Reino Servindo Ao Rei

A
Copyright © 2016
Antonio Carlos Palaroni
1a Edição Agosto de 2016 - 5000 EXEMPLARES
Equipe Editorial
Digitação: Antonio Carlos Palaroni
Coordenação Editorial: Andreia O.S. Palaroni
Projeto Gráfico e Diagramação: Andreia O.S. Palaroni eTalita T.V.
Palaroni
Capa: Jonatas Cândido
Todos os direitos reservados ao autor.
Palaroni, Antonio Carlos

21 Dias O Reino servindo ao Rei/ – Santos – Edição do Autor - 2016.
1.Liderança. 2.Cristianismo.
Pedidos e correspondências
Rua Lucas Fortunato, n 100
Santos - SP
CEP 11.075-201
Tel.: (0xx 13)3345 7002
E-mail.: [email protected]
21 Dias de Jejum - O Reino Servindo ao REI 3
Agradecimentos
Ao Amado Espírito Santo que me tem dado inspiração e
forças nessa jornada.
A minha família que tem me apoiado em todos esses anos.
Ao meu líder amado Apostolo Doriel, que a cada dia tem
confiado em mim, me inspirado a ser um líder melhor.
Aos nossos Pastores de Governo e de Liderança, pela com-
preenção e fidelidade, sonhando comigo os sonhos de Deus.
A cada líder de célula da ICBSantos que por todos es-
ses anos tem acreditado na revelação da palavra quanto ao
modo de ser e viver como igreja de Cristo. A paciência e a
perseverança de vocês tem levado no decorrer dos anos a
edificação dessa obra maravilhosa que não é para nós, para
o nosso Deus.
Agradeço ao Pr. Ricardo Guimarães(Videira Rio) por
permitir fazer o uso do tema de um seus livros “Vida Re-
solvida”, que me abençoou muito. Obrigado amigo. A todos
aqueles que foram inspirados por Deus em conferências e
convenções onde frases cheias de vida e unção encheram
meu coração com essas verdades.
A.C.Palaroni
4 21 Dias de Jejum - O Reino Servindo ao REI
Apresentação
Nos últimos anos o Senhor tem colocado em meu cora-
ção uma mensagem para a Igreja de Cristo buscando dar
a ela o verdadeiro propósito de sua existência. O desafio
é transformar suas tradições consumistas desenvolvida ao
longo dos séculos paralelamente à Bíblia em uma comu-
nidade produtiva como o era no livro de Atos e treinada
para esse propósito pelas cartas apostólicas.
Uma parada para um tempo de reflexão sobre a ques-

tão de que cada salvo é um ministro no reino, mudará seu
conceito sobre a vida e o plano de Deus para os salvos
por Jesus. Quando fui mergulhando nesta direção cheguei
a conclusão que o grande avivamento que esperamos não
está em um tempo marcado por Deus, mas quando levar-
-mos cada salvo a manifestar seu talento espiritual rece-
bido no momento de sua salvação. Esse ao meu ver é o
grande avivamento.
O reino(os salvos) servindo ao Rei(Jesus).
Jamais vamos alcançar nossas cidades com a pregação

do de vida eterna do evangelho se os salvos não ascen-

derem a luz que estão dentro deles mostrando o caminho
para Deus.
Temos na igreja um processo inacabado, basta colocar-

mos nossa estrutura atual ao lado do da Palavra de Deus.
Nós evangelizamos, curamos os enfermos e libertamos
oprimidos para batizar os que creem, e imaginamos que
a obra a ser feita na vida daquelas pessoas acabou, mas a
verdade é que ela ainda não esta pronta. Jesus e os após-
tolos evangelizavam, batizavam e treinavam os salvos
para a obra do ministério. O que tinham em mente era
converter o pecador, e em seguida fazer dele um ministro
do reino, foi com esse propósito em mente que eles que
abalaram o mundo, com os anônimos da igreja.
Nesta edição especial, “O Reino servindo ao Rei”,

nosso propósito é reunir o reino - A IGREJA-, em 21 dias
de jejum para ministrar ao coração dela o conteúdo desse
livro para que ela saiba quem é, e o que Deus espera que
faça.
Meu desejo é que assim como Deus tem mudado a re-

alidade da vida dos salvos que pastoreio transformando
pecadores em salvos e salvos em ministros de Cristo, o
mesmo aconteça com você.
Sumário
1- O Poder de uma Vida Resolvida - Pag 12
2- O que estamos fazendo com a Glória de Deus - Pag 24
3- O Salvo Vencedor - Pag 34
4- Você é a Resposta - Pag 48
5- Quem Deus usa - Pag 58
6- A Realização é uma questão de... - Pag 70
7- É para Isso que Você Nasceu - Pag 80
8- A Igreja é a Família de Deus - Pag 90
9- A Igreja é Cidadã do Céu - Pag 100
10- Os Dons do Espírito nas Células - Pag 108
11- Algumas Razões porque devo estar - Pag 118
12- Em Deus faremos Proezas - Pag 128
13- O que o Evangelho faz com o Homem?... - Pag 136
14- Indo Além da Libertação - Pag 146
15- Como Cinto Apodrecido - Pag 154
16- Vivendo na Plenitude do Espírito Santo - Pag 164
17- Ativando a Salvação - Pag 174
18- Todos são Chamados - 184
19- Uma Aliança por uma Paixão Comum - Pag196
20- Células que Geram Vidas ... - Pag 206
21- O Reino Servindo ao REI - Pag 214
21 DIAS DE JEJUM
O REINO
SERVINDO
AO REI
21 dias de Jejum - O reino servindo ao Rei
1º DIA
O Poder De
Uma Vida
Resolvida
1- O PODER DE UMA VIDA RESOLVIDA
“Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não; o que

disto passar vem do maligno.” ” - Mateus 5:37
C
ada vez estou mais convencido de que as pessoas
que concluíram seu passado e vivem no presen-
te por princípios, lemas, votos e resoluções so-
bre áreas e questões que envolvem suas vidas, são as que
causam mais impacto em sua existência. Quase que dia-
riamente precisamos tomar decisões que de algum modo
afetarão nossa vida. Em casa, por exemplo, resolvemos
coisas relacionadas ao cônjuge, aos filhos, às finanças,
mas ainda existe outra área em que temos grandes respon-
sabilidades, que é a espiritual, conectada intimamente à
igreja de Jesus.
Todos os dias nossos irmãos vêm nos perguntar coisas

sobre a vida no Reino de Deus esperando uma resposta
ou um direcionamento que parta de nós para a vida deles.
Quando isso acontece, muitos ficam sem saber o que res-
1- O Poder de uma Vida Resolvida 13
ponder, enrolam e vão de um extremo a outro sem saber na
verdade o que dizer àquela pessoa. Mas, por que muitos
têm dificuldades com decisões, com posicionamentos cla-
ros? A resposta é óbvia: é porque ainda têm áreas em suas
vidas que não estão totalmente resolvidas.
O que é ser uma pessoa de vida resolvida? É ser al-
guém que já definiu o que quer para sua vida, para a sua
família e para o seu ministério. Enfim, alguém que tem
um projeto de vida e além de saber para onde está indo,
também sabe o caminho que deve trilhar para chegar até
lá. Então, você é uma pessoa resolvida? Não estou fa-
lando apenas de algumas áreas da vida, estou falando de
viver um estilo de vida onde você torna-se uma pessoa
resolvida
Marcas De Uma Pessoa Não Resolvida
O Senhor Jesus falou que nosso posicionamento quan-

to às áreas de nossa vida que criam o nosso mundo, pre-
cisa ser sempre SIM, SIM e NÃO, NÃO. O que isso sig-
nifica? Significa que não pode haver em nós espaço para
dúvidas e incertezas. Mesmo que não tenhamos a compre-
ensão completa das coisas em nosso espírito precisamos
nos posicionar com o SIM ou o NÃO, nada de ficar em
cima do muro. Todas as vezes que fugimos desse padrão
o Diabo encontra espaço para agir em nossa vida, em nos-
so casamento ou em nosso ministério. Aqui não é uma
questão de mentira, mas de estar decidido, resolvido. Que
marcas traz uma pessoa quando ainda não vive uma vida
resolvida?
- Quem Não Tem A Vida Resolvida Nunca Se Move
Gente não resolvida está sempre por fazer algo, que não
fez. A vida fica paralisada, a pessoa vive numa constante
inércia, não se move em nenhuma direção. Uma decisão

por si só não é capaz de corrigir, edificar ou dar uma nova
direção. A partir do momento em que se resolve alguma
questão no seu interior é preciso dar início, começar a viver
com base nas resoluções que tomou. Portanto, após uma
decisão tem que ter um começo, sem decisão não há come-
ço de nada. Se você puder entender esse princípio, sua vida
e o que está ao seu redor vão sofrer profundas mudanças.
Decisão não é apenas a boa intenção gerada em seu co-

ração ou aquela vontade de fazer algo necessário, mas que
nunca é feito. Boa intenção, o que acredito que todos pos-
suem, acaba tornando-se a sepultura dos inertes que não
fazem nada além de falar, falar, falar... Sem decisão, toda
boa intenção já nasce morta!
Acredito que por mais de uma vez você já ouviu al-
guém se referir a outra pessoa pela qual ela está sempre
pensando em fazer algo, mas nunca faz. Sua vida também
é assim? Você é alguém que vive querendo fazer coisas,
mas nunca faz? Você é o tipo de pessoa que sabe que tem
um problema, sabe que precisa resolver, mas leva anos e
não resolve? É hora de você sair dessa inércia e começar a
definir as questões que envolvem sua vida e fazê-la andar.
- Quem Não Tem A Vida Resolvida Vive Na Oscilação
Pessoas dessa natureza nunca chegam a lugar algum,

e ainda geram uma tremenda insegurança àqueles que vi-
vem em torno delas. Sua vida espiritual, financeira, profis-
sional e familiar é uma constante gangorra, ora em cima,
ora embaixo. É uma pessoa de ânimo dobre conforme diz
Tiago 1:7-8:
“Não suponha esse homem que alcançará do Senhor al-

guma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os

seus caminhos.”
A principal característica dessas pessoas é que um dia
falam algo com tanta convicção que são capazes de con-
vencer qualquer um a ir junto com elas, enchem o próprio
coração e o dos outros com enormes expectativas. Porém,
no dia seguinte estão deprimidas, depressivas, pensando
em abandonar tudo.
Quando assumimos algum compromisso, nossa pala-

vra não pode durar uma semana ou um mês, o prazo de
validade dela deve ser eterno. Pessoas de vida não resol-
vida quando confrontadas com o que disseram a respeito
de não irem adiante, sempre arrumam uma desculpa para
tentar explicar sua fraqueza, sempre dizem que acabaram
pensando melhor e que … Tem irmãos na igreja que num
dia querem ganhar o mundo todo sozinhos, mas uma se-
mana depois eles não têm disposição nem mesmo para ir
à reunião da célula.
- Quem Não Tem A Vida Resolvida Vive Na Indefinição
Indefinição é aquela situação de ficar em “cima do

muro”, a pessoa tem medo de se posicionar. Essa é uma
situação onde a energia da pessoa é drenada e ela acaba
chegando ao estágio do esgotamento, porque leva muito
tempo para tomar uma direção e definir o que vai fazer.
Todos os dias, precisamos decidir muitas coisas desde um
simples convite para ir a uma sessão de cinema até uma
viagem que acontecerá dentro de um mês.
Quem tem a vida resolvida já definiu as questões mais

importantes, ele não carece de tempo para pensar e depois
responder sobre as diferentes questões que envolvem sua
vida, tudo já está pensado. A resposta de hoje é a decisão

que tomei há anos atrás sobre aquela situação. Já está re-
solvido dentro de mim.
Por que muitos temem tomar decisões? Porque não

querem assumir responsabilidades, não querem arcar com
as consequências e não querem ser cobrados por aquilo
que resolveram sobre a sua vida. Você precisa ser uma
pessoa resolvida! Mas isso é impossível se você não ti-
ver uma visão correta do governo e da soberania de Deus
sobre a sua vida. Este é o momento de resolver as indefi-
nições que existem no casamento, nas finanças, nos rela-
cionamentos e no ministério.
Exemplos De Pessoas Resolvidas
Os homens de Deus, com suas histórias que nos inspi-
ram fé por toda a Bíblia e fora dela, eram pessoas com a
vida resolvida. Essa era uma característica comum a todos
eles: tinham convicção, sabiam o que queriam, e muitas
vezes decidiram coisas em suas vidas para vinte, trinta
anos seguintes e até ao final da vida. Nós vamos ver al-
guns exemplos na própria Palavra:
Daniel
“No terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá,

Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio a Jerusalém e a si-
tiou. E o Senhor entregou Jeoaquim, rei de Judá, nas suas
mãos, e também alguns dos utensílios do templo de Deus.
Ele levou os utensílios para o templo do seu deus na terra
de Sinear e os colocou na casa do tesouro do seu deus. De-
pois o rei ordenou a Aspenaz, o chefe dos oficiais da sua
corte, que trouxesse alguns dos israelitas da família real
e da nobreza: jovens sem defeito físico, de boa aparência,
cultos, inteligentes, que dominassem os vários campos do
conhecimento e fossem capacitados para servir no palácio

do rei. Ele deveria ensinar-lhes a língua e a literatura dos
babilônios. De sua própria mesa, o rei designou-lhes uma
porção diária de comida e de vinho. Eles receberiam um
treinamento durante três anos, e depois disso passariam
a servir o rei. Entre esses estavam alguns que vieram de
Judá: Daniel, Hananias, Misael e Azarias. O chefe dos
oficiais deu-lhes novos nomes: a Daniel deu o nome de Bel-
tessazar; a Hananias, Sadraque; a Misael, Mesaque; e a
Azarias, Abede- Nego. Daniel, contudo, decidiu não se
tornar impuro com a comida e com o vinho do rei, e pediu
ao chefe dos oficiais permissão para se abster deles.”
- Daniel 1:1-8 NVI
Daniel era uma pessoa resolvida: “Resolveu Daniel,
firmemente, não se contaminar” - (vs.8) RA. Ele tinha to-
das as condições para se desviar: estava longe de casa,
longe dos pais, longe da liderança espiritual, longe do
templo, numa terra promíscua, berço de toda idolatria e
feitiçaria e todo tipo de orgias. Daniel foi viver na Babi-
lônia e não se “babilonizou”. Daniel RESOLVE “com a
sua célula” não se contaminar, antes da primeira refeição
mudou o cardápio da Babilônia e não permitiu que a Ba-
bilônia mudasse o seu paladar. Por que muita gente leva
anos para vencer um vício? Por que não são resolvidas
nessa questão? Porque ainda não decidiram em Deus vi-
verem libertas.
Daniel é um dos poucos personagens bíblicos, dentre
os quais dá para se contar com os dedos de uma mão, de
quem Deus não fala nada de negativo a seu respeito por
causa de uma combinação de qualidades. Note outra vez
a expressão: “Ele propôs”...
hh Caráter – Daniel demonstra seu caráter ao não se

“Babilonizar”.
hh Convicção – Ele se recusa a comer carne e beber vi-
nho oferecido pelo rei.
hh Coragem – Enfrenta a cova dos leões sem se ame-
drontar.
hh Compromisso – Permanece comprometido com o
seu Deus apesar da pressão para fazer concessões.
Paulo
“Cumpridas estas coisas, Paulo resolveu, no seu espírito, ir a Je-

rusalém, passando pela Macedônia e Acaia, considerando: Depois de
haver estado ali, importa-me ver também Roma.” -Atos 19:21
O apóstolo Paulo era uma pessoa resolvida. Ele decidiu voltar

a Jerusalém e depois ir até Roma onde queria pregar o evangelho
para gentios.
Atos 21:7-14 - Os irmãos tentam impedir que Paulo

vá à Jerusalém.
Atos 21:27 - Paulo chega em Roma, é preso e nunca
mais é solto nem de maneira natural ou sobrenatural. Ele
vai como um cordeiro para ser imolado pelo Senhor.
At.28:16-31 - Paulo prega em Roma, e só sai da prisão
para ser degolado. Um homem resolvido!
Jesus
“Então Jesus foi com seus discípulos para um lugar

chamado Getsêmani e lhes disse: “Sentem-se aqui enquan-
to vou ali orar”. Levando consigo Pedro e os dois filhos de
Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Dis-
se-lhes então: “A minha alma está profundamente triste,
numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo”. Indo
um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em ter-
ra e orou: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este
cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu
queres”. Depois, voltou aos seus discípulos e os encontrou
dormindo. “Vocês não puderam vigiar comigo nem por uma
hora?”, perguntou ele a Pedro. “Vigiem e orem para que
não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne
é fraca.” E retirou-se outra vez para orar: “Meu Pai, se
não for possível afastar de mim este cálice sem que eu o
beba, faça-se a tua vontade”. Quando voltou, de novo os
encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados.
Então os deixou novamente e orou pela terceira vez, dizen-
do as mesmas palavras. Depois voltou aos discípulos e lhes
disse: “Vocês ainda dormem e descansam? Chegou a hora!
Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas mãos
de pecadores. Levantem-se e vamos! Aí vem aquele que me
trai.” - Mateus 26:36-46
Jesus é o nosso referencial máximo de pessoa cuja

vida era resolvida desde o início. Você não encontra Jesus
em crise ministerial. Você não encontra Jesus lamentan-
do-se de nada. Você não encontra Jesus reclamando do
peso que era o ministério. Você não encontra Jesus pen-
sando em desistir.
Muita gente acha que Jesus só decidiu pela cruz no
Getsêmani. Mas a vida toda de Jesus, Ele caminhou para
cruz. Muitas vezes quiseram matar a Jesus e Ele fugiu no
meio da multidão; outras vezes quiseram pegá-Lo à força
para levá-Lo ao rei e Ele se retirou de barco para o outro
lado. O destino dEle era a cruz. Toda expressão de vida
de Jesus era didática, para ensinar aos discípulos o cami-
nho da cruz. Quando ele disse que iria para Jerusalém e
seria morto Pedro tentou poupá-lo.
“Desde esse tempo começou Jesus Cristo a mostrar a

seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jeru-

salém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais
sacerdotes e dos escribas, serem morto e ressuscitado no
terceiro dia. E Pedro, chamando-o à parte, começou a re-
prová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de
modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse
a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tro-
peço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos
homens.” - Mateus 16:21-23
“Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo,

caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer,
produz muito fruto.” - João 12.24
O Senhor espera de nós, que sejamos homens resolvi-

dos. Resolvidos quanto ao nosso papel e desempenho no
Reino de Deus, resolvidos familiarmente, resolvidos nos re-
lacionamentos, resolvidos no nosso projeto de vida. Daqui
a dez anos nós vamos nos encontrar, e você vai continuar
fazendo o que você faz hoje, só que numa dimensão maior.
Você não pode ser um salvo vencedor hoje, e amanhã chutar
o balde e se tornar um crente carnal qualquer.
Quantos casais que depois de quinze ou vinte anos de
casados querem o divórcio porque dizem que descobri-
ram não amarem mais seus cônjuges, que o casamento
com aquela pessoa foi um erro. Como pode a pessoa casar
cega e permanecer na cegueira vinte anos para depois des-
cobrir? Quantos líderes trabalham por três ou cinco anos
com células e depois voltam atrás e dizem que descobri-
ram que Deus não os chamou para trabalhar com células.
Isso é uma atitude muito comum das pessoas não resol-
vidas. Daqui a cinco anos ele vai fazer uma nova des-
coberta: que não deveria ter filhos, que não deveria ter
comprado a casa que comprou, e etc.
Conclusão
Vejamos a experiência de John Maxwell, um dos
maiores mestres no ensino de liderança de nossa geração,
que conta a seguinte história: De volta para casa após
uma palestra com toda a sua equipe, numa tentativa de
pousar o avião, o piloto o arremeteu para mais tarde fazer
um pouso tranquilo. No desembarque todos parabeniza-
ram o piloto pela manobra que fez, e John foi até a cabi-
ne também, e fez ao piloto a seguinte pergunta: Em que
momento exatamente o senhor decidiu arremeter o avião?
O piloto respondeu a ele: - Há 15 anos quando eu estava
estudando, eu decidi que em situações assim eu sempre
arremeteria.
Alguns pilotos da TAM não eram homens resolvidos,

por isso mataram 199 pessoas em um dos maiores aciden-
tes aéreos do Brasil no aeroporto de Congonhas. Você se
lembra?
Você precisa ter posicionamentos claros sobre as coi-

sas importantes do seu ministério. Sempre que surge uma
situação nova e você toma uma decisão, você não está
decidindo apenas para aquela situação, você está deci-
dindo para os próximos vinte anos da sua vida. Eu não
sei quanto a você, mas eu estou resolvido quanto as áreas
mais importantes da minha vida. Crie suas resoluções e
viva resolvido, sirva ao Rei!
2º DIA
O que Estamos Fazendo

com a
Glória de Deus
2- O QUE ESTAMOS FAZENDO COM A GLÓRIA DE DEUS
E achou no templo os que vendiam bois, ovelhas e

pombas, e também os cambistas ali sentados; e tendo fei-
to um azorrague de cordas, lançou todos fora do templo,
bem como as ovelhas e os bois; e espalhou o dinheiro dos
cambistas, e virou-lhes as mesas; e disse aos que vendiam
as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa
de meu Pai casa de negócio. Lembraram-se então os seus
discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me devo-
rará.” - João 2:13-16
V
emos aqui que João fala da situação encontrada
por Jesus quando ele vai ao templo em Jerusa-
lém. Lá, Ele encontrou gente fazendo câmbio de
moedas estrangeiras e vendendo animais para o sacrifício.
Esse quadro deixou Jesus desapontado e ao mesmo tempo
irado e isso O levou a por todo mundo pra correr, pois
o verdadeiro propósito daquele lugar tinha sido mudado.
Aquilo não condizia com o lugar.
2- O que estamos fazendo com a Glória de Deus 25
Qual o verdadeiro propósito do templo?

“Então Jesus entrou no templo, expulsou todos os que
ali vendiam e compravam, e derribou as mesas dos cam-
bistas e as cadeiras dos que vendiam pombas; e disse-lhes:
Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração;
vós, porém, a fazeis covil de salteadores. E chegaram-se a
ele no templo cegos e coxos, e ele os curou.” -
Mateus 21:12-14.
Jesus disse que o templo seria Casa de Oração, lugar

de proximidade com Deus, mas, eles estavam fazendo
dele um lugar de negócios e de interesses próprios. Com
isso, tornou-se apenas um lugar de compromisso com os
rituais da religião, mas não um lugar de vida com Deus.
Após reestabelecer o propósito inicial da sua existência,
a vida de Deus voltou a fluir naquele lugar; doentes eram
sarados, oprimidos eram libertos e as pessoas sentiam a
alegria de serem cheios de Deus. A glória voltou!
O Que Isso Tem A Ver Com Você Hoje?
“Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o

Espírito de Deus habita em vocês?” – 1 Coríntios 3:16
Bem, salvo raras exceções, a maioria das pessoas acre-

dita que o prédio onde nos reunimos é um lugar sagrado
onde Deus habita. Esta crença vem em razão do Velho
Testamento falar a cerca da Arca do Senhor, que repre-
sentava a Sua presença e ficou guardada no tabernáculo
construído por Moisés, e mais tarde no templo edificado
por Salomão. Porém, no Novo Testamento essa presença
gloriosa que estava antes nesses dois lugares, agora muda
de endereço, a Bíblia diz que nós somos esse lugar agora,
o Espírito Santo mora em mim e em você.
Um santuário é um lugar separado onde se realizam as

cerimônias de uma religião, era a isto que se prestava o
tabernáculo de Moisés e o templo de Salomão, mas hoje
todo esse cerimonial acontece em nós. A Glória de Deus
não é mais vista, agora ela é sentida e o Espírito Santo
está morando em você.
Nos dias do tabernáculo e do templo, a glória era ape-

nas vista, mas não podia ser sentida. É por esta razão que
hoje, quando você começa a se relacionar com o Espírito
Santo, Ele se expressa de alguma maneira em seu corpo:
rindo, chorando, caindo, evangelizando ou manifestando
algum dom espiritual.
Cuidado Perigo À Frente

“Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá;
pois o santuário de Deus, que são vocês, é sagrado.”
– 1 Coríntios 3:17
Lembre-se, um santuário é um lugar separado para re-

alização de cerimônias religiosas, ou seja, ele é um lugar
exclusivo de adoração e comunhão, não se presta a outra
coisa. Porém, como os judeus nos dias de Jesus que mu-
daram o propósito do templo de Salomão, você pode ir
envolvendo sua vida em atos que não condizem com o
que você é hoje, o santuário do Espírito Santo.
Quando isso acontece e toma grandes proporções, a

Glória de Deus vai se afastando até deixá-lo vazio da Sua
presença. Os sintomas são claros; perda do prazer de estar
reunido com todos os irmãos na célula, nas celebrações e
vigílias; perda da vontade de orar e jejuar; troca dos lou-
vores por música mundana; troca da leitura da Bíblia ou
de um livro de edificação espiritual por revistas de fofoca
e pornográficas, etc.
Sansão, Um Exemplo Doído

“E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Desper-
tando ele do seu sono, disse: Sairei, como das outras vezes,
e me livrarei. Pois ele não sabia que o Senhor se tinha retirado
dele.” – Juízes 16:20
Ás vezes, ficamos sem entender como um lixeiro

suporta o cheiro podre do lixo o dia inteiro se nós não
aguentamos sequer poucos minutos. É que ele como nós
também não suportava, mas com o tempo foi se acostu-
mando e aquele fedor se tornou comum pra ele, agora não
o percebe mais.A causa da gordura mórbida é o excesso
de comida e bebida que para a pessoa obesa se tornou
uma quantidade normal. O refrigerante, por exemplo, vai
destruindo sua saúde sem que você perceba, porque está
acostumado.
Sansão foi um dos poucos homens no Velho Testamen-

to em que a glória, a presença de Deus habitava nele, po-
rém, ele foi permitindo e aos poucos se acostumando com
coisas e atitudes que tomaram lugar em sua vida fazendo
com que ele não fosse mais santuário exclusivo para co-
munhão e expressão de Deus, e assim foi se esvaziando
dessa glória. O que Sansão trouxe para o seu santuário?
hh Fez aliança com os filisteus, inimigos dos princípios

divinos, e vivia no meio deles.
hh Casou-se com uma mulher filistéia.
hh Dormiu com prostitutas.

hh Se envolveu em um relacionamento extraconjugal.
hh Desprezou a vida de Deus ao contar para Dalila o
segredo de sua força.
Como aqueles judeus nos dias de Jesus, Sansão permi-
tiu que coisas e atitudes que não eram compatíveis com o
santuário estivessem presentes nele. O resultado foi que a
glória foi embora, quando ele pensou que ela ainda estava
com ele, ela não estava mais. Deus não pôde se expressar
através dele, como não pôde estar mais presente no tem-
plo de Salomão.
No dia 23 de março de 2012, morreu o humorista Chi-

co Anízio, e uma das coisas que ele havia dito antes de
morrer foi o seguinte: - “O único arrependimento que te-
nho na vida é o de ter fumado todos estes anos, o cigarro
foi me matando aos poucos, hoje menos de 30% dos meus
pulmões funcionam”.
D. O Que Você Tem Colocado Na Igreja Comunidade, A

Casa de Deus
O que vamos ver agora é a igreja, a reunião de todos os
seus membros como edificação, Casa de Deus. O que temos
feito com ela? O livro do profeta Ezequiel mostra um tem-
po trágico em que a Glória de Deus deixou o Seu lugar de
habitação e foi embora, tornando o lugar vazio e sem vida.
hh Ela deixa o altar e vai para a porta de entrada:
- “A glória do Deus de Israel se levantou do querubim

sobre o qual estava, indo até à entrada da casa; e o SE-
NHOR clamou ao homem vestido de linho, que tinha o
estojo de escrevedor à cintura.” – Ezequiel 9:3
hh Ela sai da porta de entrada e vai para o meio da cidade

- A Glória de Deus abandona o templo. “Então, saiu
a glória do SENHOR da entrada da casa e parou sobre os
querubins.” - Ezequiel 10:18
hh Ela sai do meio da cidade e vai para o alto de um
monte no oriente -
“A glória do SENHOR subiu do meio da cidade e se pôs

sobre o monte que está ao oriente da cidade.”
- Ezequiel 11:23
A grande pergunta que surge aqui é: o que levou a
Glória de Deus a ir se afastando aos poucos, dando sinais
claros de que ela queria voltar para o seu lugar, mas não
podia? Os capítulos anteriores de Ezequiel mostram o que
foi tomando o lugar da Glória de Deus no templo.
hh A imagem do ciúme –
“Ele me disse: Filho do homem, levanta agora os olhos

para o norte. Levantei os olhos para lá, e eis que do lado
norte, à porta do altar, estava esta imagem dos ciúmes, à
entrada. Disse- me ainda:Filho do homem, vês o que eles
estão fazendo? As grandes abominações que a casa de Is-
rael faz aqui, para que me afaste do meu santuário? Pois
verás ainda maiores abominações.” –
Ezequiel 8:5-6
hh A adoração à ídolos –
“Ele me levou à porta do átrio; olhei, e eis que havia

um buraco na parede. Então, me disse: Filho do homem,
cava naquela parede. Cavei na parede, e eis que havia uma
porta. Disse- me: Entra e vê as terríveis abominações que
eles fazem aqui. Entrei e vi; eis toda forma de répteis e de

animais abomináveis e de todos os ídolos da casa de Israel,
pintados na parede em todo o redor. Setenta homens dos
anciãos da casa de Israel, com Jazanias, filho de Safã, que
se achava no meio deles, estavam em pé diante das pin-
turas, tendo cada um na mão o seu incensário; e subia o
aroma da nuvem de incenso.” – Ezequiel 8:7-11
hh O choro oferecido a uma divindade protetora dos ali-

mentos e vegetais -
“Disse- me ainda:Tornarás a ver maiores abominações

que eles estão fazendo. Levou- me à entrada da porta da
Casa do SENHOR, que está no lado norte, e eis que esta-
vam ali mulheres assentadas chorando a Tamuz.” –
Ezequiel 8:13-14
“Viravam as costas para o altar e adoravam ao sol, ou-
tra forma de brilho - “Levou- me para o átrio de dentro da
Casa do SENHOR, e eis que estavam à entrada do tem-
plo do SENHOR, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte
e cinco homens, de costas para o templo do SENHOR e
com o rosto para o oriente; adoravam o sol, virados para o
oriente.” – Ezequiel 8:16
Quando a glória se levantou do meio da Igreja, Deus

disse: “ainda que gritem, não os ouvirei”.
“Pelo que também eu os tratarei com furor; os meus
olhos não pouparão, nem terei piedade. Ainda que me gri-
tem aos ouvidos em alta voz, nem assim os ouvirei.” –
Ezequiel 8:18
Conclusão
Veja que a saída da glória não se originou no pecado
do povo, mas nos sacerdotes e ministros da Casa de Deus,
que introduziram naquele lugar o que não era próprio dali.
O pecado de membros da Igreja não afeta a presença

de Deus em toda Igreja, é um caso pessoal, mas quando
os ministros colocam na Igreja aquilo que não se associa
com ela ou a usam para a promoção de interesses pessoais
e outros propósitos que não são a vontade do Senhor, a
glória se vai, e o povo também se vai para onde a glória
está indo.
Ministérios acabam, mas a Igreja não. Quando um mi-

nistério fecha as portas, é possível procurar por aqueles ir-
mãos e encontrá-los reunindo-se em outro lugar, onde tem
a Glória de Deus. Ao invés de vivermos desesperados por
projetos e estratégias para o crescimento da Igreja, antes
de qualquer coisa, devemos analisar o que estamos colo-
cando nela ou para qual finalidade pessoal a temos usado.
Enquanto os sacerdotes não retiraram o que substituiu a
Glória de Deus, ela não retornou ao seu lugar .
3º DIA
O Salvo Vencedor
3- O SALVO VENCEDOR
N
ascemos e crescemos dispostos a lutar pelos
nossos sonhos. Chegamos a Jesus trazendo es-
ses mesmos anseios e vivemos por eles sem nos
importar com o que Deus espera de nós.
Um salvo pode ser só um salvo ou um salvo vence-
dor. O salvo que é apenas salvo está firme na igreja, mas
vivendo exclusivamente para si mesmo. Quando busca
a santificação o faz pensando apenas na vida eterna por-
que ele sabe que sem santificação ninguém verá a Deus.
Quando vai para as vigílias ou tira dias de jejum, horas
diárias de oração e leitura da Bíblia, o faz buscando uni-
camente os interesses de ordem pessoal.
O salvo vencedor por sua vez não exclui a provisão das

suas necessidades, porém quando se santifica, ora, jejua,
vai às vigílias e medita diariamente na Palavra de Deus,
ele o faz também por causa dos que vivem perdidos pre-
cisando de Deus.
3- O Salvo Vencedor 35
O salvo vencedor é aquele que faz a vontade de Deus,
ele compreende claramente que além de lutar e vencer dia-
riamente o diabo, o pecado, o mundo e as paixões da carne
deverá também doar sua vida, tempo e recursos na salva-
ção dos perdidos. Nos dias de hoje isso não é tão natural
como nos dias dos primeiros cristãos. Um salvo é membro
do Corpo de Cristo, e como membro ele possui encargos
assim como o pé no corpo humano, não há um membro
sequer no corpo sem encargo, todos cumprem sua função.
Para o salvo, Deus é unicamente Salvador da sua vida

enquanto que para o salvo vencedor Ele é Salvador e Se-
nhor, Salvador por ter aceitado o plano de salvação por
meio da morte e ressurreição de Jesus, e Senhor por sub-
meter-se inteiramente à Sua vontade.
O Salvo Vencedor é Discípulo de Jesus
Um salvo vencedor passa por uma transição de pensa-
mento muito profunda. Sua vida não é como a dos demais
crentes salvos que vivem ao seu derredor. Ele se torna
aluno e servo do Senhor Jesus. Uma mudança radical de
hábitos, costumes e rotinas acontecem em sua vida, e só
ele mesmo compreenderá esse nível de entrega ao senho-
rio de Jesus. O salvo vencedor, chamado de discípulo, en-
tra em uma aliança inquebrável com Jesus para lutar pelo
reino como soldado e não como cidadão do céu, como
servo e nunca com o sentimento de voluntário. Ele é com-
prometido com os propósitos de seu Senhor.
Normalmente quando um soldado vai para a guerra o
governo cuida de sua família provendo todas as suas ne-
cessidades e proteção. Esse cuidado é para que o soldado
não fique preocupado no campo de batalha com os seus,
e em algum momento se distraia e seja alvejado pelo ini-
migo. O que vamos ler em seguida, em nenhum momento

foi direcionado a quem é apenas um salvo, mas a um sal-
vo vencedor. Jesus, o Grande Rei, garante ao salvo vence-
dor provisão de todas as suas necessidades nesta vida para
que ele possa estar focado na sua missão.
“Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida,
quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso
corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do
que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Observai
as aves do céu:não semeiam, não colhem, nem ajuntam em
celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porven-
tura, não valeis vós muito mais do que as aves? Qual de
vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao
curso da sua vida? E por que andais ansiosos quanto ao
vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo:eles
não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que
nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qual-
quer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que
hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós
outros, homens de pequena fé? Portanto, não vos inquie-
teis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com
que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram to-
das estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais
de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e
a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o
amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio
mal.” - Mateus 6:25-34
Não Há Vida De Vencedor Sem Renúncia

Podemos pensar, a princípio, que renúncia no reino de
Deus é dizer não ao prazer do pecado. Este é o conceito
que a maioria dos salvos têm, porém, todas as vezes que
Jesus se referiu a este assunto, Ele o fazia em relação as
coisas que não eram pecado, mas que envolviam nossos
bons sentimentos, segurança, comodidade e satisfação.
A renúncia está presente na vida de qualquer vencedor.

