Unidade II
Unidade II
Unidade II
Unidade II
5 CONTROLE MICROGEOMÉTRICO
Outro objeto de especificação técnica, cuja restrição também está associada aos aspectos funcionais
e de eficiência de componentes em montagens, é o estado de suas superfícies. Seu controle torna‑se
por vezes fundamental.
5.1 Rugosidade
Rugosidade é a medida da aspereza superficial, que assume importância quando impacta diretamente
no funcionamento de um conjunto mecânico, considerando‑se as condições ideais de atrito entre
componentes com movimento relativo, por exemplo, entre um eixo e um mancal de deslizamento.
Esse estado superficial altera não só as condições de desgaste, mas influencia também na geração
de partículas de materiais, no escoamento de fluidos lubrificantes e até na resistência à fadiga dos
materiais utilizados na fabricação dos componentes, como apresentado no gráfico da figura a seguir, de
ensaios realizados com aços de diversas classes de resistência mecânica. A resistência à fadiga aumenta
quanto melhor for o acabamento superficial.
100
90
80
70
Resistência à fadiga (%)
60
Superfície polida
50 Superfície retificada
40 Superfície torneada
Superfície laminada
30
20
10
0
200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Resistência mecânica (N/mm2)
112
METROLOGIA INDUSTRIAL
Não podemos deixar de lado nessas considerações o aspecto estético, importante para grande parte
dos produtos industrializados, e nem o fato de que, quanto melhor for o acabamento, maior será o custo.
5.1.1 Definições
Por mais lisa que possa parecer uma superfície, ao aproximar‑se com algum recurso óptico, observa‑se
que existem irregularidades. As causas podem ser a própria estrutura cristalina do material, imperfeições dos
mecanismos das máquinas‑ferramentas, desgaste de ferramentas, vibrações nos processos, entre outras.
A superfície geométrica é a idealizada pelo projeto, aquela na qual não existem erros macrogeométricos,
microgeométricos ou de forma e, como já mencionado, impossível de ser obtida na prática. A superfície
real é aquela que delimita o corpo sólido.
P superfície efetiva
perfil efetivo
Perfil
Superfície g
eométrica
perfil geométrico
Num plano de corte perpendicular ao plano da superfície geométrica, também não encontra‑se
um perfil geométrico ideal, e sim o perfil limite real, que variará conforme a posição do plano de
corte. Na impossibilidade de os instrumentos de medida convencionais fazerem a leitura exata da
superfície, de dimensões microscópicas, o resultado dessa leitura em diversas metodologias, que serão
113
Unidade II
A rugosidade pode ser constituída por um conjunto de desvios de forma, e a sua leitura deve sofrer
uma filtragem para que não inclua, por exemplo, erros geométricos, controlados pelos métodos já
estudados. A seguir estão os tipos de desvios de forma:
• Desvios de 1ª ordem: erros de forma, controlados por meio de dispositivos como os exemplificados.
• Desvios de 2ª ordem: são as ondulações, desvios que se repetem com certo padrão e sobre os
quais se superpõe a rugosidade. As vibrações das máquinas durante a usinagem são um exemplo
das causas prováveis.
• Desvios de 3ª ordem: são as ranhuras ou sulcos, marcas com o formato da ponta das ferramentas
e passo devido a seu avanço.
114
METROLOGIA INDUSTRIAL
• Desvios de 4ª ordem: são estrias ou escamas causadas, por exemplo, na formação de cavacos
durante a usinagem, no jateamento de areia ou por processo galvânico.
• Desvios de 6ª ordem: ocorrem devido a processos físicos e químicos que modificam a estrutura
reticular do material. Desvios desse tipo não são incluídos na medição da rugosidade.
Para o controle desses desvios, utilizam‑se hastes e pontas apalpadoras que percorrem um
comprimento de amostragem da superfície (também conhecido como cut off), oscilando em determinada
115
Unidade II
Os gráficos ilustrados na figura a seguir são exemplos dos registros obtidos a partir dessa leitura superficial.
116
METROLOGIA INDUSTRIAL
No controle das variações microgeométricas dois sistemas são utilizados: o da linha média e o da
envolvente. O sistema mais utilizado no mundo e no Brasil, normalizado pela ABNT, é o da linha média,
conhecido como sistema M.
Nessa metodologia, todas as grandezas relacionadas utilizam a linha média do registro do perfil
da rugosidade como referência. A linha média é paralela à direção geral do perfil no comprimento de
amostragem, de tal forma que a soma das áreas entre o perfil e a linha, abaixo e acima desta, são iguais.
Existem muitos parâmetros para a medida da rugosidade superficial, ao passo que serão estudados
os mais utilizados no Brasil, todos referenciados à linha média do perfil da rugosidade.
117
Unidade II
A rugosidade média, assim como a medida em outros parâmetros, é especificada em micrometro (µm),
mas pode também ser representada em desenhos e documentos técnicos pela classe de rugosidade
definida na norma ABNT NBR 8404:1984. A seguir está uma tabela de equivalência entre as duas formas
de apresentação:
118
METROLOGIA INDUSTRIAL
Lembrete
Exemplo de aplicação
Uma superfície especificada com rugosidade classe N4 deve ser controlada com rugosímetro
convencional. Qual seria então o comprimento de amostragem para a medição?
A) 0,80 mm.
B) 8,00 mm.
C) 2,5 mm.
D) 0,25 mm.
E) 4,00 mm.
