História Do Rock and Roll
História Do Rock and Roll
1 – Origem
A história do Rock and Roll começou com a influência cultural da música dos
escravos, vindos da África, na sociedade norte-americana. Em fins de 1950, nos Estados
Unidos, a chamada "geração silenciosa", marcada pelo fim da Segunda Guerra Mundial, viu-
se frente a um ritmo até então desconhecido, proveniente da sonoridade de um povo
marginalizado vindo de uma maciça migração negra que originou um grande número de
comunidades afro-americanas nos centros urbanos do norte do país.
De acordo com Paul Friedlander (2006, p.32), "as novidades e a alienação da
existência urbana, a ausência do lar rural e da família – e de seu apoio emocional e material -
ajudaram a criar o cenário no qual o blues urbano floresceu".
Assim, as raízes musicais do Rock and Roll, tanto as negras quanto as brancas (européias)
começaram com o blues rural do início do século XX e se fundiram ao blues urbano, ao
gospel e ao jump band jazz.
Dessa forma, estes quatro estilos musicais afro-americanos deram origem, no início
dos anos 50, ao chamado Rhythm and Blues (R&B), ritmo que se encontra nas raízes
musicais dos primeiros artistas de rock com denominação, decorrente da palavra "blue", que
na língua inglesa também significa "triste", "melancólico".
Para Chacon, (1984, p.24), o Rhythm and Blues é a vertente negra do Rock. "Reprimidos pela
sociedade, os negros buscavam refúgio na música (o blues) e na dança, para dar vazão a
revolta pela escravidão."
Pode-se dizer ainda que, além da cultura negra e do blues, o som das guitarras
elétricas, tenha sido o fator essencial para a caracterização do rock.
De acordo com Muggiati (1973, p.8), mais agressivo do que o Blues, o Rhythm and Blues se
formou a partir da necessidade dos cantores de gritar para serem ouvidos, já que o som das
guitarras era muito alto.
Ainda assim, acredita Chacon (1985) que para a consolidação da primeira forma do
rock - o rock’n’roll - houve também a fusão com a música branca, a chamada Country and
Western , música rural dos EUA, que, comparada ao blues que expressava a revolta dos
negros, também representava o sofrimento dos pequenos camponeses – o lamento.
Para Chacon, (1985, p.25), "a vibração negra, sua voz grave e rouca, sua sexualidade
transparente e seu som pesado agora alimentado pela guitarra elétrica, tudo isso parecia bem
mais atrativo a milhões de jovens, inicialmente americanos mas logo por todo o mundo, que
pareciam procurar seu próprio estilo de vida."
Assim, com a crescente aceitação e entrada do Rhythm and Blues e seu predecessor , o
rock clássico, na programação das pequenas estações de rádio com grande audiência negra, os
jovens adolescentes brancos começaram também a procurar o novo e excitante som nas lojas
de discos das redondezas. Isto criou uma demanda nas lojas brancas pelo Rhythm and Blues.
E, assim, atendendo a essa demanda e principalmente por motivos comerciais, as grandes
estações de rádio começaram a tocar R&B usando DJs brancos e negros.
O mais conhecido DJ branco, Alan Freed, depois de assistir a uma multidão de jovens
brancos comprando discos de R&B e inspirado em um velho blues "My daddy he rocks me
with a steady roll" (meu homem me embala com um balanço legal) passou a oferecer um
show ao vivo chamado "Alan Freed’s Moon Dog Rock and Roll House Party" e seu
programa, mais conhecido como "Rock and Roll Party" tornou-se, rapidamente, o programa
musical mais popular de Nova York, daí a denominação deste novo gênero que revolucionou
a maneira de fazer e ouvir música a partir de 1950. (Paul Friedlander, 2006, p.40)
Os principais atingidos pela revolução sonora do rock’n’roll foram os jovens. Nos
Estados Unidos e depois no mundo, todos os jovens se encontravam em meio a disputas entre
o capitalismo e o comunismo ou frente a uma grande valorização do consumismo e da
modernização, frutos do progresso científico gerado no pós-guerra.
2 – Eras do Rock
2.1 - Anos 50
De acordo com Paul Friedlander (2006, p.48), a primeira geração de roqueiros
clássicos – Fats Domino, Bill Haley, Chuck Berry e Little Richard – surgiu entre 1953 e 1955.
Suas músicas permaneceram fiéis às raízes do Rhythm and Blues com canções otimistas,
alegres, que retratavam realidades comuns aos adolescentes, cheias de criatividade e paixão
pela música.
Fats Domino, apesar de não se tornar nenhum grande astro do rock, vendeu em 1953
um milhão de cópias de seu hit "The Fat Man" e tornou-se o segundo artista da época em
termos de vendagem de discos, com mais de 30 milhões de álbuns.
Em abril de 1954, Bill Haley and His Comets, lança a música (We´re Gonna) Rock Around
the Clock, levando a juventude, cada dia mais delinquente e em busca de heróis, a adotá-la
como forma de canalizar sua rebeldia, principalmente depois de ser incluída como música de
abertura do filme Blackboard Jungle (Sementes da Violência).
