LEI 1508 DE 08.12.2003 Codigo Tributario Municipal
LEI 1508 DE 08.12.2003 Codigo Tributario Municipal
LEI 1508 DE 08.12.2003 Codigo Tributario Municipal
LISTA DE TABELAS
FAZ SABER que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte lei
complementar:
LIVRO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º. Sem prejuízo das normas legais supletivas e das disposições regulamentares, com
fundamento na Constituição Federal e na Lei Orgânica do Município, esta lei institui o Sistema
Tributário do Município, regulando toda a matéria tributária de competência municipal.
TÍTULO II
DAS IMUNIDADES
CAPÍTULO ÚNICO
DAS IMUNIDADES
§ 1º. O disposto no inciso I deste artigo não se estende ao patrimônio e aos serviços
relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo
usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar impostos que incidir sobre o
imóvel objeto de promessa de compra e venda.
§ 2º. O disposto neste artigo não exclui a atribuição, por lei, às entidades nele referidas, da
condição de responsáveis pelos tributos que lhes caibam na forma e não dispensam da prática de
atos previstos na lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros.
§ 3º. A imunidade não abrange as taxas e contribuições e não dispensa o cumprimento das
obrigações acessórias.
Art. 5º. O disposto no inciso III do artigo 4º, subordina-se à observância dos seguintes
requisitos pelas entidades nele referidas:
I - não distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de lucro ou
participação no seu resultado;
II - manter escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades
capazes de assegurar sua exatidão;
III - aplicar integralmente no país os seus recursos na manutenção dos seus objetivos
institucionais.
§ 1º. Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, a autoridade competente poderá
suspender a aplicação do benefício.
§ 2º. Os serviços a que se refere o artigo 4º são, exclusivamente, os diretamente relacionados
com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previstos nos respectivos
estatutos ou atos constitutivos.
TÍTULO III
DOS IMPOSTOS
CAPÍTULO I
DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA
SEÇÃO I
DO FATO GERADOR E DO CONTRIBUINTE
Art. 6º. O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana tem como fato gerador a
propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como
definidos na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
Art. 7º. Para os efeitos deste Imposto, consideram-se zonas urbanas, além das definidas em
lei municipal específica, as áreas urbanizáveis e/ou de expansão urbana, mesmo que localizados em
área rural, desde que destinadas à habitação, inclusive à residencial de recreio, à indústria ou ao
comércio, observado o requisito mínimo de existência de melhoramentos indicados em, pelo menos,
dois dos incisos seguintes, executados ou mantidos pelo Poder Público:
Art. 8º. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou seu
possuidor a qualquer título.
Parágrafo único. O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana constitui ônus
real e acompanha o imóvel em todos os casos de transmissão de propriedade ou de direitos reais a
ele relativos, por ato “intervivos”, doação ou “causa mortis”.
Art. 10. O imposto não é devido pelos proprietários, titulares do domínio útil ou possuidores, a
qualquer título, de imóvel construído que, mesmo localizado na zona urbana, seja utilizado,
comprovadamente, em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agro-industrial.
Art. 11. Para os efeitos do Imposto Territorial Urbano, considera-se terreno o solo, sem
edificação ou que contenha:
SEÇÃO II
DA BASE DE CÁLCULO E DAS ALÍQUOTAS
Art. 12. A base de cálculo do Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana é o
valor venal do imóvel ao qual aplicar-se-ão as seguintes alíquotas:
I – Predial:
a) 0,5% (cinco décimos por cento) para os imóveis residenciais;
b) 2,0% (dois por cento) para os imóveis não residenciais.
Art. 13. Tratando-se de loteamentos aprovados pela Prefeitura Municipal de Rio Branco, o
imposto incidirá sobre cada lote, individualmente, somente a partir do exercício seguinte daquele de
sua implantação, respeitando o prazo máximo concedido para tal fim.
Art. 14. O valor venal do imóvel construído será apurado pela soma do valor do terreno com o
valor de edificação, calculados:
SEÇÃO III
DO LANÇAMENTO
Art. 15. O lançamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbano, sempre
que possível, será feito em conjunto com os demais tributos que recaem sobre o imóvel, tomando-se
por base a situação existente ao encerrar-se o exercício anterior.
Art. 16. O lançamento do imposto será expresso em Unidades Fiscais do Município de Rio
Branco – UFMRB, sendo feito em nome de quem estiver inscrito o imóvel no Cadastro Fiscal
Imobiliário.
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Parágrafo único. Tratando-se de obras novas, o imposto será devido a partir do exercício
seguinte àquele de sua conclusão.
Art. 18. Enquanto não extinto o direito da Fazenda Municipal, o lançamento poderá ser
revisto, de ofício.
Art. 19. O imposto será lançado independentemente da regularidade jurídica dos títulos de
propriedade, domínio útil ou posse do imóvel, ou da satisfação de quaisquer exigências
administrativas para a utilização do imóvel.
Art. 20. O lançamento considera-se regularmente notificado ao sujeito passivo com a entrega
do carnê de pagamento, no local do imóvel ou no local por ele indicado, ao contribuinte ou
responsável ou ainda a seus prepostos ou empregados.
§ 1º. Na hipótese da notificação ser feita pelo correio deverá ser precedida de divulgação, a
cargo do Executivo, das datas de entrega nas agências postais dos carnês de pagamento e das suas
correspondentes datas de vencimento.
§ 2º. Para todos os efeitos de direito, no caso do parágrafo anterior e respeitadas as suas
disposições, presume-se feita a notificação do lançamento, e regularmente constituído o crédito
tributário correspondente, 30 (trinta) dias após a entrega dos carnês de pagamento nas agências
postais.
§ 3º. A presunção referida no parágrafo anterior é relativa e poderá ser ilidida pela
comunicação do não recebimento do carnê de pagamento protocolada pelo sujeito passivo junto à
Administração Municipal, no prazo de 30 (trinta) dias.
§ 4º. A notificação do lançamento far-se-á por edital, publicado na imprensa oficial, na
impossibilidade de sua realização na forma prevista neste artigo, ou no caso de recusa de seu
recebimento, sendo de inteira responsabilidade do contribuinte a retirada de seu carnê junto ao órgão
competente da Prefeitura Municipal, em tempo hábil para providenciar o pagamento.
SEÇÃO IV
DAS FORMAS DE PAGAMENTO
Art. 21. O pagamento do imposto poderá ser efetivado em cota única ou em parcelas,
mensais e sucessivas, da seguinte forma:
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I – em cota única quando será concedido um desconto de 20% (vinte por cento) sobre o valor
originário da obrigação tributária desde que sobre o imóvel não subsistam dívidas de exercícios
anteriores;
II – em cota única quando será concedido um desconto de 10% (dez por cento) sobre o valor
originário da obrigação tributária quando sobre o imóvel subsistam dívidas de exercícios anteriores;
III – em até 10 (dez) parcelas a critério da administração pública municipal, respeitado o valor
mínimo de cada parcela de 50% (cinqüenta por cento) da UFMRB.
Parágrafo único. Considera-se cota única, o pagamento efetuado até a data fixada para o
vencimento da primeira parcela.
Art. 22. O pagamento do imposto não implica o reconhecimento, pela Prefeitura, para
quaisquer fins, da legitimidade da propriedade, do domínio útil ou da posse do imóvel.
SEÇÃO V
DAS ISENÇÕES
Art. 23. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que
especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e,
sendo caso, o prazo de sua duração.
Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade
tributante, em função de condições a ela peculiares.
I - às taxas e contribuições;
II – aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
I - cedidos gratuitamente em sua totalidade para uso exclusivo do objetivo social das
entidades imunes pela Constituição Federal, quando em regime de comodato devidamente
comprovado, dentro da vigência do mesmo, e mediante verificação “in loco” pelo Órgão Municipal
competente;
II - pertencentes a agremiações desportiva licenciada, quando utilizado efetiva e
habitualmente no exercício de suas atividades sociais;
III - pertencentes a sociedade ou instituição sem fins lucrativos que se destine a congregar
classes patronais, trabalhadoras ou estudantis, com a finalidade de realizar sua união, representação,
defesa, elevação de seu nível cultural, físico ou recreativo;
IV - cujo valor do imposto acrescido das taxas de serviços não ultrapasse a 50% (cinqüenta
por cento) da Unidade Fiscal do Município de Rio Branco - UFMRB, apurado na data do lançamento;
V - pertencente a viúva ou viúvo, órfão menor ou pessoa inválida para o trabalho em caráter
permanente, reconhecidamente pobre, quando nele resida e desde que não possua outro imóvel no
Município;
VI - pertencente ao contribuinte reconhecidamente pobre e que preencha as seguintes
condições:
a) resida no imóvel;
b) não possua outro imóvel no município;
c) a área do terreno não seja superior a 300 m²;
d) a área da construção não ultrapasse 60 m².
§ 1º. Será considerado reconhecidamente pobre o contribuinte cuja renda per capita dos
residentes do imóvel não ultrapasse a 1/3 (um terço) do salário mínimo vigente.
§ 2º. Excepcionalmente, nas hipóteses de tratamento de saúde de um dos residentes do
imóvel, será desconsiderado o valor fixado no § 1º deste artigo para o efeito de reconhecimento de
pobreza. Neste caso, um agente da administração visitará a residência e informará em relatório as
circunstâncias especiais a justificar o estado de pobreza.
Art. 26. As isenções de que tratam os incisos I, II, III, V e VI do artigo 25, dependem de
requerimento por parte do interessado, que deve ser apresentado até o último dia útil do mês de
junho do exercício da incidência do imposto, sob pena de perda do benefício fiscal no exercício.
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§ 1º. Na hipótese do § 2º do art. 25, desta lei, será permitida a remissão do imposto e da taxa
de remoção e coleta de resíduos sólidos relativos ao imóvel, de exercícios anteriores ao do pedido, se
o interessado comprovar que no período referente ao pedido de remissão, encontrava-se
impossibilitado de pagá-los.
§ 2º. A documentação apresentada com o primeiro pedido de isenção poderá servir para os
próximos 04 (quatro) exercícios, devendo o requerimento de renovação da isenção referir-se àquela
documentação.
Art. 27. As isenções de que tratam os incisos V e VI do artigo 25 são extensivas à taxa de
coleta e remoção de resíduos sólidos relativa ao imóvel.
SEÇÃO VI
DAS PENALIDADES
Art. 28. Constituem infrações às normas atinentes ao Imposto Sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbana, com as correspondentes penalidades:
Art. 29. A falta de pagamento do imposto nos vencimentos fixados nos avisos de lançamento
sujeitará o contribuinte:
I - à multa de 2% (dois por cento) sobre o valor do débito atualizado monetariamente, se o
pagamento ocorrer até o último dia útil do exercício do lançamento do imposto;
II - à multa de 10% (dez por cento) sobre o valor do débito atualizado monetariamente, se o
pagamento ocorrer em exercício posterior ao do lançamento do imposto;
III - cobrança de juros moratórios à razão de 1% (um por cento) ao mês, incidente sobre o
valor do débito atualizado monetariamente;
IV – à atualização monetária do débito calculada com base no valor da UFMRB vigente à data
da quitação do tributo;
V - inscrita ou ajuizada a dívida, serão devidos, também, custas e honorários de advogado,
na forma da legislação.
CAPÍTULO II
DO IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO “INTER VIVOS”, A QUALQUER TÍTULO, POR ATO
ONEROSO, E DE DIREITOS REAIS SOBRE IMÓVEIS
SEÇÃO I
DO FATO GERADOR
Art. 30. O Imposto Sobre Transmissão de Propriedade "Inter Vivos", a qualquer título, por ato
oneroso, de bens imóveis e de direitos reais sobre estes tem como fato gerador:
I - a transmissão de bem imóvel por natureza ou por acessão física;
II - a transmissão de direitos reais sobre bens imóveis, exceto os de garantia;
III - a cessão de direitos relativos à aquisição de bens imóveis.
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Art. 31. O fato gerador desse imposto ocorrerá no território do Município da situação do bem.
SEÇÃO II
DA INCIDÊNCIA E DA NÃO INCIDÊNCIA
I - a compra e venda;
II - a dação em pagamento;
III - a permuta;
IV - mandato em causa própria, ou com poderes equivalentes, para a transmissão de bem
imóvel e respectivo substabelecimento, ressalvado o caso do mandatário receber a escritura definitiva
do imóvel;
V - a adjudicação;
VI - o valor dos imóveis que, na divisão de patrimônio comum ou na partilha, forem atribuídos
a um dos cônjuges separados ou divorciados, ao cônjuge supérstite ou a qualquer herdeiro, acima da
respectiva meação ou quinhão;
VII - as divisões para a extinção de condomínio de bem imóvel, quando for recebida por
qualquer condômino quota-parte material cujo valor seja maior do que o de sua quota-parte ideal;
VIII - o uso, o usufruto e a enfiteuse;
IX - a cessão de direitos do arrematante ou adjudicatário, depois de assinado o auto de
arrematação ou adjudicação;
X - a cessão de direitos decorrentes de compromisso de compra e venda e de promessa de
cessão;
XI - a cessão de direitos de concessão real de uso e de uso especial;
XII - a cessão de direitos à sucessão;
XIII - a cessão de benfeitorias e construções em terreno compromissado à venda ou alheio;
XIV - a acessão física quando houver pagamento de indenização;
XV - a cessão de direitos possessórios;
XVI - a promessa de transmissão de propriedades, através de compromisso devidamente
quitado;
XVII - todos os demais atos onerosos, translativos de bens imóveis, por natureza ou acessão
física, e constitutivos de direitos reais sobre bens imóveis e demais cessões de direitos a eles
relativos.
Art. 33. Será devido novo imposto quando as partes resolverem a retratação do contrato que
já houver sido celebrado e quitado.