Se tomarmos como exemplo um atleta de competição, não
de entretenimento que pratica seu esporte favorito em fi-
nais de semana e feriados quando possível, veremos que o
primeiro busca medalhas e taças enquanto que o segundo,
mesmo sendo habilidoso, só busca distração e bem estar.
O atleta de competição abre mão de coisas boas, mas

que não contribuem para o propósito pelo qual ele vive,
como por exemplo: certos tipos de comida e bebida, ami-
gos que não se preocupam em encorajá-lo e animá-lo,
horário de dormir e acordar, separação do convívio fami-
liar em certas épocas do ano, enfim, uma série de outras
coisas que são boas, mas interferem negativamente em
suas conquistas. A verdade é que quanto maior o nível de
renúncia que ele faz, mais perto da vitória ele estará.
A Cruz Na Vida Do Salvo Vencedor

Negar-se a si mesmo é o maior desafio do salvo ven-
cedor, esta é a sua cruz. Veja que não é uma questão de
imposição de alguém, mas de tomar uma decisão própria
e abrir mão de valores e sentimentos pessoais. Isso é um
aspecto bem interessante em razão de não sermos iguais,
enquanto é duro para alguém abrir mão da cruz do lazer,
para outro isso não custa coisa alguma.
A princípio achamos que a cruz só aparece na Bíblia a

partir do Novo Testamento, porém, quando entendemos
que ela é figura da autonegação podemos encontra-lá tam-
bém no Velho Testamento, presente na vida de todos os

personagens que fizeram história naquele período e são
dignos de servirem como exemplo até hoje.
“Então, disse Jesus a seus discípulos:Se alguém quer vir
após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.
Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê- la- á; e
quem perder a vida por minha causa achá-la-á.”
Mateus 16:24-25
– Abraão, fazendeiro bem sucedido
Abraão havia herdado a fazenda do seu pai que falecera

em Harã. Naquele momento, ele vivia uma vida próspera
e tranquila, mas Deus o chama para deixar a comodidade
do lugar e levar consigo todos os bens que havia herdado a
uma região desconhecida com o propósito de iniciar uma
nação que seria sua propriedade particular. Abraão deixou
a comodidade e a segurança do lugar em que vivia, e par-
tiu para viver não mais em causa própria, ou para os seus
negócios, mas pelo propósito divino.
“Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da

tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te
mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei,
e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei
os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoa-
rem; em ti serão benditas todas as famílias da terra. Par-
tiu, pois, Abrão, como lho ordenara o SENHOR, e Ló foi
com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de
Harã.” - Gênesis 12:1-4
– Moisés, herdeiro do trono egípcio
Moisés foi um judeu adotado pela filha de Faraó. Instru-

ído em toda cultura Egípcia, ele seria o próximo Faraó na
lista de sucessor ao trono do Egito. Mas, mesmo considera-
do filho da filha de Faraó ele resolveu deixar de ser servido
com honra e respeito no palácio para sofrer com o povo de
Deus, e, mais tarde liderar a libertação deles da escravidão
egípcia depois de 430 anos vivendo naquela terra.
“Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser

chamado filho da filha de Faraó,” - Hebreus 11:24
– Gideão, lutando pelo seu próprio negócio
Apesar dos israelitas estarem vivendo debaixo da opres-

são inimiga, Gideão colhia, malhava e escondia o trigo dos
inimigos no período das colheitas. Chamado por Deus, ele
deixou de lutar pelos seus interesses pessoais e se pôs em
luta pela libertação do seu povo. Esta foi sua cruz!
“Então, veio o Anjo do SENHOR, e assentou- se de-

baixo do carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás,
abiezrita; e Gideão, seu filho, estava malhando o trigo no
lagar, para o pôr a salvo dos midianitas. Então, o Anjo do
SENHOR lhe apareceu e lhe disse: O SENHOR é contigo,
homem valente.” Juízes 6:11-12
O que chama atenção neste casos e em tantos outros
semelhantes a eles, é que estes heróis sacrificaram coi-
sas boas, não para terem outras melhores para suas vidas,
mas sacrificaram-se por um chamamento divino. Quando
o salvo vencedor toma a sua cruz ele está negando-se a si
mesmo para que outros vivam.
No Novo Testamento poderíamos mencionar o apóstolo

Pedro, Paulo, João e tantos outros, que tomaram as suas cru-
zes para que outros pudessem viver. Jesus, é o nosso maior
exemplo e modelo.
– Jesus, Rei do Universo

Se tomarmos por base o versículo que diz “Tudo foi
feito por Ele e através dEle, e nada do que existe, existiria
se não fosse por Ele” - João 1:3, poderemos entender en-
tão o que significou para Jesus tomar a forma de homem
e de servo. O preço dessa renúncia foi muito caro, abrir
mão de toda a glória que possuía para fazer a vontade do
Pai. A cruz foi o resultado final, mas desde o momento em
que decidiu-Se pela vontade do Pai, Ele passou a viver
uma vida de crucificação.
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também

em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus,
não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si
mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornan-
do- se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura
humana, a si mesmo se humilhou, tornando- se obediente
até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exal-
tou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo
nome,” – Filipenses 2:5-9
O Salvo Vencedor É Um Sacerdote
Constantemente, é necessário fazermos um exame da
nossa conduta para ver se estamos sendo fiéis ou não aos
nossos encargos. Em todas as áreas da vida assumir os
encargos do cargo é fundamental para se obter êxito. Eu
digo que sou casado mas se nunca apresento minha es-
posa, afinal, eu sou casado mesmo ou só tenho nome de
casado? O que vai definir esse cargo e determinar o êxito
do homem como marido e da mulher como esposa não é
o título que agora tem, mas são os encargos dessa função.
Quanta gente casada que ainda vive como solteiro. O fra-
casso nada mais é do que a omissão dos encargos.
Sou salvo ou salvo vencedor? Quando o crente assume

os encargos de um salvo ele se torna vencedor e terá sua
recompensa na eternidade como descrito em vários textos
no livro do Apocalipse.
- Todo salvo é um vencedor no projeto divino
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação
santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de
proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das tre-
vas para a sua maravilhosa luz.” - 1 Pedro 2:9
Quando qualquer pessoa recebe Jesus em sua vida ela
também recebe alguns encargos. Ao escrever a todos os
salvos no mundo, o apóstolo Pedro revela quem eles são e
o que devem fazer. O texto que lemos acima diz que todo
salvo é uma raça eleita, sacerdócio real, nação santa e pro-
priedade exclusiva de Deus, isso é o que somos. Mas, para
quê somos tudo isso? Para proclamarmos as virtudes de
quem nos transformou em tudo isso.
Dentre todas as nomeações, existe uma que exige

maior trabalho, a de sacerdote real. No Velho Testamento
o sacerdote vivia no meio do povo, instruindo-os acerca
dos mandamentos para viverem abundantemente, e a le-
var suas causas a Deus. Estes eram os encargos dele.
No Novo Testamento, a missão do sacerdote é anun-

ciar as grandezas dAquele que o tirou das trevas para Sua
maravilhosa luz. Ao assumir esse encargo, o crente se tor-
na um salvo vencedor. É importante notar que no Novo
Testamento todos possuem os encargos sacerdotais, não
há mais seleção específica para esse ofício como havia no
Velho Testamento. Não era qualquer um que se tornava
sacerdote, havia uma lista de condições a serem atendidas
para exercer tal função.
Hoje, que encargos são esses? Anunciar a todos as coi-

sas grandes, as quais Aquele que o salvou pode fazer em
suas vidas, e firmar a fé deles na pessoa de Jesus. Estes
são os salvos vencedores, eles levam as pessoas a conhe-
cerem o poder de Deus e consolidarem sua fé em Jesus.
- Três Razões Porque Um Salvo Não Veste A Roupagem
Sacerdotal:
hh 1 – Não querer abrir mão de coisas boas da vida (re-

núncia)
“Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio

comiam e bebiam, casavam e davam- se em casamento, até
ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam,
senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será
também a vinda do Filho do Homem.” – Mateus 24:38-39
Um salvo é um ímpio de vida regenerada, seu com-
portamento mostra verdadeiro fruto de arrependimento,
porém ele não é capaz de desenvolver em sua vida nada
além de uma figura exemplar na família, no trabalho e en-
tre os amigos. Ele não vive a totalidade da vida vitoriosa
em Deus pelo fato de ter que desconectar-se de coisas e
pessoas, as quais não afetam em nada sua salvação, mas
também não contribuem para que ele seja um salvo ven-
cedor. Noé foi e é um homem admirado até hoje por ter
colocado sua vida de lado para viver a vida de Deus.
hh 2 – Porque não trás nenhum benefício pessoal
“Jesus prosseguiu, dizendo: Certo homem descia de Je-

rusalém para Jericó e veio a cair em mãos de salteadores,
os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem mui-
tos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto. Casu-
almente, descia um sacerdote por aquele mesmo caminho
e, vendo-o, passou de largo. Semelhantemente, um levita

descia por aquele lugar e, vendo-o, também passou de lar-
go. Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-
-lhe perto e, vendo- o, compadeceu-se dele. E, chegando- se,
pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e,
colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma
hospedaria e tratou dele. No dia seguinte, tirou dois dená-
rios e os entregou ao hospedeiro, dizendo: Cuida deste ho-
mem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei
quando voltar.” - Lucas 10:30-35
A história contada por Jesus fala de dois sacerdotes que
não viviam o encargo de sacerdote. Afinal, que recompen-
sa teriam se socorressem o homem ferido, caído a beira do
caminho e quase à morte? Enquanto eles passaram ao lar-
go, um samaritano que não tinha nada a ver com o judeu
ferido interrompeu sua viagem e por um momento deixou
seus interesses pessoais de lado, para salvá-lo.
Vestir a roupagem sacerdotal não trás nenhum benefí-

cio pessoal e ainda tira tempo e recursos. Um salvo vence-
dor não precisa esperar ter um título na igreja, ele se des-
taca pela oportunidade de anunciar as grandezas dAquele
que o transportou das trevas para Sua maravilhosa luz ao
encontrar-se com alguém que esteja com a vida arruinada.
hh 3 – Por causa da indiferença: Isto não tem nada a ver

comigo!
“E de muitas coisas lhes falou por parábolas e dizia:

Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma par-
te caiu à beira do caminho, e, vindo as aves, a comeram.
Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca,
e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. Saindo, po-
rém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se.
Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a
sufocaram. Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a

cem, a sessenta e a trinta por um… O que foi semeado en-
tre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados
do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra,
e fica infrutífera.” - Mateus 13:3-8, 22
Neste caso, a única preocupação do salvo é com a sua

própria vida, ele é centrado exclusivamente em suas neces-
sidades econômicas e materiais, é como a semente que caiu
entre os espinhos, que não morre, mas também não frutifica
no reino do seu Rei.
Em momento algum, a Bíblia nos desencoraja a ser-

mos economicamente bem sucedidos, muito pelo contrá-
rio. Deus criou caminhos como o dízimo e a oferta, para
nos abençoar abundantemente nessa área, porém, a ob-
sessão pela riqueza e o reconhecimento do mundo fazem
com que o salvo não ache tempo disponível para contar
aos outros as grandezas de Deus. A preocupação com a
vida o torna indiferente e insensível.
No Reino de Deus não ha exceção, todos os salvos são

sacerdotes, seu encargo é influenciar pessoas que vivem
nas trevas a virem para a maravilhosa luz de Deus. Quan-
do decidimos ser salvos vencedores estamos mostrando
ao mundo nossa verdadeira identidade.
A Natureza Do Salvo Vencedor

“Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido,
como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão
para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz
do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre
um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debai-
xo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se
encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante

dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifi-
quem a vosso Pai que está nos céus.” – Mateus 5:13-16
Natureza fala do que é peculiar ou comum àquela coisa

ou pessoa. É pela natureza que possui que nunca vamos
confundir uma laranja com um abacate. Infelizmente, os
salvos são conhecidos por não beberem, não fumarem,
não se prostituirem, não roubarem, não falarem mau do
próximo e coisas semelhantes a estas. Porém, há muita
gente no mundo que não é salvo e vive longe destas práti-
cas. O salvo não pode ser reconhecido pelo que deixou de
fazer, mas pelo que passou a fazer, é isso que identificará
sua natureza de salvo.
- Sal Da Terra
O sal tem por finalidade realçar o sabor dos alimen-
tos, preservar certos produtos como a carne além de ge-
rar sede. O salvo vencedor consegue por meio de sua vi-
bração, encorajamento, inspiração e testemunho pessoal
criar em um não salvo o desejo desesperado por uma vida
transformada pela fé em Jesus.
Um saleiro sobre a mesa, pelo simples fato de estar ali

não torna nenhum alimento salgado, ele precisa ser tirado
do saleiro, assim também é o salvo vencedor.
Conclusão
O simples fato de você estar perto de outras pessoas
não alterará em nada a vida delas, é necessário testemu-
nhar. Infelizmente, há muitos que desaparecem da igreja
depois de um tempo, isso se dá pelo fato de não exer-
cerem sua nova natureza e como o sal são pisados pelo
inimigo e desaparecem.
4º DIA
Você é a Resposta
4- VOCÊ É A RESPOSTA
“… pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos

designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto per-
maneça;…” - João 15:16
V
ivemos mais preocupados em encontrar alguém
que seja resposta para nossa vida, do que em ser-
mos resposta para a vida de alguém. É preciso
aprender a viver corretamente. Se desenvolvo um cora-
ção abençoador, vou fazer bem a quem vive próximo ou
se aproxima de mim, mas infelizmente estragamos tudo
quando não reconhecemos nossos dons e talentos dispo-
níveis para o serviço do Reino porque destacamos sempre
os dons de outra pessoa. Sempre nos julgamos incapazes
de suprir alguém que Deus coloca diante de nós com os
dons que recebemos do Espírito Santo.
É comum alguém elogiar o patrão, a mulher, o mari-

do, os pais e os filhos de outras pessoas e pensar que ele
mesmo não seja a resposta para os problemáticos, pertur-
4- Você é a Resposta 49
bados, viciados, histéricos e indesejáveis que vivem ao

seu redor. Queremos pessoas sem problemas porque não
temos paciência para ajudá-las a mudarem de vida com
os dons e talentos que recebemos de Deus. Não reclame!
Você foi qualificado por Deus para ser a resposta perfeita
para alguém que vive uma vida transtornada.
Seus dons e habilidades são para as pessoas que te cer-

cam, sejam eles alcoólicos, drogados, endividados, doen-
tes, perturbados. A compaixão que você tem por eles ou a
revolta que você sente em vê-los da maneira em que es-
tão, é a evidência de que você é a pessoa certa pra a vida
delas. Porém, preferimos o divórcio a ter que superar os
modos inadequados do cônjuge, preferimos nos manter
longe dos drogados e endividados do que próximos deles,
a fim de termos sossego e não termos o trabalho de ativar
os nossos dons para levar essa pessoa a conhecer Jesus e
mudar seu comportamento ao imigrá-la para o Reino de
Deus, a igreja.
Você Pode Sofrer Dores Horríveis De Correção

Quando Se Afasta Do Seu Alvo De Resposta
“Jonas se dispôs, mas para fugir da presença do SE-
NHOR, para Társis; e, tendo descido a Jope, achou um
navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e
embarcou nele, para ir com eles para Társis, para longe da
presença do SENHOR. Mas o SENHOR lançou sobre o
mar um forte vento, e fez-se no mar uma grande tempes-
tade, e o navio estava a ponto de se despedaçar.” -
Jonas 1:3-4
A história do homem engolido por um grande peixe

parece um conto de história infantil, porém, trata-se da re-
alidade e esse drama se deu em virtude de Jonas se afastar
do seu alvo, a cidade de Nínive. Todo sofrimento vivido

por ele, foi na verdade uma experiência dolorosa permi-
tida por Deus pelo fato dele ter ignorado o propósito do
Senhor por meio da sua vida. Deus queria restaurar os
ninivitas, mas Jonas quis distância daquele povo de práti-
cas abomináveis. Não somos juízes da vida de ninguém,
somos a esperança dos que andam de costas para Deus.
Há pessoas que por causa do patrão ou do supervisor

que lhe davam trabalho demais, ignoraram e deixaram a
empresa onde trabalhavam e estão até hoje vivendo de um
lado para o outro tentando encontrar seu próprio caminho
sem sucesso. Você estava ali porque era a resposta para
aquela loja, para aquela empresa.
Quero te dizer que se a sua vida não fosse resposta para

alguém, você não teria os dons e talentos que ela precisa. O
problema não é a sua desqualificação para servir, mas sua
falta de paciência em conduzir as circunstâncias adversas
e tratar com pessoas difíceis segundo seu ponto de vista.
Deus Perdoa Seus Pecados Para Você Continuar
Sendo Resposta
“Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de
João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito,
pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor,
tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe
disse: Apascenta as minhas ovelhas.” - João 21:17
Ora ou outra estamos nos sentindo incapazes de nos

manter na posição que Deus nos colocou como resposta,
porque pecamos, erramos e o diabo então nos acusa com
veemência, nos fazendo declarar que somos inaptos para
tal obra divina.
Quero te dizer que Deus não se surpreende com nossos
pecados, e os mesmos não nos desqualificam para a jor-
nada onde Ele investiu a nossa vida. O pecado não anula
seus talentos nem faz com que Deus tome os seus dons
de volta expondo você na galeria dos indignos e dos que
o traíram.
Um bom exemplo que podemos tomar é o de Pedro,

Jesus lhe deu esperança: “Tu és Pedro e sobre esta pedra
edificarei a minha igreja” (Mateus 16:18), deu a ele as
chaves do Reino dos céus, e mesmo depois de tudo isso
Pedro peca ao traí-Lo dizendo que não O conhecia quando
confrontado por ser reconhecido como um dos discípulos
que andavam com Ele. Jesus não o condenou, criticou ou
o desqualificou para a obra que tinha planejado com ele.
Jesus o preparou para ser resposta para três mil pessoas no
dia de Pentecostes, para ser resposta de cura ao paralítico,
da revelação de Jesus a Cornélio e tantos outros feitos.
O arrependimento de Pedro após a ressurreição de Jesus,
no encontro que tiveram na praia após ele abrir mão do
ministério e voltar a pescar, trouxe a Jesus a confiança de
que ele continuaria sendo resposta e não a negação de um
propósito.
Hoje quero desafiar você a crer na graça de Deus e se

levantar desse estado de culpa, de erro imperdoável em
que você se colocou e continuar sendo a resposta que seu
cônjuge, seu amigo, seu patrão e a sua célula precisam.
Não Desanime Com A Falta De Resultados

Imediatos
O imediatismo é um dos fatores de maior desânimo
que afligem a alma humana, ele nos dá a entender que
tudo o que foi feito foi por nada e isso drena quase por
completo nossa disposição em fazer de novo. Quem nun-

ca teve a sensação de que mesmo tendo orado, jejuado e
meditado na Palavra depois de um bom período de busca
pelo Senhor parecia ter sido em vão?
Infelizmente andamos com esse inimigo emocional bu-
fando em nossas costas o tempo todo. A falta de resultados
é desanimadora, gera cansaço físico e mental e nos tira do
campo de batalha. Em alguns casos nunca mais voltamos.
É a mãe que já se cansou do filho, o marido cansado com
a mulher depois de inúmeras tentativas de acerto no conví-
vio e vice-versa, o trabalhador que não aguenta a profissão
que por anos não realiza mais seus sonhos por causa do sa-
lário não ser suficiente e o líder em que a célula não reage
aos alvos de conquistas estabelecidos.
Não caia na armadilha de buscar ânimo nas circuns-

tâncias, hoje elas estão favoráveis, tudo dá certo, porém,
amanhã o céu pode amanhecer escuro e tudo pode co-
meçar a dar errado criando enormes dificuldades. Busque
ânimo no propósito que está no seu coração, é ele que te
leva a continuar movendo-se em sua jornada vitoriosa.
Há alguns personagens bíblicos, que como você e eu,
tiveram a impressão de que, mesmo depois de terem feito
tudo como deveriam fazer, não conseguiram o resultado
que esperavam de suas ações. Entre eles quero destacar
Jeremias, um dos grandes profetas que profetizou por
anos a fio em Israel e ninguém lhe dava ouvidos, parecia
um tempo perdido. Ele mesmo estava convencido disso,
quando em certo momento, no capitulo 9 e versículo 2 ele
disse: “Prouvera a Deus eu tivesse no deserto uma esta-
lagem de caminhantes! Então, deixaria o meu povo e me
apartaria dele, porque todos eles são adúlteros, são um
bando de traidores;”.
A vontade dele era deixar seu aparente ministério
infrutífero e ir cuidar de outra coisa na vida, como por
exemplo ser gerente de um hotel no deserto para hospedar
os viajantes. Ele queria estar longe de tudo porque nin-
guém atendia ao seu apelo profético de arrependimento.
Se aquela geração não deu atenção ao que Jeremias prega-
va, as gerações futuras o ouviram, nós o temos ouvido. A
voz dele ressoa nos ares espirituais até hoje. Creia! A sua
também ecoará enquanto houver vida na terra. Desistir,
nunca!
Acredite em mim, as fases passam, as mudanças vão

acontecer e os belos frutos virão. Jesus também passou
por isso, ouve um período do seu ministério em que Ele
percebeu que Seu trabalho não era acolhido e então:
“Jesus exclamou: Ó geração incrédula e perversa! Até

quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Tra-
zei-me aqui o menino.” - Mateus 17:17.
Conclusão
“Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado;
mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para
trás ficam e avançando para as que diante de mim estão,
prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação
de Deus em Cristo Jesus.” - Filipenses 3:13-14
Sua família, sua empresa, seus amigos, sua célula (sen-

do líder ou não) são respostas para essa Igreja. Sua vida é
resposta de Deus, não para tudo, mas para algumas neces-
sidades existentes na vida de pessoas no ambiente onde
você vive, o milagre delas está com VOCÊ!
Deus escolheu você e te aproximou ou te levou para

perto de algumas pessoas, porque elas precisam de res-
postas, e você as tem.
O grande sucesso obtido pelos personagens encon-
trados na Bíblia é que eles são referência e modelo de
comportamento para nós, eles se tornaram OBSECADOS
pelo que faziam, olhavam só para frente. Para eles não
interessava o passado, o ontem, eles seguiam em frente
carregando a imagem que Deus projetou em suas mentes.
Hoje quero desafiá-lo, animá-lo e encorajá-lo a fazer o

que você já sabe que deve fazer e continuar fazendo, ser-
vindo sua família, amigos, desconhecidos e seus irmãos
em Cristo.
Você é resposta em todos esses lugares!
Aleluia! Isso é servir ao Rei!!!

5º DIA
Quem Deus Usa

5- QUEM DEUS USA
“Irmãos reparai, pois, na vossa vocação; visto que

não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem
muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo
contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para
envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mun-
do para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas
humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não
são, para reduzir a nada as que são; a fim que ninguém se
vanglorie na presença de Deus.” – 1 Coríntios 1:26-29
A
Bíblia está cheia de relatos extraordinários rea-
lizados por pessoas simples e comuns, pessoas
que não tinham nada de extraordinário, mas
que foram instrumentos de Deus para realizarem feitos
que nunca haviam sido vistos ou ouvidos. Entre eles está
um homem que conseguiu, através de sua liderança, con-
duzir mais de três milhões de pessoas pelo deserto atra-
vessando-os em meio ao grande mar e sustentando-os por
quarenta anos até chegarem numa terra maravilhosa.
5- Quem Deus Usa 59
Outro homem conseguiu, através de sua oração, fazer
o sol parar e com gritos e trombetas derrubar uma das for-
talezas considerada quase indestrutível no mundo antigo.
Numa outra época, vem mais um nas mesmas condições
dos anteriores, com apenas trezentos soldados amedron-
tados, e vence um Exército poderoso de cento e trinta e
cinco mil guerreiros. Ainda outro que orou para não cho-
ver durante três anos e meio, e não choveu. E quando
ninguém tinha mais esperança de chuva, ele orou para
chover, e choveu. O que dizer ainda de um adolescente
raquítico e ruivo, que sem nenhum treinamento militar
consegue vencer numa batalha desigual, um gigante, com
apenas um estilingue e cinco pedrinhas.
Então, a pergunta que surge é a seguinte: Por que Deus

age desta forma? E a resposta é simples e direta: Deus re-
almente gosta de usar pessoas improváveis, as quais pela
perspectiva natural aparentam serem extremamente fra-
cas, inabilitadas e desqualificadas.
Os Personagens Improváveis De Deus

Moisés
Considerado por muitos estudiosos como o maior lí-
der que já existiu, por ter saído com milhões de escravos
do Egito e feito de Israel uma grande nação. Alguns pode-
riam dizer que ele era um homem extraordinário e talen-
toso por isso conseguiu tamanha façanha, mas não é o que
a Bíblia revela a princípio.
“Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o

meu povo, os filhos de Israel, do Egito. Então, disse Moi-
sés a Deus: Quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito
os filhos de Israel?” Êxodo 3:10-11
A primeira fraqueza de Moisés era seu complexo de

inferioridade, pois, dizia: - Quem sou eu para tirar o povo
do Egito. Porém, quando Deus tratou dessa fraqueza ele
foi usado tremendamente como um grande líder. Outra
fraqueza de Moisés era o seu temperamento, por causa
disso ele assassinou um egípcio, feriu a rocha com a qual
deveria falar e quebrou as tábuas dos 10 mandamentos
quando o povo de Israel fez o bezerro de ouro. Todavia,
Deus transformou Moisés em homem muito paciente,
mais do que qualquer outro que havia sobre na terra.
Gideão
“Então o Anjo do Senhor veio e sentou- se sob a grande

árvore de Ofra, que pertencia ao abiezrita Joás. Gideão, fi-
lho de Joás, estava malhando o trigo num tanque de pren-
sar uvas, para escondê-lo dos midianitas. Então o Anjo
do Senhor apareceu a Gideão e lhe disse: “O Senhor está
com você, poderoso guerreiro”. “Ah, Senhor”, Gideão res-
pondeu, “se o Senhor está conosco, por que aconteceu tudo
isso? Onde estão todas as suas maravilhas que os nossos
pais nos contam quando dizem: ‘Não foi o Senhor que nos
tirou do Egito?’ Mas agora o Senhor nos abandonou e nos
entregou nas mãos de Midiã”. O Senhor se voltou para ele
e disse: “Com a força que você tem, vá libertar Israel das
mãos de Midiã. Não sou eu quem o está enviando?” “Ah,
Senhor”, respondeu Gideão, “como posso libertar Israel?
Meu clã é o menos importante de Manassés, e eu sou o me-
nor da minha família.” “Eu estarei com você”, respondeu
o Senhor, “e você derrotará todos os midianitas como se
fossem um só homem”.
Juízes 6:11-16
As fraquezas de Gideão eram a baixa autoestima e sua
profunda insegurança, mas Deus o transformou em um
5- Quem Deus Usa 61
poderoso homem de valor. Quando Gideão recrutou um
exército de trinta e dois mil homens para combater os mi-
dianitas, Deus os reduziu a apenas trezentos. Isso, huma-
namente falando, fez com que suas chances de combater
o inimigo, que possuía cento e trinta e cinco mil homens,
ficassem reduzidas a proporção de um para quatrocentos
e cinquenta.
Essa aparentemente, era a receita perfeita para a derro-

ta, mas o Senhor agiu assim para que Israel soubesse que
havia sido o poder de Deus e não a força deles, que os ha-
via salvado. O resultado é conhecido de todos nós, apesar
da desigualdade na batalha, Deus deu a vitória para o Seu
povo. Podemos ver a prova de como Deus usa pessoas
imperfeitas para realizar coisas extraordinárias, apesar de
todas as suas debilidades.
Davi
“Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse con-

sigo: Certamente, está perante o Senhor o seu ungido.
Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua
aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque
o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior,
porém o Senhor, o coração.
1 Samuel 16:6-7
O texto que acabamos de ler deixa claro que a ótica de

Deus não é a nossa, Deus vê de uma forma completamen-
te diferente de nós. Deus imputa valor onde o homem não
vê valor. Deus valoriza o que o homem vê como comum.
O Missionário Hudson Taylor disse:
“Todos os gigantes de Deus são pessoas fracas”.

