Manual de Metodologia Do Ensino
Manual de Metodologia Do Ensino
METODOLOGIA DO
ENSINO
MANUAL DE METODOLOGIA DO ENSINO
1. METODOLOGIA DE ENSINO
1
Conferir maior ênfase aos trabalhos de pesquisa extra-classe para as
diversas disciplinas do curso, sendo sugerido que os docentes possam
exigir, sempre que possível, a realização de trabalhos e artigos de
conclusão das disciplinas;
Recorrer à utilização de recursos multimídias postos à disposição dos
professores na Instituição, através de mecanismos que, preferencialmente, o
aproximem da atividade profissional a ser futuramente desempenhada;
Valer-se das Tecnologias da Informação como ferramenta de multiplicação
do saber.
Neste contexto, as práticas pedagógicas
a serem empregadas pela FACULDADE
SANTA TERESA são apoiadas em quatro
concepções de ensino-aprendizagem:
aprendizagem auto dirigida; aprendizagem
baseada em problemas ou casos;
aprendizagem em pequenos grupos de tutoria
e aprendizagem orientada para a comunidade.
Há ainda que se considerar o trabalho
transversal necessário com as temáticas
voltadas para as questões étnico-raciais e aquelas relativas à educação
ambiental, neste sentido é previsto que a abordagem desses temas se realize de
maneira transversal nos currículos
da graduação promovendo
discussões que ressaltem a
importância da compreensão de
tais temáticas no contexto geral da
formação dos alunos. Isto significa
afirmar que tais abordagens dar-se-
ão na oportunidade do
desenvolvimento das disciplinas do curso, sendo contemplada, como mecanismo de
reflexão e de sensibilização para as discussões sociais que essas implicam.
Neste sentido a orientação metodológica para o desenvolvimento das atividades
de ensino/aprendizagem perpassa fundamentalmente pela superação dos modelos
2
centrados essencialmente nas
aulas expositivas, tendo em
vista a necessidade de
desenvolver o perfil do egresso
do curso. Neste sentido, outras
técnicas de ensino devem ser
incorporadas para que os
objetivos, as competências e as
habilidades previstas no Projeto
Político Pedagógico possam se
consolidar.
Assim está indicado que
o professor assuma o
conhecimento dentro de uma
perspectiva interdisciplinar e
transdisciplinar, que incorpore
técnicas e atividades variadas
no dia a dia da sala de aula, que realize o planejamento e a organização de situações
didáticas que privilegiem o aluno como protagonista da construção do saber e que por
fim demonstre a importância do papel social de todos na construção de uma
sociedade mais justa a partir de uma inserção consciente e cidadã no mundo do
trabalho.
3
Aulas Expositivas dialogadas com uso de recursos audiovisuais: semelhante ao
processo da aula expositiva está diferencia-se da primeira por incluir recursos
audiovisuais na dinâmica da exposição. Esses recursos audiovisuais podem
ser desde o uso do data-show com projeções de imagens ou textos, até a
apresentação de pequenos vídeos, ou trechos de filmes, músicas, manchetes
de jornais, trechos de programas
de televisão, telejornais, ou seja, as
possibilidades do trabalho
pedagógico são ampliadas pela
quantidade significativa de
informações que os professores
podem acessar e apresentar,
encontrando neste recurso os
elementos problematizadores para a partir de então inserir os elementos
teóricos necessários a reflexão.
Atividades em grupo tais como
seminário; painel integrado; grupos
de observação e de verbalização:
estas atividades além de
favorecerem a construção do
conhecimento e o aprendizado de
conteúdos conceituais, são
também excelentes fontes para o
desenvolvimento de competências
e conteúdos atitudinais, para que isso aconteça, estas devem ser muito bem
preparadas, devendo ter seus objetivos e procedimentos claros e
compartilhados com os alunos. Estas atividades conferem bastante dinamismo
à sala de aula, além de serem excelente fonte de construção coletiva de
conhecimento.
Estudos Dirigidos: os estudos dirigidos privilegiam as habilidades destinadas
fundamentalmente a capacidade de leitura e escrita, devendo também ser
objeto de planejamento do professor, onde a partir de um texto ou conjunto de
4
textos, localiza as informações pertentes ao estudo, sinalizando onde deseja
que os alunos realizem o devido aprofundamento.
Exercícios de Fixação de Conteúdos: realização de exercícios teóricos para a
fixação de conteúdos, ou treino de habilidades específicas
Estudos de Caso: realização de estudos como um problema que reproduz os
questionamentos, as incertezas e as possibilidades de um determinado
contexto mobilizando conhecimentos para a tomada de decisão. O processo
de chegar a uma decisão, por meio da análise e discussão individual e
coletiva das informações expostas no estudo de caso, promove o raciocínio
crítico e argumentativo dos alunos. Em função dessas características, o caso
é considerado um valioso instrumento pedagógico, que desafia o aluno a
raciocinar, argumentar, negociar e refletir – habilidades bastante
demandantes do ponto de vista cognitivo e social.
Elaboração de projetos de ação ou de investigação: elaboração,
desenvolvimento e aplicação de ações ou ainda realização de pesquisas
acerca de temas relativos as disciplinas do currículo que por sua relevância
mereçam aprofundamento.
Visitas Técnicas: visitas em espaços externos que promovam a integração
entre conteúdos teóricos e práticos, possibilitando ao aluno a integração entre
aquilo que se sabe sobre um determinado conhecimento e aquilo que se
produz a partir desse conhecimento.
Atividades de extensão: atividades que proporcionem a execução de
atividades na comunidade externa a partir de conteúdos aprendidos e
produzidos no transcurso da graduação, favorece a integração de
conhecimentos em caráter interdisciplinar e transversa, além de proporcionar
excelente articulação entre teoria e prática
Atividades Práticas Supervisionadas em Laboratórios ou Espaços Externos:
atividades de aplicação de conhecimentos ou de treinos de habilidades no
sentido da integração entre teoria e prática que podem ser simuladas quando
realizadas em laboratório, ou reais quando realizadas em espaços externos à
instituição.
