RISF Volume 2 2023 PDF
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FEDERAL
SENADO
FEDERAL
BRASÍLIA – DF
Senado Federal
REGIMENTO INTERNO
Normas Conexas
VOLUME II
Brasília – DF
Sumário
RESOLUÇÕES
RESOLUÇÃO NO 17, DE 1993....................................................................... 3
Dispõe sobre a Corregedoria Parlamentar.
RESOLUÇÃO NO 20, DE 1993....................................................................... 5
Institui o Código de Ética e Decoro Parlamentar.
RESOLUÇÃO NO 50, DE 1993..................................................................... 25
Dispõe, com base no art. 52, inciso V e VII, da Constituição Fe-
deral, sobre as operações de financiamento externo com recursos
orçamentários da União.
RESOLUÇÃO NO 40, DE 1995..................................................................... 31
Institui a Procuradoria Parlamentar e dá outras providências.
RESOLUÇÃO NO 40, DE 2001..................................................................... 33
Dispõe sobre os limites globais para o montante da dívida pública
consolidada e da dívida pública mobiliária dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, em atendimento ao disposto no art. 52, VI
e IX, da Constituição Federal.
RESOLUÇÃO NO 43, DE 2001..................................................................... 37
Dispõe sobre as operações de crédito interno e externo dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive concessão de garan-
tias, seus limites e condições de autorização, e dá outras providências.
RESOLUÇÃO NO 20, DE 2004..................................................................... 68
Autoriza a União a executar Programa de Emissão de Títulos e de
Administração de Passivos de Responsabilidade do Tesouro Nacio-
nal no Exterior e dá outras providências.
RESOLUÇÃO NO 7, DE 2005....................................................................... 71
Estabelece normas para apreciação das indicações para composição
do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Minis-
tério Público, em face do que dispõe a Emenda Constitucional no 45,
promulgada em 8 de dezembro de 2004.
Art. 5o Em caso de delito cometido por Senador nos edifícios do Senado, cabe-
rá ao Corregedor, ou Corregedor substituto por ele designado, presidir o inqué-
rito instaurado para apuração dos fatos.
CAPÍTULO I
DOS DEVERES FUNDAMENTAIS DO SENADOR
CAPÍTULO II
DAS VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS
CAPÍTULO III
DOS ATOS CONTRÁRIOS À ÉTICA E AO DECORO PARLAMENTAR
Resoluções
dos como tal pessoas jurídicas que indiquem em seu objeto social a execução
de serviços de radiodifusão sonora ou de sons e imagens;
III – praticar abuso do poder econômico no processo eleitoral.
§ 1o É permitido ao Senador, bem como a seu cônjuge ou companheira,
movimentar contas e manter cheques especiais ou garantidos, de valores cor-
rentes e contrato de cláusulas uniformes, nas instituições financeiras referidas
no inciso I.
§ 2o Excluem-se da proibição constante do inciso II a direção ou gestão de
jornais, editoras de livros e similares.
1 Resolução no 42/2006.
Resoluções
dão solicitar diretamente, mediante requerimento à Mesa do Senado, quaisquer
informações que se contenham nas declarações apresentadas pelos Senadores.
CAPÍTULO V
DAS MEDIDAS DISCIPLINARES
mandato, quando não for aplicável penalidade mais grave, o Senador que:
I – reincidir nas hipóteses do artigo antecedente;
II – praticar transgressão grave ou reiterada aos preceitos do Regimento
Interno ou deste Código, especialmente quanto à observância do disposto no
art. 6o;
III – revelar conteúdo de debates ou deliberações que o Senado ou Comis-
são haja resolvido devam ficar secretos;
IV – revelar informações e documentos oficiais de caráter reservado, de
que tenha tido conhecimento na forma regimental;
V – faltar, sem motivo justificado, a dez sessões ordinárias consecutivas
ou a quarenta e cinco intercaladas, dentro da sessão legislativa ordinária ou
extraordinária.
CAPÍTULO VI
DO PROCESSO DISCIPLINAR
Art. 12 A sanção de que trata o art. 10 será decidida pelo Plenário, em escrutí-
nio secreto e por maioria simples, mediante provocação da Mesa, do Conselho
de Ética e Decoro Parlamentar ou de Partido Político representado no Con-
gresso Nacional, na forma prevista nos arts. 14 e 15, excetuada a hipótese do
parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único. Quando se tratar de infração ao inciso V do art. 10, a
sanção será aplicada, de ofício, pela Mesa, resguardado, em qualquer caso, o
princípio da ampla defesa.
Resoluções
creto e por maioria absoluta de votos, mediante iniciativa da Mesa, do Con-
selho de Ética e Decoro Parlamentar ou de Partido Político representado no
Congresso Nacional, na forma prevista nos arts. 14 e 15 (Constituição Fede-
ral, art. 55, § 2o).
Parágrafo único. Quando se tratar de infração aos incisos III, IV e V do
art. 55 da Constituição, a sanção será aplicada, de ofício, pela Mesa, resguarda-
do, em qualquer caso, o princípio da ampla defesa.
Art. 14. A representação contra Senador por fato sujeito à pena de perda do
mandato ou à pena de perda temporária do exercício do mandato, aplicáveis
pelo Plenário do Senado, na qual, se for o caso, sob pena de preclusão, deverá
constar o rol de testemunhas, em número máximo de 5 (cinco), os documentos
que a instruem e a especificação das demais provas que se pretende produzir,
será oferecida diretamente ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar pela
Mesa ou por partido político com representação no Congresso Nacional.2
§ 1o Apresentada a representação, o Presidente do Conselho de Ética e
Decoro Parlamentar procederá ao exame preliminar de sua admissão no prazo
de 5 (cinco) dias úteis, determinando o seu arquivamento nos seguintes casos:3
I – se faltar legitimidade ao seu autor;4
II – se a representação não identificar o Senador e os fatos que lhe são
imputados;5
III – se, ressalvados os casos previstos no inciso I do art. 3o desta Reso-
lução, os fatos relatados forem referentes a período anterior ao mandato ou se
forem manifestamente improcedentes.6
§ 2o Da decisão que determine o arquivamento da representação caberá
recurso ao Plenário do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, no prazo de 2
(dois) dias úteis contado de sua publicação, subscrito por, no mínimo, 5 (cinco)
de seus membros.7
2 Resolução no 25/2008.
3 Idem.
4 Idem.
5 Idem.
6 Idem.
7 Idem.
8 Resolução no 25/2008.
9 Idem.
10 Idem.
11 Idem.
12 Idem.
13 Idem.
14 Idem.
15 Idem.
16 Idem.
17 Idem.
18 Idem.
19 Idem.
Resoluções
vedada a designação de membro do próprio colegiado, nos termos do inciso III
do caput deste artigo.20
§ 2o No caso de impedimento ou desistência do relator, o Presidente do
Conselho designará substituto na reunião ordinária subsequente, observado o
disposto no inciso III do caput deste artigo.21
§ 3o (Revogado).22
§ 4o (Revogado).23
§ 5o (Revogado).24
20 Resolução no 25/2008
21 Idem.
22 Idem.
23 Idem.
24 Idem.
25 Idem.
26 Idem.
27 Idem.
28 Idem.
29 Idem.
30 Resolução no 25/2008.
31 Idem.
32 Idem.
33 Idem.
34 Idem.
35 Idem.
36 Idem.
Resoluções
tados;37
III – se, ressalvados os casos previstos no inciso I do art. 3o desta Reso-
lução, os fatos relatados forem referentes a período anterior ao mandato ou se
forem manifestamente improcedentes.38
§ 3o Da decisão que determine o arquivamento da denúncia caberá recur-
so ao Plenário do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, subscrito por, no
mínimo, 5 (cinco) de seus membros, no prazo de 2 (dois) dias úteis contados
de sua publicação, que se dará impreterivelmente no Diário do Senado Federal
do dia subsequente.39
§ 4o Admitida a denúncia, será designado, por sorteio, relator, que rea-
lizará sumariamente a verificação de procedência das informações, ouvido o
denunciado, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado de sua intimação.40
§ 5o Transcorrido o prazo mencionado no § 4o deste artigo, o Presidente
incluirá a matéria na pauta da reunião subsequente, na qual o Conselho delibe-
rará pela procedência da denúncia ou pelo seu arquivamento.41
§ 6o Considerada procedente a denúncia por fato sujeito às medidas pre-
vistas nos arts. 8o e 9o desta Resolução, será instaurado processo disciplinar e o
Conselho promoverá sua aplicação, nos termos ali estabelecidos.42
§ 7o Caso entenda que a acusação é fundada em indícios bastantes que, se
comprovados, justificariam a perda do mandato, o Conselho encaminhará os
autos à Mesa, para a apresentação de representação.43
§ 8o Qualquer partido político com representação no Congresso Nacional
poderá subscrever a denúncia de que trata o § 7o que, nesse caso, será encami-
nhada à Mesa como representação.44
§ 9o Recebida de volta pelo Conselho a representação de que tratam os §§
7o e 8o, será aberto processo disciplinar e expedida notificação específica para
37 Resolução no 25/2008.
38 Idem.
39 Idem.
40 Idem.
41 Idem.
42 Idem.
43 Idem.
44 Idem.
Resolução.45
§ 10. Poderá o Conselho, independentemente de denúncia ou representa-
ção, promover a apuração, nos termos deste artigo, de ato ou omissão atribuída
a Senador.46
CAPÍTULO VI-A
DA INSTRUÇÃO PROBATÓRIA47
45 Resolução no 25/2008
46 Idem.
47 Idem.
48 Idem.
49 Idem.
50 Idem.
51 Idem.
52 Idem.
53 Idem.
Resoluções
nunciante, as convocadas por iniciativa do Conselho e, por último, as arroladas
pelo representado ou denunciado;54
II – preferencialmente, a inquirição das testemunhas ocorrerá numa única
sessão, devendo ficar separadas as de acusação das de defesa e serem recolhidas
a lugar de onde não possam ouvir debates nem as respostas umas das outras;55
III – a testemunha prestará compromisso e falará somente sobre o que lhe
for perguntado, sendo-lhe defesa qualquer explanação ou consideração inicial
à guisa de introdução;56
IV – ao relator será facultado inquirir a testemunha no início do depoi-
mento e a qualquer momento que entender necessário;57
V – após a inquirição inicial do relator, será dada a palavra ao represen-
tado ou denunciado ou ao seu procurador para que formule as perguntas que
entender necessárias;58
VI – feitas as perguntas, será concedido a cada membro do Conselho o
prazo de até 10 (dez) minutos improrrogáveis para formular perguntas;59
VII – a chamada para que os Senadores inquiram a testemunha será feita
de acordo com a lista de inscrição, passando-se a palavra primeiramente aos
membros do Conselho e a seguir aos demais Senadores;60
VIII – após os titulares e suplentes inquirirem a testemunha, será con-
cedido aos Senadores que não integram o Conselho o mesmo prazo dos seus
membros, para suas argüições;61
IX – a testemunha não será interrompida, exceto pelo Presidente ou pelo
relator;62
X – se a testemunha se fizer acompanhar de advogado, este não poderá
intervir ou influir, de qualquer modo, nas perguntas e nas respostas, sendo-lhe
54 Resolução no 25/2008
55 Idem.
56 Idem.
57 Idem.
58 Idem.
59 Idem.
60 Idem.
61 Idem.
62 Idem.
violação de direito.63
Art. 17-D. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapa-
zes, impedidas ou suspeitas.64
Parágrafo único. Sendo estritamente necessário, os Senadores ouvirão tes-
temunhas impedidas ou suspeitas, mas os seus depoimentos serão prestados
independentemente de compromisso e os Senadores lhes atribuirão o valor de
informantes.65
63 Resolução no 25/2008.
64 Idem.
65 Idem.
66 Idem.
67 Idem.
68 Idem.
69 Idem.
70 Idem.
71 Idem.
Resoluções
clarecimentos orais.72
CAPÍTULO VI-B
DAS NULIDADES76
72 Resolução no 25/2008.
73 Idem.
74 Idem.
75 Idem.
76 Idem.
77 Idem.
78 Idem.
79 Idem.
CAPÍTULO VI-C
DA APRECIAÇÃO DO PARECER84
80 Resolução no 25/2008.
81 Idem.
82 Idem.
83 Idem.
84 Idem.
85 Idem.
86 Idem.
87 Idem.
88 Idem.
Resoluções
selho usar a palavra, durante 10 (dez) minutos improrrogáveis, após o que será
concedido igual prazo aos Senadores que não integram o Conselho;89
V – o Conselho passará à deliberação, que se dará em processo de votação
nominal;90
VI – o resultado final da votação será publicado no Diário do Senado
Federal.91
§ 1o É facultado ao representado ou denunciado pedir a palavra pela or-
dem para esclarecer sucintamente a matéria em discussão.92
§ 2o Em caso de pena de perda do mandato, o parecer do Conselho de
Ética e Decoro Parlamentar será encaminhado à Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania para exame dos aspectos constitucional, legal e jurídico, o
que deverá ser feito no prazo de 5 (cinco) sessões ordinárias.93
§ 3o Concluída a tramitação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e
na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, será o processo encaminha-
do à Mesa e, uma vez lido no Expediente, será publicado no Diário do Senado
Federal e distribuído em avulsos para inclusão em Ordem do Dia.94
Art. 18. Quando um Senador for acusado por outro, no curso de uma dis-
cussão ou noutra circunstância, de ato que ofenda sua honorabilidade, pode
pedir ao Presidente do Senado, do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ou
de Comissão, que apure a veracidade da arguição e o cabimento de sanção ao
ofensor, no caso de improcedência da acusação.
Art. 19. Para a apuração de fatos e das responsabilidades previstas nesta Re-
solução, o Conselho poderá solicitar auxílio de outras autoridades públicas,
inclusive quanto à remessa de documentos necessários à instrução probatória,
ressalvada a competência privativa da Mesa.95
89 Resolução no 25/2008
90 Idem.
91 Idem.
92 Idem.
93 Idem.
94 Idem.
95 Idem.
pido pela renúncia do Senador ao seu mandato, nem serão pela mesma elididas
as sanções eventualmente aplicáveis os seus efeitos.
Art. 21. Quando, em razão das matérias reguladas neste Código, forem injus-
tamente atingidas a honra ou a imagem da Casa, de seus órgãos ou de qualquer
dos seus membros, poderá o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar solicitar
intervenção à Mesa.
CAPÍTULO VII
DO CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR
Art. 22. Compete ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar zelar pela obser-
vância dos preceitos deste Código e do Regimento Interno, atuando no sentido
da preservação da dignidade do mandato parlamentar no Senado Federal.
§ 1o Ressalvados os casos previstos no inciso I do art. 3o desta Resolução,
a representação ou denúncia somente poderá abordar atos ou omissões ocorri-
das no curso do mandato do representado ou denunciado.96
§ 2o Os Senadores estão sujeitos ao julgamento do Conselho de Ética e
Decoro Parlamentar a partir de sua posse.97
Art. 23. O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar será constituído por quinze
membros titulares e igual número de suplentes, eleitos para mandato de dois
anos, observando, quando possível, o princípio da proporcionalidade partidá-
ria e o rodízio entre Partidos Políticos ou Blocos Parlamentares não represen-
tados, devendo suas decisões ser tomadas ostensivamente.98
§ 1o Os Líderes Partidários submeterão à Mesa os nomes dos Senadores
que pretenderem indicar para integrar o Conselho, na medida das vagas que
couberem ao respectivo partido.
§ 2o As indicações referidas no parágrafo anterior serão acompanhadas
pelas declarações atualizadas, de cada Senador indicado, onde constarão as in-
formações referentes aos seus bens, fontes de renda, atividades econômicas e
profissionais, nos termos dos incisos I, II e III do art. 6o.
96 Resolução no 25/2008.
97 Idem.
98 Resolução no 1/2008.
Resoluções
Presidente da Mesa, certificando a inexistência de quaisquer registros, nos arqui-
vos e anais do Senado, referentes à prática de quaisquer atos ou irregularidades
capitulados nos arts. 8o e 11, independentemente da legislatura ou sessão legisla-
tiva em que tenham ocorrido.
§ 4o Caberá à Mesa providenciar, durante os meses de fevereiro e março da
primeira e da terceira sessões legislativas de cada legislatura, a eleição dos mem-
bros do Conselho.
99 Resolução no 25/2008.
100 Idem.
101 Idem.
102 Idem.
103 Idem.
104 Idem.
105 Idem.
CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 5o O Poder Executivo, através do Banco do Brasil S.A., atuará como órgão
executor das operações de financiamento de que trata o art. 3o desta resolução.
Parágrafo único. As operações de financiamento externo, realizadas no
âmbito do Programa de financiamento de Exportação de Máquinas e Equipa-
Resoluções
co e Social (BNDES).
estrangeira;
b) cronograma de pagamento da dívida a ser rolada ou renegociada;
c) análise do risco implícito à operação, da capacidade de pagamento e das
garantias oferecidas;
d) nível de endividamento para com a República Federativa do Brasil e suas
entidades controladas;
e) performance de pagamentos, relativamente às suas obrigações para com
o Brasil e para com os demais credores internacionais.
VII – informações de risco político sobre o tomador e beneficiário, in-
cluindo:109
a) avaliações internacionais disponíveis sobre a qualidade da democracia e
da governança do país tomador;110
b) avaliação do governo brasileiro acerca da qualidade da democracia e da
governança do país tomador, com especial ênfase na avaliação de risco de que
as vantagens concedidas na renegociação ou rolagem de dívida sejam aplicadas
em finalidades diversas das de promoção do desenvolvimento e redução da
pobreza no país beneficiário.111
Parágrafo único. O Poder Executivo poderá solicitar, na mensagem que
encaminhar o pedido de autorização da operação, que as avaliações de que tra-
ta o inciso VII do caput sejam tratadas pelo Senado Federal como documento
sigiloso nos termos do art. 144 do Regimento Interno do Senado Federal e
demais dispositivos aplicáveis, tratamento este que somente poderá ser modifi-
cado mediante decisão do Plenário da Casa.112
Resoluções
dem conter qualquer cláusula:
I – de natureza política;
II – atentatória à soberania nacional e à ordem pública;
III – contrária à Constituição e às leis brasileiras.
Parágrafo único. Os eventuais litígios entre a União e o devedor externo,
decorrentes do contrato, serão resolvidos perante foro brasileiro ou submetido
a arbitragem internacional.
