Historia Do Amapa Parte I E1669504703
Historia Do Amapa Parte I E1669504703
Historia Do Amapa Parte I E1669504703
AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Metodologia.........................................................................................................................................................................5
Suporte...................................................................................................................................................................................6
História do Amapá - Parte I.........................................................................................................................................7
1. Exploração, Conquista, Ocupação e Colonização da Amazônia........................................................7
2. Povos Nativos da Região do Amapá. ..............................................................................................................15
3. Colonização da Região do Amapá....................................................................................................................17
4. Disputas Territoriais e Conflitos Estrangeiros no Amapá................................................................21
5. Principais Atividades Econômicas do Amapá: Séculos XIX e XX.................................................34
Resumo................................................................................................................................................................................45
Mapa Mental.....................................................................................................................................................................46
Questões Comentadas em Aula.. ...........................................................................................................................50
Questões de Concurso................................................................................................................................................57
Gabarito................................................................................................................................................................................71
Gabarito Comentado.................................................................................................................................................... 72
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 2 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem?
O Governo do Estado do Amapá, através da sua Secretaria de Estado da Administração,
publicou o EDITAL N. 001/2022 ABERTURA – CFSD/BM/CBMAP para o Curso de Formação de
Soldados Combatentes - CFSD, na graduação de Soldado QPCBM – 2ª Classe. São 1500 vagas
+ cadastro de reserva.
Trata-se de uma excelente oportunidade para que você consiga a tão sonhada aprovação,
a estabilidade empregatícia e toda a gama de vantagens que poderá valer-se na condição de
servidor público do Estado do Amapá. Não é mesmo uma boa notícia?
Nesse sentido, ao elaborar esse material, o objeto primordial é que você alcance plenas
condições de GABARITAR A PROVA DE HISTÓRIA.
Por falar em conteúdo, será valorizada, e muito, a tão rica e significativa História do Ama-
pá. Não é para menos. Registros de povoamento na região remontam pelo menos 2.000 anos.
O Amapá foi motivo de disputas entre espanhóis, portugueses, holandeses e franceses. Tão
importante a ponto de influenciar os destinos do país, os destinos de países europeus. Real-
mente, não é para menos! Daí a necessidade de esmiuçarmos temas tão regionais e ao mesmo
tempo tão expressivos para a história do Brasil.
Além disso, você, meu(minha) querido(a) aluno(a), precisa ter como requisito o conheci-
mento da História da sociedade a qual deverá servir, zelar. Você será membro do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Amapá, Estado da Federação que possui uma população com
características culturais muito específicas. Como poderá intervir em uma sociedade que você
não conhece? Não é apenas uma disciplina cobrada para “encher linguiça”, para testar sua
alfabetização.
Assim, é muito importante que você tenha um grande escopo de conhecimento sobre a
História do Amapá, conhecimento esse que possibilitará que você tenha um alto índice de
acertos nas questões ou, melhor ainda, que você gabarite a prova e encaminhe com solidez a
sua aprovação em um cargo público.
Para tanto, a base que norteará todo o nosso curso será o diálogo, favorecendo uma boa
interação entre aluno(a) e professor e a resolução oportuna das eventuais e possíveis dúvidas
que por ventura surgirem.
Antes, porém, peço licença para uma breve apresentação.
Me chamo Daniel Vasconcellos, sou de Patos de Minas, interior de Minas Gerais. Pouco
antes de me formar em História, coisa de um ano antes, 2003, comecei a trabalhar como pro-
fessor no ensino médio. Tomei gosto pela coisa. Gosto do que faço, amo a docência. Foi muito
rápido, quando percebi já atuava em cursinhos preparatórios para concursos públicos, vesti-
bulares e no ensino médio da rede particular no interior de Minas. Passei a ministrar também
aulas de Filosofia, Sociologia e Geografia. Não faltava trabalho.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Tive a sorte de ser “engolido” pelo sistema particular de ensino e recebia um salário ra-
zoável, pelo menos pra quem desejava uma vida pacata no interior. Com isso não criei o inte-
resse por concurso público. Era feliz: trabalhava com o que gostava, mas... os ventos muda-
ram. Em 2013, após perder minha maior carga horária de trabalho, resolvi ir para Brasília, onde
ainda resido.
Entre agosto e dezembro de 2013 tentei os concursos do Ministério do Trabalho, IcmBio,
Câmara dos Deputados e Secretaria de Educação do Distrito Federal. Fiquei muito mal quando
não vi meu nome aprovado no concurso da Câmara. Me sentia preparado, mas não era a minha
área. A concorrência era enorme para um salário de R$ 18.000. Três meses de preparação é
muito pouco tempo. Para um concurso deste porte eu já deveria estar me preparando. Tudo é
planejamento e disciplina.
Mas o negócio é levantar a cabeça, estudar mais e focar no próximo. Em dezembro fiz as
provas para a Secretaria de Educação, em fevereiro saiu o resultado e em julho já estava fa-
zendo o que gosto de novo! Mas o melhor de tudo: fazendo o que gosto, ganhando bem e com
estabilidade!!! A estabilidade é a cereja do bolo do serviço público. Não existe mais aquela
pressão de todos os finais de anos letivos em que ficávamos apreensivos sem saber ao certo
se teríamos emprego no ano seguinte. Em apenas um ano minha vida deu uma guinada radical
e hoje só me arrependo de não ter buscado os concursos públicos antes.
Se existe algo que eu possa passar com essa experiência é que não se pode perder tempo!
Você precisa se dedicar, mas com planejamento, sem desespero. Esse material foi feito com
muito carinho para que seu tempo seja otimizado, para que você não perca tempo com o que
não tem possibilidade aparecer na prova. Vamos ajudá-lo(a) a alcançar seu objetivo, e digo
mais, num curto espaço de tempo.
Você verá, meu(minha) caro(a) aluno(a) que o sacrifício vale muito! Não vá se sentir cul-
pado por não dedicar o tempo que seria justo à sua família e a seus amigos. Aquele encontro
fica pra depois, e vai ser muito mais prazeroso porque carregado da alegria pela conquista do
seu esforço!
Então vamos!!! Bora buscar seu cargo! Conte comigo em tudo o que for preciso para alcan-
çar seu objetivo.
Muito bem, feitas as apresentações, vamos ao curso:
• Aula I: História do Amapá - Parte I
− História do Estado do Amapá Colonização da região do Amapá.
− Disputas territoriais e conflitos estrangeiros no Amapá.
− Principais atividades econômicas do Amapá: séculos XIX e XX.
• Aula II: História do Amapá - Parte II
− A Cabanagem no Amapá.
− A Criação do Território Federal do Amapá.
− Constituição de 1988 e o Estado do Amapá.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Metodologia
A ideia do curso é que você não precise utilizar nenhum outro material além deste para se
preparar para as questões de História. Cada detalhe do curso foi meticulosamente preparado
para sanar todas as dúvidas que puderem surgir.
Na parte teórica você encontrará uma narrativa leve e objetiva, com intuito de que consiga
enxergar, compreender a História do Amapá como um processo. Variados exemplos, esque-
mas e mapas mentais serão utilizados para que consiga criar links cognitivos. Você, em curto
espaço de tempo, conseguirá ler uma alternativa e perceber o seu erro por um pequeno deta-
lhe, saberá identificar a única alternativa lógica para o Universo da História do Amapá.
Ao final de cada aula, os principais pontos dos temas estudados serão reunidos em um
RESUMO. É ele o responsável para que você não tenha que voltar a ler as aulas incontáveis ve-
zes. Esse resumo terá a função de fazer você recordar o que fora estudado como uma cadeia
códigos que se conecta com sua memória, fazendo se lembrar, inclusive, de como o assunto
poderá ser cobrado.
Além disso, as questões de História elaboradas pela FCC serão comentadas para que você
entenda o “jeito” da banca. Uma lista de exercícios com questões sobre o tema também o(a)
ajudará na fixação do conteúdo.
Detalharemos cada fato relevante à compreensão do processo, mas isto só terá sentido
na medida em que ajudá-lo(a) a resolver as questões, a fazer bem a prova. Não vamos perder
tempo com detalhes menores já que o objetivo não é que você escreva um artigo científico
sobre “A Influência da Revolução Científica Moderna sobre o Governo de Maurício de Nassau
em Pernambuco”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Não se preocupe, ao final do curso você estará muito bem preparado para realizar uma
excelente prova.
Suporte
A dúvida é o princípio do conhecimento. Questionar, indagar... é assim que a humanida-
de chegou no atual estágio de desenvolvimento. Por isso, questione. Não tenha receio em
perguntar.
Caso a dúvida não seja sanada de maneira firme, objetiva, o processo de aprendizagem
pode ser comprometido. Por isso, não hesite em questionar. Estarei à disposição para sanar
quaisquer dúvidas que tiver.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
É no contexto das Grandes Navegações que a região Norte será colonizada. No século XV,
portugueses e espanhóis partiram para o desbravamento de novos mares, em busca de novas
rotas comerciais e de novas terras.
Em 1488, em busca de um novo caminho para as Índias, região famosa em especiarias
cobiçadas pelos europeus, a expedição portuguesa de Bartolomeu Dias encontrou uma passa-
gem ao sul da África, que fora batizada de Cabo da Boa Esperança.
