Elementos Aula-3
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TRANSPORTE
Aula 3 – Propriedades dos Fluidos
SUMÁRIO
• Massa específica;
• Densidade relativa;
• Peso específico;
• Viscosidade;
• Módulo de elasticidade volumétrico;
• Pressão de vapor;
• Capilaridade;
• Tensão superficial.
MASSA ESPECÍFICA
• A massa específica ρ (rô) refere-se à massa do fluido que está contida em
uma unidade de volume:
• Contudo, ele tem uma ligeira variação, porém, maior, com a temperatura.
• Para a maior parte das aplicações práticas, desde que a faixa de temperatura seja
pequena, podemos, portanto, considerar que a massa específica de um líquido é
basicamente constante.
m m
PV = nRT PV = RT PMM = RT
MM V
1. Picnometria
2. Densímetro de vidro
3. Densímetro digital
Os densímetros digitais medem a oscilação de um tubo em U carregado com
a amostra. Realiza medida de acordo com norma específica.
DENSIDADE RELATIVA
• A densidade relativa ou gravidade específica S ou SG (alguns livros
chamam apenas de densidade) de uma substância é uma quantidade
adimensional definida como a razão entre sua densidade ou peso específico
e a de alguma outra substância considerada como um “padrão”.
SG =
H 2O 4 º C
O grau API relaciona-se com sua densidade SG (em relação à água) pela fórmula ºAPI =
141,5/ϒ – 131, 5.
Assim, um petróleo menos denso (dito “mais leve”) tem um grau API mais elevado. A
classificação do petróleo de acordo com sua densidade não é mundialmente padronizada. No
Brasil, o Regulamento Técnico de Reservas de Petróleo e Gás Natural, da Agência Nacional
do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), estabelece a seguinte classificação:
Petróleo leve ou de base parafínica: SG ≤ 0,87 (ºAPI ≥ 31,1);
Petróleo mediano ou de base naftênica: 0,87 < SG ≤ 0,92 (22,3 ≤ ºAPI < 31,1);
Petróleo pesado ou de base aromática: 0,92 < SG ≤ 1,00 (10º < ºAPI ϒ 22º);
Petróleo extrapesado: SG > 1,00 (ºAPI < 10º).
MASSA ESPECÍFICA
60 F 20 C
• Equações de correlação das densidades: d 60 F e d 4 C , desenvolvidas a
partir de um banco de dados das avaliações de petróleo e de seus produtos.
MASSA ESPECÍFICA
Têm-se ainda a antiga escala Baumé (°Bé), usada, de uma forma geral, para
misturas e soluções líquidas.
140
Para líquidos menos densos que a água : Be´= − 130
F
d 60
60 F
145
Para líquidos mais densos que a água : Be´= 145 −
F
d 60
60 F
OBS: A escala Baumé para líquidos mais densos que a água é ainda usada para soluções
aquosas de uma forma geral, especialmente as soluções salinas e cáusticas.
MASSA ESPECÍFICA
Peso
• Ele é medido em N/m3. Logo, Volume
ML
[ ] 2 2
= L−1 M t −1
F dV M
= = , [ ] = = t L =
A dy dV L tL
tL
dy
Poise = 0,1Pa.s kg g
1Poise ( P ) = 100 centipoise (cP ) SI : [ ] = = Pa s, CGS : [ ] = = Poise
ms cm s
VISCOSIDADE
Viscosidade cinemática
Relação entre a viscosidade dinâmica () e a massa específica do fluido (),
ambas à mesma T e P.
= , [ ] = L2 t −1
[ SI ] : m 2 / s; mm2 / s
St (stokes) : cm 2 / s, ou seu submúltiplo, centistokes (cSt)
dV
=
dy
VISCOSIDADE
r = raio da esfera de
ação molecular
Cada molécula é
atraída pelas outras
que a rodeiam Este raio é a distância limite na
qual a molécula consegue
exercer forças de atração sobre
as outras.
TENSÃO SUPERFICIAL
IMPORTANTE!!!
• Assim, todo líquido, além da Patm que atua na superfície, está sujeito também a P´oriunda do
desequilíbrio das forças moleculares de coesão da camada ativa. P´ (água) ≈ 1700 MPa.
• Devido a ação dessas forças, a superfície do líquido se contrai minimizando sua área, e adquire
energia potencial extra que se opõe a qualquer tentativa de distensão da superfície.
• A energia potencial extra adquirida pela superfície do líquido é intitulada energia potencial
superficial. Dessa forma, para aumentar a área de um líquido, ou seja, aumentar a quantidade de
moléculas na camada ativa, haverá gasto de energia. A quantidade de energia que se gasta para
aumentar a área superficial de um líquido é chamada de TENSÃO SUPERFICIAL.
TENSÃO SUPERFICIAL
Tem-se: w = F x d
Trabalho realizado pela força
• O aumento de área da superfície será 2Ld, pois ambos os lados da película devem ser
considerados (2L = 1L para cada lado).
w J N m F d F
= → = N m −1
2 Ld m
2
m 2
2 Ld 2L
TENSÃO SUPERFICIAL
DEFINIÇÃO
diminui
aumenta
CAPILARIDADE
ADESÃO versus COESÃO
Forças de adesão
Forças de coesão
CAPILARIDADE
• Ao imergir uma das extremidades de um tubo capilar de vidro dentro de um
recipiente com um líquido, observa-se que este pode ascender no tubo e
posteriormente, entra em repouso a uma determinada altura ACIMA da
superfície livre do líquido no recipiente;
• Para outros líquidos, observa-se que o nível dentro do tubo capilar se
estabiliza a uma distância ABAIXO do seu nível no recipiente.
CAPILARIDADE
CURVATURA VOLTADA
PARA CIMA
CURVATURA VOLTADA
PARA BAIXO
ÂNGULO DE CONTATO
sólido
gás
1. Força da gravidade
2. Forças de coesão das
P moléculas do líquido
α 3. Forças de adesão (sólido-
líquido)
líquido
α = 90°
ÂNGULO DE CONTATO
2
p=
R
ÂNGULO DE CONTATO
Na superfície de um líquido em um tubo capilar temos uma força f que atua para
cima, devido a pressão de Laplace, e outra, gravitacional (Fg), que atua para baixo,
devido o peso da coluna do líquido no capilar.
Como : F = P x A
A força equivale a pressão de Laplace x área transversal do capilar
2 cos
f = p r 2 = r 2 = 2r cos
r
Fg = mg = Vg = r 2 hg
No equilíbrio
f = Fg → 2r cos = r 2 hg
2 cos
h=
gr
ÂNGULO DE CONTATO
2 cos
h=
gr Quando α < 90º, cos α > 0 e h > 0, ascensão capilar
Quando α > 90º, cos α < 0 e h < 0, depressão capilar
σ = tensão superficial
α = ângulo de contato
= massa específica do fluido
g = aceleração da gravidade
r = raio do tubo
No caso da água em capilares de vidro podemos usar σ = 0,073 N.m-1, α = 0°, = 1000 kg.m-3 e g
= 9,81 m.s-2.
1,49 x10 −5
h=
r