Conjuntos Numéricos
Conjuntos Numéricos
Conjuntos Numéricos
Os conjuntos numéricos reúnem diversos conjuntos cujos elementos são números. Eles são formados pelos
números naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais. O ramo da matemática que estuda os conjuntos numéricos
é a Teoria dos conjuntos.
Confira abaixo as características de cada um deles tais como conceito, símbolo e subconjuntos.
O conjunto dos números naturais é representado por N. Ele reúne os números que usamos para contar (incluindo o
zero) e é infinito.
N* = {1, 2, 3, 4, 5..., n, ...} ou N* = N – {0}: conjuntos dos números naturais não-nulos, ou seja, sem o zero.
Np = {0, 2, 4, 6, 8..., 2n, ...}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais pares.
Ni = {1, 3, 5, 7, 9..., 2n+1, ...}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais ímpares.
P = {2, 3, 5, 7, 11, 13, ...}: conjunto dos números naturais primos.
O conjunto dos números inteiros é representado por Z. Reúne todos os elementos dos números naturais (N) e seus
opostos. Assim, conclui-se que N é um subconjunto de Z (N ⊂ Z):
Z* = {..., –4, –3, –2, –1, 1, 2, 3, 4, ...} ou Z* = Z – {0}: conjuntos dos números inteiros não-nulos, ou seja, sem o
zero.
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}: conjunto dos números inteiros e não-negativos. Note que Z+ = N.
Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, ...}: conjunto dos números inteiros positivos e sem o zero.
Z – = {..., –5, –4, –3, –2, –1, 0}: conjunto dos números inteiros não-positivos.
Z*– = {..., –5, –4, –3, –2, –1}: conjunto dos números inteiros negativos e sem o zero.
O conjunto dos números racionais é representado por Q. Reúne todos os números que podem ser escritos na forma
p/q, sendo p e q números inteiros e q≠0.
Q = {0, ±1, ±1/2, ±1/3, ..., ±2, ±2/3, ±2/5, ..., ±3, ±3/2, ±3/4, ...}
Note que todo número inteiro é também número racional. Assim, Z é um subconjunto de Q.
Importante ressaltar que as dízimas periódicas são números racionais. Elas são números decimais que se repetem
após a vírgula, por exemplo: 1,4444444444... Embora possua infinitas casas decimais, pode ser escrito como a fração
13/9.
Q* = subconjunto dos números racionais não-nulos, formado pelos números racionais sem o zero.
Q+ = subconjunto dos números racionais não-negativos, formado pelos números racionais positivos e o zero.
Q*+ = subconjunto dos números racionais positivos, formado pelos números racionais positivos, sem o zero.
Q– = subconjunto dos números racionais não-positivos, formado pelos números racionais negativos e o zero.
Q*– = subconjunto dos números racionais negativos, formado números racionais negativos, sem o zero.
Conjunto dos Números Irracionais (I)
O conjunto dos números irracionais é representado por I. Reúne os números decimais não exatos com uma
representação infinita e não periódica, por exemplo: 3,141592... ou 1,203040...
O conjunto dos números reais é representado por R. Esse conjunto é formado pelos números racionais (Q) e
irracionais (I). Assim, temos que R = Q ∪ I. Além disso, N, Z, Q e I são subconjuntos de R.
Mas, observe que se um número real é racional, ele não pode ser também irracional. Da mesma maneira, se ele é
irracional, não é racional.
Múltiplos e divisores
Os múltiplos de um número são obtidos multiplicando o número por um fator. Este fator, por sua vez, é também
divisor do múltiplo encontrado.
Exemplo:
6 é um múltiplo de 2, pois 2 x 3 = 6
2 é um divisor de 6, pois 62 = 3
Quando um número é múltiplo de outro é o mesmo que dizer que o primeiro é divisível pelo último. No nosso
exemplo 6 é múltiplo de 2 e, portanto, é divisível por 2, ou seja, 2 é divisor de 6.
Sendo assim, os múltiplos de um número podem ser obtidos multiplicando-o por 1, 2, 3, 4, 5… Logo, os múltiplos de
um número são infinitos.
Já os divisores de um número são aqueles cuja divisão tem como resultado um número inteiro, ou seja, a divisão é
exata.