Mas é a chegada de Cristóvão Colombo à América, em 1492, a “descoberta” mais signifi-
cativa do período. O genovês convenceu os reis católicos espanhóis (Fernando II de Aragão e
Isabel de Castela) a financiar sua expedição para provar que a terra era redonda, encontrando
um caminho para as índias pelo ocidente. Aportou em 12 de outubro com as caravelas Pinta,
Niña e Santa Maria.
Portugal e Espanha eram as duas grandes potências marítimas. As recentes descobertas
exigiam um acordo pela divisão das terras que poderiam ser descobertas. Assim, o Papa agiu
como mediador em um acordo, determinando a Bula Intercoetera em 1493. Insatisfeito com a
proposta, Portugal exigiu uma nova negociação que culminou no Tratado de Tordesilhas.
O Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, foi um tratado celebrado entre
o reino de Portugal e a Coroa de Castela (Espanha) para dividir as terras do globo, “descobertas
e por descobrir”, por ambas as Coroas fora da Europa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 8 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Tratado de Tordesilhas
Note que, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, o território do atual estado do Amapá
pertenceria à Espanha.
Celebrado do Tratado, as descobertas continuaram. Em 1498 a expedição de Vasco da
Gama chegou às Índias e, em 22 de abril de 1500, Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil.
Foi o navegador espanhol Vicente Pinzón que, em janeiro de 1500, primeiro aportou no
litoral do nordeste brasileiro. Depois, navegou pelo litoral norte e navegou pela foz do Rio Ama-
zonas, o qual chamou de Mar Dulce. Foi o primeiro europeu a navegar pelo litoral do Amapá, o
rio Oiapoque e seguir rumo às Guianas e ao Caribe. Portanto, querido(a) aluno(a), os espanhóis
foram os primeiros a chegar ao Brasil. Entretanto, pelo tratado de Tordesilhas, a maioria do
litoral brasileiro, velejado pelos espanhóis, pertencia à Portugal. Entenda: mesmo sendo os
que chegaram primeiro, as terras não poderiam ser colonizadas. A única exceção era a região
Norte. Assim, ainda em 1500, outro espanhol, Diogo de Lepe, primo de Pinzón, também navega
pela costa brasileira.
Outro navegador espanhol de grande importância para nossos estudos foi Francisco
Orellana. Ao participar da expedição de Francisco Pizarro aos Andes, em 1540, acabou se
desencontrando do restante das embarcações e desceu o Rio Amazonas. Foi, portanto, o pri-
meiro europeu a navegar por toda a extensão do Rio Amazonas. Retornando à Espanha, rece-
beu autorização do rei para colonizar e explorar a região. Desse modo, em 1549, navega pela
região, mas se perde e morre.
O contato dos exploradores europeus com os povos nativos foi caracterizado pela subjuga-
ção. Crentes na sua superioridade civilizacional, os colonizadores promoveram a aculturação
e usaram de violência para efetivar o domínio das novas terras e de suas riquezas, inclusive os
escravizando, como veremos mais adiante.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
a) por que a Coroa Portuguesa decidiu não explorar a colônia brasileira entre os anos de
1500 e 1530?
b) por que a Coroa Portuguesa decidiu explorar a colônia brasileira a partir dos anos de
1530?
Entre 1500 e 1530, o único produto explorado era o pau-brasil. Como ainda não havíamos
passado pela Revolução Industrial, não existiam corantes sintéticos. O pau-brasil foi muito
utilizado nas manufaturas têxteis. As concessões para exploração eram dadas pela Coroa e
chamadas de estanco. Para cortar a madeira e levar aos navios, era necessária uma grande
quantidade de mão de obra. A modalidade de exploração da mão de obra indígena recebeu o
nome de escambo: troca de presentes, de artefatos e de animais que não existiam aqui pelo
trabalho dos índios. A escravidão indígena será sim utilizada no início da colonização, mas
logo será substituída pela mão de obra africana pois a Coroa Portuguesa seguirá ao ordena-
mento da Igreja em não escravizar os nativos, considerados “almas puras do paraíso”.
Assim, a Coroa Portuguesa voltou seus olhos para a colônia brasileira e decidiu povoá-la,
explorá-la, a fim de resolver sua crise econômica e impedir que outras nações tomassem seu
território. O problema é que a Coroa Portuguesa não tinha recursos financeiros para promover
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
essa empreitada. Eis então a solução proposta: terceirizar a tarefa da colonização, entregando
lotes de terras a fidalgos (nobres portugueses). Nasceram assim as Capitanias Hereditárias.
Observe:
Capitanias Hereditárias eram faixas de terra que partiam do litoral para o interior até a linha
imaginária do Tratado de Tordesilhas. De início, foram quinze Capitanias entregues para usu-
fruto do donatário. É importante destacar que o donatário não era dono da terra, ele possuía o
direito de explorá-la, direito esse estendido a seus descendentes. No campo jurídico, existiam
dois documentos para regulamentar as relações entre a Coroa Portuguesa e os donatários:
• Carta de Doação: documento que dava ao donatário o direito de exploração da terra e
repassava esse direito a seus descendentes. Também autorizava o donatário a construir
vilas e engenhos com o objetivo de povoar.
• Carta Foral: documento que regulamentava tributos e a divisão dos lucros da Capitania
entre a Coroa e os donatários.
O sistema de Capitanias era extremamente vantajoso para a Coroa Portuguesa, pois trans-
feria a responsabilidade da empresa de colonização para os fidalgos. Entretanto, os donatá-
rios passaram por grandes dificuldades: desenvolver a colônia com poucos recursos financei-
ros, a distância em relação à metrópole (Portugal) e os constantes conflitos com os nativos.
Diante dessas dificuldades, a maioria das Capitanias não conseguiu vingar, desenvolver sua
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
economia e gerar tributos para a Coroa. As únicas exceções, em função do sucesso na explo-
ração do açúcar, foram a Capitania de Pernambuco e a Capitania de São Vicente.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Entretanto, é no final do século XIX que ocorreria o grande ciclo econômico na região, o
chamado “ciclo da borracha”. A floresta amazônica era berço natural de seringueiras das quais
era extraído o látex. Foi esse ciclo o responsável perlo primeiro surto de ocupação. Para lá se
dirigiram muitos nordestinos fugindo da seca.
Um dos maiores ícones da opulência do ciclo da borracha é o teatro Amazonas. Principal
cartão postal da cidade de Manaus, está localizado no centro da cidade, no Largo de São Se-
bastião, e foi inaugurado em 31 de dezembro de 1896.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
ocupação dos rios Solimões e Madeira. Os primeiros colonos enfrentaram hostilidade dos
nativos, como as tribos dos torás e manaós (daí a origem do nome de Manaus) do cacique
Ajuricaba, que atacavam os povoamentos dos colonos e destruíam casas e instalações.
O Estado do Maranhão virou “Grão-Pará e Maranhão” em 1737 e sua sede foi transferida
de São Luís para Belém do Pará. O Tratado de Madri de 1750 confirmou a posse portuguesa
sobre a área. Para estudar e demarcar os limites, o governador do Estado, Francisco Xavier de
Mendonça Furtado, instituiu uma comissão com base em Mariuá em 1754. Em 1755 foi criada
a Capitania de São José do Rio Negro, no atual Amazonas, subordinada ao Grão-Pará.
A Região Norte do Brasil entrou no mapa das políticas públicas apenas na segunda me-
tade do século XX, a começar pela construção da rodovia Belém-Brasília, cuja conclusão se
deu em 1958.
Interessados na potencialidade do extrativismo mineral na Região Norte, os governos mili-
tares pós 1964 desenvolveram projetos desenvolvimentistas. Vamos a eles:
Os militares promoveram a expansão das fronteiras agrícolas com a doação de terras para
colonos e incentivos financeiros. Assim, em 1967, foi criada a SUDAM (Superintendência para
o Desenvolvimento da Amazônia) e a SUFRAMA (Superintendência da Zona Franca de Ma-
naus). Aqui merece destaque a importância econômica da Zona Franca de Manaus, um polo
industrial que ofereceu incentivos fiscais para atrair multinacionais do ramo eletrônico. Tam-
bém foram criados o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o BASA
(Banco da Amazônia).
Ainda no governo dos militares, na década de 1970, foi criado o Projeto RADAM (Reconhe-
cimento da Amazônia) em que se realizaram estudos sobre as potencialidades econômicas de
exploração dos recursos naturais da região.
Outras obras de infraestrutura de grande importância também foram realizadas durante o
governo dos militares como rodovias (Transamazônica, Cuiabá-Santarém, Porto Velho-Ma-
naus), empreendimentos agropecuários e minerais (Projeto Jarí e Projeto Carajás). Como con-
sequência, também forma necessários empreendimentos de geração e transmissão de ener-
gia, que buscaram o aproveitamento das águas dos rios presentes na região. Exemplo disso
fora as construções de grandes usinas hidrelétricas, como Tucuruí e Balbina, que se estendeu
até o início da década de 1980.
