Ajustes E Tolerâncias Das Dimensões
Ajustes E Tolerâncias Das Dimensões
TOLERÂNCIAS DAS
DIMENSÕES
Há imperfeições em toda parte...
• Laranjas não são esféricas ...
• Há manchas nas cascas das maçãs ...
• Há pequenas falhas na pintura de um
carro novo ...
• Há defeitos no reboco de uma
parede...
• Há microorganismos na água que
bebemos ...
Imperfeições são aceitáveis
• Laranjas não são esféricas ...
... mas dão um excelente suco.
• Há manchas nas cascas das maçãs ...
... que não afetam seu sabor.
• Há pequenas falhas na pintura de um carro novo ...
... mas ninguém nota.
• Há defeitos no reboco de uma parede...
... que são quase imperceptíveis.
• Há microorganismos na água que bebemos ...
... mas podem não comprometer a nossa saúde.
Tolerâncias
• São limites aceitáveis para uma
característica de um componente,
produto ou processo que, se
obedecidos, não comprometem a sua
qualidade.
• Tolerâncias devem sempre ser
informadas pelo projetista e passam a
fazer parte das especificações de um
produto ou processo.
Exemplos de tolerâncias
– O diâmetro de uma cabo de vassoura
cumprirá bem sua função se seu diâmetro
estiver dentro da tolerância (25 ± 1) mm.
– O valor de um resistor elétrico de 150
com tolerância de 10% deve estar dentro
da faixa (150 ± 15) .
– Nem o comprador nem o fabricante serão
lesados se a quantidade de café dentro de
uma embalagem de 500 g estiver dentro da
faixa (500 ± 10) g.
Tolerâncias
• São estabelecidas com base nas
características desejadas para o produto.
• Tolerâncias mais apertadas que o necessário
encarecem o produto.
• Tolerâncias muito relaxadas comprometem a
qualidade do produto.
• Necessário equilibrar custo/benefício.
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES
Introdução
Na fabricação em série, é necessário que as peças acopladas
sejam passíveis de serem trocadas por outras, que tenham as
mesmas especificações das peças originais. Assim, ao se fabricar
componentes mecânicos é fundamental que certas peças
ajustem-se reciprocamente ao montá-las, sem que sejam
submetidas a tratamentos ou ajustes suplementares.
intercambiabilidade: É a possibilidade de, quando se monta
um conjunto mecânico, tomar-se ao acaso, de um lote de peças
semelhantes, prontas e verificadas, uma peça qualquer que,
montada ao conjunto em questão, sem nenhum ajuste ou
usinagem posterior, dará condições para que o sistema mecânico
cumpra as funções para as quais foi projetado.
DEFINIÇÕES BÁSICAS
Símbolo: t.
t = As - Ai (Furos) e t = as - ai (Eixos)
Terminologia de Tolerâncias
Questões
1) Um furo com afastamento inferior positivo poderá ter dimensão efetiva
maior, menor ou igual à sua dimensão nominal? Porque? Faça desenho
esquemático.
2) Um furo com afastamento inferior negativo terá dimensão efetiva
maior, menor ou igual à sua dimensão nominal? Porque? Faça desenho
esquemático.
3) Um eixo com afastamento inferior positivo terá dimensão efetiva
maior, menor ou igual à sua dimensão nominal? Porque? Faça desenho
Prof. Marcelo J. Simonetti
esquemático.
Terminologia de Tolerâncias
Questões
UTILIZAÇÃO
Questões:
A norma ABNT NB-86 prevê ainda classes especiais cd, ef, fg, js, za,
zb e zc para eixos e CD, EF, FG, JS, ZA, ZB E ZC para furo. A letra i
não é usada na nomenclatura acima para evitar confusão com a
unidade fundamental de tolerâncias (i).
Furo: 100H8 ; Ai = 0 ; As = 54 µm
Determinação do Eixo:
Fmin = Ai - as ⇒ 70 = 0 - as ⇒ as = -70 µm
• Ajustes com interferência forte: Utilizados para peças que devam ficar
solidamente acopladas em qualquer caso, podendo acoplar-se ou desacoplar-
se somente mediante pressão. A transmissão de torque dever ser garantida
por chavetas e/ou estrias. Ex.: Eixos de motores elétricos
• Ajustes com folga leve: Peças que quando bem lubrificadas pode-se
montá-las e desmontá-las com a mão. Ex.: Anéis distanciadores, colunas
móveis de furadeiras.