Haley se tornou o primeiro astro branco do rock and roll, mas ainda não seria o ídolo
adolescente que a América estava procurando.
Já Chuck Berry, de acordo com Paul Friedlander (2006, p.54), foi o poeta-pai do rock and roll
clássico. Emplacou dezenas de hits, entre eles Johnny B. Goode com seu grito "Go, Johnny,
go!" que se tornou um grito de guerra que se ouve ainda hoje. Infelizmente seus
envolvimentos com a policia acabaram por destruir sua carreira. "Chuck criou a mais bem
escrita, estilisticamente inovadora e original música da época (...). Seu enorme legado e o
próprio homem ainda são uma parte vibrante da comuidade do rock and roll" (Paul
Friedlander, 2006, p.58).
A principal característica de Little Richard era sua forma de cantar emotiva com seu
forte falsete. Levou as partes mais obscenas do legado do R&B, como os ‘gemidos’, por
exemplo, ao público do rock, e isto se podia notar de forma marcante no hit Tutti-Frutti de
música explosiva e letra bastante sugestiva.
Ainda nesta década surge Elvis Presley, nascido em Tupelo, Mississipi, em 8 de janeiro e
1935, um dos artistas mais importantes dos primeiros anos do rock and roll, logo seria
considerado "O Rei do Rock".
De acordo com Chacon (1985) "só um símbolo sexual, devidamente municiado pelos
melhores autores, cantando e suando como um negro poderia transformar aquele modismo
numa verdadeira revolução". A sua sensualidade, sua voz rouca e sua maneira de dançar
marcavam a forte influência negra sobre a sociedade branca americana, afirma ainda Chacon
(1985).
Desde criança Elvis interessava-se pela música, sendo um ouvinte assíduo de rádios
que tocavam blues e R&B. Ainda aos oito anos de idade ganha da mãe sua primeira guitarra.
Aos 11 anos fica em segundo lugar em um concurso para jovens talentos e no último ano
escolar ganha o concurso nacional de talentos promovido pelas escolas. Depois de concluir o
secundário consegue um emprego de caminhoneiro.
Seu primeiro disco gravado pela Sun Records não impressiona o dono da gravadora,
Sam Phillips. Mas depois de juntar-se ao guitarrista Scotty Moore e ao baixista Bill Black,
numa brincadeira de estúdio, chama a atenção de Phillips que os manda continuar com a
gravação. Essa brincadeira era a música That’s all Right (Mama), do bluesman negro Arthur
"Big Boy" Crudup. "Ela não foi apenas o primeiro sucesso comercial de Elvis, mas, muito
mais importante, foi esta síntese da música blues e country que deu origem ao chamado
rockabilly". (Paul Friedlander. 2006, p.70)
A prova de que o rock seria a mais lucrativa música de consumo dos próximos anos
viria com o pagamento pela RCA de 35 mil dólares à Sun Records pelo passe de Elvis.
Assim, Elvis Presley cai nas mãos do "coronel" Tom Parker, o mesmo que o tinha
aconselhado a voltar a dirigir caminhões dois anos antes.
No final de 1956, Elvis acumula cinco hits no primeiro lugar e mais sete entre as 40 mais
ouvidas. Entretanto, gradativamente Elvis vai perdendo sua vida própria, sendo cada vez mais
manipulado para fins comerciais. cooptação
Em 1957, alista-se no exército e tem seu cabelo – "um dos símbolos da masculinidade
roqueira" – cortado. Impulsionada pela imagem de patriota de Elvis, sua fama aumenta,
inclusive entre os adultos. (Paul Friedlander, 2006, p.73)
Enquanto o rock’n’roll segue seu curso, Elvis de volta do serviço militar resolve
gravar baladas "água com açúcar", como It’s Now or Never e Are You Lonesome Tonight?.
Nesta época, ele não dominava mais as paradas, deixando até mesmo de apresentar-se em
público e perdendo a postura de roqueiro rebelde.
Até o final de sua carreira, Elvis Presley emplacou 107 canções de sucesso, o que
representa um recorde. Os Beatles ocupam o segundo lugar com a marca de 48 canções. Até
hoje considerado por muitos o "Rei do Rock", a importância de Elvis reside no fato de ter sido
ele quem solidificou o rock como um estilo de música popular. Para a juventude de sua época,
foi o representante da rebeldia, sexualidade e vitalidade.
Em fins de 1950, o rock’n’roll já se apresentava como um produto inserido no sistema
cultural. A postura de diversos setores da sociedade havia mudado em relação ao rock: se
antes ele era maldito, condenado pelos setores mais conservadores, agora já fazia parte dos
valores da sociedade em geral. Nessa época, o gênero sofre um "esvaziamento", provocado
pela intensa comercialização dos discos de rock’n’roll e a divulgação de ritmos dançantes.
2.2 - Anos 60
No início desta década o criador do estilo rock, Allan Freed, é processado e condenado
por suas atitudes anti-éticas que diziam ser o motivo do sucesso do rock and roll.