Múltiplos de um número
b=axk
Onde,
b é o múltiplo
a é um número natural
k é um número natural qualquer
Para saber se um número é múltiplo de outro devemos dividir o múltiplo pelo número e a divisão deve ser exata
(resto igual a zero).
Divisores de um número
Número Divisores
2 1, 2
3 1, 3
4 1, 2, 4
5 1, 5
6 1, 2, 3, 6
7 1, 7
8 1, 2, 4, 8
10 1, 2, 5, 10
12 1, 2, 3, 4, 6, 12
15 1, 3, 5, 15
20 1, 2, 4, 5, 10, 20
25 1, 5, 25
30 1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30
Observe que alguns números só possuem dois divisores: 1 e o próprio número. Esses números são chamados
de números primos. São exemplos de números primos: 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17 e 19.
Para ajudar a reconhecer se um número é divisor de outro existem os critérios de divisibilidade. Conheça alguns a
seguir.
Divisibilidade por 2: todo número par, ou seja, terminados em 0, 2, 4, 6 e 8 possuem o 2 como divisor.
Exemplos:
20 : 2 = 10
32 : 2 = 16
44 : 2 = 22
56 : 2 = 28
68 : 2 = 34
Divisibilidade por 3: se a soma dos algarismos de um número é divisível por 3, então 3 é divisor do número.
Exemplos:
Divisibilidade por 5: os números que apresentam 0 ou 5 no algarismo das unidades possuem o 5 como divisor.
Exemplos:
100 : 5 = 20
135 : 5 = 27
205 : 5 = 41
Divisibilidade por 9: se a soma dos algarismos de um número é divisível por 9, então 9 é divisor do número.
Exemplos:
Potenciação e radiciação
A potenciação expressa um número na forma de potência. Quando um mesmo número é multiplicado diversas
vezes, podemos fazer a substituição por uma base (número que se repete) elevada a um expoente (número de
repetições).
Por outro lado, a radiciação é a operação oposta da potenciação. Ao elevar um número ao expoente e extrairmos a
sua raiz, voltamos ao número inicial.
Potenciação
Potenciação é a operação matemática utilizada para escrever de forma resumida números muito grandes, onde é
feita a multiplicação de n fatores iguais que se repetem.
Representação:
Para essa situação, temos: dois (2) é a base, três (3) é o expoente e o resultado da operação, oito (8), é a potência.
Quando uma fração é elevada a um expoente, seus dois termos, numerador e denominador, são multiplicados pela
potência.
Lembre-se!
Todo número natural elevado à primeira potência tem como resultado ele mesmo, por exemplo, .
Todo número natural não nulo quando elevado a zero tem como resultado 1, por exemplo, .
Todo número negativo elevado a um expoente par tem resultado positivo, por exemplo, .
Todo número negativo elevado a um expoente ímpar tem resultado negativo, por exemplo, .
Propriedades da potenciação
Exemplo:
3. Potência de potência
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
Radiciação
A radiciação calcula o número que elevado à determinado expoente produz o resultado inverso da potenciação.
Representação:
Para essa situação, temos: três (3) é o índice, oito (8) é o radicando e o resultado da operação, dois (2), é a raiz.
, pois
A radiciação também pode ser aplicada às frações, de modo que o numerador e o denominador tenham suas raízes
extraídas.
Notação Científica
Notação científica é uma forma de escrever números de maneira simplificada. Pode ser utilizado para abreviar tanto
números muito grandes, como números muito pequenos.
O segredo para resolver uma notação científica é traduzir o número para uma potência de base 10 (10x).
1. Escreva o número na forma decimal. Só um algarismo diferente de 0 deve ficar antes da vírgula, ou seja,
deve ser um número real entre 1 e 10 (exemplo: 1,5).
3. Coloque esse número de casas como expoente do 10. É preciso ter atenção quando se anda com a vírgula:
se o número diminuir, o expoente será positivo (exemplo: 102). Se o número aumentar, o expoente será
negativo (exemplo: 10-3).
1. Levar a vírgula entre os números 1 e 8, para ficar com um número entre 1 e 10.
2. Contar quantas casas decimais a vírgula foi mexida para chegar nessa posição. Nesse exemplo foram 7 casas.
Esse é resultado do número 18000 escrito como notação científica: 18000000 = 1,8 . 107.
