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Secretaria Municipal da Saúde

Departamento de Planejamento em Saúde


Coordenadoria I de Práticas Integrativas e Complementares em
Saúde

Protocolo de Práticas Integrativas e


Complementares em Saúde:
Terapia Reiki

Ribeirão Preto
2023
SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE RIBEIRÃO PRETO
DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO EM SAÚDE
COORDENADORIA I DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM
SAÚDE

Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde:


Terapia Reiki

Ribeirão Preto
2023
© 2023 Secretaria Municipal da Saúde
Todos os direitos reservados são permitidos a reprodução parcial ou total desta obra, desde
que citada à fonte e que não tenha fins comerciais. Venda proibida. A responsabilidade
pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da equipe responsável pela
autoria/elaboração, da Coordenadoria I de Práticas Integrativas e Complementares em
Saúde, Gabinete do Secretário da Saúde e Departamento de Planejamento em Saúde. O
documento poderá ser acessado na íntegra pelo site da Prefeitura Municipal de Ribeirão
Preto no link: https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/dps/coordenadoria-i-de-praticas-
integrativas

Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde:


Terapia Reiki

Jane Aparecida Cristina


Secretária Municipal da Saúde

Adriana Mafra Brienza


Secretária Adjunta

Dílson Braz da Silva Junior


Diretor do Departamento de Planejamento em Saúde

Drª. Vanessa Colmanetti Borin Danelutti


Diretora do Departamento de Atenção à Saúde das Pessoas

Enfª Karina Domingues de Freitas


Chefe da Divisão de Enfermagem

Coordenadoria I de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde

Coordenação – Drº Júlio José Cunha


Equipe Técnica – Enfª Luana Alves de Figueiredo Bianchi Neves
Organização: Coordenadoria I de Práticas Integrativas e Complementares
Departamento de Planejamento em Saúde

Autoria/Elaboração
Lucimara Marli Ganzella Silva
Auxiliar de farmacêutico
UBS Bonfim Paulista

Luana Alves de Figueiredo Bianchi Neves


Enfermeira - Coordenadoria I de PICS

Jeniffer Caroline Domingos Sassarolli


Enfermeira - Coordenadora de Estratégia Saúde da família
Departamento de Medicina Social (DMS) da FMRP-USP

Juceli Andrade Paiva Morero


Enfermeira - CAPS II Central

Élidi Cristina Tinti


Assistente Social - Caps II Central

Grupo de trabalho
Enfª Adriana Lima
Supervisora UBS José Sampaio e USF Jamil Cury

Amanda Polin Pereira


Terapeuta Ocupacional-Ambulatório de Saúde Mental UBDS Castelo Branco

Ana Paula Borges da Silveira


Cirurgiã Dentista - Supervisora II - UBS Jd Juliana

Dro Júlio José Cunha


Coordenador I de PICS-SMS-RP

Enf. Mariana Bodoni Massocato Machado


Coordenadora II ESF
APRECIAÇÃO/REVISÃO

Dílson Braz Da Silva Junior - Diretor do Departamento de Planejamento em Saúde


da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP.

Vanessa Colmanetti Borin Danelutti - Diretora do Departamento de Atenção à Saúde


das Pessoas da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP.

Karina Domingues De Freitas - Chefe da Divisão De Enfermagem da Secretaria


Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP.

Thatiane Delatorre – Enfermeira da Equipe Técnica do Departamento de Atenção à


Saúde das Pessoas da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP.

Lilian D. Pimenta Nogueira - Coordenadoria de Aleitamento Materno da Secretaria


Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP.

Janaína Boldrini França - Coordenadoria de Assistência Integral à Saúde Da Mulher


– Caism da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP.

Márcia Soares Freitas Da Motta – Médica Pediatra da Coordenadoria I da


Assistência Integral à Saúde da Criança e Adolescente da Secretaria Municipal da
Saúde de Ribeirão Preto – SP.

Marcus Vinícius Santos - Coordenadoria de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas


da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP.

Rute Aparecida Casas Garcia - Coordenadoria de Educação Permanente em Saúde


da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP.

Daniela de Bortoli Sanches Rossi - Equipe Técnica Coordenadoria de Educação


Permanente em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP.

Rute Tosta Machado Rezende - Enfermeira - Equipe Técnica da Coordenadoria de


Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas não Transmissíveis da Secretaria
Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP.

Daniela Maria Cardozo - Coordenadoria da Saúde da Pessoa Idosa da Secretaria


Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP.
AGRADECIMENTOS

À Técnica de Enfermagem CAMILA VICTORINO DA SILVA, da UBS Bonfim


Paulista, a quem muito agradecemos pelo seu amor, dedicação e empenho para que
a Terapia Reiki pudesse ser experenciada por seus colegas de trabalho, trazendo
mais harmonia e leveza ao ambiente profissional. Junto com sua colega Mara
Ganzella, da mesma unidade de saúde da Atenção Básica, foram o motor propulsor
para que este protocolo tomasse corpo e que o Reiki pudesse ser pensado e
materializado como instrumento de cuidado em saúde. O sonho de vocês é também
nosso sonho.
___________________________________________________________
Municipal de Ribeirão Preto, Prefeitura.

PROTOCOLO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE:


TERAPIA REIKI: Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde:
Terapia Reiki / Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. – 2023. 62 f. : il. color.

Protocolos da Coordenadoria I de Práticas Integrativas e Complementares.


Departamento de Planejamento em Saúde. Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão
Preto.
1. Práticas Integrativas e Complementares. 2. Reiki. 3. Terapia Reiki. 4. Imposição
de mãos. I. Título.
_______________________________________________________________
PORTARIAS

Portaria GM/MS nº 971/2006 - Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e


Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde.
http://www.crbm1.gov.br/Portaria%20MS%20971%202006.pdf

Portaria GM/MS nº2.446/2014, de 11 de novembro de 2014 que redefiniu a Política


Nacional de Promoção da Saúde (PNPS).
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt2446_11_11_2014.html

Portarias GM/MS nº 849/2017 – Inclui a Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança


Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia,
Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga à Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt0849_28_03_2017.html

Portaria GM/MS nº 702/2018 - Altera a Portaria de Consolidação nº 2/GM/MS, de 28


de setembro de 2017, para incluir novas práticas na Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares - PNPIC.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2018/prt0702_22_03_2018.html

Resolução Cofen 581/2018 - Atualiza, no âmbito do Sistema Cofen/Coren, os


procedimentos para Registro de Títulos de Pós – Graduação Lato e Stricto Sensu
concedido a Enfermeiros e aprova a lista das especialidades.
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-581-2018_64383.html
SIGLAS

AIRA - American Internacional Reiki Association;


APS – Atenção Primária à Saúde;
CAISCA – Coordenadoria de Assistência Integral à Saúde da Criança e do
Adolescente;
ESF - Estratégia Saúde da Família;
MTC – Medicina Tradicional Chinesa;
OMS – Organização Mundial de Saúde;
PE – Processo de Enfermagem;
PICS – Práticas Integrativas e Complementares em Saúde;
PNPICS – Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde;
RAS – Rede de Apoio Assistencial;
SIDA/AIDS - Síndrome da imunodeficiência adquirida;
SISAB - Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica;
SIA/SUS - Sistemas de Informações Ambulatoriais do SUS;
SCNES - Sistema do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde;
SMS – Secretaria Municipal de Saúde;
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Quantidade de municípios brasileiros com oferta de PICS para


2017, 2018 e 2019 parcial.......................................................... 15

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Vórtice de Energia Vital (Chakra) visto de frente e lateral............... 18

Figura 2 Os sete Chakras principais vistos de ventre e de lado, com a


abertura dos vórtices de Energia Vital............................................. 19

Figura 3 Fluxo de energia das Nadis Ida, Pingala e Sushumna vistas de


frente................................................................................................ 20

Figura 4 Imagem do Primeiro Chakra ou Muladhara..................................... 20

Figura 5 Imagem do Segundo Chakra ou Svadhishthana............................. 21

Figura 6 Imagem do Terceiro Chakra ou Manipura....................................... 22

Figura 7 Imagem do Quarto Chakra ou Anahata........................................... 23

Figura 8 Imagem do Quinto Chakra ou Vishuddha....................................... 24

Figura 9 Imagem do Sexto Chakra ou Ajna.................................................. 25

Figura 10 Imagem do Sétimo Chakra ou Sahasrara....................................... 25


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................... 13

2. ENERGIA E CORPO SUTIL..................................................................... 17

2.1. CHAKRAS................................................................................................ 18

2.1.1. Primeiro Chakra ou Chakra Básico........................................................... 20

2.1.2. Segundo Chakra ou Chakra Sacral.......................................................... 21

2.1.3. Terceiro Chakra ou Chakra Plexo Solar.................................................... 22

2.1.4. Quarto Chakra ou Chakra Cardíaco......................................................... 23

2.1.5. Quinto Chakra ou Chakra Laríngeo.......................................................... 24

2.1.6. Sexto Chakra ou Chakra Frontal.............................................................. 24

2.1.7. Sétimo Chakra ou Chakra Coronário........................................................ 25

3. HISTÓRIA E FUNDAMENTOS DO REIKI................................................ 26

3.1. PRINCÍPIOS DO REIKI............................................................................ 28

3.2. VANTAGENS E BENEFÍCIOS DO REIKI................................................. 31

4. DIFERENÇA ENTRE REIKI E IMPOSIÇÃO DE MÃOS............................ 34

5. PANORAMA GERAL DA LITERATURA................................................... 35

6. OBJETIVOS DO PROTOCOLO............................................................... 42

7. DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS............................................................... 43

8. A OFERTA DA TÉCNICA DO REIKI NOS SERVIÇOS DE SAÚDE DE


RIBEIRÃO PRETO................................................................................... 43

9. REGISTRO DOS ATENDIMENTOS........................................................ 48

10. VOLUNTARIADO EM REIKI.................................................................... 49

REFERÊNCIAS....................................................................................... 50

APÊNDICE A – Níveis do Reiki................................................................ 59

