AUla 12 - ATJ Plus Nova Versão
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Campo Grande - MS
Atualmente é comum nas Centrais de IA a existência e comercialização de
sêmen de touros com mais de 20 anos, e touros com mais de 15 anos ainda
produzindo sêmen, sendo que todos eles já têm milhares de filhos na população, a
exemplo do que acontece na raça Nelore.
Isto constitui a principal causa determinante do aumento do parentesco médio
na população de uma raça, com o consequente incremento da endogamia, com taxa
crescente a cada geração, e redução inevitável do progresso genético.
Segundo Borjas (2005) caberia se questionar, se ao invés de comemorar cada
aniversário desses “monstros sagrados da raça”, ou seus milhares de doses de
sêmen estocados ou em processo de produção, dever-se-ia sentir um profundo
constrangimento por não ter conseguido substituir qualquer um deles por outro mais
jovem e superior geneticamente.
Por que utilizar touros jovens?
RESPOSTA À SELEÇÃO – GANHO GENÉTICO
DS = XS -XP
Média do rebanho (Xp); a média dos animais selecionados (Xs); e o diferencial de
seleção (DS).
Esta proporção sob, influência genética é indicada, pela herdabilidade da
característica (h2).
Desta forma:
PG = DS h2
O DIFERENCIAL DE SELEÇÃO DEPENDE DE DOIS FATORES:
i 2,46 2,43 2,27 2,15 2,06 1,76 1,4 1,16 0,96 0,8 0,64 0,5 0,34 0,2
Uma vez que o diferencial de seleção pode ser descrito em termos do desvio
padrão fenotípico e da intensidade de seleção, teremos:
DS = i x sp
PG = i x sp x h2
Embora o ganho genético por geração seja importante, o ganho por
unidade de tempo é mais importante por informar a velocidade com que a
mudança genética é alcançada.
O ganho por unidade de tempo é calculado como ganho por geração dividido
pelo tempo de uma geração. Este tempo é conhecido como Intervalo de
Gerações (IG)
O IG é definido como a idade média dos pais quando nascem seus filhos,
estimando o tempo necessário para que os genes sejam transferidos de uma geração
para outra.
Espécie Intervalo de gerações (anos)
Machos Fêmeas
Bovinos de corte 3,0 – 4,0 4,5 – 6,0
Bovinos de leite 3,0 – 4,0 4,5 – 6,0
Ovinos 2,0 – 3,0 4,0 – 4,5
Suínos 1,5 – 2,0 1,5 – 2,0
Eqüínos 8,0 – 12,0 8,0 – 12,0
Aves 1,0 – 1,5 1,0 – 1,5
RESPOSNTA À SELEÇÃO (GANHO GENÉTICO)
i h σP 2
ΔG
IG
RESPOSNTA À SELEÇÃO (GANHO GENÉTICO)
i h σP 2
ΔG
IG
A utilização de touros jovens geneticamente superiores é indicada para reduzir o
intervalo de geração e, consequentemente, aumentar o ganho genético anual.
Intensidade de seleção nos machos (im); intervalo de gerações para os machos
(IGm) e total (IG) e reposta anual à seleção (R/ano) em função do número de anos de
permanência dos machos no rebanho (N Anos) (Fonte: Pereira 1999).
N anos im IGm IG R/ano (kg)
• Revisão das fichas reprodutivas das mães dos tourinhos candidatos a teste.
Isto permitirá priorizar produtos de fêmeas precoces, produtivas e longevas.
• Uma revisão fenotípica final torna-se importante neste estágio para deixar
apenas os tourinhos que satisfaçam um padrão ideal em termos de
características que, além de serem herdáveis, são importantes do ponto
de vista funcional, de adaptação e racial.
Considerações:
• Cada tourinho deve ter no mínimo 200 doses de sêmen utilizadas em pelo
menos duas fazendas, de maneira que um número razoável de filhos sejam
avaliados ao sobreano.
Experiência
• 1977 = Início parceria com a ABCZ
• 1987 = Gerência do Arquivo Zootécnico Nacional – Raças Zebuínas
• 1990 => 50% dos touros acurácia real => 60%
Constatou-se que touros só alcançavam níveis seguros de acurácia com idade
avançada, após ampla utilização na população
• 1992 implantação do programa ATJ da Embrapa Gado de Corte
Da mesma forma que uma fazenda necessita um touro no pasto na frente das
menor.
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
Obrigado!!!