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1) DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
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tendo a mínima condição de arcar com o pagamento das custas, despesas processuais e os
honorários advocatícios, conforme reza o art. 98 e 99, do Código de Processo Civil.
2) DA COMPETÊNCIA
Informa que a ação está se processando perante o juízo competente por força do
artigo 53, I, “a” do CPC, posto que a Autora é a guardiã da filha e há cumulação de pedido de fixação
de verba alimentar em favor da menor.
Com fundamento no art. 319, VII do CPC, a Requerente declara possuir interesse
na realização de audiência de conciliação, portanto, considerando que esta inicial preenche os
requisitos dispostos no art. 334 do mesmo diploma legal, requer que esta seja designada com
maior brevidade possível.
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para deixar sem seu nome para que a Autora se dedicasse às vendas de
consórcio, conforme cartão de CNPJ e contrato social em anexo. O mesmo
está em franca ascensão e sendo ampliado para atender a demanda
crescente. Estão equipados com máquinas e equipamentos que compõem
o patrimônio do estabelecimento. Avaliados em R$ 100.000,00 (cem
mil reais);
⮚ Um automóvel Ford / Ka Se Plus 1.0, ano 2019, modelo 2020, placa IZS-
5D30, cor vermelha, CHASSI n° 9BFZH54L4L8455432 Renavam n°
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⮚ Um automóvel Renault / KWID Zen 1.0 Flex, ano 2019, modelo 2020,
placa IZN-0J03, cor prata, avaliado pela Tabela Fipe em R$ 46.871,00
(quarenta e seis mil oitocentos e setenta e um reais);
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houver a fixação de alimentos em favor da filha, a menor poderá enfrentar privações de ordem
material.
O Requerido, por sua vez, possui condições financeiras suficientes para tal
encargo, atualmente está usufruindo dos rendimentos proporcionados pelo estabelecimento
comercial do casal citados anteriormente e recebe rendimentos suficientes para auxiliar na
subsistência digna da sua filha menor.
Vale destacar ainda que o Requerido não possui outro filho dependente com quem
tenha a obrigação de alimentos.
Desta forma, caso esse valor não seja fixado, a filha será afetada pela redução
financeira e deixará de ter o conforto que tinha quando o genitor e a genitora auferiam os ganhos
da empresa do casal.
Assim, diante da vulnerabilidade da Autora e da sua filha, requer que seja fixada a
pensão alimentícia em caráter provisório de três salários mínimos nacionais à sua filha.
Salienta-se que a Autora tentou chegar a um consenso com o Requerido, mas não
obteve êxito em suas diversas tentativas. Assim, não restou outra alternativa a Autora, senão
recorrer ao judiciário na busca de seus direitos.
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4.1) DO DIVÓRCIO
Frisa-se mencionar que não cabe ao Estado intervir na vontade e necessidade das
partes, sob pena de infringir o direito à liberdade, intimidade da vida privada e dignidade da
pessoa humana, ou sejam, a simples vontade de dissolver o vínculo conjugal por uma das partes é
suficiente que o Juiz possa decretar o divórcio do casal.
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4.2) DO NOME
É com base nesse dispositivo que vem a Autora, representando a menor ALICE
OLIVEIRA SIQUEIRA com 2 anos de idade, pleitear que seu genitor seja compelido a pagar
PENSÃO ALIMENTÍCIA para manutenção da mesma, nos moldes do art. 1.695 do Código Civil.
Diante do exposto, não resta outro meio a Autora senão recorrer ao judiciário para
garantir os direitos de sua filha menor. Razão pela qual, os alimentos devem ser fixados no
montante de TRÊS SALÁRIOS MÍNIMOS NACIONAIS, a serem pagos pelo Requerido, haja vista
que antes da separação a renda bruta mensal da família ultrapassava R$ 15.000,00.
Ainda, cabe ressaltar que o Requerido realizou a transferência de uma das cotas do
consórcio para seu nome de pessoa física e declarou como sua renda o valor de R$ 7.500,00,
conforme documento anexo. Razão pela qual possui rendimento suficiente para fixar os alimentos
no patamar sugerido de três salário-mínimos nacionais.