119
Unidade II
Resolução
Uma rugosidade classe N4 corresponde a Ra = 0,2 µm (tabela referente à classe da rugosidade), para
a qual é recomendado um comprimento mínimo de amostragem de 0,8 mm (tabela anterior).
Igualmente importante é considerar que cada processo de fabricação possibilita a obtenção de uma
qualidade de superfície. No momento em que um engenheiro especifica um valor de rugosidade ideal
para a funcionalidade de um componente, deve levar em consideração o processo de fabricação, se é
possível com esse processo atingir o resultado desejado e o custo que isso representa. A utilização de
uma referência, como a apresentada na sequência, auxilia bastante nesse trabalho.
120
METROLOGIA INDUSTRIAL
A rugosidade Ry é adequada para superfícies de vedação e assento de anéis ou tampões com essa
finalidade, superfícies dinamicamente carregadas ou de deslizamento com perfil de ondulação periódica,
e também componentes que suportarão cargas elevadas.
O valor da rugosidade total corresponde à distância da saliência mais alta do perfil no comprimento
da amostragem, até a reentrância mais profunda.
Essa rugosidade possui as mesmas características da rugosidade máxima Ry, com maior rigor ainda
no controle, visto que considera a maior amplitude verificada em todo o comprimento de amostragem.
121
Unidade II
Esse parâmetro também considera a subdivisão do perfil em rugosidades parciais (Zi). A diferença é
que seu valor será a média aritmética dos valores das parciais.
A consideração da média das rugosidades parciais no perfil faz com que esse parâmetro seja adequado
para especificar superfícies de perfil periódico conhecido, ou aquelas para as quais a funcionalidade não
é afetada por diferenças em pontos isolados, como superfícies de apoio e ajustes prensados.
Para calcular o valor da rugosidade utilizando esse parâmetro, são tomados os valores, para cada cut
off parcial, da amplitude entre a terceira maior saliência e a terceira maior reentrância (3Zi). A média
da soma desses valores define o valor da rugosidade R3Z. É importante ter em mente que o exemplo a
seguir, assim como os anteriores, são simplificações de registro da rugosidade; na prática, o número de
saliências e reentrâncias é muito maior.
Sua medida é adequada para superfícies porosas, como as obtidas por fundição ou aquelas com alta
frequência de oscilação entre picos e vales, caso das superfícies de peças sinterizadas. A justificativa
122
METROLOGIA INDUSTRIAL
para isso é a desconsideração das maiores oscilações, que em peças desse tipo não representam
adequadamente sua superfície total.
Saiba mais
Existem três métodos de medição ou controle da rugosidade que utilizam tecnologias variadas.
Utiliza gabaritos com amostras de superfícies resultantes de processos variados, com acabamentos
variados e a respectiva indicação da rugosidade para comparação visual ou pelo tato.
Figura 152 – Gabarito para medição da rugosidade por comparação visual ou tátil
É o tipo mais comum utilizado para medição direta do parâmetro da rugosidade na produção. Como
já mencionado, o rugosímetro convencional, analógico ou digital, utiliza como mecanismo uma haste
de certo comprimento, com a finalidade de amplificar o sinal da amplitude. Em sua extremidade, uma
ponta de contato de formatos variados percorre a superfície, no comprimento de amostragem regulado,
fazendo o registro da oscilação. Ocorre que é impossível para qualquer dispositivo semelhante percorrer
com exatidão as saliências e reentrâncias microscópicas, o que exige a filtragem. O registro pode ser
filtrado diretamente por dispositivos eletrônicos, e o valor informado em diversos parâmetros de
rugosidade. Alguns dispositivos possuem recursos gráficos, de impressão e de conectividade. A evolução
desses dispositivos tem sido muito grande recentemente.
123
Unidade II
124
METROLOGIA INDUSTRIAL
Entre os recursos mais avançados para a avaliação da rugosidade, se destacam os processos óticos,
capazes de fazer uma leitura tridimensional e atingir até a totalidade da superfície a ser controlada. São
recursos apropriados para análise mais detalhada em laboratório metrológico e não para produção, mas
essa tecnologia já está sendo incorporada a processos mais avançados.
Saiba mais
O símbolo da figura a seguir é uma representação geral da indicação da rugosidade, com todos os
requisitos que podem ser exigidos:
125
Unidade II
Sendo:
a: indicação do valor da rugosidade em µm. Se não for especificado outro parâmetro, o padrão é Ra,
podendo ser especificada a classe (N1 a N12) em vez do valor.
Em relação às estrias, cada tipo é apresentado na norma com uma indicação por letra ou símbolo
que as representa, conforme mostra a figura a seguir.
126
METROLOGIA INDUSTRIAL
Símbolo Significado
1,6
Superfície usinada para rugosidade máxima Ra = 1,6 µm
1,6
0,8 Superfície usinada para rugosidade máxima Ra = 1,6 µm e rugosidade
mínima Ra = 0,8 µm
Fresar
3,2 Superfície com rugosidade máxima Ra = 3,2 µm, obtida por fresamento
3,2 2,5 Superfície com rugosidade máxima Ra = 3,2 µm, com comprimento de
amostragem para medição de 2,5 mm
3,2 Superfície com rugosidade máxima classe Ra = 3,2 µm, com direção das
estrias perpendicular ao plano da vista onde especificada no desenho
(Rz = 0,8) Superfície com rugosidade máxima Rz = 0,8 µm, entre parênteses por não
estar especificada no parâmetro Ra
127
Unidade II
Nos desenhos de fabricação, quando são indicadas várias classes de rugosidade, aquela que representa
a maioria das superfícies não é especificada sobre o desenho. A representação normalmente é feita no
canto superior direito do formato ou acima do desenho, como no exemplo da figura a seguir.
