destacadas no texto possuem:
a) mesmo papel coesivo.
b) diferentes classes gramaticais.
c) funções sintáticas equivalentes.
d) identificação semântica.
Letra b.
Uma ótima estratégia para diferenciar as formas destacadas é tentar substituí-las por outra
forma equivalente. A primeira ocorrência de “segundo” pode ser substituída por “de acor-
do com”:
“De acordo com os dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM)”.
No entanto, isso não ocorre com a segunda ocorrência:
*O de acordo com motivo de morte entre homens nesta faixa etária são as doenças do apare-
lho circulatório, seguida das neoplasias.
Esse raciocínio já é suficiente para demonstrar que as duas formas são diferentes em termos
de classes gramaticais.
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GRAMÁTICA
A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
c) O Vasco da Gama vai ganhar o jogo / o time do Vasco vai jogar completo.
d) Os carros novos chegarão ao mercado mais caros / os carros novos estão equipados com
tecnologia moderníssima.
e) Os empresários vão ficar felizes / os empresários passam a receber este mês novos finan-
ciamentos.
Letra a.
Para sabermos se estamos diante da sequência lógica PREMISSA-CONCLUSÃO, basta verifi-
carmos a possibilidade de se inserir uma conjunção conclusiva como “logo”.
a) Foi ouvido um barulho na cozinha, logo a cozinheira já chegou.
b) #O restaurante deve estar cheio de clientes, logo o estacionamento está lotado.
c) #O Vasco da Gama vai ganhar o jogo, logo o time do Vasco vai jogar completo.
d) #Os carros novos chegarão ao mercado mais caros, logo os carros novos estão equipados
com tecnologia moderníssima.
e) #Os empresários vão ficar felizes, logo os empresários passam a receber este mês novos
financiamentos.
Das alternativas, a única que é compatível à inserção da conjunção logo é a (a).
Questão 18 (FCC/DPE-RS/DEFENSOR/2018)
• ... não devemos subestimar o alcance real do riso que eles provocam e considerar que
um mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes...
Uma nova redação para a frase acima, em que se mantêm a clareza, o sentido e a correção,
está em:
a) Não devemos subestimar o alcance real do riso que eles provocam e, todavia, considerar
que um mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes...
b) Não só devemos subestimar o alcance real do riso que eles provocam, mas também con-
siderar que um mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes...
c) Não devemos subestimar o alcance real do riso que eles provocam, a fim de considerar que
um mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes...
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
d) Não devemos nem subestimar o alcance real do riso que eles provocam, nem considerar
que um mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes...
e) Não devemos subestimar o alcance real do riso que eles provocam, mas considerar que um
mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes...
Letra e.
Observe cada uma das inadequações das reescritas:
a) Errada. O uso de “todavia” não respeita as relações semânticas internas ao período.
b) Errada. O uso da expressão “não só, mas também”, que cria um paralelismo, não respeita
as relações semânticas internas ao período.
c) Errada. O uso de “a fim de” não respeita as relações semânticas internas ao período.
d) Errada. O uso da expressão “nem..., nem”, que cria um paralelismo, não respeita as relações
semânticas internas ao período.
O item (e) está correto porque no trecho original a conjunção “e” equivale à conjunção “mas”.
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A Sintaxe do Período Composto
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mais importante: a memória afetiva, a curtição daqueles momentos. Pensamos que o registro
do momento reforça sua lembrança, mas não é assim. Milhares de fotos são incapazes de
superar a vivência de um instante. É importante guardar imagens. Porém, é mais importante
viver cada momento com intensidade. As relações afetivas estão sucumbindo à coletiva so-
lidão digital.
Algo análogo se dá com o consumo da informação. Navegamos freneticamente no espa-
ço virtual. A fragmentação dos conteúdos pode transmitir certa sensação de liberdade, já que
não dependemos, aparentemente, de ninguém. Somos os editores do nosso diário persona-
lizado. Será? Não creio, sinceramente. Uma enxurrada de estímulos dispersa a inteligência.
