Teste 12o Preparacao Exame
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Teste 12o Preparacao Exame
º ano
1. Ler os textos com muita atenção. Ler os itens, sublinhando os verbos introdutores dos itens
e o objetivo de cada um.
2. Ter em atenção os verbos e verificar se em cada questão há mais do que um verbo, o que
significa que terá de haver mais do que 1 tópico de resposta.
3. Anotar, sob a forma de tópicos, ao lado da pergunta, os aspetos essenciais a referir na res-
posta.
GRUPO I
Educação Literária
Parte A
Lê o poema.
10 tivesse de acabar,
sempre a doer, sempre a doer de tanta perfeição
que ao deixar de bater-me o coração
fique por nós o teu inda a bater,
quando eu morrer segura a minha mão.
1. Transcreve três dos pedidos efetuados pelo “eu”, explicitando a sua Estratégias e Dicas
intenção. Parte A
________________________________________________________ Item 1
Nesta pergunta é essencial:
a) b) c)
1. heptassílabos 1. ode 1. protocolar
2. decassilábicos 2. vilancete 2. solene
3. hendecassílabos 3. soneto 3. coloquial
Exame-tipo com soluções 12.º ano
Parte B
Ato Primeiro
Câmara antiga, ornada com todo o luxo e caprichosa elegância portuguesa dos princípios
do século dezassete. Porcelanas, charões1, sedas, flores, etc. No fundo, duas grandes janelas
rasgadas, dando para um eirado2 que olha sobre o Tejo e donde se vê toda Lisboa; entre as jane-
las o retrato, em corpo inteiro, de um cavaleiro moço, vestido de preto, com a cruz branca de no-
5 viço3 de S. João de Jerusalém4. Defronte e para a boca da cena um bufete pequeno, coberto de
rico pano de veludo verde franjado de prata; sobre o bufete5 alguns livros, obras de tapeçaria mei-
as feitas e um vaso da China de colo alto, com flores. Algumas cadeiras antigas, tamboretes 6 ra-
sos, contadores7. Da direita do espectador, porta de comunicação para o interior da casa, outra da
esquerda para o exterior. É no fim da tarde.
Cena I
10 Madalena, só, sentada junto à banca, os pés sobre uma grande almofada, um livro aberto no
regaço, e as mãos cruzadas sobre ele, como quem descaiu da leitura na meditação.
15 – Com paz e alegria d’alma... um engano, um engano de poucos instantes que seja… deve de
ser a felicidade suprema neste mundo. E que importa que o não deixe durar muito a fortuna? Vi-
veu-se, pode-se morrer. Mas eu!... (Pausa) Oh! que o não saiba ele ao menos, que não suspeite o
estado em que eu vivo… este medo, estes contínuos terrores, que ainda me não deixaram gozar
um só momento de toda a imensa felicidade que me dava o seu amor. Oh! que amor, que felici-
20 dade… que desgraça a minha! (Torna a descair em profunda meditação; silêncio breve.)
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa, Porto, Porto Editora, 2019, pp. 3-7
Nota
1
charões – objetos em forma de jarra e envernizados a laca da China;
MPAG12 © Porto Editora
2
eirado – eira, espécie de terraço;
3
noviço – aquele que se prepara para ingressar na vida conventual;
4
Jerusalém – nome de uma ordem religiosa e militar;
5
bufete – papeleira ou secretária antiga;
6
tamboretes – cadeiras sem espaldar, mas com braços;
7
contadores – móveis em forma de armário com gavetas.
Exame-tipo com soluções 12.º ano
ço social.
(D) o estado de espírito da personagem, o ambiente vivenciado e
o espaço social.