Detalhe importante é que esses investimentos ocasionaram grande impacto ambiental,
aumentando o desmatamento, migração de espécies de animais e comprometimento das po-
pulações locais em função das áreas alagadas pelos reservatórios. Recentemente, os deba-
tes em relação à construção da Usina de Belo Monte no estado do Pará remontam a essa
realidade.
Nas últimas décadas a expansão da fronteira agropecuária e o extrativismo ilegal de
madeira e minério têm provocado graves impactos ambientais. Entretanto, inúmeros movi-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Os índios do Amapá são os únicos do país que têm o privilégio de possuir todas as suas
reservas demarcadas, sem invasões de garimpeiros, madeireiros e agricultores. Os primeiros
contatos entre com os europeus foram registrados em 1500, com a chegada do navegador
espanhol Vicente Pinzón. Hoje o Estado do Amapá abriga várias etnias em 49 aldeias: Galibi,
Karipuna, Palicur, Tiriyó, Kaxuyana, Wayana, Apalaí e Waiãpi.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 17 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Entradas e Bandeiras
Missões Jesuítas
Outro fator importante na colonização portuguesa foi a chegada dos Jesuítas. Realizaram
expedições no Pará, criando na Amazônia um sistema bem estruturado de “aldeias” de acultu-
ração indígena. Buscando índios para estas aldeias, os jesuítas organizaram diversas expedi-
ções fluviais pelo Amazonas e Oiapoque.
Ignácio de Loyola (1491-1556) criou a Companhia de Jesus – irmandade que objetivava
expandir e fortalecer o catolicismo e combater o protestantismo. Autodenominavam-se Solda-
dos de Cristo. A ordem jesuíta foi muito importante para a reação católica contra as Reformas
Protestantes, realizando grandes obras missionárias, não só nas Américas, como também no
Oriente. Várias aldeias jesuítas foram criadas na região sertaneja, onde também ensinavam
os membros da elite colonial que, posteriormente, eram encaminhados à Europa para cursar
Direito, Medicina ou Engenharia.
A significância da presença jesuíta na região pode ser exemplificada. Os missionários je-
suítas, na região do atual Estado do Amapá, convenceram a Coroa Espanhola a expedir uma
Carta-Régia que libertasse os índios da escravidão imposta por colonos.
Outro exemplo se deu em 1639, quando o jesuíta espanhol Cristobal de Acuña encontrou
um forte e uma missão portuguesa, na região pertencente à Espanha, com vários índios ca-
tequizados.
Querido(a), a escravidão não é uma invenção dos Portugueses e nem foram eles os res-
ponsáveis por introduzir essa prática no continente africano. Os africanos de tribos inimigas
capturavam negros para serem vendidos nas Feitorias do litoral africano. Mas, antes de seguir-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
mos, preciso atentá-lo (a) para uma característica fundamental das economias europeias que
influenciou consideravelmente o Tráfico de Escravos. Estamos falando do Mercantilismo.
O mercantilismo é o conjunto de ideias e práticas econômicas adotadas durante o Capita-
lismo Comercial (séculos XIV a XVIII). A base da atividade era a troca de mercadorias e o lucro
era, não em dinheiro, mas em espécie.
Se não inventaram a escravidão, por outro lado, os portugueses a intensificaram criando
um negócio lucrativo. Os Portugueses realizavam o chamado comércio triangular: Trocavam o
açúcar brasileiro ou produtos manufaturados por escravos africanos, traziam os escravos nos
navios negreiros e trocavam por mais do açúcar brasileiro. Trocavam manufaturados europeus
por escravos e pelo açúcar etc.
Essa migração, somada a existência de povos nativos e à chegada dos europeus fez com
que a miscigenação se tornasse um traço evidente no nosso país. Recorde comigo a miscige-
nação básica da nossa cultura:
• Mulato: resultado da mistura de brancos e africanos - na época colonial, quase sempre
branco e negra -, vem de mula;
• Cafuzo ou carafuzo: é resultado da união entre negro e índio;
• Mameluco: mestiço de branco e índio.
No Amapá, de início, não existiu uma atividade agrícola que desse interesse dos coloniza-
dores portugueses, como a produção de cana de açúcar no Nordeste, além de não encontra-
rem ouro. Assim, a atividade econômica foi voltada para exploração de produtos da Amazônia,
as chamadas “drogas do sertão”: frutas, raízes, sementes, temperos, urucum, canela, cravo,
óleo de copaíba e de tartaruga.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Como essas atividades eram praticadas, em sua maioria, por índios, a presença de negros
para mão de obra na região não era em grande quantidade. Os primeiros negros chegaram no
Amapá em 1749. Fugidos de Belém, fundaram quilombos às margens do Rio Anauerapucu,
nas terras tucujus. Foram descobertos por acaso por colonos caçadores de índios. Entretan-
to, oficialmente, foram trazidos em 1751 a mando de Mendonça Furtado, então governador
do estado do Grão Pará e Maranhão, para trabalhar para colonos portugueses dos Açores
em Macapá.
Com a fundação da Nova Mazagão, em 7 de junho de 1770, chegaram 103 negros, a maio-
ria vinda da Guiné Portuguesa, para trabalhar na construção da Fortaleza de São José do
Macapá. Muitos destes escravos fugiram formando quilombos como Maruanum, Igarapé do
Lago e Ambé.
Ao longo do século XIX, diante de movimentos abolicionistas que ocorriam no Brasil, surgi-
ram várias entidades que se organizaram no Amapá pelo fim da escravidão negra. Foram elas
a Sociedade Ypiranga, a União Redentora.
A Fortaleza de São José foi tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan)
em 22 de março de 1950. Nas décadas de 1950 e 1960, suas instalações viraram estalagem
para famílias imigrantes que chegavam em Macapá e, em outro momento, uma cadeia pública
para os presos sob vigilância da Guarda Territorial.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O nome da cidade é uma alusão à macapaba, que significa “terra de bacabas”, uma palmeira
típica da Amazônia.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Amapá. Nesse sentido, Bento Maciel Parente foi um dos mais importantes exploradores. Ve-
terano de guerras na Paraíba e no Rio Grande do Norte, foi Capitão-Mor da Capitania do Grão-
-Pará. Guarde bem o nome de Bento Maciel, pois foi muito importante na criação da Capitania
Cabo Norte em 1637, como veremos mais adiante.
Bento Maciel foi responsável pela fundação dos fortes de Mariocai e Santo Antônio de
Gurupá, ao longo do rio Xingu. Também expulsou holandeses que haviam montado fortes na
região. Entretanto, abandonou as entradas quando se dirigiu para lutar na Insurreição Pernam-
bucana, que expulsou os holandeses de Pernambuco.
O Aviso de 4 de novembro de 1621 do Conselho da Regência de Portugal, recomendava
medidas urgentes para povoar e fortificar a região costeira, desde o Brasil até São Tomé da
Guyana e a foz do rio Drago, na Venezuela. Nesse sentido, outros dois importantes sertanistas
foram Francisco de Azevedo, primeiro a liderar entradas aos sertões de Turi e Gurupi, e Luís
Aranha de Vasconcelos, que viajou por grande parte do atual território do Amapá entre os anos
de 1622 e 1624.
Os holandeses foram expulsos e recuaram para as Guianas. Os ingleses abandonaram
temporariamente a região e os franceses foram para Caiena. A violência do conflito também
atingiu populações indígenas. Milhares de Tupinambás foram massacrados pelos portugueses.
No final do século XVII, questionando “onde estaria o testamento de Adão que dividia o
mundo entre espanhóis e portugueses”, os franceses partiram de Caiena (Guiana) realizando
novas expedições na Capitania Cabo Norte.
Para combater as incursões francesas, os portugueses fundaram missões jesuíticas na
região. Além disso, fundaram o Forte de Santo Antônio do Macapá em 1688.
Entretanto, em 1697, o Marquês de Ferroles liderou os franceses numa invasão que tomou
o Forte de Santo Antônio do Macapá chegando até às margens do Rio Parú. A reação portu-
guesa foi rápida, expulsando os franceses e conseguindo impor o Tratado de 4 de março de
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
1700. Por esse Tratado Provisório, confirmado em 1701, ficava estabelecida uma trégua em
que a região entre os Rios Oiapoque e Amazonas seria neutra. Assim, os portugueses tiveram
que desativar os fortes de Araguari, Cumaú e Macapá. Mas franceses e portugueses não tar-
dariam em se enfrentar numa nova guerra na Europa, colocando o Tratado de 1700 em desuso.
As disputas somente chegam ao fim em 1713, com a assinatura do Primeiro Tratado de
Utrecht, através a intermediação da Coroa Inglesa. Isso fez com que os franceses recuas-
sem e aceitassem o Rio Oiapoque como limite entre a Colônia Portuguesa e a Colônia France-
sa (Guiana).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
c) a posse da margem sul do Rio Amazonas e a devolução de São Luís, antiga França Equino-
cial, aos portugueses.
d) o domínio da Ilha do Marajó e o direito à navegação do Rio Amazonas, controlado pelos
jesuítas franceses.
e) a definição do Rio Caciporé como fronteira entre as possessões francesas e portuguesas, e
a conquista de Belém aos franceses.
