Trabalho de Tectossilicatos
Trabalho de Tectossilicatos
Trabalho de Tectossilicatos
Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 4
2. Tectossilicatos ..................................................................................................................... 5
3. Conclusão.......................................................................................................................... 15
Referências bibliográficas..................................................................................................... 16
2
Lista de tabela
1. Introdução
O presente trabalho versa sobre "Tectossilicatos" que são minerais formados por uma rede
tridimensional continua de tetraedros de SiO4 ligados entre si, resultando numa estrutura
estável (quimicamente neutra) de ligações covalentes fortes, na qual a razão Si:O é 1:2. DEER,
W. 1981.
A substituição entre o Si e o Al é comum. Os minerais mais importantes da família são o quartzo
e as variedades de quartzo, feldspato potássico, plagioclásio, outros como a opala, feldspatóides
e zeólitas.
A família dos tectossilicatos abrange os minerais mais comuns da crosta terrestre e representa
a mais alta polimerização possível da sílica. Aproximadamente 64% da crosta rochosa terrestre.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Estudar os Tectossilicatos.
1.1.2. Objectivos específicos
Explicar mais sobre os grupos da sílica, dos feldspatos, dos feldspatóides e das zeólitas;
Caracterízar o quimismo e fórmulas estruturais de Tectossilicatos;
Diferenciar o arranjo estrutural dos tetraedros SiO4;
Identificar os Tectossilicatos mais comuns.
1.2. Metodologia
Para a consecução deste trabalho de pesquisa, usou-se o método hermenêutico que consistiu na
leitura, análise e interpretação de alguns conteúdos colhidos em algumas obras e em alguns
pdf’s que constam na bibliografia do mesmo trabalho.
5
2. Tectossilicatos
Os elementos químicos mais abundantes na crosta terrestre em ordem decrescente são O, Si,
Al, seguidos de Fe, K, Ca, Na e Mg. O oxigênio soma cerca de 94 % em volume e os 6 %
restantes correspondem a todos os demais elementos químicos. Considerando as percentagens
atômicas, O, Si e Al constituem perto de 80 % do total sendo de se esperar, portanto, que os
minerais mais abundantes na crosta do planeta sejam silicatos e aluminossilicatos. DEER, W.
1981.
2.1. Definição
DEER define como "grupo dos silicatos mais importante volumetricamente, uma vez que os
minerais mais comuns deste grupo (feldspatos e quartzo), perfazem cerca de 63% do volume
da crosta terrestre". Os minerais dessa subdivisão são constituídos por tetraedros de SiO4
ligados tridimensionalmente, de maneira que todos os oxigênios dos vértices dos tetraedros são
compartilhados com os tetraedros vizinhos, resultando em uma estrutura fortemente unida,
estável, em que a relação Si:O é 1:2.
Excetuando as variedades polimórficas de SiO2, que consiste em uma rede tridimensional de
tetraedros SiO4, os outros tectossilicatos comuns originam-se pela substituição de átomos de
Si por átomos de Al na rede tridimensional de tetraedros. A substituição de átomos de Si por
átomos de Al matém o arranjo tetraédrico (coordenação 4 com o oxigênio), formando tetraedros
quase idênticos em tamanho e configuração aos tetraedros constituídos por Si e O.
Os tetraedros AlO4 unem-se aos tetraedros SiO4 compartilhando íons de oxigênio de maneira
a formar estrutura tridimensional, porém, como o Al é trivalente e o Si é tetravalente, na
estrutura formada irá sobrar uma carga negativa, exigindo a entrada de um cátion monovalente,
para cada tetraedro coordenado pelo Al. Dessa forma, a introdução de um cátion bivalente
necessita de dois tetraedros coordenados pelo Al e assim por diante. Todavia, a disposição do
Al em coordenação 4, não pode ser considerada como uma “solução sólida” ou “substituição
iônica” do Si pelo Al, uma vez que a quantidade de Al varia de uma espécie mineral para outra,
e nunca pode substituir todo o Si.
Assim o Al é um constituinte essencial, presente em quantidades estequiométricas e não pode
ser substituído pelo Si sem desintegrar a estrutura. Em alguns grupos de minerais, quando um
cátion monovalente é substituído por outro bivalente, como, por exemplo, o Na pelo Ca, no
plagioclásio, a quantidade de Al em coordenação 4 varia em proporção às quantidades relativas
de Ca e Na, de modo que seja mantida a neutralidade elétrica.
6
Os principais minerais incluem os grupos da sílica (do qual o quartzo é o mineral mais típico),
dos feldspatos, dos feldspatóides e das zeólitas, além das escapolitas, minerais de ocorrência
mais restrita, que aparecem em algumas rochas metamórficas cálcio-silicáticas. KERR, P. 1965.
A importância dos tectossilicatos em petrologia fica muito clara, por exemplo, quando
lembramos que a classificação petrográfica atual das rochas ígneas com volumes de minerais
félsicos iguais ou superiores a 10 %, portanto, as rochas não ultramáficas (o diagrama QAPF,
Quartzo - Feldspato Alcalino - Plagioclásio – Feldspatóides (ou Fóides), da IUGS, Internacional
Union of Geological Sciences) tem como base essencial a presença e as proporções
volumétricas relativas entre os minerais desta classe. Adicionalmente, a maioria dos
tectossilicatos tem grande importância tecnológica, com inúmeras aplicações industriais (e.g.,
materiais cerâmicos, eletrônicos, ópticos), vários deles sendo aproveitados também como
gemas semipreciosas.