APÊNDICE B – Orientações para aplicação do Reiki............................... 60

APÊNDICE C – Salutogênese................................................................... 61
APRESENTAÇÃO

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estimula a inclusão das Práticas


Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) nos sistemas públicos de saúde
de todo o mundo desde a conferência de Alma Ata, em 1978 (ALMA ATA, 2021), e
mais recentemente, temos como importantes marcos políticos e técnicos, a
publicação de diversos documentos, dentre os quais merecem destaque o
"Traditional Medicine Strategy" 2005-2014" (WHO, 2002) e "Traditional Medicine
Strategy 2014-2023" (WHO, 2013).
No Brasil, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPICS), constituída a partir da publicação da Portaria GM/MS nº 971/2006,
atendeu às diretrizes da OMS, tornando possível mapear, apoiar, incorporar e
implementar experiências desenvolvidas na rede pública de saúde dos municípios e
estados brasileiros (BRASIL, 2006). Posteriormente, a PNPICS foi ampliada por
meio das portarias GM/MS nº 849/2017 e GM/MS nº 702/2018, tornando-se a
política de PICS mais abrangente, especialmente na Atenção Primária à Saúde
(APS), que se constitui em um dos principais ambientes para a sua aplicação
(BRASIL, 2015). Tais diretrizes preconizam também a qualificação dos profissionais
em PICS no SUS e o apoio técnico e financeiro necessário para tal, levando em
consideração os princípios e diretrizes da educação permanente em saúde (BRASIL,
2015).
Em Ribeirão Preto, a partir de 1992, foi implantado o Programa de Fitoterapia
e Homeopatia da Secretaria Municipal da Saúde, pioneiro no interior do Estado de
São Paulo, sob a coordenação da Enfermeira Áurea Moretti Pires.
Hoje, já instituída a Coordenadoria I de Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde, o
município de Ribeirão Preto conta com a Homeopatia, Medicina Antroposófica,
Medicina Tradicional Chinesa (MTC) – Acupuntura, Plantas Medicinais/Fitoterapia;
Terapia Comunitária; Cromopuntura Técnica SU JOK, Auriculoterapia e Reiki
(RIBEIRÃO PRETO, 2022), e a Coordenadoria I de PICS tem como missão valorizar
estas ferramentas para a promoção global do cuidado humano, tendo como ênfase a
melhoria das condições de bem-estar físico, mental e social, bem como da qualidade
de vida e saúde dos usuários do SUS.
Sendo assim, temos o objetivo de além de incorporar e implementar as PICS
no SUS, expandir e contribuir com a formação de profissionais em tais técnicas com
enfoque principalmente na Atenção Primária, na perspectiva da prevenção de
agravos e da Promoção e Recuperação da Saúde, voltada para o cuidado
continuado, humanizado e integral em saúde, bem como contribuir com o aumento
da resolutividade dos serviços de saúde, que ocorrem a partir da integração – ao
modelo convencional de cuidado – de racionalidades com olhar e atuação
ampliados, agindo de forma integrada e integral no cuidado.
Desta forma, em consonância às propostas de trabalho desta Coordenadoria,
apresentamos o Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em
Saúde: Terapia Reiki considerando a necessidade de divulgar e expandir o acesso
da população Ribeirão Pretana a esta técnica de Cuidado e Promoção da Saúde, no
âmbito do SUS e da Atenção Primária do município de Ribeirão Preto-SP.

Drº Júlio José Cunha


Enfª Luana Alves de Figueiredo Bianchi Neves
Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 13

1. INTRODUÇÃO
Desde a década de 1990, o uso das Práticas Integrativas e Complementares
em Saúde (PICS) tem aumentado em proporções mundiais (FRASS, 2012). O seu
crescimento e visibilidade ocorreram, principalmente, com estímulo da Organização
Mundial de Saúde (OMS), em 2002, por meio da elaboração de um documento
normativo para seus países membros recomendando a inserção e elaboração de
Políticas Nacionais voltadas à oferta das MT&C (Medicinas Tradicionais e
Complementares) nos sistemas nacionais de saúde (OMS, 2002). Este documento
visa o desenvolvimento e a regulamentação de tais práticas nos serviços de saúde,
bem como a ampliação do acesso, do uso racional e da avaliação da eficácia e da
segurança a partir de estudos científicos (ZHANG, 2002).
No Brasil, em 2006, o Ministério da Saúde (MS), por meio da Portaria nº
971/2006, publicou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPICS) no Sistema Único de Saúde (SUS), com o intuito de ampliar a
integralidade nos serviços de saúde (AMADO et al., 2017). A referida Portaria
Ministerial abrangia 5 práticas (acupuntura, homeopatia, fitoterapia, medicina
antroposófica e termalismo).
Em um cenário com intensas modificações, somente em 2017 houve a
alteração do código e inclusão de alguns procedimentos na tabela SUS, sendo que,
com a Portaria nº 849/2017 houve a inclusão de mais 14 práticas (arteterapia,
ayurveda, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia,
osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, santhala, terapia comunitária integrativa
e yoga).
No ano seguinte, a Portaria nº 702/2018 incluiu mais 10 práticas (apiterapia,
aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia,
hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais), totalizando,
atualmente, 29 práticas instituídas pela PNPICS.
A partir de então, a oferta e o estímulo ao uso das PICS foi legitimada no
SUS, ampliando a utilização dessas práticas em todos os níveis de atenção,
especialmente na APS, com desenvolvimento por equipe multiprofissional. Tais
diretrizes preconizam também a qualificação dos profissionais em PICS e o apoio
técnico e financeiro necessário para tal, levando em consideração os princípios e
diretrizes da educação permanente em saúde (BRASIL, 2015; RUELA, 2019).

13
Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 14

Destaca-se que Práticas Integrativas e Complementares em Saúde é o termo


criado no Brasil para a MT&C, ou ainda para as chamadas Medicinas Tradicionais
(MT), Medicina Alternativa e Complementar (MAC) e Medicina Integrativa (MI)
(CONTATORE, 2015).
Ao considerar a visão ampliada do processo saúde-doença e a promoção
global do cuidado humano, as PICS constituem ferramentas para “ações destinadas
a garantir às pessoas e a coletividade condições de bem-estar físico, mental e
social, como fatores determinantes e condicionantes da saúde” (BRASIL,1990,
2006). Elas não substituem a medicina convencional, mas complementam qualquer
tratamento para recuperação da saúde e bem-estar. Essas práticas são procuradas
por diversos segmentos da sociedade e são adotadas por diferentes profissionais
(COFEN, 2018).
No Brasil, o processo de regulamentação e institucionalização das PICS
sofreu intensificação a partir da década de 1980, tendo culminado com a Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPICS), aprovada
pelo Ministério da Saúde em 2006 (Portaria 971/2006). O reconhecimento no país
dessas terapêuticas parece encontrar um importante respaldo no “princípio da
integralidade” disposto no inciso II do art. 19 da Constituição Federal, que dispõe
sobre a integralidade da atenção como diretriz do SUS. Além disso, temos a Portaria
nº. 2.446/GM/MS, de 11 de novembro de 2014 que redefiniu a Política Nacional de
Promoção da Saúde (PNPS), tendo como um dos objetivos específicos valorizar os
saberes populares e tradicionais e as práticas integrativas e complementares.
Para Levin e Jonas (2001), uma das principais características associadas a
muitas PICS é o estímulo ao potencial de autocura dos sujeitos. As PICS, segundo
Oliveira (2013), estão sendo cada vez mais procuradas por pessoas de diversas
áreas, como, por exemplo, na oncologia, na psiquiatria, em tratamentos de distúrbios
como ansiedade e no tratamento da dor do membro fantasma, por pessoas com
imunossupressão, em tratamento da síndrome de imunodeficiência adquirida
(SIDA/AIDS), no tratamento da asma, no tratamento da osteo-artrite, no apoio a
mulheres grávidas, etc.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de estabelecimentos
de saúde que ofertavam PICS no SUS cresceu entre 700% e 1000%, nos anos 2008
e 2014, sendo que mais de 5.000 estabelecimentos de saúde ofertaram PICS neste
último ano (BRASIL, 2017).

14
Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 15

O Relatório de Monitoramento Nacional das Práticas Integrativas e


Complementares em Saúde nos Sistemas de Informação em Saúde (BRASIL,
2020), apresentou uma série histórica e uma comparação sumária da oferta de PICS
no Brasil, a partir das informações obtidas nos sistemas de informação em saúde
(SISAB, SIA e SCNES) relativas aos anos de 2017, 2018 e parciais 2019,
apresentados no Gráfico 1 (BRASIL, 2020). Dados do ano de 2018, sugerem que as
PICS estiveram presentes em 16.007 serviços de saúde do SUS, sendo 14.508
(90%) da Atenção Primária à Saúde (APS), distribuídos em 4.159 municípios (74%)
– APS e média e alta complexidade – e em todas das capitais (100%).
O mesmo relatório aponta que foram ofertados 989.704 atendimentos
individuais, 81.518 atividades coletivas com 665.853 participantes e 357.155
procedimentos em PICS.
Já parciais para o ano de 2019, as PICS estiveram presentes em 17.335
serviços de saúde do SUS, sendo 15.603 (90%) da Atenção Primária à Saúde
(APS), distribuídos em 4.296 municípios (77%) – APS e média e alta complexidade –
e em todas das capitais (100%). Neste mesmo ano foram ofertados 693.650
atendimentos individuais, 104.531 atividades coletivas com 942.970 participantes e
628.239 procedimentos em PICS (BRASIL, 2020).

Gráfico 1 – Quantidade de municípios brasileiros com oferta de PICS para


2017, 2018 e 2019 parcial.

Fonte: SCNES, SISAB/DATASUS.