Ficamos reféns da superficialidade. Perdemos contexto e sensibilidade crítica.
• É importante guardar imagens. Porém, é mais importante viver cada momento com
intensidade. (4º parágrafo)
Sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase, as relações de sentido e a correção do
segmento acima estarão preservadas caso se substitua o elemento destacado por:
a) Conquanto
b) Embora
c) Porquanto
d) Conforme
e) Todavia
Letra e.
A conjunção “porém”, no trecho em análise, é adversativa. Nas alternativas, apenas a forma
“todavia” possui esse valor. As demais conjunções têm valor conformativo (conforme), con-
cessivo (conquanto), explicativo (porquanto) e concessivo (embora).
Questão 20 (IADES/SES-DF/ENFERMEIRO/2018)
Kate Middleton e OMS lançam campanha pela valorização da Enfermagem
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
e Kate Middleton lançaram, nessa terça-feira (27), a
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A Sintaxe do Período Composto
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Letra b.
Neste item, temos que observar cuidadosamente os valores das conjunções e dos sinônimos
da palavra “essencial”. A alternativa (c), (d) e (e) apresentam termos antônimos da palavra
“essencial”. Além disso, são formas reescritas que adotam conjunções de valor distinto do de
concessão. A alternativa (a) também apresenta conjunção com valor distinto do de conces-
são.
A alternativa (b) é a única que possui uma conjunção (locução “ainda que”) com valor conces-
sivo e uma palavra sinônima de “essencial” (“primordial”).
Questão 21 (IADES/FUNPRESP-EXE/SUPERIOR/2014)
O que é previdência
A previdência complementar é um benefício
opcional, que proporciona ao trabalhador um seguro
previdenciário adicional, conforme sua necessidade e
vontade. É uma aposentadoria contratada para garantir uma
renda extra ao trabalhador ou a seu beneficiário. Os valores
dos benefícios são aplicados pela entidade gestora, com
base em cálculos atuariais.
Além da aposentadoria, o participante normalmente
tem à sua disposição proteção contra riscos de morte,
acidentes, doenças, invalidez etc. No Brasil, existem dois
tipos de previdência complementar: a previdência aberta e a
previdência fechada.
Ambas funcionam de maneira simples: durante o
período em que o cidadão estiver trabalhando, ele paga todo
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A Sintaxe do Período Composto
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Letra e.
Vejamos os erros de análise:
a) Errada. A forma pronominal “sua” retoma o nome “trabalhador”.
b) Errada. As formas pronominais em destaque referem-se ao mesmo termo: “trabalhador”.
c) Errada. A preposição “para” introduz a ideia de “finalidade”.
d) Errada. A forma “ou” não estabelece uma ideia de adversidade, mas de alternância.
A alternativa (e) está correta porque de fato a conjunção “e” relaciona dois termos por meio da
ideia de adição.
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A Sintaxe do Período Composto
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é uma oração:
a) coordenada sindética aditiva.
b) coordenada sindética adversativa.
c) coordenada sindética conclusiva.
d) coordenada assindética.
e) coordenada sindética explicativa.
Letra b.
Observe a conjunção “mas”: ela denota, no trecho, adversão (oposição ao que se afirma ante-
riormente). Por isso, a oração será coordenada adversativa.
Letra b.
Veja a conjunção “mas”: ela denota, no trecho, adversão (oposição ao que se afirma anterior-
mente). Por isso, a oração será coordenada adversativa.
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A Sintaxe do Período Composto
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a) conquanto.
b) porquanto.
c) contudo.
d) pois.
e) todavia.
Letra d.
O valor da conjunção “portanto”, no trecho, é de conclusão (observe que a posição ocupada é
pós-verbal). A conjunção que também possui esse valor (na mesma posição sintática) é “pois”.
Letra c.
Veja que a forma “mas” denota adversão (equivale a “no entanto”, “todavia”). Por isso, expressa
contraste (isto é, oposição, adversão).
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A Sintaxe do Período Composto
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Questão 26 (QUADRIX/CRP-MG/ASSISTENTE/2015)
Letra c.