Art. 15. As resoluções do Senado Federal autorizativas, para efeito dos arts. 8o
e 10, incluirão, ao menos as seguintes informações:
I – o valor da operação e a moeda em que será realizada;
II – o objetivo da operação e o órgão executor;
III – as condições financeiras básicas da operação;
IV – o prazo para o exercício da autorização.
no orçamento;
IV – dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos
emitidos pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios; e
V – dívida consolidada líquida: dívida pública consolidada, deduzidas as
disponibilidades de caixa, as aplicações financeiras e os demais haveres finan-
ceiros.
§ 2o A dívida consolidada não inclui as obrigações existentes entre as ad-
ministrações diretas dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios e seus
respectivos fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes, ou
entre estes.
Art. 2o Entende-se por receita corrente líquida, para os efeitos desta Resolução,
o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também
correntes, deduzidas:
I – nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação
constitucional;
II – nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o
custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas prove-
nientes da compensação financeira citada no § 9o do art. 201 da Constituição
Federal.
§ 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores
pagos e recebidos em decorrência da Lei Complementar no 87, de 13 de setem-
bro de 1996, e do Fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitu-
cionais Transitórias.
§ 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Fede-
ral e dos Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para
atendimento das despesas com pessoal, na forma dos incisos XIII e XIV do art.
21 da Constituição Federal e do art. 31 da Emenda Constitucional no 19, de
1998.
§ 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arre-
cadadas no mês em referência e nos 11 (onze) meses anteriores excluídas as
duplicidades.118
Resoluções
Art. 3o A dívida consolidada líquida dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, ao final do décimo quinto exercício financeiro contado a partir
do encerramento do ano de publicação desta Resolução, não poderá exceder,
respectivamente, a:
I – no caso dos Estados e do Distrito Federal: 2 (duas) vezes a receita cor-
rente líquida, definida na forma do art. 2o; e
II – no caso dos Municípios: a 1,2 (um inteiro e dois décimos) vezes a
receita corrente líquida, definida na forma do art. 2o.
Parágrafo único. Após o prazo a que se refere o caput, a inobservância
dos limites estabelecidos em seus incisos I e II sujeitará os entes da Federação
às disposições do art. 31 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000.
CAPÍTULO I
DAS DEFINIÇÕES
Resoluções
dores para pagamento a posteriori de bens e serviços.
§ 2o Não se equiparam a operações de crédito:121
I – assunção de obrigação entre pessoas jurídicas integrantes do mesmo
Estado, Distrito Federal ou Município, nos termos da definição constante do
inciso I do art. 2o desta Resolução;122
II – parcelamento de débitos preexistentes junto a instituições não-finan-
ceiras, desde que não impliquem elevação do montante da dívida consolidada
líquida.123
Art. 4o Entende-se por receita corrente líquida, para os efeitos desta Resolução,
o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também
correntes, deduzidos:
I – nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação
constitucional;
II – nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o
custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas prove-
nientes da compensação financeira citada no § 9o do art. 201 da Constituição
Federal.
§ 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores
pagos e recebidos em decorrência da Lei Complementar no 87, de 13 de setem-
bro de 1996, e do Fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitu-
cionais Transitórias.
§ 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Fede-
ral e dos Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para
atendimento das despesas com pessoal, na forma dos incisos XIII e XIV do art.
21 da Constituição Federal e do art. 31 da Emenda Constitucional no 19, de
1998.
§ 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arre-
cadadas no mês em referência e nos 11 (onze) meses anteriores, excluídas as
duplicidades.
CAPÍTULO II
DAS VEDAÇÕES
Resoluções
Poder Executivo, exceto para capitalização de Fundos de Previdência ou para
amortização extraordinária de dívidas com a União;
b) dar em garantia ou captar recursos a título de adiantamento ou an-
tecipação, cujas obrigações contratuais respectivas ultrapassem o mandato do
chefe do Poder Executivo.
VII - em relação aos créditos inscritos em dívida ativa;126
a) ceder o fluxo de recebimentos relativos aos direitos creditórios da dí-
vida ativa de forma não definitiva ou com cláusula revogatória; 127
b) ceder o fluxo de recebimentos relativos aos direitos creditórios da dí-
vida ativa com assunção, pelo Estado, pelo Distrito Federal ou pelo Município,
perante o cessionário, de responsabilidade pelo efetivo pagamento a cargo do
contribuinte ou de qualquer outra espécie de compromisso financeiro que pos-
sa, nos termos da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, caracterizar
operação de crédito. 128
c) (Revogado).129
§ 1o Constatando-se infração ao disposto no caput, e enquanto não pro-
movido o cancelamento ou amortização total do débito, as dívidas serão
consideradas vencidas para efeito do cômputo dos limites dos arts. 6o e 7o
e a entidade mutuária ficará impedida de realizar operação sujeita a esta
Resolução.
§ 2º Qualquer receita proveniente da antecipação de receitas de royalties
será exclusiva para capitalização de Fundos de Previdência ou para amortiza-
ção extraordinária de dívidas com a União. 130
§ 3º Nas operações a que se refere o inciso VI, serão observadas as normas
e competências da Previdência Social relativas à formação de Fundos de Previ-
dência Social. 131
§ 4º Excepcionalmente, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que
sofreram redução nas receitas de que trata o inciso VI, inclusive de participa-
CAPÍTULO III
DOS LIMITES E CONDIÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES
DE CRÉDITO
Resoluções
financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal, ten-
do por base tributo de competência do ente da Federação, se resultar a diminui-
ção, direta ou indireta, do ônus deste; e
III – as despesas realizadas e as previstas que representem inversões finan-
ceiras na forma de participação acionária em empresas que não sejam controla-
das, direta ou indiretamente, pelos entes da Federação ou pela União.
§ 3o O empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso II do § 2o, se
concedido por instituição financeira controlada pelo ente da Federação, terá
seu valor deduzido das despesas de capital.
§ 4o As operações de antecipação de receitas orçamentárias não serão
computadas para os fins deste artigo, desde que liquidadas no mesmo exercício
em que forem contratadas.
§ 5o Para efeito do disposto neste artigo, entende-se por operação de crédi-
to realizada em um exercício o montante de liberação contratualmente previsto
para o mesmo exercício.
§ 6o Nas operações de crédito com liberação prevista para mais de um
exercício financeiro, o limite computado a cada ano levará em consideração
apenas a parcela a ser nele liberada.
Resoluções
da operação pretendida; ou140
II – os exercícios financeiros em que houver pagamentos até 31 de dezem-
bro de 2027.141
§ 5o (Revogado). 142
§ 6o Para os efeitos deste artigo, a receita corrente líquida será projetada
mediante a aplicação de fator de atualização a ser divulgado pelo Ministério da
Fazenda, sobre a receita corrente líquida do período de 12 (doze) meses findos
no mês de referência.
§ 7o O disposto neste artigo não se aplica às operações de reestruturação e
recomposição do principal de dívidas.
§ 8o O disposto no inciso II do caput não se aplica às operações de crédito
que, na data da publicação desta Resolução estejam previstas nos Programas de
Ajuste dos Estados, estabelecidos nos termos da Lei no 9.496, de 11 de setembro
de 1997, e, no caso dos Municípios, nos contratos de refinanciamento de suas
respectivas dívidas com a União, ou aquelas que, limitadas ao montante global
previsto, vierem a substituí-las.
§ 9o Os projetos de implantação de infraestrutura de que trata o inciso IV
do § 3o deste artigo continuarão a gozar de excepcionalidade, em relação aos li-
mites de endividamento, até sua plena execução, ainda que excluídos da matriz
de responsabilidade da Copa do Mundo Fifa 2014 e venham a ser financiados
por outras fontes alternativas de financiamento, desde que a execução das obras
seja iniciada até 30 de junho de 2014.143
Art. 8o (Revogado).144
Art. 9o O saldo global das garantias concedidas pelos Estados, pelo Distrito
Federal e pelos Municípios não poderá exceder a 22% (vinte e dois por cento)
da receita corrente líquida, calculada na forma do art. 4o.
140 Idem.
141 Resolução no 36/2009.
142 Idem.
143 Resolução no 10/2013.
144 Resolução no 3/2002.
32% (trinta e dois por cento) da receita corrente líquida, desde que, cumulati-
vamente, quando aplicável, o garantidor: 145
I – não tenha sido chamado a honrar, nos últimos 24 (vinte e quatro) me-
ses, a contar do mês da análise, quaisquer garantias anteriormente prestadas;146
II – esteja cumprindo o limite da dívida consolidada líquida, definido na
Resolução no 40, de 2001, do Senado Federal;147
III – esteja cumprindo os limites de despesa com pessoal previstos na Lei
Complementar no 101, de 2000; 148
IV – esteja cumprindo o Programa de Ajuste Fiscal acordado com a União,
nos termos da Lei no 9.496, de 1997.149
Art. 10. O saldo devedor das operações de crédito por antecipação de receita
orçamentária não poderá exceder, no exercício em que estiver sendo apurado,
a 7% (sete por cento) da receita corrente líquida, definida no art. 4o, observado
o disposto nos arts. 14 e 15.
145 Idem.
146 Resolução no 3/2002.
147 Idem.
148 Idem.
149 Idem.
150 Resolução no 29/2009.
Resoluções
da receita corrente líquida;
III – em caso excepcional, devidamente justificado, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios poderão pleitear ao Senado Federal, por intermédio
do Ministério da Fazenda, autorização para o não cumprimento dos limites
fixados nos arts. 6o e 7o, exclusivamente para fins de refinanciamento de títulos
da dívida pública.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos títulos da dívi-
da pública emitidos com vistas a atender à liquidação de precatórios judiciais
pendentes de pagamento, objeto do parágrafo único do art. 33 do Ato das Dis-
posições Constitucionais Transitórias.
Art. 13. A dívida mobiliária dos Estados e do Distrito Federal, objeto de refi-
nanciamento ao amparo da Lei no 9.496, de 1997, e a dos Municípios poderá
ser paga em até 360 (trezentas e sessenta) prestações mensais e sucessivas, nos
termos dos contratos firmados entre a União e a respectiva unidade federada.151
§ 1o A obtenção do refinanciamento de que trata o caput para os títulos
públicos emitidos para o pagamento de precatórios judiciais é condicionada à
comprovação, pelo Estado ou pelo Município emissor, da regularidade da emis-
são, mediante apresentação de certidão a ser expedida pelo Tribunal de Contas
a que esteja jurisdicionado, acompanhada de toda a documentação necessária,
comprovando a existência dos precatórios em 5 de outubro de 1988 e seu en-
quadramento no art. 33 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias,
bem como a efetiva utilização dos recursos captados em emissões similares,
anteriormente autorizadas pelo Senado Federal, no pagamento dos precatórios
definidos pelo citado dispositivo constitucional.
§ 2o Os títulos públicos emitidos para pagamento de precatórios judiciais,
nos termos do art. 33 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, e
que não cumprirem o disposto no § 1o, somente poderão ser refinanciados para
pagamento em 120 (cento e vinte) parcelas iguais e sucessivas.
§ 3o O refinanciamento de títulos públicos emitidos após 13 de dezembro
de 1995, para pagamento de precatórios judiciais, nos termos do art. 33 do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias, excluídos os não negociados, têm
prazo de refinanciamento limitado a até 120 (cento e vinte) parcelas mensais,
iguais e sucessivas, nos termos do caput deste artigo, desde que os Estados e
Art. 15. É vedada a contratação de operação de crédito nos 120 (cento e vinte)
dias anteriores ao final do mandato do Chefe do Poder Executivo do Estado, do
Distrito Federal ou do Município.153
§ 1o Excetuam-se da vedação a que se refere o caput deste artigo:154
I – o refinanciamento da dívida mobiliária;155
II – as operações de crédito autorizadas pelo Senado Federal ou pelo Mi-
nistério da Fazenda, em nome do Senado Federal, no âmbito desta Resolução,
até 120 (cento e vinte) dias antes do final do mandato do Chefe do Poder Exe-
cutivo;156
Resoluções
tura para a realização da Copa do Mundo FIFA 2014 e dos Jogos Olímpicos e
Paraolímpicos de 2016, autorizadas pelo CMN.157
§ 2o No caso de operações por antecipação de receita orçamentária, a con-
tratação é vedada no último ano de exercício do mandato do chefe do Poder
Executivo.
Art. 16. É vedada a contratação de operação de crédito por tomador que esteja
inadimplente com instituições integrantes do sistema financeiro nacional, ex-
ceto quando a operação de crédito se vincular à regularização do débito con-
traído junto à própria instituição concedente.158
Parágrafo único. Para efeito da análise de que trata o caput deste artigo, a
verificação da adimplência será efetuada pelo número de registro no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) que represente a pessoa jurídica do mutuá-
rio ou tomador da operação de crédito.159
Art. 18. A concessão de garantia, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos
Municípios, a operações de crédito interno e externo exigirá:
I – o oferecimento de contragarantias, em valor igual ou superior ao da
garantia a ser concedida;
II – a adimplência do tomador relativamente a suas obrigações para com
o garantidor e as entidades por ele controladas.
§ 1o Consideram-se inadimplentes os tomadores com dívidas vencidas
por prazo igual ou superior a 30 (trinta) dias e não renegociadas.
§ 2o A comprovação do disposto no inciso II será feita por meio de cer-
tidão do Tribunal de Contas a que esteja jurisdicionado o garantidor ou, al-
ternativamente, mediante declaração fornecida pelo Estado, Distrito Federal
Art. 20. Os contratos relativos a operações de crédito externo não podem conter
qualquer cláusula:
I – de natureza política;
II – atentatória à soberania nacional e à ordem pública;
III – contrária à Constituição e às leis brasileiras; e
IV – que implique compensação automática de débitos e créditos.
Art. 20-A. Para os consórcios públicos, os limites e as condições para a realização
de operações de crédito de que trata este Capítulo deverão ser atendidos indivi-
dualmente por cada ente da Federação consorciado.
§ 1o Para a avaliação dos limites e das condições individuais a que se refere
o caput, o consórcio público deverá, no momento da proposta de contratação de
operação de crédito, eleger uma das seguintes formas de apropriação do valor
total da operação entre os consorciados:
Resoluções
mento da contratação da operação de crédito; ou
II - a quota de investimentos decorrentes da operação de crédito que o
consórcio público planejou para cada ente da Federação consorciado, admitida
inclusive a hipótese de que um ou mais consorciados não tenham quota em de-
terminada operação.
§ 2o Quando a operação de crédito exigir garantias e contragarantias para
sua realização, ambas deverão ser oferecidas pelos entes da Federação consorcia-
dos de forma proporcional à apropriação do valor total da operação definida nos
termos do § 1o.161
Art. 20-B. A alteração do contrato de consórcio público, com a retirada ou a ex-
clusão de um ou mais entes da Federação, implica:
I - no caso da exclusão de ente da Federação do consórcio público prevista
no § 5o do art. 8º da Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005, a execução imediata de
garantias e contragarantias daquele ente da Federação, com proporcional redu-
ção das obrigações do consórcio junto ao credor;
II - no caso da retirada do ente da Federação do consórcio público previs-
ta no art. 11 da Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005, a manutenção das obriga-
ções decorrentes da operação de crédito, devendo o ente da Federação optar,
no ato de sua saída, pela:
a) manutenção dos respectivos pagamentos ao consórcio; ou
b) execução das garantias e das contragarantias com proporcional redu-
ção das obrigações do consórcio junto ao credor.
§ 1o A retirada ou a exclusão de ente da Federação do consórcio público
deverá ser comunicada ao ofertante de garantias e contragarantias e ao credor
em até 5 (cinco) dias úteis após o ato formal que oficialize a alteração do con-
trato de consórcio público.
§ 2o Os entes consorciados, isolados ou em conjunto, bem como o consórcio
público, são partes legítimas para realizar as comunicações a que se refere o § 1o.
§ 3o Caso ente da Federação se retire do consórcio público e fique inadim-
plente com os pagamentos previstos na alínea “a” do inciso II do caput, execu-
tar-se-ão as garantias e as contragarantias imediatamente.
CAPÍTULO IV
DOS PLEITOS PARA A REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO
Resoluções
lativa de que trata o inciso II tenha sido efetivada por meio de lei específica;165
IV – certidão expedida pelo Tribunal de Contas competente atestando:
a) em relação às contas do último exercício analisado, o cumprimento do
disposto no § 2o do art. 12; no art. 23; no art. 33; no art. 37; no art. 52; no § 2o do
art. 55; e no art. 70, todos da Lei Complementar no 101, de 2000;166
b) em relação às contas dos exercícios ainda não analisados, e, quando per-
tinente, do exercício em curso, o cumprimento das exigências estabelecidas no
§ 2o do art. 12; no art. 23; no art. 52; no § 2o do art. 55; e no art. 70, todos da Lei
Complementar no 101, de 2000, de acordo com as informações constantes nos
relatórios resumidos da execução orçamentária e nos de gestão fiscal;167
c) a certidão deverá ser acompanhada de declaração do chefe do Poder Exe-
cutivo de que as contas ainda não analisadas estão em conformidade com o
disposto na alínea a;
V – declaração do chefe do Poder Executivo atestando o atendimento do
inciso III do art. 5o;
VI – comprovação da Secretaria do Tesouro Nacional quanto ao adim-
plemento com a União relativo aos financiamentos e refinanciamentos por ela
concedidos, bem como às garantias a operações de crédito, que tenham sido,
eventualmente, honradas;
VII – no caso específico de operações de Municípios com garantia de Es-
tados, certidão emitida pela Secretaria responsável pela administração finan-
ceira do garantidor, que ateste a adimplência do tomador do crédito perante o
Estado e as entidades por ele controladas, bem como a inexistência de débito
decorrente de garantia a operação de crédito que tenha sido, eventualmente,
honrada;168
VIII – certidões que atestem a regularidade junto ao Programa de Integra-
ção Social (PIS), ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
(Pasep), ao Fundo de Investimento Social (Finsocial), à Contribuição Social
para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), ao Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e,
Resoluções
ções no 47, de 2000, e no 17, de 2001, ambas do Senado Federal, serão instruídas
apenas com os documentos especificados nos incisos II, III, IV e XIII.174
§ 4o A apresentação dos documentos especificados nos incisos IX, X e XI
poderá ser dispensada, a critério do Ministério da Fazenda, desde que o órgão
já disponha das informações contidas naqueles documentos em seus bancos de
dados. 175
§ 5o As certidões exigidas no inciso VIII devem referir-se ao número de
registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) que represente a pes-
soa jurídica do mutuário ou tomador da operação de crédito.176
§ 6o As operações equiparadas a operações de crédito nos termos do art.
