O Que É Um Verdadeiro Avivamento

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O QUE É UM VERDADEIRO AVIVAMENTO?

Uma das características da linguagem profética do AT, é que as coisas temporais são
emblemas, são sinais, das coisas espirituais.

O povo de Israel estava atravessando um período de seca, de deserto, de conseqüência


pecaminosa, mas Deus estava revelando ao seu profeta, que ainda havia uma esperança.
Deus poderia promover uma intervenção poderosa na história de suas vidas. Deus iria
abençoá-los a prosperar e a viver uma dimensão de alegria e vida abundante.

Existem momentos na história, momentos temporais, em que é necessária uma intervenção


de Deus. Existem momentos em que Deus “parece” novamente tomar as rédeas da história.
Os estudiosos chamam isso de DESPERTAMENTO ESPIRITUAL ou AVIVAMENTO.

“Quando a igreja está cheia de pessoas vazias, é hora de o avivamento ser buscado”. Charles
Spurgeon.
Necessitamos de um despertamento?

Os primórdios do avivamento bíblico aparecem em Gênesis. O que se pode chamar de "o


grande despertamento geral" ocorreu nos dias de Sete, pouco depois do nascimento de seu
filho Enos:  "Então se começou a invocar o nome do Senhor" (Gn 4.26). 

O nome Enos quer dizer fraco ou doente. O que é deveras significativo. Considerando o


assassinato de Abel (Gn 3.9-15) e o aparecimento cada vez mais forte de doenças na raça
humana, o nome Enos era bastante adequado. "É provável que fosse um reflexo da
consciência da depravação humana e da necessidade da graça divina". 

Vivemos no meio de uma geração doente, angustiada, depreciada.


Vivemos no meio de uma geração de relacionamentos plásticos, frios, egoístas.
Vivemos no meio de uma geração de crentes que precisam experimentar o fogo do
avivamento.
Vivemos no meio de pessoas desiludidas. De líderes performáticos. De gente debilitada
espiritualmente. Falta verdade, falta genuinidade, falta soprar o vento do Espírito sobre nós.

John Wesley, certa vez disse: “Se eu tivesse cem homens que a ninguém temessem senão a
Deus, que a nada odiassem a não ser o pecado, e que tivessem a disposição de nada saber
entre os homens a não ser Jesus e este crucificado, eu poria fogo no mundo”.

O MUNDO PRECISA DO FOGO DO ESPÍRITO, DA CHAMA DO DESPERTAMENTO.

1. O Avivamento no Antigo Testamento:


O verbo hebraico hyh (avivar) tem o significado primário de "preservar" ou "manter vivo".
Porém, "avivar" não significa somente preservar ou manter vivo, mas também purificar,
corrigir e livrar do mal. Esta é uma conseqüência natural em toda vez que Deus aviva. Na
história de cada avivamento, dentro ou fora da Bíblia, lemos que Deus purifica, livra do mal e
do pecado, tira a escória e as coisas que estavam impedindo o progresso da causa.

Neste sentido, o avivamento é sempre indicado como uma obra ativa e intensiva de Deus.
Alguns exemplos de sua ocorrência são as clássicas orações de Davi, como esta:"Porventura,
não tornarás a vivificar-nos (3), para que em ti se regozije o teu povo?" (Sl 85.6).
E da clássica oração do profeta Habacuque: "Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas declarações, e
me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos,
faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia" (Hc 3.2).

Alguns sinais produzidos pelo despertamento espiritual no meio do povo de Deus:


Senso inequívoco da presença de Deus; 
Oração fervorosa e louvor sincero; 
Convicção de pecado na vida das pessoas; 
Desejo profundo de santidade de vida e aumento perceptível no desejo de pregação do
evangelho. 
Em outras palavras, a igreja amortecida e tristemente doente é a primeira a ser beneficiada
pelo avivamento.

Comentando um pouco mais sobre o sentido estrito de avivamento, diz o Dr. Martin Lloyd-
Jones: “É uma experiência na vida da Igreja quando o Espírito Santo realiza uma obra
incomum. Ele a realiza, primeiramente, entre os membros da Igreja: é um reviver dos
crentes. Não se pode reviver algo que nunca teve vida; assim, por definição, o avivamento é
primeiramente uma vivificação, um revigoramento, um despertamento de membros de
igreja que se acham letárgicos, dormentes, quase moribundos”.

QUANDO A IGREJA EXPERIMENTA UM VERDADEIRO AVIVAMENTO ELE VOLTA A SUA


ORIGEM, A SUA NATUREZA, AO SEU PROPÓSITO.

Quais são as indicações que precisamos de um avivamento?

1- Quando há falta de devoção.