Art. 34. O imposto não incide sobre a transmissão de bens imóveis ou direitos a eles relativos
quando:
I - os adquirentes forem, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas
autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público para atendimento de suas
finalidades essenciais;
II - o adquirente for entidade religiosa para atendimento de suas finalidades essenciais;
III - os adquirentes forem partido político, inclusive suas fundações, entidades sindicais de
trabalhadores, instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos que preencham os
requisitos da lei;
IV - efetuada para incorporação ao patrimônio de pessoas jurídicas em realização de capital;
V - decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica;
VI - o bem imóvel voltar ao domínio do antigo proprietário por força de retrovenda,
retrocessão, pacto de melhor comprador ou condição resolutiva, mas não será restituído o imposto
que tiver sido pago pela transmissão originária;
VII – os casos regulados em leis especiais.
§ 1º. O imposto não incide sobre a transmissão aos mesmos alienantes dos bens e direitos
adquiridos na forma do inciso IV, deste artigo, em decorrência da sua incorporação do patrimônio da
pessoa jurídica a que foram conferidos.
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§ 2º. O disposto nos incisos IV e V deste artigo não se aplica quando a pessoa jurídica
adquirente tenha como atividade preponderante a compra e venda de bens imóveis ou direitos,
locação ou arrendamento de bens imóveis.
§ 3º. Considera-se caracterizada a atividade preponderante, referida no parágrafo anterior,
quando do objeto social da pessoa jurídica constar a atividade de construção civil, incorporação de
imóveis, compra e venda de bens imóveis ou de direitos, locação ou arrendamento de bens imóveis.
§ 4º. Se a pessoa jurídica que usufruir dos benefícios deste artigo nos seus incisos IV e V, e
nos 12 (doze) meses subseqüentes à aquisição do imóvel, alterar os seus objetivos sociais para o
previsto no parágrafo 3º deste artigo, ficará sujeito ao recolhimento do imposto nos termos da lei
vigente à data da aquisição.
§ 5º. Verificada a ocorrência a que se referem os parágrafos 3º e 4º, tornar-se-á devido o
imposto nos termos da lei vigente à data da aquisição e sobre o valor atualizado do bem imóvel ou
dos direitos sobre ele.
§ 6º. Não se considera preponderante a atividade para os efeitos do § 2º deste artigo, quando
a transmissão de bens ou direitos for realizada em conjunto com o da totalidade do patrimônio da
pessoa jurídica alienante.
§ 7º. Estarão isentas do imposto as instituições de educação e assistência social que
observarem requisitos:
I - não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas a título de lucro ou
participação no resultado;
II - aplicarem integralmente no município os seus recursos na manutenção e no
desenvolvimento de seus objetivos sociais;
III - manterem escrituração de suas respectivas receitas e despesas em livros revestidos de
formalidades capazes de assegurar perfeita exatidão.
SEÇÃO III
DO SUJEITO PASSIVO
Art. 35. O Imposto de Transmissão de Propriedade "Inter-Vivos" é devido e, como tal, será
pago integralmente:
I - pelo adquirente do bem, direito ou ação;
II - pelas pessoas jurídicas cujo patrimônio sejam ou estejam incorporados aos imóveis.
SEÇÃO IV
DA BASE DE CÁLCULO E DAS ALÍQUOTAS
Art. 37. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.
§ 1º. Não serão abatidas do valor venal quaisquer dívidas que onerem o imóvel transmitido.
§ 2º. Na cessão de direito à aquisição, será deduzida da base de cálculo o valor ainda não
pago pelo cedente.
Art. 38. Para efeito de recolhimento do imposto, deverá ser utilizado o valor constante do
instrumento de transmissão ou cessão.
§ 1º. Prevalecerá o valor venal do imóvel apurado no exercício, com base na Planta Genérica
de Valores do Município, ou preço de mercado, quando o valor referido no "caput" for inferior.
§ 2º. A Planta Genérica de Valores deverá ser atualizada periodicamente.
§ 3º. Em caso de imóvel rural, os valores referidos no "caput" não poderão ser inferiores ao
valor fundiário devidamente atualizado aplicando-se os índices de correção fixados pelo Governo
Federal, à data do recolhimento do imposto.
§ 4º. Na adjudicação de bens imóveis, a base de cálculo será o valor estabelecido pela
avaliação ou o preço pago, se este for maior.
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§ 5º. Nos casos de divisão do patrimônio comum, partilha ou extinção de domínio, a base de
cálculo será o valor da fração ideal superior à meação ou à parte ideal.
§ 6º. No usufruto, enfiteuse, subenfiteuse e na cessão direitos e acessão física, à base de
cálculo será o valor do negócio jurídico.
§ 7º. Nas permutas o imposto será cobrado dos adquirentes permutantes, tomando-se por
base um dos valores permutados, quando iguais, ou o valor maior, quando diferentes.
§ 8º. O valor mínimo fixado para as transmissões referidas no § 6º é o seguinte:
I - no usufruto e na cessão do exercício de seus direitos, a base de cálculo será o valor do
negócio jurídico ou 70% (setenta por cento) do valor venal do imóvel, se maior;
II - na enfiteuse e subenfiteuse, a base de cálculo será o valor do negócio jurídico ou 80%
(oitenta por cento) do valor venal do imóvel, se maior;
III - no caso de acessão física, será o valor da indenização;
IV - na concessão de direito real de uso e na concessão especial de uso, a base de cálculo
será o valor do negócio jurídico ou 40% (quarenta por cento) do valor venal do imóvel, se maior.
SEÇÃO V
DO PAGAMENTO
Art. 40. O imposto será pago antes da data do ato da transferência ou expedição do
instrumento de transmissão dos bens imóveis e direitos a eles relativos.
§ 1º. Recolhido o imposto, os atos ou contratos correspondentes deverão ser efetivados no
prazo de 90 (noventa) dias, sob pena de caducidade do documento de arrecadação.
§ 2º. Mesmo nos casos de isenção serão expedidas guias com todas as especificações e
com a citação do dispositivo legal que ampare a isenção.
Art. 41. Na adjudicação, o imposto será pago dentro de 30 (trinta) dias da efetivação do ato
respectivo.
Art. 42. Nas transmissões decorrentes de termo e de sentença judicial, o imposto será
recolhido 30 (trinta) dias após a data da assinatura do termo ou do trânsito em julgado da sentença.
Art. 44. O imposto será restituído quando indevidamente recolhido ou quando não se efetivar
o ato ou contrato por força do qual foi pago.
SEÇÃO VI
DA RESPONSABILIDADE
Art. 45. Não serão lavrados, registrados, inscritos ou averbados pelos Notários, Oficiais de
Registro de Imóveis ou seus prepostos, os atos e termos relacionados com a transmissão de bens
imóveis ou de direitos a eles relativos, sem a prova do pagamento do imposto ou do reconhecimento
administrativo da não incidência, da imunidade ou da concessão de isenção.
Art. 49. Havendo a inobservância do constante dos artigos 46, 47 e 48, será aplicada a
penalidade de 05 (cinco) UFMRB por infração, elevada ao dobro na reincidência.
SEÇÃO VII
DAS PENALIDADES
Art. 50. A falta de pagamento do Imposto nos prazos fixados sujeitará o contribuinte e/ou
responsável:
I - à multa de 2% (dois por cento) sobre o valor do débito atualizado monetariamente, se o
pagamento ocorrer até o último dia útil do exercício do lançamento do imposto;
II - à multa de 10% (dez por cento) sobre o valor do débito atualizado monetariamente, se o
pagamento ocorrer em exercício posterior ao do lançamento do imposto;
III - cobrança de juros moratórios à razão de 1% (um por cento) ao mês, incidente sobre o
valor do débito atualizado monetariamente;
IV – à atualização monetária do débito calculada com base no valor da UFMRB vigente a data
da quitação do tributo;
V - inscrita ou ajuizada a dívida, serão devidos, também, custas e honorários de advogado,
na forma da legislação.
Art. 51. A omissão ou inexatidão fraudulenta de declaração relativa a elementos que possam
influir no cálculo do imposto sujeitará o contribuinte à multa de 100% (cem por cento) sobre o valor do
imposto devido, corrigido mediante a aplicação dos coeficientes fixados pela Unidade Fiscal do
Município de Rio Branco - UFMRB.
§ 1º. Igual multa será aplicada a qualquer pessoa que intervenha no negócio jurídico ou que,
por qualquer forma, contribua para a inexatidão ou omissão praticada.
§ 2º. A multa prevista neste artigo será de 25% (vinte e cinco por cento) quando o
conhecimento do fato pelo Município, se der por comunicação do próprio infrator.
SEÇÃO VIII
DO ARBITRAMENTO
Art. 53. A Planta Genérica de Valores a que se referem os parágrafos 1º e 2º do artigo 38,
deverá ser remetida aos Cartórios de Registro Imobiliários da Comarca, para os devidos fins.
Art. 54. Em caso de dúvida os serventuários da Justiça dirigirão suas consultas à repartição
da cobrança do imposto e procederão na conformidade do que for decidido.
CAPÍTULO III
DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA
SEÇÃO I
DO FATO GERADOR E DO CONTRIBUINTE
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§ 1º. O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja
prestação se tenha iniciado no exterior do País.
o
§ 2 Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados não
ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, ainda que sua
prestação envolva fornecimento de mercadorias.
o
§ 3 O imposto de que trata esta Lei Complementar incide ainda sobre os serviços prestados
mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente mediante autorização,
permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço.
o
§ 4 As informações individualizadas sobre serviços prestados a terceiros, necessárias à
comprovação dos fatos geradores citados no item 15, serão prestadas pelas instituições financeiras
na forma prescrita pelo Código Tributário Nacional.
SEÇÃO II
DO SUJEITO PASSIVO
Art. 61 O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, será retido na fonte pelos
tomadores dos serviços prestados por profissional autônomo ou empresa, inscritos ou não no
Cadastro Mobiliário de Contribuintes, sendo responsáveis pelo recolhimento do imposto.
Parágrafo único – Ficam excluídos da retenção, a que se refere o caput deste artigo, os
serviços prestados por profissional autônomo que comprovar a inscrição no Cadastro Mobiliário de
Contribuintes de qualquer município, cujo regime de recolhimento do ISSQN seja anual.
Art. 62. Cada estabelecimento do mesmo sujeito passivo é considerado autônomo para o
efeito exclusivo de manutenção de livros e documentos fiscais e para recolhimento do imposto
relativo aos serviços nele prestados, respondendo a empresa pelos débitos, acréscimos e multas
referentes a quaisquer deles.
Art. 63. O tomador do serviço é responsável pelo Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza, e deve reter e recolher o seu montante, quando o prestador:
I - obrigado à emissão de nota fiscal, fatura ou outro documento exigido pela Administração,
não o fizer;
II - desobrigado da emissão de nota fiscal, nota fiscal-fatura ou outro documento exigido pela
Administração, não fornecer:
a) recibo de que conste, no mínimo, o nome do contribuinte, o número de sua inscrição no
Cadastro de Contribuintes Mobiliários, seu endereço, a atividade sujeita ao tributo e o valor do
serviço;
b) comprovante de que tenha sido recolhido o imposto correspondente ao exercício anterior,
salvo se inscrito posteriormente;
c) cópia da ficha de inscrição.
§ 1º- Para a retenção do Imposto, nos casos de que trata este artigo, a base de cálculo é o
preço dos serviços, aplicando-se a alíquota prevista no artigo 66.
§ 2º- O responsável, ao efetuar a retenção do Imposto, deverá fornecer comprovante ao
prestador do serviço.
SEÇÃO III
DA BASE DE CÁLCULO, DA ALÍQUOTA, DO ARBITRAMENTO E DA ESTIMATIVA
§ 2º. Na prestação dos serviços referentes aos itens 7.02, 7.05, 7.17 da lista constante desta
lei, o imposto será calculado à razão de 2% (dois por cento) do preço do serviço, em razão de
dedução correspondente ao valor dos materiais fornecidos pelo prestador.
§ 4º. O imposto retido deverá ser recolhido aos cofres municipais até o dia 10 (dez) do mês
subseqüente ao da retenção.
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§ 6º. Quando os serviços descritos no subitem 3.04 da lista anexa forem prestados no
território de mais de um Município, a base de calculo será proporcional, conforme o caso, à extensão
da ferrovia, rodovia, dutos e condutos de qualquer natureza, cabos de qualquer natureza, ou ao
número de postes, existentes em cada Município.
Art. 65. O Imposto será calculado com base na UFMRB vigente na data do lançamento
quando se tratar de:
I - profissionais autônomos;
II - barbearia, institutos de beleza, inclusive banhos, duchas, massagens, tratamento de pele,
ginástica e congêneres;
III - sociedades constituídas para a prestação de serviços a que se referem os itens: 4.01,
4.02, 4.06, 4.08, 4.09, 4.10, 4.11, 4.12, 4.13, 4.14, 4.15, 4.16 e 5.
§ 1º. Define-se como profissional autônomo à pessoa física que fornece o próprio trabalho,
sem vinculo empregatício, com ou sem auxilio de empregados.
§ 2º. A atividade desempenhada por profissional autônomo com o auxilio de outros
profissionais com qualificação técnica afim, empregados ou não, será tributada na forma do art. 64.
§ 3º. O cálculo do imposto será efetuado:
I - no caso do inciso II, em relação a cada profissional que participe diretamente na formação
do preço do serviço prestado;
II - no caso do inciso III, em relação a cada profissional habilitado, sócio, empregado ou não,
que preste serviço em nome da sociedade, embora assumindo responsabilidade pessoal, nos termos
da lei aplicável.
§ 4º. O disposto no inciso II do § 3º deste artigo, não se aplica às sociedades civis de
prestação de serviços em que exista sócio não habilitado para o exercício da profissão liberal
correspondente aos serviços prestados pela sociedade.