29, § 1o, da Lei Complementar no 101, de 2000, realizadas mediante reconheci-
mento ou confissão de dívidas perante instituição não financeira, bem como a
assunção de obrigações decorrentes de sucessão de entidade extinta ou liquida-
da, com instituição financeira ou não financeira, desde que tenham sido auto-
rizadas por lei específica, não se sujeitam ao processo de verificação de limites
e condições de que trata esta Resolução.177
Resoluções
Legislativo local e ao Tribunal de Contas a que estiver jurisdicionado o plei-
teante.
§ 2o Caso a irregularidade seja constatada pelo Ministério da Fazenda, este
deverá informar, também, ao Senado Federal.
§ 3o A Comissão de Assuntos Econômicos ou o Plenário do Senado Fe-
deral poderão realizar diligências junto aos pleiteantes, no sentido de dirimir
dúvidas e obter esclarecimentos.
§ 4o Em se constatando a existência de operação de crédito nos termos do
disposto no caput, contratada junto a instituição financeira ou não financeira
dentro dos limites e condições estabelecidos por esta Resolução, pelo Ministé-
rio da Fazenda, a realização de nova operação de crédito pelo Estado, pelo Dis-
trito Federal ou pelo Município é condicionada à regularização da operação.181
§ 5o A solicitação da regularização a que se refere o § 4o deve ser encami-
nhada ao Ministério da Fazenda, aplicando-se nesse caso as mesmas exigências
feitas por esta Resolução aos pleitos regulares.182
§ 6o A verificação dos limites e condições das operações em processo de
regularização a que se refere o § 4o terá como data de referência aquela em que
for protocolado o pedido de regularização. 183
§ 7o A conclusão do processo de regularização de que tratam os §§ 4o e 6o
será encaminhada pelo Ministério da Fazenda ao Poder Legislativo local e ao
Tribunal de Contas a que estiver jurisdicionado o pleiteante.184
Resoluções
para as providências cabíveis, o pedido de autorização para contratação de ope-
ração de crédito cuja documentação esteja em desacordo com o disposto nesta
Resolução.
Art. 30. Quando não atenderem aos requisitos mínimos definidos no art. 32,
os pleitos referentes a operações de crédito sujeitas a autorização específica do
Senado Federal não serão encaminhados pelo Ministério da Fazenda ao Sena-
do Federal.
Parágrafo único. O Ministério da Fazenda devolverá os pleitos a que se
refere o caput, ao Estado, ao Distrito Federal ou ao Município de origem, co-
municando o fato ao Senado Federal.
Art. 32. Considera-se requisito mínimo, para os fins desta Resolução, o cum-
primento, quando se aplicar, do disposto nos arts. 5o, 6o, 7o, 8o, 9o, 10, 11, 12, 13,
14, 15, 18, 21, 22 e 23.
§ 1o Os requisitos de que tratam o art. 16 e o inciso VIII do art. 21 serão
comprovados à instituição financeira ou ao contratante, conforme o caso, por
ocasião da assinatura do contrato.188
§ 2o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são obrigados a pro-
mover, junto ao Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), até o dia 30 de
junho de 2013, a vinculação de todos os CNPJs de suas unidades administrati-
vas ou órgãos que não possuem personalidade jurídica própria ao CNPJ prin-
cipal da entidade tomadora da operação de crédito.189
§ 3o Durante a vigência do prazo estabelecido no § 2o, a comprovação a
que se referem o § 1o deste artigo, o parágrafo único do art. 16 e o § 5o do art.
Resoluções
crédito.190
Art. 35. A indicação dos relatores dos pedidos de autorização para realização
de operações de crédito de que trata esta Resolução será feita mediante a estrita
observância da ordem de entrada do pedido na Comissão de Assuntos Econô-
micos e da relação de membros titulares da mesma Comissão, nos termos do
art. 126 do Regimento Interno do Senado Federal.
Parágrafo único. Senador já indicado como relator de pedido de que trata
o caput não será designado novamente antes que todos os membros titulares
da referida Comissão tenham sido designados relatores de pedidos da mesma
espécie.
Art. 35-A. Para os consórcios públicos, os requisitos previstos neste Capítu-
lo para instruir os pedidos de autorização para a realização de operações de
crédito deverão ser atendidos, individualmente, por cada ente da Federação
consorciado.
CAPÍTULO V
DAS OPERAÇÕES DE ANTECIPAÇÃO DE RECEITA ORÇAMENTÁRIA
E VENDA DE TÍTULOS PÚBLICOS
Resoluções
do Poder Executivo.
Art. 39. A venda de títulos da dívida pública por seus emissores será efetuada,
obrigatoriamente, em leilões públicos eletrônicos realizados pelo Banco Cen-
tral do Brasil ou por entidade autorreguladora autorizada pela Comissão de
Valores Mobiliários – CVM.
§ 1o O Banco Central do Brasil baixará normas específicas para regula-
mentar os procedimentos operacionais dos leilões de que trata este artigo.
§ 2o É obrigatória a publicação de edital do leilão a que se refere o caput
com antecedência mínima de 3 (três) dias úteis da data prevista para sua rea-
lização.
§ 3o Após a realização do leilão eletrônico, o Banco Central do Brasil en-
caminhará as informações relevantes sobre os mesmos, sempre que possível
por meio eletrônico, às instituições financeiras, ao Ministério da Fazenda, ao
Senado Federal, ao Poder Legislativo do Estado, do Distrito Federal ou do Mu-
nicípio, conforme o caso, e ao Tribunal de Contas competente.
§ 4o A recolocação, no mercado, de títulos da dívida pública dos Estados,
do Distrito Federal ou dos Municípios, mantidos em suas respectivas tesou-
rarias ou fundos das dívidas, será feita, obrigatoriamente, por meio de leilões
eletrônicos, na forma definida neste artigo.
Resoluções
caminhará ao Senado Federal relação dos participantes da cadeia de compra e
venda a que se refere o caput deste artigo.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 46. O valor atualizado dos recursos obtidos através da emissão de títulos
vinculados ao disposto no parágrafo único do art. 33 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, utilizados para finalidades distintas, passa a ser
considerado dívida vencida, para efeito do cálculo dos limites definidos nos
arts. 6o e 7o desta Resolução, até que haja o resgate de títulos em valor atualizado
equivalente ao desvio de finalidade incorrido.
da dívida mobiliária.
§ 3o O percentual definido no caput será aplicado sobre um duodécimo da
receita líquida real.
§ 4o Para efeito de apuração do valor de cada uma das prestações mensais
de que trata o art. 2o da Lei no 8.727, de 1993, serão deduzidos os dispêndios
Resoluções
tuados no mês anterior ao do pagamento da referida prestação.
Art. 49. Aos contratos firmados pelos Estados e pelo Distrito Federal com a
União, no âmbito do Programa de Incentivo à Redução do Setor Público Esta-
dual na Atividade Bancária (Proes) aplica-se o disposto no art. 45.
Parágrafo único. Os pleitos de que trata este artigo são dispensados do
cumprimento do disposto no art. 15.
Art. 50. O disposto nesta Resolução não se aplica às atuais autarquias financeiras.
Art. 52. Revogam-se as Resoluções nos 78 e 93, de 1998; 19, 22, 28, 40 e 74, de
1999; e 58, 62, 63, 64 e 65, de 2000, todas do Senado Federal.
Senado Federal, em 21 de dezembro de 2001.
Senador Ramez Tebet, Presidente do Senado Federal
Resoluções
IV – prazo: a ser definido por ocasião das negociações;
V – juros: a serem definidos, tanto em termos de taxas quanto de periodi-
cidade de pagamento, por ocasião das negociações;
VI – destinação dos recursos: pagamento da Dívida Pública Federal
(DPF), de responsabilidade do Tesouro Nacional.
com os recursos captados nas novas emissões amparadas por esta Resolução,
discriminando, por denominação e números de série dos títulos resgatados,
seus valores unitários e totais, quantidades, taxas de juros, prazos e datas de
vencimento;
II - para as operações de administração de passivos, a que se refere o in-
ciso II do art. 1o:
a) análise circunstanciada de cada operação;
b) demonstrativo abrangente e analítico acerca dos benefícios auferidos
em cada operação, devendo contemplar os preços dos títulos ou derivativos e
cópia dos principais documentos, especialmente dos contratos de emissões de
títulos ou derivativos;
c) demonstrativo contábil do pagamento da Dívida Pública Federal
(DPF), caso ocorra o ingresso líquido de recursos financeiros, em cada opera-
ção de administração de passivos ao amparo desta Resolução, discriminando,
por denominação e números de série, os títulos resgatados, seus valores unitá-
rios e totais, quantidades, taxas de juros, prazos e datas de vencimento.
Art. 7o Revogam-se as Resoluções nos 57, de 1995; 69, de 1996; 51, de 1997; 23,
de 1999; 74, de 2000, e 34 de 2002, todas do Senado Federal.
Senado Federal, em 16 de novembro de 2004
Senador José Sarney, Presidente do Senado Federal
Art. 3o Para cada indicação haverá um relator, que opinará perante a Comissão.
§ 1o O relatório será apreciado em sessão pública, sendo a votação proce-
dida por escrutínio secreto.
§ 2o Aprovada ou rejeitada a indicação pela Comissão, esta será submetida
à decisão do Plenário.
Art. 4o Havendo a rejeição de qualquer nome pelo Plenário, será oficiado à au-
toridade máxima do órgão ou instituição competente para a indicação, a fim de
que novo nome seja apresentado no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias.
Resoluções
Senado Federal, em 27 de abril de 2005
Senador Renan Calheiros, Presidente do Senado Federal
Resoluções
tante a desembolsar.
CAPÍTULO I
DAS DEFINIÇÕES
Resoluções
durante a execução do orçamento em que hajam sido incluídos e das operações
de crédito que, embora de prazo inferior a 12 (doze) meses, tenham constado
como receitas no orçamento.
§ 1o Das obrigações financeiras do Banco Central do Brasil, somente serão
incluídas na dívida consolidada da União aquelas decorrentes da emissão de
títulos de sua responsabilidade no mercado.
§ 2o A dívida consolidada não inclui as obrigações existentes entre a União,
aqui considerada a administração direta, e seus respectivos fundos, autarquias,
fundações e empresas estatais dependentes ou entre estes, exceto os títulos do
Tesouro Nacional na carteira do Banco Central do Brasil.
Art. 4o Entende-se por receita corrente líquida, para os efeitos desta Resolução,
o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também
correntes, deduzidos:
I – os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação
constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I
e no inciso II do art. 195 e no art. 239 da Constituição;
CAPÍTULO II
DAS VEDAÇÕES
Resoluções
DOS LIMITES E CONDIÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES
DE CRÉDITO
Resoluções
5 de novembro de 2008;199
c) a assegurar ao Banco Central do Brasil a manutenção de carteira de
títulos da dívida pública em dimensões adequadas à execução da política mo-
netária, de que trata o inciso IX do art. 1o da Lei no 10.179, de 6 de fevereiro de
2001;200
III – as operações de concessão de garantias, observado o disposto no art.
9o.201
§ 3o As projeções da receita corrente líquida serão obtidas mediante a apli-
cação de fator de atualização, a ser fixado pelo Ministério da Fazenda, sobre a
receita corrente líquida do período de 12 (doze) meses findos no mês de refe-
rência.
CAPÍTULO IV
DOS LIMITES E CONDIÇÕES PARA A CONCESSÃO DE GARANTIAS
Art. 9o O montante das garantias concedidas pela União não poderá exceder a
60% (sessenta por cento) da receita corrente líquida.
§ 1o Consideram-se garantia concedida, para os efeitos deste artigo, as
fianças e avais concedidos direta ou indiretamente pela União, em operações de
crédito, inclusive com recursos de fundos de aval, a assunção de risco creditício
Resoluções
no que couber:
I – declaração do Chefe do Poder Executivo, na forma exigida pelo Mi-
nistério da Fazenda, quanto à existência de dotação na lei orçamentária para o
ingresso dos recursos, o aporte de contrapartida, bem como os encargos decor-
rentes da operação, existência de previsão no plano plurianual ou, no caso de
empresas estatais, inclusão do projeto no orçamento de investimento;203
II – comprovação:
a) do adimplemento quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e
financiamentos devidos à União, bem como quanto à prestação de contas de
recursos anteriormente dela recebidos;
b) do cumprimento dos limites constitucionais mínimos relativos aos
gastos em educação e saúde;
c) da observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de
operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em res-
tos a pagar e de despesa total com pessoal;
d) do cumprimento dos compromissos decorrentes de contratos de refi-
nanciamento de dívidas e programas de ajuste ou de acompanhamento e trans-
parência fiscal firmados com a União; e204
e) do cumprimento dos demais dispositivos da Lei Complementar no
101, de 2000;
III – contragarantia que abranja o ressarcimento integral dos custos finan-
ceiros decorrentes da cobertura do inadimplemento; e
IV – pagamento ou ressarcimento das despesas de natureza administra-
tiva decorrentes da negociação e formalização dos instrumentos contratuais.
§ 1o Os contratos deverão prever o fornecimento tempestivo e periódico,
pela entidade beneficiária, dos saldos das obrigações garantidas.
§ 2o Nas garantias concedidas pela União na modalidade de seguro, se-
rão consideradas contragarantias suficientes os prêmios pagos pelos segurados,
desde que calculados com base em critérios atuariais de forma a cobrir o risco
de inadimplência das obrigações garantidas.
CAPÍTULO V
DOS PLEITOS PARA A REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO
Resoluções
nistério da Fazenda, quanto à inclusão na lei orçamentária das dotações neces-
sárias ao ingresso dos recursos externos, ao pagamento dos encargos da opera-
ção, bem como à contrapartida nacional ou ao sinal da operação em se tratando
do financiamento da aquisição de bens e serviços, quando cabível;208
g) declaração do Chefe do Poder Executivo, na forma exigida pelo Mi-
nistério da Fazenda, quanto à inclusão dos programas e projetos, no caso das
empresas estatais, no orçamento de investimento;209
h) cronograma estimativo de execução do programa, projeto ou aquisi-
ção de bens e serviços;
i) análise financeira da operação acompanhada do cronograma de dis-
pêndio e avaliação das fontes alternativas de financiamento;
j) informações sobre o atendimento do disposto no inciso III do art. 167
da Constituição e dos demais limites de endividamento fixados pelo Senado
Federal, no que couber;
l) informações sobre as finanças do tomador destacando o montante e o
cronograma da dívida interna e externa;
m) comprovação do cumprimento das condições previstas no art. 10 e
neste artigo, no caso da concessão de garantias; e
n) outras informações que habilitem o Senado Federal a conhecer perfei-
tamente a operação de crédito.
Art. 13. São autorizadas, de forma global e nos termos desta Resolução, as ope-
rações de crédito externo de natureza financeira de interesse da União, de suas
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 16. Revogam-se as Resoluções nos 96, de 1989, e 23, de 1996, do Senado
Federal.
Senado Federal, 21 de dezembro de 2007.
Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal
Art. 1o Nas operações de crédito externo e interno dos Estados, do Distrito Fe-
deral e dos Municípios com garantia da União, as verificações de adimplência
dos tomadores para com a União ou com as entidades controladas pelo Poder
Público Federal:
I – até 31 de dezembro de 2008, a verificação de adimplência abrangerá o
número de registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do órgão
ou entidade beneficiária de garantia prestada pelo Tesouro Nacional;
II – a partir de 1o de janeiro de 2009, a verificação de adimplência abran-
gerá os seguintes números de registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
(CNPJ):210
a) de todos os órgãos integrantes da Administração Direta do Estado,
Distrito Federal ou Município ao qual pertença o órgão beneficiário de garantia
prestada pelo Tesouro Nacional; ou211
b) da entidade beneficiária de garantia prestada pelo Tesouro Nacio-
nal. 212
...............................................................................................................................
RESOLUÇÃO No 3, DE 2009
Art. 2o A apreciação dos atos a que se refere o art. 1o far-se-á nos termos do
art. 91 do RISF, mediante a comprovação de atendimento, pela entidade propo-
nente, nos casos de renovação, ou de compromisso de atendimento, nos casos
de outorga, aos princípios expressos nos arts. 221 e 222 da Constituição Federal
e na legislação pertinente.
§ 1o No caso de renovação, a apreciação a que se refere o caput far-se-á
com base na documentação enviada pelo poder concedente, dando conta de
que a entidade proponente cumpriu as referidas obrigações legais e também os
compromissos assumidos em contrato ou convênio.
§ 2o A apreciação a que se refere o caput deste artigo considerará, também,
os procedimentos adotados pela Câmara dos Deputados, no exame da matéria.
Resoluções
Constituição Federal.
.........................................................................................................” (NR)
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Resoluções
reuniões de comissões, elaboração de projetos de lei e demais atividades legis-
lativas pertinentes ao exercício do mandato parlamentar.216
§ 2º A seleção dos estudantes ocorrerá por meio de concurso de redação,
cujo tema será relacionado a questões sociais e políticas, com vistas à reflexão
sobre o exercício da cidadania.217
CAPÍTULO II
DO CONCURSO DE REDAÇÃO DO SENADO FEDERAL
216 Idem.
217 Idem.
218 Resolução no 51/2022.
219 Idem.
220 Resoluções nos 48/2012 e 33/2016.
Resoluções
disposto no regulamento do Concurso.
Art. 10. Será desclassificada a redação que possua qualquer assinatura, pseu-
dônimo, desenho, rasura, carimbo, timbre ou marca identificadora do autor,
da escola ou de sua unidade da Federação de origem.227
Art. 12. O Senado Federal será responsável pela ampla divulgação de todas as
etapas de realização do certame.228
CAPÍTULO III
DO PROJETO JOVEM SENADOR232
Resoluções
simuladas, preferencialmente, no plenário do Senado Federal.238
§ 1º Os trabalhos da Semana de Vivência Legislativa serão dirigidos por
uma Mesa eleita pelos Jovens Senadores e Jovens Senadoras, composta por Pre-
sidente, Vice-Presidente, Primeiro Secretário e Segundo Secretário.
§ 2º A legislatura, na Semana de Vivência Legislativa, terá duração de 4
(quatro) dias, iniciando-se com a cerimônia de posse dos Jovens Senadores e
Jovens Senadoras e a eleição da Mesa Diretora Jovem Senador e Jovem Sena-
dora, e terminando com a sessão de votação final dos projetos, a redação dos
autógrafos dos projetos aprovados na Ordem do Dia e sua publicação no Diário
do Senado Federal.
