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ESCOLA SECUNDÀRIA DE ZUMBU

Discentes:

Emília Lourenço Novesse

Emmanuel Jose Mumba

Eufrásia Mario Victorino

Trabalho de Filosofia 12a Classe

Tema: Filosofia Política na Idade Moderna

Docente: Almirante Francisco Escrivão

Zumbu aos, 19 de Junho de 2023

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Índice
Introdução ..................................................................................................................... 3

Filosofia política na Idade Moderna ............................................................................. 4

Charles de Montesquieu (1689-1755)........................................................................... 4

Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778).......................................................................... 6

Conclusão...................................................................................................................... 8

Referência Bibliográfica ............................................................................................... 9

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Introdução

Neste presente trabalho iremos falar de Pensadores de reconhecido saber enciclopédico


e pai do constitucionalismo liberal moderno, escreveu L’Esprit de Lois, em 1748 onde o
outro pensador defendia o Homem.
Esta obra compreende 31 livros, dos quais dois são dedicados à problemática religiosa.
Na sua obra, pretende descobrir as leis naturais da vida social. A lei social entese-a não
como um princípio racional do qual se deve deduzir todo um sistema de normas abstratas,
mas a relação intercorrente dos fenómenos empíricos.

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Filosofia política na Idade Moderna

A Filosofia moderna surge no início do século XVI e termina no fim do século XVIII,
período extremamente rico em acontecimentos políticos (fim do significado político do
império e do papado, afirmação das potencias nacionais, primeiro da Espanha, depois da
França, da Inglaterra, da Holanda, e outros países, contestação do poder absoluto dos
soberanos e introdução dos governos constitucionais, etc.).

A época moderna, em síntese, apresenta três características fundamentais:

a) a libertação do Homem em relação as explicações teológicas da realidade, através


da razão;

b) a libertação do Homem dos regimes ditatoriais, através da democracia;

c) a libertação do Homem da dependência da Natureza, através da técnica.

Esta tripla emancipação do Homem permitirá aos filósofos pensar sem que tenham de
obedecer a regras previamente estabelecidas, como acontecia na época precedente, o que
resultará numa pluralidade de visões sobre os temas tradicionais da Filosofia política.

Charles de Montesquieu (1689-1755)

Pensador de reconhecido saber enciclopédico e pai do constitucionalismo liberal


moderno, escreveu Espírito de Leis, em 1748.

Esta obra compreende 31 livros, dos quais dois são dedicados à problemática religiosa.
Na sua obra, pretende descobrir as leis naturais da vida social. A lei social entese-a não
como um princípio racional do qual se deve deduzir todo um sistema de normas
abstratas, mas a relação intercorrente dos fenómenos empíricos.

As leis são relações indispensáveis emanadas da natureza das coisas. Por isso, ser algum
pode existir sem leis. Tanto a divindade como o mundo material e as inteligências
superiores ao Homem possuem as suas leis, da mesma forma que este último também as
possuí. Existem as seguintes leis.

Lei da natureza

1a Lei- igualdade de todos os seres inferiores;

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2a Lei – procura de alimentação;

3a Lei – encanto entre seres de sexos diferentes;

4a Lei – desejo de viver em sociedade (exclusivo ao homem; provém do


conhecimento).

Lei positiva

Organizados em sociedades, os homens perdem a fraqueza e a igualdade e instaura-se


um Estado de guerra ente nações, em virtude de cada uma das nações sentir a sua força.
Daí a necessidade da existência de leis para regular a convivência entre diferentes povos
o direito das gentes. Este direito baseia-se no princípio de que as diversas nações devem
fazer umas às outras, na paz, o maior bem e na guerra, o menor mal possível, sem
prejudicar os seus verdadeiros interesses.

Existem igualmente leis que regulam o relacionamento daqueles que governam e


aqueles que são governados- é o direito político.

Existem igualmente leis que regulam o relacionamento daqueles que governam e


aqueles que são governados- é o direito político.

O conjunto de normas que regulam as relações entre os cidadãos chama-se direito civil.

Montesquieu procura determinar os diversos tipos de associação política, estabelecendo


tanto a natureza quando o espírito dos mesmos. Define como tipos sociológicos
fundamentais do Estado, a democracia, a monarquia e o despotismo e apresenta as leis
constitutivas de cada um nos vários sectores da vida humana.

O grande mérito de Montesquieu, em política, foi o de ter desenvolvido a conhecida


teoria de separação de poderes, em que advoga a separação dos poderes legislativo,
executivo e judicial, com o fim de estabelecer condições institucionais de liberdade
política através de uma equilibrada divisão de funções entre os órgãos do Estado
(parlamento, governo e tribunais).