Ambas as orações estão em nível hierárquico semelhante (ou seja, nenhuma se “subordina” à
outra). Assim, estão em relação de coordenação. Como a conjunção “e” está sendo usada com
sentido de adição, temos então uma oração coordenada sindética aditiva.
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Questão 27 (QUADRIX/SERPRO/TÉCNICO/2014)
Letra e.
No quadrinho, observamos uma oração coordenada com a conjunção “e”. No contexto discur-
sivo do quadrinho, o valor é de adição (por isso, é uma oração coordenada sindética aditiva).
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Letra c.
Observe a conjunção “mas”: ela denota, no trecho, adversão (oposição que se afirma anterior-
mente). Por isso, a oração será coordenada adversativa.
Letra b.
No trecho destacado em (b), a sequência “e são responsáveis...” denota adição, soma ao que
se expressa anteriormente. Equivale, semanticamente, a: “além disso”; “adicionalmente”; “in-
clusive”.
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A Sintaxe do Período Composto
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Letra e.
A conjunção “mas”, no trecho original, tem valor adversativo (oposição ao que se espera,
ao que se expressa anteriormente). Por isso, a conjunção que adequadamente a substitui é
“porém”.
Letra d.
Eis uma questão clássica de conjunção: a banca destaca os termos nos trechos e, em se-
guida, solicita os valores coesivos. Nos trechos, a conjunção “mas” tem valor de oposição (é
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A Sintaxe do Período Composto
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adversativa). A conjunção “pois” (após a vírgula), por sua vez, tem valor explicativo (equivale
a “porque”, “por isso”).
Letra a.
Aqui, a banca exige sua avaliação sobre a possibilidade de substituição de um termo por ou-
tro. Nessa substituição, a relação entre partes do período deve ser mantida. No trecho, o “se”
tem valor temporal, equivalendo a “quando”, “enquanto”.
Questão 33 (FCC/DPE-RS/TÉCNICO/2017) Em “E, após esse ponto da vida, metade das pes-
soas que participaram da pesquisa...”, a oração iniciada pela palavra “que” restringe o signi-
ficado de “pessoas”.
Temos o “que” iniciando uma oração com essa mesma função em:
a) Os dados coletados, de acordo com nota publicada pela Mix Mag, mostram que, a partir dos
35 anos, as pessoas começam a preferir ficar em casa ao invés de sair.
b) Pesquisa divulgada recentemente afirma que 35 anos costuma ser a idade limite...
c)...ao invés de se preocupar com os gastos de uma noite fora, detalhe que costuma ser uma
das grandes desculpas para não ir a nenhum lugar.
d) Matt Walburn, representante da Currys PC World, comentou que “o estudo reconhece o
fato...
e) A pesquisa também revelou que [...] 14% gostam de ficar em casa stalkeando pessoas no
Facebook enquanto outras 37% gostam de usar redes sociais.
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A Sintaxe do Período Composto
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Letra c.
A oração iniciada por “que” no trecho destacado é uma oração subordinada adjetiva restritiva
(e o “que” é um pronome relativo, o qual retoma o termo “pessoas”). Para ser pronome relativo,
importa o “que” não seguir uma forma verbal flexionada. Por isso, descartamos as alternati-
vas (a), (c), (d) e (e). A única alternativa em que a forma “que” segue um nome substantivo é a
(c): “detalhe que costuma”.
Letra c.
A distinção entre orações adjetivas restritivas e explicativas é a presença de vírgula(s) nesta
última. Não temos nenhum caso de oração adjetiva explicativa. Agora precisamos verificar se
todas são orações adjetivas. Observando a frase em (c), a oração em destaque não modifica
um nome – não é, portanto, adjetiva. Assim sendo, temos que nos perguntar qual é o tipo de
oração em (c). Se observarmos bem, ela possui características das subordinadas substanti-
vas.