§ 5º. O Imposto Sobre Serviços devido pelos prestadores de serviço sob a forma de trabalho
pessoal e pelas sociedades de profissionais será lançado, anualmente, pela Prefeitura, podendo ser
recolhido em até 04 (quatro) parcelas mensais consecutivas, nos prazos previstos nos respectivos
avisos de lançamento e expresso em número de UFMRB, nos valores seguintes:
I – 05 (cinco) UFMRB para profissionais de nível superior;
II – 03 (três) UFMRB para profissionais de nível médio;
III – 01 (uma) UFMRB para os demais.
Art. 66. Ressalvadas as hipóteses previstas no art. 65 e § 2º do art. 64, desta lei, o imposto
será calculado aplicando-se a alíquota de 5% (cinco por cento) sobre a base de cálculo.
Parágrafo Único - Nas hipóteses previstas nos itens 4.03, 4.19, 4.22, 4.23 e 12 da lista de
serviços o imposto será calculado aplicando-se a alíquota de 3% (três por cento) sobre a base de
cálculo.
Art. 67. A autoridade administrativa lançará o valor do imposto, a partir de uma base de
cálculo arbitrada, sempre que se verificar qualquer das seguintes hipóteses:
VII - prática de subfaturamento ou contratação de serviços por valores abaixo dos preços de
mercado;
VIII - flagrante insuficiência do imposto pago em face do volume dos serviços prestados;
Parágrafo único. Para o arbitramento do valor do serviço serão considerados, entre outros
elementos ou indícios, os lançamentos de estabelecimentos semelhantes, a natureza do serviço
prestado, a localização das instalações, a remuneração dos sócios, o número de empregados e seus
salários e encargos sociais, o total das despesas de água, energia elétrica e telefone, o aluguel ou
arrendamento do imóvel e das máquinas e equipamentos e outras necessárias às atividades,
utilizadas para a prestação dos serviços, ou 1% (um por cento) do valor desses bens, se forem
próprios.
§ 3º. Verificada qualquer diferença entre o montante recolhido e o apurado, será ela:
I - recolhida dentro do prazo de 10 (dez) dias, contados da data da notificação;
II - restituída, mediante requerimento do contribuinte, a ser apresentado dentro do prazo de
10 (dez) dias, contados da data do encerramento ou cessação da adoção do sistema.
§ 4º. O enquadramento do sujeito passivo no regime de estimativa, a critério da Fazenda
Municipal, poderá ser feito individualmente, por categoria de estabelecimento ou por grupos de
atividades.
§ 5º. A aplicação do regime de estimativa poderá ser suspensa a qualquer tempo, mesmo
não tendo findado o exercício ou período, a critério da Fazenda Municipal, seja de modo geral,
individual ou quando a qualquer categoria de estabelecimento, ou por grupos de atividades.
§ 6º. A autoridade fiscal poderá rever os valores estimados para determinado exercício ou
período, e se for caso, reajustar as prestações subseqüentes à revisão.
SEÇÃO IV
DO LANÇAMENTO
Art. 71. O imposto será sempre lançado em unidades fiscais do Município de Rio Branco –
UFMRB, com base:
I - nos elementos do Cadastro Mobiliário Fiscal, quando se tratar de prestação de serviço sob a
forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte;
II - nas declarações apresentadas pelo contribuinte, através da guia de recolhimento mensal ou
de confissão de dívida, independente de prévia notificação;
III - na estimativa de receita adotada pelo Fisco com a participação do contribuinte e através da
guia de recolhimento mensal;
IV - em outros elementos apresentados pelo contribuinte ou apurados diretamente pela
Fiscalização Tributária.
§ 1º. O lançamento previsto no inciso I será efetuado de ofício pela Administração, anualmente.
§ 2º. O lançamento previsto nos incisos II, III e IV dar-se-á por homologação, quando:
I - a Administração manifestar-se, expressamente, pela exatidão dos recolhimentos efetuados;
II - decorridos cinco anos, contados da ocorrência do fato gerador, se a Administração não se
houver pronunciado sobre os recolhimentos efetuados, ressalvados a comprovação de dolo, fraude ou
simulação.
§ 3º. Serão lançados de ofício, através de Auto de Infração:
I - o valor do imposto devido e das multas correspondentes, corrigidos monetariamente, quando
não houver recolhimento ou o contribuinte não estiver inscrito no Cadastro Mobiliário;
II - as diferenças de imposto a favor da Fazenda Municipal e multas correspondentes, corrigidos
monetariamente, quando incorreto o recolhimento;
III - as multas previstas para os casos de não cumprimento de obrigações acessórias.
§ 4º. No caso previsto no inciso I do parágrafo anterior, o prazo de cinco anos para lançamento
do imposto contar-se-á:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ser efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o
lançamento anteriormente efetuado.
§ 5º. Será lançado de ofício, através de Auto de Lançamento, o valor do imposto cujo fato
gerador seja objeto de processo de consulta ou de requerimento de isenção ou imunidade que se
encontre em tramitação.
Art. 72. No lançamento, inclusive suas alterações e baixa, observar-se-ão as seguintes normas:
SEÇÃO V
DA ARRECADAÇÃO
Art. 73. O contribuinte recolherá, mensalmente, o Imposto Sobre Serviços aos Cofres da
Prefeitura, mediante preenchimento de guias especiais, independentemente de qualquer aviso ou
notificação, até o dia 10 (dez) do mês subseqüente ao vencido, ressalvado as exceções previstas
neste Código.
Art. 74. Nos casos do §3°, do artigo 65, o imposto será recolhido pelo contribuinte,
anualmente, aos cofres municipais, nos prazos indicados no aviso de lançamento, pelo valor da
UFMRB vigente à data do pagamento.
Art. 75. No caso do item 12 e subitens 12.01, 12.02, 12.03, 12.04, 12.05, 12.06, 12.07, 12.08,
12.09, 12.10, 12.11, 12.12, 12.13, 12.14, 12.15, 12.16 e 12.17 da Lista de Serviços, são responsáveis
pela arrecadação e recolhimento do imposto os empresários encarregados ou gerentes de casa,
empresa, estabelecimento, instalações ou local de jogos ou diversões públicas.
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Art. 76. O direito de ingressar e participar de jogos e diversões públicas, quando cobrado,
será adquirido mediante bilhete de ingresso de participação numerados tipograficamente e/ou cartão
magnético.
Art. 77. O recolhimento do imposto será efetuado em formulário próprio fornecido pela
repartição competente nas condições e prazos:
I - pelos cinemas, no dia 10 (dez) do mês subseqüente que deu origem o fato gerador;
II - pelos espetáculos de qualquer espécie, no próprio local e no dia do espetáculo;
III - por outra qualquer produção no próprio local ou, se arbitrado, antecipadamente aos cofres
municipais.
Parágrafo único. Nenhuma promoção poderá ser iniciada no Município se não for observada
a quitação com os cofres municipais, com exceção do tributo devido pela taxa de funcionamento em
horário normal e especial.
Art. 78. No ato do pedido de licença para realização de qualquer espetáculo sobre o qual seja
devido o imposto pela renda bruta, o interessado deverá apresentar ao Fisco os ingressos que são
utilizados para devido registro e fiscalização.
Art. 79. Os responsáveis pelas diversões públicas e seus auxiliares são obrigados a:
I - afixar em lugar bem visível, próximo às bilheterias, tabuletas com indicação dos preços dos
ingressos;
II - manter, na entrada, urnas destinadas ao recolhimento dos bilhetes ou ingressos que
tenham, pelo menos, uma das partes laterais de vidro transparentes;
III - colocar a urna vazia junto ao porteiro antes do início do espetáculo ou sessão, só
podendo ser retirada ou substituída após o encerramento;
IV - inutilizar os bilhetes ou ingressos recebidos dos espectadores ou participantes, rasgando-
os em duas partes antes de depositá-los na urna;
V - permitir acesso ao Fisco nos locais de diversões e facilitar a sua atuação;
VI - atender, no âmbito da fiscalização em curso, os pedidos de informações feitos pelo Fisco.
Art. 80. Nos casos dos itens 7.02, 7.04 e 7.20 da Lista de Serviços, é indispensável à
exibição da prova de recolhimento integral do tributo devido, bem como da documentação fiscal, no
ato da expedição do "Habite-se" ou "Visto de Conclusão".
SEÇÃO VI
DAS PENALIDADES
Art. 82. As infrações relativas ao Imposto Sobre Serviços serão punidas de acordo com as
seguintes modalidades:
I - multas punitivas;
II - apreensão de bens e documentos;
III - proibição de transacionar com as repartições municipais.
Art. 83. A incidência de penalidades de natureza civil, criminal ou administrativa não dispensa
o pagamento do tributo devido e o cumprimento das obrigações, cominações e acréscimos previstos
neste Código, bem como a reparação de dano resultante da infração, na forma da legislação
aplicável.
Art. 84. Não serão aplicadas penalidades contra o servidor ou o sujeito passivo que tenha
agido em consonância com a orientação ou interpretação fiscal, perfilhada em decisão de qualquer
instância administrativa mesmo que, posteriormente, tal orientação venha a ser modificada.
Art. 85. Apurando-se, no mesmo processo, infrações a mais de uma disposição da legislação
tributária municipal, cometidas pela mesma pessoa, aplicar-se-ão as penalidades correspondentes a
cada infração.
Art. 86. Constituem infrações às normas atinentes ao Imposto Sobre Serviços, com as
correspondentes penalidades:
PENALIDADE: multa de valor igual ao imposto devido, corrigido monetariamente, mas nunca
inferior a 50% (cinqüenta por cento) da UFMRB vigente no Município;
b) emitir documentos fiscais correspondentes à operação não tributada ou isenta
indevidamente, ou utilizar, em proveito próprio ou alheio, de tais documentos visando à produção de
qualquer efeito fiscal.
PENALIDADE: multa de valor correspondente a 01 (uma) UFMRB, por exercício, dentro do
qual se constate a ocorrência de pelo menos uma infração;
c) deixar de proceder à inscrição no Cadastro Mobiliário de Contribuinte do Município no
prazo, forma e condições disciplinadas na legislação tributária municipal.
PENALIDADE: multa de valor correspondente a 01 (uma) UFMRB, por exercício, até a
inscrição voluntária ou de ofício;
d) fazer a inscrição cadastral com omissões ou dados incorretos.
PENALIDADE: multa de valor correspondente a 01 (uma) UFMRB, por exercício, até a
regularização da inscrição, voluntária ou de ofício;
e) deixar de comunicar qualquer ato ou fato que venha a modifica os dados da inscrição nos
prazos e condições constantes da legislação tributária municipal.
PENALIDADE: multa de valor correspondente a 01 (uma) UFMRB, por exercício, até a
regularização voluntária ou de ofício;
f) deixar, firma proprietária de estabelecimento gráfico, de exigir a autorização firmada pelo
fiscal para a impressão de documentos fiscais, ou deixar, o prestador de serviços, de exibi-los à
fiscalização para autenticação.
PENALIDADE: multa de valor correspondente a 05 (cinco) UFMRB, para cada infrator;
g) deixar de comunicar a cessação de atividade no prazo de 30 (trinta) dias.
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Art. 87. A falta de pagamento do imposto nos prazos fixado nos avisos de lançamento
sujeitará o contribuinte:
II - à multa de 10% (dez por cento) sobre o valor do débito atualizado monetariamente, se o
pagamento ocorrer a partir do 91º dia após o vencimento;
III - cobrança de juros moratórios à razão de 1% (um por cento) ao mês, incidente sobre o
valor do débito atualizado monetariamente;
IV – à atualização monetária do débito calculada com base no valor da UFMRB vigente à data
da quitação do tributo;
V - Inscrita ou ajuizada a dívida, serão devidos, também, custas e honorários de advogado,
na forma da legislação.
Art. 88. Quando a autoridade administrativa concluir que o cometimento de qualquer das
infrações enumeradas nesta seção se configura como sonegação, fraude ou conluio, haverá um
agravamento em 100% (cem por cento) da penalidade a ser aplicada na hipótese.
Art. 89. Considera-se sonegação a ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar,
total ou parcialmente, o conhecimento por parte da autoridade fazendária:
I - da ocorrência do fato gerador na obrigação tributária principal, sua natureza ou
circunstâncias materiais;
II - das condições pessoais do sujeito passivo, suscetíveis de afetar a obrigação tributária
principal ou crédito tributário correspondente.
Art. 90. Considera-se conluio o ajuste doloso entre duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas,
visando a qualquer dos efeitos referidos nos artigos anteriores.
Art. 91. O contribuinte reincidente será punido com a aplicação da multa em dobro, que será
acrescida de 20% (vinte por cento), a cada infração subseqüente.
Art. 92. Ao contribuinte que, no prazo para recurso, comparecer à repartição competente e
recolher integralmente o valor do débito constante do auto de infração, será concedida redução de
50% (cinqüenta por cento) do valor da multa por infração, exceto a moratória.
Art. 93. Em casos especiais, visando a facilitar o cumprimento das obrigações fiscais pelos
contribuintes, poderá ser permitida a adoção de regime especial, tanto para o pagamento do imposto,
quanto para emissão de documentos e escrituração de livros fiscais, a critério da autoridade
competente.
SEÇÃO VII
DA RESPONSABILIDADE
Art. 94. São responsáveis pelo pagamento do imposto devido e acréscimos legais:
Parágrafo único. O disposto no inciso I aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas,
quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente ou seu
espólio, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma individual.
SEÇÃO VIII
DA ISENÇÃO
I - atividades de pequeno rendimento exercidas individualmente, por conta própria, desde que
o movimento econômico não exceda a 3 (três) salários mínimos mensais, e sejam devidamente
licenciados pelo Município;
II – as construções e reformas de unidades residenciais com área construída de até 70
(setenta) m² desde que seu proprietário não possua outro imóvel no município;
III - as promoções de concertos, recitais, shows, festividades, exposições, quermesses e
espetáculos similares, cujo faturamento total se destinem integralmente a fins beneficentes;
IV – as entidades educacionais, quando colocarem à disposição do Município 5% (cinco por
cento) de suas matrículas para concessão de bolsas de estudo a estudantes pobres, mediante
convênio, o qual estabelecerá as condições para a concessão do benefício;
V – as empresas públicas municipais.
