Fases Da Industrialização Brasileira
Fases Da Industrialização Brasileira
Fases Da Industrialização Brasileira
Essas medidas não surtiram o efeito esperado, pois o mercado interno ainda era pequeno. A
maior parte da população era escravizada e não poderia comprar estes artigos.
Apesar da elite cafeicultora não se interessar pela atividade industrial, surgem as primeiras
fábricas no Brasil. Estas se dedicam a produzir produtos de consumo doméstico como tecidos,
ferramentas e velas.
Com a Tarifa Alves Branco, em 1844, aumentam-se as taxas alfandegárias que os produtos
importados deveriam pagar. Com isso, surge um ambiente favorável para o surgimento das
primeiras manufaturas e produzir aqui ficaria mais barato.
A passagem de uma sociedade agrária para uma urbano industrial mudou a paisagem de
algumas cidades brasileiras, principalmente das capitais dos estados.
No entanto, o grande impulso industrial no Brasil ocorreria após a crise do café e a de 29.
Com o governo Vargas, o Estado passa a investir e abrir empresas públicas. Ele privilegia a
indústria pesada, ou seja, aquela que transforma a matéria-prima e fabrica bens de grande porte.
O contexto exterior também ajudou, pois era complicado importar máquinas num momento em
que os países europeus se preparavam para a guerra. Curiosamente, a Alemanha nazista tornou-
se compradora do algodão brasileiro a fim de vestir seus soldados.
Para instalar a indústria pesada era preciso financiamento e isso foi possível graças ao
empréstimo obtido junto aos Estados Unidos. Assim foi construída a Companhia Siderúrgica
Nacional, em 1941, em Volta Redonda (RJ). Este acordo se deu na época quando o Brasil foi
lutar junto aos americanos na Segunda Guerra Mundial.
Outras indústrias de base do período são a Companhia do Vale do Rio Doce (1942), para a
extração de minério de ferro e a Fábrica Nacional de Motores (1942).
Quanto à mão de obra empregada nas fábricas, observamos o crescimento de operários vindos
do nordeste brasileiro.
A construção de Brasília também garantiu o fomento da indústria nacional, pois era preciso muito
material para levantar a nova capital.
O Estado volta a aparecer como um grande investidor e realiza obras de grande porte como a
usina hidrelétrica de Itaipu, a rodovia Transamazônica e a ponte Rio-Niterói.
Os gastos com estes empreendimentos, no entanto, aumentam a dívida externa e provocam uma
inflação descontrolada no País.
Industrialização e neoliberalismo
A eleição de Collor de Mello, em 1989, e os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso
(1994-2002), significam a implantação do neoliberalismo no Brasil.
Desta forma, as estatais são privatizadas, a economia se abre ao capital estrangeiro na maior
parte dos setores, e o trabalhadores veem seus direitos diminuírem.