Pelo Tratado de Utrecht ficaram definidas as fronteiras entre a colônia portuguesa e a colônia
francesa, tendo o rio Oiapoque como fronteira.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Caro(a) aluno(a), novamente preciso chamar sua atenção para a importância estratégica
de controle das rotas fluviais. Preocupado com essa questão, o Marquês de Pombal delegou a
responsabilidade a seu irmão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, indicado governador do
Estado do Grão-Pará e Maranhão entre 1751 e 1759.
Francisco Xavier tratou de trazer colonos para impulsionar as plantações e promover a
extração de riquezas. Centenas de colonos vindos da Ilha dos Açores chegaram a Macapá
dando origem ao povoado nos arredores do forte. Em 1770, cerca de 360 famílias açorianas
fundaram no Amapá a vila de Nova Mazagão. Listei questões da banca sobre isso ao final. Não
deixe de fazê-los.
Rapidamente os colonos açorianos entraram em conflito com os jesuítas, pois pretendiam
utilizar a mão de obra indígena como escrava. Esse foi um dos motivos de o Marquês de Pom-
bal expulsar os jesuítas do Brasil. Como a questão ainda não fora solucionada, em 1757, Pom-
bal cria uma legislação sobre os indígenas, o “Diretório dos Índios”. Assim, a Coroa Portuguesa
buscava regulamentar a inserção do índio na sociedade colonial.
Em 1758 Macapá é elevada à categoria de Vila, realizando exportação de milho, arroz, me-
lancia, banana e frangos para Belém.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
a) às reformas pombalinas, que, dentre outros objetivos, visavam modernizar e tornar mais
eficaz a administração colonial portuguesa, garantindo seu território e um maior proveito da
exploração colonial.
b) ao acirramento do controle do território por causa da mineração no Brasil, no século XVI,
uma vez que bandeirantes descobriram jazidas de ouro não apenas no Sudeste, mas também
na região Norte, motivando a cobiça daquele território por franceses e holandeses.
c) ao projeto das capitanias hereditárias com o propósito de ocupar e colonizar todo o território
nacional, inclusive o Amapá, região sob a responsabilidade de um donatário designado pela
Coroa, que se incumbiu de fundar uma vila.
d) ao apogeu da exploração do látex na região Norte, visto que a fundação da capital coincide
com um período de prosperidade do Pará, em virtude das demandas por borracha no mercado
internacional.
e) à expulsão dos jesuítas no Brasil, uma vez que a nomeação de um Intendente português,
Coriolano Jucá, para administrar a cidade, tinha como função substituir o poder antes exercido
pela Igreja.
Pombal promoveu o povoamento do ponto mais ao norte da Colônia. Toda a área ao longo
do curso e da foz do Rio Amazonas foram ocupadas por fortalezas militares. Em 1764, orde-
nou a construção da Fortaleza de São José do Macapá, localizado a esquerda do rio Amazo-
nas, próxima a antiga Província dos Tucujus, atual cidade de Macapá. Levou quase vinte anos
para ser construída e foi inaugurada no dia 19 de março de 1782.
Entretanto, por priorizar a administração do Grão-Pará, Pombal deixou as terras do Cabo
Norte em segundo plano. Se aproveitando disso, os franceses expandiram as terras da Guiana
Francesa ocupando a região entre o Rio Oiapoque e a região de Calçoene, no século XIX.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
c) na garantia da segurança dos primeiros habitantes de Macapá, que moravam nas dependên-
cias da fortaleza para se protegerem dos ataques indígenas.
d) no estabelecimento da missão que deu origem à cidade, uma vez que foi construída por
solicitação da Companhia de Jesus ao rei Dom João VI.
e) nos primeiros conflitos entre Brasil e França, no século XVI, envolvendo questões de fronteira.
Construída entre 1764 e 1782, com as pedras do Rio Pedreira, por negros escravizados e indí-
genas, a Fortaleza de São José de Macapá atendia a uma estratégia de defesa do Rio Amazo-
nas contra ataques estrangeiros.
Letra b.
Tomada de Caiena
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Vamos lá!
a) Errada, pois os Franceses foram expulsos do Rio de Janeiro ainda no século XVI.
c) Errada, não tem relação alguma com as ações do Período Joanino elencado no texto.
d) Errada em afirmar que D. João era adepto da causa da independência.
e) Errada, porque não havia esquadra brasileira, D. João contratou corsários e teve auxílio da
Inglaterra.
Letra b.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
República do Cunami
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 30 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
I – Errada. Em 1637, sob o nome de capitania da Costa do Cabo Norte, o território foi cedido ao
bispo português Bento Manuel Parente.
IV – Errada. A afirmativa fala de um projeto expansionista francês, contudo, foi por iniciativa de
dois aventureiros franceses, o que gerou constrangimento por parte do governo francês.
A República do Cunani (o termo cunani vem do tupi: era como os índios chamavam o tucunaré,
um peixe da região amazônica) foi uma efêmera república surgida no atual Amapá, fronteiriço
ao território francês da Guiana. Por duas vezes houve a tentativa de estabelecer uma república
independente na região - uma por Jules Gros, em 1885, e a outra por Adolph Brezet em 1902.
Letra c.
A “Questão do Amapá”
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 31 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 32 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
d) as fronteiras do Amapá em toda sua extensão, uma vez que tanto ao norte quanto ao sul
havia disputas históricas envolvendo Espanha, França e Portugal, finalmente resolvidas pela
arbitragem suíça.
e) os limites fronteiriços do maior estado da região norte do Brasil em relação à Guiana France-
sa, uma vez que nesse período o Amapá ainda pertencia ao Estado do Grão Pará e Maranhão.
O governo francês questionava os limites, alegando que o rio Vicente Pinzón não era o Oiapo-
que, e sim o rio Araguari, mais ao sul.
Letra b.
Entre 1935 e 1937, o biólogo e geógrafo alemão Otto Schulz-Kamphenkel liderou uma expe-
dição do Belém do Pará, passando pelas margens do Rio Jari, até à fronteira da Guiana France-
sa. Em um relatório de 1940, elaborado para os nazistas, recomendou a tomada das Guianas
como de fundamental importância para as pretensões de Hitler na América do Sul.
Havia, inclusive, um plano dos alemães de, após vencerem a Segunda Guerra, dominar toda
a América do Sul através de ações de colônias da Argentina e do sul do Brasil. A “Operação
Guiana” objetivava colonizar as Guianas Francesa, Holandesa e Inglesa, além da tomada da foz
do Rio Amazonas.
A Guerra da Lagosta
Entre 1961 e 1963, ocorreu uma das maiores crises diplomáticas entre Brasil e França.
Mais do que a possibilidade de um conflito armado, recebeu essa nomenclatura jocosa pela
imprensa do período, em função dos eventos cômicos relacionados à questão.
A Marinha do Brasil expulsou um navio francês que estaria pescando lagostas clandesti-
namente na costa de Pernambuco. A crise tomou proporção perigosa quando os dois países
mobilizaram suas forças armadas, deslocando recursos militares para regiões próximas ao
incidente. Além disso, a França mobilizou tropas e navios para a fronteira entre a Guiana Fran-
cesa e o Amapá.
A parte cômica fica pelas discussões na imprensa francesa sobre o direito de pesca ou
não: A lagosta nada ou anda? Caso nadasse, poderia se dizer que estava em águas internacio-
nais; caso andasse, estaria em território brasileiro, já que se admitia, à época, que o fundo do
mar pertencia ao Brasil. A discussão se alongou com o Brasil alegando que a lagosta era um
recurso pertencente à plataforma continental, devido a sua “natureza sedentária”. Já os fran-
ceses argumentavam o contrário: ela nadava e, portanto, pertencia às águas internacionais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 33 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Querido(a) aluno(a), somente expliquei a Guerra da Lagosta, e por alto, em função de ela ter
aparecido em questões da banca como distração, para tirar o foco do candidato da alternativa
correta. Ela não possui nenhuma relação com História do Amapá, a não ser pela presença pró-
xima das forças armadas francesas. O incidente terminou com a França retirando seus navios
pesqueiros e sem que fosse dado nenhum tiro.
Ciclo do Ouro
Querido(a), o próximo assunto é justamente sobre a extração do látex. Listei esta questão
nesse momento para que enfatize o modo como a FCC “enxerga” o tópico do edital “Principais
atividades econômicas do Amapá nos séculos XIX e XX”.
Letra e.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 34 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Ciclo da Borracha
A partir da segunda metade do século XIX, a borracha passou a ser um produto de des-
taque na economia da Amazônia e do Brasil. O ciclo da borracha é o primeiro grande ciclo
econômico da Amazônia, que teve o seu auge entre 1879 e 1912. Contudo, a borracha já era
utilizada pelos indígenas nas Américas desde o início da colonização europeia. Eles usavam o
látex da seringueira como impermeabilizante e, a partir desse produto endurecido, fabricavam
utensílios domésticos, seringas, botas, sapatos, chapéus, jaquetas, bolas etc.
No século XIX, os Estados Unidos já estavam fabricando sapatos de borracha a partir do
látex endurecido importado da Amazônia. E, para a nossa surpresa, no Estado do Pará, por
volta de 1840, também havia uma indústria forte de sapatos de borracha, com uma qualidade
superior à dos Estados Unidos.