5
Workshops ou oficinas pedagógicas: a partir de um conceito ou um problema,
o professor proporciona a interação e a troca de experiências em sala de
aula, tendo em vista a elaboração de um
produto. Este produto pode ser desde
um produto material, quando um produto
conceitual. O sentido do Workshop e das
Oficinas pedagógicas e o aprender
fazendo, ou seja, integrando teoria e
prática mediadas pelo professor com
vista a alcançar um objetivo comum.
Jogos; Gincanas; Feiras e Exposições
Temáticas: realização das atividades em grupo que tenham como objetivo o
exercício de algum conhecimento específico, o treino de uma habilidade ou a
exposição do produto final de uma aprendizagem consolidada pelos alunos.
Minipalestras: integração dos alunos com profissionais da área no sentido de
atualização do conhecimento a partir da abordagem de temas atuais
pertinentes ao exercício da profissão. As mini palestras devem ser realizadas
em sala de aula, e deve priorizar conhecimentos atuais e inovadores.
Círculo de debates ou discussões: atividades de sala de aula, orientadas e
mediadas pelo professor que deve organizá-la de modo a favorecer a
participação de todos os envolvidos. Estas atividades podem ser realizadas
como forma de socialização do conhecimento a partir da leitura de textos, ou
de qualquer outra atividade que tenham os conceitos teóricos como
fundamento. Nestas atividades os professores tem a excelente oportunidade
de promover o desenvolvimento da autonomia do pensamento, da capacidade
de argumentação e de negociação para a criação de consensos.
Elaboração de paper /artigos científicos; resumos, resenhas e textos escritos
argumentativos ou dissertativos: atividades que devem considerara a
capacidade de integração conceitual dos alunos, além de excelentes
oportunidades para o exercício da capacidade de articulação de conceitos e
de treino das capacidades de leitura e escrita dos alunos.
6
1.1 Aulas Práticas em Laboratórios
O aluno do Curso de Graduação em Licenciatura em Química da
FACULDADE SANTA TERESA, tendo em vista a necessidade de atender aos
requisitos da formação proporciona experiências acadêmicas de articulação entre
teoria e prática referentes aos conhecimentos específicos da química, até aqueles
referentes aos conhecimentos pertinentes ao exercício da docência, estas atividades
aulas práticas são proporcionadas em espaços internos que são nossos laboratórios
e estende-as as atividades de visita técnicas e oficinas pedagógicas além de estágio
curricular utilizando instituições públicas e privadas conveniadas.
As aulas práticas, as visitas técnicas, as oficinas pedagógicas, assim como os
estágios, são atividades acadêmicas monitorada em campo por professores e/ou
preceptores que realizam o acompanhamento dos alunos na realização das
atividades em diferentes disciplinas do currículo. Sendo, portanto, assim definidas:
As aulas práticas: nos primeiros
períodos do Curso realizam-se nos
laboratórios de química, nas
instalações da FACULDADE SANTA
TERESA e atendem a diferentes
componentes curriculares, sobretudo
das disciplinas básicas do curso. Nos
laboratórios os alunos desenvolvem
suas atividades acadêmicas deste as
bases de teóricas e experimentais referentes aos conhecimentos específicos da área
de química.
As Visitas Técnicas: consiste no propósito de levar o aluno ao local de uma
atividade profissional relacionada a sua formação, para que o mesmo possa a partir
do conhecimento teórico obtido em sala de aula, aprofundar o mesmo através de
estudo, análise e avaliação. A mesma não deve ser encarada como um passeio,
mas sim, com uma atividade formal, a qual precisa de planejamento prévio. Durante
a Visita, o registro e as anotações devem ser atividades prioritários. As visitas devem
ser realizadas com objetivos didáticos, sendo orientada e operacionalizada com
técnica e discutida previamente. Os professores, na oportunidade, estarão
avaliando: postura, pontualidade, conhecimento técnico e respeito com os colegas.
7
O relatório final deverá ser elaborado e entregue para que o professor possa
avaliar a efetividade da atividade na aprendizagem dos alunos.
8
nova “onda de inovação” alcançasse primeiro, as universidades e, algum tempo
depois, as escolas do ensino primário e secundário.
A expressão “TIC na educação” assume conteúdo bastante diversificado. O
primeiro conteúdo se refere à capacitação para o uso de computadores e internet,
usualmente denominada de “computação” em grande parte das instituições que a
oferecem. Há ainda a referência a campos de natureza mais técnica e científica
como “informática” – inclusive “informática educativa” – desenvolvimento de
sistemas, engenharia da computação, ciência da computação.
A FACULDADE SANTA TERESA entende por TICs como sendo o conjunto
de ferramentas e processos eletrônicos para acessar, recuperar, guardar, organizar,
manipular, produzir, compartilhar e apresentar informações. As “novas” TIC incluem
equipamentos e software de computação e de telecomunicações dos quais os
centrais são os computadores, modems, roteadores, programas operacionais e
aplicativos específicos como os multimídia, e sistemas de bases de dados.
Neste sentido, admitimos que as Tics podem ser excelentes ferramentas de
apoio no processo formativo e a universidade deve abrir as suas portas para estas
tecnologias, pois é através da interação e mediação nos diferentes campos do
conhecimento que o acadêmico poderá ampliar sua gama de informações. Estas por
sua vez serão incorporadas ao cotidiano da sala de aula, a partir do acesso dos
alunos e do uso mediados das mesmas, como recurso pedagógico.
2. O planejamento da Aprendizagem
9
determina todos os recursos e meios necessários para atingir as grandes finalidades
da educação.