Os Discípulos
Por volta dos seis anos, os meninos judeus ingressa-
vam na Casa do Livro e começavam a aprender a Torah
(os cinco primeiros livros da Bíblia), e aos quatorze, já
deveriam ter decorado todo o Velho Testamento. Somente
os melhores dentre os melhores continuavam a estudar a
Torah após os quinze anos, enquanto os demais eram ini-
ciados nos negócios da família ou eram encaminhados a
outras atividades profissionais.
Jesus também tinha seus discípulos, seguidores, e eles
foram chamados dentre os meninos reprovados nesse ves-
tibular. Cuidavam dos negócios da família, como Pedro,
André, Tiago e João, que eram pescadores, ou se dedica-
vam a outras atividades, como Mateus, que era cobrador
de impostos. Uma equipe de rejeitados!
Pedro
A fraqueza de Pedro era a sua impulsividade e a sua
inconstância, mas Deus o transformou num homem firme
como uma pedra, o qual chegou a se tornar um mártir da
fé pela sua firmeza.
João
Era um dos arrogantes, “Filhos do trovão”, que queria
mandar fogo do céu para consumir os samaritanos. Jesus
o transformou no apóstolo do amor, e o capacitou a escre-
ver o livro da consumação dos séculos.
Abraão
A fraqueza de Abraão era seu medo. Duas vezes ele
afirmou que sua esposa era sua irmã para poder se pro-
teger, mas Deus o transformou em Pai de todos os que
creem.
5- Quem Deus Usa 63
Essa lista poderia ser bem mais extensa. Poderíamos
falar de muitos outros como Baraque, Sansão, Jetfé, Sa-
muel e os profetas, os quais pela fé, da fraqueza tiraram
força. Deus é especialista em transformar fraqueza em
força. Ele quer pegar suas fraquezas e transformá-las para
que Seu poder possa fluir através de você. O poder se ma-
nifesta na fraqueza, na sua fraqueza.
Características Dos Improváveis De Deus

Ele é Fraco
“Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque

o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois,
mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim re-
pouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraque-
zas, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por
amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou
forte. – 2 Coríntios 12:9-10
Na verdade todo mundo tem fraquezas. Nesse mundo
não existe ninguém perfeito. Todos nós temos debilida-
des em nossa vida, sejam elas de ordem física, emocional,
intelectual ou mesmo espiritual. Não podemos usar essas
verdades como desculpas para dizer não ao chamado de
Deus, porque é através delas que o Seu poder se aperfei-
çoa em nós.
Normalmente, negamos nossas fraquezas, as defende-

mos, damos desculpas, escondemos porque não queremos
que ninguém saiba, pois, achamos que o fato dos outros
saberem nos deixará bastante vulneráveis e como con-
sequência não seremos bem aceitos na sociedade e nem
mesmo na igreja. Todavia, Deus tem uma perspectiva to-
talmente diferente da nossa fraqueza, enquanto imagina-
mos que Deus quer usar somente nossos pontos fortes, ig-
noramos que Ele quer usar também nossos pontos fracos
para a Sua glória.
“pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mun-

do para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas
do mundo para envergonhar as fortes;” – 1 Coríntios 1:27
Suas fraquezas não são um acidente, foi Deus quem per-
mitiu, a fim de demonstrar o Seu poder através de você.
Aliás, Deus nunca ficou impressionado com a força e au-
tossuficiência, pelo contrário, Ele é atraído por pessoas que
são fracas e admitem isso.
A palavra de Deus é muito clara: o poder somente se

manifesta na fraqueza. Mas qual é a fraqueza que pro-
duz força? Seria a da carne? A fraqueza dos inconstantes
e dos que constantemente caem no pecado? Certamente
que não, antes é um tipo de fraqueza que agrada a Deus.
Quando nos reconhecemos fracos, nossa primeira reação
é buscar mais, orar mais, simplesmente porque depende-
mos da força dEle. Na verdade, os fracos clamam rapida-
mente por socorro. Só os fracos são dependentes. Só os
fracos provam do poder de Deus. Deus não usa a força
humana para edificar Sua obra. A verdadeira obra de Deus
é aquela que é feita na força dEle.
Ele é Pobre
“Jesus disse: “Bem-aventurados os pobres de espírito,

porque deles é o Reino dos céus” - Mateus 5:3
Além do fraco, Deus somente usa o pobre. Mas, as-
sim como a fraqueza que agrada a Deus não é a fraqueza
da carne e do pecado; a pobreza que agrada a Deus não
5- Quem Deus Usa 65
é necessariamente a do dinheiro, mas aquela atitude de
reconhecer que nada possui de si mesmo. Mesmo não se
tratando de pobreza financeira propriamente dita, pode-
mos analisar certas atitudes de um homem pobre nessa
área e encontrar aquelas virtudes de alguém que é pobre
de espírito.
hh - O pobre é consciente de sua carência e necessidade.

Por não ter a quem recorrer, ele clama a Deus rapida-
mente. Quando, porém, temos a atitude de um rico, não
dependemos de Deus e nos julgamos abastados como a
igreja de Laodicéia. Deus rejeitou aquela igreja porque
ela se julgou rica quando na verdade era pobre. “Pois di-
zes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma,
e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre...” -
Apocalipse 3:17. Consegue ver aqui o paradoxo? Quem
se julga rico não possui coisa alguma!
hh - Ele reconhece sua dependência dos outros. O pobre

nunca é individualista.
Já observou como pobres sempre moram perto da fa-
mília e de parentes? Fazem assim porque sabem que não
sobrevivem sozinhos. Como podemos ser uma igreja viva
com células prevalecentes se presumimos que podemos
sobreviver espiritualmente sozinhos? Somos pobres de
espírito quando reconhecemos que precisamos dos ir-
mãos e rejeitamos nosso individualismo. Porém, quanto
mais a pessoa demonstra uma atitude de rico, mais ela se
isola, vive sozinha porque presume não precisar de nin-
guém. Você consegue perceber o tipo de líder que Deus
usa? É aquele que por ser pobre de espírito reconhece que
não pode caminhar sozinho.
hh - Os pobres não depositam a sua confiança em coisas,

mas em pessoas. Pobres não têm coisas para se apoiar por
isso se apoiam em pessoas.
As amizades e relacionamento são os únicos bens que

eles possuem, até porque são os únicos a quem podem
recorrer no dia da aflição. Mas os ricos valorizam coisas;
as pessoas, para eles, são coisas também. No serviço do
Reino, seja pobre de espírito e reconheça que os irmãos da
sua célula são o seu verdadeiro patrimônio.
hh - O pobre consegue esperar e exercer paciência.

Na verdade, essa talvez seja a sua maior característica.
Um pobre consegue ficar horas na fila para ser atendido
pelo médico. Esse treinamento faz com que ele seja pa-
ciente. Mas, quanto mais ricos ficamos, mais importan-
te nos sentimos e mais rápido queremos todas as coisas.
Aquele que é pobre de espírito sabe esperar em Deus, mas
também sabe esperar aquele irmão mudar e aquele outro
crescer.
Para mim, no entanto, a melhor definição é que o po-

bre é aquele que tem pouco ou nada a perder. Enquanto
você julga ser ou ter alguma coisa, ainda não sabe o que
é ser humilde e pobre de espírito. Somente os pobres de
espírito desfrutam das coisas do Reino dos céus. Muitos
não servem ao Rei porque têm coisas a perder. Não há
como servir ao Rei sem perdas, mas quando se é pobre de
espírito fica muito mais simples porque temos pouco ou
nada a perder.
Quando digo para você que Deus somente usa aquele
que é pobre não quero que você pense ser da vontade de
Deus que vivamos na pobreza. Não há virtude na pobreza,
na necessidade, na fome e na carência. Deus certamente
5- Quem Deus Usa 67
tem para nós suprimento e prosperidade, nunca permita,
porém, que seu coração perca aquela humildade própria
daqueles que não possuem outro recurso senão clamar a
Deus.
Ele é Desprezado pelo Mundo
“Irmãos reparai, pois, na vossa vocação; visto que
não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem
muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo
contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para
envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mun-
do para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas
humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não
são, para reduzir a nada as que são; a fim que ninguém se
vanglorie na presença de Deus.” – 1 Coríntios 1:26-29
Deus não pode usar aqueles que julgam ser alguma coi-
sa porque Ele deseja que Cristo seja tudo em todos. Gos-
to da frase em que Paulo diz que Deus escolheu aqueles
que não são. Tenho certeza que ele tinha em mente aqui o
nome de Deus revelado a Moisés lá no monte Sinai. Ali,
Deus disse que Ele é o “Eu Sou”. Assim Deus escolheu
os que “não são” para que Ele seja o único “Eu Sou”. Nós
somos apenas instrumento nas mãos de Deus.
Conclusão
O mundo valoriza os fortes, mas Deus usa os fracos
para que Cristo seja a nossa força.
O mundo valoriza os gênios e os inteligentes; mas

Deus faz com que nós tenhamos a mente de Cristo.
O mundo faz teste de inteligência, mas Deus faz teste

de fé, de amor.
O mundo valoriza os ricos, mas Deus usa os pobres e

faz com que Cristo seja a nossa riqueza.
O mundo valoriza os heróis, os vencedores, os cam-

peões, mas Deus escolhe os últimos para fazer deles os
primeiros pelo Seu poder.
O mundo valoriza os famosos, bonitos e poderosos;

mas Deus somente usa aqueles que são poderosos unica-
mente em Deus mesmo sendo ilustres desconhecidos.
6º DIA
A Realização é uma
Questão De...
6- A REALIZAÇÃO É UMA QUESTÃO DE...
O
que realmente determina o futuro positivo de
uma pessoa? O que pode tornar um ser humano
um fenômeno na vida a ponto de ser imitado, to-
mado como exemplo de motivação e realização por outros
que sonham? Talento, dons e habilidades incomparáveis?
Aptidão e facilidade para desenvolver tal área? Acredito
que tudo isso e outras coisas mais fazem parte de uma
realização e são necessárias.
Nosso maior desafio no serviço do Reino é enten-

dermos que não basta o fato de termos uma promessa
como tinham os israelitas para herdar a terra prometida
e ficarmos esperando pelo tempo em que isso vai aconte-
cer. Também não basta ter um chamado claro no coração
para liderar uma célula, apascentar alguém ou ser um ins-
trumento de evangelização que as coisas vão acontecer
naturalmente. Não! A crença equivocada nesses dois ele-
mentos, promessa e chamado, infelizmente tem sido res-
ponsável pela ineficiência da Igreja de Cristo quanto ao
6 - A Realização é uma questão de... 71
seu papel principal enquanto vive aqui, que é salvar esse
mundo. Ao invés de vivermos no meio de pessoas alegres
e satisfeitas com o que têm produzido no Reino de Deus,
convivemos com pessoas frustradas e decepcionadas pela
ausência de frutos em sua vida. A princípio, em que ba-
seamos o êxito, a conquista e o sucesso? Há pelo menos
cinco ações que os estudiosos julgam serem necessárias
para chegarmos ao término de uma jornada com sucesso.
Vejamos:
hh 1a- . Ter Ideias
Qualquer coisa criada ou inventada é fruto de uma

ideia, de uma visão ou de um sonho concebido pela men-
te. Quando a terra estava sem forma e vazia, Deus conce-
beu em sua mente a ideia de torná-la um lugar habitável
com tudo o que vemos nela até o dia de hoje. Walt Disney,
sentado no alto de uma colina diariamente olhava para um
pântano enorme diante dos seus olhos, um lugar totalmen-
te desprezado, enquanto elaborava em sua mente o parque
de entretenimento mais famoso e visitado do mundo. Po-
deríamos ficar aqui descrevendo por anos invenções bem
sucedidas de coisas que cercam nossa vida, e não termina-
ríamos. O que quero mostrar a você é que a mente huma-
na é o útero materno de nossas ideias geniais ou não, é lá
onde os sonhos nascem e desenvolvem-se como acontece
no início de uma nova vida no ventre de uma mulher, tudo
começa com um pequeno embrião.
Nenhum ser humano é desprovido de ideias, e nor-

malmente elas surgem em meio aos problemas que temos.
Toda ideia resolve o problema de alguém e de um tanto
de outras pessoas. Depois de 300 anos que os europeus to-
mavam café tendo que esperar o pó assentar no fundo da
xícara, após queixas do marido a senhora Melitta Bentz
em 1908 na Alemanha, pegou uma panela, fez pequenos

furos no fundo dela com um prego, arrancou uma folha
de papel mata-borrão do caderno do seu filho, cobriu os
furos daquela panela cilíndrica com ele, colocou o pó de
café, derramou a água fervente e pronto, estava criado o
primeiro coador de pó de café da história da humanidade,
e servindo ao mundo todo.
Essa bonita história nos leva a uma pergunta: Se a se-

nhora Melitta Bentz apenas tivesse tido a ideia de fazer
o que fez e não tivesse tirado-a da sua mente, que mu-
dança teria ocorrido na forma de fazer e tomar café? Ne-
nhuma. Não sei por quanto tempo as donas de casa ainda
continuariam fervendo a água com o pó juntos na mesma
panela e servindo daquela maneira, como faziam há 300
anos. Uma ideia só trará impacto à vida de uma pessoa ou
de milhares delas quando o cordão umbilical que a liga à
mente for cortado. Enquanto isso não acontece ela fica lá,
adormece lá e desaparece com o tempo.
Já ouviu em algum momento alguém exclamar a

seguinte frase: “eu tive essa mesma ideia”! A diferença
entre ter uma ideia e transformá-la em realidade está na
decisão que tomamos de tirá-la da mente e realizá-la. Po-
demos não ser os únicos a pensarmos uma mesma coisa,
mas podemos ser os primeiros a fazê-la. Santos Dumont
não foi o único a pensar em voar. Será que só Graham
Bell teve a ideia de inventar o telefone? E Bill Gates em
transformar enormes computadores em micro computa-
dores? Foram apenas os brasileiros que tiveram a ideia
de fazer álcool combustível a partir da cana de açúcar, e
do óleo vegetal biocombustível? A resposta é não. Muita
gente teve as mesmas ideias, mas só alguns resolveram
torná-las realidade.
A realização, o sucesso e o êxito são resultados do
corte do cordão umbilical, o momento em que a ideia
precisa ser liberada da mente. Isto acontece quando um
conjunto de atitudes é colocado em prática. Li um dia des-
ses, numa revista sobre um músico chamado Paul Simon,
ele lançou um CD com vários ritmos tribais da África.
Em um programa de televisão o entrevistador perguntou
como ele estava encarando as críticas de que qualquer um
poderia ter feito o que ele fez. Sua resposta foi: Qualquer
um poderia ter feito, mas só eu fiz. Uma atitude cria uma
realidade!
hh 2. Ter Uma Boa Preparação
Pessoas melhores preparadas possuem um percentu-

al de possibilidades de realização muito maior do que os
que ignoram este princípio, nada que acontece de maneira
sólida é o acaso. Sobre o vencedor a um reconhecimento;
ele se preparou para sua realização, somos unânimes em
afirmar isso. A realização de uma ideia passa por uma boa
preparação, é claro.
Este ano de 2016 é o ano da realização das Olimpíadas

no Brasil, o maior evento esportivo realizado no mundo
a cada quatro anos, e é bem provável que não o veremos
mais por aqui neste século, imagino eu. O que me cha-
ma atenção é o longo período de preparação que nossos
atletas estão tendo e os altos valores que o governo está
investindo para que possamos ficar entre os 10 melhores
do mundo.
Toda preparação custa muito caro para o atleta. Custa

tempo diário de treinamento exaustivo. Se paga um enor-
me preço de dieta alimentar, ouvi um levantador de peso
dizendo que é preciso comer 12 mil calorias por dia e que

em algumas refeições tinha ânsias de vômito, mas preci-
saria continuar comendo assim mesmo, enquanto outros
ficam restringidos a uma dieta menos calórica sem poder
comerem o que gostam. É um alto preço que se paga de
renúncia, porém quem quer colher o que nunca colheu
precisa plantar o que nunca plantou.
Só uma boa preparação, mesmo tendo o sonho claro

em sua mente, também não garante êxito e conquista a
ninguém. Por quê? Porque a maioria das pessoas fica es-
perando o momento perfeito ou a situação favorável para
agir. Não podemos nos enganar, as coisas nunca vão estar
100% em ordem ou a nosso favor antes de começar. Acre-
dite! O momento é esse, o melhor dia é hoje. Não con-
funda o difícil com o impossível. Nós temos a tendência
natural de quase sempre classificar o difícil como se fosse
o impossível. É em virtude dessa classificação que muita
gente boa, dotada de dons e talentos não os realizam.
hh 3. Ter Conhecimento
Quando se tem um pouco mais de conhecimento e sa-

bedoria, você estará na dianteira sempre. Conhecimento
está à disposição de qualquer um que deseja adquiri-lo,
não é privilégio de uma minoria, mas é de todos que pos-
suam desejo de obtê-lo. Podemos conhecer as leis, hábitos
e costumes de uma nação sem nunca ter posto os pés lá, e
ainda falar com tanta propriedade de conhecimento, que
quem ouve terá a plena certeza de que já vivemos alguns
anos naquele lugar. Isso porque lemos muito sobre ela,
vimos inúmeras fotos do lugar e assistimos a vários docu-
mentários na televisão. Qualquer profissional bem suce-
dido no que faz nunca para de buscar conhecimentos em
sua área de atuação, nunca despreza uma reciclagem em
busca de atualização, por esta razão está na frente sempre.
O conhecimento nos liberta da ignorância. Se você é

ignorante, não tem conhecimento em certas áreas impor-
tantes que envolvem sua realização. Busque conhecimen-
to, estude mais sobre esse tema.
hh 4- Ter Sabedoria
A sabedoria, é resultado de observação, no livro de

Provérbios de Salomão isso é muito claro. Toda sabedoria
adquirida por ele nas mais diferentes áreas da vida veio de
suas observações, talvez uma das mais conhecidas seja a
do alerta feito ao preguiçoso. Parado diante de um formi-
gueiro ele entende que sem trabalho em tempos bons não
haverá provisão em épocas difíceis, porque as formigas
recolhem seu alimento no verão para que no inverno não
precisem sair do formigueiro.
Se você vê certas coisas e não as compreende, peça a

Deus sabedoria para não cometer tolices.
Apesar de necessários, conhecimento e sabedoria por

si só não produzem realizações, quanta gente você conhe-
ce com todas essas virtudes, mas nunca saem da condição
de vida em que vivem.
hh 4. Agir
Ideias, boa preparação, conhecimento e sabedoria são

um conjunto de coisas necessárias a qualquer realizador,
quem entende essa realidade já caminhou 99% da sua lon-
ga jornada, porém seu propósito ainda não foi alcançado.
Esses elementos não o tornarão diferente dos que fracas-
saram e deixaram de viver uma vida de realizações.

Só há uma palavra que separa os fracassados dos rea-
lizadores. Perguntado certa vez o porquê de tantas inven-
ções, Isaac Newton respondeu: é preciso mover-se, nada
acontece até que algo de mova. É necessário ação! Aqui
está o 1% que faz tudo acontecer. Sem ação as ideias, a
boa preparação e um grande conhecimento não levam
ninguém ao sucesso. Acredite! A ação dá vida a tudo.
Mexa-se
Nossos conceitos acerca da liberação da unção de
Deus por meio de nossa vida precisam ser revistos e ava-
liados, muitos pensadores cristãos segundo suas crenças,
acabaram por estabelecer na Igreja de Cristo princípios
para a manifestação da glória do Senhor fugindo do que
podemos chamar de elementar, óbvio. A unção flui por
meio de nós tocando a vida de outras pessoas quando nos
mexemos, note por toda a Bíblia que quando Deus fala
com o ser humano é sempre levando-o a uma ação, e esta
ação vai desencadear uma sequência de acontecimentos
sobrenaturais na realização de uma missão dada por Ele.
Deus não perguntou a Moisés, Abraão e a todas as demais
pessoas vocacionadas por Ele se tinham fé para realiza-
rem determinada tarefa espiritual, simplesmente dizia a
eles: sai, levanta-te, vá! Ele os mandava moverem-se em
uma direção e as coisas aconteciam. Portanto, mexa-se!!!
É tudo que você precisa fazer para a liberação da unção
que está em você.
Um dos últimos episódios narrados pelos escritores

dos evangelhos falam da visita de Maria Madalena e de
outras mulheres indo ao túmulo de Jesus para ungir seu
corpo no domingo bem cedo. A pergunta é: por que foram
até lá? Vamos desvendar esse mistério com alguns textos.
“Quando terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé

e Maria, mãe de Tiago, compraram especiarias aromáticas
para ungir o corpo de Jesus. No primeiro dia da semana,
bem cedo, ao nascer do sol, elas se dirigiram ao sepulcro,
perguntando umas às outras: “Quem removerá para nós a
pedra da entrada do sepulcro?” Mas, quando foram veri-
ficar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido
removida.” – Marcos 16:1-4
Porque Maria Madalena levou óleos para ungir o cor-
po de Jesus. Por que seus discípulos ficaram amedronta-
dos e escondidos dentro de uma casa? E finalmente dois
deles deixaram Jerusalém e voltaram para sua aldeia de
origem para continuarem com a vida que viviam antes. A
resposta está nos próximos textos, acompanhe!
Os discípulos escondidos.
“Quando Jesus ressuscitou, na madrugada do primeiro
dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Mada-
lena, de quem havia expulsado sete demônios. Ela foi e
contou aos que com ele tinham estado; eles estavam lamen-
tando e chorando. Quando ouviram que Jesus estava vivo
e fora visto por ela, não creram.” – Marcos 16:9-11
Dois discípulos no caminho de Emaús.
“Depois Jesus apareceu noutra forma a dois deles, es-

tando eles a caminho do campo. Eles voltaram e relataram
isso aos outros; mas também nestes eles não creram.” –
Marcos 16:12-13
A resposta está explícita. Maria Madalena, os onze dis-
cípulos escondidos e amedrontados e dois que voltavam
para casa tinham algo em comum: não creram! É o que
está em cada um dos textos que lemos. Mas mesmo assim

Jesus os envia, porque a unção não depende do que você
sente, mas da ação que pratica!
“E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, coope-

rando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio
de sinais, que se seguiam.” Marcos 16:20
Lembre-se! Nada acontece até que algo se mova. Eles

se moveram.
Conclusão
Sua unção, sua vontade, seu chamado, seu sonho não
dará em nada até que você se mova. Sua fé, sua unção e
seu chamado já estão em você, porém só se manifestarão
quando você agir.
A sua vida é resposta de Deus para muita gente.
Realização é uma questão de ação, coloque isso no seu

espírito.
7º DIA
É Para isso que você

NASCEU
7- É PARA ISSO QUE VOCÊ NASCEU
“Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias de-

terminados para mim foram escritos no teu livro antes de
qualquer deles existir.” - Salmos 139:16.
N
o decorrer da vida sofremos com algumas situ-
ações indesejadas em áreas de extrema sensibi-
lidade emocional como casamento, finanças e
vida espiritual. Praticamente todos nós, seres humanos,
passamos por momentos em que imaginamos sermos os
únicos a enfrentar, contudo sobrevivemos quando ima-
ginávamos que não aguentaríamos. O que houve então?
Como superamos e prosseguimos em frente? A verdade
é que podemos identificar nestes momentos de extrema
angústia um acontecimento inesperado como sendo um
planejamento do céu, alguma coisa que aconteceu e que
seria impossível explicar sem expressões do tipo: Não
acredito! Só pode ser um milagre! Nunca me esqueço da-
quele dia em que...
7 - É Para isso que você Nasceu 81
Nunca nos esquecemos desses acontecimentos que

marcaram nossa vida de forma sobrenatural e que foram
capazes de mudar o nosso futuro, nos dar um novo rumo e
prover uma necessidade financeira ou qualquer outra coi-
sa que precisávamos e que estava longe do nosso alcance
por vias naturais.
Esses momentos são inesquecíveis e ficam para sem-

pre guardados em nossa memória, porque fomos tocados
pelo céu. Não foi necessária uma oração formal para que
aquilo acontecesse, bastou apenas aquele sussurro expres-
sando dependência do céu: Senhor me ajude! É como se
Jesus tivesse deixado o céu por um momento para fazer o
que somente Ele pode fazer.
Em 1974, quando meu pai teve câncer éramos católi-

cos praticantes, minha mãe era catequista e eu sacristão.
Com o agravamento do estado de saúde de meu pai, mi-
nha mãe se enveredou pelo caminho da macumba sem
obter nenhum resultado também. Certo dia eu encontrei
minha mãe chorando muito e dizendo: Deus nos ajude!
Nessa época, sem que soubessem, um de meus tios

estava frequentando a Casa da Benção em Juiz de Fora,
onde morávamos. Numa manhã de sábado ele procurou
minha mãe e disse a ela que, se ela fosse a uma daquelas
reuniões que ele participava Jesus poderia levantar meu
pai que estava há sessenta dias internado e já não andava
nem falava mais, ele já havia feito oito cirurgias.
Na tarde daquele sábado ela foi até o Missionário Wil-

son, contou-lhe a situação e ele orou num pijama que ela
levaria ao hospital naquele dia. À noite, quando os enfer-
meiros trocaram a roupa do meu pai por aquele pijama
algo aconteceu, ele mesmo nos contava: “Quando me ves-

tiram aquele pijama minhas vistas foram escurecendo e eu
pensei que estava morrendo, mas pela madrugada acordei
daquele sono e me levantei o que eu não fazia há mais de
trinta dias, senti meu corpo forte mesmo com 60 quilos a
menos (estava pesando 37 quilos)”. Uma semana depois,
ele já estava em casa curado e meses depois voltou ao tra-
balho. Somente aos 77 anos ele foi morar com Jesus.
O que espero que você entenda é que quando minha

mãe fez aquele clamor, mais como um desabafo, o céu
ouviu e logo planejou a cura do meu pai usando meu tio
como parte principal daquele plano para levar minha mãe
até o lugar onde Deus salvaria a vida dele. Nós nunca nos
esquecemos deste acontecimento, foi um milagre!
Como Acontece Essa Experiência Marcante?

Toda experiência milagrosa nasce de necessidades em
alguma área da nossa vida, alguma coisa que precisamos e
não conseguimos fazer com nossas próprias mãos. Diante
da nossa impotência e incapacidade de tratar com aquela
situação, o céu decide agir em nosso favor enviando al-
guém para nos socorrer. Deus usou o meu tio para prover
nossa necessidade de uma forma claramente milagrosa.
Enquanto você esta lendo este livro, acredite! O céu já
está planejando seu próximo milagre de uma forma que
você não espera ou que não conseguirá entender por causa
da maneira um tanto estranha como as coisas acontecerão.
Por Que, Às Vezes, O Milagre Demora?

Deus trabalha com pessoas, Ele busca parceiros para su-
prir as necessidades de outros. Deus nunca trabalha sozinho
e é através das pessoas que Ele se manifesta suprindo as
mais diferentes necessidades. Deus abençoa pessoas fazen-
do milagres através de outras pessoas. Quando você mostra
dependência do céu consciente ou inconscientemente, Ele
vai criar um plano e chamar uma pessoa com os dons neces-
sários para suprir a sua necessidade.
O milagre tarda quando a pessoa escolhida por Deus

não atende a um impulso ou a uma cutucada divina em
seu coração direcionando-a para tal missão. Normalmen-
te ela diz coisa do tipo: Isso não é comigo! Quando isto
acontece o céu terá que providenciar outra pessoa, então
demora um pouco mais.
Em outra situação, e creio que esta seja mais comum,

acontece quando avaliamos o produto por meio da emba-
lagem. Imagine quando Moisés chega ao Egito sozinho,
com uma vara na mão e vestido com roupa de pastor de
ovelhas dizendo aos israelitas que Deus o enviara para
libertá-los de debaixo de um jugo escravo que já durava
430 anos. Você o receberia como sendo ele parte do pla-
nejamento do céu para aquela missão em resposta á sua
necessidade? Atrasamos a manifestação do céu em nossa
vida quando a descartamos por causa da embalagem. Isso
atrasa o milagre.
É Para Isso Que Você Nasceu
Se por algumas vezes tivemos experiências maravi-
lhosas de viver um milagre, vamos continuar tendo-as
sempre que mostrarmos dependência do céu. Espero que
de hoje em diante você mude sua forma de enxergar o
mundo em relação ao que Deus irá fazer por seu intermé-
dio para também suprir necessidades na vida de outras
pessoas com manifestações milagrosas. Neste exato mo-
mento, você pode estar sendo incluído num planejamento
divino para levar um milagre a alguém que você conhece

ou em uma situação estranha criada por Deus a um des-
conhecido. Sua vida tem um propósito, você nasceu para
ser aquela pessoa de que alguém vai comentar sobre a
maneira como apareceu na vida dela, para o resto dos seus
dias. Ainda hoje falo do meu tio. Esta é a lembrança que
algumas pessoas vão guardar de você para sempre.
Como Deus Faz Milagres Através De Mim?