A indicação é a da rugosidade Ra, sendo que Ra = 3,2 µm é a rugosidade geral nessa especificação
e não será representada sobre o desenho. Já Ra = 1,6 µm e Ra = 0,8 µm, indicadas entre parênteses em
ordem decrescente de classe, são aquelas que serão indicadas isoladamente.
Para ter uma noção da especificação da rugosidade em peças e elementos comuns de fabricação,
seguem alguns exemplos:
Ra = 0,01 – blocos‑padrão.
Ra = 2 – alojamentos de rolamentos.
128
METROLOGIA INDUSTRIAL
As superfícies com acabamento mais refinado também exigem precisão dimensional, além da
forma adequada a sua função. Assim, pode‑se estabelecer uma relação entre a qualidade de trabalho
sistematizada pela norma de tolerâncias ISO e a rugosidade, como apresentado na tabela a seguir:
Ra [µm]
ISO Dimensão [mm]
>0 até 3 >3 até 18 >18 até 80 >80 até 250
IT 6 0,2 0,3 0,5 0,8
IT 7 0,3 0,5 0,8 0,2
IT 8 0,5 0,8 1,2 2
IT 9 0,8 1,2 2 3
IT 10 1,2 2 3 5
IT 11 2 3 5 8
IT 12 3 5 8 12
IT 13 5 8 12 20
IT 14 8 12 20 ___
Lembrete
Exemplo de aplicação
Qual valor de rugosidade Ra deve ser especificado à superfície de um eixo de encaixe cilíndrico para
obter uma qualidade de trabalho IT4, segundo classificação da norma ISO?
A) 0,4 mm.
B) 1,6 µm.
C) 0,2 µm.
129
Unidade II
D) 0,8 µm.
E) 0,1 mm.
Resolução
6 BLOCOS‑PADRÃO
Blocos‑padrão são peças de dimensões e forma extremamente precisas e com refinado acabamento
superficial, utilizados em laboratórios de controle metrológico e na produção como referência para
calibração de instrumentos de medida, ajuste de dimensões de controle em dispositivos com essa
finalidade, regulagem de dispositivos de traçagem, entre outras aplicações que exigem exatidão em um
padrão de comparação.
130
METROLOGIA INDUSTRIAL
Com jogo semelhante é possível, com o empilhamento dos blocos, obter extensa faixa de dimensões
de ordem milesimal e passo de 5 décimos de milésimo de milimetro (0,0005 mm).
Por exemplo, para obter uma montagem com dimensão de 18,763 mm, pode‑se utilizar os
seguintes blocos:
• 1 bloco de 15 mm;
131
Unidade II
Observação
Alguns jogos fabricados em aço, como o da figura anterior, possuem dois blocos‑padrão protetores
(wear blocks), cujas ligas atingem dureza ainda maior e são usados nas extremidades do empilhamento,
como forma de se prevenir do desgaste pelo uso. Os mais comuns têm espessura de 2 mm.
De acordo com a utilização, os blocos‑padrão são divididos em cinco classes, conforme especificação
da norma ISO 3650, mostradas na tabela a seguir:
A norma ISO 3650 estabelece também os erros dimensionais e de planicidade nas superfícies de
contato dos blocos‑padrão:
132
METROLOGIA INDUSTRIAL
Alguns cuidados devem ser observados para a montagem de um conjunto de blocos para obtenção
de dimensões específicas. Sequencialmente, deve‑se:
3) Retirar impurezas e umidade de sua superfície utilizando tecido, papel ou similares que não
liberem fibras.
5) Girá‑los lentamente e com leve pressão até que as faces fiquem alinhadas.
133
Unidade II
Para manutenção, efetuar a limpeza com benzina, secagem e aplicação de uma leve camada de
vaselina, exceto para os blocos‑padrões cerâmicos, que devem se manter livres de oleosidade.
Observação
Exemplo de aplicação
Utilizando um jogo de blocos‑padrão comum e ainda dois blocos protetores de 2 mm, qual das
montagens de blocos nas alternativas a seguir estaria correta para obter a medida b = 51,689 mm,
inclinando a mesa de seno 13,5º?
Figura 166
134
METROLOGIA INDUSTRIAL
Resolução
As alternativas B e C não utilizam os blocos protetores. Já nas alternativas D e E existem blocos que
não fazem parte do jogo, o de 45,5 na alternativa D e o de 25,5 na alternativa E.
135
Unidade II
7 CONFIABILIDADE DE MEDIDAS
É fato a necessidade de produzir com qualidade e com foco na melhoria contínua dos processos. Essa
necessidade tem se acentuado recentemente, acompanhando a expansão dos mercados globalizados.
A qualidade está intimamente relacionada ao desempenho dos processos e de seu controle, por
meio das medições realizadas em todas as etapas da produção. Decisões sobre alterações em seus
procedimentos ou ajustes dependem, em grande parcela, dos resultados dessas medições e de que
seus dados sejam confiáveis.
136
METROLOGIA INDUSTRIAL
Torna‑se importante então que os resultados gerados pelo sistema de medição sejam tratados e
analisados, garantindo o monitoramento da qualidade.