15
Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 16

Ao analisar a oferta na APS, o número de procedimentos ofertados cresceu


de 148.152 registros em 2017 para 628.239 em 2019, um aumento de 324%. O
registro do procedimento - “Sessão de Reiki” apresentou um aumento de 848
procedimentos em 2017 para 6.306 em 2019 (BRASIL, 2020).
Mesmo levando-se em consideração a possibilidade de haver um alto grau de
sub-registro de informações relativas à prática das PICS no SUS, constatamos ainda
a crescente presença das mesmas nos contextos das práticas de saúde nos
serviços públicos de todo o Brasil.
Dessa forma, podemos afirmar que as PICS estão em expansão no SUS,
tanto no número de estabelecimentos de saúde e atendimentos ofertados, quanto na
compreensão de sua importância para o processo saúde-doença-cuidado e
promoção da saúde da população brasileira.
Neste cenário, os profissionais que compõem a equipe de saúde precisam
visualizar as PICS como um modelo de cuidado a ser praticado e ensinado no
ambiente de assistência (MENDES et al., 2019) fortalecendo a RAS (Rede de
Atenção à Saúde), haja vista que proporcionam a melhoria da qualidade de vida das
pessoas através de práticas que estimulam o bem-estar físico, mental e social
(MENDES et al., 2019).
No entanto, ainda não possuímos um diagnóstico preciso sobre as mesmas
no cenário nacional, haja vista o descompasso existente entre o que está registrado
nos sistemas de informações do Ministério da Saúde e o que ocorre nos municípios.
As divergências passam por questões como o número de profissionais e
estabelecimentos de saúde cadastrados para exercê-las, o que é realizado,
ausência de normas que as regulem e os diferentes entendimentos do que pode ser
considerado como PICS (SOUZA et al., 2012).
No Brasil, pode-se elencar ainda alguns desafios no processo de
implementação das PICS. Ainda que do aumento na oferta dessas práticas no SUS,
há que se destacar o enfoque alopático da medicina tradicional, além da
necessidade urgente da inserção das PICS no ensino de graduação e pós-
graduação, bem como sua inclusão de previsão orçamentária e a compra de
insumos necessários para a aplicação de algumas técnicas, além do auxílio para a
formação de novos profissionais (AMARELO, 2011).

16
Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 17

2. ENERGIA E CORPO SUTIL


O conceito de energia é utilizado em vários contextos diferentes, mas o uso
científico dessa palavra tem um significado bem definido: potencial inato para
executar trabalho ou realizar ação (ELETRONUCLEAR, 2022).
Dessa forma, qualquer que seja o movimento movendo outro objeto ou
aquecendo-o, está gastando energia. Aquilo que não é possível visualizar, apenas
sentir. Energia é um dos conceitos essenciais da física. (ELETRONUCLEAR, 2022).
Tudo que existe no planeta é formado por energia. Um objeto dividido ao
máximo em suas menores moléculas, o que resta é energia, e Reiki é energia.
Reiki é a junção de Rei que é a energia do Universo e Ki que é a energia vital
individual do ser. Trata-se de uma técnica de imposição de mãos que surgiu em
1922, desenvolvida por Mikao Usui (DE’CARLI, 2019).
O Prana está contido em todo Universo. Em sânscrito significa “energia
absoluta”, sendo o princípio de energia ou força, ou seja, é o princípio ativo da vida e
está imerso por toda parte. Ele é absorvido pelo organismo junto ao oxigênio, mas
não é o oxigênio. Dessa forma, através da qualidade de nossa respiração podemos
extrair ou armazenar em nosso organismo, mais ou menos Prana. A palavra Prana
denota energia vital, que segundo a tradição do yoga tem sua expressão máxima no
ser humano pelo ato da respiração (ELIAS, 2009)
A energia vital que é transmitida pelo método Reiki abrange todo sistema
endócrino e órgãos do corpo, equilibrando energeticamente o ser humano em vários
níveis de forma simultânea, ou seja, a energização acontece a nível físico, pelo calor
das mãos; a nível mental pelos símbolos do Reiki; a nível emocional pelo amor que
flui com eles e a nível energético pela presença do terapeuta iniciado com a energia
Reiki e, claro, pela própria energia Reiki (FREITAS, 2014).
Observando assim, o corpo humano de forma holística, compreendemos que
ele troca a energia com o Universo através de centros energéticos chamados
chakras, e que o corpo é envolvido por um campo energético chamado aura, o que
possibilita trabalhar o equilíbrio natural, espiritual, físico e emocional, alinhando
esses centros de força que chamamos de chakras. Temos inúmeros chakras pelo
corpo, mas sete são os principais. São eles: chakra básico, chakra sacral, chakra
plexo solar, chakra cardíaco, chakra laríngeo, chakra frontal, chakra coronário.

17
Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 18

2.1. CHAKRAS
Chakras são centros de energia que regem a estabilidade física, emocional e
espiritual. Possui origem no sânscrito e os registros mais antigos vem dos Vedas e
datam de mais de cinco mil anos antes de Cristo.
A palavra Chakra significa roda, pois seu formato é como vórtices que se
assemelham a um disco de luz circular que gira incessantemente sem parar,
funcionando como antenas que captam e liberam a energia.

Figura 1: Vórtice de Energia Vital (Chakra) visto de frente e lateral.

Fonte: Saúde Integral: Os Chakras e a Bioenergia.

Tem como função principal absorver a energia universal, metabolizá-la,


alimentar nossa aura, e finalmente, emitir energia ao exterior, funcionando como
uma espécie de aparelho de captação e expulsão, cujos vórtices giratórios ficam em
constante movimento e tem, em um ser humano normal, um diâmetro de 5 a 10 cm.
Nossos corpos materiais não poderiam existir sem eles, pois servem como
entrada para o fluxo de energia e vida, recolhendo o Prana (energia vital),
transformando e transmitindo.
São sete os chakras principais, os quais encontram-se dispostos da base da
coluna vertebral até o topo da cabeça e cada qual possui uma função específica,
bem como uma cor, mantra e elementos específicos (SORGE, 2012; DE’ CARLI,
2019).
Existem ainda vários chakras secundários que estão espalhados pelo corpo,
como por exemplo, na palma das mãos, na planta dos pés, no úmero e joelhos, no
entanto, possuem uma potência menor do que os principais, mas são também
importantes e cobrem funções específicas (DE’ CARLI, 2019).

18
Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 19

Figura 2: Os sete Chakras principais vistos de ventre e de lado, com a


abertura dos vórtices de Energia Vital.

Fonte: Saúde Integral: Os Chakras e a Bioenergia.

Cada chakra está associado com uma determinada parte do corpo e um


determinado órgão, os quais recebem a energia de que necessitam para funcionar.
Os chakras nunca param de girar podendo se movimentar no sentido horário ou anti-
horário, dependendo da qualidade energética de cada indivíduo, bem como sua
função (DE CARLI, 2019).
A diminuição da rotatividade dos chakras ou parte deles incorrem sobre a
perda ou redução da distribuição do prana para o corpo, ocorrendo perda de
vitalidade e, consequentemente, as alterações físicas sobrevém ao corpo físico
(SORGE, 2012). Além disso, como todos os órgãos do corpo humano tem seu
equivalente no nível mental e energético, assim também cada chakra corresponde a
um aspecto específico do comportamento humano (GREGUER, 2016).
Os sete chakras principais estão formados na junção de três eixos de energia
ligados entre si que ascendem na coluna. Existe um canal de energia central, que é
o Sushumna (canal, ducto ou tubo etérico), e que se encontra disposto sobre a base
da coluna vertebral indo até o topo da cabeça, e mais dois canais chamados de “Ida”
e “Pingala”, que partem da base de Sushumna também até o topo da cabeça. Esses
dois últimos Nadis transportam a energia da base da coluna até o topo da cabeça
pelo movimento de um lemniscata na vertical, com pontos de intersecção ao longo

19
Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 20

dos sete chakras. Ida parte da coluna dorsal à esquerda e Píngala à direita, ambos
sobem até o topo da cabeça criando pontos de conexão sobre os principais chakras
(SORGE, 2012).

Figura 3: Fluxo de energia das Nadis Ida, Pingala e Sushumna vistas de


frente.

Fonte: Saúde Integral: Os Chakras e a Bioenergia.

O Nadi Ida, canal esquerdo, tem a sua natureza feminina ligada à


maternidade, gestação e geração da vida emocional e visual. Já o Nadi Píngala,
canal direito, possui a natureza ligada ao masculino, à racionalidade, ação,
movimento, construção e destruição (SORGE, 2012).
A Kundalini, que é a energia criadora, fica adormecida no triângulo energético
do primeiro chakra, na "Lótus da Kundalini", e quando ativada, flui para todo o
Universo e movimenta-se dentro do corpo energético pela Nadi Sushumna, ativando
funções específicas no corpo físico.
Segue abaixo uma descrição sucinta dos sete chakras principais, onde cada
um tem seu nome sânscrito e uma cor correspondente.

 Primeiro Chakra ou Chakra Básico

Nome em Sânscrito: Muladhara


Cor: Vermelho
Elemento: Terra

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Mantra: Lam
Número de pétalas: 4

O Chakra básico situa-se na base da coluna vertebral, entre o ânus e os


órgãos sexuais, na cintura pélvica. Este Chakra é aberto para baixo e representa a
ligação do homem com a terra ou ao mundo material e físico, e está vinculado a
nossa existência terrena, nossa sobrevivência. É o chakra da raiz, responsável pela
manutenção da vitalidade, disposição e conexão com o mundo material. Quanto
mais aberto e vitalizado estiver este Chakra mais elevada será nossa energia física
(disposição). Assim, estaremos bem enraizados, e viveremos com determinação e
constância nossa vida. Por isso, estão concentradas nele as qualidades que têm a
ver com a terra e a sobrevivência, como por exemplo: o alimento, o ar, a água, os
recursos econômicos, o trabalho ou emprego, ganhar e gastar dinheiro, lutar pela
realização de seus ideais e desejos, ter rumo e orientação e não depender de outras
pessoas, ou seja, tudo o que é necessário para nossa existência. Quando
desalinhado, pode causar alienação, falta de ânimo ou excesso de apego ao mundo
material (HARTMAN, 2021).
No corpo físico se manifesta com a glândula supra-renal, governa os rins, a
coluna vertebral, sistema de esqueleto, linfa, sistema de eliminação e reprodução.
Existem alimentos que auxiliam no equilíbrio e manutenção do Muladhara, como por
exemplo: agrião, berinjela, beterraba, tomate, morango, vegetais de raiz, pimenta,
feijão, produtos de soja. O medo, a ansiedade e insegurança materiais são
sentimentos que potencialmente desalinham esse chakra (SORGE, 2012).