Quando ouvimos sobre milagres costumamos ficar
inibidos porque nossa mente nos arremessa para Moisés
abrindo o mar vermelho, Josué derrubando enormes mu-
ralhas, Davi derrotando um gigante e tantos outros feitos
espetaculares que a Bíblia nos conta. Porém, nos esquece-
mos da menina sem nome na casa de Naamã, que estava
leproso, a qual o encaminhou para receber o milagre das
mãos do profeta em Israel, e de tantos outros que fizeram
parte de um plano divino e nem sequer tiveram seus no-
mes mencionados pelos escritores da Bíblia. Essa menina
escrava foi colocada por Deus dentro da casa de Naamã e
ainda bem que não a avaliaram pela embalagem senão o
general teria morrido consumido pela lepra. Ela cooperou
com Deus para entregar um milagre a alguém necessita-
do. Cada salvo deve cooperar com o que Deus planejou
fazer na vida de alguém, atendendo a uma necessidade
com um milagre. Deus faz milagres através de mim, me
cutucando.
“E levantou-se, e foi; e eis que um homem etíope, eunu-
co, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual
era superintendente de todos os seus tesouros, e tinha ido
a Jerusalém para adoração, regressava e, assentado no seu
carro, lia o profeta Isaías. E disse o Espírito a Filipe: Che-
ga-te, e ajunta-te a esse carro. E, correndo Filipe, ouviu
que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? E
ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensi-
nar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse.
E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como
a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro
diante do que o tosquia, assim não abriu a sua boca. Na
sua humilhação foi tirado o seu julgamento; e quem con-
tará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra.
E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem
diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro? Então
Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura,
lhe anunciou a Jesus. E, indo eles caminhando, chegaram
ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que
impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se
crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que
Jesus Cristo é o Filho de Deus. E mandou parar o carro,
e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o
batizou.” - Atos 8:27-38.
Felipe estava à beira da estrada quando foi cutucado
pelo Espírito Santo a iniciar uma conversa com um ho-
mem que passava por ali lendo o livro do profeta Isaías.
Ele aproximou-se e esclareceu as dúvidas do etíope quan-
to ao que lia e o batizou ali mesmo à beira da estrada. Pro-
vavelmente, para o resto de sua vida aquele etíope viveu
dizendo: “nunca me esqueço daquele dia em que eu ia
pela estrada que descia de Jerusalém para Gaza e”...
Quando me entrego à voz interior que impulsiona mi-

nha vida na direção de outra vida, Deus fará coisas surpre-
endentes através de mim, coisas que nem imagino. Preci-
so ser confiante e me atirar nessa aventura sobrenatural.
Quando entendo que nasci para cooperar com Deus ge-
rando milagres na vida de outras pessoas, minha ousadia
mudará o destino de muita gente.
Quando vamos a um hospital, repartição pública, ae-

roporto ou a algum lugar que não conhecemos bem, en-
contramos alguém que está nos observando e sem que
percebamos essa pessoa se aproxima fazendo a seguinte
pergunta: Em que posso te ajudar? Ela quer facilitar as
coisas para nós.
O passo de ousadia que devemos dar para que alguém

receba um milagre inesperado é semelhante ao de uma
pessoa disposta a ajudar o outro que está perdido em um
determinado lugar. Ao ver alguém agitado, cabisbaixo,
triste e pelos cantos, podemos perceber que estes são si-
nais bem claros de que precisamos ter uma atitude agres-
siva de fé e perguntar a ela: Em que posso te ajudar? Se
ela responder: Em nada, está tudo bem! Confronte-a com
uma segunda pergunta: Você tem certeza? Com isso você
estará abrindo a porta para Deus fazer o milagre na vida
dela. Observe os sinais e haja pela fé.
Entregadores de Milagres
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho
a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas
quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos
que crerem: em meu nome expulsarão os demônios; falarão
novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem algu-
ma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as
mãos sobre os enfermos, e os curarão.” –
Marcos 16:15 -18.
A sua vida pode se tornar uma vida de milagres, depen-

de apenas de você crer que a resposta de Deus para as pes-
soas esta com você. Você recebeu os dons e talentos que
vão supri-las. Jesus disse no texto que lemos, que todo
aquele que crer em seu Nome fará proezas na vida de ou-
tras pessoas. É interessante observar que Ele não está se
referindo aos apóstolos, mas àqueles que passariam a crer
Nele. Estes seriam seus cooperadores. Se você creu em
Jesus, acredite! Estes milagres te seguiram e alguém está
precisando. Jesus disse: “Todo aquele que crer”. Você é
mais um que crê.
Conclusão
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de
vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusa-
lém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da
terra.” - Atos 1:8
A Bíblia é um livro de simbologias, os símbolos nos

ajudam a entender verdades espirituais. Nela o diabo é
visto como serpente, dragão e escorpião. A igreja aparece
também com suas simbologias, e entre elas estão a figura
de uma noiva e de um corpo, o Corpo de Cristo.
Como noiva é porque ela está comprometida com a

pureza aguardando a volta do Noivo Jesus para a cele-
bração de seu casamento com Ele; e como corpo porque
é através dos seus membros, eu e você, que ela expressa
o amor de Deus.
Deus se expressa ao mundo por meio de cada um des-

ses membros entregando Seus milagres. Hoje quero desa-
fiar você a viver diariamente uma vida de milagres. Todas
as manhãs, ao sair de casa, olhe no espelho e diga: Deus
estou pronto, quem será o alvo da Tua graça hoje? Eis-me
aqui, usa-me!
8º DIA
A Igreja é a
Família
de Deus
8- A IGREJA É A FAMÍLIA DE DEUS
“Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forastei-

ros, mas concidadãos dos santos e membros da família de
Deus,” Efésios 2:19
O
livro de Gênesis logo no seu início diz que a
terra estava sem forma e vazia por isso não era
possível defini-la como terra, não havia forma,
e sem forma não podia conter nada. A forma normalmente
indica o que um objeto contém. Quando avistamos uma
casa, por exemplo, temos concebido em nossa mente que
ali moram pessoas e em seus cômodos existem móveis
para dar a elas conforto e suporte para suas necessidades;
a forma de uma garrafa em muitos casos aponta até para o
tipo de líquido nela contido. A forma revela principalmen-
te o propósito daquilo que está diante de nossos olhos.
Quando a terra tomou forma, coisas passaram a existir em
sua superfície e no seu interior, ela deixou de ficar vazia.
Quando vemos uma imagem ou uma fotografia do nosso
8 - A Igreja é a Família de Deus 91
planeta sabemos o que ele contém. As diferentes formas
das coisas podem dizer o que há no interior.
A Bíblia declara que a igreja, em uma das suas multi-

formas, é a Família de Deus e essa figura, dentre outras,
foi usada principalmente pelo Apóstolo Paulo para ex-
pressar sua natureza e seu propósito. A família é a forma e
Deus é o que ela contém. A igreja reunida é a evidência de
que o Senhor está presente ali. Jesus disse que onde hou-
vessem dois ou três reunidos no Seu Nome, Ele estaria no
meio deles. O que torna a igreja Família de Deus não é o
prédio ou a célula onde ela se reúne, mas é a presença de
Deus em seu interior.
Uma família não se caracteriza pelo simples fato de

estarem debaixo do mesmo teto, como por exemplo, uma
república de estudantes. Existem algumas características
que a identificam como tal na sociedade:
Relacionamento
Um relacionamento baseia-se em ações lógicas e es-
peradas, sem nenhum indício de egoísmo ou proveito
próprio. Conhecemos pessoas que vivem unicamente da
expectativa de provisão que os outros podem oferecer a
elas, mas em momento algum se dispõem a suprir a ne-
cessidade de alguém. A pergunta que cabe aqui é: você é
amigo ou tem amigos? Quando me refiro a alguém como
um grande amigo que tenho, estou na verdade tentando
dizer o que ele já foi capaz de fazer por mim e sei que ele
ainda se disporia a fazê-lo em tempos de crise. Porém, se
torna cada vez mais raro o fato de dizermos que somos
amigos de alguém.
Relacionamento é o nível de amizade que vai além das

boas risadas, contos de histórias ou sentar-se à mesa para

comerem juntos, ele é provado quando supro a necessi-
dade de alguém próximo a mim, é uma via de duas mãos,
quando me relaciono estou plantando minha próxima co-
lheita.
A célula é o melhor lugar onde podemos nos relacionar

uns com outros ao compartilharmos uma palavra juntos,
encorajando uns aos outros com testemunhos das mani-
festações da graça de Deus, orando uns pelos outros, vi-
sitando a casa uns dos outros e suprindo as necessidades
alheias com dons e talentos espirituais, como também
com suprimento material quando necessário.
Há alguns anos atrás, um precioso irmão nosso mem-

bro de uma célula, foi recolhido ao presídio para pagar
uma dívida que tinha com a justiça antes de converter-se
ao Senhor. O presídio para onde foi levado para cumprir
a pena fica a uma boa distância de nossa cidade, Santos,
e sua esposa não tinha recursos para cobrir as despesas
de viagem, então, por várias vezes a célula se unia e os
irmãos contribuíam para que ela fosse vê-lo.
Comunhão
A comunhão é proporcionada pela união da mesma fé,
do mesmo propósito e da mesma visão, dos mesmos prin-
cípios e valores, portanto, não basta sermos do mesmo
sangue, morarmos debaixo do mesmo teto, estarmos reu-
nidos em determinados ambientes ou estarmos na mesma
célula de oração. Se pensamos diferente, falamos diferen-
te e temos pareceres diferentes uns dos outros, então não
há comunhão. O texto que lemos fala que é impossível
andar juntos assim, sem acordo.
Uma família que não compartilha as mesmas idéias
será levada à completa ruína. Jesus disse que uma casa
dividida, ou seja, sem comunhão, não permanecerá por
muito tempo. Um dos ingredientes de grande relevância
na consolidação de uma vida familiar eficiente é a comu-
nhão. Onde ninguém se entende ou onde se formam gru-
pos favoráveis e desfavoráveis à vida comum de todos, o
futuro estará comprometido.
Na vida da célula, Família de Deus, é o comportamen-
to alinhado ao princípio da comunhão que determinará
o crescimento e a multiplicação da mesma. Quando um
líder fala em convidar pessoas para virem à célula a fim
de terem uma experiência com Jesus, ou faz um alvo da
quantidade de pessoas que levarão ao encontro, ou chama
os que se dispõem a treinar um novo irmão para multipli-
car a célula e uma boa parte dela não alinha seu coração
com o do líder, essa família está dívida e sem vigor espiri-
tual. É uma tragédia no Reino de Deus, Satanás conseguiu
implantar sua filosofia: enfraquecer para não crescer.
Cuidado
Estar sob o cuidado de alguém, é estar debaixo de aten-
ção e tratamento especial. Existem situações na família
em que um determinado membro, diante de adversida-
des complexas, necessita de uma atenção maior do que
os outros. Não é questão de afinidade, mas de cuidado, o
que infelizmente outros membros da família podem in-
terpretar de maneira errada, e isso é o que quase sempre
acontece.
Os irmãos em Cristo muitas vezes se sentem despre-

zados e abandonados quando o líder da célula, ou outro
irmão, dá mais atenção a um por determinado tempo. Para
ele é desnecessário, e fica emburrado ameaçando os de-

mais com sua saída da célula. O correto era ele também
estar envolvido com os demais no tratamento especial que
aquele irmão está precisando para sair da dificuldade que
está vivendo, seja ela espiritual, física ou material. Já é
hora de amadurecer!
Cuidado, não é uma ferramenta que está à nossa dis-

posição só quando alguém passa por adversidades. Não!
O cuidado também deve ser aplicado de maneira preven-
tiva. Observando e avaliando a conduta de um membro
da família, podemos prever qual tipo de colheita ele vai
ter, pela semente que ele está semeando, sabe-se o que vai
ser colhido mais tarde. Podemos ajudar a evitar um dano
maior! O cuidado preventivo dado a essa pessoa vai evitar
uma série de transtornos e perdas.
Essa questão em relação às células, Família de Deus,

deve ser levada muito a sério. Podemos ver as fortes pres-
sões que o mundo e o Diabo põem sobre um salvo suges-
tionando-o a quebrar os princípios espirituais de Deus que
regem sua vida a fim de tê-lo de volta. Existem períodos
de tensão que não conseguimos superar sozinhos, nossa
inclinação mostra nossa tendência, precisamos de um tra-
tamento especial de oração e ministração da Palavra para
não cairmos em tentação. O cuidado preventivo ajuda a
evitar uma tragédia mais tarde na vida do nosso irmão.
Numa célula cuidamos uns dos outros. Quando cria-

mos uma boa linha de relacionamento e comunhão, temos
plena liberdade de mostrar àquele irmão o que só ele não
está vendo.
Amor
No vocabulário grego existem três palavras que defi-
nem amor: a primeira delas é Fileo e traduz a idéia de
companheirismo; a segunda é Eros, que é a expressão da
atração sexual; e finalmente a terceira Ágape que é o amor
de Deus. Vamos descrever algumas das características do
amor ágape, e trazer a revelação de que esse é o amor que
a Família de Deus deve expressar em seu convívio e fora
dele. O Apóstolo Paulo usa essa definição, o amor ágape,
para falar aos salvos a respeito do estilo de vida que im-
pactaria o mundo e fortaleceria o convívio dos santos.
O que é marcante no amor ágape, é que acima de tudo

ele não é voltado para os seus próprios interesses, ele não
é “autocentralizado”, mas “outrocentralizado”. O que ele
faz, não o faz em busca de reconhecimento ou favores,
mas de contribuir com seus dons e talentos para proteção
e crescimento do outro. Quero deixar algo bem claro para
você, amor não é só um sentimento, mas um sentimento
que se expressa fazendo coisas que o outro na maioria das
vezes não merece.
Se numa célula, Família de Deus, cada um vive moti-

vado unicamente pelos seus próprios interesses, todos irão
fracassar. É preciso termos consciência de que existimos
para ser benção na vida dos outros. Este é o propósito de
Deus através da sua igreja. Isto é o reino servindo ao Rei!
Renúncia
A renúncia está entre as três coisas mais difíceis que
Jesus nos pediu para fazer, além dela temos o amor e o per-
dão. O verdadeiro amor não busca seus próprios interesses,
mas o do outro, e o perdão é uma decisão que tomo diante

das lembranças de injustiças do passado para manter-me
em paz sem a expectativa de uma possível revanche.
Renunciar ou abrir mão, não está relacionado às coisas

ruins que trazem prejuízos à nossa vida, as quais teríamos
que deixar de lado para vivermos bem. Não, não é isso!
Assumir esse comportamento na vida é uma das coisas
mais difíceis que Jesus nos pediu para fazer porque signi-
fica, na verdade, deixar de lado nossa comodidade, segu-
rança e conforto por algum tempo para vivermos em favor
da causa de alguém. Jesus nos ensinou esse caminho difí-
cil de andar, quando abriu mão de todo o Seu Esplendor e
Glória para viver como um homem dependente de Deus,
dedicando 33 anos da sua eternidade para beneficiar um
mundo que estava de costas para ele.
Numa família, se não abrimos mão do nosso conforto,

comodidade e segurança para beneficiar o outro que vive
conosco, é como se não fizéssemos parte dela. Portanto,
a partir de quando você resolve entrar para a Família de
Deus, há inúmeras situações em que você tem que envol-
ver-se com os irmãos espirituais na célula, deixando por
um instante o que te traz conforto, segurança e comodidade
para beneficia-los num momento difícil ou simplesmente
estar presente celebrando suas vitórias. Família nunca está
ausente. O mesmo acontece na célula, algumas vezes será
necessário abrir mão de coisas boas e agradáveis para be-
neficiar outro.
Perdão
O que nos ofende é quando somos injustiçados, é
quando alguém disse ou fez o que não deveria ou deixou
de fazer o que deveria ser feito. Quando somos vítimas
desse processo nos sentamos sobre a nossa razão e quere-
mos justiça, vingança. Os relacionamentos são cortados,
e se não nos tornamos inimigos, não sentimos mais paz
em estar no mesmo ambiente. Entramos num processo de
tortura dia e noite, ficamos presos pela mágoa e pelo res-
sentimento. As lembranças guardadas em nosso coração
arrancam nossa alegria.
O que mais me chama atenção, é que o ambiente onde

somos ofendidos com maior frequência é dentro da nos-
sa própria casa. Filhos querem sua independência ou se
jogam nas drogas porque foram ofendidos, pedidos de di-
vórcios são feitos e até crimes acontecem nesse ambiente
de mesmo sangue, porque as pessoas não estão resolvidas
quanto ao perdão, não liberam os ofensores perdoando a
injustiça que receberam.
Se quisermos ser livres precisamos liberar o perdão e

não nos apoiarmos na razão, porque a razão irá nos levar
à vingança. Perdoar não é esquecer o fato acontecido, é
não ter o mesmo sentimento de dor e o desejo de vingan-
ça quando o mesmo vem à lembrança. Caso queiramos
ter uma vida saudável com relacionamentos duradouros
em família, é necessário gerarmos em nosso interior essa
disposição, perdoar sempre.
Conclusão
Na família de Deus, existem irmãos com muitas di-
ficuldades em viver relacionamentos, eles não enxergam
ninguém que não sejam eles mesmos e conseguem tumul-
tuar qualquer ambiente sadio. Na verdade eles são um tes-
te para nós, todas as vezes que os encontramos precisamos
estar dispostos a perdoá-los. Ajude-os a serem melhores
perdoando suas ofensas, e não abandonado a família por
causa das insanidades deles.
9º DIA
A Igreja é
cidadã do Céu
9- A IGREJA É CIDADÃ DO CÉU
“Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros,

mas concidadãos dos santos, e da família de Deus;”
Efésios 2:19
O
dicionário da língua portuguesa define um ci-
dadão como sendo: aquele que cumpre com os
deveres civis e políticos do lugar onde vive, só
assim ele tem direito às benéficas daquele governo. Par-
tindo desse entendimento, nos tornamos cidadãos dos
céus quando cumprimos com os deveres do Reino de
Deus, quando nos dedicamos aos interesses do Reino, en-
tão somos cidadãos do Reino. Jesus por várias vezes em
suas mensagens enfatizava a chegada do Reino de Deus,
e o comparava por meio de parábolas a coisas e situações
a fim de descrevê-lo aos seus ouvintes.
Ao estabelecer o Reino de Deus, Jesus determinou os

deveres para que genuinamente fôssemos reconhecidos
como cidadãos celestiais. O simples fato de estarmos no
9 - A Igreja é Cidadã do Céu 101
Reino não quer dizer que pertencemos a ele, podemos ape-
nas estar misturados entre os seus cidadãos partilhando de
um ou outro benefício sem assumirmos nossos deveres
espirituais. Nesse caso, nunca seremos tratados pelo Rei
como cidadãos no Seu Reino, vivemos ali na ilegalidade,
queremos os benefícios, mas não aceitamos os deveres.
Não confunda nacionalidade com cidadania, não é a

mesma coisa. Imagine alguém que nasceu na Alemanha
há anos atrás e agora vive no Brasil cumprindo com os
deveres cívicos e políticos como qualquer brasileiro, sua
nacionalidade é alemã, porém sua cidadania é brasileira,
ele é cidadão brasileiro. Caso ele morasse aqui e não cum-
prisse com os deveres de um brasileiro, ele seria estran-
geiro, um estranho para o nosso governo.
Nosso Reino de Origem

“Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me
concebeu minha mãe.” - Salmos 51:5
No âmbito espiritual, nosso nascimento como o de
qualquer ser humano, se deu no reino oposto ao de Deus,
portanto nossa nacionalidade e cidadania não tinham nada
a ver com o lugar onde vivemos hoje nem com os nossos
deveres de agora. Uns por mais e outros por menos tem-
po, mas todos nós já fomos regidos por leis espirituais do
império das trevas que dirigiram nossa vontade, pensa-
mentos e emoções. Uma dessas fortes evidências era nos-
so comportamento rebelde desde a infância, já na pouca
idade nós apunhávamos toda forma de governo colocado
sobre nossa vida.
A clareza de entendimento em que nosso espírito pre-

cisa chegar é de que hoje, caso você já tenha recebido
Jesus em seu coração e tenha sido batizado, temos nos-

sa origem espiritual nas trevas, mas somos cidadãos de
outro reino, o Reino de Cristo. Nossa cidadania se deu a
partir do momento em que nos propusemos a cumprir os
deveres do Reino Glorioso do céu, suas leis e princípios
estão impressos em nosso coração. Jesus disse que o Rei-
no de Deus está em nós, portanto nos tornamos cidadãos
dos céus quando cumprimos com seus deveres. Veja que o
que nos torna cidadãos do Reino dos céus não é o fato de
estarmos reunidos numa célula ou celebrando o Rei dos
reis nos cultos que oferecemos a Ele no prédio da igreja.
Estrangeiro Em Seu Próprio País

“Se o SENHOR dos Exércitos não nos tivesse deixado
algum remanescente, já como Sodoma seríamos, e seme-
lhantes a Gomorra.” - Isaías 1:9
Como é possível ser estrangeiro dentro de seu próprio

País? Como ser brasileiro sem ser cidadão brasileiro? Já
ouviu alguém dizer: “nem parece que você é brasileiro”!
Essa expressão traz com ela uma revelação simples; es-
tamos falando de alguém cuja nacionalidade é brasileira,
porém a falta do compromisso de seus deveres e hábi-
tos não comuns a esse povo o torna um estranho entre os
demais. Portanto, não confundamos nacionalidade com
cidadania. A questão para a qual estamos buscando enten-
dimento aqui não está relacionada à nacionalidade, mas à
cidadania. Não somos de nacionalidade divina, mas ao re-
cebermos Jesus em nosso coração nos tornamos cidadãos
do Reino dos céus.
Então, como deixamos de ser cidadãos do Reino vi-

vendo dentro do Reino? Bem se é considerado estrangeiro
aquele que vive em outra nação mas não cumpre com os
seus deveres, leis e obrigações impostas por aquele go-
verno, então se estou na igreja de Cristo mas não tomo
em meu coração as normas do Seu reino e não sirvo aos
Seus propósitos, nem mesmo minha família, amigos e as
demais pessoas do mundo me reconhecem como cristão,
cidadão do Reino de Deus. As leis espirituais, os hábitos
e costumes e o propósito de existência entre o Reino de
Deus e o Império das Trevas são completamente opostos
um ao outro.
O texto que você leu agora a pouco fala de um tempo

em que os israelitas resolveram colocar de lado sua ci-
dadania, tornando-se estrangeiros em sua própria nação.
Este fato se deu em virtude de não estarem sujeitos às
leis espirituais que sempre regeram seu povo, e porque
abandonaram os hábitos e costumes que os tornavam di-
ferentes das demais nações da terra. Diante dessa postu-
ra, não foram tratados por um bom tempo como cidadãos
israelitas, mas receberam do Senhor o mesmo tratamento
de uma nação estrangeira.
Exercer a cidadania é ter conhecimento e consciência

dos direitos e obrigações. Uma vez que estamos no Reino
de Deus e somos cidadãos do céu, diariamente devemos
nos relacionar com o Rei por meio de sua Palavra para
vivermos a vida abundante que Ele pode nos dar nos su-
jeitando ao seu serviço.
O Reino De Deus
“Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arre-

pendei-vos, porque é chegado o reino dos céus.”
Mateus 4:17
Como nação, o povo de Israel foi quem recebeu e es-

tabeleceu como regras e normas espirituais as leis divi-
nas, sem elas seriam como qualquer outra nação da terra.
Ao saírem da escravidão do Egito onde viveram como
estrangeiros por 430 anos permaneceram acampados na
planície do Sinai por um bom tempo tomando conheci-
mento de seus novos deveres e hábitos. Ao praticarem o
que estavam recebendo, mudariam sua forma egípcia de
viver tornando-se cidadãos israelitas e povo de Deus. Por
exemplo: Os outros povos tinham mais de um deus, mas
a Israel esse direito foi vedado, eles tinham um só Deus;
outras nações tinham o hábito de casarem seus filhos e
filhas com estrangeiros, os israelitas não.
A Bíblia diz em Deuteronômio 24:20 que o estrangeiro

vive da sobra, e ainda é assim nos dias de hoje para qual-
quer pessoa que vai para outra nação, o que sobra para
ele são os piores trabalhos e menores salários. Um bom
exemplo bíblico dessa realidade é o da mulher grega que
tinha uma filha em casa endemoninhada em busca de li-
bertação, ao encontrar-se com Jesus, Ele disse a ela que
não seria bom tirar o pão dos filhos (israelitas) e dar aos
cachorrinhos (estrangeiros).
Em Mateus 4:17, lemos quando Jesus anuncia pela pri-

meira vez a chegada de um novo reino chegando à terra,
mais precisamente no coração do homem. Uma vez que
os deveres e costumes do Reino de Deus estão em nosso
interior passamos a viver um novo estilo de vida promovi-
do pelas leis espirituais e pelos novos hábitos que passam
a reger nossa vida.
Conclusão
“Lembra-te deles, Deus meu, pois contaminaram o sa-
cerdócio, como também a aliança do sacerdócio e dos le-
vitas. Assim os limpei de todo o estrangeiro, e designei os
cargos dos sacerdotes e dos levitas, cada um na sua obra.”
- Neemias 13:29-30
Neemias foi um homem, cujo coração moveu-se para

reconstruir os muros de Jerusalém caídos há muitos anos
e em 52 dias ele completou a obra. Porém, após levan-
tar os muros ele percebeu que os israelitas dali estavam
vivendo debaixo de outras leis espirituais e que haviam
desenvolvido costumes que os desfiguraram como povo
separado para Deus. Eram israelitas de nascimento, po-
rém estrangeiros quanto à cidadania. Neemias limpou o
coração deles lembrando-os o que haviam aprendido e
praticado de geração em geração.
Pode ser, mas espero que não, que com o passar do

tempo você tenha degenerado sua cidadania celestial dei-
xando de lado deveres e obrigações no Reino de Deus,
ou ainda em formação espiritual esteja recusando a for-
ma de vida desse Reino. Não sei precisar o quanto seria,
mas percebo uma enorme quantidade de pessoas que es-
tão dentro do Reino de Deus, mas não são cidadãos desse
Reino, vivem como estrangeiros, não servem aos propó-
sitos do Rei
10º DIA
Os Dons do Espírito
nas Células
10- OS DONS DO ESPÍRITO NAS CÉLULAS
“A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito,

visando ao bem comum.” - 1 Coríntios 12:7
O
evangelho de Jesus Cristo é poderoso porque
traz provisão para as necessidades que temos no
dia a dia, restaura nosso caráter deformado pelo
pecado e nos faz viver vitoriosamente quando aplicamos
seus princípios nas mais diferentes áreas de nossa vida.
As Escrituras são poderosas, porém, se permanecermos
apenas nos seus ensinos, viveremos uma religião filosó-
fica, sem poder e manifestação de milagres. O evangelho
sem sinais se torna como qualquer outra religião do mun-
do, apenas é capaz de deixar as pessoas mais piedosas
umas com as outras, no entanto, são as manifestações dos
dons do Espírito Santo que dão suporte a sua pregação e
confirmam suas verdades.
Se por um lado ele pode tornar-se apenas mais uma

filosofia de vida, por outro lado, viver apenas dos seus
10 - Os Dons do Espírito nas Células 109
sinais também o torna ineficaz, sem o poder de transfor-
mação do caráter pervertido do homem. Existem alguns
cultos onde outros deuses são invocados, e até certo ponto
eles conseguem produzir a manifestação de alguns sinais
comparados aos que Jesus faz. Um exemplo disso foram
os encantadores de Faraó que quando confrontados por
Moisés no Egito, conseguiram repetir os mesmo feitos so-
brenaturais até a quarta praga.
Poder E Ensino, O Equilíbrio Do Evangelho

“Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria; a
outro, pelo mesmo Espírito, a palavra de conhecimento;
a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de curar,
pelo único Espírito; a outro, poder para operar milagres;
a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a
outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação
de línguas.” – 1 Coríntios 12:8,10
O ponto de desequilíbrio do evangelho acontece a par-

tir do momento em que nos dirigimos para um dos seus
extremos, ensino ou poder. Uma igreja que vive unica-
mente do ensino tem um povo de caráter tratado, porém
as suas necessidades são vistas apenas de maneira natural.
Quando a ênfase são os milagres, seus membros superam
as adversidades com fé no sobrenatural, porém, quanto
ao caráter possuem pouca semelhança com Jesus. O texto
que lemos mostra equilíbrio entre as partes quando diz
sobre palavras de sabedoria e conhecimento, e em seguida
os dons de curar, de fazer milagres, etc.
Os sinais de Deus realizados pelas mãos dos salvos têm

como propósito abrir o coração do não crente e despertar
nele um compromisso de vida eterna com Jesus, andando
de acordo com Seus princípios de vida, já para os salvos

o propósito é provisão permanente das suas necessidades.
O Primeiro Dom Dado Por Jesus Aos Discípulos

“E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder
sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para
curarem toda a enfermidade e todo o mal.” Mateus 10:1
Logo ao escolher sua base de discípulos, Jesus ime-

diatamente os instrui quanto ao que devem fazer, onde
fazer e com quem fazer. Mas como fazer? Jesus deu a eles
poder para curar os enfermos. Quem poderia parar para
ouvir simples pescadores e coletores de impostos que an-
tes eram corruptos? Mas quando ministravam com o dom
da cura, sua pregação era ouvida. A primeira experiência
deles foi marcante, voltaram pulando de alegria pelos si-
nais que se fizeram pelas suas mãos.
Minha mãe atualmente tem 82 anos e eu me lembro que

nos anos oitenta, quando inaugurei uma Casa da Benção
na cidade de Santos Dumont, eu, ela, o pastor Paulo (in
memoriam) e mais uma obreira fizemos o primeiro culto.
Reunimos na tarde daquela quarta-feira, mais de duas mil
pessoas na quadra de uma escola de samba, porém, assim
que entramos fomos interrompidos pela polícia durante o
culto porque o pastor de uma igreja da cidade havia nos
denunciado dizendo que estávamos ali para cobrar pelas
curas e enganar o povo. Fomos levados para a delegacia,
menos minha mãe e enquanto saíamos conduzidos pelos
policiais havia mais de uma dezena de pessoas endemoni-
nhadas esperando por libertação, caídas ao chão aos gritos.
Pedi aos policias que nos deixassem libertá-las, mas

não permitiram, então virei para minha mãe e pedi que
ela libertasse aquelas pessoas e segui com eles. Quando
retornei a noite, ela estava assentada em um pequeno ban-
co e quando me viu chorou muito, perguntei a ela como
tinha sido a libertação daquelas pessoas e ela me disse:
- “Falei primeiro com o que parecia ser mais fraco e não
estava gritando muito, e ele saiu. Dali em diante acreditei
que tinha unção para mandar os mais fortes saírem e eles
também saíram”.
É bem provável que você não tenha entendido o que

quero mostrar pra você com esse fato, é que minha mãe
tinha um medo enorme quando via alguém possesso por
demônios, ela corria e se escondia atrás dos outros. Aque-
le dia trouxe a ela, a revelação de que ela tinha unção para
expulsar demônios em nome de Jesus. Todos os salvos em
Jesus podem curar enfermos e expulsar demônios.
Os Dons Capacitam Os Improváveis

“Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são
muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os podero-
sos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus
escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as
sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para
confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste
mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar
as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele.
Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi fei-
to por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção;
Para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se
no Senhor.” – 1 Coríntios 1:26-29
Acredite! Você é a pessoa certa para o propósito de
Deus. Não tem ninguém melhor do que você. Enquanto
você busca uma comparação baseada nos dons e talentos
naturais para sentir-se qualificado a servir ao Rei, o Se-

nhor está buscando os desqualificados e rejeitados pelo
mundo para fazer deles Seus ministros. Quem é despreza-
do pelo mundo, é chamado por Jesus para o seu serviço;
os loucos, os fracos, os vis e os que não são. Jesus os
capacita pelos dons do Espírito Santo segundo a necessi-
dade que a igreja tem para sua edificação e evangelização.
Enquanto você se acha inapropriado para uma obra tão
nobre quanto é a obra de Deus, você tem o perfil perfeito
para realizá-la segundo a ótica divina.
O diabo quer fazer você acreditar que ainda é uma pes-

soa comum, frágil, incapaz e imprópria para exercer um
encargo dessa grandeza na igreja. Ele aponta para o seu
nível educacional, intelectual, físico, financeiro, de ca-
ráter ou de temperamento. Satanás hoje terá uma grande
surpresa porque você se libertará das suas mentiras e se
entregará a Deus para servir em Sua obra com os dons do
Espírito Santo. Ele não está esperando pelo que você vai
fazer quando terminar a leitura desse livro.
Quando Os Dons Se Manifestam?