§ 3º A cerimônia de posse dos Jovens Senadores e Jovens Senadoras e
a eleição da Mesa Diretora Jovem Senador e Jovem Senadora, assim como a
sessão de aprovação final dos projetos, serão realizadas no plenário do Senado
Federal e transmitidas, ao vivo, pela TV Senado, Rádio Senado e canais do Se-
nado Federal nas mídias sociais.
§ 4º Observar-se-ão, no decorrer dos trabalhos da Semana de Vivência
Legislativa, tanto quanto possível, os procedimentos regimentais relativos ao
trâmite das proposições, inclusive quanto à sua iniciativa, publicação, discussão
e votação em Plenário e expedição de autógrafos, nos quais estarão consigna-
dos os nomes de seus autores, atendidas as normas da Lei Complementar no 95,
de 26 de fevereiro de 1998.
§ 5º As reuniões das comissões temáticas de Jovens Senadores e Jovens
Senadoras ocorrerão nas salas de reunião das comissões parlamentares, no pe-
ríodo entre a sessão de posse e a sessão de votação final das proposições legis-
lativas do Programa Jovem Senador e Jovem Senadora.
§ 6º As proposições legislativas devidamente aprovadas e publicadas nos
termos § 4º deste artigo terão o tratamento de sugestão legislativa, previsto no
inciso I do art.102-E do Regimento Interno do Senado Federal.
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 23. O plenário do Senado Federal poderá ser aberto aos fins de semana
para o desenvolvimento das atividades vinculadas à Semana de Vigência Le-
gislativa.242
Art. 25. Os casos omissos serão resolvidos por ato da Comissão Diretora.
Art. 26. Esta Resolução entra em vigor no dia 1º de fevereiro do ano subse-
quente ao da data de sua publicação.
Senado Federal, em 12 de agosto de 2010
Senador José Sarney, Presidente
falta deste, por decisão da maioria absoluta de seus membros fundadores, res-
peitadas as disposições legais e regimentais em vigor.
Parágrafo único. Em caso de lacuna desta Resolução ou do regulamento
interno do Grupo Parlamentar, aplicar-se-ão subsidiariamente as disposições
do Regimento Comum do Congresso Nacional, do Regimento Interno do Se-
nado Federal e do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, nessa ordem.
Art. 6º Além das normas específicas de cada resolução que estabeleça grupos
interparlamentares, grupos internacionais de amizade e frentes parlamentares
internacionais, aplica-se o disposto neste artigo.
§ 1º Os grupos e as frentes parlamentares internacionais referidos no
caput, de caráter permanente e sem objetivos político-partidários, destinam-se
a exercer a diplomacia parlamentar.
§ 2º Os grupos e as frentes parlamentares internacionais serão constituí-
dos por parlamentares que a eles aderirem e funcionarão segundo estatutos
próprios, sempre submetidos às regras contidas no Regimento Interno do Se-
nado Federal e nas demais normas aplicáveis.
§ 3º Após a criação dos grupos ou frentes parlamentares internacionais
referidos no caput, será realizada reunião de instalação para eleger a diretoria e
elaborar o estatuto, que, juntamente com a ata de instalação e os subsequentes
registros de reuniões, será encaminhado à Secretaria-Geral da Mesa para pu-
blicação no Diário do Senado Federal.
§ 4º No início de cada legislatura, cada grupo ou frente parlamentar in-
ternacional referido no caput realizará reunião de reativação para proceder à
eleição da diretoria e ratificar ou modificar o estatuto, mediante solicitação de
qualquer parlamentar ao próprio grupo ou frente, dispensado requerimento ao
Plenário do Senado Federal com essa finalidade.
§ 5º Os grupos e as frentes parlamentares internacionais referidos no
caput não disporão de verbas orçamentárias do Senado Federal, salvo quando
eventuais despesas imprescindíveis ao seu funcionamento forem expressamen-
te autorizadas pela Comissão Diretora ou pelo Presidente da Casa.
Resoluções
ministrativa, secretariar as reuniões e dar apoio administrativo aos grupos e às
frentes parlamentares internacionais referidos no caput, mantendo seu cadas-
tro e o dos parlamentares que os integram.
§ 7º A Secretaria-Geral da Mesa editará, por ato próprio, normas proce-
dimentais e complementares referentes aos grupos e às frentes parlamentares
internacionais de que trata este artigo.
Resoluções
IV - senha de acesso.
§ 2º Para fins de criação do cadastro a que se refere o § 1º e de autenticação
de usuários, é permitida a integração com soluções tecnológicas externas quan-
do estas permitirem acesso não oneroso a qualquer interessado.
Art. 5º Os serviços que o Senado Federal oferecer aos cidadãos via internet
compartilharão o mesmo cadastro de usuários, salvo disposição legal em con-
trário.
Resoluções
ça, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado Fede-
ral. 245
§ 3º Os indicados ao Conselho Diretor, que deverão ser brasileiros de re-
putação ilibada e detentores de notório saber nos temas de competência da
Instituição Fiscal Independente, serão submetidos a:
I - arguição pública; e
II - aprovação pelo Senado Federal.
§ 4º O mandato dos membros do Conselho Diretor da Instituição Fiscal
Independente será de 4 (quatro) anos, não admitida a recondução, observado
o disposto no § 6º.
§ 5º Em caso de vacância, a escolha de novo diretor da Instituição Fiscal
Independente para completar o tempo remanescente do mandato seguirá os
critérios previstos nos §§ 2º e 3º.
§ 6º Os membros do Conselho Diretor exercerão mandatos não coinci-
dentes, nomeados a cada 2 (dois) anos, alternadamente, observado, na primei-
ra investidura, o mandato de 6 (seis) anos para o diretor-executivo, de 4 (qua-
tro) anos para o diretor referido no inciso II do § 2º e de 2 (dois) anos para o
diretor referido no inciso III do § 2º.
§ 7º Os membros do Conselho Diretor só poderão ser exonerados em
caso de renúncia, condenação judicial transitada em julgado ou processo ad-
ministrativo disciplinar, bem como por voto de censura aprovado pela maioria
absoluta dos membros do Senado Federal.
§ 8º É vedado aos membros do Conselho Diretor da Instituição Fiscal In-
dependente o exercício regular de outra atividade profissional, inclusive gestão
operacional de empresa ou filiação político-partidária.
§ 9º A Instituição Fiscal Independente contará com Conselho de Assesso-
ramento Técnico, que se reunirá preferencialmente a cada mês, composto por
até 5 (cinco) brasileiros de reputação ilibada e detentores de notório saber nos
temas de competência da Instituição, a serem nomeados pelo diretor-executivo
do Conselho Diretor por tempo indeterminado.
§ 10. A Instituição Fiscal Independente poderá encaminhar, por intermé-
dio da Mesa do Senado Federal, pedidos escritos de informações a Ministros
caso de a taxa vigente ser baseada na London InterBank Offered Rate (Libor)
ou na European Interbank Offered Rate (Euribor), por outras que vierem a
substituí-las no mercado internacional e que sejam validadas pelo organismo
financeiro internacional credor e signatário da operação de crédito e pelo Mi-
nistério da Economia da República Federativa do Brasil.
Parágrafo único. O instrumento contratual que formalizar o aditamento
previsto no caput deste artigo deverá conter cláusula prevendo o compromisso
de buscar a manutenção do equilíbrio econômico ou a ausência de transferên-
cia de proveito econômico entre o credor e o devedor da operação.
Resoluções
Art. 5º A alínea “d” do inciso II do art. 10 da Resolução do Senado Federal no
48, de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 10..................................................................................................................
II –.........................................................................................................................
D. Legislativos
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º A escolha dos Ministros do Tribunal de Contas da União, a que se refere
ao art. 73, § 2º, inciso II da Constituição Federal, ocorrerá dentre os brasileiros
que preencham os seguintes requisitos:
I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;
II - idoneidade moral e reputação ilibada;
III - notórios conhecimentos em uma das seguintes áreas:
a) jurídica;
b) contábil;
c) econômica;
d) financeira; ou
e) de administração pública;
IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade pro-
fissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior.
da União.247
§ 1º O parecer da comissão deverá conter relatório sobre o candidato e
elementos informativos necessários ao esclarecimento do Plenário.
§ 2º O parecer será apreciado pelo Plenário em sessão pública e votado
por escrutínio secreto.248
Art. 4º (Revogado)249
Parágrafo único. (Revogado)250
D. Legislativos
Dispõe sobre o mandato dos membros do
Conselho de Comunicação Social e dá ou-
tras providências.
Atos da Mesa
A Mesa do Senado Federal, nos termos do disposto no art. 50, § 2o,da
Constituição Federal, e tendo em vista a edição da Lei Complementar no 105,
de 10 de janeiro de 2001, em especial o disposto em seus arts. 4o e 8o, no uso de
sua competência expressa nos arts. 215, I, a, e 216, III, in fine, do Regulamento
Interno, RESOLVE:
Seção I
Dos Requerimentos de Informações
Disposições Gerais
Art. 1o O Senador ou Comissão poderão apresentar requerimento de informa-
ção, dirigido a Ministro de Estado ou a qualquer titular de órgão diretamente
subordinado à Presidência da República, sobre assunto submetido à apreciação
do Senado Federal ou atinente a sua competência fiscalizadora.
§ 1o O requerimento de informação deverá ser dirigido a Ministro de Es-
tado ou a titular de órgão diretamente subordinado à Presidência da República,
ainda que contenha pedido relativo a órgão ou entidade da administração pú-
blica indireta sob sua supervisão.
§ 2o As informações solicitadas deverão ter relação estreita e direta com o
assunto que se procura esclarecer.
Atos da Mesa
1o da Lei Complementar no 105, de janeiro de 2001, o requerimento deverá ser
fundamentado, esclarecendo o vínculo entre a informação solicitada e a maté-
ria sob apreciação pelO Senado Federal ou atinente à competência fiscalizadora
da Casa.
§ 1o O requerimento, de iniciativa de Senador ou Comissão, deverá conter
detalhes sobre os dados pretendidos, como nome do titular, número da conta,
instituição financeira, agência, período da movimentação financeira, de modo
a contribuir para a celeridade da coleta das informações solicitadas.
§ 2o O requerimento poderá ser dirigido a:
I – Ministro de Estado ou a qualquer titular de órgão diretamente subor-
dinado à Presidência da República;
II – presidente de instituição financeira privada, ou a de entidade a ela
equiparada, ou a seu preposto;
III – gerente de agência de instituição financeira privada.
§ 3o Quando as informações pretendidas devam ser prestadas pelo Banco
Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários ou por instituição fi-
nanceira pública, o requerimento deverá ser dirigido ao Ministro de Estado a
que estiver subordinado ou vinculado o órgão informante.
§ 4o Nos termos do § 1o do art. 1o da Lei Complementar no 105, de 10 de
janeiro de 2001, são consideradas instituições financeiras, para os efeitos deste
Ato:
I – bancos de qualquer espécie;
II – distribuidoras de valores mobiliários;
Atos da Mesa
V – a transcrição, na íntegra do art. 10 da Lei Complementar no 105, de
10 de janeiro de 2001.
Parágrafo único. Juntamente com a correspondência do Senado, será en-
caminhada cópia integral do requerimento de informação sigilosa.
Art. 12. Ao final do prazo de trinta dias, contado do recebimento pelo desti-
natário da solicitação, se as informações ainda não houverem sido prestadas,
quando o destinatário for Ministro de Estado ou titular de órgão diretamente
subordinado à Presidência da República, proceder-se-á nos termos do disposto
no art. 5o deste ato.
§ 1o. Quando o destinatário for uma das pessoas de que tratam os incisos
II e III do § 2o do art. 8o, se as informações não houverem sido prestadas no
prazo de trinta dias, o Senado encaminhará o caso ao Ministério Público, para
a adoção das providências cabíveis.
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao caso de prestação
de informações falsas.
Art. 15. O disposto nesta Seção aplica-se aos documentos recebidos em caráter
secreto, confidencial ou reservado.
Art. 16. O Arquivo do Senado Federal deverá reservar estante especial para a
guarda dos documentos a que se refere esta Seção.
Atos da Mesa
Art. 18. São revogados os Atos da Comissão Diretora do Senado Federal nos 14,
de 1990, e 22, de 1991.
Sala de Reuniões, 30 de janeiro de 2001. Antonio Carlos Magalhães – Ro-
naldo Cunha Lima – Eduardo Suplicy – Geral do Melo – Carlos Patrocinio – Ca-
sildo Maldaner – Nabor Junior.
Atos da Mesa
Art. 1o Fica instituída a Política de Gestão do Processo Legislativo Eletrônico,
com o objetivo de promover o uso intensivo e continuamente atualizado das
tecnologias da informação para:
I – garantir acesso integral, em formato eletrônico, aos documentos e re-
gistros do Processo Legislativo, em tempo devido e em caráter permanente;
II – propiciar a produção e circulação dos documentos do Processo Legis-
lativo em formato eletrônico, preenchidos requisitos técnicos de autenticidade,
autoria e integridade.
Atos da Mesa
Art. 6o À Secretaria-Geral da Mesa cabe zelar pela aplicação da Política de Ges-
tão do Processo Legislativo Eletrônico, sendo responsável pela implantação, a
coordenação, o gerenciamento e a normatização do Processo Legislativo Ele-
trônico.
Parágrafo único. Para desempenho das competências relacionadas no
caput, a Secretaria-Geral da Mesa constituirá, por Ato de seu titular, o Núcleo
de Gestão do Processo Legislativo Eletrônico.
Atos da Mesa
I – no art. 13 do Regimento Interno;
II – nos incisos I e II do art. 43 do Regimento Interno.
Parágrafo único. Na impossibilidade do Primeiro Vice-Presidente, as atri-
buições relacionadas no caput serão exercidas pelo Segundo Vice-Presidente.
Art. 1o Este Ato regulamenta o disposto nos incisos VII e VIII do art. 383
do Regimento Interno do Senado Federal, sobre o procedimento de apre-
ciação de escolha de autoridades (Const., art. 52, III e IV) no Plenário do
Senado Federal e comunicação do resultado ao signatário da indicação.
Atos da Mesa
Senador Cícero Lucena
Senador Gerson Camata
Atos da Mesa
II – nos incisos I e II do art. 43 do Regimento Interno;
III – no art. 40 do Regimento Interno.
Parágrafo único. As atribuições relacionadas no caput poderão ser exer-
cidas pelos membros titulares da Comissão Diretora, quando o Primeiro Vice-
-Presidente estiver impossibilitado ou em gozo de licença.251
Atos da Mesa
ferramenta tecnológica disponível no avulso impresso.
Art. 2o A Resenha Mensal de que trata o art. 269, II, do Regimento Interno do
Senado Federal será publicada exclusivamente em meio eletrônico, podendo
ser acessada diretamente na página do Senado Federal na internet ou digital-
mente mediante a leitura de QR Code (código de leitura rápida) ou outra fer-
ramenta tecnológica disponível no avulso impresso do dia da publicação da
Resenha.
Atos da Mesa
mento Interno.
Atos da Mesa
a) propostas de emenda à Constituição, projetos, requerimentos e indica-
ções com pelo menos um parecer favorável das comissões, parcial ou integral-
mente;
b) projetos, requerimentos e indicações de iniciativa de comissão;
V - que tratem de matéria de competência exclusiva do Congresso Nacio-
nal (Const., art. 49), formalizadas em projetos de decreto legislativo (art. 332,
V, do RISF);
VI - que tratem de matéria de competência privativa do Senado Federal
(Const., art. 52), formalizadas em projetos de resolução (art. 332, VI, do RISF);
VII - pedidos de sustação de processo contra Senador em andamento no
Supremo Tribunal Federal (Const., art. 53, §§ 3º e 4º, EC no 35/2001), formali-
zados mediante projetos de resolução (art. 332, VII, do RISF).
§ 1º Aplicam-se as diretrizes constantes das alíneas “a” e “b” do inciso II do
caput às proposições apresentadas por suplentes.
§ 2º As proposições que tramitam em conjunto serão analisadas indivi-
dualmente, procedendo-se ao desapensamento quando for o caso de umas se-
rem arquivadas e outras continuarem tramitando.
§ 3º Os projetos de código continuarão tramitando e as proposições a eles
anexadas serão analisadas individualmente, procedendo à desanexação daque-
las sujeitas a arquivamento.
§ 4º Os projetos de decreto legislativo que versem sobre matéria de ini-
ciativa não parlamentar (concessão de radiodifusão, atos internacionais, entre
Atos da CDIR
trabalhos produzidos pelos veículos da Secretaria de Comunicação Social do
Senado Federal.
DAS DISPOSIÇÕES COMUNS
Atos da CDIR
cer a critérios institucionais, definidos neste Ato, à viabilidade de veiculação na
grade de programação e à disponibilidade de equipamentos.
Parágrafo único. O deslocamento dos equipamentos e das equipes dos
veículos da Secretaria de Comunicação Social do Senado Federal para fora de
Brasília depende de autorização do Presidente do Senado Federal, que avaliará
o interesse institucional, mediante solicitação do Diretor da Secretaria de Co-
municação Social.
Art. 17 As imagens e sons captados ao vivo pela TV Senado poderão ser cedi-
das a outras emissoras em tempo real, desde que as imagens sejam seladas com
o logotipo da TV Senado.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 19 Serão punidos, nos termos da legislação em vigor, todos aqueles que
utilizarem as instalações, materiais e equipamentos dos veículos da Secretaria
de Comunicação Social do Senado Federal de forma indevida e para finalida-
des distintas daquelas para as quais os veículos foram criados.
Atos da CDIR
Atos da CDIR
Papaléo Paes.
Atos da CDIR
Atos da CDIR
Heráclito Fortes,
João Claudino,
Mão Santa,
César Borges,
Gerson Camata.
Atos da CDIR
to profissional ou trajes típicos alusivos à temática da sessão, quando for o caso.
§ 4º A Tribuna de Honra será reservada aos assessores parlamentares de-
vidamente credenciados.263
§ 5º Será permitido o trânsito dos assessores mencionados no § 4º entre o
Plenário e a Tribuna de Honra.264
Art. 2º Para acesso às áreas a que se refere o art. 1º, haverá três tipos de cre-
denciais, que deverão ser portadas em local visível, cuja distribuição será de
competência da Secretaria de Polícia do Senado Federal, mediante supervisão
da Secretaria-Geral da Mesa, nos termos deste Ato:
I - credencial de acesso ao interior do Plenário, em número de duas por
gabinete de Senador, uma por Liderança e uma por gabinete de Membro da
Mesa Diretora;265
II - (Revogado)266
Art. 3º O acesso à Sala do Café dos Senadores dar-se-á por porta própria loca-
Atos da CDIR
Atos da CDIR
Senador Renan Calheiros - Presidente,
Senador Romero Jucá - 2º Vice-Presidente,
Senador Flexa Ribeiro - 1º Secretário,
Senador Casildo Maldaner - 4º Suplente de Secretário.
