Giardia Lamblia (Giardíase) : Sintomas E Tratamento
Giardia Lamblia (Giardíase) : Sintomas E Tratamento
Giardia Lamblia (Giardíase) : Sintomas E Tratamento
Índice
1. O que é giardíase?
2. Ciclo de vida da Giardia lamblia
3. Formas de transmissão
4. Sintomas
5. Diagnóstico
6. Tratamento
6.1. Tratamento nas grávidas
7. Referências
O QUE É GIARDÍASE?
A Giardia lamblia, também chamada de Giardia intestinalis ou Giardia duodenale, é um protozoário que pode parasitar os intestinos dos seres humanos e causar
diarreia e dor abdominal.
A doença causada pela Giardia lamblia recebe o nome de giardíase ou giardiose, e sua transmissão se dá pelo contato com fezes de pessoas contaminadas.
Os cistos são as formas do parasita liberadas pelas fezes dos pacientes infectados, podendo sobreviver por muito tempo no ambiente se houver umidade.
A transmissão da Giárdia é fecal-oral, ou seja, ocorre pela ingestão dos cistos de Giardia que saem nas fezes de humanos ou outros mamíferos. Quanto piores forem as
condições de saneamento de um local, maior o risco de epidemias de giardíase. Falarei especificamente dos meios de transmissão mais abaixo.
Após a ingestão do cisto, a Giardia, no intestino delgado, se transforma na forma trofozoíta, tornando-se organismos flagelados que medem apenas 15 micrômetros
(0,015 milímetros).
Para um melhor entendimento, podemos dizer que os cistos funcionam como ovos e os trofozoítas são os filhotes que saem do mesmo. Os trofozoítas são a forma
capaz de se reproduzir, multiplicando-se dentro do intestino delgado do paciente contaminado, aderindo a sua parede e alimentando-se da comida que passa.
Quando o parasita chega ao intestino grosso, ele volta a forma de cisto, pois este é o único meio de sobreviver no meio ambiente após a sua eliminação nas fezes.
FORMAS DE TRANSMISSÃO
Como já dito, a giardíase é transmitida pela via fecal-oral. Qualquer situação em que os cistos de Giárdia liberados nas fezes alcancem a boca de outras pessoas,
causará a contaminação. Alguns exemplos:
SINTOMAS
A maioria das pessoas contaminadas pela Giardia lamblia não apresentarão sintomas. Naqueles que terão sintomas, os mais comuns são:
Diarreia, normalmente bem líquida, mas por vezes gordurosa, chamada de esteatorreia (leia: DIARREIA – Causas, sinais de gravidade e tratamento ).
Cólicas abdominais.
Mal-estar.
Flatulência (leia: GASES INTESTINAIS).
Náuseas e vômitos.
Emagrecimento.
Febre é um sintoma menos comum e ocorre em menos de 15% dos casos.
P R O P A G A N D A C O M E R C I A L
Os sintomas descritos acima costumam surgir em aproximadamente 1 a 2 semanas após a contaminação com os cistos de Giárdia, durando em média por 2 a 4
semanas.
Após uma fase aguda, cerca de 2/3 dos pacientes que tiveram sintomas apresentam melhora espontânea. 1/3, porém, desenvolvem a infecção crônica pela Giárdia,
mantendo-se infectados e sintomáticos por longos períodos. Na giardíase crônica, os sintomas mais comuns são:
Fezes pastosas.
Esteatorreia (fezes gordurosas e com forte odor).
Perda de peso importante.
Cansaço.
Depressão.
Um dos principais problemas da infecção pela Giárdia é a síndrome de má absorção, caracterizada clinicamente pela perda de peso e esteatorreia. O paciente com
giardíase apresenta dificuldade em digerir gorduras, carboidratos e vitaminas. Até 40% dos pacientes desenvolvem intolerância à lactose.
DIAGNÓSTICO
A infecção pela Giárdia é normalmente diagnosticada através do exame parasitológico de fezes. Como o parasita é eliminado de modo intermitente, a coleta de pelo
menos três amostras de fezes aumenta a chance de encontrarmos cistos.
TRATAMENTO
O tratamento da infecção pela Giardia tem dois objetivos: eliminar os sintomas nos pacientes sintomáticos e interromper a eliminação dos cistos pelas fezes, quebrando
a cadeia de transmissão.
Porém, se o obstetra entender que o tratamento é necessário durante o primeiro trimestre, o medicamento mais seguro é a paromomicina (10 mg/kg por via oral, 3
vezes por dia, por 5 a 10 dias), por apresentar absorção sistêmica limitada.
Durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez, agentes antimicrobianos aceitáveis incluem paromomicina, tinidazol, nitazoxanida ou metronidazol.
REFERÊNCIAS