“E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes,
cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra
com os sinais que se seguiram. Amém.” – Marcos 16:20
Nós temos um grave problema quanto à ministração

dos dons. Acredito que isso seja mais uma desculpa, por
causa do medo de não dar certo, do que qualquer outra
coisa. “Se Deus mandar eu ministro”, é o que a maioria
diz. A verdade é que eu e você já fomos enviados há dois
mil anos atrás por Jesus. A palavra que Ele deu em uma
de suas últimas reuniões com os discípulos foi que todos
que cressem nEle fariam as obras que Ele fez. Os dons do
Espírito estão em você, porém, enquanto não houver uma
ação eles não fluirão sobre outras pessoas.
Quando fui pastor na cidade mineira de São João Del

Rei, numa certa manhã, após terminar o programa de rá-
dio, uma adolescente me abordou na saída da emissora e
me perguntou se eu iria até a casa da sua avó, que ficava
ali ao lado, para orar por ela e eu fui. Quando entrei na
casa, encontrei uma senhora com mais de 70 anos de ida-
de paralítica sobre a cama, orei por ela e saí do quarto. En-
quanto tomava um café, o Paulo Amauri, um obreiro que
me acompanhava, chegou com aquela senhora andando
na sala, foi sobrenatural! De volta ao prédio da igreja per-
guntei a ele o que havia acontecido lá dentro para aquela
vovozinha andar, e ele me disse: é que você esqueceu-se
de dizer para ela levantar e andar, então eu disse a ela
para fazer isso. Confessei a ele que fiquei com medo de
mandá-la levantar e ela não andar. Os dons se manifestam
quando decidimos agir.
A Bíblia diz que saindo eles, o Senhor confirmava o

que falavam com sinais e maravilhas. Enquanto você não
colocar as mãos sobre os enfermos, eles vão continuar
enfermos ao seu lado, enquanto você não liberar a pala-
vra de sabedoria, as pessoas vão continuar vivendo sem
direção ao seu lado, enquanto você não… Você só preci-
sa mover-se! Para todas as necessidades que existem em
uma célula, Deus já deu aos salvos, membros do corpo de
Cristo, dons para suprir cada uma delas.
Libere Os Dons Que Há Em Você

O Medo é algo que todos nós sentimos sempre que va-
mos lidar com alguma coisa nova ou que julgamos inca-
pazes de fazer. O grande risco que corremos quando per-

mitimos que o medo nos paralise, atando nossas ações é
de nos transformarmos em incrédulos. Quero te dizer que
os maiores feitos existentes em minha vida até o dia de
hoje, foram realizados com o coração saindo quase pela
boca. Você vai se surpreender com o que Deus fará por
meio da sua vida, quando tomar a decisão de ministrar aos
outros, mesmo sob a forte influência do medo.
Conclusão
Os dons do Espírito Santo não são para o exibicionis-
mo, para buscar o reconhecimento das pessoas ou para
te separar dos demais irmãos da igreja como uma pessoa
especial, que está acima dos deles, mas são para servir ao
Reino. Você não pode ser só um salvo-salvo, libere essa
unção que está em sua vida, e deixe que Deus seja glorifi-
cado por meio dela.
11º DIA
Algumas Razões
porque devo
estar em uma Célula
11- ALGUMAS RAZÕES PORQUE DEVO ESTAR
EM UMA CÉLULA
“Portanto, que diremos irmãos? Quando vocês se reu-

nirem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra
de instrução, uma revelação, uma palavra em uma língua
ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da
igreja.” - 1 Coríntios 14:26
C
onhecer propósitos é tudo. Saber onde estou,
porque estou ali e o que as pessoas esperam de
mim deve ser de meu pleno conhecimento. Caso
não tenha esse cuidado, poderei estar em um ambiente vi-
vendo à parte de tudo, enquanto os outros são conscientes
de quem são e do que devem fazer. Estarei ali em com-
pleto desconforto, sentindo-me obrigado e sem participa-
ção efetiva, sendo apenas mais um. Porém, quando tenho
entendimento do propósito, as coisas se tornam mais fá-
ceis e agradáveis, apesar das limitações que supostamente
acredito ter.
O que é uma célula? Uma célula de oração é um grupo

11 - Algumas Razões porque devo estar em uma Célula 119
de irmãos que se reúnem uma vez por semana na casa de
um deles para compartilhar a Palavra, edificar uns aos ou-
tros, orar pelas necessidades pessoais e da igreja, visita-
rem-se mutuamente durante o mês e finalmente convidar
e levar amigos, parentes e colegas não crentes para conhe-
cerem o grupo e terem uma experiência transformadora
com Jesus. Acredito que este seja o melhor resumo para
traduzir o propósito e a realidade de uma célula. A seguir
você conhecerá algumas razões, e julgo serem as mais im-
portantes, para viver intensamente o Reino de Deus:
Deus Fala Comigo

“Consequentemente a Fé vem por se ouvir a mensagem,
e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo.” –
Romanos 10:17
Começar por essa razão, não é necessariamente o prin-
cipal motivo porque devo viver integrado a uma célula.
Essa é apenas uma das razões que me levam a adotar essa
forma de vida no Reino de Deus. A fé é uma experiência
marcante em nossa vida, sem ela nunca alcançaremos o
favor de Deus. A fé não é algo que provém de nós, ela vem
quando ouvimos a ministração da Palavra de Cristo e não
quando oramos pedindo por ela. Partindo dessa revelação
da Palavra, podemos entender porque algumas vezes esta-
mos tão desanimados e desencorajados com algumas coi-
sas de ordem negativa que alcançam nossa família, nossa
profissão, nossa saúde e finanças entre outras coisas, fal-
ta-nos a fé! Porém, quando somos ministrados pela Pala-
vra de Deus recobramos o ânimo e a coragem, decidimos
avançar porque confiamos naquilo que ela nos diz.
Quando vamos a uma célula, existem irmãos cheios

do Espírito Santo e de dons que se reúnem ali conosco,
e entre eles há aquele em que a palavra profética sempre

flui da sua boca encorajando, animando e direcionando
a vida dos demais. Infelizmente muita gente perde esse
benefício por acreditar que o que Deus tem para falar será
dito apenas direto ao seu coração. Isso até acontece, mas
quando Deus se cala em seu interior é porque a Palavra
virá de fora, gerando a fé que você precisa. Portanto, devo
estar numa célula porque lá Deus fala comigo de várias
maneiras.
Porque Vou Ser Usado Por Deus

“Depois que Jó orou por seus amigos, o Senhor o tornou
novamente próspero e lhe deu em dobro tudo o que tinha
antes.” Jó 42:10
Uma das grandes tragédias espirituais da vida do sal-

vo, é acreditar que não pode ser usado por Deus. Um dos
muitos mitos que carregamos é de que temos problemas
demais para sermos instrumentos de Deus na vida do
outro. Os dons que o Espírito Santo dos deu não estão
condicionados a fluírem somente quando nossa vida está
com tudo em ordem, quando estamos em plena paz e sem
problemas, isso porque os dons não são para nós, mas
para socorrer e servir aos outros. Até hoje nunca encon-
trei qualquer pessoa com a vida plenamente em ordem e
sem problemas.
Jó estava vivendo o momento da sua tão famosa tribu-

lação, quando orou por três de seus amigos. É bom lem-
brar que ele havia perdido os filhos, o rebanho, os camelos
e jumentos, os empregados estavam mortos, sua mulher
mandou que ele amaldiçoasse a Deus e ainda estava com
o corpo coberto por feridas enormes, em carne viva. Foi
nessas condições que ele orou pelos amigos. Essa história
me ensina algo tremendo, quando libero os dons do Espí-
rito Santo sobre a vida de outras pessoas, estou declaran-
do que Deus fará o mesmo comigo. Foi com essa atitude
que o cativeiro de Jó chegou ao fim.
Acredite! Alguém na sua célula precisa da liberação

dos dons do Espírito Santo presente em sua vida, indepen-
dente das circunstâncias que você esteja passando no mo-
mento. Não deixe de servir ao Rei porque hoje você está
com uma dívida que não consegue pagar ou por qualquer
outra coisa que esteja afetando sua alma.
Eu Levo Pessoas Para Conhecerem A Jesus

“Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador,
que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao
conhecimento da verdade.” - 1 Timóteo 2:3,4
A célula é lugar de servir ao Rei, fazer a Sua vontade,
edificar mutuamente uns aos outros. Quanto a essa ques-
tão, existem células maravilhosas onde a frequência dos
irmãos nas reuniões e nos cultos de celebração é de quase
cem por cento, porém são células infrutíferas no Reino de
Deus, elas não geram novos filhos espirituais. Os irmãos
que ali se reúnem são fervorosos na oração, no jejum, na
adoração e visitam uns aos outros, porém, seus corações
estão vazios da vontade de Deus que deseja que todos se-
jam salvos, e não se importam em convidar amigos vizi-
nhos, parentes e amigos para terem uma experiência com
Jesus em suas reuniões.
Levar pessoas às reuniões semanais da célula deve ser

a paixão de cada salvo, esse deve ser o desejo natural
do coração de quem teve uma experiência transformadora
com a graça de Deus. A célula não é um clube de san-

tos irmãos, mas uma porta por onde as ovelhas sujas e
doentes entram e encontram pastagem, alimento para as
suas vidas. Toda célula deve importar-se com a vontade
do Senhor.
Vivo A vida Com A Igreja

“Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comu-
nhão, ao partir do pão e às orações. Todos estavam cheios
de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos
apóstolos. Os que criam mantinham-se unidos e tinham
tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, dis-
tribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Todos os
dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Par-
tiam o pão em casa e juntos participavam das refeições,
com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e
tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescen-
tava diariamente os que iam sendo salvos.” Atos 2: 42-47
Essa é outra razão de extrema relevância porque devo

estar em uma célula, viver a vida com a igreja. Nossa vida
de relacionamentos é, em sua maioria com as pessoas do
meio em que trabalhamos, estudamos e fazemos o nosso
lazer, é assim que vivemos a vida. Depois que nos con-
vertemos ao Senhor, a vida de ser salvo passa a ideia de
que agora vamos viver em um mosteiro a céu aberto, e
pensamos: estou no mundo, mas não tenho mais amigos,
me isolo dos antigos amigos por causa do modo de vida
deles que não agrada a Jesus. Sentimos falta dessa comu-
nhão porque na verdade os líderes da igreja, absurdamen-
te, alienaram os salvos a viverem a vida solitariamente.
Deus nos criou para vivermos em comunidade.
A igreja em Jerusalém, nossa referência, era compro-
metida com o ensino, oração e o evangelismo, porém,
os irmãos ao cortarem os relacionamentos com o mundo
eram imediatamente conectados a novos amigos-irmãos.
Estavam nas festas uns dos outros, comiam nas casas uns
dos outros, iam às compras juntos e faziam tudo mais que
não ferisse a santidade. Não viviam isolados se encon-
trando apenas uma vez por semana na célula, aprovei-
tavam as inúmeras atividades pessoais e circunstanciais
para estarem juntos.
Cada Membro Funciona

“Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora te-
nha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo
muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a
Cristo.” –1 Coríntios 12:12
A Igreja, Corpo de Cristo, é uma expressão bem co-

nhecida em nosso meio. Essa figura nos passa a ideia de
vários membros com funções diferentes operando por um
mesmo propósito. Eles expressam a vida em seu interior.
A célula é a Igreja de Cristo reunida em uma casa, portan-
to o Corpo de Cristo vivo, a Bíblia diz que fomos ressus-
citados com Ele.
Quando não exercitamos certos membros do nosso

corpo e eles vão se enfraquecendo e perdendo sua vita-
lidade, ficam doentes e deixam de cumprir seu papel, o
corpo todo sente a ausência das suas funções. Portanto,
tudo que deixa de funcionar, estraga. Certa ocasião con-
versando com os discípulos Jesus disse que eles eram o
sal da terra, porém se o sal não for usado e permanecer no
saleiro ele fica sem sabor e perde o seu propósito.
Numa célula, uns levam o lanche, outros ministram o

louvor, outro compartilha a palavra, outros oram pelos
pedidos de oração, outros dão os recados, outros fazem o
relatório e o cadastro, etc. Devemos estar em uma célula
para não morrermos espiritualmente, exercitando os dons
e talentos que recebemos do Espírito Santo.
Membros que não oram, que não convidam ninguém,
que não se movem para nada, que não tem práticas espi-
rituais, não avançam no Reino e não crescem, vivem de-
pendentes das orações dos outros sem desenvolverem uma
vida de intimidade com Deus.
Eu Sou Corretamente Discipulado
“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações,
batizando- os em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo, ensinando- os a obedecer a tudo o que eu lhes orde-
nei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.”
– Mateus 28:19-20
Numa célula devo dar liberdade a quem Deus estabele-

ceu como autoridade espiritual sobre mim, o líder. Com as
palavras de Jesus ele vai instruir e direcionar a minha vida
pessoal e ministerial, alinhando meus passos com os do
meu Salvador Jesus. Em tudo, ele será benção para mim.
Preciso acreditar que ele é instrumento de Deus e que me
levará a crescer em todas as áreas da vida.
Me Tornar Discípulo De Jesus

“Porém cada um de nós recebeu um dom especial, de
acordo com o que Cristo deu.” – Efésios 4:7
Um discípulo é semelhante ao seu mestre no caráter e

também no serviço. Um discípulo de Cristo vai além da
correção das disfunções de seu caráter, ele torna-se seme-

lhante ao seu mestre quando faz o que o mestre faz. Jesus
capacitou a todos os que Ele salvou para repetirem suas
obras. Você pode reconhecer um crente pelo seu padrão
moral de vida, porém, um discípulo é conhecido não pelo
que deixou de fazer, mas pelo que está fazendo agora.
Conclusão
Numa célula, conheço e aprendo a fazer a vontade do
Senhor e sou treinado para fazer em breve meu próprio
grupo de adoração, oração e estudo da palavra. Sou discí-
pulo de Cristo por ordem do próprio Cristo.
12º DIA
Em Deus
Faremos Proezas
12- EM DEUS FAREMOS PROEZAS
“Em Deus faremos proezas, porque ele mesmo calca aos

pés os nossos adversários.” - Salmos 60:12.
Q
uando decidimos fazer algo difícil de ser reali-
zado, Deus ativa seu poder e derrota nossos ini-
migos. Acredite! A coisa não foi nada fácil para
quem chegou ao fim de uma jornada. Deus nunca disse
que as coisas seriam fáceis, isto quer dizer que quando
você se levanta para fazer proezas os inimigos também
se levantam contra você com as mais diferentes maneiras
para oporem-se ao cumprimento do seu propósito existen-
cial de vida.
Se você não quer ter problemas com o diabo, então

não faça nada. Satanás não se incomoda com quem não
faz nada, ele não tem tempo a perder com essa pessoa.
Espero que esta afirmação não o intimide diante do que
Deus tem semeado em seu coração, mas que você avance
com a mente renovada pela Palavra de Deus, encorajado
12- Em Deus faremos Proezas 129
e fortalecido por ela. Jesus não disse que o inimigo perdeu
ou diminuiu sua força opondo-se a nós, mas que a mim e
a você nos foi dado poder sobre o poder do inimigo para
romper em meio às oposições e dificuldades levantadas
por ele.
O salmo que lemos diz que quando você se levanta

para fazer uma proeza, Deus se levanta para derrotar os
seus inimigos. Seja o que for que Deus te chamou para fa-
zer, levante-se e faça confiando que Ele derrotará os seus
inimigos.
Deus Busca Colaboradores

Deus é um Deus de planos, de propósitos e de obje-
tivos, por isso Sua obra na terra ainda não foi concluí-
da, ainda há algumas coisas a serem feitas no âmbito de
Sua vontade por meio dos crentes salvos até que todos
cheguem ao conhecimento da Maravilhosa Graça. Para
alcançar a realização de seus projetos, Deus usa colabo-
radores, com dons apropriados para aquele fim, na execu-
ção do trabalho. Portanto, Ele nos torna seus colaborado-
res. Quando Ele pensa em fazer algo, Ele já tem alguém
escolhido para a execução, desde o começo foi assim, na
criação dos mundos a palavra liberada por Sua boca era
tomada pelo Espírito Santo que dava forma a elas. Deus
busca colaboradores.
Acredite! Você faz parte de um propósito divino, você

já foi incluído nele como colaborador desde a fundação
do mundo. Salvo raríssimas exceções, ninguém sabia que
sua vida estava inserida em um plano divino, todos toca-
vam suas vidas naturalmente trabalhando e cuidando de
seus afazeres até que lhes foi revelado que eram colabora-
dores de Deus numa obra arrojada.
Moisés cuidava do rebanho de seu sogro na região do

Sinai quando foi chamado para colaborar dedicando sua
vida na libertação do povo israelita da escravidão egípcia
por mais de 400 anos; Josué, conhecido por ser servo de
Moisés, com a morte de seu senhor é surpreendido com
seu chamamento para colaborar nas últimas etapas de
conquista da terra prometida; com a colaboração de Davi
Ele derrotou um gigante; com Noé construiu uma arca
para salvar os seres vivos, com André conquistou Pedro;
enfim quando chega o momento de mais uma realização
divina como parte de Seu plano mestre, Deus busca al-
guém para fazer com ele e através dele.
Como Esses Homens Conseguiram Essas

Proezas?
Além desses já citados, existe uma infinidade de outros
que também fizeram coisas difíceis de realizar, principal-
mente quando avaliados pela ótica natural de quem eles
eram e o que faziam. Eram pessoas que não reuniam as
mínimas condições para tal feito, eram desqualificadas,
inclusive era essa a posição que muitos tinham acerca de
si mesmos, completa impotência.
Veja que o problema de muita gente é que só vivem

falando das coisas a serem feitas, passam o tempo todo
discursando, mas não fazem o que deveriam fazer. Logo
após o fechamento dos quatro primeiros livros do Novo
Testamento, o que vem a seguir conta a história dos após-
tolos e ele não se chama “As Palavras dos Apóstolos” e
sim os “Atos dos Apóstolos”, coisas que eles fizeram após
o retorno de Jesus ao céu. Eles não ficaram falando do que
deveriam fazer, eles se moveram e fizeram.
Davi compunha músicas e salmos, mas lutou com ur-
sos, leões e com gigantes; Elias não só profetizou, ele
tambem enfrentou os profetas de Baal. Como toda essa
gente conseguiu fazer essas coisas difíceis? Resolvendo
coisas comuns a todos nós. Vejamos o que fizeram:
- Venceram Seus Temores
A Bíblia diz em Hebreus, capítulo 11, que eles alcan-

çaram o testemunho por meio da fé. Todos fizeram o que
fizeram porque creram em Deus e venceram seus temores
e medos. Nossos temores são resultados dos sentimentos
de incapacidade que temos diante de certas realizações
que julgamos estarem em um nível de dificuldade bem
acima do que aqueles aos quais estamos acostumados a
tratar. É como se uma luz de alerta começasse a piscar
dentro de nós, chamando nossa atenção para o perigo que
estamos correndo. É só um alerta e não uma sinalização
indicando que não devemos nos envolver com aquele pro-
pósito. A coragem não revela a ausência de medo, mas é a
atitude que faz com que os pensamentos de incapacidade
não nos dominem. Por causa do medo podemos deixar de
fazer coisas relevantes, mas mesmo com esse sentimento
invisível em nosso interior podemos fazer coisas difíceis
confiando em Deus.
- Puseram De Lado Suas Desculpas
Salvo raras exceções, a maioria daqueles a quem Deus

buscava para cooperar com Ele em Suas manifestações
apresentava algum tipo de desculpa para não se envolver
e o mais interessante é que essas desculpas eram válidas,
qualquer um de nós seria facilmente convencido por elas.
Moisés era gago, ele não inventou isso, portanto como

um gago poderia fazer algo tão grande como tirar os isra-

elitas de debaixo do jugo de Faraó se ele tinha dificuldade
com a fala. Como se comunicar com seu povo e com o rei
do Egito com essa enorme deficiência? Afinal, ele tinha
razão ou não? Gideão disse ser o menor da sua casa, e sua
família a mais pobre de Israel, assim como Moisés ele não
estava inventando uma desculpa, era verdade o que disse-
ra. Porém, esses homens puseram suas desculpas de lado
quando o Senhor lhes disse: Eu estarei contigo!
As piores desculpas são as verdadeiras. Quando os fa-

tos da nossa realidade nos desqualificam, o obstáculo a
ser vencido é muito maior do que quando os inventamos
para não fazermos proezas. Noé poderia ter dito: para quê
uma arca se nunca choveu? Era uma verdade para dar
uma desculpa e deixar de fazer algo que o Senhor já o
havia designado como cooperador. Abraão foi pai de uma
nação, mas o corpo dele já estava amortecido pelos anos,
era uma verdade que poderia ser usada como desculpa
para não fazer uma proeza, porém ele confiou no Senhor.
Quando vamos fazer proezas precisamos colocar de

lado essas desculpas - são verdades - mas nos atrapalham
e colocam limites no que Deus vai fazer através de nós.
Qual a desculpa que você tem apresentado como impedi-
mento para não entrar numa jornada divina programada
para você? Acredito que ela seja verdadeira, porém você
deve confiar em Deus para fazer o incomum e alcançar
testemunho.
- Fizeram Com O Que Tinham
É comum aos irmãos que Deus tem buscado para colabo-

rarem com Ele em Sua obra, dizerem que ainda não coloca-
ram a mão no arado porque não possuem o suficiente. Sen-
tem-se incompletos. Todos os que fizeram proezas em Deus
começaram com o que tinham, não esperaram ter mais.
Conclusão
Você está pensando em só fazer algo quando tiver isso
ou aquilo? Esse dia não vai chegar. Por exemplo: não es-
pere ter mais irmãos, uma boa casa e bastante conheci-
mento para começar uma célula, inicie com o que você
tem e Deus te colocará sobre o muito.
Você já deveria estar ocupando uma posição de proe-

minência pelas coisas difíceis de serem realizadas e ainda
não as fez. Não as fez porque ficou esperando por sei lá o
quê ser de grande importância para começar. Faça com o
que você tem agora e Deus dará o que você precisa.
13º DIA
O que o Evangelho faz

com o homem?
E o que o homem faz
com o Evangelho?
13- O QUE O EVANGELHO FAZ COM O HOMEM?
E O QUE O HOMEM FAZ COM O EVANGELHO?
E
nchemos nossa vida de possibilidades, expecta-
tivas e esperanças quando iniciamos uma linha
de amizade e relacionamento com alguém que
acreditamos possuir um nível de educação, cultura e eco-
nômico acima do nosso porque enxergamos naquela pes-
soa dons e talentos capazes de suprir áreas importantes da
nossa vida.
Você já deve ter percebido que são poucas as vezes que

pensamos em compartilhar o que temos com os outros. O
casamento é um exemplo para demonstrar essa realidade,
a maioria das pessoas quando se casam não estão pen-
sando no que podem dar ao cônjuge por todos os anos de
vida que estiverem juntos, mas no que o cônjuge vai lhe
dar por toda a vida. Sempre estamos ouvindo o rapaz ou a
moça dizendo que estão pedindo a Deus alguém bom, que
os ame e cuide bem deles, sem se importarem com o que
o outro precisa nesse relacionamento.
13 - O que o evangelho faz com o Homem? E o que o homem faz com Evangelho? 137
Quando a regra é essa, o material usado na composição
desse relacionamento é fraco e logo vai trincar e partir, a
frustração nesse caso é inevitável, ninguém é tudo que
você pensa que é. Um relacionamento poderoso é basea-
do no serviço que nos dispomos a prestar ao outro, isso é
amor. Portanto o relacionamento de Deus com o homem
é fundamentado no amor, primeiro ele nos amou, depois
nós o amamos.
É puramente egoísmo, viver com o Senhor pensando

unicamente no cuidado que Ele tem por nós e não nos
importarmos com o que Ele espera que façamos com a
Sua unção.
A. O Que O Evangelho Faz Na Vida Do Homem?

– Liberta Dos Demônios
“Ao desembarcar, logo veio dos sepulcros, ao seu en-

contro, um homem possesso de espírito imundo, o qual vi-
via nos sepulcros, e nem mesmo com cadeias alguém podia
prendê-lo; porque, tendo sido muitas vezes preso com gri-
lhões e cadeias, as cadeias foram quebradas por ele, e os
grilhões, despedaçados. E ninguém podia subjugá-lo. An-
dava sempre, de noite e de dia, clamando por entre os se-
pulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras. Quando, de
longe, viu Jesus, correu e o adorou, exclamando com alta
voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssi-
mo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes! Porque
Jesus lhe dissera: Espírito imundo, sai desse homem! E
perguntou-lhe: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião
é o meu nome, porque somos muitos.” – Marcos 5:2-9
Quando você não consegue governar mais sua vida,

é porque alguém assumiu o controle da sua mente. Você
não governa mais suas vontades, seus pensamentos e suas

emoções. É como o pai que coloca um filho no ombro e
o filho começa a guiá-lo para onde quer ir. Então, você
acaba fazendo o que não quer e estando onde não deseja,
tudo porque alguém atravessou o seu caminho e passou a
dirigir a sua vida.
Esse homem que vemos no texto acima, morava onde

não queria morar (cemitério), comia o que não queria co-
mer (carne humana), cortava seu corpo quando não queria
fazê-lo e não conseguia ouvir ninguém, mesmo sabendo
que todos queriam ajudá-lo.
Quando os demônios controlam a mente de uma pes-

soa, eles a levam a um processo de autodestruição in-
controlável, mesmo não querendo, essa pessoa tem sua
vontade dominada e controlada por eles. Mas o poder de
Jesus pode libertá-la quando ela tem um encontro genuíno
com Ele.
– Transforma O Pecador
“Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Dis-

se-lhe Jesus: Dá-me de beber. Pois seus discípulos tinham
ido à cidade para comprar alimentos. Então, lhe disse a
mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de be-
ber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus
não se dão com os samaritanos)? Replicou-lhe Jesus: Se
conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me
de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Respon-
deu-lhe ela: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço
é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu, porventura,
maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual
ele mesmo bebeu, e, bem assim, seus filhos, e seu gado?
Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter
sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nun-
ca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será
nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.
Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água para
que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la.
Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido e vem cá; ao que
lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe
Jesus: Bem disseste, não tenho marido; porque cinco mari-
dos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto
disseste com verdade. Senhor, disse-lhe a mulher, vejo que
tu és profeta” – João 4:6-19
As necessidades que surgem nas mais diversas áreas da

vida de um ser humano, podem levá-lo a quebrar diversos
princípios espirituais de Deus em busca da sua felicidade.
Em nome do amor, da prosperidade e do sucesso qualquer
atitude corrupta e imoral é até bem aceita pela sociedade,
porque a lei do mundo é essa. Se roubar o patrão, logo al-
guém diz: - Que mal há nisso, o cara tem muito dinheiro.
Se trair o cônjuge, o outro diz: - Demorou até muito, não
sei como aguentou fulano até hoje. Mas quero te dizer
que se não esquecermos o mundo, jamais viveremos em
paz com Deus porque o sistema do mundo é inimigo do
sistema de Deus, e não podemos ser amigos daquilo que
Deus declara ser Seu inimigo.
Essa mulher citada no texto, já havia sido casada por

cinco vezes, e agora o homem com quem ela vivia per-
tencia a outra mulher. Sua necessidade de amor e afeto a
levou a virar as costas para Deus, porque o que importava
era a sua felicidade. O resto não tinha nada a ver.
Porém, ao meio dia ela teve sua vida transformada à
beira daquele poço, rompendo com uma união errada e se
colocando no padrão de vida direcionado por Deus para

essa área tão importante da vida. Cuidado! Quero te aler-
tar quanto a essa verdade, sua busca desenfreada pela fe-
licidade pode por toda sua vida a perder, e há coisas que
nunca mais teremos de volta. Cautela!
– levanta Dos Mortos
“Jesus, agitando-se novamente em si mesmo, encami-

nhou-se para o túmulo; era este uma gruta a cuja entrada
tinham posto uma pedra. Então, ordenou Jesus: Tirai a
pedra. Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira
mal, porque já é de quatro dias. Respondeu-lhe Jesus: Não
te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus? Tiraram,
então, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu,
disse: Pai, graças te dou porque me ouviste. Aliás, eu sabia
que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multi-
dão presente, para que creiam que tu me enviaste. E, tendo
dito isto, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora! Saiu
aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados
com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então, lhes or-
denou Jesus: Desatai-o e deixai-o ir.” – João 11:38-44
Além de ressuscitar mortos físicos o poder do evan-

gelho traz de volta à vida também aqueles que desistiram
de viver. Normalmente abrimos mão da vida quando nos
frustramos com nossas expectativas ou nos decepciona-
mos com alguém. Grande parte dos mendigos de rua estão
lá por uma dessas razões.Quando não nos interessamos
mais pelo trabalho, em estar junto da família, em ter mais
amigos e em tratarmos da nossa própria saúde, é porque
perdemos o gosto pela vida, isso é um tipo de morte.
Jesus levantou Lázaro depois de quatro dias mesmo

sem ninguém acreditar que ele pudesse voltar a viver.
Você sabe o que isso significa? O evangelho tem o poder
de levantar mortos.
O Que O Homem Faz Com O Evangelho?