1900 = 1,9.103
33000 = 3,3.104
28900000 = 2,89.107
0,0000000022 = 2,2.10 - 9
A notação científica pode ser usada para facilitar cálculos que envolvam números muito grandes ou muito pequenos.
Pode ser aplicada em várias áreas, mas é mais comum nas ciências, como matemática, física e química.
As operações matemáticas (soma, subtração, multiplicação e divisão) também usam a notação científica. Veja a
demonstração de alguns exercícios:
Adição
Para resolver uma notação científica em operações de soma é preciso somar os coeficientes. Os expoentes também
devem ser somados e o resultado é o expoente de 10. Veja como fazer:
Subtração
Para resolver uma notação científica em uma subtração, o processo é parecido com o da soma. Nesse caso, os
coeficientes devem ser subtraídos. Os expoentes também precisam ser subtraídos e o resultado é o expoente do 10.
Observe o exemplo:
Multiplicação
Na multiplicação que contém notações científicas, os coeficientes devem ser multiplicados. Já os expoentes devem
ser somados e o resultado deve ser colocado como expoente do número 10. Veja:
Divisão
Nas divisões com notação científica, os coeficientes devem ser divididos. Os expoentes devem ser subtraídos e o
resultado é o expoente do número 10. Observe:
Os sistemas de equações nada mais são do que estratégias que nos permitem resolver problemas e
situações que envolvem mais de uma variável e pelo menos duas equações. Se as equações
presentes no sistema envolverem apenas a adição e a subtração das incógnitas, dizemos que se
trata de um sistema de equações do 1° grau. Podemos resolver esse sistema de duas formas, através
da representação gráfica ou algebricamente. Na forma algébrica, dispomos de duas alternativas, o
método da adição ou da substituição.
No caso de uma multiplicação entre as incógnitas ou, simplesmente, de uma delas aparecer como
uma potência de expoente 2, dizemos que o sistema envolve também equações de 2° grau. Para
resolver um sistema desse tipo, as estratégias são as mesmas citadas anteriormente, mas podem
haver mais soluções nesse caso.
Vejamos alguns exemplos de resolução de sistemas de equações do 1° e do 2° grau:
1° Exemplo:
Observe que, nesse exemplo, a equação x·y = 15 fornece um produto entre as incógnitas x e y,
portanto, essa é uma equação do 2° grau. Para resolvê-la, vamos utilizar o método da substituição.
Na segunda equação, isolaremos x:
2x – 4y = – 14
2x = 4y – 14
x = 4y – 14
2
x = 2y – 7
Agora substituiremos x = 2y – 7 na primeira equação:
x·y = 15
(2y – 7)·y = 15
2y² – 7y – 15 = 0
Para encontrar os possíveis valores de y, utilizaremos a fórmula de Bhaskara:
Δ = b² – 4.a.c
Δ = (– 7)² – 4.2.(– 15)
Δ = 49 + 120
Δ = 169
y = – b ± √Δ
2.a
y = – (– 7) ± √169
2.2
y = 7 ± 13
4
y2 = 7 – 13
y1 = 7 + 13
4
4
y2 = – 6
y1 = 20
4
4
y2 = – 3
y1 = 5
2
Agora podemos substituir os valores encontrados para y em x·y = 15 com o objetivo de determinar
os valores de x:
x2 · y2 = 15
x1 · y1 = 15
x2 · (– 3) = 15
x1 · 5 = 15
2
x1 = 15
x2 = 15 . (– 2)
5
3
x1 = 3
x2 = – 10
Podemos afirmar que a equação possui duas soluções do tipo (x, y), são elas: (3, 5) e (– 10, – 3/2).