Saiba mais
Mesmo operando conforme previsto, os processos comportam muitas fontes de variação, que fazem
com que os produtos apresentem diferenças que se constituem na chamada variabilidade dos processos.
Apesar das variações, os resultados tendem a concentrar‑se em torno de um valor médio e quando
bem ajustados, manter certa normalidade. Esse padrão aproxima seus valores de uma distribuição normal.
Ponto de
inflexão µ = valor médio
σ = desvio padrão
95,44%
99,73%
Lembrete
137
Unidade II
Quando a fonte de variação faz parte da natureza do processo, sua ocorrência será aleatória, sendo
considerada causa comum. Algumas ações podem ser realizadas para minimizar seus efeitos, mas jamais
conseguirão eliminá‑la. Se a variabilidade devido às causas comuns se mantiver constante ao longo do
tempo, dize‑se que o processo está sob controle estatístico e os resultados das medições se concentrarão
em torno do esperado, mantendo um padrão de distribuição.
Tempo
Pequenas variações
próximas do valor de
referência
Valor de referência
Se o processo variar bruscamente sob efeito de uma causa imprevisível, essa deve ser identificada
e eliminada prontamente. Variações causais como essa tiram o processo de controle, deslocando a
distribuição e distanciando os resultados medidos do esperado.
Limite da
variação +
Valor de
referência
Limite da
variação -
1 2 3
Amostras
Provável existência
de causas atribuíveis
Assim como os processos produtivos, o sistema de medição também está sujeito às variáveis aleatórias
e causais, que devem ser identificadas e tratadas para que se minimizem seus efeitos, tornando suas
138
METROLOGIA INDUSTRIAL
informações confiáveis para a análise e ajuste dos processos. Compõem um sistema de medição os
instrumentos, dispositivos e padrões, o pessoal envolvido, os procedimentos, as normas, os dispositivos
auxiliares, o ambiente, os softwares e tudo o mais que fizer parte do trabalho de inspeção.
A qualidade das informações da medição deve ser avaliada para que o custo do sistema se justifique.
É nesse momento que se insere a Análise do Sistema de Medição (MSA).
Os erros do sistema de medição podem ser classificados como erros de localização, chamados de
exatidão; e erros de dispersão, ou de precisão. Uma analogia comum que se faz para diferenciar os dois
termos é a do tiro ao alvo:
Por meio da figura anterior pode‑se inferir que os erros característicos do sistema podem ocorrer
de maneira isolada ou simultaneamente. Qualquer dispositivo de medição pode apresentar resultados
similares aos ilustrados.
Representam a diferença entre o resultado da medição e o valor real da dimensão da peça. São três
as variáveis que compõem esse tipo de erro:
• Tendência: diferença entre o valor médio de uma série de medições e um valor de referência.
É uma medida da falta de exatidão do sistema.
139
Unidade II
Representam a variação na medição de uma peça, quando feita repetidas vezes pelo mesmo
dispositivo. São compostos pelas variáveis:
• Reprodutibilidade: variação que pode ser devida ao sistema de medição, ou aquela observada
quando vários operadores fazem a medição da mesma peça, usando o mesmo dispositivo.
Algumas das prováveis causas de variações no sistema de medição podem ser divididas em
cinco grupos:
• Mensurando (a peça a ser medida): deformação elástica, limpeza, massa e adequação à medição.
É importante que os meios de medição sejam capazes de medir pelo menos 10% da tolerância total
do produto ou da variabilidade do processo. Também é importante que estejam no prazo de validade da
calibração e em bom estado de conservação.
140
METROLOGIA INDUSTRIAL
O intervalo de realização das avaliações do sistema de medição também depende das mesmas
condições consideradas para a calibração de instrumentos e ainda da rotatividade operacional e de
alterações nos indicadores de qualidade.
• Onde será feita a medição, no laboratório, na produção ou em locais variados? Será necessário um
sistema portátil?
• Qual o número de medidas que deverão ser tomadas por unidade de tempo, no caso de medidas dinâmicas?
Para estudar mais a fundo as avaliações de tendência e de linearidade, deve‑se entender que sem a
estabilidade do processo de medição as duas considerações não fazem sentido. A estabilidade representa
estar esse processo sob controle estatístico. Dessa forma, se faz necessário revisar alguns conceitos.
141
Unidade II
• Elemento (x): a unidade considerada no estudo estatístico, uma característica, uma dimensão,
uma função etc.
• Amplitude da amostra (R): diferença entre o maior e o menor valor obtido na medição do
elemento (quando mensurável) na amostra.
n
∑ Xi
i=1
X=
n
• Desvio padrão da amostra (S): medida da variação do resultado da medição dos elementos da
amostra em torno da média aritmética calculada:
n
∑ (Xi − X)2
i=1
S=
n −1
Para avaliar a estabilidade do processo de medição, recorre‑se aos gráficos de controle, também
chamados de cartas de controle, determinando o limite superior de controle (LSC) e o limite inferior de
controle (LIC), e o histórico da calibração dos instrumentos, comparando seus resultados aos critérios
de aceitação.
1) Selecionar uma peça que apresente uma medida próxima da média da tolerância especificada
ou na média da faixa de indicação do instrumento a ser avaliado. Essa peça deve ser obtida do
mesmo processo no qual o instrumento está sendo utilizado.
142
METROLOGIA INDUSTRIAL
3) No momento das medições, executar repetições para tomada de resultados. Cinco repetições
são suficientes.