Por volta de 1960, nos EUA, surge Bob Dylan no cenário do rock, movido pelo ideal
de revolução e por forte sentimento político. De acordo com Muggiati (1973), Dylan é a
personificação de Holden Caulfield, o garoto desajustado do livro de J.D.Salinger –
personagem considerado o ponto de ruptura no modelo juvenil americano da década de 50.
Paralelamente à música de Dylan, o movimento cultural chamado Mersey Beat (um jornal
quinzenal de música popular com o panorama musical local), também movimenta a América,
inclusive influenciando na composição das músicas e na postura dos jovens da época. A
expressão ‘beat’, segundo Muggiati (1985, p.61), poderia representar "batida", "ritmo" ou
também "derrotado", "cansado", enquanto que nik relacionava-se a "esquerdismo", "rebelião".
A música de protesto de Dylan se encaixa em um novo "modelo" de rock. Junto com
Joan Baez, uma cantora de ascendência mexicana, Dylan se torna o porta-voz da juventude
pela liberdade, contra a guerra do Vietnã e o preconceito racial. Em 1963, os dois estavam na
Marcha dos Direitos Civis sobre Washington, ao lado do líder negro Martin Luther King.
A música de Dylan e Baez era a chamada "folk song". Ao som de violão, voz e gaita, eles se
preocupavam com a poesia das letras; o importante, nesse caso, era a mensagem a ser
transmitida.
De acordo com Chacon (1985), no entanto, a influência de Bob Dylan e Joan Baez
dissolveu-se a partir de 1965.
O rock começa a declinar nos EUA, seu país de origem, mas cresce na Inglaterra. Em
Liverpool, do movimento beatnik, surge a Banda The Beatles, que acabaria se tornando o
maior fenômeno mundial de todos os tempos.
Formada no início de 1956 por John Lennon, o primeiro nome dos Beatles foi The
Quarrymen, com Paul McCartney e George Harrison como guitarristas, Stu Sutcliffe, colega
de John no curso de arte, no baixo e o baterista Pete Best, substituído em 1962, por Ringo
Star."O nome (Beatles) veio da paixão deles pelos crickets (grilos) e assim combinaram
‘beetle’ (besouro) com o nome comum que se usava na época para chamar a música de rock:
‘beat’ music." (Paul Friedlander, 2006, p.120)
Os Beatles começam a se profissionalizar com a chegada de Brian Epstein como
empresário do grupo. Epstein, gerente da NEMS (North End Music Store), uma das maiores
lojas de discos da Inglaterra e grande varejista, possuia grande influência nas gravadorras, e
foi assim que a Decca Records concordou em gravar uma série de canções para mostrar o
talento dos Beatles.
O primeiro compacto lançado pela banda nos estúdios da Abbey Road para a gravação
da Parlophone (subsidiária da EMI), foi com as músicas Love me Do (lado A) e P.S. I Love
You (lado B). Nesta época, Stu Sutcliffe já havia deixado os Beatles tendo Paul tomado a
posição de baixista do grupo e, por exigência da gravadora, conforme assinala Paul Friedlandr
(2006. p, 123), "Pete foi demitido por Epstein – um procedimento hipócrita, bastante comum
no mercado musical". Assim, Ringo Starr assume a bateria da banda.
Foi com o segundo single, "Please Please Me", que os Beatles alcançaram o topo das paradas
britânicas, e a banda gravou seu primeiro álbum (de mesmo nome) que também alcançou o
primeiro lugar permanecendo lá por 30 semanas.
Em 1963, apenas um ano depois do primeiro lançamento dos Beatles, a Beatlemania
eclode na Inglaterra e em janeiro de 1964, a banda conquista a América com "I Want to Hold
Your Hand".
Ainda com pouca repercussão surge a Banda Rolling Stones com o lançamento de seu
primeiro compacto: de um lado o cover de "Come On" de Chuck Berry e do outro "I Want to
be Loved", de Willie Dixon. A banda tornou-se mais popular ao excursionar como banda de
abertura de roqueiros americanos como Little Richard, Everly Brtothers e Bo Diddley.
Assim, por volta de 1965, os Rolling Stones, formada por quatro garotos do subúrbio
de Londres: Mick Jagger no vocal, Keith Richards na guitarra, Bill Wyman no baixo e Charlie
Watts na bateria, além do provinciano guitarrista Brian Jones, se tornam sucesso mundial.
Enquanto os Beatles conquistam pela boa aparência e educação, os Rolling Stones ficam com
a parcela rebelde da sociedade, por sua postura e envolvimento em escândalos. De acordo
com Paul Friedlander (2006. p, 156), numa certa noite os Beatles foram assisti-los e os dois
grupos ficaram o resto da noite embriagando-se. Poucos dias depois os Stones retribuíram a
gentileza assistindo a um show dos Beatles.
Paralelamente aos fenômenos beatles e Stones, surgem as bandas inglesas Herman's
Hermits, The Kinks, The Animals e Van Morrison e nos EUA surgem Buffalo Springfield,
Canned Heat, the Mamas & The Papas, Byrds e Beach Boys.