 Segundo Chakra ou Chakra Sacral

Nome em Sânscrito: Svadhishthana


Cor: Laranja
Elemento: Água
Mantra: Vam
Número de pétalas: 6

Localizado na região abdominal pélvica, sua morada energética está abaixo


do umbigo. Este chakra alimenta o sistema circulatório e motivacional. Abriga o útero

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e a energia feminina, o que faz dele o catalisador do movimento da criação. É tarefa


do segundo chakra escolher e perceber a diferença entre emoções maduras e
imaturas. (HARTMAN, 2021).
Ele é ativado por alimentos de cor laranja. Sentimentos como baixa estima e
falta de confiança, são indícios de desequilíbrio neste chakra, sendo, portanto,
recomendado a ingestão de alimentos como abóbora, tangerina, inhame, cenoura e
manga que auxiliam nesse processo d9j. (SORGE, 2012)
Bloqueios nesse chakra resultam em sintomas como confusão, ciúme,
impotência, problemas da bexiga e problemas sexuais, ao passo que o mesmo
estando sob equilíbrio possibilita assimilação de novas ideias - criatividade, dar e
receber, desejo, emoções, prazer, saúde e tolerância. Neste chakra inicia-se a
expansão da personalidade (SORGE, 2012).

 Terceiro Chakra ou Chakra Plexo Solar

Nome em Sânscrito: Manipura


Cor: Amarelo
Elemento: Fogo
Mantra: Ram
Número de pétalas: 10

Localizado na região do diafragma e do estômago, o centro físico do plexo


solar corresponde ao pâncreas cuja função é a transformação e digestão dos
alimentos. Esse chakra está relacionado com as emoções. É o chakra que
impulsiona a vontade de fazer, aprender, realizar (DE CARLI, 2019).
Representa a personalidade, e estão ali concentradas as qualidades da
mente racional e pessoal, da vitalidade, da vontade de saber e aprender, da ação do
poder, do desejo de viver, de comunicar e participar, é o ponto de ligação com
outras pessoas. Trata-se de um Chakra poderoso que promove a auto aceitação. É
através de sua plena harmonia que encontramos e vivemos com plenitude nossos
atributos físicos e mentais, nos movemos na sociedade com desenvoltura e
harmonia.
O desequilíbrio deste chakra é responsável por chegar em casa no final do
dia “esgotado” ou “drenado” de energias, pois é através dele que acontecem as

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 23

trocas energéticas. O equilíbrio deste Chakra vem de atitudes de ponderação e


equilíbrio (SORGE, 2012).
Os alimentos que estimulam o plexo solar são: gema de ovo, cenoura, batata-
doce, abóbora, banana, abacaxi, melão, pêssego, limão, grãos, pão, arroz, semente
de linhaça, sementes de girassol, leite, queijo, iogurte, hortelã, cidreira, camomila,
cominho. (SORGE, 2012).

 Quarto Chakra ou Chakra Cardíaco

Nome em Sânscrito: Anahata


Cor: Verde ou Rosa
Elemento: Ar
Mantra: Yam
Número de pétalas: 12

O Chakra cardíaco localiza-se na porção superior do peito, na região do


coração, ligeiramente à esquerda, está aberto para a frente, tendo também um
vórtice posterior. Ligado à glândula timo, que é responsável pelo crescimento nas
crianças, dirige o sistema linfático, estimula e fortalece o sistema imunológico
(DE’CARLI, 2019).
Representa o amor incondicional, que nos permite amar inteiramente e sem
condições. Quando está ativo relacionamo-nos com tudo e com todos, aceitando
tanto os aspectos positivos quanto negativos, sendo capaz de dar amor sem esperar
nada em troca. É o Chakra que está no meio, uma ponte de transferência de energia
dos Chakras inferiores e superiores. É o Chakra pelo qual passa toda a energia que
desejamos presentear aos outros.
Quando o cardíaco está bem estimulado aprende-se a desenvolver o amor
incondicional, como escrito acima, em contrapartida, quando não estimulado e não
desenvolvido fortalece o egoísmo, avareza, e falta de amor ao próximo (DE’CARLI,
2019).
Por se tratar de um chakra intermediário, no sentido de localização, é
responsável pela interligação dos chakras superiores e inferiores. Quando
enfraquecido, indica a necessidade de se libertar do ego e se dedicar ao próximo.

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 24

Através desse chakra é possível o tratamento de doenças cardíacas, sistema


respiratório, circulatório e sanguíneo (SORGE, 2012).
Alimentos que auxiliam no equilíbrio e tratamento do cardíaco são: frutas e
verduras verdes (abacate, kiwi, maçã, uva, agrião, alface, brócolis), verduras,
espinafre, repolho, abóbora, chá verde ou chá de ervas, manjericão, sálvia, tomilho,
coentro. (SORGE, 2012).

 Quinto Chakra ou Chakra Laríngeo

Nome em Sânscrito: Vishuddha


Cor: Azul
Elemento: Éter
Mantra: Ham
Número de pétalas: 16

Localiza-se no meio da garganta, com proximidade ao “pomo de adão”, está


aberto para a frente, tendo também um vórtice traseiro (DE CARLI, 2019).
Responsável pela comunicação, criatividade, capacidade de receber e assimilar,
governa a postura corporal e a auto expressão. Quando harmonizado traz a
consciência da responsabilidade do desenvolvimento material e espiritual necessário
para a vida (DE’CARLI, 2019).
Está conectado a sensibilidade e as percepções sutis. Este chakra traz a
compreensão, o entendimento e o poder do verbo e da voz. Com o laríngeo em
equilíbrio manifesta na pessoa inteligência, capacidade mental, caráter e
discernimento. Quando em desarmonia manifestam no corpo físico fraquezas
mentais e psíquicas bem como alterações na tireoide (SORGE, 2012)
Os alimentos que estimulam o chakra: Ameixa preta, uva-passa, amora,
peixes, aspargos, batatas, água, suco de fruta, chá de ervas, limão, lima, grapefruit,
kiwi, maçã, pera, ameixa, erva-cidreira (SORGE, 2012).

 Sexto Chakra ou Chakra Frontal

Nome em Sânscrito: Ajna


Cor: Azul Índigo

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 25

Mantra: Om
Número de pétalas: 96

O Chakra frontal, ou terceiro olho, localiza-se no meio da testa, entre as


sobrancelhas, logo acima do nível dos olhos. Está aberto pela frente, tendo também
um vórtice traseiro. O sexto Chakra representa a intuição, a vidência e a audiência
no campo da paranormalidade. O mantra é OM e a glândula correspondente é a
pituitária ou hipófise (DE’CARLI, 2019).
A hipófise é a principal glândula do sistema endócrino, situa-se na base do
crânio, abaixo do cérebro. Possui influência direta ou indiretamente na produção e
liberação de outros hormônios e está sob controle do sistema nervoso central
(GHISELLI, 2007).
A parte superior da cabeça é regida pelo chakra frontal. Percepção,
conhecimento e liderança são prerrogativas dele, que nos permite entrar no mundo
do aparentemente invisível mediante a percepção extra-sensorial. Através dele,
emitimos também nossa energia mental (DE’ CARLI, 2019).
Os alimentos que estimulam o chakra: Berinjela, beterraba, ameixa-preta,
blueberry azul, uva vermelha, amora, framboesa, vinhos tintos. (SORGE, 2012)

 Sétimo Chakra ou Chakra Coronário

Nome em Sânscrito: Sahasrara


Cor: Violeta, branco, dourado
Mantra: O silêncio
Número de pétalas: 972 - “Lótus de mil pétalas”

O Chakra coronário está localizado no alto da cabeça, no topo. Está aberto


para cima com um único vórtice e representa a compreensão e a ligação com
energias superiores. Possui intensas radiações luminosas e translúcidas (DE’CARLI,
2019).
Ele é a “flor de lótus de mil pétalas” descrita nas escrituras hindus e é por
onde canalizamos a luz e a sabedoria divina. Está associado à conexão da pessoa
com a integração de todo o ser físico, emocional, mental e espiritual. Rege a parte

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 26

superior do cérebro e a glândula pineal, trazendo luz, vitalidade e saúde ao sistema


nervoso (SORGE, 2012).
A glândula pineal trata-se de uma estrutura pequena que está situada entre
os hemisférios cerebrais, à frente do cerebelo, na posição póstero-dorsal do
diencéfalo. Origina-se da porção dorsal do terceiro ventrículo. Com relação ao
tamanho e peso da pineal existe variação de acordo com a idade do indivíduo e a
atividade da glândula, sendo aproximadamente, semelhante ao tamanho de uma
ervilha em adultos (KASECKER, 2017).
Alimentos ricos em vitamina B e flavonoides, como aipim, alho, banana,
cebola, graviola, Pêra, entre outros auxiliam no equilíbrio deste chakra.