Item 6
______________________________________________________ Neste item, é importante:
1.º perceber a dualidade de sen-
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timentos: alegria e medo;
______________________________________________________ 2.º justificar o motivo pelo qual
D. Madalena expressa sentimen-
______________________________________________________ tos contrários.
MPAG12 © Porto Editora
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Exame-tipo com soluções 12.º ano
GRUPO I – Parte C
Parte C
7. O desconcerto e a reflexão sobre a vida pessoal são temas co- Estratégias e Dicas
muns na poesia camoniana. Parte C
Item 7
Neste item, é essencial:
Escreve uma breve exposição, na qual demonstres a forma como
1.º responder aos verbos de co-
estes temas são abordados por Luís de Camões, na sua poesia. mando do desenvolvimento;
2.º apresentar os principais concei-
A tua exposição deve incluir: tos da lírica camoniana sobre os
uma introdução ao tema; temas: desconcerto do mundo e
reflexão sobre a vida pessoal;
um desenvolvimento, em que explicites, para cada uma das 3.º apresentar títulos de dois poe-
mas e explicar de que forma se
temáticas, um aspeto sobre o modo como a realidade é pers-
associam à temática de cada um
petivada pelo sujeito poético, fundamentando cada um deles dos temas. Atenção: nestes itens há
penalização na cotação se não
com um exemplo significativo; houver uma associação entre o
uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema. título do poema e a temática em
análise;
4.º respeitar a estrutura triparti-
da: a introdução e a conclusão
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devem ser parágrafos mais peque-
_______________________________________________________ nos, ao contrário do desenvolvi-
mento, que deve incluir os tópicos
_______________________________________________________ essenciais para que a resposta
_______________________________________________________ esteja completa.
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MPAG12 © Porto Editora
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Exame-tipo com soluções 12.º ano
GRUPO II
GRUPO II
Leitura e Gramática
Lê o texto.
A experiência mostrou-nos que, regra geral, não são apenas os juízos estéticos e éticos que di-
ferem de uma cultura para outra mas também os juízos de verdade e, por vezes, a própria noção
de verdade. […]
Esta consciência da relatividade dos sistemas de valores e da contingência dos juízos influen-
5 cia hoje numerosos estudos históricos e culturais. Ela ajuda-nos a libertarmo-nos um pouco do
nosso provincialismo natural. Permite igualmente retificar a nossa visão deturpada pelo imperia-
lismo europeu de que somos filhos e que nos leva a crer que o ponto de vista ocidental é o único
razoável. Ajuda-nos a compreender que aquilo que é verdadeiro, belo e justo para nós não o é
forçosamente para os outros. Se a própria ciência não consegue dar‑ nos certezas, seríamos
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10 completamente obtusos se tomássemos por ouro puro aquilo que somos os únicos a acreditar ser
verdadeiro.
Saudável e importante, essa consciência do outro é, no entanto, por vezes, caricaturada numa
relativização completa de todos os valores: a conclusão de que todas as opiniões são igualmente
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verdadeiras; que todos os juízos éticos e morais devem ser considerados equivalentes; que falar
15 de certo e de errado, ou falar de «verdade», não tem qualquer sentido. […] Este relativismo cari-
catural é a consequência de um equívoco profundo.
Levar a sério ideias diferentes das nossas não equivale a afirmar que todas as ideias são
iguais. Reconhecer que podemos estar errados não significa que as noções de certo e de errado
não façam sentido. Percebermos que um juízo não se forma senão no seio de um complexo am-
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20 biente cultural, e que está ligado a muitos outros juízos implícitos, não significa, de modo algum,
que não possamos perceber que estamos errados.
Aprofundando um pouco mais, o problema principal deste relativismo cultural radical é que ele
se contradiz a si mesmo. É certo que não existem valores de verdade absolutos, a-históricos e
aculturais. Nenhum discurso está fora da sua cultura e dos seus sistemas de valores e de verda-
Exame-tipo com soluções 12.º ano
de. Mas, precisamente por isso, estamos sempre dentro de um sistema cultural, e, dentro desse
sistema, não podemos prescindir de escolhas e de juízos. […]
Não poderia ser de outra forma, porque pensar é julgar. Viver é decidir, a cada momento. Não
existe noção de verdade fora do nosso universo de discurso, e é precisamente por isso que nós
não podemos senão permanecer dentro de um sistema e não podemos prescindir da noção de
verdade. Pensamos e falamos sempre e unicamente em termos dessa noção, mesmo quando
tentamos negá-la.
Por outro lado, isso não implica que devamos assumir que os nossos critérios estéticos, éticos
e de verdade são absolutos e universais, ou que são os melhores. E isso não implica que deva-
mos preferi-los às variantes que as outras culturas, ou que a própria natureza, ou que a evolução
interna do nosso pensamento nos propõem. Porquê? Porque é um aspeto estrutural do nosso
universo linguístico estar aberto ao encontro com outros universos linguísticos. As diferentes cul-
turas não são bolhas separadas, são vasos comunicantes.