A boa notícia é que a demanda mundial pela borracha cresceu enormemente e continuou a
aumentar na segunda metade do século 19. Segundo o historiador Roberto Santos havia 5.300
seringueiros em 1850; em 1912, mais de 190 mil trabalhavam nos seringais.
Desde o início do ciclo da borracha, empresas estrangeiras instalaram-se em Belém e Ma-
naus para controlar o seu comércio. Esse monopólio formava uma pirâmide, com milhares de
seringueiros abastecendo centenas de negociantes que, por sua vez, vendiam a uns poucos e
poderosos estabelecimentos de Manaus, Belém e Iquitos.
No final do século XIX, o sul do Amapá também se beneficia da atividade extrativista. O
fluxo de pessoas e mercadorias se intensificaram pelos rios, possibilitando novos negócios e
o surgimento de uma economia subsidiária da atividade extrativista do látex.
Durante os primeiros anos do século 20, as exportações anuais de borracha na Amazônia
alcançaram em média 34 mil toneladas. Em 1909, uma produção de 42 mil toneladas atingiu
24,6 milhões de libras.
Contudo, este ciclo de grandes riquezas começou a ruir a partir de 1876, quando um co-
merciante inglês chamado Henry Wickham contrabandeou 70 mil sementes de seringueira da
região de Santarém e as enviou para o diretor do Royal Botanic Garden de Londres.
Plantações de seringais foram estabelecidas no Sudeste Asiático e, depois de três décadas
e meia de tentativas, as plantações na Malásia começaram a produzir látex de melhor qualida-
de, em quantidades maiores e por um preço mais acessível. Consequentemente, a produção
de borracha na Amazônia sofreu uma redução drástica. Por exemplo, em 1923, a produção
da Ásia atingiu 370 mil toneladas por ano, enquanto a da Amazônia despencou para 18 mil
toneladas por ano.
Dessa forma, o Brasil perdeu o mercado mundial para os plantios de seringueira de larga
escala no Sudeste Asiático, marcando o fim do ciclo do “ouro branco” na Amazônia.
Muitas famílias foram embora da Amazônia por causa da quebra do monopólio da borra-
cha. Aquelas que foram obrigadas a ficar não possuíam fonte de renda para manter o mesmo
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 35 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
padrão de vida adquirido com os lucros do grande ciclo. Assim, Belém e Manaus entraram em
colapso econômico e social no início do século 20: os palacetes foram abandonados, os serin-
gueiros estavam à deriva, o governo já não conseguia pagar mais os funcionários públicos e a
classe média haviam perdido empregos e estava empobrecida.
Nesse período, depois de 1920, a população do Norte do Brasil ficou quase completamente
estagnada. Em 1920, a região possuía 312 mil habitantes; e, em 1940, esse número foi redu-
zido para 236 mil. Em 1950, a região conseguiu restabelecer sua população para 349 mil habi-
tantes. Contudo, voltou a crescer de forma significativa somente a partir da década de 1960.
Após a crise da borracha houve na região um retorno ao extrativismo de outros produtos
da floresta e à agricultura de subsistência. Amazônia deixou de ser atrativa para os aventurei-
ros e permaneceu meio século sem incursões estrangeiras em busca de produtos lucrativos.
Os povos indígenas haviam sofrido uma redução drástica e finalmente deixaram de ser es-
cravizados.
A população agora era composta principalmente por indivíduos miscigenados (índios,
brancos e negros), conhecidos como caboclos ou ribeirinhos. Eles viviam dos recursos da
fauna e flora (pesca e coleta de produtos florestais), explorando-os de forma sustentável, ou
seja, sem afetar a capacidade da natureza de produzir novos recursos para gerações futuras.
A região do Amapá sofreu uma queda na quantidade de imigrantes, com algumas exce-
ções, como a imigração japonesa que ocorreu na década de 1930.
Também havia pequenos fazendeiros que derrubavam e queimavam a mata para criar
gado. Quanto aos recursos, além da borracha, os outros produtos florestais também deixaram
de ter importância econômica para a região, pois passaram a ser cultivados em outros lugares.
Por exemplo, o café prosperou no planalto de São Paulo, onde o clima é mais temperado; o
arroz, o algodão e o açúcar eram mais lucrativos no Nordeste do Brasil, nos Estados Unidos e
no Caribe; e o cacau do oeste da África superou o da Amazônia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 36 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O Acre foi adquirido junto à Bolívia pelo Tratado de Petrópolis (17 de novembro de 1903), re-
solvendo uma contenda entre os dois países pela posse da região. Tratado estabeleceu ane-
xação do território do Acre ao Brasil, meidante indenização de 2 milhões de libras esterlinas
à Bolívia; Indenização, paga pelo governo brasileiro ao Bolivian Syndicate, no valor de 110 mil
libras esterlinas. Esta indenização era relativa à finalização do contrato de arrendamento que
esta empresa tinha com o governo boliviano, para explorar recursos na região; O Brasil ce-
deu à Bolívia algumas faixas de terras na região da foz do rio Abunã (na fronteira norte entre
Brasil e Bolívia), e na região de fronteira no estado do Mato Grosso; O Brasil deveria construir
uma ferrovia, para que os bolivianos pudessem fazer o escoamento de sua produção pelo rio
Amazonas. Após quase sete anos de construção, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré ficou
pronta em 1912;
Letra b.
Em um curto período, entre os anos de 1942 e 1945, houve um segundo ciclo da borracha.
No contexto da Segunda Guerra Mundial, em 1941, o governo de Getúlio Vargas realizou um
acordo com os Estados Unidos para a exploração do látex.
No ano de 1942 a Malásia foi invadida pelos japoneses, que tomaram o controle sobre
todas as plantações de seringueira. Em resposta, o Departamento de Guerra estadunidense
repassou 100 milhões de dólares ao Brasil como pagamento a artigos fundamentais para a
defesa nacional, incluindo a borracha.
O SEMTA - Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia - foi criado
em 1943, para o alistamento compulsório. Muitos nordestinos que sofriam com a seca partici-
param do momento histórico que ficou conhecido como “Batalha da Borracha”, onde mais de
100 mil “Soldados da Borracha” foram mobilizados.
Conforme se pode observar no gráfico abaixo, a exportação da borracha tem no período
1890-1910 seu momento áureo. O ano de pico da série foi em 1912, com quantidade exportada
acima de 42 mil toneladas de borracha. A partir daí o que se observa são quedas na quantidade
exportada que só viria a apresentar elevações (menos intensas) na segunda metade da déca-
da de 1920 e durante a II Guerra Mundial.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 37 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Uma operação em larga escala na Amazônia: a Batalha da Borracha. A operação provocou indícios
e possibilidades de um retorno aos velhos tempos. Foram anos de euforia econômica, o dinheiro
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 38 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
voltava a circular em Manaus e Belém, fazendo surgir até uma tímida especulação imobiliária, muito
proveitosa, já que era bom negócio alugar casa para funcionários de diversos organismos que lida-
vam com a produção da hévea. Ao mesmo tempo que o país atravessava um duro racionamento
motivado pela Segunda Guerra Mundial, na Amazônia, novos empregos e bons salários começa-
vam a ser oferecidos por diversos escritórios ligados aos investimentos públicos da campanha da
borracha. Se bem que os gêneros alimentícios escasseassem e um pequeno, mas ativo, mercado
negro estivesse em franca atividade, havia uma distribuição controlada pelos norte-americanos,
impedindo que faltassem no mercado artigos de primeira necessidade. Quando a guerra acabou,
ainda que os planos de assistência médica e higiene tivessem contribuído para melhorar as condi-
ções de vida da população interiorana, o preço pago em vidas humanas para a Batalha da Borracha
foi incalculável. Segundo uma comissão de inquérito do Congresso Constituinte, cerca de 20 mil
trabalhadores morreram nos seringais, configurando um número de baixas maior do que as sofridas
pela Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália durante a guerra. A campanha da borracha não
era, na verdade, um plano de valorização regional de longo prazo, embora assim se apresentasse,
mas consequência do esforço de manter a demanda de borracha e de outras matérias-primas da
selva em nível satisfatório às exigências do mercado internacional dominado pelos Estados Unidos.
(SOUZA, 2019)
Depois de 1946, os seringais foram novamente abandonados para que outros investimen-
tos federais tivessem prosseguimento, como a Usina de Volta Redonda e a Companhia Hidrelé-
trica do São Francisco, para somente citar dois exemplos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 39 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 40 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
florestas próximo da foz do rio Tapajós a fim de assegurar uma fonte de matéria-prima (látex)
para a fabricação de pneus.
Assim, a empresa de Ford construiu duas cidades na selva. Primeiro, Fordlândia, em 1927,
depois Belterra em 1936. Em 1929, o número de trabalhadores alcançava em torno de 1.000
pessoas, vindas das aldeias de nativos da região, do Maranhão e Ceará, dos remanescentes da
construção da ferrovia Madeira-Mamoré, do canal do Panamá e de pequenos países do Caribe
como a Jamaica, Barbados e Santa Lúcia.