Art. 1º Nas reuniões públicas, além dos Senadores, serão admitidos nos plená-
rios das comissões os Suplentes de Senadores, os Deputados Federais, os ex-Se-
nadores, as autoridades que comparecerem para os fins previstos no Regimento
Interno, os servidores do Senado em serviço e os profissionais de imprensa
devidamente credenciados.
Atos da CDIR
Parágrafo único. Considera-se violação ao caput deste artigo a exibição
de banners, cartazes, faixas e congêneres durante a reunião das Comissões.268
Art. 5º Os pedidos de utilização das salas das comissões por órgãos internos do
Senado e para eventos relacionados às atividades institucionais do Congresso
Nacional deverão ser dirigidos à Secretaria das Comissões, preferencialmente
com antecedência mínima de três dias úteis.
Atos da CDIR
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Este Ato regulamenta o Sistema de Deliberação Remota do Senado Fe-
deral (SDR), criado pelo Ato da Comissão Diretora no 7, de 2020, promoven-
do adequações para possibilitar seu uso em reuniões de comissões, bem como
Art. 2º As sessões e reuniões realizadas por meio do SDR serão remotas ou se-
mipresenciais e serão convocadas para dia e horário previamente comunicado
Atos da CDIR
com antecedência de no mínimo 48 (quarenta e oito) horas.
CAPÍTULO II
DO SISTEMA DE DELIBERAÇÃO REMOTA (SDR)
Art. 3º O SDR terá por base, para os fins de debates parlamentares, plataforma
que permita o debate, com vídeo e áudio, e terá os seguintes requisitos opera-
cionais:
I - funcionar em plataformas de comunicação móvel ou em computadores
conectados à internet;
II - permitir o acesso simultâneo de até 300 (trezentas) conexões;
III - permitir a gravação da íntegra dos debates;
IV - possibilitar a concessão da palavra e o controle do tempo do uso da
palavra pelo Presidente;
V - permitir que os parlamentares conectados possam solicitar a palavra
ao Presidente;
VI - permitir o acompanhamento da sessão ou da reunião pelas equipes
dos gabinetes parlamentares e pelos órgãos de assessoramento legislativo e de
comunicação social, especialmente a TV Senado e a Rádio Senado;
Art. 5º O SDR terá por base, para os fins de registro de votos, os seguintes re-
quisitos operacionais:
I - permitir a votação dos parlamentares, a partir de dispositivos móveis
previamente cadastrados para tal fim;
II - permitir o registro e a exportação seguros dos resultados das votações;
III - capturar, para fins de auditoria, imagem do rosto do parlamentar,
adequadamente enquadrado e iluminado, durante o processo de registro de
voto;
IV - garantir que não seja possível aos operadores, ao Presidente, nem aos
demais parlamentares e usuários conectados, o conhecimento prévio do resul-
tado da votação antes que seja encerrada;
V - permitir o acompanhamento da votação pelas equipes dos gabinetes
parlamentares e pelos órgãos de assessoramento legislativo e de comunicação
social, especialmente a TV Senado e a Rádio Senado.
Atos da CDIR
§ 2º Caso a foto não observe os parâmetros previstos no parágrafo an-
terior, o Senador ou Senadora deverá realizar novamente o procedimento de
votação, sob pena de não validação do voto.
CAPÍTULO III
DAS SESSÕES
Art. 7º Durante o funcionamento remoto ou semipresencial, o Presidente, no
exercício da atribuição prevista no art. 48, VI, do Regimento Interno do Sena-
do Federal, poderá incluir em Ordem do Dia, ouvidas as lideranças, qualquer
matéria em tramitação no Senado Federal.
Art. 13. Cada relator terá o prazo de 30 (trinta) minutos para proferir o parecer
oralmente em Plenário, nos termos do art. 140, § 2º, do Regimento Interno do
Senado Federal.
CAPÍTULO IV
DAS REUNIÕES
Art. 15. As Comissões poderão se reunir para realizar audiências públicas e
reuniões deliberativas exclusivamente em salas de reuniões e ambientes do Se-
nado Federal disponíveis e habilitadas para uso do SDR.
§ 1º Nas reuniões serão observadas as seguintes diretrizes:
I - o Presidente, Vice-Presidente ou Presidente eventual presidirá os tra-
balhos de forma presencial, assessorado pelo Secretário da Comissão ou seu
Substituto, designado pela Secretaria de Comissões, e pelo número indispensá-
Atos da CDIR
vel de funcionários, conforme orientação da Secretaria de Comissões;
II - o Sistema de Deliberação Remota (SDR) será utilizado nas reuniões
deliberativas em que sejam realizadas votações nominais, nos termos dos arts.
5º e 6º deste Ato, no que couber.
Art. 16. As reuniões das Comissões Permanentes serão realizadas nos seguin-
tes dias e horários:
I - Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa e a Comis-
são de Educação, Cultura e Esporte, às segundas-feiras, às quatorze horas;
II - Comissão Senado Futuro e Comissão de Desenvolvimento Regional e
Turismo, às segundas-feiras, às dezoito horas;
III - Comissão de Assuntos e Econômicos e a Comissão de Serviços de
Infraestrutura, às terças-feiras, às dez horas;
IV - Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania e Comissão de Meio
Ambiente, às quartas-feiras, às dez horas;
V - Comissão de Assuntos Sociais e Comissão de Relações Exteriores e
Defesa Nacional, às quintas-feiras, às dez horas;
VI - Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Infor-
mática; e a Comissão de Segurança Pública, às sextas-feiras, às dez horas; e
CAPÍTULO V
DA VOTAÇÃO
Art. 17. Iniciada a votação, o parlamentar deverá acessar, em dispositivo móvel
previamente cadastrado, o sistema SDR, no qual informará seu código de iden-
tificação e senha pessoal para autenticação.
Art. 18. Após autenticado, o parlamentar poderá votar SIM, NÃO ou ABS-
Atos da CDIR
TENÇÃO.
§ 1º Durante o procedimento de registro de voto, o dispositivo realizará,
a partir de câmera que deverá estar desobstruída, a captura de imagem do par-
lamentar, que deverá enquadrar seu rosto, adequadamente iluminado, na área
delimitada, sendo tal captura enviada ao SDR para conferência em eventual
auditoria.
§ 2º O quórum será apurado na votação, independentemente do número
de parlamentares conectados na fase de discussão da matéria.
§ 3º O comparecimento dos parlamentares, para fins administrativos, será
apurado com base nos registros de votação extraídos pelo SDR.
Atos da CDIR
Parágrafo único. Nas votações nominais ostensivas que ocorrerem duran-
te sessão ou reunião semipresencial, será possível registrar o voto, indiferente-
mente, por meio dos postos de votação presenciais ou pelo SDR.
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 22. Caberá à Secretaria-Geral da Mesa disponibilizar número telefônico
para suporte aos parlamentares durante as sessões virtuais realizadas pelo SDR.
Art. 24. Ficam excetuadas do disposto neste Ato as sessões e reuniões deli-
berativas destinadas a sabatinas e votações de autoridades, que permanecem
regidas pelo Ato da Comissão Diretora no 9, de 2020.
Art. 25. Este Ato aplica-se às reuniões de comissões temporárias, salvo às Co-
missões Parlamentares de Inquérito do Senado Federal, cujo funcionamento
será disciplinado em ato de seu respectivo Presidente.
Atos da CDIR
ções redacionais constantes do Anexo, a serem consolidadas em seu texto ao
final da 56ª Legislatura, em obediência ao disposto no seu art. 402.
Atos da CDIR
às atividades-meio de suporte para sua execução,
poderão ser solicitadas informações e documentos
a órgãos do Poder Executivo, nos termos do art. 50
da Constituição Federal, bem como ao Tribunal de
Contas da União e a entidades da sociedade civil.
.............................................” (NR)
“Art. 98. ..............................
.............................................
V – elaborar a redação final das proposições de
iniciativa do Senado e das emendas e projetos da
Câmara dos Deputados aprovados pelo Plenário,
escoimando-os de vícios de linguagem, improprie-
dades de expressão, defeitos de técnica legislativa,
cláusulas de justificação e palavras desnecessárias.
.............................................” (NR)
“Art. 99. ..............................
.............................................
..............................................
l) registros públicos, organização administrativa,
judiciária, do Ministério Público e da Defensoria
Pública da União e dos Territórios e organização ju-
diciária e do Ministério Público do Distrito Federal;
.............................................” (NR)
“Art. 102-B. ........................
.............................................
III – aprovado o relatório prévio pela Comissão,
o relator poderá solicitar os recursos e o asses-
soramento necessários ao bom desempenho da
Comissão, incumbindo à Mesa e à Administração
da Casa o atendimento preferencial das providên-
cias requeridas; rejeitado o relatório, a matéria será
encaminhada ao Arquivo;
IV – o relatório final de fiscalização e controle,
quanto à comprovação da legalidade do ato, à ava-
liação política, administrativa, social e econômica
de sua edição e à eficácia de seus resultados sobre
Atos da CDIR
II – se extraordinárias, mediante convocação espe-
cial para dia, horário e fim indicados, observando-
-se, no que for aplicável, o disposto neste Regimento
sobre a convocação de sessões extraordinárias do
Senado.
§ 1º As comissões parlamentares de inquérito reu-
nir-se-ão em horário diverso do estabelecido para o
funcionamento das comissões permanentes.
§ 2º Em qualquer hipótese, a reunião de comissão
permanente ou temporária não poderá coincidir
com o tempo reservado à Ordem do Dia das sessões
deliberativas ordinárias do Senado.” (NR)
“Art. 115. ..............................
§ 1º Quando, pela importância do assunto em
estudo, convier o registro taquigráfico dos debates,
o Presidente solicitará ao Primeiro-Secretário as
providências necessárias.
.............................................” (NR)
“Art. 156. ............................
Presidente
reito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais
de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da
pessoa natural;
RESOLVE:
CAPÍTULO I
DA APLICAÇÃO
Art. 1º A Política Institucional de Proteção de Dados Pessoais, no âmbito do
Senado Federal, obedecerá ao disposto neste Ato.
§ 1º Considera-se, para efeito deste Ato, as definições constantes do art. 5º
da Lei no 13.709, de 2018.
§ 2º As atividades de tratamento de dados pessoais pelo Senado Federal
observarão os princípios previstos no art. 6º da Lei no 13.709, de 2018.
CAPÍTULO II
DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS
Seção I
Dos Requisitos
Art. 4º O tratamento de dados pessoais pelo Senado Federal será realizado nas
seguintes hipóteses:
I - mediante o consentimento pelo titular;
II - para o cumprimento de obrigação constitucional, legal ou regulatória;
III - para o uso compartilhado de dados necessários à execução de polí-
ticas públicas previstas em legislação específica ou respaldadas em contratos,
Presidente
IX - para a tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado
por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária;
X - para atender, quando necessário, a seus interesses legítimos ou de ter-
ceiros, exceto no caso de prevalecerem direitos e liberdades fundamentais do
titular que exijam a proteção dos dados pessoais; ou
XI - para a proteção do crédito, inclusive quanto ao disposto na legislação
pertinente.
§ 1º O consentimento previsto no inciso I do caput deste artigo será obti-
do por escrito ou por outro meio que demonstre a manifestação da vontade do
titular, nos termos do art. 8º da Lei no 13.709, de 2018.
§ 2º O consentimento previsto no inciso I do caput deste artigo poderá ser
revogado a qualquer momento mediante manifestação expressa do titular, por
procedimento gratuito e facilitado, ratificados os tratamentos realizados sob
amparo do consentimento anteriormente manifestado enquanto não houver
requerimento de eliminação, nos termos do inciso V do caput do art. 11 deste
Ato.
§ 3º Não realizada a opção de que trata o inciso V do caput deste artigo, o
Senador realizará o tratamento dos dados pessoais recebidos pelo gabinete par-
lamentar, liderança partidária, frente parlamentar ou unidade sob sua chefia a
Presidente
Art. 6º O tratamento de dados pessoais sensíveis pelo Senado Federal somente
ocorrerá nas seguintes hipóteses:
I - quando o titular ou seu responsável legal consentir, de forma específica
e destacada, para finalidades determinadas;
II - sem o consentimento do titular, nos casos em que for indispensável
para:
a) cumprimento de obrigação constitucional, legal ou regulatória;
b) tratamento compartilhado de dados necessários à execução de políticas
públicas previstas em legislação específica;
c) realização de estudos, garantida, sempre que possível, sua anonimiza-
ção;
d) exercício regular de direitos, inclusive em contrato e em processo judi-
cial, administrativo e arbitral, este último nos termos da Lei no 9.307, de 1996
(Lei de Arbitragem);
e) proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiros;
f) tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por profis-
sionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária; ou
Art. 7º Para os efeitos deste Ato, não serão considerados dados pessoais os
dados anonimizados, salvo quando o processo de anonimização ao qual foram
submetidos for revertido, utilizando exclusivamente meios próprios, ou quan-
do, com esforços razoáveis, puder ser revertido.
Presidente
Presidente
centes serão fornecidas de maneira simples, clara e acessível, consideradas as
características físico-motoras, perceptivas, sensoriais, intelectuais e mentais do
usuário, com uso de recursos audiovisuais, quando adequado, de forma a pro-
porcionar a informação necessária aos pais ou ao responsável legal e adequada
ao entendimento do menor.
Seção IV
Do Término do Tratamento de Dados
Art. 9º O término do tratamento de dados pessoais ocorrerá nas seguintes hi-
póteses:
I - verificação de que a finalidade foi alcançada ou de que os dados dei-
xaram de ser necessários ou pertinentes ao alcance da finalidade específica al-
mejada;
II - fim do período de tratamento; ou
III - comunicação do titular, inclusive no exercício de seu direito de revo-
gação do consentimento conforme disposto no inciso VIII do caput do art. 11
deste Ato, resguardado o interesse público.
CAPÍTULO III
DOS DIREITOS DO TITULAR
Presidente
Art. 11. O Senado Federal deverá disponibilizar ao titular dos dados pessoais
por ele tratados, a qualquer momento e mediante requisição:
I - a confirmação da existência de tratamento;
II - o acesso aos dados pessoais submetidos a tratamento;
III - a possibilidade de correção de dados incompletos, inexatos ou desa-
tualizados;
IV - a anonimização, o bloqueio ou a eliminação de dados desnecessários,
excessivos ou tratados em desconformidade com o disposto na Lei no 13.709,
de 2018, e neste Ato;
V - a eliminação dos dados pessoais tratados com o consentimento do
titular, exceto nas hipóteses previstas no art. 10 deste Ato;
VI - a informação das entidades públicas e privadas com as quais realizou
uso compartilhado de dados;
VII - a informação sobre a possibilidade de não consentir no tratamento
de seus dados pessoais e sobre as consequências da negativa;
VIII - a revogação do consentimento de tratamento de seus dados pes-
soais, nos termos do § 5º do art. 8º da Lei no 13.709, de 2018.
Presidente
da solicitação, por meio dos canais de comunicação disponíveis no portal do
Senado Federal na internet.
§ 5º O responsável deverá informar, de maneira imediata, aos agentes de
tratamento com os quais tenha realizado uso compartilhado de dados a corre-
ção, a eliminação, a anonimização ou o bloqueio dos dados, para que repitam
idêntico procedimento, exceto nos casos em que esta comunicação seja com-
provadamente impossível ou implique esforço desproporcional.
Art. 13. O titular tem o direito de solicitar a revisão de decisões tomadas unica-
mente com base em tratamento automatizado de seus dados pessoais que afe-
tem seus interesses, incluídas as decisões destinadas a definir o seu perfil pes-
soal, profissional, de consumo e de crédito ou os aspectos de sua personalidade.
Parágrafo único. O Senado Federal fornecerá, sempre que solicitadas, in-
formações claras e adequadas a respeito dos critérios e dos procedimentos uti-
lizados para a decisão automatizada.
Presidente
Art. 14. Os dados pessoais referentes ao exercício regular de direitos pelo titu-
lar não serão utilizados em seu prejuízo.
CAPÍTULO IV
DA TRANSFERÊNCIA DE DADOS A OUTRAS ENTIDADES
Art. 15. O Senado Federal, sem prejuízo de outras hipóteses previstas na legis-
lação específica, poderá transferir a entidades privadas dados pessoais constan-
tes de bases de dados:
I - em casos de execução descentralizada de atividade pública que exija a
transferência, exclusivamente para esse fim específico e determinado, obser-
vado o disposto na Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à
Informação);
II - nos casos em que os dados forem acessíveis publicamente, observadas
as disposições deste Ato e da Lei no 13.709, de 2018;
III - quando houver previsão legal ou a transferência for respaldada em
contratos, convênios ou instrumentos congêneres comunicados à ANPD; ou
IV - na hipótese de a transferência dos dados objetivar exclusivamente a
prevenção de fraudes e irregularidades, ou proteger e resguardar a segurança e
CAPÍTULO V
DA TRANSFERÊNCIA INTERNACIONAL DE DADOS
Art. 17. A transferência internacional de dados pessoais pelo Senado Federal
será possível nos seguintes casos:
I - para países ou organismos internacionais que proporcionem grau de
proteção de dados pessoais adequado ao previsto neste Ato e na Lei no 13.709,
de 2018;
II - quando for possível oferecer e comprovar garantias de cumprimento
dos princípios, dos direitos do titular e do regime de proteção de dados previs-
Presidente
tos neste Ato e na Lei no 13.709, de 2018, na forma de:
a) cláusulas contratuais específicas para determinada transferência;
b) cláusulas-padrão contratuais;
c) normas corporativas globais;
d) selos, certificados e códigos de conduta regularmente emitidos.