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a) Na frase “Tem muita gente que implica com mentira [...]”, o “que” tem função de conjunção
subordinativa adverbial, retomando a palavra “gente”.
b) Em “[...] se fosse tão ruim estaria na lista das pedras que Moisés recebeu [...]”, o “que” é uma
conjunção coordenativa com função de explicação.
c) No trecho “[...] às lendas, narrativas fantásticas que serviam para educar ou entreter.”,
o “que” é pronome relativo.
d) Em “[...] quando ela disse que estava com saudades da Atlântida [...]”, o “que” é pronome
relativo e completa o sentido do verbo “disse”.
Letra c.
A classificação adequada da partícula “que” em cada ocorrência é esta:
a) pronome relativo (retoma “muita gente”).
b) pronome relativo (retoma “pedras”).
d) a partícula “que” é uma conjunção integrante que introduz uma oração subordinada que
completa o sentido da forma verbal “disse”.
Letra c.
De fato, estamos diante de duas conjunções (subordinativas). A primeira introduz o comple-
mento da forma verbal “achei”, por isso introduz uma oração subordinada substantiva. Eli-
minam-se, assim, as alternativas (a), (d) e (e). A segunda conjunção “que” estabelece uma
comparação (entre “olhos” e “resto do corpo”), por isso é uma oração subordinada adverbial
comparativa. Letra (c), portanto.
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Letra b.
O vocábulo “quando” introduz uma oração subordinada adverbial temporal. Por isso, indica
circunstância de tempo.
Letra a.
Para responder corretamente a questão, precisamos lançar uma pergunta ao verbo: “o que é
que convém?”. A resposta será a oração destacada: “fazer uma distinção entre notícias falas
e propaganda”. Como sabemos que aquela pergunta nos leva ao sujeito da oração, temos que
a oração destacada será uma oração subordinada substantiva subjetiva (que exerce função
de sujeito).
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Letra d.
No trecho destacado pelo item, a forma “que” exerce função sintática de conjunção integrante.
Isso porque introduz uma oração subordinada objetiva direta (a qual é complemento direto do
verbo “dizer”).
Em “relata o professor, que escreveu o livro ‘Palavras e brados: José do Patrocínio e a impren-
sa abolicionista no Rio’”, a estrutura introduzida pela forma “que” é corretamente classifica-
da como:
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Letra b.
No trecho destacado pelo item, a forma “que” introduz uma oração subordinada adjetiva, já
que esse pronome é relativo a um termo nominal (professor) e pode ser substituído por “o
qual”. Para saber se é restritiva ou explicativa, basta observar a vírgula – a qual caracteriza as
adjetivas explicativas. Alternativa (b), portanto.
Letra a.
O termo em destaque é complemento do verbo “alertar” (quem alerta, alerta algo = que o pro-
fissional...).
Isso também ocorre na alternativa (a): que exige, exige algo = que todos estivessem...
Em (b), a oração subordinada é preposicionada (objetiva indireta). Em (c), a oração é predica-
tiva nominal. Em (d), por fim, é substantiva subjetiva.
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Letra d.
A oração destacada é complemento direto do verbo “lembrar” (quem lembra, lembra algo =
que há um sentimento...).
Por isso, a classificação da oração é a de subordinada substantiva objetiva direta (alternati-
va (d)).
Letra a.
Estamos diante de formas pronominais relativas (que). Para identificar a função de cada pro-
nome, devemos observar os verbos com os quais essas formas se relacionam. Em (b), (c) e
(d), as formas pronominais exercem função de sujeito sintático das formas verbais “saiu”,
“foram levadas” e “viviam”. Em (a), diferentemente, o pronome “que” é complemento da forma
verbal “levavam”. Isso é confirmado pelo fato de o pronome relativo retomar o termo “vida”,
que está no singular (e o verbo está no plural).
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A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
Letra c.
Para ser uma oração substantiva objetiva indireta, é necessário que:
• tenha natureza oracional (nucleada por forma verbal);
• seja complemento de um verbo (da oração principal);
• seja preposicionada.
Apenas a oração na alternativa (c) apresenta essas propriedades. A oração “de que o eclipse
acontecerá amanhã” é complemento do verbo “avisar” e é preposicionada.