2° Exemplo:
Para resolver esse sistema, utilizaremos o método da adição. Para tanto, vamos multiplicar a
primeira equação por – 2. Nosso sistema ficará da seguinte forma:
3° Exemplo:
Na resolução desse sistema de equações, utilizaremos o método da substituição. Na segunda
equação, vamos isolar x:
2x – 3y = 2
2x = 3y + 2
x = 3y + 2
2
x = 3y + 1
2
Substituiremos x na primeira equação:
x² + 2y² = 1
(3y/2 + 1)² + 2y² = 1
9y² + 3y + 1 + 2y² = 1
4
Multiplicaremos toda a equação por 4:
9y² + 12 y + 4 + 8y² = 4
17y² + 12 y = 0
Para encontrar os possíveis valores de y, vamos utilizar a fórmula de Bhaskara:
Δ = b² – 4.a.c
Δ = 12² – 4.17. 0
Δ = 144
y = – b ± √Δ
2.a
y = – 12 ± √144
2.17
y = – 12 ± 12
34
y2 = – 12 – 12
Y1 = – 12 + 12
34
34
y2 = – 24
y1 = 0
34
34
y2 = – 12
y1 = 0
17
Substituindo os valores encontrados para y em 2x – 3y = 2, podemos determinar os valores de x:
2x – 3y2 = 2
2x – 3·(– 12/17)= 2
2x – 3y1 = 2 2x + 36 = 2
2x – 3·0 = 2 17
2x – 0 = 2 2x = 2 – 36
x = 2 17
2 2x = – 2
x1 = 1 17
x2 = – 1
17
Podemos afirmar que a equação possui duas soluções do tipo (x, y), são elas: (1, 0) e (– 1/17, – 12/17).
Regra de três simples
MATEMÁTICA
A regra de três é um método que utilizamos para encontrar valores desconhecidos quando estamos
trabalhando com grandezas direta ou inversamente proporcionais. Esse método de resolução tem
bastante aplicação não só na matemática, como na física, química e em situações constantes do dia
a dia.
Grandezas direta e inversamente proporcionais
A comparação entre duas grandezas é bastante comum e necessária no cotidiano, e quando
comparamos e verificamos sua proporção, podemos separá-las em dois casos importantes:
grandezas diretamente proporcionais ou grandezas inversamente proporcionais.
Diretamente proporcionais: à medida que uma dessas grandezas aumenta, a outra também
aumenta e na mesma proporção. Existem várias situações no nosso cotidiano que envolvem
grandezas diretamente proporcionais, um exemplo seria a relação preço e peso na compra de uma
determinada verdura, quanto menor a quantidade, menor o preço, e quanto maior a quantidade,
maior o preço.
Inversamente proporcionais: à medida que uma dessas grandezas aumenta, a outra grandeza
diminui na mesma proporção. Um exemplo dessa situação no cotidiano é a relação entre velocidade
e tempo. Quanto maior a velocidade para percorrer-se determinado percurso, menor será o tempo.
Exemplo:
Para revitalização de um parque, a comunidade organizou-se em um projeto conhecido como
Revitalizar. Para que o projeto fosse eficiente, foram arrecadadas várias mudas frutíferas. Um
planejamento para o plantio foi feito, e nele 3 pessoas trabalhavam no plantio e plantavam, por dia,
5 m². Devido à necessidade de um plantio mais eficiente, mais 4 pessoas, todas com o mesmo
desempenho, comprometeram-se a participar da causa, sendo assim, qual será a quantidade de m²
reflorestada por dia?
Inicialmente havia 5 m² de plantio por dia, porém não sabemos a quantidade de m² que será
cultivada pelas 7 pessoas, então representamos esse valor por x.
Agora é fundamental a comparação entre as duas grandezas. À medida que eu aumento o número de
pessoas, a quantidade de m² reflorestada por dia aumenta na mesma proporção, logo, essas
grandezas são diretamente proporcionais.
Exemplo:
Para a confecção das provas de um concurso, uma gráfica dispunha de 15 impressoras, que
demorariam 18 horas para imprimir todas as provas. No preparo para o início do trabalho, foi
diagnosticado que só havia 10 impressoras funcionando. Qual é o tempo, em horas, que será gasto
para a confecção de todas as provas do concurso?
Dica: Em resumo, quando as grandezas são inversamente proporcionais, sempre invertemos uma
das frações e multiplicamos cruzado — detalhe esquecido durante muitas resoluções de problemas e
que faz muitos estudantes errarem ao esquecerem-se de analisar qual tipo de proporcionalidade
(direta ou inversa) o problema está trabalhando.