4) Ao final das medições programadas, calcular os limites para a construção dos gráficos de controle:
LSCR = D4 x R e LICR = D3 x R
LSCX = X + A2 x R e LICX = X - A2 x R
Onde:
D4, D3 e A2: constantes que fornecem os limites de três desvios padrão (três sigmas) para um dado
tamanho de amostra, conforme tabela a seguir.
5) Após a construção dos gráficos de controle, plotar os resultados de cada série de medição
(média e amplitude) em seu respectivo gráfico, na ordem cronológica. Assim, pode‑se proceder
com a avaliação e as conclusões.
143
Unidade II
144
METROLOGIA INDUSTRIAL
Em (a) observa‑se um processo sob controle estatístico; em (b) um padrão denominado lote,
apresentando certa tendência; em (c) verifica‑se uma variação abrupta nas últimas observações; em (d)
uma tendência do processo em ultrapassar o limite superior; e em (e) um processo que saiu do controle
estatístico, com pontos ultrapassando os limites.
Observação
Hoje é possível fazer os cálculos dos parâmetros, da construção e da impressão dos gráficos de
controle, facilitando as análises relativas aos sistemas de medição.
145
Unidade II
Nesse estudo, observa‑se que processo de medição está sob controle estatístico, as variações
se concentram em torno da média sem nenhum padrão de irregularidade e não há registros
fora dos limites de controle, ou seja, o sistema de medição pode ser submetido às análises de
linearidade e tendência.
146
METROLOGIA INDUSTRIAL
Exemplo de aplicação
Quais são os valores da amplitude média (R) e da média das médias (X) para os dados coletados na
tabela a seguir, que serão utilizados para a determinação da estabilidade de um sistema de medição?
Esse processo se encontra estável? Suponha que somente seis amostras são suficientes para determinar
os limites de controle (na prática seriam pelo menos 20).
147
Unidade II
Tabela 20
Medições
Amostra
1 2 3 4
1 15,342 15,545 14,935 15,240
2 15,164 15,265 15,418 15,316
3 14,757 14,478 14,859 15,037
4 15,748 15,367 15,113 14,935
5 14,986 15,596 15,443 15,342
6 14,859 14,808 15,672 14,707
Resolução
Calculados os limites de controle com auxílio dos parâmetros da tabela de nome Valores para cálculo dos
limites de controle, após construir os gráficos, plotam‑se os valores da média e da amplitude de cada amostra.
Nos gráficos, observa‑se que nenhum ponto ultrapassa os limites e nenhum padrão anormal é verificado,
caracterizando estabilidade. Apenas um ponto no gráfico das médias se aproximou repentinamente do limite
inferior, o que pode ter uma causa atribuível que, se encontrada, deve ser eliminada.
Figura 175
148
METROLOGIA INDUSTRIAL
Figura 176
A avaliação da tendência é feita caso seja necessário conhecer qual o erro sistemático do sistema de
medição, ou seja, a diferença entre os valores apresentados pelo sistema e o valor real. Conhecer o erro
de medição torna o sistema confiável para fornecer valores corretos ao longo de sua utilização. Caso
seja aplicado o estudo de linearidade, essa avaliação pode ser suprimida.
Tendência
149
Unidade II
1) Selecionar uma peça e estabelecer seu valor de referência em relação a um padrão rastreável.
Não existindo um padrão, selecionar uma peça que se situe na média da amplitude das medições
feitas na produção. Essa peça será considerada como padrão para efeito da avaliação. Medir essa
peça dez vezes no laboratório de metrologia e determinar a média, que será o valor de referência.
4) Construir um histograma dos valores obtidos na medição ou dos valores de tendência, identificando
possíveis anomalias ou causas especiais. O formato deve se aproximar de uma distribuição normal,
mas deve‑se ter cuidado na interpretação quando o número de medições for inferior a 30.
n
∑ Xi
i=1
X=
n
max(xi ) − min(xi ) R
σr = =
d2* d2*
Onde:
150
METROLOGIA INDUSTRIAL
Onde:
ν: graus de liberdade.
σr Tendência
σb = e t=
n σb
Onde:
n
∑ Tendênciasi
ou, Tendência = i=1
n
8) Calcular o intervalo de confiança da tendência, considerando:
151
Unidade II
Onde:
tν: valor significativo t (bicaudal), considerando o grau de liberdade (ν) obtido na tabela anterior e
interpolando‑se para obter seu valor na tabela t de Student a seguir.
Tabela t de Student
Grau de liberdade 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
α / 2 = 0.025 12,706 4,303 3,182 2,776 2,571 2,447 2,365 2,306 2,262 2,228
Grau de liberdade 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
α / 2 = 0.025 2,206 2,179 2,160 2,145 2,131 2,120 2,110 2,101 2,093 2,086
Grau de liberdade 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
α / 2 = 0.025 2,08 2,074 2,069 2,064 2,06 2,056 2,052 2,048 2,045 2,042
Se o valor zero estiver situado dentro do intervalo de confiança, a tendência das medições é aceitável,
e durante o uso real do sistema de medição não ocorrerá o aparecimento de fontes adicionais de variação.
Se a tendência for estatisticamente não nula, algumas causas possíveis podem ser:
• Instrumento desgastado.
152
METROLOGIA INDUSTRIAL
153
Unidade II
1) Selecionar aleatoriamente cinco peças ou mais (g ≥ 5), que cubram toda a faixa de medição do
dispositivo ou instrumento.