A educação, a escola e o ensino são os grandes meios que o homem busca
para poder realizar o seu projeto de vida. Portanto, cabe à escola e aos professores
o dever de planejar a sua ação educativa para construir o seu bem viver.
(MENEGOLLA & SANT’ANNA, 2001, p.11).
Neste sentido, fica notória a importância tanto da escola como também dos
professores na formação humana. Assim sendo, todas as ações educativas devem
ter como perspectiva a construção de uma sociedade consciente de seus direitos e
obrigações, sejam eles individuais ou coletivos.
No entanto, apesar do planejamento escolar ser de grande importância, há
professores que são negligentes na sua prática educativa, utilizando de
improvisações para a realização de suas atividades em sala de aula.
A ausência de um processo de planejamento de ensino nas escolas, aliado às
demais dificuldades enfrentadas pelos docentes do seu trabalho, tem levado a uma
contínua improvisação pedagógica das aulas. Em outras palavras, aquilo que
deveria ser uma prática eventual acaba sendo uma “regra”, prejudicando, assim, a
aprendizagem dos alunos e o próprio trabalho escolar como um todo. (FUSARI,
2008, p.47)
Segundo Moretto (2007, p.100), existe, ainda, a crença que a experiência do
professor já é suficiente para ministrar aulas com competência. Professores com
este pensamento ignoram a função do planejamento bem como asua importância.
Outro aspecto que vem influenciando o ato de planejar são os materiais didáticos ou
as instruções metodológicas para os professores que acompanham estes materiais.
Muitas vezes os professores trocam o que seria o seu planejamento pela
escolha de um livro didático. Infelizmente, quando isso acontece, na maioria das
vezes, esses professores acabam se tornando simples administradores do livro
escolhido. Deixam de planejar seu trabalho a partir da realidade de seus alunos para
seguir o que o autor do livro considerou como mais indicado. (BRASIL, 2006, p. 40).
O planejamento, de modo geral, tem sido considerado como uma transcrição
para o papel de uma ideia e não como um processo que requer reflexão em relação
à realidade em que se inserem os alunos e a própria escola. Para que a partir deste
ponto busque-se a mudança da prática.
10
Mudar a mentalidade de que fazer planejamento é preencher formulários
(mas ou menos sofisticados). Antes de mais nada, fazer planejamento é refletir
sobre os desafios da realidade da escola e da sala de aula, perceber as
necessidades, re-significar o trabalho, buscar formas de enfrentamento e
comprometer-se com a transformação da prática. Se isto vai para um plano escrito
depois, é um detalhe! (VASCONCELLOS, 1995. p. 59).
É fundamental quebrar o paradigma de que o planejamento é um ato
simplesmente técnico. Este não pode ser visto como uma obrigação, algo que é
exigido apenas por burocracia, mas como um eixo norteador na busca da
autonomia, na tomada de decisões, nas resoluções de problemas e nas escolhas
dos caminhos a serem percorridos.
O importante é salientar que o planejamento sirva para o professor e para os
alunos, que ele seja favorável e funcional a quem se destina, através de uma ação
consciente e responsável, desconsiderando a noção de planejamento como uma
receita pronta, pois cada sala de aula é uma realidade diferente, com problemas e
soluções diferentes. Nesse sentido, cabe ao professor, em conjunto com os demais
profissionais da escola, adaptar o seu planejamento, para que assegure o bom
desenvolvimento a que ele se propõe, que é o de guiar as práticas docentes em sala
de aula.
Na FACULDADE SANTA TERESA, os planos de aprendizagem são
considerados importantes instrumentos de estruturação do trabalho pedagógico na
sala de aula. Organizado a partir da previsão do desenvolvimento de competências
os planos de ensino buscam enquanto contrato pedagógico entre o professor e o
aluno, o Plano busca prevê situações didáticas em acordo com os aspectos
metodológicos indicados pela IES.
Assim tendo em vista a formação orientada para a formação de competências e
os processos de avaliações adequadas a estas, no seu planejamento o professor
encontrará o espaço necessário para propor atividades diversificadas com enfoque
interdisciplinar e transversal e ainda para estabelecer as competências fundamentais
alinhadas ao perfil do egresso previsto no Projeto Pedagógicos dos Cursos e suas
respectivas Diretrizes Curriculares.
11
De uma maneira geral, a metodologia de ensino acena para encontrar soluções
didáticas, tendo em vista responder a uma questão fundamental.
Razão pela qual devemos sempre compreender que nenhum ato docente deve
ser orientado para uma direção definida, refletida e organizada pois, é preciso
entender que tudo quanto fazemos em aula por menor que seja, incide, em maior ou
menor grau na formação dos nosos alunos, assim um bom plano de aprendizagem
deve expressare indicar:
12
Nesta lógica os conteúdos da aprendizagem assumem um carater
tridimensional que avança e busca superar o
entendimento unidimensional dos conteúdos
centrados na maioria das vezs no conceito.
Admitimos assim que para a formação das
competências um conteúdo curricular devem
proporcionar ao acadêmico saber o que fazer e
porque fazer, saber como fazer e querer fazer.
Nesta nova visão, está contida uma tipologia de conteúdos orientados para a
formação de competências, que:
13
PODE NOS SERVIR DE INSTRUMENTOS PARA DEFINIR AS DIFERENTES POSIÇÕES
SOBRE O PAPEL QUE DEVE TER O ENSINO. PORTANTO, NUM ENSINO QUE PROPOE A
FORMAÇÃO INTEGRAL A PRESENÇA DOS DIFERENTES TIPOS DE CONTEÚDOS ESTARÁ
EQUILIBRADA, POR OUTRO LADO, UM ENSINO QUE DEFENDE A FUNÇÃO PROPEDÊUTICA
PRIORIZARÁ OS CONCEITOS.