A partir de 1965, as bandas Yardbirds (que tinha como integrantes Eric Clapton,
Jimmy Page e Jeff Beck) e The Who, trazem a agressividade ao rock com mais distorção e
amplificação.nas guitarras.
Em 1966, The Who leva o hard rock ao topo das paradas com o single Substitute e
Eric Clapton forma o trio Cream.
Enquanto isto, nos EUA o rock ficava menos agressivo com as bandas The Byrds,
Simon & Garfunkel e The Mammas & The Papas.
Nasce em San Francisco o rock psicodélico com grupos como The Doors, Jefferson Airplane
e Love.
Ainda houve muitos outros grupos que caracterizaram o rock de São Francisco,
influenciados pela cultura dos hippies e, conseqüentemente, pelo psicodelismo. Entre eles,
The Grateful Dead e Creedence Clearwater, além de Jefferson Airplane.
O grito de guerra do Jefferson Airplane, liderado pela vocalista e compositora Grace
Slick, era Feed your head! (Alimente sua cabeça).
O Grupo The Doors ( 1967) teve uma curta, porém marcante carreira. Jim Morrison,
vocalista e líder da banda, mostrava grande sensualidade no palco. Um dos interesses de
Morrison, que também havia estudado técnicas cinematográficas em Los Angeles, era o
xamanismo, antiga religião asiática. No dicionário, xamã significa "sacerdote mágico, que
entra em transe", e essa descrição é adequada à postura de Jim Morrison. A música The End,
do mesmo disco da clássica Light my Fire, foi incluída no filme Apocalipse Now, de Francis
Ford Copolla.
Uma possível explicação para o nome The Doors, é que a inspiração da banda veio do
livro de Aldous Huxley, de 1954, The doors of Perception, que relatava às sensações
provocadas pelo uso de drogas, como explica Muggiati (1973), artistas como Jim Morrison
buscavam o efeito da sinestesia em suas canções. (estímulo que atua sobre um canal sensorial
e que parece evocar imagens de outro canal tão prontamente como se fossem as mesmas
sensações. Para isso, as drogas exerciam papel fundamental.)
E assim, as drogas passam a ser consumidas por prazer. O ano de 1966 marca a
primeira experiência dos Beatles com o LSD. "Revolver", lançado nesse ano, confirmou a
mudança de direção que apenas havia sido esboçada no álbum anterior. George Harrison
aparece como compositor, e a dupla Lennon/McCartney praticamente se desfaz, na medida
em que o vocalista geralmente era o autor da canção que interpretava.
Com a mudança de rumo, a banda pára com as turnês e cada beatle toma um rumo
diferente: John Lennon se casa com Yoko Ono, George Harrison viaja para a Índia, Paul
McCartney volta a estudar artes e Ringo Starr sai de férias.
Ainda sob o efeito do LSD, diz-se que os Beatles gravaram (mais de 700 horas de
gravação) seu álbum mais revolucionário – "Sgt Peper's Lonely Hearts Club Band", em 1967,
que foi considerado uma obra prima da história do rock por transformar os LPs, de simples
coletâneas de sucessos, em obras de arte fechadas em conceitos.
Em agosto de 1967, os Beatles buscam regeneração espiritual e são atraídos pelo guru
indiano Maharishi Mahesh Yogi, com o qual rompem mais tarde depois de descobrirem que o
guru buscava apenas autopromoção. Nessa mesma época morre seu empresário Epstein e os
Beatles passam a cuidar de seus próprios negócios e da expansão da Apple. No entanto,
apesar do bom momento musical, as coisas não andavam bem e cada vez mais os integrantes
se afastavam para se dedicar a seus projetos individuais.
Assim, após o lançamento do White Álbum, o projeto batizado de Get Back, para o
ano de 1969, não deu certo e as gravações foram abandonadas. E, no dia 30 de janeiro de
1969, os Beatles fizeram seu último show ao vivo no telhado do prédio da Apple. O compacto
Get Back/Don’t Let Me Down, com os resquícios da gravação, foi lançado em abril do
mesmo ano, para agradar aos fãs.
Curiosamente, ao mesmo tempo e no mesmo estúdio em que foi gravado Sgt. Pepper's
é gravado o álbum, "The Pipers At the Gates Of Dawn" da banda Pink Floyd, com seu gênio
movido a LSD, Syd Barret.
Junto com as Bandas Gratefull Dead, Jefferson Airplane (influenciada pelas drogas) e
The Doors (Light My Fire), surge nos EUA, principalmente em San Francisco o movimento
Hippie, sob o lema "Paz e Amor", em contraposição à guerra do Vietnam. Os marcos da
época eram as flores nos cabelos longos (Flower Power), a liberdade total e as comunidades
alternativas.
Ainda em 1967, Jimi Hendrix com seus singles "Hey Joe" e "Purple Haze", é
descoberto pelo ex-Animals, Chas Chendler e capta a atenção do mundo do rock deixando seu
nome marcado como um dos maiores guitarristas de todos os tempos ao inaugurar o
virtuosismo nas canções e ao favorecer o uso de tecnologia para ampliar os recursos da
guitarra elétrica.