§ 1º. A isenção de que trata o inciso IV será concedida facultativamente pelo município,
mediante juízo de oportunidade e interesse e o convênio firmado contemplará, obrigatoriamente,
fornecimento gratuito de apostilas ou livros pré-determinados, por parte da entidade educacional aos
alunos bolsistas, sempre que a natureza do curso exigir.
§ 2º. As isenções previstas no presente artigo serão concedidas mediante requerimento por
parte da pessoa interessada, devendo a autoridade municipal concedê-la após parecer favorável dos
órgãos técnicos competentes.
TÍTULO IV
DAS CONTRIBUIÇÕES
CAPÍTULO I
DA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
Art. 97. A Contribuição de Melhoria tem como fato gerador, a valorização de bem imóvel
decorrente da execução de obras públicas municipais através de seus órgãos da administração direta
ou indireta.
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Art. 98. A Contribuição de Melhoria será devida, em virtude da realização das seguintes
obras públicas:
Art. 100. A Contribuição de Melhoria será cobrada adotando-se como critério o benefício
resultante da obra, calculada através de índices cadastrais das respectivas zonas de influência, a
serem fixadas por Decreto.
Art. 101. A cobrança da Contribuição de Melhoria terá como limite o custo das obras,
computadas as despesas de estudos, projetos, fiscalização, desapropriações, administração,
execução, bem como os encargos de financiamento ou de empréstimos contratados para a sua
realização.
Parágrafo único. O custo das obras terá sua expressão monetária atualizada à época do
lançamento mediante a aplicação dos índices oficialmente adotados pela Secretaria de Finanças,
para correção dos demais tributos de competência do Município.
Art. 102. A administração competente deverá antes do início da obra, publicar edital
contendo, entre outros os seguintes elementos:
I - delimitação das zonas de influência da obra e a relação dos imóveis beneficiados que a
integram;
II - memorial descritivo do projeto;
III - orçamento total ou parcial do custo das obras;
IV - determinação da parcela do custo das obras a ser ressarcida pela Contribuição de
Melhoria, com o correspondente plano de rateio entre os imóveis situados na zona de influência.
Art. 103. Executada a obra na sua totalidade ou em parte, suficiente para beneficiar
determinados imóveis, de modo a justificar o início da cobrança da Contribuição de Melhoria,
proceder-se-á ao lançamento referente a esses imóveis depois de publicado o respectivo
demonstrativo de custos.
Art. 104. O órgão encarregado do lançamento deverá escriturar, em registro próprio, o débito
da Contribuição de Melhoria correspondente a cada imóvel, notificando o sujeito passivo, diretamente
ou por edital, do:
I - valor da Contribuição de Melhoria lançado;
II - prazo para o seu pagamento, suas prestações e vencimento;
III - prazo para reclamação do lançamento;
IV - local do pagamento.
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Art. 105. Contra o lançamento caberá reclamação pelo contribuinte, à autoridade lançadora
do tributo, no prazo de 30 (trinta) dias contados da data de recebimento da notificação ou da
publicação do edital, relativamente a:
Parágrafo único. O contribuinte que tiver sua reclamação indeferida, responderá pelo
pagamento de multa e outras sanções já incidentes sobre o débito.
Art. 107. A Contribuição de Melhoria será paga de uma só vez, ou em parcelas mensais e
consecutivas.
Art. 108. A falta de pagamento da contribuição nos prazos fixados nos avisos de lançamento
sujeitará o contribuinte:
II - à multa de 10% (dez por cento) sobre o valor do débito atualizado monetariamente, se o
pagamento ocorrer em exercício posterior ao do lançamento do imposto;
III - cobrança de juros moratórios à razão de 1% (um por cento) ao mês, incidente sobre o
valor do débito atualizado monetariamente;
IV – à atualização monetária do débito calculada com base no valor da UFMRB vigente à data
da quitação do tributo;
V - inscrita ou ajuizada a dívida, serão devidos, também, custas e honorários de advogado,
na forma da legislação.
Art. 109. Das Certidões referentes à situação fiscal de qualquer imóvel, constarão sempre os
débitos relativos à Contribuição de Melhoria.
Art. 110. Será devida a contribuição de melhoria pela reexecução total ou parcial de obras
públicas deterioradas pelo uso e pela ação do tempo, quando houver decorrido o tempo mínimo de
10 (dez) anos entre as datas da sua execução e do seu refazimento.
CAPÍTULO II
DA CONTRIBUIÇÃO PARA CUSTEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA - COSIP
SEÇÃO I
DO FATO GERADOR E DO CONTRIBUINTE
Art. 111. A contribuição para custeio do serviço de iluminação pública – COSIP, tem como fato
gerador, a prestação de serviços de iluminação de vias, logradouros e demais áreas de uso comum do
público, bem como a instalação manutenção, melhoramento e expansão da rede de iluminação pública
e atividades correlatas, prestadas ao contribuinte ou colocados à sua disposição, na zona urbana ou
rural.
Parágrafo único – Os serviços tratados no presente artigo, poderão ser prestados diretamente
pelo Município ou por empresas contratadas.
34
SEÇÃO II
DA BASE DE CÁLCULO E DAS ALÍQUOTAS
Art. 113. A COSIP tem como base de cálculo o custo dos serviços previstos no art. 111 deste
código, que será individualizado, por contribuinte, em função do consumo mensal da energia elétrica
fornecida pela empresa concessionária, ao imóvel do qual é proprietário, titular de domínio útil ou
possuidor a qualquer título.
Art. 114. A COSIP poderá ser lançada juntamente com outros tributos, bem como, mediante
convênio, com as faturas mensais de consumo de energia elétrica emitidas pela empresa
concessionária do serviço, nos seguintes percentuais:
Parágrafo Único – Na hipótese do Município optar pelo lançamento da COSIP através das
contas mensais de consumo de energia elétrica, firmará convênio com a empresa concessionária do
serviço, no qual estabelecerá a forma e condições da cobrança e repasse dos valores arrecadados.
Art. 115. Para os imóveis não edificados, o valor da COSIP será calculado à ordem de 0,01
(zero virgula zero um) da UFMRB por metro da testada do imóvel voltada para o logradouro, podendo
ser lançada a partir do primeiro dia do exercício financeiro no qual serão prestados os serviços.
SEÇÃO III
DA ISENÇÃO
Art. 116. São isentos da COSIP, os contribuintes vinculados às unidades consumidoras com
consumo mensal até 50 Kwh.
SEÇÃO IV
DAS PENALIDADES
Art. 117. A falta de pagamento da COSIP nos vencimentos fixados nos avisos de lançamento
sujeitará o contribuinte:
TÍTULO VI
DAS TAXAS
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CAPÍTULO I
DAS NORMAS GERAIS
Art. 118. As taxas têm como fato gerador o exercício regulador do poder de polícia do
Município ou a utilização efetiva ou potencial de serviço publico especifico e divisível prestado ao
contribuinte, ou posto a sua disposição.
Art. 119. As taxas serão sempre lançadas em unidades fiscais do Município de Rio Branco –
UFMRB.
CAPÍTULO II
DAS TAXAS PELO EXERCÍCIO DO PODER DE POLICIA
SEÇÃO I
DA TAXA DE LICENÇA PARA LOCALIZAÇÃO
Art. 122. A taxa de licença para localização tem como fato gerador à fiscalização exercida
pelo Município sobre a localização e instalação de quaisquer estabelecimentos em observância a
legislação disciplinadora do uso e ocupação do solo urbano.
Art. 123. Qualquer estabelecimento utilizado por pessoa física ou jurídica que se dedique à
indústria, ao comércio, a operações financeiras, a produção agropecuária, a prestação de serviços
em geral e, ainda, as exercidas por entidades, sociedades ou associações civis, desportivas,
religiosas ou decorrentes de profissão, arte ou ofício, em caráter permanente ou temporário, só
poderá instalar-se e iniciar suas atividades mediante licença da prefeitura e pagamento da taxa de
licença para localização.
Parágrafo Único - A taxa de licença para localização também é devida pelos depósitos
fechados destinados à guarda de mercadorias.
Art. 124. Para efeito de incidência da taxa de licença para localização consideram-se
estabelecimentos distintos:
I – os que, embora no mesmo local, ainda que com idêntico ramo de atividade pertençam a
diferentes pessoas físicas ou jurídicas;
II – os que, embora pertencentes à mesma pessoa física ou jurídica, tenham funcionamento
em locais diversos.
Parágrafo único. Não são considerados locais diversos dois ou mais imóveis contíguos e
com comunicação interna, nem vários pavimentos de um mesmo imóvel.
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Art. 125. A licença para localização será concedida desde que as condições de zoneamento,
higiene e segurança do estabelecimento estejam adequadas à espécie de atividade a ser exercida,
observada os requisitos da legislação edilícia, urbanística e ambiental do Município.
Parágrafo único. Será concedida nova licença para localização toda vez que ocorrer
modificação no endereço, na razão social ou na atividade exercida no estabelecimento.
Art. 126. A licença para localização será concedida pela Secretaria Municipal de Finanças
mediante a expedição do Alvará, por ocasião da respectiva abertura ou instalação, após vistoria pelos
órgãos competentes.
Art. 127. A taxa de licença para localização será recolhida de uma só vez antes do início das
atividades ou da prática dos atos sujeitos ao poder de polícia administrativa do Município.
Art. 128. O estabelecimento que iniciar suas atividades sem prévia licença para localização
será interditado, caso não regularize sua condição dentro do prazo concedido.
Art. 129. A taxa de licença para localização é devida de acordo com a seguinte tabela:
TABELA I
TAXAS DE LICENÇA PARA LOCALIZAÇÃO
Valor em
ITEM ATIVIDADES
UFMRB
1 Indústrias, supermercados e diversões públicas 2,00
2 Comércios, prestadores de serviços e produção agropecuária 1,00
3 Profissionais autônomos, feirantes, entidades, sociedades ou associações
0,50
civis, desportivas, religiosas ou decorrentes de profissão, arte ou ofício
4 Demais atividades não incluídas nos itens anteriores 1,50
SEÇÃO II
DAS TAXAS DE LICENÇA PARA FUNCIONAMENTO
Art. 130. A Taxa de Licença para Funcionamento tem como fato gerador o exercício do poder
de polícia do Município, consubstanciado na vigilância constante e potencial aos estabelecimentos
licenciados para efeito de verificar, quando necessário, ou por constatação fiscal de rotina:
Art. 131. Qualquer estabelecimento utilizado por pessoa física ou jurídica que se dedique à
indústria, ao comércio, a operações financeiras, a produção agropecuária, a prestação de serviços
em geral e, ainda, as exercidas por entidades, sociedades ou associações civis, desportivas, desde
que com fins lucrativos ou não, ou decorrentes de profissão, arte ou oficio, em caráter permanente ou
temporário, só poderá instalar-se e iniciar suas atividades mediante licença da prefeitura e pagamento
da taxa de licença para funcionamento.
Art. 132. A licença para funcionamento será concedida desde que observadas as condições
pertinentes ao poder de polícia administrativa do Município.
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Art. 133. A taxa de licença para funcionamento dos estabelecimentos de produção, indústria,
comércio, prestação de serviços em horário normal, terá o valor estabelecido na tabela seguinte,
conforme os prazos indicados nos avisos de lançamento, pelo valor da UFMRB, vigente no mês de
pagamento:
TABELA II
TAXA DE LICENÇA PARA FUNCIONAMENTO (tabela alterada)
VALOR EM UFMRB
ITEM ATIVIDADES
MÊS ANO
Com até 100 m² 0,20 2,00
Indústrias, supermercados e Acima de 100 até 350 m² 0,30 3,00
1
diversões públicas Acima de 350 até 700 m² 0,50 5,00
Acima de 700 m² 1,00 10,00
Com até 60 m² 0,10 1,00
Comércio, prestadores de serviços e Acima de 60 até 150 m² 0,20 2,00
2
produção agropecuária
Acima de 150 até 350 m² 0,30 3,00
Acima de 350 m² 0,60 6,00
Com estabelecimento fixo 0,30 3,00
3 Profissionais autônomos
Sem estabelecimento fixo 0,15 1,50
Com até 150 m² 0,20 2,00
Entidades, sociedades ou
Acima de 150 até 400 m² 0,40 4,00
4 associações educativas, civis e
desportivas Acima de 400 até 800 m² 0,80 8,00
Acima de 800 m² 1,50 15,00
5 Outros estabelecimentos 0,30 3,00
Art. 134. Qualquer pessoa que queira exercer o comércio eventual ou ambulante poderá
fazê-lo mediante prévia licença da Prefeitura e pagamento da taxa de licença prevista nesta seção .
Art. 136. Ao comerciante eventual e/ou ambulante é vedada à concessão de mais de uma
licença para cada evento.
Art. 137. A licença para o comércio eventual ou ambulante poderá ser cassada e
determinada a proibição do seu exercício a qualquer tempo, desde que deixem de existir as
condições que legitimaram a concessão da licença, ou quando o contribuinte, mesmo após a
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aplicação das penalidades cabíveis, não cumprir as determinações da Prefeitura para regularizar a
situação do exercício de sua atividade.
Art. 138. Os comerciantes eventuais e ambulantes que forem encontrados sem portarem seu
cartão de inscrição e a prova de quitação da taxa terão apreendido os objetos e gêneros de seu
comércio, que serão levados ao depósito público, até que seja paga a licença devida, acrescida das
penalidades previstas neste Código, mais multa de mora contada a partir da data de apreensão e as
despesas com a remoção.