14
Contudo, este que ensina não é alguém que apresenta as respostas aos
problemas, e aquele que aprende aquele que recebe passivamente as respostas
para reproduzi-las, em uma visão ativa do ensino é preciso ir além.
No ensino superior, esta nova visão encontra resistência de todas as ordens,
pois, os professores são chamados a sair de seu lugar de Magister, já os alunos são
convidados a partipar ativamente de sua aprendizagem, num complexo processo em
torno de objetos de conhecimentos complexos. Alguns críticos desta abordagem
compreendem equivocadamente que o professor é dispensável ou tem sua
importancia reduzida, ao contrario disso, seu papel é reforçado e ampliado, por ser
ele o parceiro mais experiente do aluno, cabendo a este organizar sequencias
didáticas desafiadoras que permita ao aluno, fazer a trajetório do não sabido ao
sabido e do sabido a um novo não sabido, em um processo contínuo de ciclos de
aprendizagem.
15
Desta maneira a Faculdade Santa Teresa, adota as metodologias ativas como
orientação pedagógica admitindo que as aulas devem conter sequencias didáticas,
as quais assim entendemos:
16
Para que esta sequência seja bem-sucedida orientamos que os professores
17
3. Relatório Docente Individual
19
TEXTO DE APOIO
1. O essencial da didática1
O conceito atualmente mais central da didática, em boa parte das teorias, é ver o
ensino como atividade de mediação para promover o encontro formativo, educativo,
entre o aluno e a matéria de ensino, explicitando o vínculo entre teoria do ensino e
teoria do conhecimento
Com que categorias lida a didática? Quais são os elementos constitutivos do ato
didático? A análise do ato didático destaca uma relação dinâmica entre três elementos
- professor, aluno, matéria - a partir dos quais são feitas aquelas clássicas perguntas:
para que ensinar? o que ensinar? quem ensina? para quem se ensina? Como se
ensina? sob que condições se ensina?
1
Texto PEDAGOGIA UNIVERSITÁRIA – Cadernos da USP / Pró-reitoria de Ensino e Graduação
20
A relação entre professor e alunos está voltada basicamente à formação intelectual,
implica aspectos gnosiológicos, psíquicos e socioculturais mas envolve sempre uma
relação social, seja entre professor e alunos, seja na dinâmica de relações internas que
ocorre na escola em suas práticas organizativas, seja nas relações com a comunidade
e sociedade.
Verifica-se que, a partir dos elementos constitutivos do ato didático, há uma intensa
articulação com outros campos científicos tais como a teoria do conhecimento, a
psicologia da aprendizagem e do desenvolvimento, a sociologia etc., visando à
compreensão do fenômeno ensino. Desse modo, a didática é uma disciplina de inte-
gração, articulando numa teoria geral de ensino as várias ciências da educação e
compondo-se com as metodologias específicas das disciplinas curriculares. Combina-
se o que é geral, elementar, básico, para o ensino de todas as matérias com o que é
específico das distintas metodologias.
− Utiliza métodos e procedimentos de ensino que não são dados naturalmente apenas
pelos métodos de investigação da matéria ensinada;
A teoria histórico-cultural, formulada inicialmente por Lev Vygotsky, tem como ponto
de partida a afirmação de que a educação e ensino são formas universais e necessárias
do desenvolvimento mental, em cujo processo estão vinculados os fatores socioculturais
e a atividade interna de aprendizagem das pessoas.
24
outras palavras, para pensar e atuar com um determinado saber é necessário que o
aluno se aproprie do processo histórico real da gênese e desenvolvimento desse saber.
Segundo Davidov:
Com base na teoria da atividade humana de A.N. Leontiev (1983), Davídov explicita a
estrutura e o funcionamento da atividade da aprendizagem, cujos elementos são o
desejo, as necessidades, os motivos, os objetivos, as ações e as operações. A atividade
de aprendizagem, pela qual são internalizados os conhecimentos e os modos
apropriados de adquiri-los, constitui-se no meio cognitivo indispensável para a realização
de outras atividades (a comunicação, o jogo, o trabalho, o esporte, a arte, etc.). Nesse
sentido, a necessidade e o motivo de aprender referem-se à obtenção dos meios de
internalizar conhecimentos teóricos para o aluno se relacionar com o mundo e consigo
mesmo.
26
alunos estarão desenvolvendo conhecimento teórico-científico. O objetivo primordial do
professor na atividade de ensino é promover e ampliar o desenvolvimento mental de
seus alunos, provendo-lhes os modos e as condições que assegurem esse
desenvolvimento. Em termos práticos, significa o professor fornecer ao aluno as
condições para o domínio dos processos mentais para a interiorização dos conteúdos,
formando em sua mente o pensamento teórico-científico.
Davídov propõe uma adequada solução para a questão do domínio dos conteúdos e
da formação dos processos mentais. Os conhecimentos de um indivíduo e suas ações
mentais (abstração, generalização, etc.) formam uma unidade, de modo que o domínio
27
dos conhecimentos supõe a atividade cognitiva do sujeito. Ou seja, enquanto forma
conceitos científicos, o indivíduo incorpora as ações mentais, capacidades e
procedimentos lógicos ligadas a esses conceitos e vice-versa (Cf. Libâneo, 2004).
28
Em face de um determinado conteúdo, os alunos são orientados a captar uma
relação geral, um princípio lógico que forma um “núcleo” do objeto estudado, formando
uma representação mental desse objeto. Essa captação se dá por meio de uma tarefa
escolar, um problema, utilizando-se de procedimentos particulares até dominarem o
procedimento geral de solução dessa tarefa, momento em que os alunos podem
internalizar o conceito, ou seja, dominar o procedimento geral de solução de problemas
particulares e casos do mesmo tipo.