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Desta forma, faz-se adequado que a guarda seja deferida de forma unilateral,
exercida pela genitora, conforme o aludido dispositivo art. 1.584, do Código Civil, pois é quem de
fato possui melhores condições de proporcionar o cuidado e o carinho que a menor necessita para
desenvolver-se com dignidade. Ademais cabe inferir que a Autora se viu obrigada a buscar
proteção na Lei Maria da Penha, tendo em vista as constantes ameaças advindas do seu ex-
cônjuge, sendo deferido a medida protetiva em desfavor do Requerido.
Em faltando diálogo com o genitor, NÃO é possível que a guarda da filha seja
compartilhada e por isso se requer a guarda unilateral.
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“No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do
casamento…”.
Definido o regime de comunhão, o art. 1.660, inciso I, do CC, dispõe sobre os bens
a serem partilhados: “os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que
só em nome de um dos cônjuges”.
Seguindo o preceito legal, a Autora oferta que os bens acima, descritos no item 3.1
desta exordial, sejam partilhados nos seguintes termos:
A empresa foi aberta no ano de 2016, tendo como sócios a Autora e o Requerido,
na qual realizavam atividades de consultoria em gestão empresarial e serviços de engenharia,
conforme contrato social anexo. Ocorre que atualmente somente o Requerido é proprietário da
empresa, e esta passou a ter como atividade principal o comércio varejista de materiais de
construção (ferragem).
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Com relação a Parte do Lote Urbano n° 21, da quadra 76, localizado na Rua
Canguçu, n° 685, Bairro Mathias Velho, cidade de Canoas/RS, possuindo área superficial de
500m². Sob o referido terreno existe um prédio de alvenaria residencial com área de 160,53m² e
um prédio de alvenaria residencial (garagem), com área de 125m².
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Dá-se que, para a compra do imóvel o casal pagou a quantia de R$ 70.000,00 como
forma de entrada e o restante dos R$ 285.000,00, foram pagos da seguinte maneira: R$200.000,00
do Consórcio realizado pela Autora e o Requerido com a empresa RODOBENS Administradora de
Consórcios Ltda e os outros R$ 85.000,00 pagos na data da averbação da escritura, mediante
transferência bancária, com recursos advindos da ação indenizatória trabalhista da Autora
recebidos em junho de 2016.
Com relação ao automóvel Ford / Ka Se Plus 1.0, ano 2019, modelo 2020, placa
IZS-5D30, cor vermelha, CHASSI n° 9BFZH54L4L8455432 Renavam n° 01214267790, avaliado
pela Tabela Fipe em R$ 53.542,00 (cinquenta e três mil quinhentos quarenta e dois reais).
O veículo foi adquirido em outubro de 2021, conforme emissão do CRLV-e.
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Ocorre que a Autora, para tentar regularizar a situação do automóvel Ford / Ka,
pagou os IPVA’s em atraso, a taxa de transferência e o seguro obrigatório, todavia o Requerido
negou-se a ir ao CRVA para fazer a vistoria para a transferência.
Com relação ao automóvel Renault / KWID Zen 1.0 Flex, ano 2019, modelo 2020,
placa IZN-0J03, cor prata, avaliado pela Tabela Fipe em R$ 46.871,00 (quarenta e seis mil
oitocentos e setenta e um reais).
É de ressaltar que a Autora não possui nenhum documento do veículo, haja vista que
o Requerido levou consigo quando saiu da residência.
Posto isto, requer a Autora que o Requerido junte aos autos cópias dos documentos
do veículo, assim como cópia dos documentos que demonstrem a transferência/venda do bem
móvel, informando o valor da venda para posterior partilha.
Outrossim, caso entenda Vossa Excelência, que seja necessário, requer a intimação
do CRVA de Canoas/RS, para que forneça cópia dos históricos de registro de transferência do
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veículo Renault / KWID Zen 1.0 Flex placa IZN-0J03. A fim de demonstrar a data correta da
venda, para que seja partilhado o valor na proporção de 50% (cinquenta por cento) ao que lhe é
de direito da Autora.