Seu relacionamento quase sexual com a guitarra se assemelha à dança de acasalamento
de uma espécie estranha, de uma raça interplanetária. "Além das contorções corporais, Jimi
joga com as distorções sonoras, arrancando notas incríveis da guitarra, envenenada por uma
quantidade de novos recursos eletrônicos". (Muggiati, 1973, p. 17)
No início, Hendrix formou o The Jimi Hendrix Experience, mas sua carreira se
consolidou realmente como artista solo, acompanhado, muitas vezes, por outros músicos.
Uma de suas canções mais conhecidas, Hey Joe, conta a história de um marido que mata sua
esposa ( regravada nos anos 90 pela banda brasileira, O Rappa).
No Festival de Monterey, em 1967, surge uma nova estrela que também teria seu
nome gravado na história do rock: Janis Joplin. Essa branca do Texas, que passou a
adolescência ouvindo cantoras negras de blues como Bessie Smith e Billie Holliday, "aos 17
anos abandona a família para cantar em troca de bebida nos bares de beira de estrada,
seguindo a trilha errante dos cantores de blues". (Muggiati, 1973, p.17). Sua voz rouca e sua
interpretação nos palcos, a tornaram uma das cantoras mais sensuais de todos os tempos. Uma
de suas frases confirma essa característica, mas também demonstra a sua dor ao lidar com as
pressões da carreira: "Faço amor no palco com 25 mil pessoas e depois vou para casa
sozinha".
Além de Janis Joplin, o Festival de Monterey reune também, Jimi Hendrix, The
Animals, Simon and Garfunkel, Bufallo Sprinkfield, entre outros.
Em 1968, a Banda Cream (de Eric Clapton) alcança o sucesso merecido. Com o final da
banda Yardbirds, Jimmy Page forma a banda Led Zeppelin – com Paul Jones no baixo,
Robert Plant no vocal e John Bonham na bateria - que surge com uma sonoridade inédita e
embora muito baseada no blues, era mais agressiva do que qualquer música anterior,
destacando-se a virtuosidade dos instrumentistas com seus solos e improvisações de tempo
indeterminado.
Ainda em 1968, os Stones exploram o engajamento político, influenciados pelas
manifestações de massa. Mas, em sua maioria, o repertório dos Rolling Stones toma um
cunho erótico. Não foi por acaso que a música que marcou seu estilo se chamou "Satisfaction"
(I Can’t get no). De acordo com Muggiati, (1973, p.94), "Mick Jagger costuma rebolar com a
malícia de um travesti e manipula o microfone fálico com mil insinuações".
O Hard Rock inicia seu período de apogeu. Musicalmente, e no seu estilo de se
apresentar ao vivo, a banda The Who, com seu formato de power trio, de acordo com Paul
Friedlander (2006. p, 190) foi a pioneira do hard rock. "Devido a sua capacidade musical,
talento e inclinações sociais, eles redefiniram os papéis e funções dos instrumentistas, criando
um rock mais ousado e sofisticado."
Uma outra banda de hard rock, Sttepenwolf pela primeira vez é cunhada com o termo
"heavy metal"
Beatles e Pink Floyd começam a passar por problemas de convivência, sendo que os
Beatles permanecem por mais dois anos, mas Pink Floyd sofre mudanças ao perder Syd
Barret.
A cultura hippie se estabeleceu definitivamente em 1969, entre 15 e 17 de agosto, com
o festival de Woodstock. Em três dias de concertos 500 mil jovens se reuniram para ouvir
Jimi Hendrix, Janis Joplin, Joan Baez, The Who, Jefferson Airplane, Carlos Santana, Joe
Cocker, Tem Years After, Sly and Family Stone, Credence Clearwater e outros, sem que
nenhum incidente de violência fosse registrado. O poder da flor parecia mais forte do que
nunca e o do rock também.
Em dezembro de 1969, no Festival de Altamont, California,a lua de mel do rock com a
paz e o amor começa a se acabar com o assassinato pelos Hell's Angels, de um espectador do
show dos Rolling Stones e com o massacre promovido pelo hippie Charles Manson, no qual
morreu a atriz Sharon Tate, mulher do cineasta Roman Polanski. Muita sujeira, drogas,
doenças e quatro mortes foi o resultado da total falta de organização do festival de Altamont.
Em 1970, as mortes de importantes representantes do acid rock abalaram a ligação
entre a música e as drogas: Jimi Hendrix é sufocado com seu próprio vômito, depois de uma
intoxicação de barbitúricos e Janis Joplin é encontrada em seu quarto, vítima de overdose de
heroína. No ano seguinte, Jim Morrison morre devido a uma parada cardíaca. Os três
formaram a chamada "Santíssima Trindade Trágica do Rock" marcando uma época de
transição. A partir de 1970, o rock sofreria uma nova mutação.
