Filtração Parte 2
Filtração Parte 2
Filtração Parte 2
O escoamento através da torta, em geral, é laminar e pode ser descrito pela equação
desenvolvida por Kozeny-Carman (equação desenvolvida para leitos compactos).
•k1 é um valor constante.
•PT = queda de pressão na torta (N/m2)
•L = espessura da torta (m)
PT k1 vs (1 ) 2 S o
2 • = viscosidade do filtrado em Kg/(m.s)
•vs = velocidade superficial (m/s)
•So = área específica da superfície da partícula
L 3 (área da partícula/volume da partícula) (m-1)
• = porosidade da torta
Teoria da filtração
•k1 é um valor constante.
•PT = queda de pressão na torta (N/m2)
PT k1 vs (1 ) 2 S o
2 •L = espessura da torta (m)
vs
Q A vs Q
dV
vs
dV / dt filtro (m2)
V é o volume coletado
dt A do filtrado em m3 até o
tempo t (s).
Teoria da filtração
Espessura da torta (L): Devido à dificuldade na obtenção do valor da espessura
da torta (L) pode-se relacionar L com V (volume do filtrado) através de um balanço material
Vtotal da suspensão
L A p (1 ) Cs (V .L. A)
massa de sólidos massa de sólidos
retida na torta na suspesão
PT k1 vs (1 ) S o
2 2
L 3
Força motriz
dV (PT ) PT
A dt k1 (1 ) S o C s V C s V
2
Resistência
p 3
A A
Fluxo Variáveis da operação
k1 (1 ) S o
2
[α]= L/m
p 3
é a resistência específica da torta
Teoria da filtração
A perda total de pressão através do filtro é igual a variação de pressão na torta mais a variação
de pressão no meio filtrante, desta forma:
P = PT + PMF
Para o meio filtrante a resistência pode ser escrita de forma análoga a variação de pressão na
torta, sendo representada por:
dV PMF Rm é a resistência do
meio filtrante, (m-1)
A dt Rm
dV P
dV
P
dt Cs V Cs V
Rm dt
Se o filtrado é descarregado
a pressão atmosférica Rm
A A (pressão manométrica igual a A A
zero) tem-se que o valor de
P = P-0 P é a pressão de
operação (lida no
Equação geral de P na filtração manômetro)
Teoria da filtração: tortas incompressíveis
Nas tortas incompressíveis, a resistência específica é constante!
Rearranjando a equação geral para filtração:
dt Cs
V Rm
dV A P
2
A P
Integrando:
tf Vf
(k1 V k2 ) Rm
0 dt 0 P dV sendo k Cs e k2
1 2
A A
k1 V f k2 V f
2
tf é o tempo de filtração
P constante! tf para coletar o volume Vf
2P P
Teoria da filtração
Tipos de operação
Uma classificação importante que se refere a operação do filtro diz respeito ao
mecanismo de bombeamento utilizado, são eles:
(reciclo fechado)
Vazão
FILTRO PRENSA de QUADROS E PLACAS
2
3 3
4
1- Tanques para alimentação da
suspensão
1 1
6 2 - Manômetro para medida da
pressão
5
3- Válvulas de reciclo do tanque da
suspensão
7- Bomba centrífuga
Eq.Reta
V
Cs Rm
k1 k2
A2 A
Teoria da filtração
Operação a vazão constante: a suspensão é alimentado ao filtro com
uma bomba de deslocamento positivo.
dV P P
Q
dt Cs V
Rm
A A
P k1 Q V f k2 Q
tan( ) k1 Q 2
k2 Q
Eq.Reta
ou P k1 Q 2 t f k 2 Q t
Cs Rm
k1 k2
A2 A
Eq.Reta
Teoria da filtração
Operação a vazão e pressão variáveis: Se a alimentação é realizada
com uma bomba centrífuga a vazão varia com a perda de carga. A vazão fornecida
por uma bomba centrífuga, tem a seguinte curva característica:
dV P
dt Cs V P ( k1 V k 2 ) Q
Rm
A A
P
Q k1 V k 2
Q
1/Q
tf Vf
dV
0 dt V Q
0
Teoria da filtração: capacidade e
lavagem da torta
• Tempo do ciclo de filtração:
O tempo total do ciclo de filtração (tc) é dado por:
tc t f t w t d
tf = tempo de filtração, tw = tempo de lavagem, td = tempo de drenagem, desmonte,
manutenção do filtro.
• Lavagem da torta: em muitos casos, é necessário retirar o líquido que fica
retido na torta. A adição de um solvente é realizada a pressão (Pw) e vazão
(Qw) constantes (a espessura da torta não varia após o término da
filtração)
P ( k1 V k 2 ) Q Pw (k1 V f k2 ) Qw
Vw
tw Vw é volume de lavagem
Qw Qw é a vazão de lavagem
Teoria da filtração
• Tempo de Lavagem da torta:
Pw (k1 V f k2 ) Qw
Pw
Qw
k1V f k 2
Vw
Logo: tw (k1V f k 2 )
V Pw
tw w
Qw
Teoria da filtração
• Tempo de Lavagem da torta:
Filtro prensa: a água de lavagem não percorre o mesmo caminho do filtrado
durante a filtração.
canais de passagem da suspensão nos quadros e placas
1 Pw Logo: Vw
Qw 0,8 t w 4 (k1V f k 2 )
4 k1V f k 2 Pw
C Capacidade máxima:
Cmáx
C 2C Ponto de
C máx 0 e 0 máximo
V f V f
2
(1 / C ) 2 (1 / C )
V C máx 0 e 0 Ponto de
V f V f
2 mínimo
Exercício 1 – filtro presa
Um filtro prensa de placas e quadros foi usado para separar sólidos de uma suspensão
que forma uma torta incompressível. A operação do filtro foi realizada à vazão constante
de 15 m3/h. Com os dados construiu-se o gráfico da variação da pressão em função do
tempo de filtração
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
10 10
8 8
6 6
P (atm)
4 4
2 2
0 0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
tempo (h)
a) Sabendo que a área de filtração do filtro prensa de placas e quadros utilizado nesta
operação é igual a 0,045 m2 e a concentração da solução (CS) igual a 24 Kg/m3.
Calcular a resistência da torta e do meio filtrante a partir dos dados experimentais
disponibilizados. (μágua = 8,94 x10-4 Pa.s)
Se for realizada uma alteração na operação do filtro e ele passar a operar a pressão
constante de 1,5 atm e com a mesma suspensão, determine:
b) O tempo de filtração (tf) para se obter um volume de filtrado Vf= 10m3
c) O tempo de lavagem (tw), usando-se 0,9 m3 de água
d) O tempo total do ciclo (tc), sabendo-se que se leva 0,2 hora para drenagem, descarga,
limpeza e remontagem do filtro
e) A capacidade horária do filtro nas condições descritas anteriormente.
f) A capacidade máxima se o filtro fosse um filtro tipo folha (operando a pressão constante).
Teoria da filtração: Tambor rotativo
A equação para operação a pressão constante e torta incompressível pode
ser modificada para se prever o funcionamento do filtro de tambor rotativo:
tf Vf
(k1 V k2 ) k1 ' 2 k 2 '
0 dt 0 P dV t fc
2 P'
V fc V fc
P'
tfc = Tempo necessário por ciclo para a formação da torta de filtração
P’ = Vácuo
Vfc = volume de filtrado por ciclo
Sendo:
Cs Rm
k1 ' 2 k2 '
As As
ρ é a densidade do filtrado
Exercício 2 – filtro tambor rotativo