III - quando a transferência for necessária para a cooperação jurídica in-
ternacional entre órgãos públicos de inteligência, de investigação e de persecu-
ção, de acordo com os instrumentos de direito internacional;
IV - quando a transferência for necessária para a proteção da vida ou da
incolumidade física do titular ou de terceiros;
V - quando a ANPD autorizar a transferência;
VI - quando a transferência resultar em compromisso assumido em acor-
do de cooperação internacional;
VII - quando a transferência for necessária para a execução de política pú-
blica ou atribuição legal do serviço público, sendo dada publicidade nos termos
do art. 2º deste Ato;
CAPÍTULO VI
DOS AGENTES DE TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS
Seção I
Do Controlador e do Operador
Presidente
Art. 20. Empresa contratada que atue como operador de dados pessoais, nos
termos deste Ato, deverá realizar o tratamento segundo as instruções forneci-
Presidente
das pelo Senado Federal, que verificará a observância das próprias instruções e
das normas sobre a matéria.
Parágrafo único. O instrumento contratual utilizado para estabelecer as
relações de serviço mencionadas no caput deste artigo preverá, de maneira ex-
pressa, a possibilidade de o Senado Federal verificar a adoção das instruções e
normas pela contratada.
CAPÍTULO VII
DA SEGURANÇA E DAS BOAS PRÁTICAS
Seção I
Da Segurança e do Sigilo de Dados
Art. 24. O Senado Federal e aqueles que, sob sua determinação, atuarem na
condição de operadores de tratamento de dados pessoais, adotarão medidas
de segurança, técnicas e administrativas aptas a proteger os dados pessoais de
acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de destruição, per-
da, alteração, comunicação ou qualquer forma de tratamento inadequado ou
ilícito.
Parágrafo único. As medidas de que trata o caput deste artigo deverão ser
observadas desde a fase de concepção até a conclusão de sua execução.
Art. 25. O Senado Federal comunicará à ANPD e ao titular dos dados a ocor-
rência de incidente de segurança que possa acarretar risco ou dano relevante.
Art. 26. Os sistemas utilizados para o tratamento de dados pessoais devem ser
estruturados de forma a atender aos requisitos de segurança, aos padrões de
boas práticas e de governança e aos princípios gerais previstos neste Ato, na Lei
Presidente
no 13.709, de 2018, e demais normas pertinentes.
Seção II
Das Boas Práticas e da Governança
Art. 27. O Senado Federal elaborará regras de boas práticas e de governan-
ça que estabeleçam as condições de organização, o regime de funcionamento,
os procedimentos, incluindo reclamações e petições de titulares, as normas de
segurança, os padrões técnicos, as obrigações específicas para os diversos en-
volvidos no tratamento, as ações educativas, os mecanismos internos de super-
visão e de mitigação de riscos e outros aspectos relacionados ao tratamento de
dados pessoais, nos termos do art. 50 da Lei no 13.709, de 2018.
CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 28. As solicitações do titular sobre o tratamento de seus dados pessoais
não se confundem com os requerimentos de informações realizados no âmbito
da Lei no 12.527, de 2011 (Lei de Acesso à Informação).
Presidente
Federal;
II. CONSIDERANDO a existência de determinação no relatório final
(Parecer no 1/2021-CPI-Pandemia) para encaminhar-se informações sigilosas
específicas a órgãos determinados;
III. CONSIDERANDO que a remessa de documentos sigilosos se deu
em estrito cumprimento às deliberações específicas tomadas pela Comissão
quando da aprovação do seu relatório final (Parecer no 1/2021/CPIPandemia),
sendo ela [CPI] o único órgão legislativo investido de poderes de autoridade
judicial e, portanto, com competência de autorizar a transferência de quebras
de sigilo;
IV. CONSIDERANDO que a íntegra 1) de depoimentos prestados, 2) de
requerimentos apresentados, 3) de ofícios enviados e recebidos, 4) de decisões
tomadas, 5) de listas de votações, 6) de comunicados da Presidência e 7) de
todos os demais documentos ostensivos da CPI da Pandemia encontram-se
disponíveis na página eletrônica da CPI, acessível por meio do seguinte link:
https ://legis.senado.leg.br/comissoes/comissao?codcol=2441, sendo des-
necessário qualquer solicitação formal da Casa para esse fim;
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Presidente
1) RELATÓRIO.
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900 - Brasília – DF – Telefone: 55 (61) 3303-4750 – [email protected]
CONSULTE EM http://www.senado.gov.br/sigadweb/v.aspx.
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2) FUNDAMENTAÇÃO.
Tal acervo documental não integra os autos públicos da CPI1, por conter dados
protegidos (v.g segredo de justiça, segurança da sociedade e do Estado, privacidade e
intimidade de cidadãos), cujo acesso é restrito.
É dever do Senado Federal preservar a confidencialidade dessas informações
sigilosas que estão sob sua guarda, sob pena de responsabilização de quem der causa à
violação do sigilo. Tal obrigação deflui de um farto conjunto normativo. Destaca-se, por
exemplo, o que estatui o parágrafo único do art. 144 do Regimento Interno da Casa,
verbis:
Art. 144. Quanto ao documento de natureza sigilosa, observar-se-ão, no
trabalho das comissões, as seguintes normas:
(...)
Parágrafo único. A inobservância do caráter secreto, confidencial ou
reservado, de documentos de interesse de qualquer comissão
sujeitará o infrator à pena de responsabilidade, apurada na forma da
lei.
1
Toda a documentação ostensiva da CPI da Pandemia está disponibilizada na página do Senado Federal,
por meio do seguinte link: https://legis.senado.leg.br/comissoes/comissao?codcol=2441. Acesso em 31 de
março de 2022.
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Presidente
a) Quanto ao compartilhamento de documentos sigilosos da CPI da Pandemia a
outros órgãos públicos após o seu encerramento. Impossibilidade de delegação
genérica a servidores para autorizar o acesso. Aspectos constitucionais.
Necessidade de prévia autorização judicial. Salvaguarda de direitos
fundamentais (art. 5º, X e XII, CF/88)
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aproximadamente, a 144.528.642 páginas; ou a 3.187 horas de
vídeos; ou a 6374 horas de áudio.
Assim, considerando o grande volume de documentos que
se encontram sob guarda da CPI da Pandemia e a premente
necessidade de aprofundar-se as investigações, seguindo a
orientação consubstanciada no Parecer nº 838/2021-
NPJUD/ADVOSF, quanto aos documentos que não foram
objeto de triagem prévia, fica desde já a Secretaria da
CPI, o órgão que eventualmente a substitua ou a
Secretaria-Geral Mesa do Senado autorizadas a efetuar o
compartilhamento de dados sigilosos do acervo do
Inquérito Parlamentar com o Ministério Público, com as
autoridades policiais competentes (polícias federal e civil), com
os Tribunais de Contas, com a Controladoria-Geral da União e
órgãos análogos dos Estados, com outras Comissões
Parlamentares de Inquérito e com os órgãos do Tribunal
Penal Internacional, mediante requerimento fundamentado
lavrado pelos respectivos Procuradores-Gerais, Presidente ou
titular, conforme o caso, observada a estrita pertinência
temática, a ser aferida pelo Secretário desta CPI ou por
sucessor ou substituto designado pela Coordenação de
Comissões Especiais, Temporárias e Parlamentares de Inquérito.
Como se nota, o Parecer trouxe uma espécie de delegação genérica para que
servidores da Secretaria-Geral da Mesa 1) examinassem pedidos de compartilhamento de
documentos sigilosos recebidos depois do término da CPI, 2) avaliassem se existe o
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processual penal”.
É certo que as CPIs diferenciam-se das demais comissões do Legislativo, justo
em função dos poderes de investigação de que são dotados seus membros, equiparados
aos poderes de investigação dos juízes. Ocorre que, com o encerramento da CPI,
dissipam-se as especiais atribuições que o art. 58, §3º da Constituição confere a esses
colegiados. Com o fim da Comissão, tais poderes excepcionais, de modo algum, se
transferem a outro órgão interno do Poder Legislativo.
Assim, não é consentâneo com a ordem constitucional de 1988, outorgar
uma delegação genérica, casuística, e temporalmente ilimitada, para servidores da
Secretaria-Geral da Mesa decidirem sobre compartilhamento de documentos
confidenciais de uma CPI extinta. Especialmente quando a maior parte desses
documentos sequer passou por uma triagem e uma classificação prévia por parte dos
titulares, enquanto o colegiado esteve funcionando.
Além de quebras de sigilos bancário, telefônico e telemático de empresas e
cidadãos, esse invólucro provavelmente também contém um vasto catálogo de
documentos com alta sensibilidade para a segurança da sociedade e do Estado, o que
requer um profundo escrutínio em cada caso.
Não seria difícil, por exemplo, chegar-se à conclusão, em algum caso concreto,
depois de um cuidadoso juízo de ponderação, que a transferência de sigilo não deve
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responsáveis pela manutenção do sigilo, o fato é que não há como se saber, de
antemão, com segurança, se esse envio não representa, em si mesmo, algum ilícito,
como quebra de segredo de justiça.
Importante trazer à baila, para ilustrar a sensibilidade do ponto, a decisão
liminar tomada no Mandado de Segurança 27.483-REF-MC/DF, proferida pelo
Ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal. Naquele precedente se entendeu
que “Comissão Parlamentar de Inquérito não tem poder jurídico de, mediante
requisição, a operadoras de telefonia, de cópias de decisão nem de mandado judicial de
interceptação telefônica, quebrar sigilo imposto a processo sujeito a segredo de justiça.
Este é oponível a Comissão Parlamentar de Inquérito, representando expressiva
limitação aos seus poderes constitucionais.” (MS 27483 MC-REF, Relator(a): CEZAR
PELUSO, Tribunal Pleno, julgado em 14/08/2008, DJe-192, PUBLIC 10-10-2008).
Há mais.
2
Enfatize-se que o Supremo Tribunal Federal admite, com tranquilidade, a possibilidade de
compartilhamento de elementos informativos colhidos no âmbito de inquérito penal para fins de instruir
outro procedimento criminal. (HC 102041, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, j. 20.4.2010;
Inq. 2725/QO, Rel. Min. AYRES BRITTO, Pleno, j. 25.6.2008; Inq. 3965, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI,
Segunda Turma, j. 22.11.2016; AP 945/QO, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, j. 21.3.2017; PET
7065 AgR, Rel. Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, 30.10.2018; PET 7137, Rel. Min. EDSON
FACHIN, Segunda Turma, j. 17.10.2017).
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58, §3º, CF/88) e pode decidir sobre a obtenção de dados sigilosos, trata-se de
competência exclusiva da Comissão3, de modo que nenhum servidor pode receber
delegação de poderes para deliberar sobre o ponto.
Vale acrescentar que, ao permitir o compartilhamento de documentos sigilosos
por prazo ininterrupto no futuro, a CPI terminou por conferir uma espécie de ultratividade
ilimitada para os poderes temporários que lhe são atribuídos pelo art. 58, §3º, da
Constituição. Apesar dos propósitos nobres, neste particular, a CPI exorbitou suas
funções, porque acabou por delegar competência para servidores que nem ela própria
[CPI] continua a deter, depois do encerramento de seus trabalhos.
Os poderes de investigação da CPI, por óbvio, só perduram enquanto ela estiver
Presidente
em funcionamento. São poderes voltados a facilitar o cumprimento da missão
constitucional da CPI. Uma vez encerrado o seu mister, novos atos com potencial de
atingir direitos fundamentais devem seguir o cânone constitucional, notadamente o
preceito que exige ordem judicial para afastar o sigilo bancário, telemático, de dados e de
comunicações telefônicas.
Por isso, novas transferências de dados sigilosos da CPI da Pandemia, após o
término de seu trabalho investigatório, para serem válidas, devem ser precedidas de aval
do Judiciário. Afastar o sigilo de dados fora do âmbito temporal de funcionamento
da CPI, sem ordem judicial, conflita com a primazia dada pela Constituição de 1988
aos direitos fundamentais.
Saliente-se que essa mesma sistemática (necessidade de ordem judicial) é
adotada quando se pretende compartilhar relatórios sigilosos e quebras de sigilo no
âmbito de um determinado inquérito para fins de instruir outra investigação criminal.
Requerimentos da autoridade policial nesse sentido são, inevitavelmente,
submetidos ao Poder Judiciário para que este analise previamente a pertinência e a
3
Não se reconhece essa prerrogativa nem mesmo ao Presidente da CPI individualmente; é imprescindível,
além de requerimento fundamento, a confluência da vontade da maioria em aprovar, como já decidiu
reiteradas vezes o Supremo Tribunal Federal.
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4
Trata de notitia criminis encaminhada pelo Tribunal Superior Eleitoral, para investigar conduta do atual
Presidente da República e outros, relacionada à divulgação de dados de inquérito sigiloso da Polícia
Federal, com o objetivo de desacreditar o processo eleitoral brasileiro.
5
Decisão Monocrática, STF, Inq. 4.878/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, publicada no DJE nº 24,
divulgado em 08/02/2022.
Disponível em: http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15349558566&ext=.pdf. Acesso
em 6 de abril de 2022.
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10
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à intimidade e ao sigilo de dados, com o decorrente ônus argumentativo para sua
superação.
Na hipótese em tela, não se vislumbra nenhuma norma constitucional que
imponha o dever de compartilhamento de quebras de sigilo de CPIs com outras
instituições, após o encerramento dos seus trabalhos e depois de já ter havido a remessa
de suas conclusões aos órgãos competentes indicados expressamente no relatório final.
Entendendo que o encaminhamento de conclusões e documentos a outros órgãos
é questão discricionária, de competência única da CPI, tem-se, ainda, o seguinte
precedente do Supremo Tribunal Federal:
6
Decisão Monocrática, STF, Inq. 4.878/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, publicada no DJE nº 44,
divulgado em 08/03/2022.
Disponível em: http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15350025842&ext=.pdf. Acesso
em 6 de abril de 2022.
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Presidente
órgãos públicos que receberam documentos da CPI da Pandemia, as informações que
entendam pertinentes para instruir procedimentos investigatórios próprios.
Por fim, cumpre tratar do aspecto da competência, isto é, quem deve examinar e
se manifestar sobre os pedidos de transferência de sigilo de documentos sigilosos da CPI
da Pandemia.
Dadas as premissas já discutidas no tópico anterior, é de se concluir que os
setores da Secretaria-Geral da Mesa não detêm competência para deliberar sobre
solicitação de acesso a documento sigiloso, colhido no curso das investigações da CPI da
Pandemia, pois eventual delegação nesse sentido não suplanta os preceitos
constitucionais e legais aplicáveis.
Na verdade, a apreciação do tema está reservada exclusivamente ao Presidente
da Mesa do Senado Federal.
Isso porque se pleiteia documentação não ostensiva de uma CPI já extinta.
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O art. 74, inciso III, do Regimento Interno desta Casa Legislativa inclui as CPIs como uma das espécies
de comissão temporária. O art. 76, a seu turno, estipula, com clareza, o caráter transitório desses colegiados:
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Art. 157. Não será lido, nem constituirá objeto de comunicação em sessão
pública, documento de caráter sigiloso, observando-se, quanto ao
expediente dessa natureza, as seguintes normas:
I - se houver sido remetido ao Senado a requerimento de Senador, ainda
que em cumprimento à manifestação do Plenário, o Presidente da Mesa
dele dará conhecimento, em particular, ao requerente;
II - se a solicitação houver sido formulada por comissão, ao Presidente
desta será encaminhado em sobrecarta fechada e rubricada pelo
Presidente da Mesa;
III - se o documento se destinar a instruir o estudo de matéria em curso
no Senado, tramitará em sobrecarta fechada, rubricada pelo Presidente
da Mesa e pelos presidentes das comissões que dele tomarem
conhecimento, feita na capa do processo a devida anotação.
Afora isso, o art. 48, XXIX, do RISF, prescreve que a comunicação com
determinadas autoridades da República é atribuição do Presidente do Senado, a quem
incumbe também responder a requisições judiciais de informações pertinentes ao Senado
Federal.
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3) CONCLUSÃO.
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requerimentos apresentados, 3) de ofícios enviados e recebidos, 4) de
decisões tomadas, 5) de listas de votações, 6) de comunicados da
Presidência e 7) de todos os demais documentos ostensivos da CPI da
Pandemia encontram-se disponíveis na página eletrônica da CPI,
acessível por meio do seguinte link:
https://legis.senado.leg.br/comissoes/comissao?codcol=2441, sendo
desnecessário qualquer solicitação formal da Casa para esse fim;
c) Explicar que a remessa de documentos sigilosos se deu em estrito
cumprimento às deliberações específicas tomadas pela Comissão
quando da aprovação do seu relatório final (Parecer nº
1/2021/CPIPandemia), sendo ela [CPI] o único órgão legislativo
investido de poderes de autoridade judicial e, portanto, com
competência de autorizar a transferência de quebras de sigilo;
d) Novos acessos ao acervo sigiloso da CPI da Pandemia deverão ser
precedidos de ordem judicial que autorize o afastamento de sigilo, haja
vista que a CPI encerrou seus trabalhos em 26/10/2021, e não cabe
delegação de poderes próprios dos juízes a nenhum outro órgão
legislativo, do que resulta na necessidade de observar e de conferir
primazia aos direitos fundamentais esculpidos no art. 5º, incisos X e
XII, da Constituição de 1988.
É o parecer.
Brasília, 13 de abril de 2022.
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Documento SIGAD nº 00100.034252/2022-28
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[assinatura eletrônica]
MATEUS FERNANDES VILELA LIMA9
Advogado do Senado (OAB/DF 36.455)
Coordenador Substituto do Núcleo de Assessoramento e Estudos Técnicos – NASSET
De acordo. Ao Advogado-Geral.
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Peça elaborada com a colaboração do Advogado Tairone Messias (OAB/DF nº 39.065), Assessor Jurídico
na Advocacia do Senado.
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CONSIDERANDO que a publicação de expedientes do Senado Federal e
do Congresso Nacional em diários próprios facilita o acesso à informação de
cada Casa, bem como sua organização, catalogação e inteligibilidade;
CONSIDERANDO que a publicação em separado de documentos e expe-
dientes preserva a continuidade das notas taquigráficas das sessões, permitin-
do maior clareza na apresentação das informações;
CONSIDERANDO que a certificação digital garante autenticidade, inte-
gridade e validade jurídica aos documentos em formato eletrônico, nos termos
do art. 1º da Medida Provisória no 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, RESOLVE:
IN SGM
RESOLVE:
IN SGM
CONSIDERANDO a possibilidade técnica de publicação imediata nos
Diários do Senado Federal e do Congresso Nacional do parecer proferido por
comissão logo após a sua disponibilização pelos Colegiados, sem necessidade
de deslocamento físico ou virtual do processado da matéria;
CONSIDERANDO que atualmente ocorre a publicação extemporânea de
pareceres de colegiados já encerrados ou com relatores que não estão mais no
exercício do mandato;
CONSIDERANDO que a publicação nos Diários do Senado Federal e
do Congresso Nacional promove a oficialização dos textos dos pareceres das
RESOLVE:
Art. 2º Uma vez adotadas as providências descritas no art. 1º, o parecer será
publicado, no Diários do Senado Federal ou do Congresso Nacional, com data
subsequente à sua disponibilização eletrônica.