“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As
coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!”
2 Coríntios 5:17
A pergunta que todo salvo faz nos seus primeiros dias

na igreja é: O que não posso mais fazer agora que sou
crente? O correto mesmo seria perguntar: - O devo fazer
agora que sou salvo? Além de trabalhar, estudar e cuidar
da família o que se pode ver na vida de um salvo? Ir à
igreja, carregar uma bíblia, mudar os amigos, ser honesto,
não usar mais drogas? Tudo isso faz parte da salvação,
mas não é a plenitude dela. Há muita gente que não é
salva e vive na prática de bons hábitos e de uma vida ínte-
gra. O que Jesus espera é que você faça algo novo agora,
quem está em Cristo é uma nova criação... Eis que sugi-
ram coisas novas. Que coisas novas são essas? Reconci-
liar o mundo com Deus por meio de Jesus.
“Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo

mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da recon-
ciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando
consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos
homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação.” – 2
Coríntios 5:18-19
Vejamos o que fizeram esses três personagens a partir

do momento em que o poder de Jesus mudou a vida deles?
– O Gadareno
“Ao entrar Jesus no barco, suplicava-lhe o que fora en-

demoninhado que o deixasse estar com ele. Jesus, porém,
não lho permitiu, mas ordenou-lhe: Vai para tua casa,
para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e
como teve compaixão de ti. Então, ele foi e começou a pro-
clamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera; e todos se
admiravam.” – Marcos 5:18-20
Jesus, ao receber o pedido do gadareno para estar com

Ele, não lhe deu permissão. No Reino não somos nós que
escolhemos o que vamos fazer, é o Rei quem direciona
nossa vida, ele tem um propósito para cada salvo. Ele en-
tão diz ao gadareno o que agora ele deveria fazer de novo
na sua vida além de trabalhar, estudar e cuidar da família
- anunciar a todos o que Deus havia feito por ele. Com
essa mensagem ele estaria reconciliando inúmeras pesso-
as com Deus.
– A Samaritana
“Muitos samaritanos daquela cidade creram nele, em

virtude do testemunho da mulher, que anunciara: Ele me
disse tudo quanto tenho feito. Vindo, pois, os samaritanos
ter com Jesus, pediam-lhe que permanecesse com eles; e fi-
cou ali dois dias.-” João 4:39-40
Impactada, ela volta para sua cidade contando tudo

quanto Jesus havia dito e feito na vida dela. Ela levou uma
multidão de pessoas, que até então a desprezavam, para
terem também um encontro genuíno com Jesus. Muitos
samaritanos reconciliaram-se com Deus através da men-
sagem dela.
– Lázaro
“Soube numerosa multidão dos judeus que Jesus estava

ali, e lá foram não só por causa dele, mas também para ve-
rem Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos. Mas
os principais sacerdotes resolveram matar também Láza-
ro; porque muitos dos judeus, por causa dele, voltavam
crendo em Jesus.” – João 12:9-11
O texto é bem claro quando diz que as pessoas iam até

Betânia para ver Lázaro. Ao sair dos corredores frios da
morte, ele testemunhava a todos o seu milagre de ressur-
reição, e por causa da sua palavra muitos judeus reconci-
liaram-se com Deus pela fé e passaram a viver em Jesus.
Conclusão
Ao salvar uma pessoa, Jesus já tem um plano pré-es-
tabelecido para a vida dela que é gerar um novo salvo
através de sua nova vida. Existem salvos que são pastores,
discipuladores, lideres de células e apascentadores, mas
não existe salvo que seja apenas um salvo, todo salvo tem
a missão de reconciliar os perdidos com o Reino de Deus.
Toda semente produz segundo a sua espécie, se Jesus

está vivo em você, então essa vida precisa ser derramada
sobre os perturbados, os que andam em busca da felicida-
de e estão dispostos a fazerem qualquer coisa e sobre os
que perderam o gosto pela vida. Conte a sua história para
alguém, ascenda essa luz que está dentro de você chamada
Jesus. Deixe Deus usar você como usou alguém um dia
para te salvar. Se assim não for, você ainda não é uma nova
criação completa, é só um bom religioso. Sirva ao Rei!
14º DIA
Indo Além
da Libertação
14- INDO ALÉM DA LIBERTAÇÃO
Q
uando estamos envolvidos em um projeto pes-
soal, o que menos queremos é ter que nos divi-
dir com um projeto alheio ou com coisa alguma
que não nos trará benefício. Parece que isso nos faz perder
o foco e tira nossa concentração daquilo que estamos fa-
zendo. Elogiamos, parabenizamos, mas o que queremos
mesmo é tocar nossa vida em frente.
Moisés foi criado pela família de Faraó, rei do Egito,

viveu por lá quarenta anos e em seguida fugiu para o de-
serto em razão de um comportamento tolo, depois casou-
-se e tornou-se pastor de ovelhas. Sua vida toda estava
projetada para ser vivida naquela região, porém, certo dia
indo para o seu trabalho como normalmente fazia, Deus
o chamou para retornar ao Egito e tirar de lá os israelitas
que viviam naquela terra há 430 anos, e a maior parte des-
se tempo sob um forte regime de escravidão. Ele teria que
parar com tudo ali no Sinai e devolver o rebanho ao sogro
para seguir a direção que Deus lhe havia dado.
A princípio, Moisés resistiu muito a esse chamado,

mostrou suas deficiências e falta de dons e talentos para
executá-lo. Ele conhecia o poder de Faraó, em sua ava-
liação era uma missão impossível, mas Deus deu a ele
14 - Indo além da Libertação 147
poder para enfrentar o inimigo e derrotá-lo. Convencido
por Deus ele foi ao Egito, e depois de semanas de grandes
conflitos travados com Faraó e muita insistência, o rei do
Egito deixou o povo sair com Moisés rumo à terra pro-
metida. Porém, há algumas coisas que quero mostrar para
você sobre este espólio que marcou época e fez história.
Faraó É Uma Figura Do Diabo

“Por isso, diga aos israelitas: Eu sou o Senhor. Eu os li-
vrarei do trabalho imposto pelos egípcios. Eu os libertarei
da escravidão e os resgatarei com braço forte e com pode-
rosos atos de juízo. Eu os farei meu povo e serei o Deus de
vocês. Então vocês saberão que eu sou o Senhor, o Deus de
vocês, que os livra do trabalho imposto pelos egípcios. E
os farei entrar na terra que, com mão levantada, jurei que
daria a Abraão, a Isaque e a Jacó. Eu a darei a vocês como
propriedade. Eu sou o Senhor.” – Êxodo 6:6-8
Faraó tipifica o Diabo, e como tal, rouba, mata, des-

trói e escraviza o ser humano no seu propósito de vida.
O homem em toda a sua existência carrega um grito de
liberdade engasgado na garganta, porém essa liberdade de
comportamento existencial acaba fazendo dele um prisio-
neiro do seu próprio desejo de liberdade. Acredite! Você
se torna prisioneiro por aquilo que vive, sempre haverá
um “senhor” direcionando sua vida. É complicado isso,
mas veja: por meio das poderosas redes de televisões e
das redes sociais, diariamente chegam ao nosso conhe-
cimento o estado precário e escravo que muita gente tem
vivido em seus países, lá eles clamam por libertação. A
sociedade não aceita mais aqueles “maus tratos” se com-
parados à maneira como vivemos. Quando essas pessoas
saem de debaixo desse regime opressor elas não ficam
livres, serão governadas por outro regime talvez mais so-

cial e humano, mas continuam prisioneiras.
Hoje, o que as pessoas chamam de liberdade conquista-

da, na verdade está destruindo a vida delas: álcool, drogas,
infidelidade conjugal, prostituição, corrupção, homosse-
xualismo, etc. Essa liberdade faz do homem um escravo
nas mãos de um mau “senhor”, ele nunca tem nada, mal se
veste, mal se alimenta, mal dorme e todo seu esforço no
fim da vida de resume em nada. Essas pessoas precisam de
alguém para libertá-las desse regime espiritual opressor, e
trazê-las para o reino abundante do Rei Jesus.
Deus disse a Moisés que libertaria o povo da escravi-

dão para mudar a vida deles. Parece uma contradição, mas
há um grito por liberdade preso no peito de muita gente
em busca de um libertador para ajudá-los a sair da encren-
ca em que se meteram.
Salvos Limitados Por Faraó

“Então o faraó mandou chamar Moisés e Arão e disse:
“Vão oferecer sacrifícios ao seu Deus, mas não saiam do
país”.” – Êxodo 8:25
A beleza da vida de um salvo não é o simples fato de

que deixou de ser um alcoólatra, um drogado, um cônjuge
infiel, um corrupto, mas em servir a Deus. O que Satanás
não quer é que você saia do território de controle dele,
pois isto significará sua derrota total.
O Diabo não se importa que você venha aos cultos

de celebração, participe de uma célula de oração, esteja
numa conferência de derramamento do poder de Deus ou
que oferte e devolva fielmente seus dízimos. O que real-
mente revela uma vida totalmente fora dos domínios do
inimigo é quando você decide tornar-se um reprodutor,
gerar através da sua fé um novo salvo, é impossível fazer
isso enquanto viver sob o domínio dele. Não é possível
servir a Deus e ao Diabo ao mesmo tempo, um deles vai
ficar muito zangado.
Faraó deu a Moisés uma liberdade limitada, ele pode-

ria ir ao lugar que escolhesse, mas que não fosse muito
longe para depois voltar. Quando não geramos um com-
promisso pleno com os propósitos do Reino de Deus es-
taremos sempre voltando a servir o inimigo. Tenho perce-
bido durante os anos que lidero a Igreja do Senhor, que as
pessoas que andam em vitória espiritual são aquelas com-
prometidas em servir ao Rei, ouço muitos irmãos dizendo
que não querem compromisso com a obra de Deus, que
querem ser livres. Todavia, tudo nessa vida envolve um
compromisso, quando você compra tem o compromisso
de pagar, quando casa tem o compromisso de prover e
proteger, sem compromisso nada possui vida longa. Acre-
dite! Você se libertará definitivamente das cadeias do Dia-
bo que ainda governam sua vida quando decidir servir ao
Rei, gerando e consolidando vidas no Seu Reino Eterno.
Deus Quer Um Povo Que O Cultue E O Sirva

“Nunca lhes falte o zelo, sejam fervorosos no espírito,
sirvam ao Senhor.” – Romanos 12:11
É bem interessante o aspecto que Deus imprime em
seu povo, em primeiro lugar Ele quer o nosso culto a Ele:
adoração, louvor, gratidão e contribuição. A maioria de
nós não tem grandes dificuldades com o culto, sempre
estamos ali no dia e hora marcados, exceto os que sem-
pre arrumam algumas desculpas pelos seus atrasos, mas a

maioria está adorando, louvando, orando, contribuindo e
levantando as mãos ao Deus da salvação.
Se a maioria dos salvos não têm grandes dificuldades

em cultuar ao Senhor, por outro lado a maioria apresen-
ta grandes dificuldades em serví-Lo convidando pessoas
para a reunião da célula, trazendo-as para os cultos, mi-
nistrando a elas “Meus Primeiros Passos com Jesus”, en-
viando-as ao “Encontro com o Amor de Deus”. Mesmo
tendo espírito de liderança, temos enorme dificuldade em
aceitar o fato de que podemos liderar um grupo de irmãos
para juntos compartilharmos a Palavra de Deus numa cé-
lula de oração e levar o pecador a ter uma experiência
com Jesus.
O culto gera fervor no nosso espírito, precisamos ser in-

tensos o tempo todo no período do culto, somos um corpo
vivo na expressão da adoração, louvor e contribuição ao
Senhor. Porém não podemos viver só dessa “embriaguês”
espiritual a ponto de negligenciarmos o serviço ao Rei.
Conclusão
Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos
membros e esses membros não exercem a mesma função;
“...assim também em Cristo nós, que somos muitos, for-
mamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os
outros. Temos diferentes dons, de acordo com a graça que
nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar, use-o na
proporção da sua fé. Se o seu dom é servir, sirva; se é ensi-
nar, ensine; se é dar ânimo, que assim faça; se é contribuir,
que contribua generosamente; se é exercer liderança, que a
exerça com zelo; se é mostrar misericórdia, que o faça com
alegria”. – Romanos 12:5-8
A igreja é o Corpo de Cristo, e cada membro tem sua

função nesse corpo. Enquanto não decidirmos viver a
vontade de Deus, estaremos vivendo a vida espiritual su-
gerida por Faraó a Moisés, a qual ele rejeitou: vão, mas
voltem. Hoje quero desafiar você a sair completamente do
território do inimigo. Só cultuar a Deus não é suficiente,
é necessário serví-Lo como instrumento que Ele que usar.
Isso sim é ir além da libertação.
15º DIA
Como Cinto Apodrecido

15- COMO CINTO APODRECIDO
“E fui ao Eufrates, e cavei, e tomei o cinto do lugar

onde o havia escondido; e eis que o cinto tinha apodrecido,
e para nada prestava.” – Jeremias 13:
C
oisas estragadas perdem sua utilidade e são des-
cartadas por não cumprirem seu propósito. Um
carro, um aparelho eletrônico, um eletrodomés-
tico, um prato de comida ou uma peça de roupa que não
se usa no cumprimento de seu propósito quando vai ser
utilizada apresenta algum tipo de defeito ou até mesmo
inutilização completa.
“Assim me disse o SENHOR: Vai, e compra um cinto

de linho, e põe-no sobre os teus lombos, mas não o colo-
ques na água. E comprei o cinto, conforme a palavra do
SENHOR, e o pus sobre os meus lombos. Então me veio
a palavra do SENHOR pela segunda vez, dizendo: Toma
o cinto que compraste, e que trazes sobre os teus lombos,
e levanta-te; vai ao Eufrates, e esconde-o ali na fenda de
uma rocha. E fui, e escondi-o junto ao Eufrates, como o
SENHOR me havia ordenado. Sucedeu, ao final de mui-
tos dias, que me disse o SENHOR: Levanta-te, vai ao Eu-
frates, e toma dali o cinto que te ordenei que o escondesses
15 - Como Cinto Apodrecido 155
ali. E fui ao Eufrates, e cavei, e tomei o cinto do lugar

onde o havia escondido; e eis que o cinto tinha apodreci-
do, e para nada prestava. Então veio a mim a palavra do
SENHOR, dizendo: Assim diz o SENHOR: Do mesmo
modo farei apodrecer a soberba de Judá, e a muita soberba
de Jerusalém.
Este povo maligno, que recusa ouvir as minhas pala-
vras, que caminha segundo a dureza do seu coração, e anda
após deuses alheios, para servi-los, e inclinar-se diante de-
les, será tal como este cinto, que para nada presta. Porque,
como o cinto está pegado aos lombos do homem, assim eu
liguei a mim toda a casa de Israel, e toda a casa de Judá,
diz o SENHOR, para me serem por povo, e por nome, e por
louvor, e por glória; mas não deram ouvidos.”
Jeremias 13:1-11
O texto que lemos tipifica o povo judeu na figura de

um cinto de linho. Por um tempo cumpriram seu propósi-
to integralmente ao Senhor, porém tempos depois adqui-
riram uma postura de completa indiferença ao que eram
e ao que deveriam fazer, tornando-se como um cinto que
apodrece ao deixar de exercer cotidianamente sua função.
Essa é uma verdade espiritual que não devemos descon-
siderar em nosso relacionamento com Jesus, pois encon-
tramos esse mesmo princípio na figura do sal quando apo-
dreceu dentro do saleiro por falta de utilização, ele perdeu
suas propriedades. Por que salvos como cinto de linho en-
tre pedras apodrecem e sal no saleiro sem uso para nada
serve senão para ser lançado fora? O que os faz perderem
suas propriedades? A resposta está bem clara no texto que
foi tomado como base para entendermos a causa que leva
muitos irmãos fervorosos se tornarem pessoas comuns.
A razão é porque resolveram andar a luz de suas próprias
idéias, e não mais as de Deus.
Idéias Próprias Revelam Orgulho

“Então veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
Assim diz o SENHOR: Do mesmo modo farei apo-
drecer a soberba de Judá, e a muita soberba de Jeru-
salém.” – Jeremias 13:8-9
A nossa vida segue os nossos pensamentos, portanto
tudo que existe ao nosso redor é resultado direto deles, são
eles os criadores do nosso mundo, de tudo que constitui
nossa vida. Então, o carro que dirigimos, a casa onde mo-
ramos, o tipo de roupa que vestimos e tudo mais que faz
parte de nossa vida é resultado do que pensamos inclusive
a pessoa com quem planejamos passar o resto da vida jun-
tos. Acredite! Eles são nossos melhores amigos ou nossos
piores inimigos. Os pensamentos que regem nossa vida e
nos levam a fazer escolhas podem ser gerados pelo nosso
próprio coração ou serem absorvidos de outra mente, en-
tão, antes de permitirmos que se tornem palavras e em se-
guida um hábito comportamental, precisamos avaliar para
onde está nos levando e se estão em harmonia com os de
Deus. Podemos andar por nossos próprios pensamentos
ou pelos pensamentos de outra pessoa.

Quando andamos dirigidos por nosso próprio pensa-
mento, Deus disse a Jeremias, corremos um risco devas-
tador porque ele é enganoso mais do que qualquer outra
coisa, e quando absorvemos e andamos pelo pensamento
de outra pessoa, já não somos mais nós que vivemos, pois
teremos uma vida semelhante à vida dela que está em nós
pelas idéias que deixamos entrar em nossa mente. Isso
muda nossos valores, cria novos hábitos e costumes trans-
formando radicalmente nossa maneira de viver.
O texto que lemos acima, mostra uma tragédia na vida
daquela geração de judeus que ao escolherem andar se-
gundo os pensamentos gerados em sua própria mente, re-
cusaram os pensamentos de Deus substituindo-os pelos
deles, ou seja, deixaram de concordar com o que Deus
dizia para andarem a luz do seu próprio entendimento.
Uma pessoa só anda com outra quando concorda com o
que ela pensa.
Muitas vezes não compreendemos porque pessoas

dentro da igreja vão apodrecendo espiritual e ministerial-
mente como um cinto de linho, a razão é bem simples elas
passaram a andar guiadas por suas próprias idéias deixan-
do as idéias de Deus de lado, tornaram-se orgulhosas e
arrogantes ao se colocarem acima do que o Senhor - antes
da fundação do mundo - resolveu sobre a maneira como
deveríamos andar com Ele, pois as idéias de Deus já estão
reveladas na Bíblia.
O Apóstolo Paulo disse certa vez “Assim já não sou em

quem vive, mas Cristo é quem vive em mim. E esta vida
que vivo agora, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que
me amou e se deu a Si mesmo por mim” - Gálatas 2:20.
Paulo estava dizendo que não vivia pelas suas próprias
idéias, mas pelas idéias do Senhor. Portanto, ele vivia a
vida que Jesus viveu, nada estava desalinhado.
Idéias Próprias Criam Caminho Próprio

“E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora ende-
moninhado que o deixasse estar com ele. Jesus, porém, não
lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os
teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e
como teve misericórdia de ti. E ele foi, e começou a anun-
ciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e
todos se maravilhavam.” – Marcos 5:18-20
A maior dificuldade de uma pessoa não está em não

crer em Deus, mas em andar com as idéias dela mesma,
deixando de praticar o que escuta da parte do Senhor.
Aceitamos Seus milagres, temos fé para recebê-los, mas
quando são apresentadas as suas idéias sobre como e em
que nossa vida deve se tronar aparecem as primeiras re-
sistências, escolhemos o que achamos interessante e ex-
cluímos o que não interessa porque não nos levarão pelo
caminho que queremos andar.
Resistir à Palavra de Deus é opor-se claramente as suas

idéias, é andar em desarmonia com o que Ele planejou
para nossa vida. Qualquer coisa que apodrece e enferru-
ja perdeu sua propriedade, enfraquece, cheira mal e é re-
jeitado. A Bíblia está cheia de casos assim e a igreja de
hoje também. Volto a dizer: “Isto é o resultado de quem
se conectou a Igreja de Cristo, mas não pratica suas idéias
reveladas na Palavra de Deus”. Caso o gadareno tivesse
dificuldade de viver pelas idéias de Jesus e seguisse seu
próprio pensamento provavelmente teria apodrecido, por-
que mesmo estando perto do Senhor, estaria longe do seu
propósito. Não basta estar próximo ou no mesmo ambien-
te onde a unção está fluindo, para tê-la e necessário estar
com a vida envolvida no propósito divino.
Idéias Próprias Indicam Independência

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos,
e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei
de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontra-
reis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é
suave e o meu fardo é leve.”
Mateus 11:28-30
Mulheres casam-se, mas querem ser independentes do
marido e viverem sua própria vida; filhos crescem e logo
querem ser independentes dos pais para seguirem a vida
com suas idéias próprias, normalmente querem fazer tudo
diferente; funcionários trabalham numa empresa, mas
querem ser independentes do patrão. Desde que não cau-
sem danos àqueles que os sustentaram por longos anos,
não vejo isso com maus olhos. Pessoas aceitam Jesus e
depois querem ser independentes dele, não praticam seus
princípios e não se entregam à vocação para a qual foram
escolhidos e habilitados pelo Espírito Santo.
O jugo é um aparelho de madeira colocado no pescoço

de dois bois, um ao lado do outro para que andem juntos
no trabalho de puxar uma carroça, conhecemos mais por
canga, ele faz com que a força aumente, permite que os
animais andem no mesmo passo e sigam na mesma di-
reção. Porém há algo bastante interessante, quando essa
dupla ou junta de bois é feita, um dos bois é mais velho
que o outro e isso acontece para que o boi mais velho e
experiente ensine ao mais novo como deve caminhar. No
texto onde Jesus fala desse aparelho, Ele o está tomando
apenas como uma figura para falar que seus pensamentos
são como um jugo e quando aceitamos colocá-los em nos-
sa mente, eles vão tornar nossa vida como a dEle.
Jesus colocou seu jugo sobre Pedro “...tu me amas?”,

sobre Maria Madalena “...vai e anuncia a todos...” e sobre
todos os demais salvos que compreenderam que uma vida
constantemente renovada depende de estarmos presos a
Ele, como o cinto em volta do corpo.
Conclusão
“Porque, como o cinto está pegado aos lombos do ho-
mem, assim eu liguei a mim toda a casa de Israel, e toda a
casa de Judá, diz o SENHOR, para me serem por povo, e
por nome, e por louvor, e por glória; mas não deram ouvi-
dos.” – Jeremias 13:11
Provavelmente, todas as idéias de Deus que promo-

vem sua saúde, vida abundante, sucesso, paz e um tanto
de outros benefícios são bem vindas, porém, quando Deus
coloca a idéia do que Ele espera de você, sua tendência é
correr em outra direção.
No texto de Jeremias está bem claro o que Deus espe-
rava do Seu povo, mostrar ao mundo quem Ele era. Ainda
hoje esse é o propósito de Deus através da vida do salvo,
revelar ao mundo o Seu grande amor.
Hoje, lendo este capítulo o Senhor fala ao seu coração

e, enquanto escrevo posso ouvir sua voz dizendo:
“Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será

salvo”. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram?
E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como
ouvirão, se não houver quem pregue? E como pregarão, se
não forem enviados? Como está escrito: “Como são belos os
pés dos que anunciam boas novas!” – Romanos 10:13-15.
16º DIA
Vivendo na plenitude do
Espírito Santo
16- VIVENDO NA PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO
“Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos

foi dada.” - Romanos 12:6
S
egundo o dicionário da língua portuguesa, ple-
nitude é o estado do que é inteiro, completo ou
íntegro. Não vamos conseguir medir 30cm usan-
do uma régua de 29cm, teremos um espaço próximo dos
30cm mas não será completo, vai faltar 1cm. Poucos ti-
ram o máximo da vida em razão de não estarem dispos-
tos a serem completos onde sua vida está inserida, falta
intensidade e disposição para serem felizes fazendo o que
fazem. Ninguém é campeão por acaso, nem tira notas es-
colares acima da média ou é um cônjuge elogiado só por-
que seus dons parecem sobrepor-se aos dos demais. Não!
O fato é que essas pessoas decidiram ser completas em
viverem suas vidas.
“Portanto, irmãos, rogo pelas misericórdias de Deus que

se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus;
16 - Vivendo na Plenitude do Espírito 165
este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão

deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua
mente, para que sejam capazes de experimentar e compro-
var a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Por isso,
pela graça que me foi dada digo a todos vocês: Ninguém
tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve
ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de
acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu. Assim
como cada um de nós tem um corpo com muitos membros
e esses membros não exercem todos a mesma função, assim
também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um
corpo, e cada membro está ligado a todos os outros. Temos
diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada.
Se alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da
sua fé. Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; se
é dar ânimo, que assim faça; se é contribuir, que contribua
generosamente; se é exercer liderança, que a exerça com
zelo; se é mostrar misericórdia, que o faça com alegria.”
Romanos 12:1-2
Dificilmente encontraremos alguém salvo por Jesus

cujo propósito ou motivação inicial de vir e congregar
em sua igreja foi o de servir a Deus. O que motivou essa
vinda foram as necessidades que assolaram a vida e a in-
capacidade de tratar com essas diferentes situações que
agrediram algumas áreas de grande importância da vida.
O que motivou nossa permanência foi: em primeiro

lugar as experiências em Deus que impactaram nossa
vida; em segundo lugar as pessoas que se dispuseram a
nos ajudar de alguma forma; e, finalmente um ambiente
agradável pela presença de Deus nos cultos e nas células.
Estas foram as principais razões que nos levaram a entre-
gar nossa alma a Jesus, e aqui estamos nascidos de novo
cultuando a Deus.
É interessante notar que quando não temos o conceito

correto das coisas, podemos fazer algo contrário ao que
deveria ser feito. Há duas palavras que expressam atitudes
diferentes, porém achamos que é a mesma coisa: servir a
Deus não é a mesma coisa que cultuar a Deus. O culto é
a cerimônia onde prestamos nossas homenagens a Deus
com músicas, danças e recursos financeiros ofertando e di-
zimando, enquanto que servir é o trabalho em Sua obra.
Por exemplo, é comum perguntarmos para quem está na
cozinha preparando o almoço a que horas será servida a co-
mida que está sendo preparada. Ao colocar o almoço sobre
a mesa o cozinheiro está cumprindo o seu dever, fazendo
o seu serviço naquela casa. O preparo do almoço não é o
culto, o cozinheiro é servo de todos e trabalha para que os
outros celebrem com sua gastronomia. Neste exemplo o co-
zinheiro somos nós, o alimento preparado é Jesus - o Pão
vivo que desceu do céu - e os que estão à mesa são aqueles
a espera da provisão de suas necessidades. Você precisa ir
além do culto, precisa ser completo em sua vida espiritual.
O momento em que a célula acontece ou quando a reu-

nião no prédio da igreja está em andamento, isto é um
culto, mas quem lidera aquela célula está servindo a Deus,
bem como quem leva um não crente, o apascentador no
cuidado de outros, aquele que prepara o lanche, etc. A
diferença é muito clara neste caso, porém, tanto o culto
quanto o serviço estão acontecendo simultaneamente.
A conclusão que você deve ter chegado agora é: se eu

cultuo estou em paz e não preciso me comprometer com
o servir. Quem pensa assim pode ser comparado a quem
toma banho só para não ter mau cheiro, só come para não
morrer de fome, se veste só para não andar nu e toma
água apenas para não morrer de sede. Comemos, bebe-
mos, nos vestimos, tomamos banho e dormimos, porque
além de ser necessário para termos uma boa saúde e apa-
rência, também é um trabalho e envolve uma série de ou-
tras atividades diárias que nos levam ao cumprimento de
um propósito. Todos nós tornamo-nos servos daquilo que
envolve nossa vida. Seu patrão de alguma forma espera
o seu reconhecimento, que você o elogie, o exalte, o res-
peite e dê a ele glórias, mas o que ele realmente quer de
você é que o sirva com seus talentos naturais para o cres-
cimento dos seus negócios. Pouco serviço e muito elogio
resultam em dispensa.
Quando nascemos para Deus, Ele ganhou adorado-

res. Fazemos isso até de forma instintiva com o passar
dos tempos, mas isso não é tudo. Ao nascermos para o
Seu reino, Ele por meio do Espírito Santo distribuiu dons
espirituais para que O servíssemos realizando tarefas es-
pirituais como diz o texto que lemos há pouco. Se você
esqueceu, volte lá e faça a leitura dele outra vez.
Ele nos escolheu

Quem escolheu nossa tarefa e deu-nos os dons neces-
sários para realizá-la foi o Espírito Santo.
“Irmãos, quanto aos dons espirituais, não quero que vo-

cês sejam ignorantes. Vocês sabem que, quando eram pa-
gãos, de uma forma ou de outra eram fortemente atraídos
e levados para os ídolos mudos. Por isso, eu lhes afirmo que
ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: “Jesus seja
amaldiçoado”; e ninguém pode dizer: “Jesus é Senhor”, a
não ser pelo Espírito Santo. Há diferentes tipos de dons,
mas o Espírito é o mesmo. Há diferentes tipos de minis-
térios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes formas de
atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos.
A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito,

visando ao bem comum.” -1 Coríntios 12:1-7
Em cada de um de nós, há um propósito divino oculto.
Quando Deus criou as árvores que davam frutos com se-
mentes ele disse que cada semente produziria segundo a
sua espécie, portanto, quando abrimos um abacate lá den-
tro dele está uma semente e sua missão é produzir outro
abacateiro. Deus deu semente ao abacate para gerar um
novo pé de abacate, e o Espírito Santo deu a você dons
para reproduzir a vida de Deus, que está em seu interior,
na vida de outros.
Ninguém nasce sabendo o que será na vida, que tipo

de profissão vai exercer, porém com o passar do tempo
descobrimos nossa verdadeira aptidão e esse talento será
a solução para alguém. Os mecânicos são a solução para
quem tem um carro quebrado, os médicos ajudam os do-
entes a serem sarados, bombeiros apagam incêndios, para
todo problema há alguém com talento para resolver. O in-
teressante é que ninguém nasce com conhecimento desses
talentos, eles são descobertos no decorrer do tempo.
Como já disse no início, quando você veio para Je-

sus foi por causa de suas necessidades, ficou por causa do
ambiente e dos novos amigos que fez, nasceu de novo e
aprendeu a cultuar a Deus. Mas o Espírito Santo colocou,
naquele mesmo momento um dom em você para resolver
algum tipo de problema, há pessoas nesse mundo cujas
vidas só tomarão outro rumo quando forem ministradas
por você.
Como Descubro Meu Dom?