Duas tarefas essenciais precisam ser assumidas pelo professor ao planejar o ensino
para formação de ações mentais: a análise do conteúdo e a consideração dos motivos
dos alunos.
29
A busca das relações básicas que identificam um tópico de estudo coincide com os
esforços de identificação do caminho percorrido pelo cientista para apreender o objeto de
investigação. Em outras palavras, a organização do conteúdo pressupõe um conjunto de
procedimentos que permitem caracterizar o objeto, conceituá-lo e relacioná-lo com outros
conceitos, inclusive para se chegar a um conceito novo.
Das considerações anteriores, se deduz que o foco do ensino é a atividade mental dos
alunos, pois o elemento nuclear da prática docente é a aprendizagem, que resulta da
atividade intelectual e prática de quem aprende em relação ao conteúdo ou objeto de
estudo. Vista a aprendizagem como a relação cognitiva do aluno com a matéria de
estudo, o ensino não será outra coisa senão a mediação dessa relação em que o aluno
avança não apenas do desconhecido para o conhecido, do conhecimento incompleto e
impreciso para conhecimentos mais amplos mas, também, na interiorização de novas
qualidades de relações cognitivas com o objeto que está sendo aprendido.
31
Isto requer planos de ensino mais precisos em termos de formação de ações mentais
por meio dos conteúdos, aulas expositivas com a preocupação com a atividade mental
dos alunos e formação de ações mentais e estratégias metodológicas participativas nas
quais se pode incluir projetos, aulas tipo conversação dirigida, organização e moderação
de debates, uso de portfólio e, especialmente, o ensino baseado problemas.
Eis que, de modo, se une o ensino com os modos de investigação conexas à matéria
ensinada. Um professor que ensina com pesquisa, vai buscar na investigação própria da
ciência que ensina os elementos, os processos, o percurso indagativo, os métodos, para
a atividade de investigação enquanto processo cognitivo.
O plano de ensino precisa expressar a ideia contida nessa afirmação. Ele parte dos
conteúdos e dos métodos da ciência ensinada, os quais são submetidos a uma análise,
de forma a associar conceitos a serem aprendidos com os motivos dos alunos. Da
análise do conteúdo se passa à organização dos conteúdos e das ações mentais
conexas a esses conteúdos. Isso feito, são atividades de ensino que irão promover as
competências cognitivas e o desenvolvimento da personalidade do aluno. As atividades
são operacionalizadas em tarefas de aprendizagem.
33
professor intervém ativamente nos processos mentais dos alunos e produz novas
formações da atividade mental por meio dessa intervenção.
c) Construção da rede de conceitos básicos que dão suporte a esse núcleo conceitual,
com as devidas relações e articulações.
Conclusão
2) O ensino visa formar capacidades intelectuais por meio dos conteúdos, tendo como
dinâmica a apropriação dos processos investigativos da ciência ensinada.
35
REFERÊNCIAL
1. DAVÍDOV, V. V. La enseñanza escolar y el desarrollo psíquico. Pre¬fácio. Moscú:
Editorial Progreso, 1988b.DAVYDOV, V.V. Tipos de generalización en la enseñanza.
Habana: Editorial Pueblo y Educación, 1978.
2. KLINGBERG. L. Introducción a la Didáctica General. Havana: Edi¬torial Pueblo y
Educación, 1978.
3. LENOIR, Yves. Médiation cognitive et médiation didactique. In: RAISKY, C. e
CAILLOT, M. Au-delà des didactiques, le didac¬tique. Débats autour concepts
fédérateurs. Paris, Bruxelas: De Boeck et Larcier, 1996.
4. LEONTIEV, A. N. Actividad, conciencia, personalidad. La Habana: Editorial
Pueblo y Educación, 1983.
5. LIBÂNEO, José C. A didática e a aprendizagem do pensar e do aprender: a teoria
histórico-cultural da atividade e a contri¬buição de Vasili Davydov. In: Revista Brasileira
de Educação, Rio de Janeiro, n. 27, 2004.
6. LIBÂNEO, José C. e FREITAS, Raquel A. M. da M. Vygotsky, Leon¬tiev e
Davídov: contribuições da teoria histórico-cultural para a didática. In: SILVA, Carlos C. e
SUANNO, Marilza V. R. Di¬dática e interfaces. Rio de Janeiro: Deescubra, 2007.
7. LIBÂNEO, José C. Didática e epistemologia: para além do debate entre a didática
e as didáticas específicas. In: VEIGA, Ilma P.A. e D´ÁVILA, Cristina (orgs.). Profissão
docente: novos senti¬dos, novas perspectivas. Campinas (SP): Papirus, 2008.
8. LOMPSCHER, Joachim. Learning activity and its formation: as¬cending from the
abstract to the concret. In: HEDEGAARD, Mariane e LOMPSCHER, Joachim (ed.).
Learning activity and development. Aarhus (Dinamarca): Aarhus Universitiy Press, 1999.
9. OLIVEIRA, Maria Rita N.S. A pesquisa em didática no Brasil – da tecnologia do
ensino à teoria pedagógica. In: PIMENTA, Sel¬ma G. (org). Didática e Formação de
Professores - percursos e perspectivas no Brasil e em Portugal. São Paulo: Cortez.
1997:
10. BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. INSTITUTO NACIO¬NAL DE ESTUDOS
E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANͬSIO TEIXEIRA. Manual do Exame Nacional de
Desempenho dos Estudantes ENADE - 2004. Brasília: INEP, 2004.
11. CHAIKLIN, S Developmental teaching in Upper-Secundary Scho¬ol. In: HEDEGAARD,
M., LOMPSCHER, J. (ed.). Learning Activity and Development. Aarthus (Dinamarca): Aarthus
University Press, 1999.
12. D´ÁVILA, Cristina Teixeira. Decifra-me ou te devorarei: o que pode o professor frente ao
livro didático? Salvador: EDUNEB/EDUFBA, 2008.