Fordlândia e Belterra possuíam uma infraestrutura próxima do padrão norte-americano da
época, o qual incluía escolas, hospitais, sistema de abastecimento de água e energia, esta-
ção de rádio e telefonia. Entretanto, todo esse esforço foi em vão, pois sem experiência em
silvicultura tropical, os gerentes da empresa plantaram as seringueiras muito próximas umas
das outras, propiciando o ataque do fungo mal-das-folhas (Microcyclus uley) que dizimou as
plantações.
Além disso, os trabalhadores de Fordlândia, submetidos ao estilo de vida e trabalho rígido
norte-americano, revoltaram-se em 1930. Nessa rebelião, destruíram o prédio do escritório,
da usina de força, serraria, garagem, estação de rádio e recepção. Eles também cortaram as
luzes, atearam fogo nas oficinas, queimaram arquivos, saquearam depósitos e quebraram ca-
minhões, tratores e carros. Os gerentes tiveram de fugir. No dia seguinte, o conflito teve de ser
apaziguado pelo exército.
Projetos de Extração
Manganês
Embora tenha sido encontrada uma grande reserva de manganês na Serra do Navio em
1945, sua exploração se iniciou em 1957, com a concessão da atividade à Indústria e Comércio
de Minérios S.A. (ICOMI), subsidiária da norte-americana BethIehem Steel.
Principal riqueza do estado do Amapá, o manganês revolucionou a economia local. Com as
maiores reservas do país, extrai 80% da produção total de manganês do país na década de 60.
Suas jazidas foram arrendadas por 50 anos pela Icomi, que paga royalties de 4 a 5% do valor do
minério extraído ao governo local, sendo as encomendas asseguradas por um contrato com o
Defense Materials Procurement Agency, órgão governamental norte-americano.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 41 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
A renda dos royalties do manganês foi usada na construção da Usina de Paredão, objeti-
vando produzir energia para atrair indústrias. Também foi construída, pela Icomi, uma estrada
de ferro com capacidade para 700 mil toneladas de minério e 200 mil toneladas de outros tipos
de mercadorias, bem como como um porto com capacidade para receber navios de até 45 mil
toneladas.
Além do manganês, o Amapá possui uma grande reserva de recursos naturais sendo explo-
radas e muitas com potencialidades para o futuro. Entre elas, incluímos o ouro dos garimpos
dos rios Calçoene, Cassiporé, Igarapé de Leona e Gaivota.
Na região de Santa Maria podem ser encontrados diamantes e a hematita é explorada em
uma jazida de 9,6 toneladas pela empresa Hanna Company. Também são extraídos o caulim e
o granito.
Outras Atividades
Na década de 1970, o empresário norte americano Daniel Ludwig implantou o Projeto Jari,
na divisa com o Pará e às margens do rio Jari. Objetivava explorar madeira, cultivar arroz e pro-
duzir celulose. Apesar do grande investimento, o projeto fracassa e, em 1982, é assumido pelo
Grupo Caemi e pelo Banco do Brasil.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 42 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 43 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Ah, não se esqueça de avaliar a aula! Seu feedback é muito importante para que continue
produzindo materiais que atendam suas expectativas e necessidades.
Nos reencontraremos na próxima aula. Continue focado.
Abraços,
Professor Daniel
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 44 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
RESUMO
Colonização da Amazônia
• Desinteresse espanhol: fracasso da excursão de Francisco Orellana.
• Portugal: ocupar e proteger a região de invasores (franceses, holandeses, ingleses)
• Capitanias Hereditárias
Colonização do Amapá
• Entradas, bandeiras, descidas, missões jesuítas
• Escravidão africana: mercantilismo, pouco utilizada no Amapá
• Capitania Cabo Norte (1637): Bento Maciel Parente
• Tratado de Ultrecht (1713): Franceses recuaram e aceitaram o Rio Oiapoque como limite
entre a Colônia Portuguesa e a Colônia Francesa (Guiana).
Tomada de Caiena (1808): D. João, príncipe regente, ordenou a invasão à Guiana Francesa,
já que a França havia invadido Portugal.
Província do Oyapóckia (Oiapóquia ou Oyapókia): Em 1853, deputado Candido Mendes de
Almeida, apresentou projeto de criação de uma nova província que teria sua capital em Ma-
capá. Foi rejeitada pela Assembleia Legislativa do Império.
República Cunami: Por duas vezes houve a tentativa de estabelecer uma república inde-
pendente na região - uma por Jules Gros, em 1885, e a outra por Adolph Brezet em 1902. Na
primeira tentativa foi extinta pelo governo francês e na segunda pelo governo brasileiro.
Questão do Amapá
• França não reconhecia o rio Oiapoque como limite entre a Guiana e o Amapá.
• Atuação diplomática do Barão do Rio Branco.
• Laudo Suíço (01/12/1900): Decisão favorável ao Brasil
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 45 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
MAPA MENTAL
TRATADOS DE LIMITES
relacionados ao Amapá.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 46 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
TRATADOS DE LIMITES
relacionados ao Amapá.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 47 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 48 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 49 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 50 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 51 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
c) ao projeto das capitanias hereditárias com o propósito de ocupar e colonizar todo o território
nacional, inclusive o Amapá, região sob a responsabilidade de um donatário designado pela
Coroa, que se incumbiu de fundar uma vila.
d) ao apogeu da exploração do látex na região Norte, visto que a fundação da capital coincide
com um período de prosperidade do Pará, em virtude das demandas por borracha no mercado
internacional.
e) à expulsão dos jesuítas no Brasil, uma vez que a nomeação de um Intendente português,
Coriolano Jucá, para administrar a cidade, tinha como função substituir o poder antes exercido
pela Igreja.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 52 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 53 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
a) as fronteiras entre o Amapá, a Guiana Francesa e o Suriname, que ainda não tinham sido es-
tabelecidas devido à ausência de mapas e o desinteresse colonial português por essa região.
b) os limites territoriais do Amapá, principalmente no trecho que envolve os rios mencionados,
uma vez que a França contestava o pertencimento dessa faixa territorial à Guiana Francesa.
c) os contornos de todo o Território Federal do Amapá, criado nessa ocasião, logo após a vitó-
ria histórica obtida pelo Barão do Rio Branco nas negociações diplomáticas.
d) as fronteiras do Amapá em toda sua extensão, uma vez que tanto ao norte quanto ao sul
havia disputas históricas envolvendo Espanha, França e Portugal, finalmente resolvidas pela
arbitragem suíça.
e) os limites fronteiriços do maior estado da região norte do Brasil em relação à Guiana France-
sa, uma vez que nesse período o Amapá ainda pertencia ao Estado do Grão Pará e Maranhão.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 54 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
amazônica a fim de aumentar a oferta de mão de obra para a exploração da borracha. Estima-
-se o número de seringueiros que chegaram a região em 34.000 pessoas só no ano de 1942.
Em relação a tal processo de migração, é correto afirmar que:
a) a presença de população do sul do país foi a característica principal nesse processo;
b) a presença de retirantes nordestinos foi a tônica desse processo;
c) a presença da população sem-terra da região centro-oeste foi majoritária nesse processo;
d) a presença da população açoriana de Santa Catarina foi a mais importante nesse processo;
e) a presença exclusiva da população paulista foi fundamental para o desenvolvimento des-
se processo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 55 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 56 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
QUESTÕES DE CONCURSO
018. (FCC/2018/FCRIA-AP/EDUCADOR SOCIAL/ARTE EDUCADOR) Dentre as principais ati-
vidades econômicas vigentes no Amapá, e existentes desde meados do século XX, destaca-se
a) a agricultura voltada ao abastecimento da região Norte, de produtos como feijão, arroz, soja,
laranja e café.
b) o extrativismo vegetal biosustentável, por meio de produtos como o babaçu e o carvão.
c) a atividade pesqueira, principalmente marítima, uma vez que há forte controle da pesca nos
rios amazônicos.
d) a produção industrial de eletrodomésticos e outros bens de consumo comercializados na
Zona Franca de Manaus.
e) o extrativismo mineral, a exemplo da exploração das jazidas de manganês.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 57 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
b) reivindicação dessa região pela França como sendo parte de seu território além-mar, apesar
da divisão territorial em favor de Portugal ter sido oficializada pelo Tratado de Utrecht.
c) construção da Fortaleza de São José de Macapá, para proteger a região da constante in-
vasão de piratas ingleses e de embarcações russas atraídos pelos minérios e pelo comércio
da borracha.
d) assinatura do Tratado de Tordesilhas, entre Espanha e Portugal, que retirou a região do Ama-
pá e suas adjacências da possessão da Coroa espanhola, após diversos conflitos coloniais.
e) decretação da Guerra da Lagosta, entre colonos portugueses e franceses, uma vez que ha-
bitantes da Guiana Francesa pescavam ilegalmente lagostas no litoral brasileiro.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 58 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 59 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
b) o projeto de constituição do Território Federal do Amapá, idealizado pelo Barão do Rio Bran-
co em 1903, que não obteve apoio suficiente do Exército para defendê-lo junto ao governo
republicano.
c) a proposta de criação da Província de Oiapókya pelo deputado Cândido Mendes em 1853,
rejeitada pela Assembleia Geral do Império do Brasil.