O final da década é marcado pelo mote "Sexo, drogas e Rock and Roll".Em fins de
1960, houve a confluência de várias novas tendências do rock caracterizadas pela
preocupação com a elaboração sonora das canções. O vulgar é soterrado e o rock
intelectualiza-se. (Montanari, 1988, p.66)
Desaparece aquela simplicidade característica do rock da década de 50 e o rebolado de
Elvis acaba se transformando numa sinfonia com muita pompa e decibéis, elevando o rock à
categoria de arte.
2.3 – Anos 70
Chega ao fim a era da inocência e as grandes bandas agora cercam-se de melhores
equipamentos, sendo acompanhadas inclusive por orquestras. Surge o videoclipe e a
grandiosidade do rock começa a se consagrar com a virtuosidade de bandas como, Led
Zepellin, Cream, Jethro Tull e Deep Purple, além dos trabalhos mais elaborados dos Beatles e
The Who.
Pink Floyd, a banda que nasce da união de dois bluesman americanos – Pink Anderson
e Floyd Couneil -, mostra ao mundo o rock como forma de arte e cria "duas grandes obras: em
1973, The Dark Side of the Moon, que permaneu na lista dos 200 mais por quinze anos, e o
épico álbum duplo concebido por Roger Waters, The Wall." (Paul Friedlander. 2006, p. 344)
Nesta década, a sofisticação crescia com a rápida difusão dos sintetizadores. Os teclados cada
vez mais sofisticados criavam novas texturas e sons que até então eram de execução
impossível. O rock é definitivamente encarado como expressão artística e social e não mais
apenas como música de consumo.
aqui vemos q o rock apesar de ser um
cenario amplamente difundido e popular, se "...o rock parecia dominado pelo seu lado intelectual, pelo
afirma de fato enquanto ideologia, estilo de progressivo, pelo acadêmico, pelo auditivo. Não se deixara de dançar,
vida. indo além da qualidade de musica de mas sentar diante do aparelho de som e escutar tornara-se algo tão
consumo, como havia se tornado quando da
entrada das grandes gravadoras que o comum que o percentual de rockeiros dançantes diminuíra se
tornaram uma industria. comparado com o da época do rock’n’roll.” (Chacon, 1985, p.44)
2.4 – Anos 80
O panorama rock dessa década passa por vários estilos. . Bandas como R.E.M.
ressuscitam o rock melódico dos anos 60, dos Byrds. Os Stray Cats recriam o rockabilly dos
anos 50. E o heavy metal, que começa a década com assustadora simbologia satânica (Iron
Maiden, Venom e Slayer, os filhos do Black Sabbath), de repente vira glam, com cabelos
armados e muita purpurina (Poison, Bon Jovi e Cinderella, os filhos do Kiss) para depois
explodir em violência nunca antes vista, vinda do punk hardcore, com muitas letras políticas
(Metallica, Suicidal Tendencies e Napalm Death, os filhos do Clash) e, no começo dos anos
90, misturar-se com um impensável e negro funk (Red Hot Chilli Peppers, Faith No More e
Living Colour, filhos de Jimi Hendrix, aquele que quebrou as barreiras raciais do rock).
O Blondie, flerta com a onda discoteque. O Devo bebe diretamente da fonte eletrônica
do Kraftwerk. O The Police de Sting namora com o reggae. Teclados são incorporados às
formações das bandas, sem nenhuma culpa.
A indústria fonográfica, as rádios e a imprensa especializada denominam todas as
bandas que não são punk e que surgem depois de 1976, como The Police, Simple Minds,
Pretenders e U2, um pouco mais tarde, de "New Wave - a "nova onda".
Nos Estados Unidos, os grupos new wave muitas vezes se aproveitam das idéias punk,
como o andamento rápido das músicas e a simplicidade dos arranjos, como Television, Cars,
Devo, B-52, Talking Heads e Blondie - todos ligados inicialmente a cena punk de Nova York
dos Ramones. O Blondie e o Pretenders representam a ascensão feminina no rock.
Conforme explica Friedlandr (2006, p. 369), "o ingrediente chave do sucesso da new wave era
a ligação da música com o vídeo". A institucionalização dessa dinâmica se deu com
nascimento da MTV, em 1981. Esse canal de televisão passou a divulgar vídeo-clips da
mesma forma que as rádios executavam as músicas.
Dentro desta cena, voltando um pouco no tempo (início da década), surgiam grupos
como os Bee Gees e o Abba, entre os menos radicais e que não se encaixavam na estética
punk. Era a dance music que lançava também no cenário Diana Ross, Olivia Newton-John e
os mega astros Michael Jackson e Maddona. De acordo com Friedlander (2006, p.378), "o
álbum Thriller, de Michael Jackson, foi o disco mais vendido da história da música, com mais
de 40 milhões de cópias."
Na virada de 1980, o punk e a new wave não eram a única alternativa à onda "disco"
que assolava a música. Começava a se formar na Inglaterra com bandas como Judas Priest,
Samsom e principalmente Iron Maiden, o que viria a ser conhecido como New Wave of
British Heavy Metal, a resposta do som pesado e elaborado à sonoridade simples do punk.
