Apostila - 03 Ehs
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Boa aula!
●●Subsidiar o aluno com questões relativas as causas de acidentes do trabalho e suas conseqüências
para o trabalhador, a empresa e a sociedade.
●●Causas de acidentes;
●●Prevenção de acidentes do trabalho;
●●Consequências dos acidentes do trabalho;
●●Danos causados ao trabalhador;
●●Prejuízo da empresa;
●●Custos para a sociedade;
●●Classificação das conseqüências dos acidentes;
●●Terminologia usual para ferimentos.
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Higiene e Segurança Industrial
Acidentes de Trabalho
Causas de acidentes
Em um ambiente de trabalho vários fatores podem provocar um acidente de trabalho, como não
utilizar equipamentos de proteção individual (EPI), falta de manutenção de máquinas, problemas no
ambiente de trabalho como por exemplo, falta de iluminação, peso escorregadio, etc. As causas desses
tipos de acidentes podem ser classificadas em dois grupos básicos:
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Heirinch, apresenta no seu trabalho publicado em 1931, a Teoria dos Dominós. Segundo sua teoria, a
ocorrência de um acidente do trabalho é um evento ou fato que resulta de uma seqüência de outros, e leva
à ocorrência de lesões. A queda do primeiro dominó é o fator que determina a queda do próximo, como
pode-se observar na Figura1.
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Os dominós de Heinrich,1950
2 – Falhas humanas – o trabalhador de qualquer idade ou posição hierárquica, pode cometer falhas
na execução de seu trabalho, do que ao final, resultarão nas causas de acidentes, devido aos traços
negativos de sua personalidade.
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Toda ação visando a prevenção deve partir da análise minuciosa da tarefa e de suas correlações
com outros processos. Se o risco de acidentes não puder ser eliminado ou neutralizado através de
equipamento de proteção coletiva, deve-se proteger o trabalhador através do uso de equipamentos de
proteção individual.
1 - Inspeção geral – é realizada quando se quer ter uma visão geral de todos os setores da empresa.
3 – Inspeção Específica – é uma inspeção para procurar e identificar problemas e riscos determinados.
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Prejuízos da empresa
O custo de um acidente do trabalho é calculado pelo custo direto (custo do segurado) com o
recolhimento feito para a Previdência Social, e com o pagamento do seguro contra acidentes do trabalho. A
outra é o custo indireto (custo não segurado). Os custos não segurados impactam a empresa da seguinte
forma:
●● Interrupção da produção.
●● Paralisação do setor.
●● Perícia trabalhista.
●●Treinamento de substituto.
●● Salário dos quinze primeiros dias após o acidente.
●● Comoção no ambiente de trabalho.
●● Prejuízos a imagem da empresa.
●● Atrasos de produção.
●● Cobertura de licença médica, etc.
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a – Acidente sem afastamento – é aquele em que o trabalhador acidentado pode exercer sua função
normalmente, no mesmo dia do acidente, ou no dia seguinte ao acidente.
b – Acidente com afastamento – é aquele que provoca a incapacidade do trabalhador, e pode ser:
temporária, parcial ou total.
●● Incapacidade temporária – é a perda da capacidade de trabalho por período limitado de tempo. O
acidentado fica afastado do trabalho por período muito pequeno de tempo, voltando a executar suas
funções normalmente.
●● Incapacidade parcial – é a redução parcial da capacidade
de trabalho do acidentado em caráter permanente.
As feridas no corpo humano, são consequência de uma agressão por um agente no tecido vivo. As
feridas podem ser classificadas de várias maneiras: pelo tipo do agente causal, de acordo com o grau de
contaminação, pelo tempo do traumatismo e pela profundidade das lesões. Para a infortunística (parte
da medicina legal e da legislação trabalhista que cuida dos riscos industriais, acidentes do trabalho e
moléstias profissionais), interessa o agente causal.
1 – Incisas ou cortantes – são provocadas por agentes cortantes, como faca, lâminas, etc. Suas
características são o predomínio do comprimento sobre a profundidade, bordas regulares e nítidas,
geralmente retilíneas. Na ferida incisa o corte geralmente possui profundidade igual de um extremo à outro
da lesão, sendo que na ferida cortante, a parte mediana é mais profunda.
2 – Corto-contusa - o corte não é tão acentuado sendo que a força do traumatismo é que causa a
penetração do instrumento. Os instrumentos agem por um gume mas quem influencia na produção da
lesão é o peso do instrumento.
exemplos: facão, machado, foice, enxada, guilhotina para cortar papel, etc.
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3 – Perfurante – são ocasionados por agentes longos e pontiagudos, como prego e agulha. As feridas
também são chamadas de punctórias. Pode ser transfixante quando atravessa o corpo.
4 – Pérfuro-contusas – são as ocasionadas por arma de fogo, podendo existir o orifício de entrada
apenas, ou orifício de entrada e saída. Neste caso a ferida é transfixante.
7 – Escoriações – A lesão surge na superfície cutânea, com arrancamento de pele. Quando as escoriações
são profundas há luxações, fraturas, roturas viscerais, esmagamento, etc. As escoriações são feridas
contusas superficiais, também chamadas de arranhaduras ou esfoladuras.
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Qualquer tipo de acidente é causado, e não simplesmente acontece, por este motivo devem ser
investigador e analisados para encontrar as causas antecedentes. Os acidentes de trabalho ocorrem por
faltas cometidas pelo trabalhador que violam as regras de segurança ou por condição insegura que existe
no ambiente de trabalho.
Atos e condições inseguras são fatores que combinados ou não, levam ao acidente de trabalho. Um
acidente é definido de acordo com a lesão sofrida pelo trabalhador e possuem classificação própria. A
lesão é o dano causado por trauma, sofrido pelos tecidos do corpo.
Leituras Complementares
AZZI, Gomes Silva. Diagnóstico de Acidentes no Trabalho Ocorridos na Indústria Química do Estado
de Goiás. Universidade Católica de Goiás. Anápolis. Goiânia, 2009.
NEGRINI, Danila Aparecida. Acidente do Trabalho e Suas Conseqüências Sociais. Editora: LTR. São
Paulo, 2010.
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