3. HISTÓRIA E FUNDAMENTOS DO REIKI


A arte de tocar o corpo humano com as mãos, para confortar e diminuir dores
é um velho instinto. Quando sentimos dores, nossa primeira reação é a de colocar
imediatamente as mãos sobre a área que está doendo. O toque humano gera calor,
serenidade e conforto (DE’CARLI, 2021).
No Tibete existem registros de técnicas de harmonização por meio das mãos
há mais de oito mil anos. Essas técnicas se expandiram pela Grécia, Egito, Índia e
outros países (DE’CARLI, 2021).
A energia transmitida recebeu nomes diferentes em cada cultura. Os
polinésios a chamam de mana; os índios iroqueses americanos de orenda; na Índia
é prana; ruach em hebraico; barraka nos países islâmicos; chi na China; no Japão, a
energia é chamada de ki e; na Rússia de energia bioplasmática (DE’CARLI, 2021).
O Reiki foi desenvolvido em 1922 no Japão, por Mikao Usui, um monge
budista japonês, que instigado por seus alunos, estudou as escrituras sagradas para
encontrar a cura para doenças físicas e emocionais através da imposição de mãos.
Reza a lenda que Usui permaneceu em um período de jejum e meditação por vinte e
um dias no monte Kurama, para ampliação da consciência, recebendo ao final desse
processo a compreensão dos significados dos símbolos, sua utilização, bem como
de ativar o poder em outras pessoas, denominado de “iniciação” (DE’CARLI, 2021).
A partir de então, Usui se dedicou à peregrinação e cura em bairros pobres,
junto dos alienados da sociedade, locais onde as pessoas não tinham condições
financeiras para tratar seus problemas de saúde com médicos herboristas e
acupuntores (DE’CARLI, 2021).

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 27

Após peregrinar por todo o território japonês, foi condecorado pelo imperador
do Japão por sua dedicação aos ensinamentos praticados com ideais amorosos.
Antes de falecer, em 1926, Usui deu o Mestrado do conhecimento da técnica Reiki a
pouco mais de dez pessoas. Após sua morte, a prática foi transmitida a seus
sucessores, que fundaram várias escolas e organizações de Reiki em todo o mundo
(DE’CARLI, 2021).
O Reiki chegou ao Brasil em dezembro de 1983, no primeiro curso no Rio de
Janeiro, trazido pelo Dr.Egídio Vecchio e ministrado pelo mestre americano Stephen
Cord Saiki, representante da The Reiki Association (MACKENZIE, 2010; ABR, 2020;
BABENKO, 2004; MIWA, 2012).
Depois de realizado esse curso, foi fundada a Associação Brasileira Reiki, em
1989, pela Dra.Claudete França, primeira Mestre em Reiki em toda a América do Sul
(ABR, 2020; BABENKO, 2004; MIWA, 2012). Os primeiros relatos publicados em
revistas científicas a respeito da utilização do Reiki como modalidade de terapia
complementar datam de 1994 (TATTAM,1994; WIRTH e BARRET, 1994).
A técnica ganhou popularidade em todo o país devido aos seus benefícios
para a saúde física e emocional. Um dos principais difusores do Reiki no Brasil, o
mestre Johnny De' Carli, que fundou a Organização Internacional Reiki em São
Paulo em 1997, contribuiu com a disseminação do Reiki em todo o país, oferecendo
treinamentos e cursos para novos praticantes (MACKENZIE, 2010).
Atualmente, o Reiki é reconhecido como uma terapia complementar pela
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPICS)
do Ministério da Saúde e é amplamente praticado em todo o território nacional, tanto
por profissionais da área de saúde quanto por pessoas interessadas em
experimentar seus benefícios.

Simbolismo do Reiki:

O Ideograma
A palavra Reiki pode ser escrita com ideogramas japoneses, que exprimem
uma ideia e não somente letra ou som segundo o contexto, esses ideogramas
podem ter várias leituras com os seguintes significados:
I - Chuva maravilhosa de energia vital.
II - Chuva maravilhosa que dá vida.

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 28

III - A ideia de algo, que vem do cosmos e que seu encontro com a terra
produz o milagre da vida, etc.
Em alguns casos, esse ideograma encontra-se reforçado com pequenas
formas que representam grãos de arroz que simbolizam a vida.

A Cor
A cor simbólica do Reiki é o verde, que é a cor da cura, assim como do amor,
haja visto sua correlação com o Chakra Cardíaco, responsável pelo nosso amor
incondicional e sistema imunológico.
Seus ideogramas são feitos em dourado, pois essa é a cor cósmica. Reiki é a
luz que nos leva de volta à grande luz.

O Bambu
Da natureza o Reiki tomou como símbolo o bambu que, em sua simplicidade,
desenvolve a resistência ao vento, o vazio, a retidão e a perfeição, podendo
representar metaforicamente o funcionamento da energia.
O bambu é flexível, o que faz dele forte. Ele reverencia o vento que o toca
soprando, e se dobra mostrando-nos que quanto menos um ser se opuser à
realidade da vida, mais resistente se tornará para viver em plenitude.
Entre um nó e outro o bambu é oco, vazio, representando os que escolheram
ser canais de Reiki, os quais passam a funcionar como verdadeiros "tubos"
direcionadores de energia cósmica.

3.1. PRINCÍPIOS DO REIKI


Durante suas peregrinações e trabalhos de cura, Usui observou que além de
recuperar o corpo dos sintomas físicos, havia a necessidade de ensinar as pessoas
a apreciar a vida como um novo modo de viver (DE’CARLI, 2021). Assim, Usui
adotou os 5 princípios do Reiki, com o objetivo de orientar seus clientes e discípulos
sobre como deveriam tratar a si mesmos para ajudar as pessoas a alcançar
harmonia dos corpos físico, emocional, mental e espiritual, evitando doenças e
desequilíbrios energéticos (DE’CARLI, 2021).

Os cinco princípios do Reiki compreendem em:

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 29

Shoufuku no hihoo
(O método desconhecido que convida à felicidade)

Manbyo no ley-yaku
(A terapia espiritual para todos os distúrbios da mente e do corpo)

Kyo dake wa
(Só por hoje)

Okuru-na
(Não se zangue)

Shinpai shite
(Não se preocupe)

Kansha shite
(Expresse sua gratidão)

Gyo wo hage me
(Seja aplicado em seu trabalho)

Hito ni shinsetsu ni
(Seja gentil com os outros)

Asa yuu gasshô shite kokoro ni nenji, kuchi ni tonaeyo


(De manhã e à noite, sente-se em posição gasshô e repita estas palavras em voz
alta para seu coração)

Shin shin kaizen, Usui Reiki Ryoho


(Tratamento do corpo e da alma, Usui Reiki Ryoho)

Chosso Usui Mikao


(O fundador Mikao Usui)

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 30

A expressão “só por hoje” traz à tona a ideia de que a linearidade do tempo
é um condicionante da nossa percepção para que as coisas não aconteçam
concomitantemente. O tempo, como compreendemos, não existe. Nem passado,
nem futuro, somente o momento presente, o agora (DE’CARLI, 2021; MACKENZIE,
2010).
O primeiro princípio do Reiki é "só por hoje, não se zangue" significa que
devemos tentar evitar sentimentos de raiva, ressentimento ou hostilidade em relação
a nós mesmos e aos outros. Essas emoções podem ser prejudiciais à nossa saúde
e bem-estar, e podem impedir a energia de fluir livremente. Quando praticamos o
Reiki, devemos tentar cultivar sentimentos de amor e compaixão em vez de raiva e
hostilidade (DE’CARLI, 2021; MACKENZIE, 2010).
O segundo princípio do Reiki é "só por hoje, não se preocupe" significa
que devemos tentar viver no momento presente e não nos preocupar com o futuro
ou o passado. A preocupação excessiva pode causar estresse e ansiedade, o que
pode levar a problemas de saúde física e mental. Quando praticamos o Reiki,
devemos estar presentes no momento e permitir que a energia flua naturalmente
(DE’CARLI, 2021; MACKENZIE, 2010).
O terceiro princípio do Reiki é "só por hoje, expresse sua gratidão"
significa que devemos cultivar uma atitude de gratidão em relação à vida e às
pessoas ao nosso redor. A gratidão é uma emoção poderosa que pode ajudar a
reduzir o estresse e melhorar a saúde física e mental. Quando praticamos o Reiki,
devemos lembrar de agradecer pelas coisas boas em nossas vidas e cultivar uma
atitude positiva em relação ao futuro (DE’CARLI, 2021; MACKENZIE, 2010).
O quarto princípio do Reiki é "seja aplicado em seu trabalho" significa
que devemos estar comprometidos em nosso trabalho e em nossas práticas de cura.
A dedicação é importante para alcançar a cura e o equilíbrio, e também ajuda a
cultivar uma atitude positiva em relação à vida. Quando praticamos o Reiki, devemos
estar comprometidos em nossa prática e trabalhar com dedicação para alcançar
nossos objetivos (DE’CARLI, 2021; MACKENZIE, 2010).
O quinto princípio do Reiki é "seja gentil com os outros" significa que
devemos tratar todas as coisas vivas com gentileza e compaixão. Isso inclui ser
gentil consigo mesmo e com os outros, bem como com animais e o meio ambiente.
Quando praticamos o Reiki, devemos lembrar de tratar todas as coisas vivas com
respeito e compaixão (DE’CARLI, 2021; MACKENZIE, 2010).

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 31

Em conjunto, esses cinco princípios do Reiki formam uma base sólida para a
prática de cura. Eles enfatizam a importância de viver no momento presente, cultivar
emoções positivas, trabalhar com dedicação e tratar todas as coisas vivas com
gentileza e respeito. Quando seguimos esses princípios, podemos alcançar a cura e
o equilíbrio.