d) o plebiscito realizado durante o governo de Getúlio Vargas, no contexto da I Guerra Mundial,
cuja consulta popular resultou na opção pela permanência do Amapá como parte do Grão Pará.
e) a resolução do governo federal, em 1988, de criação do Estado do Amapá, provisoriamente
revogada em função do descontentamento da população com a perda de recursos econômicos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 60 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
e) a Igreja São José de Macapá, por apresentar arquitetura neocolonial e abrigar os restos mor-
tais de autoridades ilustres da história local, desde o período colonial.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 61 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
e) pelo crescimento populacional linear e constante uma vez que a cidade, ainda no período co-
lonial, se tornou um forte pólo migratório das regiões norte e nordeste, dadas as oportunidades
econômicas provenientes da mineração e da exploração da borracha.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 62 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
rio atual do Amapá, ao determinar que as fronteiras entre as possessões francesas e portu-
guesas seriam
a) negociadas a longo prazo entre França e Portugal, em função do histórico de ocupação de
cada país na região e da predominância de habitantes de uma ou de outra nacionalidade em
cada parte do território.
b) definidas pelo Rio Araguari, cabendo o território ao norte para os franceses e ao sul para os
portugueses, com navegação livre pelo mesmo rio para os barcos de ambos países.
c) estipuladas definitivamente por uma arbitragem internacional, uma vez que os dois paí-
ses não conseguiam chegar a um consenso sobre a fatia do território que correspondia a
cada nação.
d) demarcadas pelo curso do rio Caciporé, ao norte do qual ficaria assegurada a parte a ser
anexada à Guiana Francesa, cabendo a Portugal o domínio do resto do território.
e) estabelecidas pela Inglaterra que, interessada em firmar um acordo de paz com a França,
reconhecia que esse país, juntamente com a Espanha, deveria ter a posse do Amapá, pelos
esforços colonizatórios empreendidos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 63 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 64 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 65 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 66 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
c) pela expansão da produção aurífera ao longo do século XVIII, cujo andamento das ativida-
des dependia do fornecimento de gêneros alimentícios produzidos nos mais diversos pontos
da colônia.
d) pela necessidade de controle do território do Norte, que permitiria ao governo de Portugal
ampliar seus domínios americanos e, a partir do mapeamento hidrográfico da Amazônia, con-
trolar a estratégica bacia platina.
e) pelo fato de as correntes migratórias externas poderem substituir, com vantagem, as popu-
lações nativas que, nesse contexto, haviam sido dizimadas em larga medida.
045. (ESPCEX/2016) As relações entre a metrópole e a colônia foram regidas pelo chamado
pacto colonial, sendo este aspecto uma das principais características do estabelecimento de
um sistema de exploração mercantil implementado pelas nações europeias com relação à
América. Com relação ao Brasil, do que constava este pacto?
a) As colônias só poderiam produzir artigos manufaturados.
b) A produção agrícola seria destinada, exclusivamente, à subsistência da colônia.
c) A produção da colônia seria restrita ao que a metrópole não tivesse condições de produzir.
d) A colônia poderia comercializar a produção que excedesse às necessidades da metrópole.
e) Portugal permitiria a produção de artigos manufaturados pela colônia, desde de que a ma-
téria-prima fosse adquirida da metrópole.
046. (ESPCEX/2016) O sistema de Capitanias Hereditárias era regulamentado por dois docu-
mentos jurídicos, que definiram os direitos e os deveres dos donatários. Um desses documen-
tos cedia ao donatário uma ou mais capitanias, a administração sobre ela, as suas rendas e o
poder legal para interpretar e ministrar a lei. O outro estabelecia os direitos e deveres dos do-
natários, como promover a prosperidade da capitania, conceder sesmarias, receber a redízima
das rendas da metrópole e a vintena da comercialização do pau-brasil e do pescado.
Esses documentos eram, respectivamente:
a) Carta de Doação e Foral
b) Foral e Regimento de Tomé de Souza
c) Carta de Doação e Regimento de Tomé de Souza
d) Foral e Carta de Doação
e) Regimento de Tomé de Souza e Foral
047. (UNAERP-SP/1996) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocu-
pação do Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente,
todo o extenso território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo governo português se deu
através da:
a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 67 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
048. (CFSD/PM-PA/2012) O ano de 1570 marca a publicação da primeira lei da Coroa Por-
tuguesa proibindo a escravização indígena na colônia estabelecida no Novo Mundo. O efeito
concreto dessa legislação foi:
a) a disputa acirrada com outras potências europeias pelo controle dos nativos do novo conti-
nente recém descoberto.
b) a escalada da luta das elites coloniais pela revogação da proibição de exploração compul-
sória da mão de obra africana.
c) alianças e conflitos com diferentes grupos indígenas, através dos quais foi negociada a ex-
pansão colonialista portuguesa.
d) a escolha pela escravização de africanos, pela completa impossibilidade de exploração do
trabalho indígena.
e) o aumento de conflitos entre missionários de ordens religiosas, colonos portugueses e au-
toridades coloniais pela exploração da mão de obra indígena.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 68 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
051. (IPAD/PC – AC/2012) Durante os embates relacionados à disputa entre Brasil e Bolivia
pelo controle da região do atual estado do Acre, destacou-se a atuação do Barão de Rio Branco
e de Assis Brasil, que, em novembro de 1903 conseguiram, por meio da diplomacia, aprovar a
assinatura de um acordo entre as duas nações, o qual ficou conhecido como:
a) Tratado de Madri.
b) Tratado de Santo lldefonso.
c) Tratado de Petrópolis.
d) Tratado Badajoz.
e) Tratado de Utrecht.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 69 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 70 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
GABARITO
1. a 37. e
2. b 38. b
3. d 39. e
4. a 40. c
5. a 41. c
6. a 42. d
7. b 43. e
8. b 44. b
9. d 45. c
10. c 46. a
11. b 47. c
12. e 48. e
13. b 49. e
14. b 50. c
15. c 51. c
16. c 52. e
17. d
18. e
19. a
20. b
21. e
22. d
23. d
24. a
25. c
26. c
27. d
28. e
29. d
30. b
31. a
32. a
33. e
34. b
35. d
36. c
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 71 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
GABARITO COMENTADO
018. (FCC/2018/FCRIA-AP/EDUCADOR SOCIAL/ARTE EDUCADOR) Dentre as principais ati-
vidades econômicas vigentes no Amapá, e existentes desde meados do século XX, destaca-se
a) a agricultura voltada ao abastecimento da região Norte, de produtos como feijão, arroz, soja,
laranja e café.
b) o extrativismo vegetal biosustentável, por meio de produtos como o babaçu e o carvão.
c) a atividade pesqueira, principalmente marítima, uma vez que há forte controle da pesca nos
rios amazônicos.
d) a produção industrial de eletrodomésticos e outros bens de consumo comercializados na
Zona Franca de Manaus.
e) o extrativismo mineral, a exemplo da exploração das jazidas de manganês.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 72 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 73 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Querido(a), a Vila de Macapá foi fundada em 1758 no contexto de ocupação e defesa da Colô-
nia Portuguesa. Pombal incentivou a chegada de colonos açorianos e construiu a Fortaleza de
São José do Macapá.
Letra d.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 74 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Fernando Costa de Ataíde Teive foi quem deu início a construção da Fortaleza em 1764 e em
1782 foi fundada por Francisco Xavier de Mendonça Furtado.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 75 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
II – Errada, porque afirma que o atual espaço amapaense era metade português de acordo
com o Tratado de Tordesilhas. Você há de se recordar que toda a região do Amapá pertencia à
Espanha pelo Tratado de Tordesilhas.
III – Errada, porque as disputas seculares pela região aconteceram entre portugueses e fran-
ceses. Não que não tivessem ocorrido conflitos com os ingleses, mas estes foram durante as
primeiras décadas do século XVII.
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 76 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
a) o centro histórico de Macapá, por seu traçado pombalino e dezenas de imóveis datados do
período colonial, como o Mercado Central e o Colégio Amapaense.
b) a vila Serra do Navio, fundada e planejada para abrigar os funcionários da Indústria e Comér-
cio de Minérios (Icomi), nos anos 1920.
c) a Vila Mazagão e seu casario edificado no século XVIII por portugueses a partir de uma vila
similar e de mesmo nome, existente em Marrocos.
d) a Fortaleza São José de Macapá, tombada nos anos 1950 e comumente destacada pelas
dimensões de sua estrutura e por sua importância na história do Amapá.
e) a Igreja São José de Macapá, por apresentar arquitetura neocolonial e abrigar os restos mor-
tais de autoridades ilustres da história local, desde o período colonial.
A Fortaleza de São José foi tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan)
em 22 de março de 1950. Nas décadas de 1950 e 1960, suas instalações viraram estalagem
para famílias imigrantes que chegavam em Macapá e, em outro momento, uma cadeia pública
para os presos sob vigilância da Guarda Territorial.
Letra d.
Construída em plena floresta amazônica, entre o final da década de 1950 e o início dos anos
1960, Serra do Navio foi planejada para abrigar o contingente de moradores da periferia da Vila
Operária da Icomi (Sociedade Brasileira de Indústria e Comércio de Minérios de Ferro e Manga-
nês). A Bethlehem Steel é uma companhia estadunidense que se associou à Icomi.