Porcentagem
Forma percentual
Exemplos:
5%
0,1%
150%
Forma fracionária
Para realização de cálculos, uma das formas possíveis de representação de uma porcentagem é
a forma fracionária, que pode ser uma fração irredutível ou uma simples fração sobre o número
100.
Exemplo:
Forma decimal
Exemplo:
Macete
Lembrando que a nossa base é decimal, então, ao dividir por 100, basta andar com a vírgula duas casas para a esquerda.
Exemplos:
5% = 0,05
152% = 1,52
Alguns exercícios pedem para fazermos o contrário, ou seja, transformar um número decimal em porcentagem. Para isso,
basta andarmos com a vírgula duas casas para a direita (aumentando o número) e acrescentar o símbolo %.
0,23 = 23%
0,111 = 11,1%
0,8 = 80%
1,74 = 174 %
Como calcular uma porcentagem? Os problemas que envolvem porcentagem são bastante
recorrentes, portanto saber calculá-la é essencial. A estratégia de resolução depende do tipo de
problema com o qual se está lidando. Veja algumas possibilidades:
Exemplo 1: Um plano de uma empresa de telefonia custava R$50,00, porém houve um aumento
de 4%. Qual é o valor do aumento em reais? Qual é o novo valor da fatura?
Vamos encontrar o valor de referência, ou seja, o valor que corresponde a 100%. No caso, o valor
de referência é R$ 50,00, que sofreu o aumento de 4%.
Exemplo 2: Suponha que um produto custava R$ 400,00 e teve um desconto de R$ 25,00. Qual
foi o valor percentual de desconto?
Resolução: Temos como valor referente aos 100% os R$ 400,00. Logo, para calcular o desconto
em porcentagem, basta calcular a razão do valor de desconto sobre o valor de referência.
Forma fracionária:
Ou
Juros simples
O juros simples é calculado com base em um valor fixado chamado de capital inicial. Trata-se
de uma porcentagem do capital inicial aplicada durante determinado tempo. A principal
característica do juros simples é que o valor não se altera no decorrer dos meses.
J=C·i·t
Para deduzir e justificar essa fórmula, vamos imaginar a seguinte situação-problema. Na
compra de um produto no valor de R$ 100, o comprador solicitou o parcelamento em quatro
vezes, entretanto, ao parcelar o valor do produto, é cobrada uma taxa de 1% ao mês.
1% de 100
0,01 · 100 = 1
– Mês 1:
Será cobrado o juros de 1 real, logo, o saldo devedor nesse primeiro mês será de:
100 + 1
– Mês 2:
Será cobrado novamente o juros de 1 real, assim, o saldo devedor será de:
100 + 1 +1
100 + 1 · 2
– Mês 3:
100 + 1 + 1 +1
100 + 1 · 3
– Mês 4:
100 + 1 + 1 + 1 + 1
100 + 1 · 4
104
De modo geral, após determinado tempo t (anos, meses, dias etc.), o valor a ser pago é
de t vezes o valor da taxa de juros (i) e, claro, com base no capital inicial (C).
Tal afirmação, utilizando uma notação matemática, chega à fórmula apresentada anteriormente:
J=C·i·t
Devemos ficar atentos à seguinte observação, a taxa de juros é sempre dada em
porcentagem, mas, para realizar o cálculo, devemos utilizar a porcentagem em sua
forma fracionária ou decimal.
Outro detalhe ao qual devemos atentar-nos são as unidades de medida do tempo e da taxa, elas
devem estar sempre na mesma unidade, ou seja, se o tempo for dado em meses, a taxa de juros
também deve ser dada em meses.
M=C+J
Para calcularmos o juros simples, basta substituir as informações dadas pelo problema na
fórmula já deduzida. Para isso, vamos conferir algumas situações-problemas.
Exemplo 1
Ao investir R$ 3.000 em uma aplicação bancária sob o regime de juros simples, a uma taxa de
10% ao ano durante seis meses, qual o valor a ser retirado ao fim dessa aplicação?
Agora, devemos observar as unidades de medida da taxa e do tempo. Caso estejam sendo
utilizadas as mesmas unidades, basta substituí-las na fórmula. Caso contrário, temos que achar
uma maneira de deixá-las iguais.