3.2. VANTAGENS E BENEFÍCIOS DO REIKI


Quando a energia vital está fluindo livremente, o corpo e a mente estão em
equilíbrio e saúde. Em contrapartida, quando essa energia é bloqueada ou não flui
adequadamente, pode resultar em doença e desequilíbrio emocional. O objetivo do
Reiki é liberar esses bloqueios de energia, permitindo que a energia vital flua
livremente, promovendo o equilíbrio. Dentre as principais vantagens e benefícios
para a saúde, destacam-se:

a) Simplicidade e praticidade
O Reiki caracteriza-se por uma técnica simples e prática, que não necessita
de objeto, equipamentos ou local específico para aplicação, apenas de uma pessoa
capacitada e da imposição de mãos, uma vez que a energia Reiki está disponível a
qualquer momento (DE’CARLI, 2021).

b) Transcende o tempo e espaço


Ao contrário de outras terapias, nas quais há a necessidade do contato físico,
a energia Reiki é multidimensional, na qual o fator tempo/espaço deixa de ser um
atributo fundamental, podendo ser enviada à distância, acessar traumas do passado
ou eventos futuros (DE’CARLI, 2021).

c) Holístico
A energia Reiki é holística, que vem do vocabulário grego holos, que significa
“todo, inteiro, conjunto”, atuando integralmente no ser, nos corpos físico, emocional,
mental e espiritual (DE’CARLI, 2021).

d) Método não polarizado e seguro


O Reiki consiste em um método não polarizado, seguro e inofensivo, sem
efeitos colaterais ou contra-indicações, podendo promover o equilíbrio entre as

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 32

energias Yin (polaridade positiva) e Yang (polaridade negativa) e ser compatível com
qualquer forma de terapia, tratamento de saúde ou desenvolvimento espiritual
(DE’CARLI, 2021).
A quantidade de energia que flui é determinada pelo receptor e não pelo
aplicador da energia Reiki e, portanto, não há como ocorrer excesso em sua
aplicação uma vez que cada região exige uma energia com ressonância diferente
(DE’CARLI, 2021).

e) Expansão da consciência
Através de um aurímetro é possível identificar que o método Reiki amplia o
campo áurico, aumentando a energia física, emocional e mental, expandindo a
consciência, criatividade, intuição e percepção (DE’CARLI, 2021).

f) Não religioso
O Reiki é um método inserido no contexto das práticas terapêuticas
alternativas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) da
Organização das Nações Unidas (ONU) e faz parte das Práticas Integrativas e
Complementares de Saúde (PICS) do Ministério da Saúde, podendo ser utilizada
universalmente e não estando ligada à nenhuma prática religiosa (DE’CARLI, 2021).

g) Não desgasta o terapeuta


O método Reiki tem como objetivo energizar e não desgastar o aplicador,
uma vez que a energia utilizada advém da energia cósmica do universo e não da
energia do aplicador. Durante a aplicação, cerca de 30% da energia é retida no
aplicador. Assim, após a prática, o aplicador também se beneficia, sentindo-se bem-
disposto e energizado (DE’CARLI, 2021).

h) Autotratamento
Na maioria das técnicas alternativas, ou é impossível ou fica muito difícil o
terapeuta utilizar a técnica em si mesmo, um dos maiores benefícios do Reiki é a
possibilidade do auto tratamento. Pode ocorrer em qualquer lugar, seja em uma sala
de espera, no avião, ônibus, metrô, táxi, na cama ao acordar ou antes de dormir. O
auto tratamento é uma técnica extremamente efetiva para a liberação da tensão,
relaxamento e redução do estresse; amplia a energia vital propiciando equilíbrio nos

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 33

corpos etéricos e físico; possibilita também, a liberação de toxinas e bloqueios de


energia provenientes de emoções retidas, propiciando o equilíbrio dos corpos sutis e
físico (DE’CARLI, 2021).

i) Universal
O Reiki pode ser aplicado em qualquer ser vivo, incluindo animais, plantas e
seres humanos. Em seres humanos, a aplicação pode ocorrer em diferentes fases
do ciclo vital, independentemente de suas condições clínicas, fase do processo
saúde-doença ou uso de medicamentos, não havendo contra indicações ou efeitos
colaterais. Salienta-se que o Reiki não substitui o tratamento de saúde convencional,
mas pode ser usado como uma terapia complementar para promover o bem-estar e
a recuperação da saúde (DE’CARLI, 2021).

j) Preserva a privacidade
Para a aplicação do Reiki não é necessário despir o receptor, uma vez que a
energia atravessa qualquer material. Apesar disso, recomenda-se a retirada de
adornos no momento da aplicação para não haver interferência no campo
eletromagnético (aura) do receptor (DE’CARLI, 2021).

k) Redução do estresse e ansiedade


O Reiki pode ajudar a aliviar a ansiedade e o estresse, reduzindo os níveis de
cortisol e promovendo a sensação de calma e relaxamento (MACKENZIE, 2010).

l) Melhora da qualidade do sono


A prática do Reiki pode ajudar a melhorar a qualidade do sono, permitindo
que o corpo descanse adequadamente e se recupere integralmente (MACKENZIE,
2010).

m) Alívio da dor
O Reiki pode ajudar a aliviar a dor física e emocional, aumentando a
circulação sanguínea e reduzindo a inflamação no corpo (MACKENZIE, 2010).

n) Fortalecimento do sistema imunológico

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 34

O Reiki pode ajudar a fortalecer o sistema imunológico, estimulando a


produção de glóbulos brancos e melhorando a resposta imunológica no combate de
doenças e infecções (MACKENZIE, 2010).

o) Melhora do humor e bem-estar geral


A prática do Reiki pode ajudar a melhorar o humor, reduzir a irritabilidade e
aumentar a sensação de bem-estar geral, permitindo que a pessoa se sinta mais
equilibrada e saudável (MACKENZIE, 2010).

4. DIFERENÇA ENTRE REIKI E IMPOSIÇÃO DE MÃOS


A imposição de mãos é o ato de colocar as mãos sobre alguém ou alguma
coisa com intenção de transferir uma verdade espiritual. No entanto, é importante
destacar que existe dentro das PICS uma citação diferenciando o reiki da imposição
de mãos.
As terapias de imposição de mãos, possuem a finalidade universal de
restabelecer a saúde física, mental e espiritual, além de promover bem-estar.
(HURPIA, 2022). Dentre essa modalidade de imposição de mãos pode ser
mencionado: reiki, johrei, passe espírita, benzimento, benção, energização, chi kung,
okiyome, entre outras existentes em grupos laicos e religiosos (HURPIA, 2022).
A imposição das mãos possui a intenção de fornecer e/ou fazer circular
energia pelo corpo, seja de ordem divina ou do meio ambiente, seja do sol, terra ou
ar, uma vez que tais energias interagem com a energia interna de cada ser
(HURPIA, 2022). Hipócrates, no século V a.C., afirmava que: ¨forças naturais, dentro
de nós, são as verdadeiras curas de doenças”.
O Reiki, em especial, que é a referência desse trabalho, trata-se da imposição
de mãos com a canalização da energia denominada reiki. Não possui vínculo
religioso, pois se trata da energia vital universal que rege a vida como um todo. A
energia do Reiki não é positiva nem negativa. Ela é a maior vibração de energia vital
à disposição de um ser humano. Essa vibração tem uma qualidade divina e por isso
nada excluí. Ela nos permite entrar em contato com os impulsos vivos do mundo,
levando assim o sentido de “unicidade”. Todos os problemas e distúrbios físicos
humanos em última instância se devem à ilusão de “separação” com relação ao
mundo (LÜBECK, 1997).

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 35

Para conhecimento sobre a diferenciação que o Glossário Temático das


Práticas Integrativas e Complementares traz, segue abaixo:
Imposição de mãos, fem. Prática terapêutica secular que implica um esforço
meditativo para a transferência de energia vital (Qi, prana) por meio das mãos com
intuito de restabelecer o equilíbrio do campo energético humano, auxiliando no
processo saúde-doença.
Reiki, masc. Prática terapêutica que utiliza a imposição das mãos para
canalização da energia vital, visando promover o equilíbrio energético necessário ao
bem-estar físico e mental. Nota: i) O reiki é uma das práticas de cura vibracional
que compõem o arcabouço de técnicas de imposição de mãos.
ii) Integra, a partir da publicação da Portaria Ministerial GM nº 849, de 27 de março
de 2017, o rol de novas práticas institucionalizadas na Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares no SUS.

5. PANORAMA GERAL DA LITERATURA


Nos últimos anos, pesquisas científicas realizadas no Brasil e no mundo tem
evidenciado os benefícios do Reiki em relação ao cuidado e a saúde humana, bem
como também o maior interesse da comunidade acadêmica por este tema.
Estudo realizado por Vieira (2017), mostrou que entre os anos de 1989 a
2017 foram encontrados um total de 302 artigos indexados com o “título” contendo a
palavra “Reiki”, sendo que quando ampliada a busca para “título, resumo e palavras-
chave” estes achados sobem para 480 artigos indexados, onde o primeiro registro
encontrado data do ano de 1995. Este estudo demonstra ainda que nos últimos 10
anos houve um aumento significativo nas investigações científicas envolvendo
especificamente o Reiki.
Segundo classificação do NCCIH (2020), o Reiki é uma terapia integrativa e
complementar que pode ser classificada como uma terapia energética, a qual
pertence a um domínio que lida com campos de energia de dois tipos: o Verdadeiro:
que pode ser medido pelas técnicas atuais e os Supostos: que ainda têm de ser
medidos.
Para Vieira (2017), terapias que envolvem os campos de energias supostas
são baseadas no conceito de que os seres humanos são infundidos com uma forma
sutil de energia, e acredita-se que ela possa fluir ao longo do corpo humano