§ 1º. Os objetos e gêneros apreendidos serão levados a leilão depois de decorridos 30 (trinta)
dias da data da apreensão, se não satisfeitos os pagamentos a que se refere o “caput” deste artigo.
§ 2º. A multa referida neste artigo, se paga dentro de 10 (dez) dias, contados da data de
lavratura da Notificação Fiscal, terá desconto de 50% (cinqüenta por cento).
§ 3º. As mercadorias apreendidas, em se tratando de alimentos perecíveis e de fácil
deterioração, tais como: carnes, frutas, legumes, ovos, leite, doces, outros, serão doados a critério do
Prefeito Municipal e mediante recibo, às instituições de caridade ou de assistência social, se não
forem reclamados no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.
Art. 140. A taxa do comércio eventual ou ambulante, terá o valor estabelecido na tabela
seguinte, conforme os prazos indicados nos avisos de lançamento, pelo valor da UFMRB, vigente no
mês de pagamento:
TABELA III
TAXA DE LICENÇA DE FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO EVENTUAL OU AMBULANTE
SEÇÃO IV
DA TAXA DE LICENÇA PARA FUNCIONAMENTO EM HORÁRIO ESPECIAL
§ 1°. Para efeito desta lei, considera-se horário normal de abertura e fechamento, de segunda
a sábado, das 7:00 (sete) horas até as 18:00 (dezoito) horas.
§ 2°. O horário normal de abertura e fechamento em datas comemorativas especiais será
determinado por Decreto do Executivo Municipal.
Art. 143. Será permitido o funcionamento dos estabelecimentos abaixo discriminados, desde
que recolhida à taxa para funcionamento em horário especial e observadas as legislações em vigor:
I – comércio de frios;
II – varejistas de frutas, legumes, aves, verduras e ovos;
III – açougues e varejistas de carnes frescas e peixes;
IV – padarias e confeitarias;
Parágrafo único. A permissão prevista no “caput” deste artigo estende-se também aos
estabelecimentos que exercem as atividades abaixo relacionadas, não se lhes incidido, porém, a taxa
de licença para funcionamento em horário especial:
I – distribuidores de leite;
II – distribuidores de gás;
III – despachos de empresas de transporte de produtos perecíveis;
IV – agências funerárias;
V – de impressão de jornais;
VI – de produção e distribuição de energia elétrica;
VII – de serviço telefônico;
VIII – de agências telegráficas;
IX – de serviços de transporte coletivo e de passageiros;
X – de tratamento de saúde;
XI – de hospedaria (pensões e hotéis);
XII – farmácias e drogarias.
Art. 144. A taxa de licença para funcionamento em horário especial, terá o valor estabelecido
na tabela seguinte, conforme os prazos indicados nos avisos de lançamento, pelo valor da UFMRB,
vigente no mês de pagamento:
TABELA IV
TAXA DE FUNCIONAMENTO EM HORÁRIO ESPECIAL (tabela alterada)
Valor em UFMRB
HORÁRIO
MÊS ANO
1 De segunda a sábado
1.1 Antecipação das 6:00 as 7:00 horas 0,3 2,0
1.2 Antecipação com prorrogação das 6:00 às 22:00 horas 0,9 6,0
1.3 Prorrogação das 18:00 às 22:00 horas 0,6 4,0
1.4 Prorrogação das 22:00 às 06:00 horas 0,6 4,0
2 Domingos e feriados 0,4 3,0
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SEÇÃO V
DA TAXA DE LICENÇA PARA FISCALIZAÇÃO DE OBRAS, ARRUAMENTOS E
PARCELAMENTOS DE TERRENOS PARTICULARES
Art. 146. O contribuinte da taxa é o proprietário, titular do domínio útil ou possuidor a qualquer
título do imóvel onde se realizem as obras, arruamentos e parcelamentos de terrenos referidos no
artigo anterior.
Parágrafo único. Respondem, solidariamente com o contribuinte, pelo pagamento da taxa, a
empresa e o profissional ou profissionais responsáveis pelo projeto e ou pela execução das obras,
arruamentos e parcelamentos.
Art. 147. A licença será concedida mediante prévio exame e aprovação das plantas, projeto
das obras ou requerimentos, na forma da legislação urbanística aplicada.
§ 1°. A licença será concedida pelo prazo estimado para a conclusão da obra, arruamento ou
loteamento, a critério da repartição competente, mas não será inferior a 12 (doze) meses.
§ 2°. Findo o prazo fixado no parágrafo anterior a obra somente poderá ter continuidade
mediante nova solicitação de licença, devendo o interessado pagar novas taxas, proporcionalmente,
apenas se apresentar modificações no projeto original.
§ 3°. O pagamento da taxa será feito no ato do requerimento da licença.
Art. 148. Incide a taxa de que trata esta seção, quando dos pedidos de exame de
documentos e aprovação de plantas para efeito e averbação sobre imóveis que, edificados fora do
perímetro urbano, em razão da modificação deste, passarem a situar-se dentro de seus limites.
Art. 149. A taxa será calculada em função da natureza e do grau de complexidade dos atos e
atividades cujo licenciamento e fiscalização sejam provocados pelo contribuinte, e terá o valor
estabelecido na tabela seguinte, conforme os prazos indicados nos avisos de lançamento, pelo valor
da UFMRB, vigente no mês de pagamento:
TABELA V
TAXA DE LICENÇA PARA FISCALIZAÇÃO DE OBRAS, ARRUAMENTOS E PARCELAMENTOS DE
TERRENOS PARTICULARES
Item Serviços Valor em UFMRB
1 Aprovação de projetos de edificação
Com até 60 m² 0,50
Residencial Acima de 60 até 150 m² 1,00
1.1
unifamiliar Acima de 150 até 350 m² 1,50
Acima de 350 m² 3,00
Com unidade autônoma de até 60 m² 0,75
Residencial Acima de 60 até 150 m² 1,50
1.2
multifamiliar Acima de 150 até 350 m² 2,25
Acima de 350 m² 4,50
Comercial e Com até 150 m² 1,50
1.3 prestação de Acima de 150 até 500 m² 3,00
serviços Acima de 500 m² 6,00
Com até 500 m² 2,00
1.4 Industrial Acima de 500 até 1500 m² 4,00
Acima de 1500 m² 8,00
Com até 150 m² 1,00
1.5 Institucional Acima de 150 até 500 m² 1,50
Acima de 500 m² 3,00
Aprovação de Com até 60 m² 0,50
2 projetos de Acima de 60 até 150 m² 1,00
reforma Acima de 150 m² 1,50
41
SEÇÃO VI
DA TAXA DE VISTORIA DE CONCLUSÃO DE OBRAS – “HABITE-SE”
Art. 150. A taxa de vistoria de conclusão de obras tem como fato gerador à fiscalização da
obra após a sua conclusão para o efeito de verificar a sua regularidade em face do projeto licenciado
e da legislação edilícia.
Art. 151. O contribuinte da taxa é o proprietário, titular do domínio útil ou possuidor a qualquer
título do imóvel onde se realizaram as obras.
Art. 152. O termo de “habite-se” será concedido mediante requerimento do interessado, após
o pagamento da taxa e da apresentação do comprovante de pagamento do ISS da construção.
Art. 153. A taxa será cobrada de acordo com o valor previsto na tabela do artigo 149 desta
lei.
SEÇÃO VII
DA TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE ANÚNCIOS
Art. 155. O contribuinte da taxa é a pessoa física ou jurídica que, na forma e nos locais
mencionados no artigo 154 desta lei:
42
Art. 160. A taxa de fiscalização de anúncios terá o valor estabelecido na tabela seguinte,
conforme os prazos indicados nos avisos de lançamento, pelo valor da UFMRB, vigente no mês de
pagamento:
43
TABELA VI
TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE ANÚNCIOS
SEÇÃO VIII
DA TAXA DE LICENÇA AMBIENTAL
Art. 161. A Taxa de Licença Ambiental tem como fato gerador o exercício do Poder de Polícia
do Município, para fiscalizar e autorizar a realização de empreendimentos, atividades e prática de
atos considerados efetiva ou potencialmente causadores de degradação ao meio ambiente, em
conformidade com as normas estabelecidas pela legislação ambiental vigente.
Art.164. A concessão da Licença Ambiental está sujeita à prévia análise e à aprovação, por
parte da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMEIA), a quem competirá expedi-la, e
dependerá, quando for o caso, da realização de serviços técnicos, da análise de Estudo de Impacto
Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), ou outro tipo de estudo que se
fizer necessário, inclusive, vistoria, perícia, emissão de parecer ou laudo técnico e realização de
audiência pública.
Parágrafo único. Os custos para análise e concessão da Licença Prévia (LP), da Licença de
Instalação (LI) e da Licença de Operação (LO), serão calculados segundo os critérios definidos no
Decreto Municipal n° 575/01.
Art. 165. O pedido de licenciamento, ou de serviços técnicos, deverá ser instruído com as
informações e documentação requerida no Manual de Licenciamento a ser expedido pela SEMEIA.
Art. 166. A Licença somente será expedida depois de concluído todo o processo de análise e
aprovação do projeto de empreendimento ou de exercício de atividade, tendo prazo máximo de 3
(três) anos, devendo o interessado solicitar sua renovação com antecedência mínima de 120 (cento e
vinte) dias.
Art. 169. A taxa de licença ambiental, terá o valor estabelecido na tabela seguinte, conforme
os prazos indicados nos avisos de lançamento, pelo valor da UFMRB, vigente no mês de pagamento:
TABELA VII
TAXA DE LICENÇA AMBIENTAL
SEÇÃO IX
DA TAXA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Art. 170. A taxa de Vigilância Sanitária tem como fato gerador o Poder de Polícia do
município, exercido pela Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco – SEMSA, consubstanciado na
inspeção sanitária dos seguintes estabelecimentos ou serviços, de interesse da saúde, definidos na
tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde – SUS:
Art. 171. São isentos do pagamento taxa de vigilância sanitária os comerciantes eventuais e
ambulantes.
Art. 172. A taxa de vigilância sanitária será cobrada por ocasião da solicitação do alvará
sanitário, ou da sua renovação, cujo prazo de validade é de 12 (doze) meses, contados a partir da
data de sua expedição, e será calculada em conformidade com a Tabela abaixo:
TABELA VIII
TAXA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Valor em UFMRB
Estabelecimentos e/ou serviços
Item Baixa Média Alta complexidade
especificados com área de:
complexidade complexidade
1 Com até 50 m² 0,50 1,00 2,00
2 Acima de50 m² até 100 m² 1,00 1,50 2,50
3 Acima de100 m² até 200 m² 1,50 2,00 3,00
4 Acima de200 m² até 500 m² 2,00 2,50 3,50
5 Acima de500 m² até 1000 m² 2,50 3,00 4,00
6 Acima de 1000 m² 3,00 4,00 5,00
CAPÍTULO III
DAS TAXAS DE SERVIÇOS
SEÇÃO I
DA TAXA DE COLETA E REMOÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E ENTULHOS
Art. 174. Constitui fato gerador da taxa de coleta e remoção de resíduos sólidos e entulhos, a
utilização efetiva ou potencial dos serviços prestados ou postos à disposição de coleta de resíduos
sólidos domiciliares ou comerciais, ainda que prestados por empresa permissionária ou
concessionária.
Art. 175. Contribuinte da taxa é o proprietário, titular do domínio útil ou o possuidor a qualquer
título de imóvel urbano, edificado ou não, lindeiro a via ou logradouro público abrangido pelos
serviços prestados ou postos à sua disposição.
Art. 176. Para efeitos da incidência desta taxa, consideram-se resíduos sólidos o conjunto
heterogêneo de materiais sólidos residuais, provenientes das atividades humanas cotidianas, e
entulhos os demais.
Art. 177. Cabe à Prefeitura Municipal, mediante pagamento da taxa, a coleta e remoção de
resíduos sólidos, desde que devidamente acondicionados em recipientes de até 100 (cem) litros, à
exceção dos especificados no art. 180 desta lei.
Art. 178. A taxa de coleta e remoção de resíduos sólidos e entulhos tem como base de
cálculo o custo do serviço, conforme planilha de custos, rateado entre os contribuintes definidos no
art. 175, cujos imóveis estejam localizados em vias ou logradouros públicos atendidos pelo serviço.
46
Zona Freqüência
A Coleta realizada diariamente, exceto aos domingos
B Coleta realizada 3 (três) vezes por semana
Art. 179. A taxa de remoção e coleta de resíduos sólidos será lançada anualmente, tomando-
se por sujeito passivo a pessoa em nome da qual esteja cadastrado o imóvel na data do lançamento.
Art. 180. A Prefeitura poderá, mediante pagamento do preço do serviço público, a ser fixado
em cada caso pelo poder público através do órgão competente proceder à remoção especial dos
seguintes resíduos e materiais:
Art. 181. A taxa de coleta e remoção de resíduos sólidos e entulhos, terá o valor estabelecido
na tabela seguinte, conforme os prazos indicados nos avisos de lançamento, pelo valor da UFMRB,
vigente no mês de pagamento:
TABELA IX
TAXA DE COLETA E REMOÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E ENTULHOS
SEÇÃO II
DA TAXA DE EXPEDIENTE
Art. 182. A taxa de expediente tem como fato gerador à prestação de serviços pelo município
na prática de atos, recebimento de papéis e documentos, apreciação de consultas e requerimentos
formulados pelo contribuinte ou postos à sua disposição.
Art. 183. O sujeito passivo da taxa é a pessoa que tenha provocado a prática do ato
administrativo, que nele tenha interesse ou dele obtenha qualquer benefício.
