Jean-Louis Ska, A Palavra de Deus Nas Narrativas Dos Homens
Jean-Louis Ska, A Palavra de Deus Nas Narrativas Dos Homens
Jean-Louis Ska, A Palavra de Deus Nas Narrativas Dos Homens
A Palavra de Deus
nas narrativas dos homens
TRADUÇÃO:
Aida da Anunciação Machado
Edições Loyola
Título original:
La Parola di D io n ei racconti degli uom im
© Cittadella Editrice, Assisi, 2000
Ia ed. ottobre 1999
ISBN 88-308-0696-X
Edições Loyola
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ISBN: 85-15-02976-6
PREFÁCIO.......................................................................................... 9
Capítulo 1
NARRAR HISTÓRIAS E ESCREVER A HISTÓRIA................. 15
I. A história antiga e o mundo da televisão................... 16
II. A história antiga e a Pietà de M ichelangelo................. 16
III. A "verdade" das narrativas bíblicas................................ 17
IV. História e histórias................................................................. 18
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo Quinto
CONQUISTA DA TERRA, SEDENTARIZAÇÃO DE PASTORES
NÓMADES, REBELIÃO CAMPESINA OU EVOLUÇÃO
SOCIAL?....................................................................................... 73
I. O livro de Josué e a arqueologia.................................. 73
II. As teorias sobre a posse de Israel na terra de Canaã. 75 ■
III. O livro de Josué e o espírito das bem-aventuranças . 87
Capítulo Sexto
DAVID E SALOMÃO. GRANDES REIS OU PEQUENOS
ARQUÉTIPOS LOCAIS?........ ........................................................ 91
I. O livro dos Ju íz e s.............................................................. 91
II. A monarquia de David e Salomão................................ 92
III. Roboão, Jeroboão e Shishaq, Faraó do Egito............... 96
IV. O reino do Norte e a casa de O m ri................................ 96
V. O reino de Iehu (841-814 a .C .)...................................... 104
VI. O tributo de Joás, rei de Israel (798-783 a .C .)...........109
Capítulo Sétimo
ISRAEL E JUDÁ NO VÓRTICE DA POLÍTICA
INTERNACIONAL............................................................................ 113
I. O fim do reino do Norte (722/721 a .C .)......................... 113
II. As campanhas de Sargon II (721-705 a.C.) contra
a Filistéia................................................................................. 114
III. A campanha de Senaquerib (705-681 a.C.) contra
Judá em 701 a.C................................................................... 116
Epílogo
HISTÓRIA E NARRATIVA, ARTE E POESIA............................. 135
BREVE BIBLIOGRAFIA...................................................................139
TABELAS CRONOLÓGICAS......................................................... 141
Prefácio
Narrar histórias
e escrever a história
1. O batismo de Jesus
3. A historiogrqfia moderna
4. A sarça ardente
5. A agonia de Jesus
6. A passagem do m ar
Primeiro ponto
Segundo ponto
Terceiro ponto
Quarto ponto
Quinto ponto
5. Os patriarcas e o Egito
i pré-davídico
ao fundador do Israel
pós-exílico
4. O milagre do m ar
1. Os quarenta anos
3. A permanência no deserto
5. As instituições mosaicas
a) O direito de Israel
b) O culto
5. A esteia de Merneptah
6. Os hapirus e os hebreus
7. Os filisteus e os povos do m ar
Conclusão
1. Josué, “o aventureiro”
3. A esteia de Meshá
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1. Os antecedentes do conflito
O prisma
de Senaquerib
(cerca de 701 a.C.)
Fonte: Atlas
Van de Bijbel,
p. 89, n. 248.
(c) Campanha contra o interior da terra de Judá: tomada
da cidade filistéia de Ecron, conquista de 46 cidades fortificadas
no reino de Judá, deportação de 200.150 pessoas e tomada de
enormes despojos (sobretudo gado), atribuição de parte do ter
ritorio de Judá aos reis filisteus vassalos de Senaquerib (o rei de
Ashdod, o novo rei de Ecron e o rei de Gaza), assédio de Jerusa
lém, onde Senaquerib "aprisiona Ezequias como um passarinho
em uma gaiola", tributo mandado por Ezequias a Ninive com
uma embaixada e uma escolta militar que transmitem a Sena
querib o ato de fidelidade de Ezequias ao rei da Assíria.
A conclusão dos anais não pode deixar de surpreender.
Senaquerib aparentemente deixou Jerusalém porque Ezequias
manda uma embaixada até Ninive para pagar o tributo. O texto
do "prisma de Senaquerib" não menciona absolutamente a to
mada de Jerusalém, como faz em relação a outras cidades. So
bre este ponto, a crônica assíria e os textos bíblicos concordam
perfeitamente: Senaquerib contentou-se com um imponente tri
buto e Jerusalém não foi conquistada pelo exército assírio.
A razão da decisão de Senaquerib permanece obscura e os
historiadores só podem propor suposições. Tálvez Senaquerib te
nha se apercebido da excessiva dificuldade de tomar Jerusalém.
O assédio a Samaria havia se prolongado por muito tempo (três
anos, segundo 2Rs 18,10), e Jerusalém estava bem preparada para
um longo assédio (irá resistir por seis meses ao exército babilónico;
V. 2Rs 25,1-8). Ou também Senaquerib pode ter se dado conta de
que o verdadeiro perigo estava na Babilônia, onde Merodak-
Baladan tinha em mãos os fios condutores da rebelião. Ou, mais
simplesmente, quis pôr fim o mais rápido possível a uma campa
nha já suficientemente longa. Ezequias, que teve de presenciar
impotente a devastação de seu reino, provavelmente escolheu
sem demora a solução menos desvantajosa — o “mal menor” —
quando viu que a cidade de Lakish havia caído e os assírios o
atacavam diretamente. Rendeu-se, pois, e aceitou pagar um enor
me tributo. Senaquerib mostrou-se imediatamente satisfeito por
que havia obtido o que queria sem esforços ulteriores.
d. As contradições entre as diversas versões dos eventos
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Tabelas cronológicas
Reino de Israel
Reino de Judá