Letra e.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 77 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
c) a devolução da região aos franceses em 1817, depois que D. João VI mandara invadir a
Guiana em 1809.
d) o resultado da arbitragem suíça de 1900, conseguida com a atuação do Barão do Rio Branco.
e) os acordos do governo de Getúlio Vargas com as autoridades francesas instaladas na Guia-
na Francesa.
Lembre-se da arbitragem Suíça favorável ao Brasil. Note que a FCC explora sempre essa temática.
Letra d.
www.grancursosonline.com.br 78 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
d) 1914, quando a França cedeu o território reivindicado ao Brasil em troca do apoio brasileiro
contra os alemães, na Primeira Guerra Mundial.
e) 1901, pela intervenção militar brasileira naquela localidade, que expulsou os mineradores
franceses e estabeleceu a soberania na região.
Quando digo que a FCC sempre cobra a ação diplomática do Brasil para resolver as disputas
fronteiriças com a França, estou me referindo a isso. Note quantas questões da banca fo-
ram listadas.
Letra a.
Século XVIII. Os primeiros negros chegaram no Amapá em 1749, fugidos de Belém e fundaram
quilombos às margens do Rio Anauerapucu. Oficialmente, foram trazidos em 1751 a mando de
Mendonça Furtado, então governador do estado do Grão Pará e Maranhão, para trabalhar para
colonos portugueses dos Açores em Macapá. Com a fundação da Nova Mazagão, em 7 de
junho de 1770, chegaram 103 negros, a maioria vinda da Guiné Portuguesa, para trabalhar na
construção da Fortaleza de São José do Macapá. Muitos destes escravos fugiram formando
quilombos como Maruanum, Igarapé do Lago e Ambé. oficialmente
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 79 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
No século XVII, as potências europeias que poderiam ameaçar e, inclusive realizavam incur-
sões na região, eram Holanda e Inglaterra.
Letra e.
As vitórias dos franceses nas guerras revolucionárias e napoleônicas lhes permitiram impor
aos portugueses a fronteira no rio Calçoene no tratado de Paris em 1797, depois no rio Aragua-
ri em 1801 pelo tratado de Badajós, confirmado pelo tratado de Amiens em 1802. O interesse
da França nesse território era devido ao acesso que teria ao rio Amazonas de seu território.
Letra b.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 80 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Achou fácil? Por isso a importância da repetição de exercícios. Eles possibilitam que você me-
morize. Tenho certeza de que resolveu essa no “automático”.
Letra d.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 81 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
O Acordo diplomático entre Portugal e França ocorreu pelo tratado de Utrecht e definiram o rio
OIAPOQUE como limite
Letra b.
Note que a questão não trata sobre o Amapá, mas a banca dá dicas sobre como resolvê-la.
Veja bem: o enunciado fala do iluminismo, de uma visão de ensino contrária à religiosa prati-
cada pelos jesuítas. Portanto, com a expulsão dos jesuítas, sua estrutura educacional voltada
para as elites e para a evangelização indígena foi desestruturada.
Letra e.
www.grancursosonline.com.br 82 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
Por ser extremo do Brasil, a capitania do Rio Grande do Norte era mais próxima da Europa e
porta de entrada para o litoral.
Letra c.
O enunciado define o momento em que ocorreu “um outro responsável”: séculos XVII e XVIII.
As bandeiras são a única opção que se encaixa nesse período.
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 83 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
b) enviadas diversas tropas reais portuguesas para combater as tribos indígenas da região,
que foram completamente dizimadas nesses combates, em meados do século XVI.
c) distribuídas as capitanias hereditárias, pela Coroa Portuguesa, em 1534, sendo a capitania
do Amapá a mais isolada e a de maior extensão territorial em toda a colônia.
d) empreendidas ações de povoamento, no século XVIII, por Francisco Xavier de Mendonça
Furtado, quando este foi governador do Estado do Grão Pará e Maranhão.
e) erguidas várias casas e uma praça central, no século XVII, pelo colonizador português Fran-
cisco de Orellana que batizou esse lugar de Adelantado de Nueva Andaluzia.
De maneira efetiva, Macapá (Amapá) foi colonizada em 1751, no século XVIII, quando o gover-
nador do Grão-Pará, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, enviou soldados e colonos açoria-
nos para a região. Em 1758, na Praça São Sebastião (atual praça Veiga Cabral), foi levantado o
Pelourinho, fundando a Vila de São José de Macapá.
Letra d.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 84 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
A primeira afirmativa nem interessa tanto para o seu concurso, mas é verdadeira, assim como
as outras que, essas sim, são importantes.
Letra e.
045. (ESPCEX/2016) As relações entre a metrópole e a colônia foram regidas pelo chamado
pacto colonial, sendo este aspecto uma das principais características do estabelecimento de
um sistema de exploração mercantil implementado pelas nações europeias com relação à
América. Com relação ao Brasil, do que constava este pacto?
a) As colônias só poderiam produzir artigos manufaturados.
b) A produção agrícola seria destinada, exclusivamente, à subsistência da colônia.
c) A produção da colônia seria restrita ao que a metrópole não tivesse condições de produzir.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 85 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
046. (ESPCEX/2016) O sistema de Capitanias Hereditárias era regulamentado por dois docu-
mentos jurídicos, que definiram os direitos e os deveres dos donatários. Um desses documen-
tos cedia ao donatário uma ou mais capitanias, a administração sobre ela, as suas rendas e o
poder legal para interpretar e ministrar a lei. O outro estabelecia os direitos e deveres dos do-
natários, como promover a prosperidade da capitania, conceder sesmarias, receber a redízima
das rendas da metrópole e a vintena da comercialização do pau-brasil e do pescado.
Esses documentos eram, respectivamente:
a) Carta de Doação e Foral
b) Foral e Regimento de Tomé de Souza
c) Carta de Doação e Regimento de Tomé de Souza
d) Foral e Carta de Doação
e) Regimento de Tomé de Souza e Foral
Por lógica, letra “a”. A carta de doação dava direito de uso, a carta foral (fórum/lei) rezava sobre
os direitos e deveres do donatário e da Coroa.
Letra a.
047. (UNAERP-SP/1996) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocu-
pação do Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente,
todo o extenso território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo governo português se deu
através da:
a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.
c) criação das capitanias hereditárias.
d) montagem do sistema colonial.
Muito fácil. A primeira tentativa de colonização da Coroa Portuguesa objetivou terceiriza a em-
preitada para os donatários.
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 86 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
048. (CFSD/PM-PA/2012) O ano de 1570 marca a publicação da primeira lei da Coroa Por-
tuguesa proibindo a escravização indígena na colônia estabelecida no Novo Mundo. O efeito
concreto dessa legislação foi:
a) a disputa acirrada com outras potências europeias pelo controle dos nativos do novo conti-
nente recém descoberto.
b) a escalada da luta das elites coloniais pela revogação da proibição de exploração compul-
sória da mão de obra africana.
c) alianças e conflitos com diferentes grupos indígenas, através dos quais foi negociada a ex-
pansão colonialista portuguesa.
d) a escolha pela escravização de africanos, pela completa impossibilidade de exploração do
trabalho indígena.
e) o aumento de conflitos entre missionários de ordens religiosas, colonos portugueses e au-
toridades coloniais pela exploração da mão de obra indígena.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 87 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
b) os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indígenas,
o que justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais para a obtenção,
na África, daqueles trabalhadores.
c) o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns mercadores metropolitanos preocu-
pavam-se com as condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto outros os consi-
deravam uma “mercadoria”.
d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da mão de obra indígena contribuiu decisivamente
para que, a partir de certo momento, também escravos africanos fossem empregados na la-
voura, o que resultou em um lucrativo comércio de pessoas.
e) o principal motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de que esta preci-
sava ser transportada de outro continente, o que implicava a abertura de um rentável comércio
para a metrópole, que se articulava perfeitamente às estruturas do sistema de colonização
A opção pela mão de obra escrava africana estava intimamente associada à lucratividade do
tráfico negreiro transatlântico. O tráfico de escravos negros demandava uma estrutura inter-
continental também associada ao comércio internacional de insumos agrícolas. O uso da mão
de obra escrava indígena não contemplava essa dinâmica lucrativa.
Letra e.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 88 de 90
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos
051. (IPAD/PC – AC/2012) Durante os embates relacionados à disputa entre Brasil e Bolivia
pelo controle da região do atual estado do Acre, destacou-se a atuação do Barão de Rio Branco
e de Assis Brasil, que, em novembro de 1903 conseguiram, por meio da diplomacia, aprovar a
assinatura de um acordo entre as duas nações, o qual ficou conhecido como:
a) Tratado de Madri.
b) Tratado de Santo lldefonso.
c) Tratado de Petrópolis.
d) Tratado Badajoz.
e) Tratado de Utrecht.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 89 de 90
Daniel Vasconcellos
Daniel Vasconcellos é pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em preparatório para vestibulares e concursos. Atua como professor
concursado da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS VANZALER CHAVES - 04130988263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.