Letra a.
Para ser uma oração, é preciso haver um núcleo verbal (flexionado ou não). Esse critério não
é atendido pelas alternativas (b) e (c). Em (d), não temos uma oração adverbial.
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A Sintaxe do Período Composto
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Letra a.
A alternativa (a) é a correta explicação do porquê de se empregar vírgula após o segundo
travessão.
Letra a.
A expressão “No Brasil”, preposicionada (em + o Brasil), é um adjunto adverbial. Como essa
expressão está fora de sua ordem natural (que é após a forma verbal flexionada), a vírgula é
adotada para separá-la.
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A Sintaxe do Período Composto
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Letra a.
Na oração em (a), a norma culta informa que o pronome “que”, sendo complemento do verbo
“gostar”, deve ser precedido pela preposição “de” (quem gosta, gosta “de”). Assim, a frase
deve ser registrada como “Estou com os livros de que você mais gosta”. Como a oração em
destaque é adjetiva e está sem preposição, temos um caso de “cortadora”.
Letra c.
A forma correta de resolver esta questão é seguindo esta fórmula:
“O PRONOME RELATIVO ACOMPANHA UMA FORMA NOMINAL”. É exatamente isso o que
ocorre em (a), (b) e (d):
“a avaliação que cada um fez da própria saúde não variou tanto com a presença de fatores”.
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A Sintaxe do Período Composto
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Letra b.
Para ser pronome relativo, o “que” deve estar relacionado a um nome. Em (a), (c) e (d), as for-
mas “que” estão relacionadas a verbos (“achar”, “aprender” e “acreditar”), sendo por isso con-
junções integrantes. Assim, resta-nos a alternativa (b).
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A Sintaxe do Período Composto
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O vocábulo “que” que segue a palavra “homem” cumpre papel coesivo e deve ser classificado,
morfologicamente como:
a) pronome relativo.
b) conjunção integrante.
c) conjunção explicativa.
d) pronome indefinido.
Letra a.
Para identificar se o “que” é um pronome relativo, os dois critérios a seguir devem ser cumpri-
dos (conjuntamente):
• a forma “que” segue um substantivo (ou uma forma pronominal)?
• a forma “que” pode ser substituída por “o(s)/a(s) qual(is)”?
É exatamente isso o que ocorre na propaganda analisada. Por isso, o “que” em “Homem que se
cuida não perde o melhor da vida” é um pronome relativo.
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A Sintaxe do Período Composto
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c) pronome interrogativo.
d) conjunção coordenativa.
e) pronome demonstrativo.
Letra a.
Para identificar se o “que” é um pronome relativo, os dois critérios a seguir devem ser cumpri-
dos (conjuntamente):
• a forma “que” segue um substantivo (ou uma forma pronominal)?
• a forma “que” pode ser substituída por “o(s)/a(s) qual(is)”?
É exatamente isso o que ocorre no trecho analisado. Por isso, o “que” em “Você que me lê” é
um pronome relativo.
Letra c.
A forma “pelo qual” é resultante da soma de preposição “por” e do pronome relativo “o qual”.
Esse pronome relativo possui marcas de gênero e número (masculino singular). Há outra for-
ma de pronome relativo que não possui essas marcas: é a forma “que”. Assim, a forma adequa-
da para substituir “pelo qual” é “por que”.
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A Sintaxe do Período Composto
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• Aquela é a creche __________ as mães mais gostam, ________ não há mais vagas lá.
a) de que … porém
b) que … então
c) em que … pois
d) a que … portanto
e) com que … porque
Letra a.
A norma culta informa que o pronome relativo “que” deve ser preposicionado se ele for comple-
mento (ou termo regido) de verbo que exige preposição. É esse o caso do trecho em análise,
em que o pronome “que” relaciona-se com a forma verbal “gostam”, que exige a preposição
“de” (quem gosta, gosta de alguma coisa). Por isso, a forma correta é “de que”. A última lacuna
deve ser preenchida por uma conjunção que expresse relação de adversidade: “as mães gos-
tam da creche, mas (contudo, porém) não há mais vagas”.