13. DAVYDOV, V.V. O problema da generalização e do conceito na te¬oria de vygotsky.
Texto de conferência proferida na reunião do Comitê Internacional da International Society for
Cultural Research and Activity Theory. Departamento de Ciências Psi-quiátricas e Medicina
Psicológica da Universidade de Roma. 1992.
14. DAVYDOV, V. V. Problems of developmental teaching. The expe¬rience of theoretical
and experimental psychological research. Soviet Education, New York, Aug. 1988a.
36
ANEXO
37
PLANO DE APRENDIZAGEM
CURSO: DIREITO DISCIPLINA: METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO
CARGA HORÁRIA: 66h PERÍODO: 1º. período. PPC ANO 2018
Formação sólida, humanística e axiológica, capacidade de análise, domínio de conceitos
OBJETIVOS DO CURSO: e da terminologia jurídica, adequada argumentação, interpretação e valorização dos
Resolução CNE/CES 9/2004.
fenômenos jurídicos e sociais, aliada a uma postura reflexiva e de visão crítica que
Diário Oficial da União,
Brasília, 1º de outubro de
fomente a capacidade e a aptidão para a aprendizagem autônoma e dinâmica,
2004, Seção 1, p. 17 indispensável ao exercício da Ciência do Direito, da prestação da justiça e do
desenvolvimento da cidadania.
Métodos de Estudo: Tipos de Análise de Texto, Técnicas de Sublinhar e Esquematizar, Resumos,
Fichamentos, Mapa Conceitual. Orientação para Avaliação de Desempenho. Ciência e
EMENTA: Conhecimento: Tipos de Conhecimento, Métodos Científicos, Iniciação Científica, Fontes de
Pesquisa Científica (Bibliográfica e Eletrônica) e ética na produção científica. Plágio. O Trabalho
Científico: Estrutura, Formatação e Construção de Redação Científica (Relatório Técnico e
Artigo). Orientações para Apresentação Pública de Trabalhos e Comunicações Orais.
1. Proporcionar o conhecimento da expectativa do ensino superior.
EXPECTATIVA DE 2. Desenvolver o pensamento científico, crítico e autônomo.
APRENDIZAGEM: 3. Construir técnicas, estratégias, métodos de estudo para a produção acadêmica.
4. Sistematizar ideias, dados e conceitos com base na expectativa do rigor científico.
5. Aplicar os conceitos científicos metodológicos nas produções do conhecimento.
O Egresso do Curso de Gestão de Direito apresentará as seguintes:
Competências e habilidades:
I - leitura, compreensão e elaboração de textos, atos e documentos jurídicos ou normativos,
com a devida utilização das normas técnico-jurídicas;
HABILIDADES E II - interpretação e aplicação do Direito;
COMPETÊNCIAS III - pesquisa e utilização da legislação, da jurisprudência, da doutrina e de outras fontes do
CATÁLOGO NACIONAL DE Direito;
CURSOS SUPERIORES DE IV - adequada atuação técnico-jurídica, em diferentes instâncias, administrativas ou judiciais,
TECNOLOGIA-LOGÍSTICA com a devida utilização de processos, atos e procedimentos;
V - correta utilização da terminologia jurídica ou da Ciência do Direito;
VI - utilização de raciocínio jurídico, de argumentação, de persuasão e de reflexão crítica;
VII - julgamento e tomada de decisões; e,
VIII - domínio de tecnologias e métodos para permanente compreensão e aplicação do Direito.
CONTRIBUIÇÃO PARA O
I. Planejar, organizar, elaborar textos com base no rigor metodológico e científico.
PERFIL DO EGRESSO
1. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. – 24. ed. Ver. E
atual. – São Paulo: Cortez, 2016.
2. LUCKESI. Et al. Fazer universidade: uma proposta metodológica. -14. ed. - São
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Paulo: Cortez, 2005.
3. FACHIN, Odília. Fundamentos de Metodologia. -5 ed. -São Paulo: Saraiva, 2006.
PROJETO INETRDISCIPLINAR
Sábados Integradores: 22/09/2018; 27/10/2018; 17/11/2018; 15/12/2018.
E PROJETO TRANSVERSAL
ATIVIDADES PRÁTICAS Atividades práticas descritas no corpo das aulas.
CRONOGRAMA DE CURSO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1.Demonstrar a expectativa do ensino superior.
UNIDADE/TEMA AVALIAÇÃO
AULA SEQUENCIA DIDÁTICA RECURSOS
DE ESTUDO FORMATIVA
A estrutura Primeiro momento: Aprendendo Elaborar e Quadro
41
lógica do texto e a esquematizar a leitura entregar um branco, pincel,
19 a Segundo momento: Aprendendo Esquema data-show,
20
21- esquematização a fazer um esquema texto
03/10 de idéias. Terceiro momento: Exercitar a fotocopiado.
elaboração do Esquema por
subordinação.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1. Caracterizar a diferença entre um texto acadêmico e um romance, por exemplo.
AULA AVALIAÇÃO RECURSOS
UNIDADE/TEMA DE ESTUDO SEQUENCIA DIDÁTICA
FORMATIVA
22 Processos lógicos Primeiro momento: A partir da Elaborar um Quadro
23 de estudo: leitura e do esquema desenvolver Resumo branco, pincel,
24-
analise, síntese e o Resumo descritivo data-show,
analise e síntese, Segundo momento: Aprender as texto
a formação de características de um Resumo fotocopiado.
conceitos Terceiro momento: Desenvolver
um Esquema
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1.Planejar e organizar o material da exposição oral.