2) Determinar o valor de referência (Xi) de cada peça como na avaliação da tendência, confirmando
a amplitude de operação do dispositivo ou instrumento.
3) Selecionar um operador que normalmente utiliza o instrumento, para medir a peça pelo menos
dez vezes (m ≥ 10).
4) Calcular a tendência para cada medição e a média da tendência para cada peça, utilizando
as equações:
m
∑ Tendênciai,j
j=1
Yi = = Tendênciai
m
Onde:
i: número da peça;
j: número da medição;
5) Construir um gráfico linear para registrar as tendências individuais e a média das tendências em
relação aos valores de referência.
6) Calcular a reta que melhor se ajusta aos dados e seus intervalos de confiança, utilizando as equações:
154
METROLOGIA INDUSTRIAL
Onde:
∑ X ⋅∑ Y
∑ (XY) − g ⋅ m
a= = inclinação da reta
∑X( 2
)
∑ X2 − g ⋅ m
b=
(∑ Y ) − a ⋅ (∑ X ) = intersecção da reta com o eixo vertical
g⋅m
S=
∑ Yi2 − b ⋅ ∑ Yi − a ⋅ ∑ ( Xi ⋅ Yi )
g⋅m − 2
g . m - 2 = ν → ν = graus de liberdade
( )
2
1 X 0 − X
deslocamentos = b + a ⋅ X 0 ± tν, α ⋅ + ⋅S
( )
g⋅m 2
∑ Xi − X
7) No mesmo gráfico anterior representou‑se a reta ajustada, o intervalo de confiança e a reta de
tendência zero. O sistema de medição será aceitável se a reta de tendência zero estiver contida no
intervalo de confiança.
a
ta = ≤ t ν,α
S
2
∑( X j − X )
155
Unidade II
b
tb = ≤ t ν,α
2
1 + X ⋅S
g⋅m
( )
2
∑ Xj − X
∑X2 = somatória dos quadrados dos valores de referência, multiplicada pelo número de medições;
∑(Xi - X)2 = somatória dos quadrados de cada valor de referência, menos a média dos valores de
referência, multiplicada pelo número de medições.
A não aceitação do sistema de medição pelo critério da linearidade pode ter como causas:
• Irregularidade na peça.
156
METROLOGIA INDUSTRIAL
• Problemas operacionais, como habilidade, ergonomia, fadiga e erro de observação pelo operador.
157
Unidade II
8 R&R
Reprodutibilidade é a medida da variação nas médias das medições, quando realizada por dois ou
mais operadores nas mesmas condições descritas para o estudo da repetitividade.
Operador
C
Operador
B
Operador
A
Repetitividade Reprodutibilidade
O estudo de R&R avalia também a parcela referente à variação do processo na variação total
observada e a variação da tolerância.
Tolerância
Variação total
do processo
158
METROLOGIA INDUSTRIAL
Saiba mais
www.iqa.org.br
2) Os operadores devem ser selecionados dentre aqueles que realizam as medições normalmente e
que seguem os procedimentos recomendados.
4) As medições devem ser feitas também de maneira aleatória, para assegurar que nenhuma
tendência prejudique os resultados.
5) Na utilização do equipamento, as medições devem ser arredondadas para o número mais próximo
que se possa ler.
Lembrete
O foco desse material são as medições que fornecem valor numérico e suas leituras por instrumentos
com resolução compatível às tolerâncias especificadas. Na teoria, diz‑se que são medidas as variáveis
quantitativas. Quando a característica sob controle não é mensurável e sim observada (cor, tonalidade,
existência ou não de algum detalhe etc.), se estão medindo os atributos, que são variáveis qualitativas.
Para o estudo de atributos, outras técnicas são aplicáveis. Os métodos mais utilizados para o estudo
R&R por variáveis quantitativas são o método da amplitude, o método da média e da amplitude e o
método da análise da variância (Anova).
159
Unidade II
Observação
Fornece uma estimativa rápida e aproximada do R&R, com 80% de chance de detectar um sistema
de medição inadequado para uma amostra de 5 peças e, para uma amostra de 10 peças, 90% de chance.
O procedimento é o seguinte:
Ri = Xi,a − Xi,b
n
∑ Ri
i=1
R=
n
R
GRR =
d2*
GRR GRR
%GRR = 100 ⋅ =
σ tolerância
6
160
METROLOGIA INDUSTRIAL
Fornece uma boa estimativa do R&R com até 95% de nível de confiança, porém, num procedimento
mais demorado, deve‑se:
1) Selecionar uma amostra de 5 peças ou mais (n), que representem a faixa de variação real do
processo, numerando‑as.
2) Selecionar mais de um operador (k), ordenando‑os por letras (a, b, c etc.), de forma que desconheçam
a numeração das peças.
3) Cada operador deve medir uma vez todas as peças, em ordem aleatória.
4) Repetir o ciclo de medições (r) mais de uma vez, em ordem aleatória diferente das anteriores.
Os parâmetros necessários para o estudo R&R pelo método da média e da amplitude são:
Amplitude (A,B,C)= (valor da maior leitura) – (valor da menor leitura) de cada peça e de cada operador;
XDIF = diferença entre a maior e a menor média das médias (Xa,b,c) das leituras de cada operador;
VE = R . K1
161
Unidade II
Tabela 23 – Fator K1
Ciclos K1
2 0,8862
3 0,5908
(X ) VE2
2
VA = DIF ⋅ K2 −
n⋅r
Onde:
n = número de peças;
r = número de ciclos.