Esta divisão impede que algum deles atue despoticamente. O poder legislativo tem a
função de criar as leis. Este papel é desempenhando pelo parlamento. O poder executivo
tem a função de implementar as leis e de as fazer cumprir e esse papel é desempenhando
pelo governo, nas suas múltiplas funções. O poder judicial serve para julgar aqueles que
violam a lei, portanto, são os tribunais que se encarregam dessa tarefa. A condição que

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Montesquieu considera fundamental é a sua separação efetiva, pois não basta que estes
poderes existem para que o seu funcionamento seja pleno.

Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778)

O terceiro grande contratualista, Jean Jacques Rousseau, defendeu o ser humano como
naturalmente bondoso, sendo sua corrupção fruto do convívio social. Coube a esse
filósofo de origem genovesa a proposta de uma vontade geral, conceito ainda hoje
muito estudado.

Rousseau nasceu em Genebra, na Suíça, e viveu a partir de 1742 em Paris, onde


fervilhavam as ideias liberais que culminaram na Revolução Francesa, em 1789.
Conquistou a amizade de Diderot, filósofo do grupo iluminista, do qual fazia parte
Voltaire, entre outros, e que se tornaram conhecidos como enciclopedistas, pelo facto de
elaborarem uma enciclopédia que divulgava os novos ideais, a saber: tolerância
religiosa, confiança na razão livre, oposição à autoridade excessiva, naturalismo,
entusiasmo pelas técnicas e pelo progresso.

Rousseau inicia a sua reflexão política partindo da hipótese de o homem se ter


encontrado num estado de natureza e num outro estado contratual. O primeiro estado é
minuciosamente descrito em Discurso Sobre a Desigualdade Entre os Homens e o
segundo em O Contrato Social. Segundo Rousseau, enquanto os homens «só se
dedicavam a obras que um único homem podia criar e às artes que não solicitavam o
concurso de várias mãos, viveram tão livres, sadios, bons e felizes quanto o podiam ser
por sua natureza, e continuaram gomar entre si das doçuras de um comércio
independente; mas, desde o instante em que um homem sentiu necessidade do socorro
de outro, desde que constatou ser útil a um só contar com provisões para dois,
desapareceu a igualdade, introduziu-se a propriedade, o trabalho tornou-se necessário e
as vastas florestas transformaram-se em campos aprazíveis que se impôs regar com o
suor dos homens e nos quais logo se viu escravidão e a miséria germinarem e crescerem
com as colheitas». Portanto, a propriedade introduz a desigualdade entre os homens, a
diferenciação entre o rico e o pobre, o poderoso e o fraco, o senhor e o escravo,
culminando na predominância da lei do mais forte. O homem que surge é um homem
corrompido pelo poder e esmagado pela violência. Trata-se de um falso contrato. Há
que considerar a possibilidade de um contrato verdadeira, legitimo, em que o povo
esteja reunido sob uma sé vontade.

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O contrato social, para ser legitimo, deve ser fruto do consentimento de todos os
membros da sociedade. Cada associado aliena-se totalmente, isto é, renuncia a todos os
seus direitos a favor da comunidade. Mas como todos abdicam igualmente, na verdade,
cada um nada perde, pois este acto de associação produz, em lugar da pessoa particular
de cada contratante, um corpo moral e colectivo composto por tantos membros quantos
os votos da assembleia, alcançando a sua unidade, o seu eu comum, a sua Vida e a sua
vontade (democracia directa), A democracia rousseauniana critica o regime da
democracia representativa (alguns cidadãos representam D povo nas decisões dos
destinos do pais e na elaboração e aprovação das leis), pois considera que toda a lei não
ratificada pelo povo em pessoa é nula. Eis a razão pela qual propõe uma democracia
participativa ou directa. Só se mantém a soberania do povo através da reunião das
assembleias frequentes de todos os cidadãos. Porém, reconhece que este sistema é
aplicável sobretudo nas pequenas sociedades.

Vamos recordar...

– Para Montesquieu, as formas de organização social são: a democracia,


a monarquia e o despotismo. É o pai da teoria de divisão de poderes, tendo-a
concebido para evitar as ditaduras.

– Rousseau defende que o Homem viveu num estado natural, em que todos eram iguais
e que esta igualdade desapareceu a partir do momento em que uns começaram a ser
necessários aos outros.

– Propõe um contrato social que seja fruto do consentimento de todos os membros da


comunidade (democracia directa).

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Conclusão

Neste presente trabalho concluímos que O grande mérito de Montesquieu, em política,


foi o de ter desenvolvido a conhecida teoria de separação de poderes, em que advoga a
separação dos poderes legislativo, executivo e judicial, com o fim de estabelecer
condições institucionais de liberdade política através de uma equilibrada divisão de
funções entre os órgãos do Estado (parlamento, governo e tribunais).

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Referência Bibliográfica

GEQUE, Eduardo; BIRIATE, Manuel. Filosofia 12ª Classe – Pré-universitário. 1ª


Edição. Longman Moçambique, Maputo, 2010.

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