(D) os juízos de valor que cada indivíduo produz resultam da imersão na sua cultura.
(Exercício adaptado da Prova de Exame Nacional de Português, 12.º ano, 2022, 2.ª fase, IAVE)
Exame-tipo com soluções 12.º ano
GRUPO III
GRUPO III
Escrita
Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e cin-
quenta
palavras, elabora a apreciação crítica do cartoon abaixo apresentado, da autoria de Angel Boligan.
Fonte: https://www.tuttartpitturasculturapoesiamusica.com/2015/04/Angel-Boligan.html
(consultado a 30/12/2022)
MPAG12 © Porto Editora
Estratégias e Dicas
______________________________________________________ Grupo III
______________________________________________________ Atenção:
______________________________________________________ 1.º organizar o texto em quatro
parágrafos: introdução (descrição da
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CRITÉRIOS DE CORREÇÃO
GRUPO I
Parte A
1. O sujeito poético efetua vários pedidos, como por exemplo, “murmura esta canção” (verso 1); “fica junto
de mim” (verso 3); “não queiras ver” (verso 3); “segura a minha mão” (verso 6); “põe os olhos nos meus […]
e diz do nosso amor” (versos 7 e 9), … Estes pedidos associam-se ao desejo do “eu” de manter a proximi-
dade com o seu interlocutor, pela voz, pelas palavras, pelas mãos, pelo olhar, pelo coração.
2. A antítese “ao deixar de bater-me o coração / fique por nós o teu inda a bater,” (versos 12 e 13) reforça a
ideia de que o “eu” dirige o poema ao ser amado, mostrando o seu amor, que é tão perfeito e que existirá
enquanto o seu coração bater. O sujeito poético pede ao seu interlocutor que o recorde e que o mantenha
para sempre vivo no seu coração.
3. a) 2; b) 3; c) 3.
Parte B
4. (A)
5.1. Neste monólogo inicial, D. Madalena sente que o episódio de Inês de Castro se associa à sua história
de vida, pois vive um amor que poderá ser proibido e não aceite pela sociedade, caso o seu primeiro
marido, D. João de Portugal, não esteja morto, como todos julgam estar. Assim, sente que a tragédia vivida
por Inês de Castro possa estar relacionada com a sua história familiar.
6. D. Madalena, por um lado, sente paz e alegria por estar junto do seu amado, mas, por outro lado, vive
atormentada, uma vez que tem receio de que o seu primeiro marido regresse e a sua família atual seja
destruída.
Parte C
Tópicos de resposta:
Desconcerto:
– a nível social e moral – “Os bons vi sempre passar”;
– as injustiças sociais – “Os bons vi sempre passar”;
– a destruição do amor – “Verdade, Amor, Razão, Merecimento,”;
– a irremediável passagem do tempo – “Correm turvas as águas deste rio,”;
–…
Reflexão sobre a vida pessoal
– a ação do Destino (que nunca lhe foi favorável) – “Erros meus, má fortuna, amor ardente”;
– reflexão sobre os erros que cometeu – “Erros meus, má fortuna, amor ardente”;
– demonstração do cansaço e da revolta que caracterizam a análise da sua vida – “O dia em eu que nasci,
moura e pereça,”;
–…
Conclusão: o poeta sente que vive num mundo em que os valores morais não existem e as injustiças
abundam. Assim, a reflexão sobre a vida pessoal é, igualmente, marcada pelo cansaço e tristeza, em que
Camões demostra que é vítima de um destino injusto.
Exame-tipo com soluções 12.º ano
GRUPO II
1. (C)
2. (A)
GRUPO III
Tópicos de resposta:
Descrição da imagem:
– um casal, que se encontra na cama, voltado de costas um para o outro e, cada um deles, com um dispo-
sitivo eletrónico.
Falta de comunicação:
– perda da qualidade essencial nas relações humanas: a empatia;
– afastamento dos casais pela falta de comunicação;
-…
Afastamento e solidão entre os casais:
– apesar de, muitas vezes, habitarem no mesmo espaço, os casais sentem mesmo um fosso entre os par-
ceiros;
…