UNIDADE/TEMA AVALIAÇÃO RECURSOS
AULA SEQUENCIA DIDÁTICA
DE ESTUDO FORMATIVA
Teoria e prática Primeiro momento: A partir da Elaborar e Quadro
25 Científica: o leitura e do esquema desenvolver apresentar um branco, pincel,
26
27 método como o Resumo descritivo resumo data-show,
caminho do Segundo momento: Aprender as texto
conhecimento características de um Resumo fotocopiado.
científico Terceiro momento: Desenvolver
um Esquema
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
42
AULA UNIDADE/TEMA AVALIAÇÃO RECURSOS
SEQUENCIA DIDÁTICA
DE ESTUDO FORMATIVA
Os fundamentos Primeiro momento: Situação Confeccionar um Quadro
31 teórico- problematizadora: “A ciência paper de 15 linhas branco, pincel,
32
33 metodológicos moderna se inscreve em quais individual, data-show,
07/11 da ciência fundamentos: positivista ou respondendo a texto
emergentes?” Em seguida, serão indagação inicial fotocopiado.
encorajados a manifestar suas com uso dos
representações acerca do seu elementos teóricos
conhecimento prévio. da aula.
Segundo momento: observar a
obra a negra da Tarsila do Amaral
e o seu contexto.
Terceiro momento: Apresentar o
paradigma emergente – o
dialético: totalidade, historicidade,
complexidade, dialeticidade,
praxidade, cientificidade e
concreticidade e relação com a
obra de arte.
Quarto momento: Divisão da
turma em grupos para realizar
leitura e relação dos conceitos
com a obra de arte.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1.Descrever as categorias do método dialético.
2.Caracterizar as modalidades e metodologias de pesquisa científica.
43
turma em grupos para realizar
leitura e exposição das etapas da
confecção do projeto de pesquisa.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1. Esquematizar as etapas de confecção de um projeto de pesquisa.
2. Identificar cada momentos e suas implicações com o projeto.
AULA UNIDADE/TEMA AVALIAÇÃO RECURSOS
SEQUENCIA DIDÁTICA
DE ESTUDO FORMATIVA
A pesquisa na Primeiro momento: Situação Confeccionar um Quadro
dinâmica da vida problematizadora: “Elaborar um esquema branco, pincel,
37 universitária projeto exige quais articulações?” individual, data-show,
38 Em seguida, serão encorajados a respondendo a texto
39 manifestar suas representações indagação inicial fotocopiado.
21/11 acerca do seu conhecimento com uso dos
prévio. elementos teóricos
Segundo momento: observar a da aula.
pintura a óleo de série criança e
inocência.
Terceiro momento: Apresentar o
fluxograma de elaboração do
trabalho científico.
Quarto momento: Divisão da
turma em grupos para realizar
leitura e exposição das etapas da
confecção do projeto de pesquisa.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1.Realizar o feedback da avaliação de desempenho parcial 2.
2.Descrever as etapas de um projeto de pesquisa.
UNIDADE/TEMA AVALIAÇÃO RECURSOS
AULA SEQUENCIA DIDÁTICA
DE ESTUDO FORMATIVA
A pesquisa na Primeiro momento: Situação Confeccionar um Quadro
dinâmica da vida problematizadora: “Elaborar um esboço do projeto, branco, pincel,
universitária projeto exige quais articulações?” respondendo a data-show,
34 Em seguida, serão encorajados a indagação inicial texto
35 manifestar suas representações com uso dos fotocopiado.
36- acerca do seu conhecimento elementos teóricos
28/11
prévio. da aula.
Segundo momento: observar a
pintura a óleo do autorretrato de
Van Gogh, 1886.
Terceiro momento: Apresentar o
fluxograma de elaboração do
trabalho científico.
Quarto momento:
Individualmente irão trabalhar
44
num esboço do seu possível
projeto.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1.Elaborar um esboço do projeto de pesquisa.
AULA UNIDADE/TEMA AVALIAÇÃO RECURSOS
SEQUENCIA DIDÁTICA
DE ESTUDO FORMATIVA
As modalidades Primeiro momento: Situação Confeccionar um Quadro
de trabalhos problematizadora: “A maneira de texto de 15 linhas branco, pincel,
37 científicos escrever um trabalho científico é individual, data-show,
38 universal ou não?” Em seguida, respondendo a texto
39 serão encorajados a manifestar indagação inicial fotocopiado.
05/12 suas representações acerca do seu com uso dos
conhecimento prévio. elementos teóricos
Segundo momento: observar a da aula.
obra de Caravaggio, São Jeronimo,
de 1605, que põem em relevo o
ofício de um estudioso.
Terceiro momento: Apresentar as
modalidades de trabalho
científico: TCC, relatório de
pesquisa de iniciação científica,
resumos e resenhas, ensaio
teórico e etc.
Quarto momento: Divisão da
turma em grupos para realizar
leitura e em seguida, a apresentar
as modalidades de trabalhos
científicos.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1. Identificar as modalidades de trabalho científico.
2. Realizar o feedback da avaliação de desempenho parcial 3.
3. Avaliar o desempenho do docente.
45
ofício de um estudioso.
Terceiro momento: Apresentar as
modalidades de trabalho
científico: TCC, relatório de
pesquisa de iniciação científica,
resumos e resenhas, ensaio
teórico e etc.
Quarto momento: Divisão da
turma em grupos para realizar
leitura e em seguida, a apresentar
as modalidades de trabalhos
científicos.
46
RELATÓRIO DOCENTE (RED)
IDENTIFICAÇÃO
Curso(s): ADMINISTRAÇÃO
Disciplinas: TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
Docentes envolvidos: Prof. Adm. LUIS CARLOS RAMOS DE MELO, Me.