35
Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 36

material, mesmo que não tenha sido inequivocamente medida por meio de
instrumentação convencional.
Em “Medicina Vibracional: uma medicina para o futuro”, um livro clássico dos
anos 1990, difundido entre os praticantes e estudiosos das PICS, diretamente
relacionado aos conceitos de energias sutis, Richard Guerber (2007) discorre sobre
informações provenientes de vários textos antigos da literatura iogue indiana que
falam a respeito da existência dos “chakras”.
Para Oliver e Norbert (2009), o modo de funcionamento do Reiki se baseia
nos fenômenos de alteração da vibração, onde o estresse, o aborrecimento e da
doença, deixam o organismo humano em um estado de desequilíbrio, o que faz as
vibrações do corpo se desarmonizarem. Para os autores, pela ação do Reiki sobre o
organismo desequilibrado, o estado desarmonioso pode ser levado novamente ao
de harmonia.
Ainda que nos pareça ser importante, do ponto de vista do campo da ciência
moderna comprovar a existência das ditas “energias sutis”, bem como de buscarmos
em relação a isso as melhores formas de utilizá-las em prol da saúde humana,
percebemos que a prática do Reiki vem expandindo-se consideravelmente no Brasil
(VIEIRA, 2017).
Entre as instituições precursoras no ensino e prática do Reiki no país
destacam-se a AB/Reiki – Associação Brasileira de Reiki e o Instituto Brasileiro de
Pesquisas e Difusão do Reiki (VIEIRA, 2017).
A AB/Reiki foi fundada em 1983 pela psicóloga, pedagoga e mestre em Reiki
Claudete França, após a vinda ao Brasil do Reiki Master Stephen Cord Saiki da
American Internacional Reiki Association (AIRA), que ministrou o primeiro seminário
de Reiki no país. Apresenta-se como uma das principais entidades representativas
de praticantes de Reiki no país, possuindo núcleos em vários estados brasileiros.
Essas sedes organizam seminários, cursos, palestras, atendimentos assistenciais e
sociais, sendo locais importantes para recém-formados estagiarem e adquirirem
experiências, além de aprimorar suas práticas (AB-REIKI, 2022).
O Instituto Brasileiro de Pesquisas e Difusão do Reiki foi fundado pelo Mestre
Johnny De’ Carli com sedes no Rio de Janeiro e São Paulo. Somente nesta
instituição já foram habilitados cerca de 11.000 reikianos, 508 com grau de mestre,
sendo que 168 destes estão capacitados a habilitar novos mestres. Johnny De‘Carli,
que foi iniciado em Reiki pela Mestre Claudete França, vem contribuindo

36
Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 37

significativamente para a difusão desta prática no Brasil, através de inúmeros livros


publicados desde 1998 (VIEIRA, 2017; BABENKO, 2004).
No trabalho apresentado por Babenko (2004), há o relato de que em 1998
existiam no Brasil 400 mestres e mais de 100 mil indivíduos iniciados em Reiki.
Acreditava-se que a cada ano cerca de 6.000 pessoas cursariam o Nível I da prática
em território nacional, embora não existam dados oficiais.
A literatura é vasta sobre o assunto, com diversos livros publicados e sites
especializados, além de uma quantidade crescente de artigos científicos sobre a
técnica. Ainda assim, não existe um protocolo universal para o posicionamento das
mãos do terapeuta Reiki sobre o receptor. Isso se deve à existência de várias
escolas e métodos de ensino da técnica, além das interações individuais entre
terapeuta e paciente (OLIVEIRA, 2013).
É sabido que, no Brasil, existem diversas experiências com a prática do Reiki
em unidades de saúde tanto da APS quanto especializadas, destacando unidades
como os voluntários do HC-Campus e HC-Criança da Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto – HC/FMRP/USP, atividades nas UBS Bonfim Paulista-Ribeirão
Preto/SP e UBS Central-Ribeirão Preto/SP; Hospital das Clínicas (HC) da UFMG; o
Grupo Hospital Conceição, em Porto Alegre; o Hospital Santa Izabel, na Bahia; o
Hospital de Base do Distrito Federal; o Hospital Distrital Gonzaga, em Fortaleza
(VIEIRA 2017), além de centros de saúde de grande porte como George Washington
University Hospital, University of Maryland e Yale New Haven Hospital o utilizam em
pacientes pós-cirúrgico, cardíacos e em terapia intensiva.
Quanto aos efeitos da prática do Reiki para o iniciado, no trabalho
apresentado por Vieira (2017), os profissionais entrevistados atribuíram efeitos
considerados positivos e benéficos na saúde física, mental, bem-estar e
autoconhecimento, sem menção a efeitos adversos. Os resultados deste estudo
apontam que a iniciação gerou alguma prática de Reiki para si mesmo e familiares,
mas não induziu a oferta no SUS (na APS), se não muito pontualmente. Os
profissionais entenderam o Reiki como prática complementar para (re) equilíbrio
‘energético’, de caráter holista e espiritualista, e foram otimistas quanto a sua oferta
aos usuários do SUS, embora bem poucos tenham praticado nos serviços, devido a
dificuldades de tempo e espaço (VIEIRA, 2017).

37
Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 38

Para Cuneo et al., (2011), a autoaplicação de Reiki utilizada por enfermeiros


iniciados durante 21 dias nessa técnica foi capaz de reduzir níveis de estresse
relacionado ao trabalho.
Outro estudo realizado com enfermeiros que atuam na Estratégia Saúde da
Família (ESF), apontou que o Reiki melhorou a qualidade de vida desses
profissionais, equilibrando as dimensões física, mental, emocional e espiritual do ser
humano. E, ainda, ressaltou a importância de se utilizar essa terapia como estratégia
auxiliar no processo de cuidar do outro ser humano (FREITAG et al., 2018).
Uma revisão integrativa sobre o uso da terapia Reiki no alívio de sinais e
sintomas bio-psico-emocionais induzidos pela quimioterapia mostrou que essa
técnica pode ser efetiva e, portanto, introduzida na prática assistencial em razão de
seus resultados sobre o bem-estar geral e sintomas específicos (BEULKE et al.,
2019; LACOROSSI et al., 2017; CHARLESWORTHA et al., 2018; ORSAK et al.,
2015).
Enquanto estratégia de cuidado à pessoa em sofrimento psíquico, o Reiki
apresentou seus benefícios para lidar com o estresse, ansiedade e depressão
(ERDOGAN et al., 2016; BUKOWSKI, 2019; ROSADA et al., 2015; BALDWIN et al.,
2017; KUREBAYASHI et al., 2016; SHORE, 2004; BREMNER, 2016; MORERO et
al., 2021), com melhora dos problemas de sono (CHARLESWORTHA, 2017), e no
contexto ocupacional, ao melhorar o humor de estudantes universitários com
ansiedade e/ou depressão (BOWDEN, 2010; 2011), e na redução nos níveis de
estresse associado ao trabalho de enfermeiros que adotaram o Reiki como
ferramenta de autocuidado (ROSADA et al., 2015; CUNEO et al., 2011); além de
modificação de comportamentos como humor, depressão, agressividade, tolerância
e sociabilidade (MIWA, 2012).
Nos casos de enfermidades crônicas, com forte carga de sofrimento psíquico,
relacionados a procedimentos invasivos, uso prolongado de medicamentos, estigma
e sentimento de finitude, a utilização da terapia contribui no manejo da dor, estresse,
ansiedade e depressão (BATISTA e BORGES, 2020.; BEUKE et al., 2019; FERRAZ
et al., 2017; DEMIR, 2018; JAHANTIQH et al., 2018, BALDWIN et al., 2017;
LACOROSSI et al., 2017; VITALE e O’CONNOR, 2006; CHARLESWORTHA et al.
2018; ORSAK et al., 2015).
Estudo mostrou que o uso do Reiki associado à música ajudou na redução
desses transtornos em pessoas com HIV (BREMNER et al., 2016).

38
Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 39

De modo geral, é evidente que o Reiki é seguro, não apresenta efeitos


colaterais conhecidos e traz inúmeros benefícios comprovados por evidências
científicas.
Diversos estudos mostram benefícios da terapia Reiki sobre a saúde, no
auxílio do controle e diminuição da pressão arterial (SALLES et al., 2014, BALDWIN
et al., 2017), na melhora de parâmetros de qualidade de vida, auto-estima, bem-
estar físico, emocional, serenidade (JAHANTIQH et al., 2018); potencialização do
afeto positivo e do bem-estar subjetivo (BESSA et al., 2017), além de ser usada
como forma de relaxamento, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida
(SANTOS et al., 2021), e nas queixas de dores crônicas e promoção de saúde em
idosos (OLIVEIRA, 2013; RICHERSON et al., 2010; FREITAG et al., 2014).
Rodriguez et al., (2011), desenvolveu um estudo cujo objetivo foi investigar os
efeitos imediatos na imunoglobulina A salivar (IgAs), na atividade de α-amilase e na
pressão arterial, após uma aplicação de reiki em enfermeiras que sofrem da
Síndrome de Burnout (SB). Os participantes receberam tratamento com reiki ou
grupo placebo, de acordo com a ordem estabelecida, através da randomização em
dois dias distintos. Conclui-se que uma sessão de reiki de 30 minutos pode melhorar
de forma imediata a resposta imunológica de IgAs e da pressão arterial diastólica em
pessoas com SB. Um outro estudo de Rodriguez et al., ( 2012), cujo objetivo foi
analisar os efeitos imediatos do reiki sobre a variabilidade da frequência cardíaca,
temperatura corporal, taxa de fluxo salivar e nível de cortisol em profissionais de
saúde com SB, através de medidas repetidas, cruzado, duplo-cego, randomizado
controlado com placebo, mostrou que a temperatura corporal dos que receberam
reiki tradicional elevou-se significativamente após o tratamento quando comparada
com o grupo que recebeu reiki placebo. A taxa de fluxo salivar, nível de cortisol e a
frequência cardíaca foram significativamente menores após o tratamento reiki. Estes
resultados sugerem que o reiki tem um efeito sobre o sistema nervoso
parassimpático, quando aplicado aos profissionais de saúde com SB.
Em estudo desenvolvido por Amarello (2021), cujo objetivo foi compreender
os significados da terapia Reiki, no SUS, com base nas experiências de usuários e
terapeutas, os resultados mostraram que a motivação para o uso da terapia Reiki
para a maioria dos usuários entrevistados, está na necessidade de superar algum
estado de sofrimento físico e/ou mental específico. Cabe ressaltar que os terapeutas
que participaram deste estudo também puderam falar do lugar de usuários desta