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A Sintaxe do Período Composto
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lexicalizado pela forma “cuja” (concordando com o substantivo “mulher”). Na última coluna,
o pronome relativo adequado deve concordar com o substantivo “professores” (masculino plu-
ral): os quais. Assim, temos que a alternativa correta é a (c).
Letra d.
O período é formado por uma oração principal (“não interessa”) e pela subordinada “você dá
ou ganha”. Nessa subordinada, temos uma estrutura coordenada (há duas formas verbais in-
dependentes: “dá” e “ganha”).
Questão 57 (QUADRIX/CRMV-RR/ASSISTENTE/2016)
Juramento do Médico Veterinário
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GRAMÁTICA
A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
a) coordenada assindética.
b) subordinada adverbial temporal.
c) principal.
d) subordinada substantiva objetiva direta.
e) subordinada adjetiva restritiva.
Letra c.
A oração é principal. A essa oração, associa-se uma oração subordinada que exerce função de
objeto direto (“que cumprirei os dispositivos...”).
Questão 58 (QUADRIX/CRESS-PR/AGENTE/2015) Veja:
• “Estou cheia desses livros com lobos e ogros que comem crianças.”
A oração em destaque classifica-se como:
a) coordenada sindética explicativa.
b) subordinada substantiva predicativa.
c) subordinada adverbial causal.
d) subordinada adverbial concessiva.
e) subordinada adjetiva restritiva.
Letra e.
O termo oracional destacado é modificador do substantivo “ogros”. Assim, estamos diante de
uma subordinada adjetiva (restritiva, sem vírgula).
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GRAMÁTICA
A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
c) O estudo revela que o índice de fraudes on-line acompanha o aumento do número de tran-
sações on-line...
d) Também vale notar que o desvio de pagamentos pode causar perda de clientes...
e) Conclui-se que a fraude não é o único obstáculo a ser superado...
Letra a.
Nessa questão, temos que observar se a forma “que” segue um termo nominal ou uma forma
verbal. Se seguir uma forma nominal, é muito provável que o “que” exerça função pronominal
(adjetiva). Em (b), (c), (d) e (e), o “que” segue formas verbais (“reconhece”, “revela”, “vale” “no-
tar”, “conclui-se”). A única alternativa em que a forma “que” exerce função pronominal é a (a),
já que essa forma segue um nome substantivo (“organizações”). Além disso, outra estraté-
gia para identificar função pronominal da forma “que” é tentar substituí-la pelas contrapartes
o(s)/a(s) qual(is).
Questão 60 (QUADRIX/ASSISTENTE/CRMV-PR/2013)
Juramento do Médico Veterinário
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GRAMÁTICA
A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
Letra c.
A forma verbal destacada é núcleo de uma oração principal, à qual uma subordinada está
vinculada. A estrutura é a seguinte:
[EU] prometo que [cumprirei os dispositivos...].
A oração introduzida pelo “que” é uma subordinada substantiva objetiva direta.
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GRAMÁTICA
A Sintaxe do Período Composto
Bruno Pilastre
REFERÊNCIAS
CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro:
Lexicon, 2008.
HAUY, A. Gramática da língua portuguesa padrão. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 2014.
HOUAISS, A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Editora Objeti-
va. 2009.
KURY, A. Lições de análise sintática: Teoria e pratica. 5. ed. Rio de janeiro: Fundo de Cultu-
ra, 1970.
Bruno Pilastre
Doutor em Linguística pela Universidade de Brasília. É autor de obras didáticas de Língua Portuguesa
(Gramática, Texto, Redação Oficial e Redação Discursiva). Pela Editora Gran Cursos, publicou o “Guia
Prático de Língua Portuguesa” e o “Guia de Redação Discursiva para Concursos”. No Gran Cursos Online,
atua na área de desenvolvimento de materiais didáticos (educação e popularização de C&T/CNPq: http://
lattes.cnpq.br/1396654209681297).
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