O Iron Maiden (donzela de ferro) que recebeu este nome por alusão a um instrumento
de tortura medieval, torna-se uma das bandas mais queridas dos críticos de heavy metal em
geral.
Em meados de 1980, o sucesso do Guns’ N`Roses demonstra a força do metal. A
presença de palco de Axel Rose, vocalista do Guns marcava por seu estilo de cantar e se
movimentar nas apresentações ao vivo. Músicas como Sweet Child O`Mine e Welcome To
The Jungle agitavam a platéia.
O hard rock também dava sinais de renovação com o primeiro álbum homônimo da
banda Van Halen que ampliava seu som com o uso de teclados e sintetizadores. Eddie Van
Halen, conforme explica Friedlander (2006, p. 381), "reinventou o virtuosismo da guitarra de
heavy metal, valendo-se de seu grande domínio sobre o instrumento, presente na velocidade e
técnica com que tirava suas harmonias dos trastes, deixando seus contemporâneos
estupefatos."
Revelam-se ainda, Robert Plant e Ian Gillan, que balançam o mundo com seus vocais
nervosos e vozes suaves, sem contar o gênio Ozzy Osborne que assusta o mundo com o Black
Sabbath. Acredita-se ainda que as diferentes tendências de Metal vem com as Bandas Led
Zepelin e Deep Purple (Heavy Metal ) e Black Sabbath (Black Metal).
Outro estilo que desponta na década de 80 é o speed metal, que tem o Mettalica como
exemplo mais bem sucedido dessa tendência. Com a profusão do estilo heavy metal,
entretanto, classificar uma banda tornou-se tarefa difícil; muitos críticos e até mesmo os fãs
do Mettalica poderiam classificar a banda como uma representante do thrash metal. Sepultura,
a banda brasileira de maior repercussão no exterior é um dos maiores expoentes para o trash
metal. A banda, com seus vocais rosnados, foi influenciada por Black Sabath e Venon.
Cresceu também o heavy melódico, como outra vertente deste gênero nos anos 80, e
expandiu-se na década seguinte. Helloween e Gamma Ray (Alemanha), Raphsody (Itália),
Viper e Angra (Brasil) são algumas das representantes do metal melódico, caracterizado por
melodias fortes, vocais operísticos e virtuosismo nas guitarras.
De acordo com Barcinski, citado pot Tinti (2003), "no início dos anos 80, Nova York
cria um monstro: o hardcore". As bandas que despontaram nesse cenário eram ligadas a
gravadoras independentes, fanzines e shows em clubes locais, quando passaram a ganhar
atenção do público. As músicas caracterizavam-se por serem simples, contrárias ao
virtuosismo do heavy metal. Mas, o movimento hardcore não resiste ao tempo. O público se
subdivide em facções de gostos e tendências variadas. A violência dos shows é um dos fatores
para que deixem de ser agendados e muitas bandas acabem. E no fim da década de 80, nasce
um novo gênero, derivado da cena hardcore e que viria a representar um fenômeno para os
anos 90: o grunge.
2.5 – Anos 90
O Nirvana torna-se o representante mais importante para o grunge na opinião de
muitos críticos, músicos e fãs. Foram as raízes punks e hardcore que definiram o som da
banda, o chamado "som de Seatle" já que foi esta cidade que caracterizou-se como o local de
nascimento de muitas bandas de rock dos anos 90. O Pearl Jam, ainda hoje em atividade,
também derivou-se deste som.
O líder do Nirvana, desde criança Kurt Cobain falava que seria um astro do rock. Em
1987, Cobain e Novoselic juntaram-se a Chad Channing, que ficou com o posto de baterista,
antes de Cobain, e Kurt tornou-se o vocalista e guitarrista da banda. Logo, eles passaram a
apresentar-se em festas e clubes fora de Aberdeen. A gravadora Sup Pop os contratou e o seu
primeiro disco, Bleach, saiu em 1989. Este álbum foi produzido por apenas seiscentos
dólares.
Os integrantes do Nirvana tinham muita dificuldade de conseguir dinheiro, viviam
arrumando empregos temporários ou vendendo objetos pessoais. Kurt, mais de uma vez,
chegou a morar dentro do carro. Ainda antes do lançamento do segundo disco da banda, Kurt
já apresentava problema com as drogas, o que percorreria toda a trajetória do Nirvana.
Segundo Kurt, a heroína o ajudava a fugir de suas dores de estômago, que o atormentavam.
De acordo com Tinti (2003), transformado em hino grunge, "Smells Like Teen Spirit",
veiculada incessantemente pela MTV, é uma das canções do álbum "Nevermind". Esta
expressão significa "fede a espírito adolescente" e constava de uma pichação nas paredes do
quarto de Cobain. Para essa composição, ele se inspirou em Tobi Vail, uma antiga namorada
que usava um perfume chamado "Teen Spirit". Em 1993, é lançado In Utero, terceiro disco do
Nirvana inspirado em sua esposa Courtney (Kurt casou-se em 1992) e em sua filha Francês.