O dicionário Aurélio define devoção como o ato de dedicar-se ou consagrar-se a alguém,
manifestação do sentimento religioso; Culto, prática religiosa.
A leitura da Bíblia se tornou esporádica. Em muitos casos, só a fazemos quando queremos
um "versículo da sorte", uma palavra orientadora nos momentos difíceis, onde ela surge
como uma espécie de amuleto da sorte. 
Precisamos de um avivamento pessoal, ao percebermos que é pequeno o nosso interesse
pelo estudo sistemático da Bíblia e de estar na presença de Deus.
Quando há pouco investimento financeiro.
As contribuições não são importantes porque Deus precisa de nosso dinheiro. Ele é dono da
prata e do ouro. Ele mantém tudo sem dinheiro.
Todavia, nossas contribuições, revelam onde está nosso coração.  "Porque onde estiver o
vosso tesouro, aí estará também o vosso coração" (Mateus 6:21).
 Quer saber onde está seu coração? Procure onde estão seus investimentos!
Precisamos de um avivamento pessoal, quando investir no reino de Deus deixou de ser uma
alegria e desejo ardente em nossos corações. (Levítico 27:30 e Malaquias 3:8).
Quando não existe zelo.
Zelo é definido como: afeição ou dedicação, cuidado, desvelo ardente por alguém ou por
algo; vivo ardor a serviço de Deus. Sentimos a falta de zelo quando relaxamos com as
"pequenas coisas" da fé.
Nossos atrasos nos cultos; nosso desmazelo com nossa vida devocional;  Não podemos
esquecer que a fidelidade às pequenas coisas, revelam nossa confiabilidade com as grandes
(Mateus 25:21).
A falta de zelo nos leva a uma postura de relaxo com Deus. A Bíblia emJeremias
48:10 afirma: "Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente
(fraudulosamente)" 
A falta de zelo atrai maldições.
Qual é a medida do seu entusiasmo?
Quando existe um habitual desvio de comportamento.
Precisamos de um avivamento pessoal, quando usamos mal nossa boca.
Detrações, fofocas e murmurações, são algumas indicações de uma boca mal usada.
Precisamos um avivamento pessoal, ao verificarmos que em nossa vida há mundanismo.
Existem muitos movimentos avivalistas acontecendo, mas o que é de fato um real
avivamento, um verdadeiro despertamento espiritual?

2.1. Avivamento não é um programa agendado pela igreja.


Avivamento não é ação da igreja, mas de Deus.
Avivamento é obra soberana e livre do Espírito Santo. 
A igreja não promove e nem faz avivamento. 
A igreja não é agente de avivamento. A igreja não agenda e nem programa avivamento.
A igreja só pode buscar o avivamento e preparar o caminho da sua chegada. 
A igreja não produz o vento do Espírito, ela só pode içar suas velas em direção a esse vento.
2.2. A soberania de Deus, no entanto, não anula a responsabilidade humana.
O avivamento jamais virá se a igreja não preparar o caminho do Senhor (5). 
O avivamento jamais acontecerá se a igreja não se humilhar. 
Sem oração da igreja, as chuvas torrenciais de Deus não descerão. 
Sem busca não há encontro. 
Sem obediência a Deus, jamais haverá derramamento do Espírito.
Contudo, quem determina o quando e o como do avivamento é Deus.
David Brainerd orou vários anos pelo avivamento entre os índios peles vermelhas no século
XVIII. Aquele jovem, ajoelhado na neve, suava de molhar a camisa, em agonia de alma, em
oração fervente, em favor daqueles pobres índios. Quando o seu coração parecia
desalentado e já não havia prenúncios de chuva da parte de Deus, o Espírito foi
poderosamente derramado e os corações se dobraram a Cristo aos milhares.