De modo geral, é mais fácil “transformar” a unidade de medida do tempo do que a da taxa, assim,
vamos transformar 6 meses em anos, uma vez que a taxa foi dada em ano. Sabemos que temos
12 meses em um ano, logo, em meio ano, temos 6 meses.
t = 0,5 ano
i = 10%
i = 10 ÷ 100
i = 0,1
J=C·i·t
J = 300 · 0,5
J = 150 reais
O juros, ao final da aplicação, é de 150 reais. Foi pedido o valor a ser retirado da aplicação, ou
seja, o valor aplicado mais o juros (montante).
M=C+J
M = 3000 + 150
M = 3.150 reais
Ângulos
MATEMÁTICA
O ângulo é uma região delimitada por duas semirretas. Para medi-lo, há duas possíveis unidades:
grau ou radiano. De acordo com a sua medida, ele pode ser classificado em agudo, reto, obtuso ou
raso.
Quando temos dois ângulos, podemos estabelecer relações entre eles. Caso eles possuam a mesma
medida, eles são chamados de congruentes. Quando a soma entre eles é igual a 90º ou 180º ou
360º, eles são conhecidos, respectivamente, como
ângulos complementares, suplementares e replementares.
Resolução:
π rad ------------------------- 180º
Agora, para converter de radianos para graus, basta realizarmos a substituição de π por 180º.
Exemplo
- Qual é o valor do ângulo que mede a terça parte de 2π rad em graus?
Ângulo agudo
Note que o ângulo AÔB, representado também por α, é um ângulo maior que 0º e menor que 90º.
Ângulo reto: possui exatamente 90º. Quando isso acontece, podemos dizer também que as
semirretas se cruzam de forma perpendicular.
Ângulo reto
Geralmente o ângulo reto possui a região angular (região em laranja na imagem) representada por
um quadrado.
Ângulo obtuso: quando sua medida é maior que 90º e menor que 180º.
Ângulo obtuso
Ângulo raso: conhecido também como meia-volta ou meia-lua, esse ângulo equivale à metade de
um ângulo inteiro, logo possui exatamente 180º.
Ângulo raso
Ângulo côncavo: menos comum nas situações cotidianas que os demais, é o ângulo que tem
medida maior que 180º e menor que 360º.
Ângulo côncavo
Ângulo inteiro: como o nome sugere, esse ângulo representa a volta completa, possuindo
exatamente 360º.
Ângulo inteiro
Ângulos congruentes
Dois ângulos são chamados de congruentes quando possuem a mesma medida. Esse conceito é
muito confundido com a ideia de igualdade. Para que os ângulos sejam congruentes, eles não
precisam ser necessariamente iguais, mas precisam ter a mesma medida.
Tipos de triângulos
Triângulos são polígonos formados por três lados e três ângulos. Em termos geométricos, os triângulos
são o resultado da junção entre três pontos não colineares (A,B e C).
Os tipos de triângulos variam de acordo com o comprimento dos lados e dos ângulos internos formados
pelos vértices.
Componentes de um triângulo
Vértices: são os encontros entre as retas que formam o triângulo. São representadas pelas letras A, B e
C.
Lados: são as retas que formam o triângulo, ligando um ponto a outro. São representados pelas letras a, b
e c (em vermelho).
Ângulos: são as inclinações internas formadas pela junção dos lados. São representados pelos símbolos
α, β e θ.
Triângulos equiláteros são aqueles que possuem os três lados iguais (mesmo comprimento) e,
consequentemente, três ângulos internos iguais de 60°. Pode ser chamado de equiângulo.
Escaleno
Triângulos escalenos são aqueles que possuem os três lados diferentes e, consequentemente, três
ângulos internos diferentes.
Isósceles
Triângulos isósceles são aqueles que possuem dois lados iguais (mesmo comprimento) e um
diferente.Geralmente o lado diferente é a base do triângulo, caso em que os ângulos da base serão iguais.
Retângulo
Triângulos retângulos são aqueles que possuem um ângulo reto, ou seja, um ângulo de exatamente 90°.
Nos triângulos retângulos, o lado oposto ao ângulo reto se chama hipotenusa e os outros lados se
chamam catetos. Os demais ângulos são agudos e complementares, pois sua soma é igual a 90°.
Acutângulo
Triângulos acutângulos são aqueles que possuem os três ângulos agudos, ou seja, menores que 90°.