- Quando gosto de fazer algo;
Quando gosto de fazer alguma coisa eu vou me

dedicando e buscando melhorar o que faço, busco a pleni-
tude para melhor servir. Numa célula, o que mais gosto de
fazer? Em contato com outras pessoas, sobre o que mais
gosto de falar acerca da igreja do Senhor? Se no seu co-
ração neste momento você está dizendo que não há nada
que te atrai no Reino de Deus eu acredito, mas o Espírito
Santo te dará gosto por algo como liderar uma célula, ser
um apascentador, acompanhar alguém nos encontros, fa-
zer o lanche, ser o secretário ou tesoureiro da célula ou
simplesmente levar a cada semana alguém para ter uma
experiência com Jesus. Você é a solução para algum pro-
blema em sua célula!
- Quando uma situação me irrita;
Existem coisas e situações que nos deixam profunda-

mente irritados como álcool, drogas, opressão, doenças,
crise conjugal e outras. Este é um forte sinal do dom que
você recebeu para mudar e corrigir uma dessas situações
na vida de alguém. Se a maneira como o líder lidera a
célula, o apascentador cuida da ovelha, o lanche é feito ou
o anfitrião recebe a célula em sua casa te irrita, isso é um
forte indício do dom que há em você.
- Quando sinto compaixão
Quando vejo o sofrimento alheio e isso me dói, e faz

nascer em mim o desejo de ajudar, isso é compaixão. Esse
sentimento é poderoso, é ele que nos leva na direção de
alguém. Quando esse sentimento tomar seu coração saiba
que isso é um forte sinal para liberar o dom que há em

você.
- Quando alguém precisa de mim
Os dons que o Espírito Santo nos dá são para resolver

o problema de alguém. Como saberemos quem é essa pes-
soa? O Espírito Santo te dirá. O livro de Atos no capítulo
8 e versículo 29 conta a história de Felipe enviado para o
deserto e que em seguida teve contato com o homem que
lia o livro do profeta Isaías, mas não compreendia. Felipe
trouxe a ele a revelação sobre Jesus, era tudo que o etíope
precisava para crer e ser batizado. Nesta semana de je-
jum, você vai se encontrar com pessoas inseguras quanto
ao seu futuro, emocionalmente abaladas e espiritualmente
perturbadas para serem ministradas pelos dons distribuí-
dos a você pelo Espírito Santo. Aproxime-se delas e sirva
ao Rei!
- Quando minha busca depende da minha dependência do
Espírito Santo
Nenhuma dependência revela nenhuma busca pelo Es-
pírito Santo; pouca dependência, pouca busca; total de-
pendência, uma busca insistente e intensa pelo Espírito
Santo.
Conclusão
A igreja dos apóstolos dependia do Espírito Santo em

sua plenitude, não conseguiam cultuar sem servir ao Rei.
Infelizmente com o tempo, os salvos acabaram pondo de
lado essa realidade - o Reino servindo ao Rei - e hoje
quando tratamos sobre essa questão que era tão comum à
vida cotidiana deles, parece que estamos pregando outro
evangelho. É hora de cada salvo voltar para o seu verda-
deiro propósito de existência no Reino de Cristo, Senhor
e Salvador de suas vidas
17º DIA
Ativando
a Salvação
17- ATIVANDO A SALVAÇÃO
Q
uando permitirmos que as palavras de Jesus di-
rijam nossa vida, elas afetarão profundamente
nossa maneira de viver. Não estou falando aqui
de milagres que suprem nossas necessidades no dia a dia,
mas de uma vida plenamente rendida à vontade Dele. O
que vai dar ao mundo o testemunho dessa mudança é a
maneira como estou vivendo minha fé no Senhor.
Um milagre, em momento algum me dá uma conduta

exemplar, a condição que me encontro no momento não
afeta o resultado de uma fé ativada numa promessa. Bas-
ta uma rápida passada pelos evangelhos e vamos logo per-
ceber que Jesus curava cegos e paralíticos, surdos e mu-
dos, leprosos e doentes de todos os tipos, além de libertar
endemoninhados sem estabelecer ou importar-se em que
condições espirituais eles se encontravam porque não era
o milagre que geraria uma nova criação, um estilo de vida
semelhante ao de Jesus. Muitos deles recebiam a provisão
de que necessitavam e nunca mais se ouvia falar sobre eles.
17 - Ativando a Salvação 175
Nunca desista de um milagre! Ore e jejue por ele, per-
severe em sua busca enquanto não acontecer o esperado,
isto vai te dar conforto e prolongar seus dias sobre a terra,
vai torná-lo bem sucedido nos negócios e trazer sosse-
go pro seu casamento, mas não afetará sua maneira de
viver de forma que as pessoas testemunhem que há um
Deus em sua vida só pelo que você recebeu dEle, mas isso
acontecerá pela sua dedicação à vontade dEle.
O milagre é indispensável, entendo que Jesus os fa-

zia e, portanto nos deu dons para repeti-los em razão dele
gerar no coração das pessoas um desejo mais intenso e
agudo pela salvação. Posso afirmar que em nossa realida-
de chegamos próximos a 100% dos que estão cultuando
ao Senhor, os que tiveram como porta de entrada no rei-
no um milagre. Reconheceram seus pecados, deixaram o
mundo para viver um novo padrão de moralidade e espiri-
tualidade e estão onde seu conhecimento os levou.
Este é um quadro lindo de se ver, porém ainda não é

o resultado final. O resultado final é a conversão. Con-
versão não é o simples fato de alguém ter sido batizado
e comprometer-se com os cultos da igreja, devolver seus
dízimos e ofertas para o sustento da obra de Deus e ter
deixado a prática do pecado. Não! Conversão significa to-
mar o caminho inverso daquele que seguia, é bem fácil de
entender! Vamos tomar como exemplo um ex-alcoólatra
liberto e salvo, sua conversão não está no fato de ter pa-
rado com a bebida, mas de se opor-se a ela ministrando
libertação aos que vivem presos por esse mau. Portanto
não basta parar, é necessário servir à vontade do Rei. Isto
é conversão! A maioria dos convertidos por terem a cla-
reza do que o termo significa, estacionaram no nível da
religiosidade e se tornaram críticos dos demais.
A Maior Expressão Da Salvação

“Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu,
senão também cada qual o que é dos outros.” Fiipenses 2:4
A maior evidência de conversão não está relacionada
ao pecado que você deixou de praticar, mas ao que você
passou a fazer em sua nova vida, o trabalho do reino. To-
dos nós viemos de um mundo em que desde a infância
desenvolvemos o amor próprio, tudo que fazíamos era
voltado à provisão de nossas necessidades e conquistas
pessoais, salvo pequenas exceções nos envolvemos com
a vida alheia.
Ao escrever aos Filipenses, o apóstolo Paulo fala dessa

questão em nível de interesses e ele os destaca em âmbi-
tos pessoais e alheios como o máximo da vida cristã a ser
alcançada pelo salvo. Envolvidos por nossos problemas,
parece não sobrar tempo algum que não seja para viver-
mos unicamente para as coisas de nosso interesse e nada
mais.
É claro o ensino de Paulo àqueles irmãos ao dizer que

deveriam ocupar-se com coisas de interesse alheio às suas
vidas. Deveriam separar um tempinho de suas rotinas tão
corridas para cuidar do próximo com os dons recebidos
pelo Espírito Santo.
A igreja moderna tem vivido distante dessa realidade,

nela chamamos as pessoas de irmãos porque não temos
tempo sequer para perguntar a elas como se chamam, e
olha, não tem coisa melhor do que alguém, no meio de
uma multidão, ser chamada pelo seu precioso nome.
Jesus, O Maior Exemplo

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também
em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus,
não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si
mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornan-
do- se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura
humana, a si mesmo se humilhou, tornando- se obediente
até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exal-
tou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo
nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos
céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse
que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” –
Filipenses 2:5-11
A vida terrena de Jesus foi ativada quando ele se dispôs

a fazer três coisas: Desapegou-se; Esvaziou-se; e Humi-
lhou-se. O Rei do universo despiu-Se de toda a Sua Glória
Celestial, e vestiu-Se de homem para cuidar dos interes-
ses dos homens. Por um tempo, 33 anos, ele deixou de
lado Sua vida, todo o Seu esplendor para cuidar da vida
alheia. Nnguém na terra pediu que Ele fizesse isso, Jesus
não foi resposta à nossa oração, Ele mesmo decidiu parar
com tudo e se meter em nossa vida tornando-se servo de
todos os irmãos.
A igreja é o Corpo de Cristo, e Jesus pelo estilo de vida

que assumiu mostra como ela deve proceder no mundo
enquanto aguarda a eternidade. Ela deveria cuidar dos
seus interesses exercendo sua fé na provisão de suas ne-
cessidades, como também cuidar dos interesses do peca-
dor expressando a vida de Deus a eles com os dons do Es-
pírito Santo como Jesus o fez. A pergunta é: carregamos o
mesmo sentimento de Cristo? Temos em nosso coração o
mesmo mover que Ele tinha? Enxergamos o mundo como

Ele enxergava? Antes de concluirmos a leitura desse ca-
pítulo, seria bom pararmos por um instante e pedirmos ao
Espírito Santo que nos encha deste mesmo sentimento,
um sentimento igual ao de Jesus.
Ativando a Salvação
“Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes,
não só na minha presença, porém, muito mais agora, na
minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e
tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer
como o realizar, segundo a sua boa vontade. Fazei tudo
sem murmurações nem contendas, para que vos torneis ir-
repreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio
de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplande-
ceis como luzeiros no mundo, preservando a palavra da
vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não
corri em vão, nem me esforcei inutilmente. Entretanto,
mesmo que seja eu oferecido por libação sobre o sacrifício e
serviço da vossa fé, alegro- me e, com todos vós, me congra-
tulo. Assim, vós também, pela mesma razão, alegrai- vos e
congratulai- vos comigo.” – Filipenses 2:12-18
Após vermos a atitude de Jesus movido por um senti-

mento de renúncia, por um longo período abrindo mão de
sua plena divindade para acupar-se com a vida dos outros,
nós voltamos o nosso foco para a Igreja de Filipos no mo-
mento em que estava sendo orientada a por em ação sua
salvação de acordo com a vontade de Deus que operava
através dela. Percebemos que eram irmãos santos, agradá-
veis e puros, porém infrutíferos quanto à missão de alcan-
çar os perdidos vivendo a plenitude da sua salvação. Era
uma igreja boa, como muitas que existem hoje, contudo
no tocante ao seu propósito de vida dentro do reino eram
incompletos, apenas cultuavam, mas não serviam ao Rei.
Eram extremamente preocupados com suas necessidades
e não davam a mínima para o pecador. Eles não estavam
dispostos a ocuparem-se em ajudar os outros como Jesus
fez durante toda sua vida, até na cruz em meio a dores e
abandono Ele estava salvando os pecadores.
Uma Lâmpada Escondida

“Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que
vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus incul-
páveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na
qual resplandeceis como luzeiros no mundo,” ¬-
Filipenses 2:14-15
Quando Jesus trouxe aos discípulos a revelação da
nova natureza de cada um deles, disse-lhes que agora uma
vez salvos se tornariam a luz do mundo. Tempos mais tar-
de, em um outro momento de discipulado, Jesus os ad-
verte acerca do cuidado que deveriam tomar quanto ao
posicionamento que deveriam ter em relação ao mundo
dizendo que o lugar de uma lâmpada acesa não é debaixo
da cama, mas no lugar mais alto da casa.
Jesus disse: “Vós sois a luz do mundo” - Mateus 5:14.

Uma única lâmpada não clareia toda a casa, como tam-
bém uma estrela sozinha pendurada no universo não daria
luz suficiente para iluminar a terra. Porém, um conjunto
de lâmpadas ou de estrelas fazem o seu papel com grande
eficiência. Um único salvo vai jogar pouca luz nas trevas
espirituais do mundo, um ou outro pecador será alcançado
pela graça de Deus, mas se todos os salvos ativarem a sua
salvação serão como um céu estrelado, por todos os lados
o mundo encontrará luz. Ative sua salvação!
Conclusão
“Contudo, mesmo que eu esteja sendo derramado como
oferta de bebida sobre o serviço que provém da fé que vocês
têm, o sacrifício que oferecem a Deus, estou alegre e me
regozijo com todos vocês.” – Filipenses 2:17
Buscar o interesse do outro é um serviço que provém

da fé, é um sacrifício que fazemos a Deus. Portanto, quan-
do não nos dispomos a viver na plena vontade de Deus,
servindo ao Rei, revelamos algumas coisas com esse com-
portamento, dentre elas estamos colocando sob suspeita
nossa fé em Jesus. Digo isso porque só nos entregamos
para aquilo que acreditamos. Isso tem a ver com a vida de
Jesus, o trabalho dEle foi sacrificial, ofereceu sua vida ao
Pai e estabeleceu o Seu Reino na terra.
18º DIA
Todos são
Chamados
18- TODOS SÃO CHAMADOS
“Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos.”

- Mateus 22:14
A
igreja vive uma realidade de confusão em rela-
ção ao chamado para a obra do Senhor, em vir-
tude da falta de revelação da Palavra sobre esse
tema de grande relevância na missão de Jesus entregue
a ela. A primeira realidade é aquela que denomino como
sendo o chamado do Velho Testamento e a segunda é o do
Novo Testamento.
No Velho Testamento o chamado era individual, feito a

uma só pessoa, no Novo Testamento o chamado é esten-
dido a cada salvo, portanto, a toda igreja, seja em nível de
liderança ou da simples manifestação dos dons do Espírito
Santo. Vamos tomar um exemplo raro do Velho Testamen-
to para entendermos como ele ocorre desde o estabeleci-
mento do Reino de Deus inaugurado por Jesus. Sansão, ao
nascer já tinha em seu interior o dom do Espírito e o cha-
18 - Todos são Chamados 185
mado para viver um propósito, precisou apenas de uma
circunstância para que ele descobrisse o que tinha dentro
dele e o que deveria fazer dali em diante com sua vida.
Quando nos convertemos ao Senhor Jesus, o nascimento
em Seu reino é caracterizado pela vida do Espírito Santo
habitando em nós e nos capacitando com algum dom para
o desempenho de um chamado.
Vivemos Uma Promessa Do Passado

“E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito
sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetiza-
rão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões.”
- Joel 2:28
O chamado no Velho Testamento era feito às pessoas

para reinarem, profetizarem e exercerem o sacerdócio, e
só a eles era dado o Espírito Santo. Os reis careciam de
uma unção de governo para direcionar a nação e cuidar
bem do povo, por isso era dado a eles o Espírito Santo.
“Feliz a nação cujo Deus é o Senhor” – Salmos 144:15b.
O profeta chamava a atenção do povo quando eles to-

mavam um caminho que colocava a nação de costas para
Deus. Juízos e promessas saíam da boca do profeta ins-
pirado pelo Espírito Santo. As obrigações do sacerdote
eram três: Ministrar no santuário perante o Senhor; En-
sinar ao povo guardar a Lei de Deus; e Tomar conheci-
mento da vontade divina. Ele servia a Deus em favor dos
homens, e só tendo o Espírito Santo poderia relacionar-se
com o Senhor conhecendo o Seu coração. Portanto, só a
esta categoria era liberada a unção do Espírito para que
pudessem exercer seu chamado com autoridade, poder e
sinais. Aos demais israelitas esse direito era vedado. Esse
é o que denomino de chamado do Velho Testamento, a

unção era restrita.
O que Joel declarou em sua profecia para o povo da-

quela época foi um absurdo, soou mal aos seus ouvidos,
afinal como poderiam entender que o mesmo Espírito que
um dia esteve em Davi que estava disposto a perder tudo
menos essa unção, estaria sobre a vida de qualquer um,
mesmo sendo Judeu. E um estrangeiro então? Deus me
livre. Impossível! Joel só poderia estar fora de si. Deixar
essa revelação entrar na mente deles era impossível. Dons
a todos, e não somente aos líderes?
Joel declarou que nos últimos dias o Espírito seria der-

ramado sobre toda a carne distribuindo dons a todos os
homens e mulheres, fossem eles velhos ou jovens. Todos
ao nascerem no Reino Eterno de Deus, antes do término
da contagem de seus dias de vida, seriam enviados aos
que vivem do lado de fora dos muros desse reino para
anunciar-lhes uma nova vida.
O início desses últimos dias foi inaugurado no dia de

pentecostes em Jerusalém. Depois de dez dias aguardado
essa tão esperada promessa proclamada por Joel e confir-
mada por Jesus, numa certa manhã, línguas como de fogo
e um vento que passava pela casa onde quase 120 irmãos
estavam reunidos, derramou da vida e da unção do Espíri-
to Santo sobre todos os que estavam ali. Note a expressão
do texto: sobre todos. O que era privilégio de reis, profe-
tas e sacerdotes, agora é de todos os salvos.
“Ao cumprir- se o dia de Pentecostes, estavam todos

reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som,
como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde
estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre
eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um

deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a
falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia
que falassem.” - Atos 2:1-4
O espanto foi completo, os judeus que passavam por
ali não entendiam nada. Eles poderiam fazer qualquer
avaliação, mas não chegariam à verdadeira realidade do
que já era um fato, cumpriu-se a profecia de Joel. Isso
era inimaginável e inconcebível em suas mentes. Assim,
preferiram dizer que era um bando de alcoólatras que se
embebedaram na festa a noite toda e agora estavam ali
rolando pelo chão.
Em detrimento a isso Pedro se manifestou:
“Então, se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a

voz, advertiu-os nestes termos: Varões judeus e todos os
habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e aten-
tai nas minhas palavras. Estes homens não estão embria-
gados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora
do dia. Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do
profeta Joel: E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor,
que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vos-
sos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão
visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos
e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito na-
queles dias, e profetizarão. Mostrarei prodígios em cima
no céu e sinais embaixo na terra: sangue, fogo e vapor de
fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em san-
gue, antes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor. E
acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor
será salvo.” - Atos 2:14-21
Qual a principal diferença entre o chamado no Velho

e no Novo Testamento? No Velho só os líderes o tinham,
porque para exercer o chamado era necessária a unção do
Espírito Santo e isso era exclusivo dos reis, profetas e sa-
cerdotes. No Novo, além dos líderes da igreja do Senhor
(pastores, mestres, evangelistas, apóstolos e mestres),
cada salvo recebeu um dom espiritual como cura, mila-
gres, línguas, dentre outros para ministrar com unção e
autoridade que o Rei lhes dá.
Deus Chama A Todos

Um tema comum a todas as cartas enviadas pelo após-
tolo Paulo às mais diferentes igrejas, é aquele que está de
uma forma ou de outra relacionado ao chamado e à voca-
ção de cada membro. Quando ele percebia que os irmãos
iam perdendo a intensidade, logo lhes escrevia advertin-
do-os a continuarem naquilo que foram ensinados desde
os seus primeiros passos com Jesus. Os textos extraídos
de algumas dessas cartas nos mostram a seguir o quanto o
avanço da igreja era encargo de seus membros treinados
e direcionados pelo líder, fosse ele um apóstolo, pastor,
evangelista, profeta ou mestre da Palavra.
“Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de

Cristo, para que, ou indo ver- vos ou estando ausente, ouça,
no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito,
como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica; e que
em nada estais intimidados pelos adversários. Pois o que é
para eles prova evidente de perdição é, para vós outros, de
salvação, e isto da parte de Deus. Porque vos foi concedida
a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes
nele, pois tendes o mesmo combate que vistes em mim e,
ainda agora, ouvis que é o meu.” - Filipenses 1:27-30
O apóstolo Paulo destaca algumas coisas bem inte-
ressantes nesse texto sobre a realidade da igreja em Fili-
pos. Ela era unida em torno de um só propósito com vida
(espírito) e sentimento (alma), portando todos viviam
pela mesma coisa. Apesar das diferenças que possuíam
de temperamentos, estavam juntos. Esse fato é bastante
relevante em virtude de alguns irmãos não conseguirem
caminhar com outros irmãos alegando que são diferentes,
que possuem costumes estranhos aos deles. Veja Pedro e
João, enquanto Pedro era extrovertido e brigão, João era
introvertido e vingativo. Porém, a Bíblia diz que eles an-
davam juntos apesar dessas diferenças. A razão é porque
lutavam juntos pela fé de Cristo.
Outra característica que distingue a igreja (reino) do

serviço do Rei (Jesus), é que ela não se intimida diante
dos seus adversários. O reino não recua com as intimida-
ções do inimigo nas inúmeras tentativas de ameaças que
faz para calar a voz que brada nas trevas.
Finalmente o texto fala de padecer por Cristo e não

somente de crer nEle. Crer em Cristo não gera nenhuma
forma de padecimento, dor ou perda. Quando os apósto-
los foram soltos da prisão em Jerusalém, foram adverti-
dos a não continuarem ensinando suas novas crenças na
cidade, mas não foram ameaçados e proibidos de vivê-las.
Sofremos por Cristo quando resolvemos viver o chama-
do dEle para nossa vida. Somos desprezados, criticados,
ameaçados e caluniados por parentes e familiares quando
assumimos nossa verdadeira identidade. Paulo ainda diz
aos irmãos que a obra que eles o viram realizar era a mes-
ma que eles estavam fazendo naquele momento. Podemos
dizer que cada membro daquela igreja era um “Paulo” e
faziam o que ele fazia enquanto estava com eles.
“Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes,

não só na minha presença, porém, muito mais agora, na
minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e
tremor;” Filipenses 2:12
“Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um
dentre vós que não pense de si mesmo além do que con-
vém; antes, pense com moderação, segundo a medida da
fé que Deus repartiu a cada um. Porque assim como num
só corpo temos muitos membros, mas nem todos os mem-
bros têm a mesma função, assim também nós, conquanto
muitos somos um só corpo em Cristo e membros uns dos
outros, tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que
nos foi dada:se profecia, seja segundo a proporção da fé; se
ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina
esmere- se no fazê-lo; - Romanos 12:3-7
“No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espíri-
to, servindo ao Senhor;” - Romanos 12:11
Portanto, cada salvo desde o seu novo nascimento tem
um chamado. O Espírito Santo já colocou um dom no
seu interior (desculpe-me pela repetição), o seu propósi-
to pode estar oculto, mas ele existe. A diferença entre as
pessoas chamadas no Velho e no Novo Testamento, é que
no primeiro tinham que fazer uma guerra, reinar sobre um
povo, e no segundo todos são chamados para gerar um
novo salvo.
Por que uma grande parte das pessoas chamadas no

Velho Testamento, salvo raras exceções, recuavam do seu
chamamento no primeiro instante? Relutavam, temiam! A
resposta é obvia, elas não tinham o que a igreja tem hoje,
o Espírito Santo. Então passava por suas mentes que era
com os seus talentos naturais que executariam aquela
missão para Deus.
O Chamado É Para Todos

“que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não
segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria de-
terminação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes
dos tempos eternos,” - 2 Timóteo 1:9
“Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez

maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto,
procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.” - 2
Pedro 1:10
Nossa formação religiosa gerou tradições que muitas

vezes nos impedem de andar em harmonia com a Pala-
vra de Deus, com o Seu propósito e no cumprimento de
Seus desígnios. Mesmo sendo eleitos para a eternidade
na qual acreditamos, e chamados no mesmo momento de
nossa eleição, recebemos a salvação prontamente, mas in-
validamos o chamado por nossas crenças estarem funda-
mentadas aos moldes do Velho Testamento. Quero dizer
com isso, que, o que encontra-se em nosso coração é que
o chamamento é voltado exclusivamente para pastores e
demais ministros que lideram a igreja e são usados com
dons espirituais da mais alta categoria. Este é o principal
argumento que usamos quando somos ministrados por
esse assunto e com este argumento tornamos a Palavra de
Deus nula em nossa vida. Os últimos textos que você leu
revelam que essa idéia fixada em sua mente é radicalmen-
te oposta ao que a Bíblia nos fala.
A igreja é um organismo vivo e não uma organização

morta, seus membros expressam essa vida e não religiosi-
dade. Para vivermos a vida da igreja como foi planejada,
precisamos redescobrir quem ela é e o que Deus espera
que ela faça. Minha oração é para que hoje o Espírito

Santo o convença dessa verdade, liberte sua mente dos
pensamentos equivocados que estão invalidando a graça
de Deus e te leve a viver o seu chamado acima de qual-
quer outra coisa. Que o conhecimento dessa verdade li-
berte você!
Quando Você Começa A Viver O Seu Chamado
“Dá- me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se
agradem dos meus caminhos.” - Provérbios 23:26
Nosso coração é a sede de nossas crenças e a boca é

a proclamação dessas crenças, portanto, não há nada que
falemos ou façamos sem que o nosso coração tenha crido,
esta é uma verdade e não há como fugirmos dela. Ora ou
outra ouvimos alguém dizer que tal coisa não entrou em
seu coração, por isso ela não se envolveu, mas se tivesse
tocado o coração envolveria todo seu ser, ela teria entre-
gado-o sem reservas.
O chamado de Deus começa no coração, é lá onde Ele

coloca Sua vida e propósito. Você não é obrigado a entre-
gar seu coração para viver o chamado, mas pense comigo
um pouco; no chamamento para a eternidade, prontamen-
te você entregou seu coração ao Senhor pelos benefícios
que te foram oferecidos na Palavra de Deus, mas a recusa
da entrega do coração para o chamado pode ser explicada
pelo fato de você não ganhar nada com isso aqui na terra,
então não compensa trabalhar por algo que não te benefi-
cia em nada agora.
Não somo obrigados a entregar o nosso coração ao

chamado, mas nem por isso o Senhor vai deixar de nos
cutucar constrangendo nossos pensamentos, sentimentos
e nossa vontade por todos os dias da nossa vida. Deus
pede o seu coração, essa é primeira coisa que Deus pede
no chamamento.
Costumamos perguntar em nossos cultos e pedimos

que quem ali já entregou seu coração a Jesus diga amém.
A resposta positiva vem de todos os irmãos, mas o que
significa entregar? Entregar quer dizer dar ou dedicar-se
inteiramente a algo ou a alguém, portanto, a partir da hora
que você entregou o seu coração a Jesus, é Ele quem diz o
que você será e o que fará. Daí em diante, não temos mais
controle sobre a nossa própria vida.
Aqui descobrimos porque a igreja moderna não avança

no mesmo nível de velocidade da igreja dos primeiros sal-
vos. Não só nos tempos apostólicos, mas em outras épo-
cas que marcaram a presença da igreja na terra todos eram
trabalhadores do reino, serviam ao Rei com suas vidas
após terem a experiência maravilhosa da salvação. Entre-
garam seus corações completamente e não apenas parte
dele. Se o seu tesouro não for o céu, seu coração não esta-
rá lá, é o disse Jesus em Mateus 6:21 - “Pois onde estiver
o seu tesouro, aí também estará o seu coração”. Por isso
o chamado da igreja começa com a entrega do coração.
Conclusão
“Então, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe:
Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores. Mas Jesus
lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do céu,
ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a ca-
beça. E outro dos discípulos lhe disse: Senhor, permite-me
ir primeiro sepultar meu pai. Replicou-lhe, porém, Jesus:
Segue-me, e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios
mortos.” - Mateus 8:19-22
Onde estiver o seu tesouro lá estará o seu coração.

Quando você é chamado para viver sua vocação divina o
seu coração deverá ser desconectado do seu tesouro terre-
no, coisas e pessoas que controlam e dominam sua vida.
19º DIA
Uma Aliança
por uma
Paixão Comum
19- UMA ALIANÇA POR UMA PAIXÃO COMUM
“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra

terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra
terá sido desligado nos céus. Em verdade também vos digo
que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respei-
to de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser- lhes- á
concedida por meu Pai, que está nos céus.”
Mateus 18:18-19
D
eus tem nos chamado para andarmos em har-
monia com o Seu coração e para conhecermos
o que tem nos dado a Sua palavra, revelando
por meio dela as intenções com seus filhos desde a funda-
ção do mundo. O que temos visto a respeito desse tema, o
Reino servindo ao Rei, é o que gerações de salvos anterio-
res à nossa, desde o começo da igreja de Cristo, viveram
e marcaram suas épocas com o poder do evangelho. En-
tenderam principalmente que não há nenhum poder libe-
rado por Deus quando oramos e trabalhamos sozinhos, a
paixão que move nosso coração por Jesus deve ser vivida
19 - Uma Aliança por uma paixão comum 197
em unidade, construída por uma aliança com o mesmo
propósito.
As dificuldades que temos em fazer as coisas juntos, é

na verdade uma arma criada por Satanás para impedir que
os membros do Corpo de Cristo vivam a plenitude do seu
chamado. Uma vez que um salvo ora sozinho, evangeliza
sozinho, lidera uma célula sozinho, enfim tudo o que faz
é de maneira isolada e solitária, sem unidade com outros
membros, isso fará com que ele não consiga perseverar
por muito tempo na oração, logo vai desanimar em virtu-
de da grande resistência encontrada no mundo espiritual.
Também vai desfalecer no trabalho da célula apesar do
enorme desejo presente em seu coração, mesmo saben-
do o que Deus quer que ele seja e faça. Cada um de nós
sabemos bem o que significa viver as realizações da vida
sozinhos. Aqui encontramos a razão de Jesus alertar os
discípulos do passado, do presente e aqueles que ainda
virão, sobre a questão de orar e trabalhar em seu Reino
tendo tudo em comum.
Visão E Aliança Mudam Tudo

“Não sabiam os magistrados aonde eu fora nem o que
fazia, pois até aqui não havia eu declarado coisa alguma,
nem aos judeus, nem aos sacerdotes, nem aos nobres, nem
aos magistrados, nem aos mais que faziam a obra. En-
tão, lhes disse: Estais vendo a miséria em que estamos,
Jerusalém assolada, e as suas portas, queimadas; vinde,
pois, reedifiquemos os muros de Jerusalém e deixemos de
ser opróbrio. E lhes declarei como a boa mão do meu Deus
estivera comigo e também as palavras que o rei me falara.
Então, disseram: Disponhamo-nos e edifiquemos. E for-
taleceram as mãos para a boa obra. Porém Sambalate, o
horonita, e Tobias, o servo amonita, e Gesém, o arábio,

quando o souberam, zombaram de nós, e nos desprezaram,
e disseram: Que é isso que fazeis? Quereis rebelar-vos con-
tra o rei? Então, lhes respondi: o Deus dos céus é quem nos
dará bom êxito; nós, seus servos, nos disporemos e reedifi-
caremos; vós, todavia, não tendes parte, nem direito, nem
memorial em Jerusalém.” - Neemias 2:16-20
Visão é a capacidade que temos de ver com o coração e

não com os olhos, enquanto os olhos mostram a realidade,
uma visão mostra como tudo ficará em breve. Infelizmente
encontramos pela vida afora inúmeras pessoas frustradas
e desanimadas consigo mesmas por não não terem conse-
guido realizar o que vislumbraram em seus corações. Elas
passam a vida toda atrás de uma resposta que as satisfaça
e console os seus corações sem a encontrar, porque elas
não conseguem enxergar o óbvio, fizeram tudo sozinhas,
não buscaram aliança com ninguém.
A Bíblia conta a história de um homem que tinha o

trabalho mais fácil que alguém podia fazer dentro de um
palácio, ele provava o vinho que o rei beberia em suas
refeições, seu nome era Neemias. Como muitos judeus
do seu tempo ele havia sido levado de sua cidade natal,
Jerusalém, para viver em um país estrangeiro. Seu serviço
no palácio durou até o dia em que tomou conhecimento
da vida precária em que vivia seu povo e decidiu deixar
a comodidade e a confiança do rei para levantar os muros
caídos e devolver a honra que seus conterrâneos haviam
perdido.
A primeira atitude de Neemias foi conhecer o real es-

tado da cidade, e ele encontrou muito lixo, portas queima-
das, muros caídos e um semblante desanimador no olhar
do povo. Reconstruir os muros não seria nada fácil. Ne-
emias então, reúne todo o povo e compartilha com eles a
sua visão de reconstruir os muros que protegiam a cidade,
há décadas caído. Como será que as pessoas receberam
isso? Alguns devem ter rido, outros devem tê-lo chamado
de louco, para alguns os muros não tinham mais nenhuma
importância. Os governos vizinhos se opuseram e conspi-
raram contra ele algumas vezes, mas Neemias conseguiu
em cinquenta e dois dias restaurar as partes do muro que
estavam destruídas porque houve um povo que alcançou
a visão que ele trouxera.
“Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco dias do mês

de elul, em cinqüenta e dois dias. Sucedeu que, ouvindo-o
todos os nossos inimigos, temeram todos os gentios nossos
circunvizinhos e decaíram muito no seu próprio conceito;
porque reconheceram que por intervenção de nosso Deus é
que fizemos esta obra.” - Neemias 6:15-16
A reconstrução dos muros de Jerusalém é uma das fa-

çanhas mais memoráveis registradas em toda a Bíblia. No
término da obra, Neemias é enfático ao declarar em seu
discurso que o resultado obtido foi graças á unção libe-
rada por Deus sobre todo o povo na realização daquela
obra. A unção foi desatada quando os trabalhadores alian-
çaram-se com Neemias e uns com os outros.
O Poder De Uma Aliança

“Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?”
- Amós 3:3
Uma aliança tem como base e fundamento a confiança
entre as partes que a compõem. Todos devem estar am-
plamente convictos em seus corações do que devem fa-

zer, trabalhar pela mesma coisa. É isso que significa andar
juntos, todos vivem para o mesmo objetivo e propósito,
o fracasso nada mais é do que a falta desse interesse co-
mum.
Jesus ao manifestar-se logo após o seu batismo como