Com relação ao automóvel Toyota / Hilux CD D4-D 4X4 2.5, ano e modelo 2010,
placa IRD-7667, avaliado pela Tabela Fipe em R$ 97.664,00 (noventa e sete mil seiscentos e
sessenta e quatro reais). Ocorre que, o bem móvel foi adquirido na constância do matrimônio
da Autora com o Requerido, todavia está em nome de terceiro.
Em que pese o referido veículo estar em nome de terceiro, o Sr. Elton de Siqueira,
(pai do Requerido), quem utiliza o veículo para deslocar-se diariamente é o Requerido,
comprovando ser ele o proprietário do referido veículo.
Posto isto, requer a Autora que o Requerido junte aos autos cópias dos documentos
do veículo para posterior partilha.
Outrossim, caso entenda Vossa Excelência, que seja necessário, requer a intimação
do CRVA de Canoas/RS, para que forneça cópia dos históricos de registro de transferência do
veículo Toyota / Hilux placa IRD-7667. A fim de demonstrar a data correta da compra, para que
seja partilhado o valor na proporção de 50% (cinquenta por cento) ao que lhe é de direito da
Autora.
● Grupo 1047 Cota 0793-00, em nome de Uelington dos Santos Siqueira. A carta
de crédito do referido consórcio tem como data de adesão 25/06/2019, (data
posterior ao matrimônio da Autora com o Requerido). O valor constante no
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Desta maneira, requer a Autora 50% (cinquenta por cento) das prestações pagas,
bem como 50% (cinquenta por cento) dos valores recebidos que não lhe foram repassados pelo
Requerido, que ao todo somam o valor de R$ 42.501,53 (quarenta e dois mil, quinhentos e um
reais e cinquenta e três centavos). Veja abaixo:
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Todavia, conforme dito alhures, de forma ilícita, o Requerido vem ocultando bens
e valores com a finalidade de fraudar a correta partilha na separação, razões pelas quais é
indispensável a sua quebra do sigilo bancário.
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responsabilidade de ambos os cônjuges vide ser em prol do casal, e que no momento não estão
sendo pagas, haja vista que a Autora não dispõe de renda suficiente, pois o Requerido privou dos
acessos bancários
O regime escolhido pelas partes como sabido prevê que as dívidas se comunicam:
O referido débito foi adquirido durante a vigência do casamento e por essa razão
entra na partilha de bens ora apresentada.
Desse modo, requer a parte autora que o Requerido deve ser compelido a realizar
o pagamento da sua cota parte na referida dívida no percentual de 50% (cinquenta por cento).
A empresa foi aberta no ano de 2016, tendo como sócios a Autora e o Requerido,
na qual realizavam atividades de consultoria em gestão empresarial e serviços de engenharia,
conforme contrato social anexo. Ocorre que o Requerido enganou a Autora e ficou como unico
proprietário da empresa, e esta passou a ter como atividade principal o comércio varejista de
materiais de construção (ferragem).
Em vista disto, a Autora requer a inclusão de seu nome como sócia da referida
empresa Titan Ltda, CNPJ n° 25.247.352/0001-77, haja vista que anteriormente já pertencia ao
quadro societário conforme contrato social anexo.
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O famoso artigo 4.º da Lei 5.478/68 Lei de Alimentos fala que: “Ao despachar o
pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o
credor expressamente declarar que deles não necessita”.
Conforme dito alhures, de forma ilícita, o Requerido vem ocultando bens e valores
com a finalidade de fraudar a correta partilha na separação, razões pelas quais é indispensável a
sua quebra do sigilo bancário.
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Desta feita a Autora requer, até a divisão total dos bens, três salários-mínimos
nacionais a título de frutos auferidos dos estabelecimentos comerciais durante o matrimônio.
Haja vista que atualmente, é o Requerido que dispõe dos acessos bancários e dos valores auferidos
mensalmente com as vendas.
6) DOS PEDIDOS
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e) A citação do Requerido, nos termos do art. 231, II do CPC para, querendo, vir
contestar o presente pedido, sob pena de revelia e confissão, quanto à matéria de fato;
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l) Protesta por provar o alegado por meio de todos os meios de prova em direito
admitidos, em especial pela produção de prova documental, testemunhal, pericial e inspeção
judicial, além da juntada de novos documentos e demais meios que se fizerem necessários;
Nestes termos,
pede deferimento.
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