Tabela 24 – Fator K2
Avaliadores 2 3
K2 0,7071 0,5231
R&R = ( VE)2 + ( VA )2
VP = RP . K3
Tabela 25 – Fator K3
Peças K3
2 0,7071
3 0,5231
4 0,4467
5 0,4030
6 0,3742
7 0,3534
8 0,3375
9 0,3249
10 0,3146
162
METROLOGIA INDUSTRIAL
VT = variação total:
VT = (R & R)2 + ( VP )
2
VE
%VE = 100 ⋅
VT
VA
%VA = 100 ⋅
VT
R & R
%R & R = 100 ⋅
VT
VP
%VP = 100 ⋅
VT
VP
ndc = 1,41⋅
R & R
A utilização de instrumentos gráficos é muito importante. A verificação sistemática dos dados para
visualização das variações, decorrentes de causas especiais, é feita por meio dos instrumentos gráficos:
Cartas de médias
As médias de múltiplas leituras feitas por cada um dos operadores, de cada uma das peças, são
plotadas pelo avaliador, que marca no eixo das abcissas o número de identificação da peça.
A média das médias e os limites de controle (calculados com a amplitude média) são traçados.
A carta de médias esclarece e informa sobre a possibilidade de uso do sistema de medição.
A área situada entre os limites de controle representa a sensibilidade de medição. Caso o conjunto
de peças utilizadas represente a variação do processo, aproximadamente metade (ou mais) das médias,
se situará acima ou abaixo dos limites de controle. Se os dados mostrarem essa configuração gráfica,
então o sistema de medição será adequado para detectar a variação peça a peça, gerando informações
úteis para o controle do processo de produção.
163
Unidade II
2,5
2
1,5
1
0,5 OP A
Média
0 Op B
-0,5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Op C
-1
-1,5
-2
-2,5
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Peças
A análise desta carta indica que o sistema de medição parece ter suficiente discriminação
para o processo. Nenhuma diferença de avaliador para avaliador é identificada de imediato.
Figura 182
Carta de amplitudes
A carta de controle de amplitudes é utilizada para verificar se um processo está sob controle.
Não interessa quão grande possa ser o erro de medição, os limites de controle incluem aquele erro.
As amplitudes das múltiplas leituras feitas por cada operador, de cada peça, são plotadas numa
carta de amplitudes convencional, incluindo‑se as marcações da amplitude média e dos limites de
controle. Se todas as amplitudes projetadas estiverem sob controle, então os operadores estarão
trabalhando de forma igual. Se para qualquer operador algum ponto estiver fora dos limites
de controle, significa que o método utilizado por ele difere dos demais. Se todos os operadores
apresentarem alguma amplitude fora de controle, o sistema de medição mostra‑se sensível, e,
portanto, necessita algum aperfeiçoamento para poder gerar dados úteis.
1,2
1
0,8 OP A
Amplitude
0,6 Op B
Op C
0,4
0,2
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Peças
A análise desta carta indica que existem diferenças de variabilidade entre os operadores
164
METROLOGIA INDUSTRIAL
Observação
O valor a ser analisado é o %R&R, que pode ser calculado utilizando a variação total (VT) ou
a tolerância. No controle do produto em geral se utiliza a tolerância; no controle do processo, a
variação total.
O critério de aceitação é:
• Entre 10% e 30%: sistema pode ser aceito, dependendo da importância da medição.
• Discriminação: ndc ≥ 5.
165
Unidade II
166
METROLOGIA INDUSTRIAL
167
Unidade II
Resumo
Exercícios
Questão 1. (Enade 2014, adaptada) Uma empresa desenvolve, fabrica e vende equipamentos de
medição de alta tecnologia. Atualmente, a equipe de engenharia de um determinado produto desenvolve
um novo instrumento de medição. Quatro protótipos do equipamento foram manufaturados e
submetidos a um teste. Uma peça padrão com dimensão de 50 mm foi usada como padrão de referência.
Cada protótipo do instrumento foi utilizado para fazer sete medições na dimensão da peça padrão por
um mesmo operador.
Os resultados são apresentados na figura a seguir. O centro do alvo representa o valor verdadeiro
da dimensão da peça padrão, e os pontos representam os resultados das sete medidas da característica.
Instrumento A Instrumento B
Instrumento C Instrumento D
Figura 187
Com relação aos resultados mostrados na figura e às definições de exatidão (capacidade de medir
corretamente, em média, o verdadeiro valor da característica) e precisão (variabilidade inerente às
medidas), avalie as seguintes afirmativas conforme o que a equipe de engenharia do produto da empresa
deveria inferir.
170
METROLOGIA INDUSTRIAL
III – Os instrumentos A e B são exatos, mas o instrumento A é mais preciso que o instrumento B.
V – O instrumento A é mais exato que o instrumento D, mas o instrumento D é mais preciso que o
instrumento A.
A) II e IV.
B) I, III e V.
C) I, IV e V.
I – Afirmativa incorreta.
Justificativa: o instrumento A é mais preciso do que o instrumento C. Vale ressaltar que ambos não
são exatos.
II – Afirmativa correta.
Justificativa: a média do instrumento D está próxima do valor alvo, embora o instrumento D não seja
preciso. O instrumento B, além de não ser preciso, também não é exato.
IV – Afirmativa correta.
Justificativa: os instrumentos C e D são exatos (a média das medidas é próxima ao valor alvo).