Filho de Deus, cura os enfermos, liberta os endemoniados,
perdoa os pecados e revela o Seu propósito para aqueles
que O receberam como Senhor de suas vidas. Jesus os
reune e dá a eles unção para reproduzirem Seus milagres
e os envia de dois em dois alinhados nesse propósito.
“Tendo Jesus convocado os doze, deu-lhes poder e au-

toridade sobre todos os demônios, e para efetuarem curas.
Também os enviou a pregar o reino de Deus e a curar os
enfermos. E disse- lhes: Nada leveis para o caminho:nem
bordão, nem alforje, nem pão, nem dinheiro; nem deveis ter
duas túnicas. Na casa em que entrardes, ali permanecei e
dali saireis. E onde quer que não vos receberem, ao sairdes
daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés em testemunho
contra eles. Então, saindo, percorriam todas as aldeias,
anunciando o evangelho e efetuando curas por toda par-
te.” Lucas 9:1-6
Estes primeiros discípulos, sem fama alguma e com-

pletamente desconhecidos, entraram em aliança com
Jesus pelo mesmo propósito. Estes foram os primeiros
membros da Igreja de Jesus, entre eles estava Pedro, Tia-
go, João e os demais que mais tarde se tornaram os líderes
da Igreja. O que quero dizer é que eles não representavam
nada na sociedade religiosa daquele tempo, a fama e o
reconhecimento só vieram depois. Você entende?
Mais tarde Jesus libera unção sobre a vida de mais se-
tenta e dois discípulos e os envia de dois em dois para
fazerem as mesmas obras que os doze fizeram. É de se ob-
servar que tudo isso estava acontecendo logo no primeiro
ano e meio do ministério de Jesus.
“Depois disto, o Senhor designou outros setenta; e os

enviou de dois em dois, para que o precedessem em cada ci-
dade e lugar aonde ele estava para ir. E lhes fez a seguinte
advertência: A seara é grande, mas os trabalhadores são
poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande traba-
lhadores para a sua seara. Ide! Eis que eu vos envio como
cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa, nem alfor-
je, nem sandálias; e a ninguém saudeis pelo caminho. Ao
entrardes numa casa, dizei antes de tudo: Paz seja nesta
casa! Se houver ali um filho da paz, repousará sobre ele a
vossa paz; se não houver, ela voltará sobre vós.”
– Lucas 10:1-6
A obra estava crescendo, mas Jesus encontrou um

povo sem paz e a igreja avançou surpreendentemente. A
menos que tenhamos o entendimento de que o sucesso do
trabalho no Reino de Deus é resultado de uma aliança, é
impossível explicar o tamanho do alcance do evangelho
naquele tempo. Vemos esse crescimento não nas multi-
dões, que em um momento ou outro cercavam Jesus, mas
na quantidade daqueles que convertiam-se a Ele e eram
enviados. Agora estamos diante de setenta e dois anôni-
mos, de dois em dois indo levar paz para famílias intei-
ras vitimadas pelos mais terríveis males. A quantidade de
discípulos crescia, primeiro doze e agora setenta e dois,
porque estavam de acordo com os objetivos de Jesus.
Aprendendo Com Eles

“Então, saindo eles, pregavam ao povo que se arrepen-
desse; expeliam muitos demônios e curavam numerosos en-
fermos, ungindo-os com óleo.” – Marcos 6:12-13
Neste texto, podemos ver os efeitos e resultados de

uma aliança onde verdadeiramente as partes andam em
plena harmonia e cooperação no trabalho, não há menor
ou maior, o que importa mesmo é o resultado do que está
sendo feito. Esse é o resultado de uma aliança: frutificação
e crescimento. É isto o que acontece quando trabalhamos
juntos para o Senhor. Aqueles discípulos pregavam, ex-
pulsavam demônios e ungiam os doentes com óleo. Lem-
bre-se: não eram famosos como são hoje. Assim como
eles faziam, nós devemos fazer também.
O Retorno
“Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria,
dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem
pelo teu nome! Mas ele lhes disse: Eu via Satanás caindo
do céu como um relâmpago. Eis aí vos dei autoridade para
pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do ini-
migo, e nada, absolutamente, vos causará dano.
– Lucas 10:17-19
Os primeiros discípulos ganharam um lugar de lideran-

ça na condução da igreja após a volta de Jesus para o céu,
porém, os setenta e dois que vieram depois, não fizeram
em nada uma obra menor do que a deles. O relatório que
apresentaram a Jesus é do mesmo nível do grupo de Pe-
dro, se podemos assim dizer. Jesus aprovou o trabalho de-
les dizendo que enquanto eles estavam curando enfermos
e expulsando demônios, Satanás caia do céu como um
raio que cai sobre a terra. Como eles, nós também esta-
mos revestidos de poder e autoridade espiritual. Acredite!
Conclusão
Quem são os setenta e dois hoje? Vejamos que hoje,
os doze são representados pelos pastores que lideram a
Igreja do Senhor, e os setenta e dois, desconhecidos e anô-
nimos como tantos outros encontrados no livro de Atos e
nas cartas ás Igrejas, é você que lê esta mensagem neste
momento. O Senhor te salvou e planejou fazer uma obra
através da sua vida, colocou pastores como governo para
te direcionarem e outros irmãos com quem você deve es-
tar aliançado para servir ao Rei Jesus.
20º DIA
Células que geram vidas

Líderes que multiplicam células
20- CÉLULAS QUE GERAM VIDAS
LÍDERES QUE MULTIPLICAM CÉLULAS
“Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multi-

plicava o número dos discípulos; também muitíssimos sa-
cerdotes obedeciam à fé.” – Atos 6:7
O
que significa o nascimento de uma criança?
Quando os pais alegremente dão boas vindas
ao nascimento de um filho, o que isso significa?
Apenas o aparecimento de mais um ser humano? É o que
todos imaginam quando dizem que chegou mais um ao
mundo. Quando os pais pegam essa criança no colo e a
acariciam, apresentam-na aos amigos com grande alegria,
o que eles estão pensando? O que consigo enxergar em
cada novo ser humano que nasce nesse mundo é o surgi-
mento de uma nova família no futuro. Segundo os pesqui-
sadores se hoje os casais deixassem de gerar novos filhos,
nos próximos oitenta anos a raça humana desapareceria
da face da terra.
20 - Células que geram Vidas, Líderes que multiplicam Células 207
A Multiplicação Está Nos Filhos

Há anos atrás o governo chinês estabeleceu por lei o
projeto de que um casal de chineses não poderia ter mais
de um filho. Essa resolução foi tomada em virtude da pro-
jeção do número de habitantes que haveriam no País, em
razão da multiplicação das novas famílias que surgiriam
com o nascimento de 3, 4, ou 5 filhos por casal. Perce-
beram que não haveria habitação, emprego, alimento e
educação para tanta gente. A mesma resolução dizia que
cada casal de chineses poderia ter um único filho, e caso
não seguissem a determinação do governo sofreriam se-
veras punições. “A China atualmente é o país mais popu-
loso do mundo. O número estimado da população chinesa
é de 1,3 (um bilhão e trezentos milhões) de habitantes.
O crescimento da população chinesa tem sido uma das
preocupações do governo chinês nas últimas décadas. O
processo para reverter esse dado teve início a partir de
1970, quando os índices de crescimento atingiam 2,6%
anual, doravante o governo tem buscado formas para con-
ter o crescimento da população, a forma encontrada foi de
implantar um criterioso e rigoroso controle de natalidade
que ficou conhecido como “política de filho único”.
Quando os pais não cumprem com o controle propos-

to pelo governo são submetidos a punições executadas a
partir da perda de direitos a programas sociais, além de
a pessoa ser obrigada a efetuar pagamento de multas ou
correr o risco de ser destituído do emprego. Atualmente
estão dispondo de métodos de prevenção à gravidez (cami-
sinha, anticoncepcionais), e de modo mais radical, realizar,
de forma imposta, procedimentos cirúrgicos que levam as
pessoas a se tornarem estéreis, principalmente aqueles que
já têm um filho. Por meio de todos esses métodos, houve
uma diminuição de 2,6% para 0,6%, dessa forma evitou

que milhares de pessoas agregassem à enorme população
chinesa.”
Uma Simples Exposição

Mil casais com um único filho podem gerar quantas
novas famílias a partir deles? Vamos supor que o número
de meninos seja o mesmo de meninas, então formaríamos
500 novos casais, até aí continuamos com uma “popula-
ção” de mil casais, duas mil pessoas, e mil filhos. Porém
ao criar as quinhentas novas famílias com uma media de
três filhos por casal a população passaria de três mil pes-
soas para quatro mil e quinhentas, pois seriam mais mil e
quinhentos novos seres humanos. Se fossem quatro filhos
por casal o número de pessoas subiria para cinco mil pes-
soas. Isso é multiplicação!
O óbvio está diante de nós, o crescimento é o resultado

da criação de uma nova família. Portanto o crescimento
da população mundial é o resultado da formação de uma
nova família a partir de outra. Um casal pode encher a
casa de filhos, mas se esses filhos não formarem uma nova
família o futuro é claro, todos vão morrer um dia e ela
acaba porque não iniciaram outras famílias através dela.
A Multiplicação é um mandamento divino

Deus disse em Gênesis 1:21-22 “Criou, pois, Deus os
grandes animais marinhos e todos os seres viventes que
rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas
espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu
Deus que isso era bom. E Deus os abençoou, dizendo:
Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas dos ma-
res; e, na terra, se multipliquem as aves.”
Ao criar os répteis, aves e peixes, Deus os ordenou
para que se multiplicassem e enchessem os céus, os ma-
res e a terra com suas espécies tal feito com o ser humano.
Deus projetou a povoação do planeta a partir de um casal
de cada espécie, ele não o povoou, havia apenas um par
de leões, de elefantes, de baleias, de urubus, etc. A partir
deles veio a multiplicação, onde tornaram-se tantos que
não podiam ser contados.
“E Deus os abençoou e lhes disse:Sede fecundos, mul-

tiplicai- vos, enchei a terra e sujeitai- a; dominai sobre os
peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal
que rasteja pela terra.” - Gênesis 1:28
Deus disse ao primeiro casal que multiplicassem a sua

descendência por toda a terra. Quando Palaroni se casou
com Andreia, eram só ele e ela, mas em seguida vieram
Mishaell, Isrhaell e a Damarys. Palaroni e Andreia eram
dois e se tornaram em cinco. Os três filhos já se casaram
e, portanto, formaram assim três novas famílias. A partir
da rede de crescimento Palaroni e Andreia hoje são três
novas casas, com três casais e três netos. A partir de dois
(Palaroni e Andreia), hoje já são onze com os três filhos,
duas noras, um genro e três netos. Mais tarde quando os
netos crescerem e se casarem já serão mais três novas fa-
mílias. Deu para entender?
Crescimento E Multiplicação Das Células

O crescimento de uma célula acontece de maneira bem
natural, basta que cada membro entregue o seu coração
completamente a Jesus, dedicando-se semanalmente a
convidar e a levar alguém para a reunião de célula, fazen-
do isso o crescimento é natural e constante. Fomos cha-
mados para gerar! Enchemos a célula de filhos espirituais

como um casal enche sua casa de filhos. Mas, como já
vimos, se essa célula não multiplicar vai chegar um tempo
em que não existirá mais.
A multiplicação é um processo natural na vida de uma

família, cresceram-se os filhos e logo se casaram come-
çando uma nova família. A multiplicação das células se-
gue essa mesma linha, a célula cresce e a partir da forma-
ção de novos discípulos de Cristo, ela se multiplica para
outra casa com a liderança de um deles.
Uma célula viva cresce e se multiplica como um casal

de jovens, que deixam a casa de seus pais e começam uma
nova família em outra casa, gerando novos filhos que tam-
bém se casarão mais tarde iniciando também outra família.
Preparando A Multiplicação
“Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multi-
plicava o número dos discípulos; também muitíssimos sa-
cerdotes obedeciam à fé.” – Atos 6:7
O sonho da multiplicação deve estar no coração do lí-

der e de todos os membros da célula, portanto, membros
e líderes devem preparar pelo menos um dentre eles para
ser treinado e então multiplicar a célula a cada ano. A se-
guir conheça o trilho de multiplicação de células criado
para facilitar a preparação desse discípulo de Jesus para
começar uma nova família espiritual.
hh Primeiro Passo: Todos os salvos devem fazer o CCE

(Curso de Crescimento Espiritual).
hh Segundo Passo: Na metade do curso o líder da célula
escolhe uma pessoa da célula para ser cuidada por esse alu-
no, que se torna um apascentador.
hh Terceiro passo: Esse aluno do CCE (Curso de Cres-
cimento Espiritual) é levado para o CTD (Curso de Treina-
mento de Discípulos) e na metade do curso dá-se a ele mais
uma pessoa para cuidar, ficando agora com duas.
hh Quarto passo: Após o Reencontro, quando esse aluno
estiver fazendo o CMD (Curso de Multiplicação de Discí-
pulos), abre-se uma célula com esse apascentador, agora
líder, dando a ele mais uma pessoa.
21º DIA
O Reino
Servindo ao REI
21- O REINO SERVINDO AO REI
“Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o cora-

ção e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que
faremos, irmãos?” - Atos 2:37
A
verdade, é que não estamos acostumados com o
termo “o Reino servindo ao Rei”, apesar de nos
autonomearmos servos do Senhor. Não conhe-
cemos a real implicação desse termo em nosso caminhar
com Ele. Nos autonomeamos servos do Senhor quando
recebemos algum favor divino (Deus cuida dos seus ser-
vos) ou quando somos afrontados por alguma situação
humilhante, apontamos o dedo para o céu e com toda au-
toridade que pensamos ter disparamos: sou Teu servo, o
que o Senhor vai fazer a respeito? Precisamos ter a reve-
lação da Palavra para não adotarmos um estilo de vida em
Deus pensando que essa é a maneira correta de vivermos
no Seu Reino. Portanto, nosso maior desafio é andar com
Jesus conforme diz as escrituras, e é sobre isso que vamos
tratar neste capítulo de forma desafiadora diante daquilo
que você provavelmente já conhece como igreja.
21 - O Reino Servindo ao REI 215
O verdadeiro propósito de sua existência revelado na
Palavra pode soar mal aos seus ouvidos, e até parecer uma
heresia quando confrontado com o que estamos acostu-
mados a viver. No livro do profeta Amós capítulo 4 e ver-
sículo 6, o profeta diz que o povo de Israel estava vivendo
fora de sua realidade e por isso estavam sob forte pressão
do sofrimento por falta de conhecimento. O fato é que
eles haviam dado continuidade a uma forma de viver e re-
lacionar-se com Deus como faziam as gerações anteriores
a eles, pensando que aquela era a maneira apropriada de
viverem e fazerem história como povo de Deus. O clamor
de Deus por meio do profeta era para que aquela geração
buscasse na Palavra a revelação que precisavam para vi-
verem de maneira apropriada, e que alinhassem seus com-
portamentos com a Sua Palavra, como algumas gerações
de seus antepassados o fizeram.
Temos grande facilidade em reproduzir o que os outros

fazem sem procurar o por quê. Para ilustrar isso, sempre
conto a história do garoto que via sua mãe cortar a cabeça
e o rabo do peixe quando ia fritá-lo. Certo o dia o garoto
resolveu perguntá-la porque ao preparar o peixe, ela o fa-
zia daquela maneira. A resposta foi assustadora, ele ouviu
um sonoro “não sei”, e ela continuou dizendo: - Aprendi
com sua avó, pergunte a ela. O garoto perguntou a sua avó
e ela também disse que não sabia e que havia aprendido
com a mãe dela. Desapontado com a resposta o garoto foi
em busca da bisavó, ela assentou o bisneto ao seu lado e
lhe disse: Na minha época as frigideiras eram muito pe-
quenas, e não cabiam o peixe todo, então eu cortava a
cabeça e o rabo para caberem dentro dela, mas sua avó
e sua mãe nunca me perguntaram porque eu fazia assim,
hoje isso não é mais necessário.
Infelizmente é o que tem acontecido com a Igreja do

Senhor, estamos falando e fazendo coisas que vimos ou
ouvimos como se fossem verdades absolutas e não bus-

camos a revelação clara sobre o assunto na Palavra do
Senhor. Vivemos do “porque alguém disse que é assim”
e pronto.
O texto que lemos no início fala do verdadeiro e ple-
no propósito de vida do salvo. Depois que conhecemos a
Deus precisamos descobrir o propósito da nossa existên-
cia como filhos de um Pai Eterno.
OS TRÊS TIPOS DE IGREJA

Quando você se converteu alguém deve ter te pergun-
tado em qual Igreja você aceitou Jesus, e com o entendi-
mento que você tinha sobre o que é uma igreja, você logo
deu o nome que estava na placa. Alguns elogiaram a sua
escolha por essa Igreja e outros a desprezaram, porém essa
não é a questão relevante aqui, o que importa é o quanto
essa Igreja está alinhada com os propósitos de Deus.
Primeiro Tipo De Igreja:
hh A Igreja Dos Cristãos Religiosos
Quem são eles e quais as suas principais caracterís-

ticas? Os religiosos são aqueles que vivem por mereci-
mento, é importante notar que somos condicionados a
ter essa mentalidade desde criança, onde tudo é baseado
em regras e normas para alcançarmos nossas conquistas.
Lembro-me que quando ganhei um gravador de fita casse-
te do meu pai, foi porque passei de ano antecipadamente
e pelas boas notas que obtive, ou seja, eu agradei meu pai
e ele me deu o que eu queria. Tudo é baseado na minha
justiça própria.
Infelizmente uma parte das pessoas que vêm para a

igreja de Cristo, são ensinadas a terem essa mesma men-
talidade em relação a Deus; cumpro com uma série de
regras e normas, assim agrado a Deus, e ele se torna bom
para mim. Por outro lado, se sofro, passo o tempo todo
buscando nessa lista infinita de mandamentos, onde foi
que errei. Para pessoas que vivem nesse tipo de igreja a
forma é mais importante do que o conteúdo, puro “farisa-
ísmo” como era na época de Jesus, irrepreensíveis quanto
ao exterior, porém podres interiormente. Para esses ir-
mãos o Reino é baseado unicamente em regras. Tudo o
que fazem é para terem um desencargo de suas consciên-
cias e não se sentirem acusados em si mesmos, e quando
servem a Deus é para merecerem algum favor divino.
Segundo Tipo De Igreja:
hh A Igreja Dos Que Vivem Do Reino
Essa é uma igreja bastante interessante, e percebo que

é a que tem arrebatado o coração das pessoas para vive-
rem um tipo de vida sem o peso das regras religiosas e
numa busca frenética para conquistarem através da igreja
o que não conseguiram no mundo. A grande particulari-
dade dessa igreja é que nela os cidadãos do Reino é quem
dão as ordens ao Rei.
Outra característica dessa igreja é que as pessoas trans-

formam Jesus num “gênio da lâmpada mágica”, e agora
com tanto poder e promessas à sua disposição vivem ex-
clusivamente em função das suas necessidades, desejos e
satisfações pessoais o todo tempo todo. Eternidade é uma
questão para depois, o foco é o seu alvo de conquista pro-
metido por Deus, que os serve.
A primeira frase da oração que Jesus ensinou aos dis-

cípulos é mencionada apenas como um hábito de todo
bom cristão “Pai nosso que estás nos céus”, mas a segun-
da “seja feita a tua vontade” é uma hipocrisia. Nesse rei-
no Jesus não tem voz, e não reina sobre ninguém. Ele é
Aquele que tem poder para servir, só entra em cena para
fazer com Seu poder o que a capacidade e a habilidade
humana não podem. Essa igreja é regida pela máxima de
que existe um “reino”, mas o salvo é o senhor e não Jesus.
Terceiro Tipo De Igreja:
hh A Igreja Que Vive Para O Rei
Essa igreja é a que vive para o propósito do Reino de

Deus. Um reino é algo organizado, para ser reino ele pre-
cisa de um povo, de um rei, de um propósito, e são as
normas que vão dar direção e valores para definirem a
identidade desse reino. Na igreja de Cristo, o Reino de
Deus, encontramos todos esses elementos. Jesus é o Rei;
os salvos são os cidadãos; as leis espirituais são os seus
princípios; os valores são os verdadeiros motivos por traz
de cada atitude; e o propósito é salvação e treinamento do
perdido para exercer o santo ministério.
Os reinos possuem propósitos. Jesus disse que o diabo

veio para roubar, matar e destruir, esse é o propósito do
império das trevas. Entenda que todo mal sofrido por um
ser humano é causado por outro ser humano servindo ao
propósito do seu imperador. O diabo vicia alguém usando
um de seus servos já drogado. Quando Jesus disse que
veio para dar vida e vida em abundância, Ele estava falan-
do da influência que os cidadãos do Seu Reino exerceriam
sobre os que vivem oprimidos na escuridão das trevas.
Esse terceiro tipo de igreja é bem relevante porque seu

coração está alinhado com o do Rei Jesus, e ela enten-
de que seu propósito de existência é serví-Lo em amor
com todo seu coração, alma e entendimento. Seus dese-
jos, pensamentos e vontades são conhecidos pelo Rei que
supre cada um deles dando-lhe paz e segurança incondi-
cionalmente. Não significa anular sua vida, mas tornar-se
parceiro do Rei ao viver para o Seu propósito. Essa igreja
não anda preocupada ou ansiosa por nada dessa vida, o
Rei cuida de tudo enquanto ela O serve. Vamos mergulhar
na vida dessa igreja de salvos vencedores.
COMO DEUS ESTABELECEU A IGREJA
Precisamos desmistificar alguns mitos criados no de-

correr dos tempos sobre o fato de que Deus escolheu uni-
camente uma meia dúzia de pessoas especiais e as ungiu
para cumprir os Seus propósitos na terra. É evidente que
existem irmãos que alcançam uma posição de proeminên-
cia na igreja, porém eles não são os únicos a terem chama-
do ou encargo de conquistar uma multidão de vidas para
a eternidade, se nos dispusermos a entender que a igreja
é o Corpo de Cristo como a Bíblia diz que ela é, então
torna-se óbvio para nós que todos os salvos possuem uma
função como membros desse Corpo. O apóstolo Paulo
diz que até o menor e mais indecoroso de todos os mem-
bros do corpo humano é necessário para o seu perfeito
funcionamento. Aqui uma coisa fica bem clara para nós,
cada membro do Corpo de Cristo carece da revelação de
sua função na igreja, acabando assim com a ideia de que
quem não é pastor, não possui dons e chamado para servir
uns aos outros como membros ativos.
- Jesus Chamou A Todos

“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis
de modo digno da vocação a que fostes chamados,”

Efésios 4:1
A Bíblia não deixa nenhuma dúvida quanto ao chama-
do de cada salvo no Reino de Deus, cada um recebeu uma
vocação divina no momento de sua salvação, um dom
dado pelo Espírito Santo para libertar, curar, animar, en-
corajar, profetizar sobre a vida de alguém e edificá-lo den-
tre tantas outras coisas. O diabo está matando, roubando e
destruindo a vida de alguém hoje, e você é a única pessoa
com vocação e chamado para tirar essa pessoa do império
das trevas para o Reino de Deus. Você tem o dom que ela
precisa.
O texto do apóstolo Paulo aos salvos que viviam em

Éfeso, os alerta para que vivam de modo digno da voca-
ção com que foram chamados, isso quer dizer que eles
deveriam viver de maneira apropriada, que condissesse
com sua nova vida.
“que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não

segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria de-
terminação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes
dos tempos eternos,” - 2 Timóteo 1:9
Este outro texto é claríssimo ao afirmar que um salvo
por Jesus já traz em seu interior uma vocação espiritual.
Quando somos salvos não sentimos ou percebemos esse
chamamento, ele pode ser comparado a uma semente de
abacate. Enquanto há apenas uma flor, ela anuncia o fru-
to que virá em seguida, mas em seu interior já existe a
semente que vai dar origem a um novo pé de abacates.
A semente não surge depois, ela cresce no seu interior.
É exatamente isso que o apóstolo Paulo está ensinando a
Timóteo quando diz que a salvação vem acompanhada da
vocação. O dom colocado em seu interior pelo Espírito
Santo vai gerar outro salvo, como você foi gerado quando
aquele irmão obedeceu ao chamado e compartilhou com
você a vida de Deus.
“Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez

maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto,
procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.” - 2
Pedro 1:10
Acredito que esses três versículos já são suficiente
para você entender que Deus te libertou dos pecados que
o separavam da Sua glória e davam plena legalidade a
Satanás, fazendo-o Seu filho legítimo e vocacionado para
exercer funções no seu precioso Reino. O corpo de Cristo
é a igreja viva!
- O Governo Da Igreja E Os Vocacionados

“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para
profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e
mestres, - com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para
o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de
Cristo,” Efésios 4:11-12
Se não tomarmos cuidado, este texto pode nos levar a
entender que quando estudamos o tema sobre chamado na
Bíblia, ele está relacionado a pastores, apóstolos, mestres,
evangelistas e profetas. Parecem ser eles os únicos a fa-
zerem parte na execução dos propósitos divinos, mas isso
não é verdade, eles são o governo da Igreja para treinar os
salvos para o serviço ministerial. Todos os salvos voca-
cionados, como já vimos, são treinados pelo governo da
igreja, estabelecido por Jesus, com dons de liderança para
exercer o chamado dentro de uma direção de conquista
dos pecadores para o Reino de Deus e de edificação dos
que já estão integrados nela. Os líderes da igreja são os
treinadores dos salvos. Aleluia! Portando seu pastor é a
cobertura espiritual que Deus colocou sobre sua vida para

ajudá-lo a fluir no seu chamado através dos dons que fo-
ram distribuídos a você pelo Espírito Santo.
DEIXE JESUS VIVER EM VOCÊ

“logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim;
e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no
Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por
mim.” – Gálatas 2:20
A conversão plena não está no fato de que você deixou
de fazer o que se opunha a natureza divina quando acei-
tou Jesus, mas no que você passou a gerar com sua vida a
partir da nova criação em que se tornou. A conversão é a
mudança radical de propósito de vida.
O apóstolo Paulo é o autor do texto que lemos acima,

e sua vida deixa bem clara essa questão para nós. Toda
conversão genuína é dramática, ela te leva a comportar-se
de maneira violenta em oposição ao pecado que está des-
truindo a vida de seus familiares, amigos e até estranhos,
levando você a compartilhar Cristo e a vida presente de
Deus em você com eles. A conversão não está no fato de
você ter deixado a bebida, a idolatria ou qualquer coisa
(há muita gente do mundo que não pratica essas coisas pe-
caminosas), mas em seguir na direção contrária ao pecado
(que causa inimizade entre o homem e Deus).
- Você É Uma Casa De Deus

Eu te pergunto: - Onde Jesus está agora? O após-
tolo Paulo expressa a verdade sobre a revelação da habita-
ção de Jesus após sua morte e a descida do Espírito Santo
à terra. Ele diz: “Jesus vive em mim, mora em mim, habita
em mim e se expressa por meio de mim. Sou o seu corpo, é a
isto que me presto agora”. (Gálatas 2:20)
Essa é uma verdade espiritual que nos liberta de um
cristianismo religioso e vazio e nos ensina a viver uma
experiência diária com Jesus. Deus não está “lá”, ele está
aqui, em nós. A conclusão que chegamos é que contemos
Jesus em nosso interior, como um copo contém água. So-
mos a sua casa.
Há cerca de 2000 mil anos atrás, Deus precisou de um

corpo na forma humana para colocar Jesus, afim de que
por meio dEle pudesse expressar Sua graça ao mundo. A
vida contida naquele corpo era a do próprio Jesus, e era
por meio dele que o Senhor se movia por todos os lados,
tocando nas pessoas e falando com elas. Entenda isso, o
propósito de um corpo é expressar a vida que está contida
nele. Então o que podia se esperar do filho de Maria, cuja
vida contida nele, era a do próprio Deus?
Acredite em mim, como há 2000 anos Jesus se utilizou

de um corpo para expressar a vontade de Deus ao mundo,
hoje a Bíblia diz que eu e você somos o Corpo de Cristo,
portanto, Ele se utiliza do nosso corpo para expressar a
vontade de Deus ao mundo caído.
Jesus deve viver em nós pessoalmente, esse mistério

oculto no coração de Deus desde a fundação do mundo,
foi revelado e dado a nós que cremos nEle, é o que diz o
texto abaixo:
“O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e

em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus
santos; Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as
riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é
CRISTO EM VÓS, esperança da glória;” - Colossenses
1:26,27
Espero que você entenda com mais clareza o que acon-
teceu quando Jesus veio morar em você. Você se tornou
o Seu corpo, Sua casa preferida. Ele mora nesse corpo, é
por meio dele que o mundo perdido no pecado receberá a

vida de Deus. Você é o Corpo de Cristo, Cristo em você!
DEUS FAZ SUA OBRA ATRAVÉS DE MIM

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho
a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas
quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos
que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; fala-
rão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem
alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão
as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Marcos 16:15-18
A sua vida pode se tornar uma vida de milagres, de-
pende apenas de você crer que a resposta de Deus para
as pessoas está com você. Jesus disse no texto que lemos,
que todo aquele que crer em Seu nome... Jesus está di-
zendo que todo convertido a Ele, se torna um poderoso
instrumento de manifestação do Seu poder sobrenatural
sobre demônios, doenças e tudo mais.
Esse texto pode ser explicado da seguinte forma: Cris-

to em Maria tocou em Joana, que foi curada, salva e bati-
zada. Joana uma vez que creu e recebeu Jesus para morar
nela, fala com Pedro que é alcoólatra, ele é liberto, salvo
e batizado. Pedro por sua vez…
Conclusão
Vemos então, que a história se repete a cada instante
em que alguém é salvo e entende o propósito da sua vida
em Deus. Observe que o texto é bem claro ao dizer que
as obras divinas são realizadas por aqueles que passam a
crer, não estão limitadas aos pastores e líderes da igreja.

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A

1a Edição Agosto de 2016 - 5000 EXEMPLARES

Capa: Jonatas Cândido

Todos os direitos reservados ao autor.

Palaroni, Antonio Carlos

Uma parada para um tempo de reflexão sobre a ques-

O reino(os salvos) servindo ao Rei(Jesus).

Jamais vamos alcançar nossas cidades com a pregação

do de vida eterna do evangelho se os salvos não ascen-

Temos na igreja um processo inacabado, basta colocar-

Nesta edição especial, “O Reino servindo ao Rei”,

Meu desejo é que assim como Deus tem mudado a re-

“Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não; o que

Todos os dias nossos irmãos vêm nos perguntar coisas

Marcas De Uma Pessoa Não Resolvida

O Senhor Jesus falou que nosso posicionamento quan-

inércia, não se move em nenhuma direção. Uma decisão

Decisão não é apenas a boa intenção gerada em seu co-

- Quem Não Tem A Vida Resolvida Vive Na Oscilação

Pessoas dessa natureza nunca chegam a lugar algum,

“Não suponha esse homem que alcançará do Senhor al-

guma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os

Quando assumimos algum compromisso, nossa pala-

Indefinição é aquela situação de ficar em “cima do

Quem tem a vida resolvida já definiu as questões mais

vida, tudo já está pensado. A resposta de hoje é a decisão

Por que muitos temem tomar decisões? Porque não

“No terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá,

conhecimento e fossem capacitados para servir no palácio

hh Caráter – Daniel demonstra seu caráter ao não se

“Cumpridas estas coisas, Paulo resolveu, no seu espírito, ir a Je-

O apóstolo Paulo era uma pessoa resolvida. Ele decidiu voltar

Atos 21:7-14 - Os irmãos tentam impedir que Paulo

“Então Jesus foi com seus discípulos para um lugar

Jesus é o nosso referencial máximo de pessoa cuja

“Desde esse tempo começou Jesus Cristo a mostrar a

seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jeru-

“Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo,

O Senhor espera de nós, que sejamos homens resolvi-

Alguns pilotos da TAM não eram homens resolvidos,

Você precisa ter posicionamentos claros sobre as coi-

O que Estamos Fazendo

E achou no templo os que vendiam bois, ovelhas e

Qual o verdadeiro propósito do templo?

Jesus disse que o templo seria Casa de Oração, lugar

O Que Isso Tem A Ver Com Você Hoje?

“Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o

Bem, salvo raras exceções, a maioria das pessoas acre-

o Espírito Santo mora em mim e em você.

Um santuário é um lugar separado onde se realizam as

Nos dias do tabernáculo e do templo, a glória era ape-

Cuidado Perigo À Frente

Lembre-se, um santuário é um lugar separado para re-

Quando isso acontece e toma grandes proporções, a

Sansão, Um Exemplo Doído

Ás vezes, ficamos sem entender como um lixeiro

Sansão foi um dos poucos homens no Velho Testamen-

hh Fez aliança com os filisteus, inimigos dos princípios

hh Dormiu com prostitutas.

No dia 23 de março de 2012, morreu o humorista Chi-