Figura 2: Diagramas triangulares An-Ab-Or (em proporções moleculares) para o grupo dos feldspatos,
ilustrando a nomenclatura dos feldspatos de temperaturas mais altas (com estruturas desordenadas) em
a e mais baixas (estruturas ordenadas) em b. Modificado de Deer et al. (1992).
Os minerais mais comuns entre os feldspatóides são o grupo da nefelina, de fórmula mínima
genérica (Na,K)AlSiO4, que inclui a nefelina [Na3(Na,K)[AlSiO4]4 propriamente dito e a
kalsilita [K(AlSiO4)], ambas com simetria do grupo espacial P63. Estes minerais apresentam
estrutura hexagonal aberta com densidades entre 2,56 e 2,67 g/cm3. NESSE, D. 2004.
de CaO tem bem mais átomos de Ca do que equivalentes 10% de BaO tem de Ba, uma vez que
a massa ou peso atômico do Ba é bem superior a do Ca).
Estruturas cristalinas apresentam proporções constantes entre os sítios atômicos presentes em
toda a sua extensão e se quisermos compreender a distribuição dos elementos químicos na
estrutura de um composto cristalino qualquer devemos nos habituar a pensar em termos de
proporções relativas entre cátions e ânions, no caso mais comum, o O. GRIBBLE,1985.
As fórmulas KAlSi3O8, K2Al2Si6O16, K4Al4Si12O32 são todas equivalentes porque as
proporções entre K, Al, Si e O são constantes.
Tetraedros SiO4
11
D.
Figura 3: exemplos do arranjo estrutural dos tetraedros SiO4 na estrutura de tectossilicatos. A) estrutura
do quartzo. B) estrutura da sanidina. C) estrutura da nefelina. D) estrutura da mordenita (zeólita).
3. Conclusão
Os minerais da classe dos tectossilicatos são os mais importantes entre os denominados
minerais formadores de rocha. Mais de 60% em volume das rochas que constituem a crosta
terrestre estão formadas por minerais desta classe.
A estrutura cristalina básica - assim como no caso dos demais silicatos - é formada por um
retículo construído a partir de tetraedros Si(Al)O4, onde os átomos de Si - na maioria das vezes
parcialmente substituídos pelo Al, que são coordenados por quatro átomos de O, formando a
unidade tetraédrica fundamental. As ligações Si-O e Al-O nos tetraedros contêm contribuições
covalente e iônica em proporções similares e são muito fortes. No caso particular dos
tectossilicatos, cada átomo de O está sempre compartilhado por dois tetraedros adjacentes,
formando uma rede tridimensional contínua com o mais alto grau de polimerização possível
para aquelas unidades fundamentais.
Os principais minerais desta classe incluem os grupos da sílica (do qual o quartzo é o mineral
mais típico), dos feldspatos, dos feldspatóides e das zeólitas, além das escapolitas, minerais de
ocorrência mais restrita, que aparecem em algumas rochas metamórficas. A maioria dos
tectossilicatos tem grande importância tecnológica, com inúmeras aplicações industriais.
Sendo os tectossilicatos a classe de minerais mais abundante no mundo, decidimos falar sobre
o quartzo, que ao lado dos feldspatos é o que se encontra em maior quantidade na crosta
continental.
De modo geral, a estrutura dos tectossilicatos pode ser entendida (com exceção das variedades
polimórficas de SiO2) como “uma estrutura tridimensional aberta, constituida por tetraedros de
(Si, Al) O4”, cujos interstícios estão preenchidos por átomos (Na, K, Ca, Ba, etc.), grupos
aniônicos (OH, SO4, CO3, etc.) e moléculas de H2O. Embora a estrutura geral dos
tectossilicatos seja simplificadamente como descrito, existe uma grande variação no tipo de
arranjo, gerando uma grande variedade de estruturas e espécies minerais.
A estrutura cristalina básica assim como no caso dos demais silicatos é formada por um retículo
construído a partir de tetraedros Si(Al)O4, onde os átomos de Si na maioria das vezes
parcialmente substituídos pelo Al - são coordenados por quatro átomos de O, formando a
unidade tetraédrica fundamental. As ligações Si-O e Al-O nos tetraedros contêm contribuições
covalente e iônica em proporções similares e são muito fortes. No caso particular dos
tectossilicatos, cada átomo de O está sempre compartilhado por dois tetraedros adjacentes,
formando uma rede tridimensional contínua com o mais alto grau de polimerização possível
para aquelas unidades fundamentais.
16
Referências bibliográficas
BETEJTIN, A. 1970. Curso de Mineralogia (2º edición). Traduzido por L. Vládov. Editora
Mir, Moscou, Rússia. 739 p.
DANA, J. D. 1978. Manual de Mineralogia (5º edição). Revisto por Hurlbut Jr., C. S. Tradução:
Rui Ribeiro Franco. Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro, Brasil. 671 p.
DEER, W. A.; Howie, R. A.; Zussman, J. 1981. Minerais Constituintes das Rochas – uma
introdução. Tradução de Luis E. Nabais Conde. Fundação Calouste Gulbenkian, Soc. Ind.
Gráfica Telles da Silva Ltda, Lisboa, Portugal. 558 p.
KERR, P. F. 1965. Mineralogia Óptica (3º edición). Traducido por José Huidobro. Talleres
Gráficos de Ediciones Castilla, S., Madrid, Espanha. 432 p..
KLEIN, C. & Hulburt Jr., C. S. 1993. Manual of mineralogy (after James D. Dana) (21º edition).
Wiley International ed., New York, EUA. 681 p.
NESSE, W. D. 2004. Introduction to Optical Mineralogy (3º edition). Oxford University Press,
Inc. New York, EUA. 348 p.