Art. 186. A taxa de expediente, terá o valor estabelecido na tabela seguinte, pelo valor da
UFMRB, vigente no mês de pagamento:
TABELA X
TAXA DE EXPEDIENTE
9 Certidões
10 Inscrição no cadastro municipal
11 Numeração e renumeração de imóveis construídos
12 Desmembramento, Medição de área e Laudo de avaliação
13 Fornecimento do Código Tributário, por exemplar 0,50
14 Termo de permissão ou autorização
15 Outros requerimentos ou documentos 0,20
SEÇÃO III
DA TAXA DE SERVIÇOS DIVERSOS
Art. 187. A taxa de serviços diversos tem como fato gerador à utilização efetiva ou potencial
de serviços públicos prestados ao contribuinte.
Art. 188. O sujeito passivo da taxa de serviços diversos é o usuário do serviço, efetivo ou
potencial, quando solicitado ou não.
Art. 189. Além da taxa que trata este artigo, responderá o contribuinte pelas despesas
decorrentes da apreensão, transporte, conservação e manutenção dos bens apreendidos.
Parágrafo único. Perderá o bem apreendido o contribuinte que não o retirar em 10 (dez)
dias, para o caso de produtos não perecíveis e em 2 (dois) dias para produtos perecíveis, contados
da data da apreensão.
Art. 190. A taxa de serviços diversos, terá o valor estabelecido na tabela seguinte, de acordo
com a UFMRB, vigente no mês de pagamento:
TABELA XI
TAXA DE SERVIÇOS DIVERSOS
De terreno 5,00
7.3 Perpetuidade
De carneira 15,00
Autorização para colocação de lápide, de
inscrição ou execução de pequenas obras 0,20
de embelezamento
7.4 Outros
Manutenção e conservação do cemitério
0,50
por túmulo, por ano
Ocupação de ossuário, por 5 anos 0,25
CAPÍTULO IV
DAS PENALIDADES
III – iniciar ou exercer atividade sem o devido alvará sanitário municipal, sempre que a
legislação o exija.
PENALIDADE: multa de 1,00 (uma) UFMRB, por exercício, até a regularização voluntária ou
de ofício;
V – iniciar ou exercer atividade que funcione em horário especial, sem a prévia autorização
municipal.
PENALIDADE: multa de 2,00 (duas) UFMRB, por exercício, até a regularização voluntária ou
de ofício;
VII – iniciar ou concluir, sem a devida licença, obra que possa ser mantida.
PENALIDADE: multa correspondente a 5 (cinco) vezes o valor da respectiva taxa, sem
prejuízo de outras penalidades.
Art. 192. As farmácias e drogarias que deixarem de cumprir quaisquer dos dispositivos
relacionados com o plantão obrigatório e com o plantão noturno, serão aplicadas as seguintes
penalidades:
Parágrafo único. Relativamente à aplicação das penalidades previstas neste artigo, será
considerado o período de 12 (doze) meses, a contar da primeira infração.
Art. 193. Nas hipóteses previstas nesta Seção as penalidades deverão ser aplicadas com
base na UFMRB, vigente neste Município à data da lavratura do respectivo auto de infração devendo,
o valor da multa, ser pago com base no valor da UFMRB em vigor na data da quitação.
Art. 195. Aplicada à multa, não fica o infrator desobrigado do cumprimento da exigência que a
tiver determinado.
Art. 196. Ao contribuinte que, no prazo para recurso, comparecer à repartição competente
para recolher o débito constante no auto de infração será concedida à redução de 50% (cinqüenta por
cento) sobre o valor da multa por infração.
Art. 197. A falta de pagamento das taxas nos prazos fixados nos avisos de lançamento
sujeitará o contribuinte:
LIVRO II
DAS NORMAS GERAIS
TÍTULO I
DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
§ 1º. Equipara-se à majoração de tributo, modificação da sua base de cálculo que importe em
torná-lo mais oneroso.
§ 2º. Não constitui majoração de tributo, para fins do disposto no inciso II de artigo, a
atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
Art. 200. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das
quais sejam expedidos com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta lei.
Art. 202. A legislação tributária vigorará no primeiro dia do exercício seguinte em que ocorra
sua publicação, assim compreendida a legislação:
TÍTULO II
DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 1º. A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objetivo o
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e se extingue juntamente com o crédito dela
decorrente.
§ 2º. A obrigação acessória decorre da legislação tributária, tem por objetivo as prestações
positivas ou negativas nela previstas, no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º. A obrigação acessória, pelo simples fato de sua inobservância, converte-se em
obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
CAPÍTULO II
52
DO FATO GERADOR
Art. 205. Fato gerador da obrigação municipal é a situação definida neste Código como
necessária e suficiente para justificar o lançamento e a cobrança de cada um dos tributos de
competência do Município.
Art. 206. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da
legislação tributária do Município, imponha a prática ou a abstenção de ato que não configure
obrigação principal.
Art. 207. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e
existente os seus efeitos:
Art. 208. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário,
os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:
CAPÍTULO III
DO SUJEITO ATIVO
Art. 210. Na qualidade de sujeito ativo da obrigação tributária, o município de Rio Branco é a
pessoa jurídica de direito público titular da competência para arrecadar os tributos especificados
neste código e nas leis subseqüentes.
CAPÍTULO IV
DO SUJEITO PASSIVO
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 211. Sujeito Passivo da obrigação principal é a pessoa física ou jurídica, obrigada nos
termos deste Código, ao pagamento dos tributos ou penalidades pecuniárias de competência do
Município ou impostos por ele.
I - Contribuinte - quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o
respectivo fato gerador;
II - Responsável - quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de
disposição expressa neste Código.
53
I - as pessoas que, embora não expressamente designadas neste Código, tenham interesse
comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;
II - as pessoas expressamente designadas neste Código.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.
Art. 215. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
SEÇÃO II
DA CAPACIDADE TRIBUTÁRIA
SEÇÃO III
DO DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
§ 2º. Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos do
parágrafo anterior, considerar-se-á como domicílio tributário ou contribuinte ou responsável, o lugar
da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação respectiva.
§ 3º. A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, sua localização, acesso ou
quaisquer outras características que impossibilitem ou dificultem a arrecadação ou a fiscalização do
tributo, aplicando-se então, a regra do parágrafo anterior.
54
§ 4º. No caso de alteração do domicílio tributário eleito pelo contribuinte ou responsável, este
ou aquele deverá, obrigatoriamente, comunicar à repartição competente o novo endereço, dentro do
prazo de 30 (trinta) dias, contados da ocorrência da referida alteração.
§ 5º. Ao contribuinte ou responsável que não cumprir o disposto no § 4º, retro, será aplicada
MULTA correspondente a 01 (uma) UFMRB, vigente na data da lavratura do Auto de Infração.
CAPÍTULO V
DA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
SEÇÃO I
DA DISPOSIÇÃO GERAL
Art. 219. Sem prejuízo do disposto neste capítulo a lei pode atribuir, de modo expresso,
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a esse em caráter supletivo
do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
SEÇÃO II
DA RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES
Art. 220. Os créditos tributários relativos ao Imposto Predial Territorial, as Taxas pela
prestação de serviços referentes a tais bens, ou as Contribuições de Melhorias sub-rogam-se na
pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos, sem
que tenha havido prova de sua quitação;
II - o sucessor, a qualquer título e o congênere meeiro, pelos tributos devidos pelo "de cujus"
até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ou montante do quinhão do
legado ou da meação;
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo "de cujus" até a data da abertura da sucessão.
Art. 222. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação, cisão ou
incorporação de outra é responsável pelos tributos devidos, até a data do ato.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas
jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer
sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
Art. 223. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir outra, por qualquer título,
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial, produtor, de prestação de serviços ou
profissional, continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou
nome individual, responde pelos tributos relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até
a data do ato:
SEÇÃO III
DA RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS
SEÇÃO IV
DA RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES
Art. 226. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação
tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.
I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando
praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego ou no
cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito;
II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico seja elementar;
III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:
a) das pessoas referidas no artigo 224, contra aquelas por quem respondem;
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou
empregados;
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra
essas.
Art. 228. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração acompanhada,
se for o caso, do pagamento do tributo devido e juros de mora, quando o montante do tributo
depende da apuração.
TÍTULO III
DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 229. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta.
56
Art. 230. As circunstâncias que modificam o crédito tributário sua extensão ou seus efeitos,
ou as garantias ou privilégios a eles atribuídos ou que excluem sua exigibilidade não afetam a
obrigação tributária que lhe deu origem.
CAPÍTULO II
DA CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
SEÇÃO ÚNICA
DO LANÇAMENTO
Art. 233. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador de obrigação e rege-
se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
Art. 234. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em
virtude de:
I - impugnação do sujeito passivo;
II - recurso de ofício;
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 236.
§ 1º. O pagamento antecipado pelo obrigado, nos termos do inciso III deste artigo, extingue o
crédito, sob condição resolutória de ulterior homologação do lançamento.
§ 2º. Na hipótese do inciso III deste artigo, não influem sobre a obrigação tributária quaisquer
atos anteriores à homologação praticados pelo sujeito passivo ou por terceiros, visando a extinção
total ou parcial do crédito, sendo tais atos considerados na apuração do saldo porventura devido e,
sendo o caso, na imposição de penalidade, ou na sua graduação.
Art. 236. O lançamento é efetivado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos
seguintes casos:
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito
da Fazenda Pública.
CAPÍTULO III
DA SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
SEÇÃO I
DA DISPOSIÇÕES GERAIS
SEÇÃO II
DA MORATÓRIA
I - em caráter geral;
II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa.
Art. 241. A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize sua concessão em caráter
individual, especificará, sem prejuízo de outros requisitos:
Art. 242. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos
definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já
tenha sido iniciado aquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo.
Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do
sujeito passivo ou de terceiro em benefício daquele.
Art. 243. A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será
revogada, de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as
condições, ou não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão, do favor, cobrando-
se o acrescido de juros de mora:
Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido entre a concessão da
moratória e sua revogação não se computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito
e, no caso do inciso II deste artigo, a revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido direito.
CAPÍTULO IV
DA EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
SEÇÃO I
DA MODALIDADE DE EXTINÇÃO
SEÇÃO II
DO PAGAMENTO
Parágrafo único. O crédito pago por cheque somente se considera extinto com o resgate
deste pelo sacado.
Art. 247. A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do crédito tributário, nem
desonera o cumprimento da obrigação acessória.
Art. 249. A correção monetária incidirá mensalmente sobre os créditos fiscais decorrentes de
tributos ou penalidades não liquidados na data de seus vencimentos.
Parágrafo único. Os tributos lançados com valores expressos em UFMRB, não estarão
sujeitos à correção monetária prevista no "caput" deste artigo.
Art. 250. As multas incidentes sobre os créditos tributários vencidos e não pagos serão
calculados em função dos tributos corrigidos monetariamente, ou de seus valores expressos em
Unidade Fiscal do Município de Rio Branco - UFMRB.
Parágrafo único. As multas devidas, não proporcionais ao valor do tributo, serão também
corrigidas monetariamente a partir do seu vencimento.
Art. 251. Os débitos tributários para com a Fazenda Municipal, inscritos ou não como dívida
ativa do Município, poderão ser parcelados, desde que vencidos e não pagos em tempo hábil.
SEÇÃO III
DO PAGAMENTO INDEVIDO
Art. 252. O sujeito passivo tem direito, independente de prévio protesto, à restituição total ou
parcial do tributo, seja qual for à modalidade do seu pagamento, nos seguintes casos:
I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da
legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador
efetivamente ocorrido;
II - erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo
do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao
pagamento;
III - reforma, anulação, renovação ou rescisão de decisão condenatória.
Art. 253. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do
respectivo encargo financeiro, somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo,
ou no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por esse expressamente autorizado a recebê-la.
Art. 254. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção
dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes à infração de caráter formal não
prejudicadas pela causa da restituição.
§ 1º. As importâncias a serem restituídas serão atualizadas monetariamente na forma da lei.
§ 2º. A restituição vence juros não capitalizáveis a partir do trânsito em julgado da decisão
definitiva que a determinar.
Art. 255. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 05 (cinco)
anos, contados:
I - nas hipóteses dos incisos I e II, do artigo 235, da data da extinção do crédito tributário;
II - na hipótese do inciso III, do artigo 235, da data em que se tornar definitiva a decisão
administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou
rescindido a decisão condenatória.
Art. 256. Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a
restituição.
SEÇÃO IV
DAS DEMAIS MODALIDADES DE EXTINÇÃO
Art. 257. A importância do crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito
passivo nos casos:
I - de recusa de recebimento ou subordinação desse ao pagamento de outro tributo ou de
penalidade, ou do cumprimento de obrigação acessória;
II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem
fundamento legal;
III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre
um mesmo fato gerador.
§ 1º. A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante propõe-se a pagar.
§ 2º. Julgada procedente a consignação, o pagamento reputa-se efetuado e a importância
consignada é convertida em renda e, julgando-se improcedente a consignação no todo ou em parte,
cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis.
Art. 258. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em
cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com
créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Pública.
61
Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo a lei determinará, para os
efeitos deste artigo, a apuração do seu montante não podendo, porém, cominar redução maior que a
correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da
compensação e a do vencimento.
Art. 259. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça aos sujeitos ativo e passivo da
obrigação tributária, celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação
de litígio e conseqüente extinção do crédito tributário.
Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada
caso.
Art. 260. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho
fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:
I - à situação econômica do sujeito passivo;
II - ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo quanto à matéria de fato;
III - à diminuta importância do crédito tributário;
IV - a considerações de eqüidade em relação com as características pessoais ou materiais do
caso;
V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido aplicando-se,
quando cabível, o disposto no artigo 236.
Art. 261. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 05
(cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o
lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o
decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito
tributário pela notificação ao sujeito passivo de qualquer medida preparatória indispensável ao
lançamento.
Art. 262. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 05 (cinco) anos, contados
da data da sua constituição definitiva.
Art. 263. Ocorrendo a decadência ou a prescrição, e não tendo sido elas interrompidas na
forma dos Parágrafos Únicos dos Artigos 260 e 261, abrir-se-á inquérito administrativo para apurar as
responsabilidades, na forma da legislação aplicável.
