Cristo Universal
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Antes de Começarmos 13
Parte 1
UM OUTRO NOME PARA TODAS AS COISAS
1 Cristo Não É o Apelido de Jesus 25
2 Aceitar que Somos Aceites por Inteiro 39
3 Revelado em Nós — como Nós 53
4 Bem Original 71
5 O Significado É Amor 87
6 Um Todo Sagrado 101
7 A Caminho de Algo Bom 111
Parte 2
A GRANDE VÍRGULA
8 Fazer e Dizer 125
9 As Coisas na Sua Profundidade 131
10 A Encarnação Feminina 145
11 Este É o Meu Corpo 155
12 Porque É que Jesus Morreu? 165
13 Não a Podes Carregar Sozinho 187
14 A Viagem da Ressurreição 199
15 Duas Testemunhas de Jesus e de Cristo 221
16 Transformação e Contemplação 237
17 Para Além da Mera Teologia: Duas Práticas 257
Epílogo 267
Bibliografia 287
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John Dominic Crossan apresenta um argumento convincente neste sentido
em Resurrecting Easter (São Francisco: HarperOne, 2018), um estudo sobre
as diferenças entre a compreensão e representação da Ressurreição na arte
ocidental e oriental. Atrasámos a publicação deste livro de modo a que eu pudesse
incorporar os indícios artísticos, históricos e arqueológicos que ele apresenta
e que sustentam aquilo que procuro dizer do ponto de vista teológico.
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UM OUTRO NOME
PARA TODAS AS COISAS
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Génesis 1:1–3
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O mesmo é dito em Romanos 1:20, caso queiras saber como é que esta
autocrítica surge na própria Bíblia.
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O título para a primeira parte deste livro é «Todas as Coisas» em vez de
«Tudo», pois acredito que o Mistério de Cristo se aplica, especificamente, às
coisas materiais e físicas. Não penso em conceitos e ideias como Cristo. Podem
comunicar o Mistério de Cristo, como eu aqui tento fazer, mas «Cristo», para mim,
‑se a ideias que, especificamente, se fazem «carne» (João 1:14). Pode
refere
discordar de mim quanto a isto, mas pelo menos fica a saber a perspetiva a partir
da qual uso a palavra «Cristo» ao longo deste livro.
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Ver Romanos 8:19 et seq. e I Coríntios 11:17 et seq., em que Paulo expõe a
sua noção expansiva da encarnação de forma clara e, para mim, convincente.
A maior parte de nós só nunca o viu dessa forma.
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é demasiado fácil acreditar que Jesus nada tem que ver com a
história humana — com guerras e injustiças, com a destruição
da natureza, ou o que quer que seja que vá contra os desejos
do nosso ego e os nossos preconceitos culturais. Acabámos por
espalhar as nossas culturas nacionais sob a rubrica de Jesus, em
vez de uma mensagem universalmente libertadora sob o nome de
Cristo.
Sem termos perceção do caráter intrinsecamente sagra‑
do do mundo — de cada pequeno pedaço de vida e morte —,
temos dificuldade em ver Deus na nossa própria realidade,
quanto mais em respeitar esta realidade, protegê‑la ou amá‑la.
As consequências desta ignorância são manifestas por toda a
parte, na maneira como explorámos e magoámos os nossos
semelhantes humanos, os nossos queridos animais, a teia de
todas as coisas que crescem, a terra, as águas e o próprio ar. Foi
preciso esperar pelo século xxi para que um papa o dissesse cla‑
ramente, na profética encíclica Laudato Si do papa Francisco.
Esperemos que não seja demasiado tarde, e que o fosso desne‑
cessário entre o olhar prático (ciência) e holístico (religião) seja
inteiramente superado. Ainda têm necessidade um do outro.
Aquilo a que neste livro chamo uma visão do mundo encarna‑
cional é o reconhecimento profundo da presença do divino em
literalmente «todas as coisas» e «todas as pessoas». É a chave
para a saúde mental e espiritual, bem como para uma espécie
de satisfação e felicidade básicas. Uma mundivisão encarnacio‑
nal é a única forma de reconciliar os nossos mundos interiores
com o mundo exterior, a unidade com a diversidade, o físico
com o espiritual, o individual com o corporativo e o divino com
o humano.
No princípio do século ii, a igreja começou a chamar‑se
«católica», o que quer dizer universal, ao reconhecer o caráter
universal de si mesma e da sua mensagem. Só mais tarde é que
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Para um tratamento mais completo desta ideia, ver o meu livro anterior The
Divine Dance (New Kensington, PA: Whitaker House, 2016), que serve de
prequela para este livro.
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Ver entrada «Scotism» na Encyclopedia of Theology, ed. Karl Rahner (Londres:
Burns and Oates, 175), 1548.
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