Turmas: Administração – 2º período 2019-1
APRESENTAÇÃO
A principal proposta de trabalho por meio da utilização de metodologias ativas envolveu, por
conta do número de alunos matriculados, a realização de uma atividade dividida em quatro
etapas, a qual teve como principal característica o desenvolvimento de pesquisa de campo, por
meio da observação direta e emprego de questionamentos, podendo, dessa forma, desenvolver
e integrar os conhecimentos teóricos de uma maneira prática, utilizando uma metodologia de
pesquisa específica. Tal atividade teve como finalidade a inserção dos alunos em ambientes
organizacionais, a partir de um olhar sistêmico que trouxesse a realidade dessas organizações
para o meio acadêmico, registrado na forma de relatório final de pesquisa.
47
ABERTURA DOS TRABALHOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS:
1º Momento:
Apresentação do docente
2º Momento:
48
O propósito das fichas é de manter o controle sobre o nível de conhecimento
que os alunos possuem acerca da Administração, permitindo: (1) incentivar os
alunos a exporem sua vivência pessoal e profissional nas abordagens
expositivas dialogadas; (2) avaliar o nível de observação e/ou aplicação prática
do conteúdo teórico nas organizações onde atuam; (3) acompanhar o grau de
envolvimento dos alunos em sala de aula, com participação ativa em relatos e
comentários complementares aos assuntos abordados; (4) permitir um melhor
relacionamento interpessoal, haja vista que as datas de aniversário serão
sempre lembradas e socializadas, segundo aquiescência dos mesmos.
3º Momento:
5º Momento:
51
Em relação à atividade macro conduzida pela disciplina, sua primeira etapa consistiu na
elaboração do planejamento da pesquisa, com a escolha das empresas que serviriam ao campo
de estudo. Na segunda etapa, os alunos receberam orientações gerais e as informações
necessárias para o desenvolvimento da pesquisa em campo.
Logo no início da segunda etapa, foi possível perceber que alguns alunos estavam com
dificuldades em encontrar uma empresa real que atendesse às necessidades da pesquisa
proposta, tendo em vista a falta de tempo em se deslocar para ir até a empresa escolhida.
Algumas possibilidades foram abertas para facilitar a pesquisa dos alunos. Primeiro foi autorizado
que a pesquisa pudesse ser realizada no ambiente de trabalho, desde que não fosse realizada em
horário de expediente e com a autorização do superior.
A segunda possibilidade foi de deixar que a pesquisa fosse realizada por e-mail ou por outras
formas de mensagem com alguma pessoa responsável pela empresa escolhida. Para facilitar a
requisição dos dados da empresa, foram solicitados aos alunos os dados estruturados como:
nome real e nome fantasia da empresa; tipo de sociedade; breve histórico cronológico da
empresa; qual é a natureza e o ramo de atuação; se a empresa é de pequeno, médio ou grande
porte; informação sobre as filiais; informação sobre o número de funcionários; quais são os
principais produtos dessa empresa; quais são os principais fornecedores, incluindo quais são as
matérias-primas utilizadas ou os serviços fornecidos; qual é o mercado de atuação da empresa;
quem são os concorrentes; e por fim, a montagem de um organograma.
Foi verificado que, conforme os alunos estavam pesquisando e preenchendo os dados solicitados,
tiveram também um aprendizado paralelo ao projeto, aprendendo a pesquisar dados das
empresas em bases de dados oficiais, como a Receita Federal e outros sites de busca.
No tipo de sociedade, os alunos tiveram que compreender a diferença das sociedades de uma
empresa, bem como aprenderam sobre o que é capital aberto, limitada, empresa pública e
organização não governamental.
Sobre a natureza e o ramo de atuação: muitos não sabiam a diferença, levando a pesquisar e
identificar essas diferenças.
Na questão sobre o porte da empresa, os alunos tiveram que, primeiro, saber as definições sobre
porte, para depois responder essa questão.
No item quem são os concorrentes: os alunos poderiam utilizar a análise SWOT, aprendendo a
52
definir os pontos fortes e fracos, bem como as ameaças e oportunidades da empresa.
Organograma: neste caso o professor da disciplina demonstrou como montar o organograma da
empresa por meio de ferramenta online, desconhecida por muitos alunos. Todos os dados
estruturados repassados aos alunos foram utilizados como indicativos para facilitar a realização
da atividade e economizar tempo para realizar as outras etapas.
Embora sejam itens específicos, o aluno poderia indicar outras questões que entenderem
pertinentes sobre a empresa. Notamos algumas dificuldades dos alunos, não exatamente quanto
a elaboração do projeto, mas em questões relacionadas indiretamente ao projeto, sendo as
principais: como realizar o relatório final dentro de padrões acadêmicos; como realizar buscas por
referências bibliográficas para conceituar os dados obtidos; entre outras de menor relevância.
Todas as dificuldades foram sanadas em encontros presenciais, onde o professor disponibilizava
opções para sanar as dúvidas relacionadas. Assim, de maneira síncrona, foram discutidos também
temas como normas de elaboração de trabalhos acadêmicos, a utilização de bases de dados de
acervos eletrônicos e a ferramenta Cacoo para realizar o organograma.
No início do projeto muitos alunos reclamaram sobre o acúmulo e a falta de tempo em realizar as
atividades, principalmente pelo fato de nunca terem realizado uma pesquisa de campo com essa
finalidade. Porém, na medida em que os alunos foram tendo contato com o projeto, e com a
simplicidade e facilidade de inserir as respostas diretamente em um formulário disponível dentro
de uma planilha eletrônica adquirida junto à empresa Luz Planilhas Empresariais, esta reclamação
inicial foi reduzida. A ideia é que tal atividade, em conjunto com as abordagens curriculares e
extracurriculares funcionasse como metodologia ativa de aprendizagem para os alunos, gerando
sua autonomia individual, mas os desenvolvendo em todos os aspectos sociais, políticos e
culturais.
AÇÕES REALIZADAS
53
RESULTADO FINAL
ANEXOS
________________________________________________
COORDENADOR(A) DO CURSO
54