CAPÍTULO V
DA EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
I - a isenção;
II - a anistia;
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das
obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou delas
conseqüente.
SEÇÃO II
DA ISENÇÃO
I - em caráter geral quando a lei que a conceder não impuser condições aos beneficiários;
II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa competente, em
requerimento no qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento
dos requisitos previstos em lei para sua concessão.
§ 1º. O requerimento referido no inciso II deste artigo deverá ser apresentado:
I - nos casos previstos no art. 25, do Imposto Predial e Territorial Urbano, ate o ultimo dia útil
do mês de junho do exercício da incidência do imposto;
II - no caso do Imposto Sobre Serviço, devido por profissionais autônomos ou sociedades de
profissionais, até o vencimento do prazo final fixado em cada ano para pagamento do tributo.
III - no caso do Imposto Sobre Serviço lançado por homologação, até o vencimento do prazo
final fixado para o primeiro pagamento, no ano.
§ 2º. Será possível a isenção parcial de tributos, a título de incentivo fiscal, nos seguintes
casos:
I - a alíquota do Imposto Predial será reduzida em 50% (cinqüenta por cento) para as
empresas que venham a se instalar no Distrito Industrial definido no Plano Diretor de Rio Branco, pelo
prazo de 05 (cinco) anos consecutivos, a contar da data da entrada em vigor deste Código, ou do
efetivo início de atividades naquele local;
II - ao contribuinte que, mediante requerimento, até o último dia útil do mês de outubro,
comprovar o cultivo de horticultura ou árvores frutíferas em seu imóvel, em área não inferior a 50%
(cinqüenta por cento) da área do imóvel, na proporção de 0,02 (dois centésimos) da UFMRB, por m²
de área cultivada, até o limite de 20% (vinte por cento) do valor do Imposto Predial e Territorial;
III - a alíquota do Imposto Predial e Territorial será reduzida em 20% (vinte por cento), pelo
prazo de 02 (dois) anos consecutivos, a contar da data da execução de obras de calçadas, por conta
do contribuinte, dentro dos padrões adotados pelo município, em toda a testada do imóvel.
§ 3º. a falta do requerimento fará cessar os efeitos da isenção e sujeitará o crédito tributário
respectivo às formas de extinção previstas neste Código.
§ 4º. A documentação apresentada com o primeiro pedido de isenção poderá servir para os
demais exercícios, devendo o requerimento de renovação da isenção referir-se àquela
documentação.
§ 5º. O despacho a que se refere este artigo não gera direito adquirido, sendo a isenção
revogada de ofício sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as
condições ou não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se
o crédito corrigido monetariamente, acrescido de juros de mora:
I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou
de terceiro em benefício daquele;
II - sem imposição de penalidade, nos demais casos.
§ 6º. O lapso de tempo entre a efetivação e a renovação da isenção não é computado para
efeito de prescrição do direito de cobrança do crédito.
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SEÇÃO III
DA ANISTIA
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa
qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em
benefício daquele;
II - salvo disposição em contrário, às infrações, resultantes do conluio entre duas ou mais
pessoas naturais ou jurídicas.
I - em caráter geral;
II - limitadamente:
a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo;
b) às infrações punidas com penalidade pecuniárias até determinado montantes, conjugadas
ou não com penalidades de outra natureza;
c) à determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela
peculiares;
d) sob condições do pagamento de tributo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja
atribuída pela mesma autoridade administrativa.
Art. 269. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por
despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do
preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se
quando cabível o disposto no artigo 236.
TÍTULO V
DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
CAPÍTULO I
DO CADASTRO FISCAL
Art. 270. Caberá ao Fisco organizar e manter completo e atualizado o Cadastro Fiscal do
Município, que compreenderá:
I - Cadastro Imobiliário;
II - Cadastro Mobiliário.
Art. 271. O Cadastro Imobiliário será constituído de todos os imóveis situados no território
sujeitos ao Imposto Predial e Territorial Urbano e às Taxas de Serviços Urbanos e Rurais.
Art. 272. O Cadastro Mobiliário compreende as pessoas físicas ou jurídicas que se instalem
ou exerçam suas atividades no Município de Rio Branco, com ou sem estabelecimento fixo.
Art. 273. A inscrição ou sua retificação ou baixa no cadastro fiscal do Município é obrigatória,
devendo ser promovida:
II – no Cadastro Mobiliário, por todas as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam no território
do Município de Rio Branco qualquer atividade de natureza civil, comercial ou industrial, seja matriz
ou filial, escritório para contatos, depósitos fechados destinados a guarda de mercadorias, mesmo
sem finalidade lucrativa.
§ 1º. A inscrição dos imóveis no Cadastro Imobiliário, sujeitos à tributação municipal, far-se-á
à vista de requerimento e preenchimento de formulário especiais numerado tipograficamente,
fornecidos pela Prefeitura com a apresentação de qualquer documento que comprove a propriedade,
o domínio útil ou a posse a qualquer título.
§ 2º. A inscrição no Cadastro Mobiliário será efetuada pelo responsável ou seu representante
legal que fornecerá à Prefeitura, em formulários próprios para cada estabelecimento ou atividade, os
elementos e informações necessários, apresentando os documentos comprobatórios de registro ou
inscrição nos órgãos federais, estaduais e de registro e fiscalização profissional, bem como os de
identificação pessoal.
§ 3º. O Município poderá promover de ofício, a qualquer tempo, a inscrição ou atualização
das informações constantes em seus Cadastros Imobiliário e Mobiliário, sempre que esta deixar de
ser feita no prazo regulamentar.
Art. 274. As declarações para inscrição no cadastro a que se refere o artigo 284 deverão ser
prestadas antes do início das atividades respectivas.
Art. 278. Ao Município é facultado instituir, quando necessário para atender à organização
fazendária dos tributos de sua competência, novas modalidades de cadastros fiscais.
SEÇÃO I
DO CADASTRO IMOBILIÁRIO
Art. 279. A inscrição dos imóveis urbanos no Cadastro Imobiliário será promovida:
I – pelo proprietário ou seu representante legal, assim como pelo possuidor a qualquer título;
II – por qualquer dos condôminos, em se tratando de condomínio;
III – pelo compromissário comprador, no caso de compromisso de compra e venda;
IV – pelo inventariante, síndico ou liquidante, quando se tratar de imóvel pertencente a
espólio, massa falida ou sociedade em liquidação;
V – de ofício, em se tratando de imóvel federal, estadual, municipal ou pertencente a qualquer
de suas entidades autárquicas ou fundacionais.
Art. 280. As alterações de dados constantes do Cadastro Imobiliário deverão ser promovidas
mediante requerimento instruído de qualquer documento que comprove a propriedade, o domínio útil
ou a posse a qualquer título do interessado, ou de ofício, independentemente da instauração de
processo administrativo, nos seguintes casos:
Art. 281. Os tabeliães estão obrigados, no prazo de 15 (quinze) dias dos atos praticados
comunicar todos os atos translativos de domínio imobiliário, identificando-se o objeto da translação,
nome das partes e demais elementos necessários ao Cadastro Imobiliário, através de formulário
especial numerado tipograficamente, fornecido pela Prefeitura.
Art. 282. Em se tratando de área loteada, cujo loteamento houver sido aprovado pela
Prefeitura, deverá o formulário de inscrição ser acompanhado de planta completa em escala, que
permita a anotação dos desdobramentos e designar o valor da aquisição, os logradouros, as quadras
e os lotes, área total, as áreas cedidas ao patrimônio municipal, as áreas compromissadas e as áreas
alienadas.
Art. 283. Os responsáveis por loteamento ficam obrigados a fornecer, até o mês de outubro
de cada ano, à repartição fazendária competente, relação dos lotes que, no ano, tenham sido
alienados definitivamente ou compromissados em compra e venda mencionando o nome do
comprador, o C.P.F. e o endereço, o número de quadra e do lote e o valor do contrato de venda, a fim
de ser feita à anotação no Cadastro Imobiliário.
SEÇÃO II
DO CADASTRO MOBILIÁRIO
Art. 284. O contribuinte deve promover sua inscrição no Cadastro Mobiliário de prestadores
de serviços antes do início de suas atividades, fornecendo à Prefeitura os elementos e informações
necessárias para a correta fiscalização do tributo, nos formulários oficiais próprios.
§ 1º. Para cada local de prestação de serviços o contribuinte deve fazer inscrição distinta;
§ 2º. Na inexistência de estabelecimento fixo, a inscrição será única pelo local do domicílio do
prestador de serviço;
§ 3º. A inscrição não faz presumir a aceitação, pela Prefeitura, dos dados e informações
apresentados pelo contribuinte, os quais podem ser verificados para fins de lançamento;
§ 4º. A inscrição será permanentemente atualizada, ficando o responsável obrigado a
comunicar à repartição competente, no prazo de 30 (trinta) dias contados da data da ocorrência do
fato, as alterações havidas em quaisquer das características mencionadas no modelo da ficha de
inscrição.
§ 5º. A administração poderá promover de ofício, inscrição, alterações cadastrais ou
cancelamento da inscrição sem prejuízo da aplicação das penalidades cabíveis.
Art. 285. Os contribuintes a que se referem os incisos II e III do artigo 65 deverão, até 30 de
janeiro de cada ano, atualizar os dados de sua inscrição quanto ao número de profissionais que
participam da prestação dos serviços, ou quanto à sua situação de prestadores autônomos de
serviços.
Art. 286. O contribuinte deve comunicar à Prefeitura, dentro do prazo de 30 (trinta) dias
contínuos, contados da data de sua ocorrência, a cessação de atividades, a fim de obter baixa de sua
inscrição, a qual será concedida após a verificação da procedência da comunicação, sem prejuízo da
cobrança dos tributos devidos ao Município.
Art. 288. A Prefeitura exigirá dos contribuintes a emissão de nota fiscal de serviços e a
utilização de livros, formulários ou outros documentos necessários ao registro, controle e fiscalização
dos serviços ou atividades tributáveis, sempre que tal exigência se fizer necessária em razão da
peculiaridade da prestação de serviços.
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Parágrafo único. Ficam desobrigados das exigências que forem feitas com base neste artigo
os contribuintes a que se refere o artigo 65, desta lei, exceto informações de atualização do Cadastro
Mobiliário.
CAPÍTULO II
DA FISCALIZAÇÃO
Art. 292. Para os efeitos da legislação tributária não tem aplicação quaisquer disposições
legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos,
papéis e efeitos, comerciais ou fiscais, dos comerciantes, industriais, prestadores de serviços ou
produtores rurais, ou da obrigação de exibi-los.
Art. 293. Mediante intimação escrita são obrigados a prestar à autoridade administrativa
todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:
Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações
quando aos fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em
razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
Art. 294. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação para
qualquer fim, por parte da Fazenda Pública ou de seus funcionários, de qualquer informação obtida
em razão do ofício, sobre a situação econômica ou financeira dos sujeitos passivos ou, de terceiros e
sobre a natureza e o estado dos seus negócios ou atividades.
Art. 295. A Fazenda Pública Municipal poderá prestar e receber assistência das Fazendas
Públicas da União, dos Estados, do Distrito Federal e de outros Municípios para a fiscalização dos
tributos respectivos e permuta de informações, na forma estabelecida em caráter geral ou específico,
por lei ou convênio.
67
Art. 296. A autoridade administrativa municipal poderá requisitar o auxílio de força policial
quando vítima de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à
efetivação de medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei
como crime ou contravenção.
CAPÍTULO III
DA DÍVIDA ATIVA
Art. 297. Constitui dívida ativa tributária do município a proveniente de impostos, taxas,
contribuição de melhoria e multas tributárias de qualquer natureza, correção monetária e juros de
mora, regularmente inscritos na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo
fixado para pagamento pela legislação tributária ou por decisão final proferida em processo regular.
Art. 298. Constituem dívida ativa não tributária os demais créditos da Fazenda Pública, tais
como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multas de
qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios ou taxa de ocupação, custas
processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos políticos, indenizações, reposições,
restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem como os créditos decorrentes
de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de
contratos em geral ou de outras obrigações legais.
Art. 299. A dívida ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez.
§ 1º. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova
inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a quem se aproveite.
§ 2º. A fluência de juros de mora e a aplicação dos índices de correção monetária não
excluem a liquidez do crédito.
Parágrafo único. As duas vias a que se refere este artigo são dependentes uma da outra,
podendo a Administração, quando o interesse da Fazenda assim o exigir, providenciar a cobrança
judicial da dívida, mesmo que não tenha dado início ao procedimento amigável.
Art. 302. Aos débitos fiscais inscritos na dívida ativa do Município aplica-se o disposto no
artigo 244, a requerimento do interessado.
CAPÍTULO IV
DA CERTIDÃO NEGATIVA
Art. 303. A prova de quitação do crédito tributário será feita, exclusivamente, por certidão
negativa regularmente expedida pelo órgão administrativo competente.
Art. 304. A prova da quitação de determinado tributo será feita por certidão negativa expedida
à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à
identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade, e indique o período a
que se refere o tributo.
§ 1º. A certidão negativa será sempre expedida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do
requerimento na repartição e terá validade de 60 (sessenta) dias.
§ 2º. Da certidão, mesmo que negativa com referência aos termos em que foi requerida,
constará outros débitos de responsabilidade das empresas de que o requerente participe como sócio,
ou ainda, se requerida por pessoa jurídica, dos débitos de responsabilidade dos sócios da empresa, e
das empresas que os mesmos tenham interesse.
Art. 305. A expedição de certidão negativa não exclui o direito de a Administração exigir, a
qualquer tempo, os créditos tributários que venham a ser apurados.