2.3. Avivamento não é uma ênfase carismática.


Muitas pessoas hoje estão limitando o avivamento a milagres, curas e exorcismos.
Entretanto, esta não é a ênfase do avivamento. 
A igreja hoje está correndo mais atrás de sinais do que atrás de santidade. 
A igreja hoje empolga-se mais com milagres do que com vida cheia do Espírito. 
A igreja hoje anseia mais as bênçãos de Deus do que o Deus das bênçãos. 
A igreja hoje busca mais uma vida antropocêntrica do que cristo-cêntrica.
Avivamento não é efervescência carismática. Uma igreja pode ter todos os dons sem ser
uma igreja avivada. (Igreja de Corinto).
Avivamento não é conhecido pelos dons do Espírito (carisma), mas pelo fruto do Espírito
(caráter).
2.4. Avivamento não é modismo.
Muitos crentes, por desconhecimento, se posicionam contra o avivamento porque acham
que ele é a mais nova onda da igreja.
Certamente, aqueles que assim pensam não estudam com critério a Bíblia nem a história da
igreja. 
Os pontos culminantes da igreja aconteceram em épocas de avivamento. Desde o Antigo
Testamento que esta é uma verdade incontestável.
É só olhar para os grandes despertamentos na época de Ezequias, de Josias e de Neemias.
É só ver o grande avivamento em Jerusalém, em Samaria, em Antioquia da Síria e em Éfeso. 
É só ver o que Deus fez na Reforma do Século XVI, na Inglaterra, no século XVIII e em outros
grandes avivamentos da história. 
Certamente, avivamento não é uma onda, não é um modismo. Ele possui firmes lastros
históricos. Ele é nossa herança e nosso legado e deve continuar sendo nossa aspiração e
nossa busca constante.
2.5. Avivamento não é uma visão dicotomizada da vida.
Muitas pessoas, quando começam a buscar avivamento, tornam-se tão"espirituais" que já
não sabem mais conviver com a vida, isolam-se, fazendo da vida uma caverna de fuga.
Querem sair do mundo em vez de serem guardados do mal. 
Dividem a vida entre sagrado e profano, corpo e alma, matéria e espírito. 
Acham que Deus está interessado apenas nas coisas espirituais. 
Acham que Deus só olha para a vida de trabalho na igreja, sem observar os negócios, a
família, o trabalho, os estudos e a vida do dia-a-dia com o mesmo interesse.
Esta não é a visão bíblica nem a visão do verdadeiro avivamento. 
Tudo em nossa vida é vazado pelo sagrado. 
Toda a nossa vida é cúltica.
O grande avivalista John Wesley lutou pelas causas sociais na Inglaterra ao mesmo tempo
que pregou sobre avivamento. 
Finney pregou ardorosamente contra a escravidão nos EUA no século passado ao mesmo
tempo que foi o maior avivalista do seu país. 
João Calvino atacou com veemência os juros extorsivos em Genebra. 
O avivamento sempre traz profundas mudanças políticas, econômicas, sociais e morais. 
O avivamento não leva a igreja à fuga, mas ao enfrentamento.
2.6. Avivamento não é campanha de evangelização.
Não podemos confundir avivamento com campanhas evangelísticas. 
Avivamento é para a igreja, pessoas que já têm vida; evangelização é para o mundo, pessoas
que estão mortas em delitos e pecados. 
Avivamento é para crentes nascidos de novo; evangelização é para pecadores inconversos.
Na evangelização, a igreja trabalha para Deus; no avivamento, Deus trabalha para a igreja.
Na evangelização, a igreja vai aos pecadores; no avivamento, os pecadores correm para a
igreja. 
Na evangelização, os pregadores apelam aos pecadores; no avivamento, os pecadores
apelam aos pregadores.

Resultados Reais do Avivamento promovido por Deus.

Na Bíblia, avivamento é resultado de uma busca perseverante da presença de Deus. O que o


avivamento promove em nosso meio? At 2:42

1 - Obediência à sã doutrina.
O vs 42 afirma que, aqueles que se convertiam, perseveravam na doutrina. 
Eles não se convertiam para continuar a fazer o que queriam. 
O Salmo 119.4 nos diz que Deus nos deus "seus mandamentos para que o cumpramos à
risca". 
Paulo, exortando a Timóteo, aconselha-o a praticar o exercício da piedade. Piedade é a
obediência aos preceitos religiosos. Como nossa única regra de fé é a Bíblia, exercitar-se
numa vida piedosa é praticar uma vida de obediência à Palavra de Deus.
2 - Oração perseverante.
O vs 42 afirma que eles perseveravam nas orações.
Entrar no caminho para um avivamento é buscar um grande movimento de oração.
Sem meninices, sem alardes, mas com oração, súplicas e prantos pedindo um mover do
Espírito na igreja de Deus. Leiamos Lucas 11.5-13 e vejamos o que Cristo disse para nos
animar a orar. 
A promessa de Jesus, de que o Pai nos daria seu Espírito Santo, está ligado ao fato de
pedirmos e buscarmos.
Paulo orientou os crentes antigos a orarem sem cessar. Sigamos este excelente conselho.

3 - Amor fraternal.
O vs 42 diz que eles perseveravam na comunhão. 
Eles seguiam à risca o mandamento de Jesus de "amar uns aos outros". 
Eles sabiam, pois ecoava em suas mentes os testemunhos fiéis dos apóstolos de que Jesus
dissera que, só seriamos seus discípulos, se nos amássemos mutuamente. 
Isso eles seguiram à risca. Não é dizer que, na igreja primitiva, não havia diferenças de
pensamentos, Paulo e Pedro tiveram séria discussão mas este mesmo texto afirma que, em
cada alma, havia temor. 
Mais do que qualquer método de evangelização, a igreja apostólica crescia pela
manifestação do amor de Cristo. 
Efésios 3.19 diz que o amor de Cristo excede a todo entendimento 
Efésios 2.14ss diz que Cristo retirou a barreira de separação. Ele destruiu a inimizade na cruz.
Retirar a separação entre os irmão é obra de Cristo. 
Quem vive debaixo da cruz de Cristo, vive unido com seu irmão. O egoísmo, o orgulho,
avareza e outros pecados que não nos permitiam viver em comunhão com outras pessoas,
foram vencido na cruz e, hoje, fomos libertos deles por Jesus. Então, somos livres para amar
nossos irmãos.
Conclusão:
Sem avivamento a nossa obra carece de autenticidade. 
Sem avivamento a nossa fé é apenas o exercício de uma religiosidade fria e indiferente.
Precisamos urgentemente de um avivamento. Maranata Senhor!

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