Parágrafo único. A publicação do parecer nos Diários do Senado Fede-
ral e do Congresso Nacional não acarretará nenhuma movimentação, física ou
virtual, do processado da proposição a que se refere, salvo se a instrução da
matéria estiver completa.
procedimento e forma:
I – recebido o documento diretamente na comissão ou conselho, será re-
gistrado no sistema LEGIS pela respectiva secretaria, conforme a numeração
dada pelo órgão de origem, acrescida de ementa com o resumo do objeto do
documento, na qual necessariamente constará o número do processo, acórdão
ou sentença a que se refere;
II – o documento será sempre disponibilizado na página da comissão ou
conselho, podendo aguardar despacho do respectivo Presidente, quando ne-
cessário;
CAPÍTULO II
DA ASSINATURA ELETRÔNICA
Art. 3º Para os fins desta Instrução Normativa, adotam-se as definições cons-
tantes do art. 2º do Ato da Comissão Diretora no 5, de 2022.
CAPÍTULO III
Art. 13. Todos os atos e prazos previstos nesta Instrução Normativa terão como
referência o horário oficial de Brasília.
Art. 16. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação,
observado o seguinte cronograma de implantação:
I - até o final da 56ª Legislatura, o uso de assinaturas eletrônicas será facul-
IN SGM
Voto
Trata-se de ato atípico com original normatização na recente e atual Carta
constitucional. Por original e recente não mereceu este ato atípico exame espe-
cífico da doutrina e jurisprudência.
Entretanto, investigando sua natureza jurídica com o auxílio dos princí-
pios do Direito Administrativo e Constitucional não é difícil definir-lhe as suas
características ontológicas.
Examinando o procedimento administrativo nos seus “Princípios Gerais
e de Direito Administrativo” (Forense, 1979, pág. 535), ensina o clássico Osval-
do Aranha Bandeira de Mello:
“Procedimento Administrativo.
Os atos administrativos simples, complexos, compostos e simultâ-
neos, na maioria das vezes, se apresentam como integrados em um pro-
cedimento administrativo. Este tem aspectos análogos ao procedimento
judicial. Aliás, no último, outrossim, se encontram, salvo os atos simultâ-
neos, todos os demais acima mencionados.
Pareceres
VI – emendas.”
A invocação do art. 256 do Regimento Interno para amparar o arquiva-
mento das mensagens não tem nenhum estribo legal. O art. 256 fala em:
“A retirada de proposições em curso no Senado...”
DECLARAÇÃO DE VOTO
OF. No 58/90-CCJ
Brasília, 29 de junho de 1990
representações partidárias sendo condição sine qua non para a assunção da li-
derança da Maioria, a fortiori se depreende a necessidade regimental de prosse-
guimento das lideranças partidárias. Outra vez a falácia consiste em considerar
que o pressuposto da constituição de algo seja, necessariamente, pressuposto
de sua permanência. Finalmente, o argumento menor de quantos foram traba-
lhados pelos dois ínclitos Senadores acima mencionados, é o relacionado com
mação logística nova para as lideranças do bloco parlamentar, eis que a infraes-
trutura logística do bloco parlamentar será obrigatoriamente a infraestrutura
logística à disposição das diversas lideranças partidárias que o compõem.
No que diz respeito aos parlamentares sem vinculação partidária observa-se:
III – DO VOTO
Em razão da leitura sistemática do Regimento Interno do Senado Fede-
ral, e reconhecendo o mérito da matéria – provocada pela preocupação com
Pareceres
Relatório
1. O Presidente do Senado Federal consulta esta Comissão de Constitui-
ção, Justiça e Cidadania sobre questão de ordem suscitada pelo nobre Senador
Cid Sabóia de Carvalho durante “apreciação de Projetos de Decreto Legislativo
aprovando outorga e renovação de concessão, permissão e autorização para
serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens (TV)”.
2. A questão de ordem é a respeito da “aplicação, na votação dessas maté-
rias, do quorum previsto no § 2o do art. 223 da Constituição Federal”. Segundo
o entendimento da Presidência, “a aplicação do quorum qualificado mencio-
Pareceres
Parecer
4. O § 2o do art. 223 da Constituição Federal estabelece, literalmente:
“§ 2o A não renovação da concessão ou permissão dependerá de
aprovação de, no mínimo, dois quintos do Congresso Nacional, em vo-
tação nominal.”
O art. 288 do Regimento Interno prescreve que:
“As deliberações do Senado serão tomadas por maioria de votos,
presente a maioria absoluta dos seus membros (Const., art. 47), salvo nos
seguintes casos, em que serão:
IV – por voto favorável de dois quintos da composição da Casa,
aprovação da não renovação da concessão ou permissão para o serviço
de radiodifusão sonora e de sons e imagens (Const., art. 223, § 2o).”
De modo expresso, portanto, a Constituição e o Regimento Interno res-
tringiram o voto favorável de “dois quintos da composição da Casa”, no trato
da matéria de “radiodifusão sonora e de sons e imagens”, à hipótese da “não
renovação da concessão ou permissão”.
5. Assim dispondo a Constituição, isoladamente, sobre a espécie de “apro-
vação da não renovação”, seria de compreender-se, por interpretação lógica,
que os casos de aprovação de renovação da concessão ou permissão incidiriam
na regra geral de “maioria absoluta” dos membros da Casa, como estabelecido
no caput do art. 288 do Regimento Interno. Corroboraria esse entendimento o
princípio básico inscrito no art. 47 da Constituição:
“Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de
cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos,
Pareceres
Decisão284
O SR. PRESIDENTE (Antonio Carlos Magalhães) – Sras e Srs. Senado-
res, a partir de setembro de 1993, todos os projetos de decreto legislativo que
tratam de autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e ima-
gens, que eram submetidos ao Plenário em votação simbólica, passaram a ser
votados pelo processo nominal.
Essa sistemática foi adotada em decorrência da aprovação do Parecer no
252, de 1993, da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, proferido em
virtude da questão de ordem levantada em plenário sobre a aplicação das dis-
posições constitucionais insertas no § 2o do art. 223 da Lei Maior.
Pareceres
I – Relatório
1. Consulta o Sr. Presidente do Senado Federal,
“nos termos do art. 101, inciso V, do Regimento Interno, sobre a
viabilidade jurídica e regimental da remessa dos documentos solicita-
dos pelo Senador Alfredo Campos, constantes do ofício anexo, uma vez
que a matéria envolve sigilo bancário e, ainda, pelo fato de a Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito que apurou as denúncias do Sr. Pedro
Collor de Mello sobre as atividades do Sr. Paulo César Cavalcanti Farias
se encontrar extinta.”
Esclarece, ainda,
“que a Secretaria-Geral da Mesa e a Consultoria Geral se pronun-
ciaram pelo indeferimento do pedido, conforme pareceres que acompa-
nham o presente expediente.”
2. O ofício do Presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito,
que apura irregularidades na TV Jovem Pan Ltda., elucida que o órgão delibe-
Pareceres
II – Voto
4. Os dois pareceres mencionados no ofício do Sr. Presidente do Senado
Federal, o da Secretaria-Geral da Mesa e o da Consultoria Geral, invocaram o §
3o do art. 58 da Constituição Federal, o art. 2o da Lei no 1.579, de 18-3-1952, e o
art. 142 do Regimento Interno, assim como a Lei no 4.595, de 31-12-1964 (art.
38), para concluir sugerindo o desacolhimento da solicitação.
O parecer da Secretaria-Geral da Mesa ainda acentua que a Constituição
protege o direito à privacidade (art. 5o, X), e a CPI requerente não encaminhou
o pedido de informação com vistas à quebra do sigilo bancário a quem de direi-
to. O atendimento da postulação – acrescenta – equivale a uma determinação
de quebra de sigilo bancário, autorizada pelo Presidente do Congresso Nacio-
nal, sem amparo legal. E, por fim, referindo-se ao Parecer no173, desta Comis-
são, considera que a quebra do sigilo bancário não retira o caráter reservado da
informação.
Já o parecer do Consultor Geral salienta que sequer o pedido é endereça-
do à CPMI – PC Farias, por sinal já encerrada.
5. Vistas as normas citadas na sua letra, pode afigurar-se a impossibilidade
de atendimento do pedido.
Consideradas, porém, na sua finalidade de propiciar a apuração de fatos
que concernem ao interesse público, e tendo em conta, por igual, que o sigilo
bancário não se limita a resguardar direito privado, porque se relaciona com
instituições e operações sobre as quais o Estado não pode ser indiferente, na
proteção da economia nacional – impõe-se conclusão diversa.
Confere a Constituição às comissões parlamentares de inquérito poderes
de investigação próprios das autoridades judiciais (art. 58, § 3o) e a Lei no 1.579
Pareceres
indica providências que elas podem adotar como necessárias, inclusive requisi-
tar de repartições públicas e autárquicas informações e documentos (art. 2o). A
Lei no 4.595 declara, decerto, que as instituições financeiras conservarão sigilo
em suas operações ativas e passivas (art. 38). Mas estabelece, também, e com
remissão à Constituição e à Lei no 1.579, que as Comissões Parlamentares de
Inquérito, no exercício legal de ampla investigação, obterão as informações que
8. É oportuno salientar, por fim, que Hector Jorge Escola, mesmo não
admitindo superioridade do interesse público sobre o interesse privado, reco-
nhece que aquele tem prioridade com relação a este, por ser um interesse ma-
joritário, que se confunde e se assemelha com o querer valorativo atribuído à
comunidade (“El Interés Publico”, Depalma, B. Aires, 1989, p. 243).
Pareceres
I – Do Relatório
É submetida a esta douta Comissão, pelo Exmo. Sr. Presidente do Senado
Federal, com fundamento no artigo 101, V, do Regimento Interno, Consulta,
provocada em Plenário pelo nobre Senador Lúcio Alcântara, sobre a aplicação
da norma insculpida no caput do artigo 64 da Constituição Federal, às propos-
tas de emenda à Constituição, de iniciativa do Senhor Presidente da República.
A Consulta tem por fundamento a ausência de previsão constitucional,
expressa, acerca do início da tramitação legislativa da proposta de emenda à
Constituição, oriunda do Poder Executivo.
É asseverado no texto da Consulta:
“O Direito Constitucional brasileiro contemplou, uma única vez,
Pareceres
mente?”
Este é o Relatório.
287 Em artigo publicado na Revista de Informação Legislativa sob o título “Convocação Extraor-
dinária do Congresso Nacional”, a Dra Sara Ramos de Figueiredo se detém sobre o tema do
bicameralismo observando que “na convocação desse poder, o Legislativo, tem-se discutido,
e ainda há, nos dias de hoje, quem discuta, as vantagens e desvantagens do sistema unica-
meral e bicameral. Alguns pensam que a divisão do Legislativo em duas Casas representa
uma superfetação, uma demasia inútil, senão prejudicial no sistema representativo... Além
do exemplo da Constituição modelar dos Estados Unidos da América, os defensores do sis-
tema bicameral encontram arrimo forte na prática tradicional da Inglaterra”. Estendendo-se
sobre o assunto, a ilustre pesquisadora e ex-diretora do Senado Federal traz à colação mani-
Pareceres
festações contra e a favor, ora do unicameralismo, ora do bicameralismo, por exemplo, João
Barbalho, em sua obra “Uma ou duas Câmaras Legislativas”; e Carlos Maximiliano em seus
“Comentários à Constituição Brasileira de 1891” (in Op. Cit., Revista de Informação Legisla-
tiva, págs. 75/76, dezembro, 1965.) (Nota integrante do Parecer)
288 CF. “Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou
comissão da Câmara do Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional...” (Nota
integrante do Parecer)
289 In: O Processo Legislativo nas Constituições Brasileiras e no Direito Comparado.1ªed., Rio
de Janeiro. Ed. Forense, 1985. Págs. 144 a 173. (Nota integrante do Parecer)
...................................................................................................................
§ 2o Na segunda hipótese a proposta de revisão será apresenta-
da na Câmara dos Deputados, ou no Senado Federal, e apoiada, pelo
menos, por dois quintos dos seus membros, ou submetida a qualquer
desses órgãos por dois terços das Assembleias, em virtude de delibe-
291 op. cit., vol XIII. Rio de Janeiro: Ed. Frutas Bastos, 1965, pág. 407. (Nota integrante do Pare-
cer)
bora diversa da que se examina, deve ser semelhante, ter com ela um
elemento de identidade; 3o) este elemento não pode ser qualquer, e, sim,
essencial, fundamental, isto é, o fato jurídico que deu origem ao dispo-
297 op. cit. Coimbra Ed. 1991. Págs. 58/59. (Nota integrante do Parecer)
298 in “Los métodos de Interpretación constitucional”. RDP 53-54, P.57 (Nota integrante do Pa-
recer).
venha provar que o Senado não pode iniciar discussão sobre tratados
feitos pelo Governo. E, se não se engana, a combinação do art. 36 com o
37 e o 29 não pode dar lugar a controvérsia.
O art. 37 da Constituição de 1891 a que se referia Rui Barbosa, re-
zava o seguinte:
para O Senado Federal, pois a regra do artigo 64, que o obriga a encaminhar os
projetos de lei de sua autoria para a Câmara, é uma regra excepcional que deve
ser interpretada de forma estrita abrangendo, apenas, a hipótese do projeto de
lei, não se estendendo, por conseguinte, à hipótese da proposta de Emenda à
Constituição, consoante pontifica o insigne hermeneuta das letras jurídicas
I – Relatório
Trata-se de recurso apresentado pelos nobres Senadores Elcio Alvares e
outros contra decisão proferida pelo Senhor Presidente do Senado Federal, em
questão de ordem formulada pelo ilustre Senador Hugo Napoleão.
Em síntese, o ilustre Senador Hugo Napoleão, sob o argumento de que o
Requerimento no 198/96 não caracteriza fato determinado a ser investigado,
como exige o art. 58, § 3o, da Constituição Federal, bem como não indica o
limite das despesas a serem realizadas pela comissão que se quer instalar, soli-
citou o seu arquivamento.
Por seu turno, o nobre Senador Jader Barbalho contraditou a questão de
ordem apresentada, dizendo que o requerimento em questão satisfaz os pres-
Pareceres
II – Preliminar
Inicialmente, devemos anotar que nos parece antirregimental a decisão
do ilustre Presidente do Senado Federal no sentido de que não lhe compete
apreciar os pressupostos de admissibilidade de requerimento com o objetivo
de criar CPI.
Segundo entendemos, cabe, por imposição regimental, ao Presidente do
Senado, realizar esse juízo de admissibilidade, ou seja, é preciso que, ao receber
o requerimento, o Presidente verifique se os requisitos constitucionais e legais
Pareceres
III – Mérito
Com relação ao tema do fato determinado, lembremos aqui que, tanto
a Constituição Federal (art. 58, § 3o), quanto o Regimento Interno desta Casa
(art. 145, § 1o), firmam como uma das condições básicas para a criação de Co-
missão Parlamentar de Inquérito a exata caracterização do fato determinado a
ser investigado.
São muitos os autores que dissertam sobre o que caracteriza fato deter-
minado para os fins de criação de CPI. Para que possamos ter clareza sobre o
assunto, trazemos a lume alguns autores eminentes e que são sempre citados
nesses casos. Começaremos com o sempre justamente homenageado Professor
Josaphat Marinho, ilustre Senador da República, que leciona sobre eminência
da função de controle nos parlamentos:
“Através dela, o Poder Legislativo exerce alta missão de crítica
dos atos governamentais e de defesa do interesse coletivo, tão relevan-
te quanto a tarefa de formular normas jurídicas, a que fornece, conti-
nuamente, valiosos subsídios.
Além disso, essa forma de ação, visando, geralmente, à análise
de fatos determinados, concorre mais do que o trabalho legislativo
ordinário, quando exercitada com sobriedade, para que os órgãos do
Parlamento conquistem a estima popular, indispensável ao respeito de
suas atribuições...” (Revista Forense, v. 151, pág. 99.) (Grifamos)
Pareceres
O mestre Pontes de Miranda, por seu turno, ensina, sublinhando fato de-
terminado:
“Comissão de Inquérito sobre fatos determinados – (a) Fato de-
terminado é qualquer fato da vida constitucional do País para que dele
passível de controle.
É inequívoco que o disposto no § 3o do art. 58 da Constituição Federal,
que reproduz disposições semelhantes desde a Carta de 1946, visa resguardar
direitos de minorias ao acesso a esse importante instrumento de ação parla-
mentar que é a CPI. Mas, nenhum direito é absoluto. Seu exercício depende de
IV – Conclusão
Em conclusão, o Requerimento no 198/96 não atende ao requisito do fato
determinado, exigido pelo art. 58, § 3o, da Constituição Federal e pelo art. 145,
§ 1o, do Regimento Interno desta Casa, sendo, assim, inconstitucional e antir-
regimental.
A comissão que se pretende instalar não pode prosperar por não ter obje-
to preciso, que permita a esta Casa levar a bom termo o trabalho de investiga-
ção que se pretende instaurar.
Ressalte-se que a falta de objetividade na investigação colimada resultará,
ao invés de em esclarecimentos que atendam à opinião pública, em grave frus-
tração que poderá levar ao descrédito o Congresso Nacional.