Art. 306. Terá os mesmos efeitos de certidão negativa aquela que consigne a existência de
créditos tributários não vencidos, em curso de cobrança executiva, em que tenha sido efetivada a
penhora ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
Art. 307. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a
Fazenda Municipal, responsabiliza pessoalmente o servidor que a expedir pelo crédito tributário e
pelos demais acréscimos legais.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a responsabilidade criminal e funcional
que couber e é extensivo a quantos colaborarem, por ação ou omissão, no erro contra a Fazenda
Municipal.
Art. 309. Sem prova, por certidão ou por declaração de isenção ou de reconhecimento de
imunidade com relação aos tributos ou quaisquer outros ônus relativos ao imóvel até o ano da
operação, inclusive, os escrivães, tabeliães e oficiais de registro não poderão lavrar ou registrar
quaisquer atos relativos a imóveis, inclusive escrituras de enfiteuse, anticrese, hipoteca,
arrendamento ou locação.
Parágrafo único. A certidão será obrigatoriamente referida nos atos de que trata este artigo.
69
TÍTULO VI
DO PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 310. Este título regula as disposições gerais do procedimento tributário, as medidas
preliminares, os atos iniciais da exigência do crédito tributário do município decorrentes de impostos,
taxas, contribuições, penalidades, demais acréscimos, consulta e o processo administrativo tributário.
SEÇÃO I
DOS PRAZOS
Art. 311. Os prazos fixados na legislação tributária do município serão contínuos, excluindo-
se na sua contagem o dia do início e incluindo-se o do vencimento.
§ 1º. Não ocorrendo à hipótese prevista neste artigo, o início ou o fim do prazo será
transferido ou prorrogado para o primeiro dia de expediente normal ao anteriormente fixado.
§ 2º. Para os casos em que o vencimento ocorre dentro do mês, o prazo final será no último
dia útil de expediente normal no órgão em que tramite o processo ou deva ser praticado o ato.
SEÇÃO II
DA CIÊNCIA DOS ATOS E DECISÕES
Art. 315. Os despachos interlocutórios que não afetem a defesa do sujeito passivo
independem de intimação.
SEÇÃO III
DA NOTIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO
Art. 316. A notificação de lançamento será expedida pelo órgão que administra o tributo e
conterá, obrigatoriamente o nome do notificado, a espécie do tributo e o valor do crédito tributário.
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Art. 317. A notificação do lançamento será feita na forma do disposto nos artigos 313 e 314.
CAPÍTULO II
DO PROCEDIMENTO FISCAL
Art. 319. A exigência do crédito tributário será formalizada em auto de infração e imposição
de multa, notificação de lançamento, distinto por tributo.
Art. 320. O processo será organizado em forma de autos forense e em ordem cronológica e
terá suas folhas e documentos rubricados e numerados.
CAPÍTULO III
DAS MEDIDAS PRELIMINARES
SEÇÃO I
DO TERMO DE FISCALIZAÇÃO
Art. 321. A autoridade que presidir ou proceder a exames e diligências lavrará, sob sua
assinatura, termo circunstanciado do que apurar, consignado a data de início e final, o período
fiscalizado, os livros e documentos examinados, os dados cadastrais da pessoa física ou jurídica
fiscalizada, e o que mais possa interessar.
SEÇÃO II
DA APREENSÃO DE BENS, LIVROS E DOCUMENTOS
Art. 322. Poderão ser apreendidos os bens móveis, inclusive mercadorias, livros ou
documentos em poder do contribuinte, do responsável ou de terceiros, que constituam prova material
de infração estabelecida na legislação tributária.
Art. 323. Da apreensão lavrar-se-á auto com os elementos do auto de infração, observando-
se, no que couber, o disposto no artigo 324.
Parágrafo único. Do auto de apreensão constarão a descrição dos bens, mercadorias, livros
ou documentos apreendidos, a indicação do lugar onde ficarão depositados e do nome do
depositário, podendo a designação recair no próprio detentor, se for idôneo, a juízo do autuante.
Art. 325. Se o autuado não provar o preenchimento das exigências legais para liberação dos
bens apreendidos no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data da apreensão, serão os bens levados
a leilão.
§ 1º. Quando a apreensão recair em bens de fácil deterioração, estes poderão ser doados, a
critério da Administração, a associações de caridade e demais entidades de assistência social.
§ 2º Apurando-se, na venda, em haste pública ou leilão, importância superior ao tributo, à
multa e acréscimos devidos, serão o autuado notificado para receber o excedente, no prazo de 10
(dez) dias, decorridos os quais, o valor será depositado em conta poupança vinculada junto à
instituição financeira oficial.
CAPÍTULO IV
DOS ATOS INICIAIS
SEÇÃO I
DA NOTIFICAÇÃO PRELIMINAR
Art. 326. Verificando-se qualquer infração à legislação tributária municipal, desde que, não
implique em falta ou atraso no pagamento de tributos, será expedida contra o infrator Notificação
Preliminar, para que, no prazo que não poderá ser inferior a 24 (vinte e quatro) horas e nem superior
a 72 (setenta e duas) horas, regularize a sua situação.
§ 1º. Esgotado o prazo de que trata este artigo, sem que o infrator tenha regularizado a
situação perante a repartição competente, lavrar-se-á auto de infração e imposição de multa.
§ 2º. Lavrar-se-á, imediatamente, auto de infração e imposição de multa quando o sujeito
passivo se recusar a receber a notificação preliminar.
Art. 327. Não caberá notificação preliminar, devendo o sujeito passivo ser imediatamente
autuado:
Art. 328. A notificação preliminar será feita em formulário destacado de bloco ou talonário
próprio, no qual ficará cópia a carbono com "ciente" do notificado representante ou preposto, e
conterá os elementos seguintes:
I - nome do notificado;
II - local, dia e hora da lavratura;
III - descrição do fato que a motivou e indicação do disposto legal de fiscalização, quando
couber;
IV - valor do tributo e da multa devidos;
V - assinatura do notificante e do notificado.
Art. 329. Considera-se convencido do débito fiscal o contribuinte que pagar o tributo mediante
notificação preliminar da qual não caiba recurso ou defesa.
SEÇÃO II
DO AUTO DE INFRAÇÃO E IMPOSIÇÃO DE MULTA
Art. 330. Verificando-se violação da legislação tributária, por ação ou omissão, ainda que não
importe em evasão fiscal, lavrar-se-á o auto de infração e imposição de multa correspondente, em
duas ou mais vias, sendo a primeira entregue ao infrator.
Art. 331. O auto será lavrado com precisão e clareza, sem entrelinhas, emendas ou rasuras,
e deverá:
Art. 332. O auto de infração poderá ser lavrado cumulativamente com o auto de apreensão.
Art. 333. Não sendo possível a intimação na forma do inciso IX, do artigo 331, aplica-se o
disposto no artigo 313.
Art. 334. Desde que o autuado não apresente defesa o pagamento das importâncias exigidas
no auto de infração, dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da respectiva intimação, o valor das
multas, exceto a moratória, será reduzido de 50% (cinqüenta por cento).
73
CAPÍTULO V
DA CONSULTA
Art. 336. A consulta será formulada através de petição dirigida ao responsável pela unidade
administrativa, com a apresentação clara e precisa de todos os elementos indispensáveis ao
entendimento da situação de fato e com a indicação dos dispositivos legais aplicados, instruída, se
necessário, com os documentos.
Art. 337. Nenhum procedimento fiscal será instaurado contra o contribuinte responsável
relativamente à espécie consultada, a partir da apresentação da consulta, até o trigésimo dia
subseqüente à data da ciência da resposta.
Art. 338. O prazo para resposta da consulta formulada será de 30 (trinta) dias.
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo a consulta será declarada ineficaz e
determinado o arquivamento.
Art. 340. Quando a resposta à consulta for no sentido da exigibilidade de obrigação cujo fato
gerador já tiver ocorrido, a autoridade julgadora ao intimar o consulente para ciência da decisão,
determinará o cumprimento da mesma, fixando o prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 341. O consulente poderá fazer cessar, no todo ou em parte, a oneração de eventual
crédito tributário efetuando seu pagamento ou depósito obstativo, cujas importâncias serão restituídas
dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da notificação do interessado.
Art. 342. Não cabe pedido de reconsideração ou recurso de decisão proferida em processo
de consulta.
Art. 343. A solução dada à consulta terá efeito normativo quando adotada em circular
expedida pela autoridade fiscal competente.
74
CAPÍTULO VI
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO
SEÇÃO I
DAS NORMAS GERAIS
Art. 350. Poderão ser restituídos os documentos apresentados pela parte, mediante recibo,
desde que não prejudiquem a decisão, exigindo-se a sua substituição por cópias autenticadas.
Art. 351. Quando no decorrer da ação fiscal forem apurados novos fatos, envolvendo a parte
ou outras pessoas, ser-lhe-á marcado qual prazo para a apresentação de defesa no mesmo
processo.
SEÇÃO II
DA IMPUGNAÇÃO
Art. 354. A impugnação será dirigida ao chefe da repartição competente e deverá conter:
Art. 356. Juntada a impugnação ao processo, ou formado este, se não houver, o mesmo será
encaminhado ao autor do ato impugnado, que apresentará réplica às razões da impugnante, dentro
do prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 357. Recebido o processo com a réplica a autoridade julgadora determinará de ofício a
realização das diligências que entender necessária, fixando o prazo de 15 (quinze) dias para sua
efetivação, e indeferirá as prescindíveis.
Parágrafo único. Se na diligência forem apurados fatos de que resulte crédito tributário maior
do que o impugnado, será reaberto o prazo para nova impugnação, devendo do fato ser dado ciência
ao interessado.
Art. 359. Recebido o processo pela autoridade julgadora esta decidirá, por escrito com
redação clara e precisa, sobre a procedência ou improcedência da impugnação, dentro do prazo de
30 (trinta) dias.
Art. 360. A intimação da decisão será feita na forma dos artigos 313 e 314.
Art. 361. O impugnante poderá fazer cessar, no todo ou em parte, a oneração do crédito
tributário, efetuando o seu pagamento ou o seu depósito obstativo, cujas importâncias, se indevidas,
serão restituídas dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da intimação da decisão.
Art. 362. A autoridade julgadora remeterá os autos ao Secretário Municipal de Finanças, para
ratificação da decisão, sempre que esta exonerar o contribuinte ou responsável do pagamento de
tributo e multa, cujos valores originários somados sejam superiores a 10 (dez) UFMRB, vigentes à
época da decisão.
SEÇÃO III
DO RECURSO
Art. 363. Da decisão de primeira instância caberá recurso voluntário ao Secretário Municipal
de Finanças dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da intimação.
Parágrafo único. O recurso poderá ser interposto contra a decisão ou parte dela.
Art. 366. A intimação será feita na forma dos artigos 313 e 314.
Art. 367. O recorrente poderá fazer cessar no todo ou em parte, a oneração do crédito
tributário, efetuando o seu pagamento ou seu depósito obstativo, cujas importâncias, se indevidas,
serão restituídas dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da intimação da decisão.
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SEÇÃO IV
DA EXECUÇÃO DAS DECISÕES
I - as decisões finais de primeira instância não sujeitas à remessa para ratificação da decisão,
e quando esgotado o prazo para recurso voluntário, sem que esse tenha sido interposto;
II - as decisões finais de segunda instância;
Parágrafo único. Os processos encerrados serão mantidos pela Administração, pelo prazo
de 05 (cinco) anos da data do despacho de seu arquivamento, após serão inutilizados.
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 372. Todo e qualquer contribuinte em débito para com os cofres municipais, a qualquer
título, fica impedido de transacionar, receber quantias ou créditos ou celebrar contratos de qualquer
natureza com as repartições municipais de administração direta e indireta.
Art. 373. Fica o Poder Executivo autorizado a firmar convênios com os órgãos públicos
Federais, Estaduais ou Municipais, diretamente, ou por intermédio de suas Autarquias, Fundações ou
Institutos, ou ainda com Entidades Privadas, visando a facilitar a arrecadação dos tributos e demais
rendas.
Art. 374. Ao contribuinte compete, uma vez vencido em processo administrativo tributário,
previsto neste Código, o pagamento do principal, devidamente atualizado monetariamente, juros e
multa de mora, além dos encargos inerentes, em razão da cobrança e seu débito ou dívida inscrita,
executada judicialmente ou não.
§ 1º. Entende-se como encargo todo e qualquer ônus ou obrigação acessória derivada,
inclusive as de natureza social, compreendidas todas as despesas que se fizerem necessárias para a
concretização da cobrança em toda sua plenitude e celebridade.
§ 2º. Estes encargos para efeito de cálculo e ressarcimento deverão, obrigatoriamente, ser
acoplados ao principal, devidamente atualizados monetariamente.
Art. 375. Fica instituída a Unidade Fiscal do Município de Rio Branco - UFMRB.
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§ 1º. A Unidade Fiscal o Município de Rio Branco, bem como seus múltiplos e submúltiplos
deverão ser indicados pela sigla UFMRB, e poderá servir de base para fixação de importâncias
referente a:
§ 2º. A Unidade Fiscal do Município de Rio Branco - UFMRB, será expressa em moeda
corrente nacional e, a partir de publicação desta lei, seu valor inicial corresponderá a R$ 51,52
(cinqüenta e um reais e cinqüenta e dois centavos), corrigidos com base na variação do INPC/IBGE,
ou outro índice que o substitua ou, ainda, pelo índice utilizado pela União para atualização monetária
de seus créditos tributários.
§ 4º. Fica o Poder Executivo autorizado a, para o mês de janeiro de cada exercício fiscal, fixar
o valor da UFMRB, mediante a aplicação do mesmo percentual do índice que a atualizou para o mês
de dezembro do exercício imediatamente anterior.
Art. 376. No que couber, esta lei será regulamentada no prazo de até 90 (noventa) dias,
contados da data de sua publicação.
Art. 377. Esta lei entrará em vigor da data de sua publicação e produzirá seus efeitos a partir
de 1º de janeiro de 2004.