Em setembro, o Nirvana segue por uma turnê de três meses pela América do Norte e grava o
MTV Acústico.
Ao voltar para os Estados Unidos, Kurt Cobain é mais uma vez internado em uma
clínica de reabilitação, da qual foge, e se esconde em sua casa, em Seattle. Lá ele é encontrado
morto, com altos níveis de heroína no sangue, além de estar com a marca de um tiro de
espingarda contra o céu da boca. Conforme Cross (2002, p. 323), "Kurt conseguira se matar
duas vezes, usando dois métodos igualmente fatais". Com o fim do Nirvana, Grohl, baterista
da banda, forma, em 1995, a banda Foo Fighters.
Na Inglaterra, no início da década, desponta o chamado Britpop, com as bandas, Blur,
Pulp, Verve, Green Day, Supergrass e Oasis, sendo este, o desencadeador do movimento. Em
1994, Oasis lança o primeiro disco, Definetely Maybe, ultrapassando um milhão de cópias e
fazendo do Oásis a banda mais popular da década de 90. A banda formada pelos irmãos Lian
e Noel Gallagher que brigavam constantemente, ficou marcada por declarações arrogantes
onde eles se consideravam os melhores. O segundo álbum (What’s the Story) Morning Glory,
com a música Wonderwall, foi o segundo álbum mais vendido da história da música britânica
e rendeu disco de ouro em vários países.
A década de 90 ainda iria trazer o som também chamado de Indie Rock que abriu
espaço para grupos diferentes, com sonoridade indefinível, como os Smashing Punpkins e
Radiohead, dois dos grupos dessa cena independente que acabariam se tornando gigantes do
rock da década de 90. Nesta época, a Inglaterra firma-se como um terreno fértil para o
nascimento de bandas de um estilo, que se caracterizou por uma sonoridade intimista de
músicas mais lentas, sem solos de guitarra ou bateria, letras depressivas e vocais monótonos.
O Radiohead lançou o aclamado disco Kid A, figurando no cenário alternativo da
Inglaterra como uma das bandas mais aclamadas pelos críticos. E nos Estados Unidos, surge
uma banda de grande influência para o mesmo movimento, a banda Pavement. Este era um
procedimento comum, a alternância no lançamento de bandas de rock entre os Estados Unidos
e a Inglaterra até o fim da década de 90.
2.6 – Anos 00
Tendo como característica a curta popularidade e marcado principalmente pelo som
das bandas de rock alternativo, além da influência da música eletrônica, o rock inaugura o
século XXI. No início deste novo século, desponta um movimento denominado por muitos de
"novo rock", quando, ao mesmo tempo, curiosamente, uma banda como os Rolling Stones
persiste nas arenas, a ponto de completar tocando ao vivo, o seu aniversário de quarenta anos
de atividades intermitentes, já que nem as drogas, nem a polícia, nem a morte, nem o dinheiro,
nem os casos amorosos ou os filhos conseguiram pará-los.
A década começa ainda marcada pela nova força do hip hop que influenciou bandas de
rock pesado como Linkin Park e Limp Bizkit e gerou um astro com espírito rock`n`roll, como
Eminem, um branco que conseguiu um som originalmente negro, assim como Elvis há quase
50 anos.
Com o pop ainda dominando o cenário, surgem Os Strokes, 5 jovens trazendo algo
mais consistente para a época. Aclamados por muitos como "a salvação do rock", exageros a
parte, a banda surge com um grande carisma, uma sonoridade básica e crua , além do visual e
atitudes típicos de Nova York. Acompanhando os strokes, que viraram queridos da mídia e
dos críticos, vieram também the Vines, Yeah Yeah Yeahs, Interpol, Libertines e,
principalmente, White Stripes.
Surge também nesta década, um dos grupos mais melodiosos da nova safra do rock
inglês, como diz a maioria dos críticos é o Cold Play, liderado pelo cantor e guitarrista Chris
Martin.
De acordo com a Wikipédia – A Enciclopédia Livre, "paralelamente, o movimento
emo ou Emotional Harcore, explodiu no início desta década". Gerado a partir do pop punk ,
característico das bandas Green Day e Blink-182 e do Straight Edge (variação do punk criada
pela banda Minor Threat). O estilo Emo, se caracteriza pelas músicas emotivas e por um
público mais jovem, o que se reflete na imagem das bandas e artistas representantes do estilo
como as bandas Good Charlotte, My Chemical Romance (ambas americanas), Simple Plan e,
talvez também Avril Lavigne (ambos canadenses) no cenário internacional, e CPM 22,
Fresno, Hateen, ForFun e NxZero no Brasil. "Assim como o new metal em relação ao heavy
metal tradicional, o estilo emo é consistentemente renegado por punks puristas, devido à
noção de "atitude" pregada pelo emo, em alguns pontos oposta à original, por ser considerada
"politicamente correta" demais. Mas, na realidade, isso é apenas uma moda inventada, pois o
emo é uma vertente do Hnal dos anos 80, por bandas que tinham letras de amor intermináveis
apontando para o suicídio e etc".
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