Obtusângulo
Triângulos obtusângulos são aqueles que possuem um ângulo obtuso, ou seja, um ângulo maior que 90°.
Área dos Polígonos
Razão e proporção
Os conceitos de razão e proporção estão ligados ao quociente. A razão é o quociente de
dois números, e a proporção é a igualdade entre duas razões.
A razão é o quociente entre dois números, e a proporção é a igualdade entre duas razões
A divisão é uma das quatro operações fundamentais da Matemática. A divisão pode ser
representada da seguinte forma:
→ Algoritmo da divisão:
Exemplo:
a=b.d+c
Exemplo:
9=3.3+0
a:b=d
Exemplo:
9:3=3
→ Fração:
a = d
b
a = Numerador/ Dividendo
b = Denominador/ Divisor
d = Quociente
Exemplo:
9 = 3
3
Observe que a terceira representação da divisão é uma fração, que também pode ser
considerada como o quociente entre dois números. Quando isso acontece, a fração é
uma razão:
Exemplo: Em uma sala de aula com 50 alunos, 30 são meninos e 20 são meninas. Determine as
razões descritas abaixo:
Número de meninas: 20
Total de alunos: 50
A razão entre o número de meninas e a quantidade total de alunos é dada pelo quociente, que é
uma divisão representada como fração:
20 = 0,4
50
30 = 0,6
50
a = c
b d
b.c=a.d
Vamos praticar um pouco o conceito estudado por meio dos exemplos abaixo:
Exemplo: Encontre o valor de x nas proporções. Considere que “o produto dos extremos é igual
ao produto dos meios”.
a) 2 = 5
x 10
5 . x = 2 . 10
5x = 20
x= 20
5
x=4
b) 1,5 = x
3 2
3 . x = 2 . 1, 5
3x = 3
x= 3
3
x=1
A razão entre a altura de um prédio vertical e a medida de sua sombra, em determinada hora do
dia, é de 15 para 5. Se a sombra medir 4 metros, qual é a altura do prédio?
A fração das duas razões devem ser estruturadas com a medida do prédio no numerador e a
medida da sombra no denominador. O que queremos encontrar é a medida do prédio, que
chamaremos de x, quando a sombra mede 4 m.
15 = x
5 4
5x = 60
X= 60
5
x = 12 m
O prédio possui 12 metros de altura.
Teorema de Tales
MATEMÁTICA
Um feixe de retas paralelas determina sobre duas retas transversais segmentos proporcionais.
Na imagem, há vários segmentos de reta: AB, BC, DE, EF, AC, DF. É possível compará-los de duas
formas. Uma delas é comparar os segmentos de uma mesma reta transversal:
Outra maneira de realizar essa comparação, mas que ainda assim gera o mesmo resultado, é montar
a razão entre o segmento de uma reta transversal sob o segmento equivalente.
Independentemente da forma escolhida para montar as proporções, é possível encontrar o valor
desses segmentos a partir da propriedade fundamental da proporção.
Montando a proporção, temos que 10 está para x, assim como 12 está para 7, ou seja:
Teorema de Pitágoras
MATEMÁTICA
Assim, podemos dizer que o quadrado da medida da hipotenusa é igual à soma dos quadrados das
medidas dos catetos.
Volume dos sólidos geométricos diz respeito ao espaço ocupado por esse sólido geométrico.
O volume de um sólido geométrico é uma grandeza que representa o espaço que esse sólido
geométrico ocupa.
Quadrantes
Por ser formado por duas retas numéricas, existem algumas particularidades do plano cartesiano.
Pontos mais à direita possuem coordenada x maior que pontos mais à esquerda. Pontos mais para
cima possuem coordenada y maior que números mais para baixo.
Além disso, a região onde x e y são positivos simultaneamente é chamada de primeiro quadrante.
A região onde y é positivo e x é negativo é conhecida como segundo quadrante. Já a região onde x
e y são negativos simultaneamente é chamada de terceiro quadrante. Por fim, quando x é positivo e
y é negativo, os pontos estão localizados no quarto quadrante.
Esses quadrantes são numerados em sentido anti-horário, partindo do primeiro quadrante, que fica à
direta do eixo y e acima do eixo x, como mostra a figura a seguir: