Lajes Nervuradas - Exe Resolvidos
Lajes Nervuradas - Exe Resolvidos
Lajes Nervuradas - Exe Resolvidos
Considere:
- concreto C20;
- aço CA-50
- carga acidental de 3,0 Kn/m²;
- cobrimento da armadura de 2,5 cm;
- sobrecarga (piso, contrapiso) = 1,0 Kn/m²;
- peso específico das lajotas = 13 Kn/m³.
a) A primeira coisa a se fazer é determinar a carga da laje, que é dada por unidade de metro. Para isso,
determina-se uma área onde todos os elementos que precisam ser calculados estejam inseridos. Quando
dividimos o volume do elemento inserido nessa área pela área, transformamos esse valor em valor
unitário, que é m.
13 2,34 Kn/𝑚2
9,1 Kn/𝑚2
6,1
b) Definida a carga total, agora é só calcular os momentos fletores. Para isso é necessário saber o valor
de λ.
5,90
860 1,19 =
4,48
720 1,20
9,10 𝑥 7,22 27,83 Kn.m/m
5,90𝑥
100
27,83 x 0,88 24,49 Kn.m/nerv
𝑏𝑓 = 𝑏𝑤 + 2.𝑏1
𝑏𝑤 = largura da nervura;
0,10. 𝑎
𝑏1 ≤ ( )
0,50. 𝑏2
a = vão efetivo da laje na direção considerada;
𝑏2 = distância livre entre as nervuras na direção considerada.
Para a direção X:
Onde:
𝑏𝑤 = 0,12 m
0,10.7,20 = 0,72 𝑚
𝑏1 ≤ ( )
0,50.0,76 = 0,38 𝑚
Para a direção y:
Onde:
𝑏𝑤 = 0,12 m
0,10.8,60 = 0,86 𝑚
𝑏1 ≤ ( )
0,50.0,78 = 0,39 𝑚
Significa que precisamos saber o valor do coeficiente tabelado 𝐾𝑧 . Para isso, calculamos o KMD.
𝑀𝑑
KMD = 𝑏 2 .𝑓
𝑓 .𝑑 𝑐𝑑
Para direção X:
24,49.1,4
KMD = = 0,043 = 0,050
0,88.0,252 .20000/1,4
𝐾𝑥 = 0,0758 , 𝐾𝑧 = 0,9697
24,49.1,4
𝐴𝑠 = 0,9697.0,25.50/1,15 = 3,25 𝑐𝑚2 /𝑛𝑒𝑟𝑣 → 1 Ø 20 mm
Para direção Y:
19,02.1,4
KMD = 0,90.0,252 .20000/1,4 = 0,033 = 0,040
𝐾𝑥 = 0,0603 , 𝐾𝑧 = 0,9759
19,02.1,4
𝐴𝑠 = 0,9759.0,25.50/1,15 = 2,51 𝑐𝑚2 /𝑛𝑒𝑟𝑣 → 2 Ø 12,5 mm
d) Determinadas as áreas de aço para as duas direções, o próximo passo é a “verificação do estado de
deformação específica E.L.S”.
Em primeiro lugar precisamos saber se, após a retirada do escoramento, o concreto estará trabalhando em
estádio I ou II. Por isso, calculamos o momento de fissuração e o comparamos com o momento para a carga
permanente. Se o momento de fissuração for maior ou igual ao momento para a carga permanente o concreto
estará trabalhando em estádio I, caso contrário, o concreto estará trabalhando em estádio II.
𝛼.𝑓𝑐𝑡,𝑚.𝐼𝐼
𝑀𝑟 = 𝑌𝑡
Onde:
α = 1,2
3
2 = 0,3.√202 = 2,21 𝑀3 2
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3.√𝑓𝑐𝑥 𝑝𝑎 = 2210 Kn / 𝑚
ℎ𝑓 ℎ
𝐴1 .𝑦1 + 𝐴2 .𝑦2 𝑏𝑓 .ℎ𝑓 ,( )+ 𝑏𝑤 .ℎ𝑐 .( 𝑐 + ℎ𝑓 ) 0,88.0,05,(
0,05
)+ 0,12.0,24.(
0,24
+ 0,05)
2 2 2 2
𝑌𝑐𝑔 = = = = 0,0823 m
𝐴1 + 𝐴2 𝑏𝑓 .ℎ𝑓 + 𝑏𝑤 .ℎ𝑐 0,88.0,05+ 0,12.0,24
2 2 2
𝐼𝐼 = Σ(𝐼𝑦𝑖 + 𝐴𝑖 .𝑑𝑥𝑖 ) = (𝐼𝑦1 + 𝐴1 .𝑑𝑥1 ) + (𝐼𝑦2 + 𝐴2 .𝑑𝑥2 )
𝐼𝐼 = 5,13.10−4 𝑚4
1,2.2210.5,12.10−4
𝑀𝑟 = = 6,55 Kn.m/nervura
0,2077
Dessa forma, constatamos que o momento de fissuração é menor que o momento para a carga permanente, logo,
o concreto estará trabalhando em estádio II.
Nesse caso, para a determinação das flechas é necessário considerar a inércia em estádio II
- Para calcular a inércia em estádio II é necessário conhecer alguns valores antes. São eles:
- coeficiente de homogeneização;
- posição da linha neutra em estádio II
Coeficiente de homogeneização
𝐸 210000
𝛼𝑒 = 𝐸𝑠 = 21287
= 9,86
𝑐
𝑏𝑓 88
𝑎1 = = = 44 cm
2 2
Inércia em estádio II
3
𝑏𝑓 .𝑥𝐼𝐼 88.3,923
𝐼𝐼𝐼 = + 𝛼𝑒 . 𝐴𝑠 .(d - 𝑥𝐼𝐼 )² = +9,86.3,25.(25 -3,92)² = 16006,7 𝑐𝑚4 = 1,60.10−4 𝑚4
3 3
É necessário que determinemos os valores que estão indicados na tabela abaixo para as três combinações.
Combinação permanente:
6,55 3 6,55 3
𝐼𝑚 = (16,42) . 5,13.10−4 + (1 − (16,42) ). 1,60.10−4 = 1,82. 10−4 𝑚4
6,55 3 6,55 3
𝐼𝑚 = (18,84) . 5,13.10−4 + (1 − (18,84) ). 1,60.10−4 = 1,75. 10−4 𝑚4
Combinação rara:
6,55 3 6,55 3
𝐼𝑚 = (24,49) . 5,13.10−4 + (1 − (24,49) ). 1,60.10−4 = 1,67. 10−4 𝑚4
Combinação permanente:
𝐼𝐼 5,13.10−4
𝐼𝑚
= 1,82.10−4 = 2,82
𝐼𝐼 5,13.10−4
= = 2,93
𝐼𝑚 1,75.10−4
Combinação rara:
𝐼𝐼 5,13.10−4
= = 3,07
𝐼𝑚 1,67.10−4
Flecha elástica
𝛼 𝑝.𝑙𝑥4
α = 100 . 𝐸 3 λ = 1,2 → α = 6,52
𝑐 .ℎ
Combinação permanente:
6,52 6,1.7,24
α= 100
. 21287.10³.0,293 = 2,06.10−3 𝑚 = 2,06 mm
6,52 7,0.7,24
α= 100
. 21287.10³.0,293 = 2,36.10−3 𝑚 = 2,36 mm
Combinação rara:
6,52 9,1.7,24
α= . = 3,07.10−3 𝑚 = 3,07 mm
100 21287.10³.0,293
Depois de determinar a flecha de fissuração para as três combinações, fazemos a primeira verificação.
Condição para evitar vibração, devido à carga acidental:
𝛼𝑞 = 𝛼𝑐𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎çã𝑜 𝑟𝑎𝑟𝑎 - 𝛼𝑐𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎çã𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒 = 9,42 – 5,81 = 3,61 mm ˂ 𝛼𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 = ℓ/350 = 20,6 mm
𝛥𝜉
𝛼𝑓 = 1+50𝜌′
𝐴′𝑠
ρ' =
𝑏.𝑑
Com ρ’ = 0 (não há armadura de compressão) e a retirada do escoramento com uma semana (0,25 meses), chega-
se :
Portanto, 𝛼𝑓 = 1,56
Verificamos dessa forma, que a deformação máxima da laje é menor que o máximo valor de deformação que
ela poderia ter, segundo a norma.
Temos que ter em mente que a condição para que não seja necessário armadura transversal na nervura é que a
tensão solicitante de cisalhamento seja menor/igual à tensão resistente ao cisalhamento.
Para a determinação do 𝜌1 precisamos calcular a área de aço para a direção X, já que é nessa direção que
se encontra a maior tensão de cisalhamento.
𝐴 3,25
𝜌1 = 𝑏.𝑑𝑠 = 12.25 = 0,011
Feito isso, agora é só determinar a tensão resistente ao cisalhamento e comprar com o valor da tensão
solicitante de cisalhamento.
276.1,35.(1,2 + 40.0,011)
611,06 kn/m²
Portanto, a tensão resistente é menor que a solicitante. Nesse caso é preciso aumentar a tensão resistente.
16,83.1,4
≤ 611,06
𝑏𝑤 .0,25
𝑏𝑤 ≥ 0,154 𝑚
𝑃 . 𝑙𝑥 2
𝑚𝑦 = µ𝑦 . my = my(distancia entre eixo de nervuras)
100
𝑚𝑑 𝑚𝑑
Km = X = 𝐾𝑥 .d 𝐴𝑠 =
𝑏𝑓 .𝑑2 .𝑓𝑐𝑑 𝐾𝑧 .𝑑.𝑓𝑦𝑑
𝑙 𝑙
𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑜 = 0,15%. 𝐴𝐶 𝛼𝑙𝑖𝑚 = 𝛼𝑙𝑖𝑚 =
250 350
𝐸𝑐 = 0,85.5600.√𝑓𝑐𝑘
ℎ𝑓 ℎ
𝑏𝑓 . ℎ𝑓 . 2 + 𝑏𝑤 . ℎ𝑐 . (ℎ𝑓 + 2𝑐 )
𝑌𝑐𝑔 =
𝑏𝑓 . ℎ𝑓 + 𝑏𝑤 .ℎ𝑐
3
𝑏𝑓 . ℎ𝑓 ℎ𝑓 𝑏𝑤 . ℎ𝑐3 ℎ𝑐
𝐼𝐼 = + 𝑏𝑓 . ℎ𝑓 . (𝑦𝑐𝑔 - )² + + 𝑏𝑤 . ℎ𝑐 . [( + ℎ𝑓 ) − 𝑦𝑐𝑔 ]²
12 2 12 2
𝛼. 𝐹𝑐𝑡,𝑚 . 𝐼𝑏 𝐸𝑠
𝑀𝑟 =
𝑦𝑡
𝛼𝑒 =
𝐸𝑐
𝑦𝑡 = h - 𝑦𝑐𝑔
𝑏𝑓 . (𝑥𝐼𝐼 )³ ⍶ 𝑃.𝑙𝑥 4
𝐼𝐼𝐼 = + 𝛼𝑒 . 𝐴𝑠 . (𝑑 - 𝑥𝐼𝐼 )² ai = .
3 100 𝐸𝑐 .ℎ3
3 𝑃 . 𝑙𝑥 𝑃 . 𝑙𝑥
𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,3. √𝑓𝑐𝑘 2 𝑞𝑥 = 𝐾𝑥. 𝑞𝑦 = 𝐾𝑦.
10 10
𝑙 𝑙
𝛼𝑙𝑖𝑚𝑡𝑒 = 𝛼𝑞 𝑙𝑖𝑚𝑡𝑒 =
250 350