O instrumento C mede valores muito mais próximos do valor exato do que o instrumento D.
171
Unidade II
V – Afirmativa incorreta.
Questão 2. (Enade 2011, adaptada) Um processo vem sendo monitorado por meio de gráficos de
controle para variáveis. Para essa situação, analise os gráficos a seguir.
Figura 188
A) I e III.
B) I e IV.
C) II e IV.
D) II e V.
E) III.
172
METROLOGIA INDUSTRIAL
I – Afirmativa correta.
Justificativa: a carta mostra que o processo está sob controle, pois os resultados estão em torno do
valor médio e dentro dos limites estabelecidos.
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: embora os valores estejam dentro dos limites estabelecidos, a carta mostra que o
processo não está sob controle. Existe uma tendência de aumento no valor do resultado.
Justificativa: a carta mostra que o processo não está sob controle. Pode ser notado que o resultado
7 está fora dos limites estabelecidos.
IV – Afirmativa correta.
Justificativa: a carta mostra que o processo está sob controle. Pode-se notar que os resultados estão
ao redor da média e praticamente com a mesma amplitude.
V – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a carta mostra que o processo não está sob controle. Existe uma tendência de aumento
no valor do resultado.
173
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 24
Figura 25
Figura 26
Figura 38
Figura 42
Figura 45
Figura 46
Figura 47
Figura 48
Figura 49
Figura 50
Figura 51
A) MICROMETERINSIDE5‑30_25‑50.JPG/1024PX‑MICROMETERINSIDE5‑30_25‑50.JPG. Disponível
em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b1/MicrometerInside5‑30_25‑50.
jpg/1024px‑MicrometerInside5‑30_25‑50.jpg. Acesso em: 21 ago. 2019.
Figura 56
AGOSTINHO, O. L.; RODRIGUES, A. C. S.; LIRANI, J. Tolerâncias, ajustes, desvios e análises de dimensões.
São Paulo: Blucher, 1977, p. 115. Adaptada.
Figura 124
AGOSTINHO, O. L.; RODRIGUES, A. C. S.; LIRANI, J. Tolerâncias, ajustes, desvios e análises de dimensões.
São Paulo: Blucher, 1977, p. 115. Adaptada.
Figura 125
Figura 126
Figura 129
Figura 134
AGOSTINHO, O. L.; RODRIGUES, A. C. S.; LIRANI, J. Tolerâncias, ajustes, desvios e análises de dimensões.
São Paulo: Blucher, 1977, p. 193. Adaptada.
176
Figura 141
Figura 142
DASARATHY, C. Examples of microstructures in metallic materials. [s.l.], 2011, p. 42. Disponível em:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b4/Examples_of_microstructures_in_metallic_
materials.pdf. Acesso em: 23 ago. 2019.
Figura 143
Figura 144
Figura 147
Figura 154
Figura 155
Figura 156
DIGITAL_HOLOGRAPHIC_MICROSCOPY_FOR_MEASURING_HIP_PROSTHESIS_ROUGHNESS.PNG.
Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/07/Digital_Holographic_
Microscopy_for_measuring_hip_prosthesis_roughness.png. Acesso em: 23 ago. 2019.
177
Figura 156
Figura 164
Figura 165
Figura 167
Figura 172
RITZMAN, L. P.; KRAJEWSKI, L. J. Administração da produção e operações. São Paulo: Pearson, 2004, p. 116.
178
REFERÊNCIAS
Textuais
ABNT. NBR 4288: especificações geométricas do produto (GPS) – Rugosidade: método do perfil –
regras e procedimentos para avaliação de rugosidade. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.
ABNT. NBR 6158: sistema de tolerâncias e ajustes. Rio de Janeiro: ABNT, 1995. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4395104/mod_resource/content/1/NBR%206158.pdf.
Acesso em: 22 ago. 2019.
ABNT. NBR 8404: indicação do estado de superfícies em desenhos técnicos. Rio de Janeiro: ABNT, 1984.
COSTA, A. F. B.; EPPRECHT, E. K.; CARPINETTI, L. C. R. Controle estatístico de qualidade. São Paulo:
Atlas, 2004.
FISCHER, U. (ed.). Manual de tecnologia metal mecânica. São Paulo: Blucher, 2008.
GM começa recall de Agile e Classic por travamento da roda traseira. G1, São Paulo, 6 fev. 2014.
Auto Esporte. Disponível em: http://g1.globo.com/carros/noticia/2014/02/gm-comeca-recall-de-
agile-e-classic-por-travamento-da-roda-traseira.html. Acesso em: 21 ago. 2019.
LOPES, O. Tecnologia mecânica: elementos para fabricação mecânica em série. São Paulo: Blucher, 1983.
SCHRÖK, J. Montagem, ajuste, verificação de peças de máquinas. Rio de Janeiro: Reverté, 1979.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Sinterização. Curitiba: UFPR, 2006. Disponível em: http://www.
madeira.ufpr.br/disciplinasivan/processoscorte_arquivos/Sinterizacao.pdf. Acesso em: 27 set. 2019.
Sites
https://www.iso.org
https://www.mitutoyo.com.br/
http://www.sermec.net.br/
www.iqa.org.br
Exercícios
180
Unidade II – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO
TEIXEIRA. Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2011. Engenharia Grupo IV.
Questão 22. Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2011/
ENGENHARIA_GRUPO_%20VI.pdf. Acesso em: 10 set. 2019.
181
182
183
184
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000