Com relação ao pressuposto regimental da fixação do limite de despesas
de Comissão Parlamentar de Inquérito, parece-nos que, quanto à sua inobser-
vância, não há qualquer dúvida, uma vez que o Requerimento no 198, de 1996,
omitiu completamente esse pressuposto regimental à criação de Comissão Par-
Pareceres
V – Do Voto
Ante todo o exposto, opinamos pelo provimento do Recurso no 2, de 1996,
em face da insubsistência da preliminar arguida por Sua Excelência, o Senhor
I – Relatório
1. A Mesa desta Casa, por intermédio do seu Presidente, Sua Excelência
o nobre Senador Antonio Carlos Magalhães, encaminha a esta Comissão con-
sulta provocada pelo ilustre Senador Eduardo Suplicy, sobre a possibilidade de
recondução, para os mesmos cargos, na eleição imediatamente subsequente,
dos atuais membros das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
2. O nobre Senador Eduardo Suplicy, citando entendimentos de ilustres
juristas sobre o tema, no dia 10 do mês de outubro próximo do passado, for-
mulou consulta à Mesa Diretora deste Senado para que esse órgão diretor ma-
nifestasse o seu entendimento sobre o assunto, “com a finalidade de que seja
obedecido e mantido o princípio constitucional da segurança jurídica”, nas pa-
Pareceres
II – Voto
6. Preliminarmente, queremos recordar aqui que esta Comissão se debru-
ça sobre tema de relevância constitucional no momento em que a Lei Maior,
de 5 de outubro de 1988, completa uma década de vigência. E a despeito de
críticas que se possa a ela fazer e sem embargo das modificações e aprimora-
mento de que foi e é objeto nesses dez anos, cabe-nos registrar que o processo
constituinte e a Constituição que dele resultou nos permitiram superar o au-
toritarismo e concluir a tramitação democrática, consolidando a estabilidade
político-institucional que nos possibilitou, por exemplo, atravessar e superar o
trauma político que representa o impeachment de um Presidente da República.
7. Desta forma, cremos que se nos impõe o dever de render homenagem
aos dez anos da Constituição de 1988, lembrando aqui os parlamentares da
Assembleia Nacional Constituinte: os que faleceram, como seu Presidente, De-
putado Ulysses Guimarães; e os que continuam a participar da nossa vida pú-
blica, como alguns dos membros desta Comissão, a exemplo – se impõe aqui
a referência – do nosso Presidente, Senador Bernardo Cabral, que ocupou a
relevante função de Relator da Comissão que sistematizou e redigiu o Estatuto
Pareceres
Magno e hoje enriquece esta Casa, tratando dos assuntos que chegam a esta
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania com prudência, sabedoria e fir-
meza, qualidades tão necessárias ao jurista.
Ditas essas palavras, passemos a examinar o objeto da consulta em pauta.
quele momento surgia norma que vedava a reeleição de membros de Mesa das
Casas do Congresso Nacional.
17. Essa norma transitória foi confirmada pela Emenda Constitucional
no 1, de 17 de outubro de 1969, no seu art. 186:
Logo, membro da Mesa em final de mandato poderia ser eleito para cargo
diverso no período seguinte; por exemplo, parlamentar que exercesse cargo de
Secretário poderia se tornar Presidente. Para o saudoso Mestre, nesse caso não
haveria reeleição, mas sim eleição para um novo cargo, o que não estava vedado
vemos chamar a atenção para o fato de que, quando diz que o § 4o do art. 57
da Lei Maior também proíbe a reeleição de membros da última Mesa de uma
legislatura para a primeira da seguinte, o ilustre Mestre pressupõe uma pro-
posição anterior, ainda que implícita. Essa proposição interior diria respeito à
vedação de reeleição no segundo período da legislatura. Ou seja, para o douto
Mestre, há vedação de reeleição de membros da primeira Mesa para a segunda
59, caput, repete, quase ipsis litteris, a expressão final do texto constitucional:
reeleição dos titulares do Poder Executivo, não há mais razão doutrinária que
vede a possibilidade de reeleição de membro de Mesa de Casa Legislativa, pois
“a função de membro das Mesas das Casas Legislativas é função de natureza
executiva. Não é função legislativa. É função de direção, supervisão, polícia,
administração e execução. Em tudo e por tudo, se afigura função executiva e
administrativa”.
Federal, para os mesmos cargos por ora ocupados, na eleição prevista para fe-
vereiro do ano vindouro.
Sala da Comissão, 4 de novembro de 1998. – Senador Bernardo Cabral,
Presidente.
I – Relatório
Trata-se de examinar o recurso do Presidente do Senado Federal ao Plená-
rio, com audiência prévia desta Comissão, interposto à sua própria decisão de
indeferir o Requerimento no 715, de 2001, cujo objetivo é submeter a Proposta
de Emenda à Constituição no 38, de 1999, também ao exame da Comissão de
Assuntos Sociais (CAS), além da Comissão de Constituição, Justiça e Cidada-
nia (CCJ), constante do despacho inicial de distribuição.
Pareceres
III – Voto
Em face do exposto, haveremos de concordar com os argumentos que
Pareceres
I – Relatório
Trata-se de consulta encaminhada a esta comissão, com fundamento no
art. 101, inciso V, do Regimento Interno, mediante o requerimento em epígrafe,
com objetivo de examinar a constitucionalidade, juridicidade e regimentalida-
de de as mensagens relativas a outorga e renovação de concessão, permissão e
autorização para serviços de radiodifusão sonora e de imagens e sons, serem
apreciadas em caráter terminativo pela Comissão de Educação.
O autor alega que a apreciação, em caráter terminativo, de tais mensagens
é procedimento já adotado pela Câmara dos Deputados, que tem demonstrado
o condão de, em muito, agilizar todo o processo de apreciação dos atos de ou-
Pareceres
303 Aprovado pelo Plenário em 25/3/2003. Aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania em 29/5/2002.
II – Análise
A análise dos atos praticados pelo Poder Executivo no processo de outor-
ga e renovação de concessões, permissões e autorizações para exploração de
serviço de radiodifusão sonora (rádio) e de sons e imagens (televisão) passou a
ser uma exigência constitucional, prevista no art. 223 da Carta Magna promul-
gada em 1988, para produção de efeitos legais plenos. Desde então, a apreciação
dos referidos processos realiza-se em duas fases distintas e independentes: de-
pois de analisados pelo órgão competente do Poder Executivo, são submetidos
a exame das duas Casas do Poder Legislativo.
Se consideradas atendidas as exigências fixadas pelo Poder Executivo,
com base no Código Brasileiro de Telecomunicações (Lei no 4.117/62), no Re-
gulamento dos Serviços de Radiodifusão (Decreto no 52.795/30) e nos diplo-
mas legais supervenientes, que os alteraram e modificaram, os processos serão
encaminhados ao Congresso Nacional por Mensagem Presidencial, nos termos
do art. 49, XII, combinado com o art. 223, § 1o, da Constituição Federal.
Convém ressaltar o caráter de mero ato administrativo de que se reveste
aquela ação do Executivo. O ato jurídico perfeito e, portanto, com plenos efei-
tos legais, só sobrevém após a observância de todas as exigências estabelecidas
e a aprovação pelo Congresso Nacional.
Tal exigência aplica-se a todos os serviços de radiodifusão, que incluem,
conforme definição constante do § 7o do art. 10 do Regulamento dos Serviços
de Radiodifusão (Decreto no 52.795, de 1963, com a redação dada pelo Decreto
no 2.108, de 1996), os de onda média, curta, tropical, de frequência modulada,
Pareceres
III – Voto
Pareceres
Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO,
JUSTIÇA E CIDADANIA, sobre o Reque-
rimento da Comissão de Educação, Cul-
tura e Esporte no 69, de 2015, que requer,
nos termos do art. 90, inciso XI, e do art.
101, inciso I, ambos do Regimento Interno
do Senado Federal, parecer da Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania sobre a
constitucionalidade das proposições de na-
tureza autorizativa, ficando a deliberação
dessas sobrestadas nesta Comissão de Edu-
cação, Cultura e Esporte até manifestação
daquele colegiado (art. 335, inciso I).
I – RELATÓRIO
Vem à deliberação da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ), nos termos do art. 102, incisos I e V, do Regimento Interno do Senado
Federal (RISF), o Requerimento da Comissão de Educação (RCE) no 69, de
2015, de autoria do Senador Romário e da Senadora Ana Amélia, a respeito da
constitucionalidade das proposições de natureza autorizativa.
Pareceres
II – ANÁLISE
É fenômeno recorrente no Congresso Nacional a apresentação de projetos
de lei de natureza autorizativa.
Referidas proposições intencionam “autorizar” o Poder Executivo a ado-
tar alguma providência que é de sua competência administrativa ou cuja imple-
mentação dependa de lei em que o processo legislativo é marcado pela cláusula
de reserva de iniciativa do Presidente da República, de que cuida o art. 61, § 1º,
da Constituição Federal (CF).
Há grande polêmica sobre a constitucionalidade dessas proposições tendo
em vista inexistir amparo constitucional e jurídico para que o Poder Legislativo
“autorize” o Poder Executivo a adotar alguma providência administrativa ou
que deflagre o processo legislativo quando ele, o Poder Executivo, é o detentor
da competência constitucional para fazê-lo.
Parece existir, nesses casos, uma tentativa, ainda que transversa, de miti-
gar a regra da reserva de iniciativa legislativa, um dos corolários do princípio
da separação e harmonia dos Poderes de que trata o art. 2º da Constituição Fe-
deral, alçado ao status de cláusula imodificável de nossa Constituição Federal
pelo que dispõe seu art. 60, § 4º, inciso III.
O Supremo Tribunal Federal (STF) tem tratado dessas questões nos últi-
mos anos. Fazemos referência a duas importantes decisões tomadas em sede de
controle concentrado de constitucionalidade das normas estaduais – as duas do
Estado de Rondônia – em que estava presente a temática da constitucionalida-
de das leis autorizativas, de iniciativa parlamentar, em matérias gravadas pela
cláusula de reserva de iniciativa.
Pareceres
ganização do Poder Executivo, que decorre da exegese do art. 84, inciso II, da
Constituição Federal. Eis a ementa do julgado mencionado:
ADI 179 / RS - RIO GRANDE DO SUL
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
“III – VOTO
Pelo exposto, voto no sentido de que a consulta formulada pela
Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), por intermédio do
Requerimento no 3, de 2011, seja respondida nos seguintes termos:
Dispostivos
Art. 26, II;
Art. 62, IV;
Art. 156, § 2o;
Art. 171, V.
LEI COMPLEMENTAR No 80/1994
(Lei Orgânica da Defensoria Pública da Art. 6o.
União)
LEI COMPLEMENTAR No 90/1997
(Autorização do Congresso Nacional
para que forças estrangeiras possam
transitar pelo território nacional)
LEI COMPLEMENTAR No 97/1999
Art. 9o, § 3o;
(Organização, preparo e emprego das
Art. 15, § 1o.
Forças Armadas)
Art. 9o, § 5o;
Art. 30;
LEI COMPLEMENTAR No 101/2000
Art. 32, § 1o, III e IV;
(Lei de Responsabilidade Fiscal)
Art. 40;
Art. 66, § 4o.
Dispostivos
privados) Art. 19.
LEI No 8.457/1992 Art. 3o, caput;
(Justiça Militar da União) Art. 6o, XIV.
LEI No 8.730/1993
(Obrigatoriedade da declaração de bens
e rendas para o exercício de cargos,
empregos e funções nos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário)
LEI No 9.427/1996
Art. 5o, parágrafo único.
(Lei da Aneel)
Art. 23;
LEI No 9.472/1997
Art. 34;
(Lei da Anatel)
Art. 77.
Art. 2o, II;
LEI No 9.478/1997
Art. 11, § 2o;
(Lei da ANP)
Art. 73, parágrafo único.
Art. 36-B;
LEI No 9.504/1997 Art. 37, § 3o;
(Lei das Eleições) Art. 47, § 9o;
Art. 57.
Dispostivos
Art. 1o, § 2o;
(Regulamenta a indicação dos membros
do Conselho Nacional do Ministério Art. 2o, parágrafo único.
Público)
LEI No 11.417/2006
(Edição de súmula vinculante pelo Art. 3o, II.
Supremo Tribunal Federal)
LEI No 11.652/2008
Art. 15, § 1o, IV;
(Lei da Empresa Brasil de
Art. 29.
Comunicação – EBC)
Art. 1o,
LEI No 12.527/2011
parágrafo único, I;
(Lei de Acesso à Informação)
Art. 41, IV.
Art. 6o;
LEI N 12.529/2011
o
Art. 7o;
(Sistema Brasileiro de Defesa da
Art. 12, § 1o;
Concorrência)
Art. 16.
LEI No 12.550/2011
(Empresa Brasileira de Serviços Art. 14.
Hospitalares – EBSERH)
Olímpicos de 2016)
LEI No 12.815/2013
Art. 57, § 5o.
(Lei dos Portos)
LEI No 12.986/2014
(Conselho Nacional dos Direitos Art. 3o, I, d, e § 4o.
Humanos)
LEI No 13.005/2014 Art. 5o, II;
(Plano Nacional de Educação – PNE) ANEXO – Meta 20.8.
LEI No 13.019/2014
(Regime jurídico das Parcerias entre a Art. 3o, I.
administração pública e as organizações
da sociedade civil)
LEI No 13.249/2016
Art. 13, II.
(Plano Plurianual da União 2016-2019)
LEI No 13.575/2017
Art. 33, § 2o.
(Lei da ANM)
Dispostivos
LEI No 13.971/2019 Art. 15;
(Plano Plurianual da União 2020-2023) Art. 16.
MEDIDA PROVISÓRIA N 2.228-1/2001
o
Art. 7o, XX;
(Política Nacional do Cinema e ANCINE) Art. 8o.
DECRETO No 52.795/1963
(Regulamento dos Serviços de Art. 87, §1o.
Radiodifusão)
DECRETO No 2.338/1997
Anexo I:
(Regulamento da Agência Nacional de
Art. 37, I, e §§ 1o e 4o.
Telecomunicações – Anatel)
DECRETO No 4.073/2002
(Regulamento da política nacional de Art. 3o.
arquivos públicos e privados)
DECRETO No 9.875/2019
(Conselho Nacional de Combate à Art. 4o, § 2o.
Pirataria e Delitos contra a Propriedade
Intelectual)
ATO DA COMISSÃO DIRETORA No
21/2009
(Dispõe sobre a cobertura das atividades
legislativas e eventos ocorridos no
Senado Federal e no Congresso Nacional)
ATO DO PRESIDENTE No 98/1997
(Dispõe sobre os trajes dos servidores)
Dispostivos
RESOLUÇÃO No 98, DE 1992
Autoriza a União a celebrar operações de crédito externo, visando ao
reescalonamento e refinanciamento da dívida externa de médio e lon-
go prazos junto a bancos comerciais, a conceder garantias, a assumir
dívidas externas de entidades federais extintas e dissolvidas e dá outras
providências. Com base no art. 52, incisos V e VII, da Constituição Fede-
ral.
RESOLUÇÃO No 84, DE 1996
Institui as coleções Grandes Vultos que Honraram o Senado e História
Constitucional do Brasil.
RESOLUÇÃO No 95, de 1996
Fixa alíquota para cobrança do ICMS.
RESOLUÇÃO No 2, DE 2001
Institui o Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz e dá outras providências.
RESOLUÇÃO No 20, DE 2003
Amplia o prazo para cumprimento dos limites de endividamento esta-
belecidos na Resolução No 40, de 2001, do Senado Federal, que dispõe
sobre os limites globais para o montante da dívida pública consolidada
e da dívida pública mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios.
*O texto integral das normas pode ser consultado na internet, no Portal do Senado Federal ou
da Presidência da República – no caso das leis. Na publicação eletrônica deste Volume, existe
um link em cada uma das normas que leva o consulente diretamente ao seu texto na internet.
Dispostivos
Disciplina o tratamento a ser dispensado às renegociações de dívidas
previstas na Lei Complementar no 156, de 28 de dezembro de 2016, e na
Lei Complementar no 159, de 19 de maio de 2017, no que tange às con-
tratações das operações de crédito e das concessões de garantia pela
União previstas nas Resoluções do Senado Federal no 40 e no 43, de 2001,
e no 48, de 2007.
RESOLUÇÃO No 21, DE 2017
Institui a Comenda Zilda Arns.
RESOLUÇÃO No 27, DE 2017
Institui a Comenda do Mérito Futebolístico Associação Chapecoense
de Futebol, a ser conferida pelo Senado Federal a pessoas jurídicas e a
atletas, dirigentes e demais profissionais que tenham se destacado em
competições esportivas ou na promoção do futebol.
RESOLUÇÃO No 7, DE 2018
Institui, no âmbito do Senado Federal, a Comenda de Incentivo à Cultura
Luís da Câmara Cascudo.
RESOLUÇÃO No 13, DE 2018
Consolida e ratifica as alterações promovidas na estrutura administrati-
va do Senado Federal.
*Ver Ato da Comissão Diretora no 14, de 2022 (altera o Regulamento
Administrativo do Senado Federal), e Ato do Presidente no 22, de 2022
(institui o Regulamento Orgânico Administrativo do Senado Federal).
RESOLUÇÃO No 14, DE 2019 (consolidada no Volume I do RISF)
Altera o Regimento Interno do Senado Federal para estabelecer novo
procedimento para a proposição “indicação”.
Dispostivos
documentos legislativos de forma remota, na Secretaria-Geral da Mesa,
durante a emergência epidemiológica do vírus Covid-19.
INSTRUÇÃO NORMATIVA DA SECRETARIA-GERAL DA MESA No 14, DE
2020
(editada e revogada entre 2019 e 2023)
Dispõe sobre os procedimentos para a apresentação de proposições e
documentos legislativos de forma remota, perante a Secretaria-Geral da
Mesa do Senado Federal.
LEI COMPLEMENTAR No 95, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1998
Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das
leis, conforme determina o parágrafo único do art. 59 da Constituição
Federal, e estabelece normas para a consolidação dos atos normativos
que menciona.
LEI No 1.079, DE 10 DE ABRIL DE 1950
Define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de
julgamento.
LEI No 1.579, DE 18 DE MARÇO DE 1952
Dispõe sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito.
LEI No 8.183, DE 11 DE ABRIL DE 1991
Dispõe sobre a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa
Nacional e dá outras providências.
LEI No 8.389, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1991
Institui o Conselho de Comunicação Social, na forma do art. 224 da
Constituição Federal e dá outras providências.
Lei no 13.444/2017,
Comitê Gestor art. 5o, § 1o, IV.
Um representante
da Identificação Sem prazo definido Resolução no 1/2017
titular e um suplente
Civil Nacional do CGICN, art. 2o,
§ 1o.
Representação
Decreto no
Conselho Nacio-
9.875/2019, art. 4o,
nal de Combate à
Um representante ti- § 2o.
Pirataria e Deli- 2 anos, permitida a
tular e um Portaria no
tos contra a recondução
suplente 232/2020, do Mi-
Propriedade
nistério da Justiça,
Intelectual
art. 3o, § 3o.
Conselho Nacio-
nal de Proteção Um representante ti-
Lei no 13.709/2018,
de Dados Pes- tular e um Sem prazo definido
art. 58-A, II.
soais e da Priva- suplente
cidade