39
Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 40

terapia. Os benefícios apontados pelos terapeutas e usuários são, em sua maioria,


relacionados ao equilíbrio emocional, como a experiência de tranquilidade e a
diminuição da ansiedade, melhora de insônia, o melhor enfrentamento de
problemas, a diminuição do uso de medicamentos, o fortalecimento da autoestima e
a melhora da qualidade de vida e bem-estar.
Um estudo de Bessa (2017), que objetivou avaliar o efeito do Reiki no bem-
estar subjetivo de pessoas que buscam essa terapia, identificou sua capacidade de
potencializar as dimensões do afeto positivo e do bem-estar, contribuindo para um
alcance de sensações satisfatórias e prazerosas.
Todavia, segundo Amarello (2021), a maioria dos estudos sobre a prática do
Reiki nos serviços de saúde possuem desenhos metodológicos pouco abertos à
expressão da centralidade do sujeito no processo de cuidado. Cabe assinalar que,
para Palmeira (2018), “qualquer tentativa de excluir a subjetividade do processo de
adoecimento e cura — por descuido ou imposição técnica — mostra-se mal
sucedida” Portanto, entende-se que os significados e efeitos da terapia Reiki como
fenômenos subjetivos, incluindo respostas emocionais e julgamentos globais de
satisfação com a vida, também devem ser investigados
No conjunto, percebe-se que as experiências com a terapia Reiki integram
diversas dimensões do ser humano, cumprindo a função integrativa dessa prática de
cuidado. A complexidade e subjetividade dos fatores envolvidos no cuidado às
pessoas em sofrimento psíquico requerem a atuação de uma equipe interdisciplinar
em vários níveis de atenção, onde os profissionais que integram essas equipes,
podem contribuir com seu conhecimento técnico e habilidades inerentes a sua
formação, além de agregarem outras práticas terapêuticas, como o Reiki, em seu
cotidiano de trabalho/assistência.
Vale ressaltar que a utilização do Reiki como técnica de promoção da saúde
acrescenta novas possibilidades ao cuidar, de maneira simples, segura e não
invasiva, por ser considerada uma intervenção de baixo risco e utilizada por
diferentes profissionais que atuam nos setores especializados e de Atenção Primária
(SPEZZIA, 2018; FREITAG et al., 2018). Em adição, essa técnica proporciona bem-
estar, e reestabelece níveis energéticos adequados para o equilíbrio da mente, do
corpo e das emoções, sendo visto como uma estratégia não farmacológica de
cuidado em saúde. São necessários mais estudos e sua divulgação para melhorar a

40
Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 41

aceitabilidade social e institucional do Reiki, em especial focando o seu uso no SUS


e na APS.

41
Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 42

6. OBJETIVOS DO PROTOCOLO
 Promover a melhoria da qualidade de vida e da saúde da população por meio
da técnica do Reiki;
 Implantar a técnica do Reiki como ferramenta terapêutica para o cuidado
humanizado, seguro, racional, resolutivo e econômico aos usuários dos
serviços de saúde de Ribeirão Preto-SP;
 Ampliar a oferta da técnica do Reiki como opção terapêutica segura, resolutiva
e econômica aos usuários dos serviços de saúde de Ribeirão Preto-SP;
 Nortear a oferta da técnica do Reiki nos serviços públicos de saúde de
Ribeirão Preto-SP, vinculados à Secretaria Municipal de Saúde.
 Colaborar com a formulação, regulamentação e implantação das Práticas
Integrativas e Complementares em Saúde nos serviços de saúde do município
de Ribeirão Preto-SP, respaldados na PNPICS.

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 43

7. DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS

Fluxograma para registro do profissional com formação em Reiki.


Para desenvolver a técnica do Reiki na rede municipal de saúde de Ribeirão
Preto, os profissionais habilitados devem possuir certificação e deverão seguir o
seguinte fluxo:
1- Enviar Certificado do Curso via solar, para Coordenadoria I de Práticas
Integrativas e Complementares – SMS.
2- Coordenadoria I de Práticas Integrativas e Complementares – SMS fará a
análise da certificação e comunicará o DASP acerca da liberação para
aplicação do Reiki;
3- Após a validação, o profissional e sua chefia imediata serão comunicados pela
Coordenadoria I de PICS sobre a liberação da aplicação da técnica do Reiki
na rede de saúde.

8. A OFERTA DA TÉCNICA DO REIKI NOS SERVIÇOS DE SAÚDE DE


RIBEIRÃO PRETO

8.1. Orientações prévias à aplicação do Reiki


A técnica do Reiki como intervenção de promoção à saúde, poderá
ser direcionada para todas as diferentes fases do ciclo vital do indivíduo, desde a
infância até a velhice, incluindo cuidados paliativos. Também pode ser utilizado
enquanto estratégia de cuidado a diversos quadros de saúde, de forma
complementar às demais ações já ofertadas no serviço de saúde. Deve ser
amplamente ofertado a todos os pacientes em seguimento no serviço, realizando-se
todas as orientações relacionadas aos benefícios da prática e forma de realização.
A aplicação de Reiki tem sido fortemente recomendada para o relaxamento
físico e mental, diminuição do estresse, assim como da ansiedade, alívio da dor,
aumento da imunidade, entre outras, além de promover o autocuidado, por meio do
qual a pessoa assistida tem consciência da sua própria responsabilidade, dentro da
atividade de tratamento/cuidado (DEMIR, 2018; MORERO et al., 2021)
Para iniciar a oferta da técnica do Reiki no cotidiano das unidades de saúde,
faz-se necessário levar em conta a competência cultural do usuário, ou seja, sua
compreensão acerca de seu processo saúde-doença, bem como o respeito à

43
Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 44

autonomia do mesmo em decidir sobre o seu corpo e as opções terapêuticas


(ZONTA, 2018).
Ao pensar na técnica do Reiki como intervenção complementar e integrativa
a outras opções terapêuticas, o profissional fará uso de suas habilidades de
comunicação para oferecer a técnica de forma mais adequada e incorporada como
uma ferramenta de cuidado em saúde a ser cogitada pelo próprio usuário quando o
mesmo buscar atendimento. Por exemplo: “A Sra. já ouviu falar, conhece, já fez ou
conhece alguém que fez Reiki? O que a Sra. acha dessa técnica? Gostaria de
experimentar? ” (ZONTA, 2018). Ressalta-se que algumas pessoas podem
considerar a técnica ineficaz, mesmo sem nunca tê-la experimentado, ou então
entender que ela é contraindicada pela sua religião ou crença (ZONTA, 2018).
A pessoa deve ser orientada sobre o processo de aplicação da técnica, tempo
de duração, local, benefícios, enfatizando-se a inexistência de efeitos colaterais. É
importante orientá-la de que não se trata de uma prática ligada a questões
religiosas.
Deve-se deixar claro que a técnica proporciona uma melhoria na qualidade de
vida de quem recebe o Reiki e que é importante desejar recebê-lo.
Nesse sentido, a técnica deverá ser ofertada como uma terapia
complementar a outras opções terapêuticas, ajudando o usuário a decidir se vai ou
não optar por ela, explicando seu mecanismo de ação, indicações, efeitos adversos
e contra-indicações, etc. (TESSER et al., 2018).

8.2. Frequência e duração das sessões de Reiki


Sabe-se que o vínculo se constitui elemento imprescindível para o
fortalecimento das relações no âmbito do SUS, contribuindo para o cuidado
longitudinal e integral (SANTOS e MIRANDA, 2016).
Considerando que a técnica do Reiki possa contribuir para a criação do
vínculo entre o profissional-usuário, a dinamicidade do processo saúde-doença, bem
como com a propagação do conhecimento popular acerca dos efeitos terapêuticos
desta técnica, acredita-se que sua oferta possa influenciar diretamente na procura
dos usuários à unidade de saúde, criando um aumento significativo da demanda
espontânea e programada. Deste modo, ao optar pelo Reiki como terapia
complementar, em conjunto com o usuário, o profissional deve pactuar com o

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 45

mesmo o número de sessões necessárias para resolução da queixa inicial bem


como o acompanhamento da sua evolução.
Este protocolo de Reiki está considerando a imposição das mãos durante
aproximadamente 2,5 minutos sobre os sete chakras principais e os pés, totalizando
cerca de 20 minutos de aplicação da técnica.
Sendo assim, recomendamos que as sessões de Reiki tenham duração
média de 30 minutos, conforme a técnica utilizada pelos profissionais. Não é
necessário definir uma quantidade de sessões a priori, podendo ser ofertado ao
paciente a continuidade das sessões com periodicidade semanal, respeitando-se a
demanda para a oferta a novos pacientes.

8.3. Divulgação para a equipe, usuários e comunidade


A técnica do Reiki será divulgada ao usuário e comunidade através dos
atendimentos individuais e coletivos, confecção de materiais educativos (folders,
cartazes, panfletos, etc) e mídias sociais (aplicativos de comunicação, televisão,
rádio, etc). Para a equipe, a técnica do Reiki poderá ser divulgada também através
das reuniões de equipe, reuniões administrativas, atividades de Educação
Permanente em Saúde e Educação Continuada.

8.4. Demanda espontânea


A técnica do Reiki pode ser oferecida como intervenção em saúde aos
usuários que procurarem à unidade através da demanda espontânea, seguindo-se o
protocolo de “Acolhimento à demanda espontânea” do Ministério da Saúde (BRASIL,
2013) na perspectiva do acolhimento e acesso avançado, porém, sendo necessário
retornos, estes deverão ser colocados em agenda.

8.5. Consultas programadas


A técnica do Reiki poderá ser oferecida como intervenção em atendimentos
programados, sendo alocados em agendas profissionais previamente acordadas
com os supervisores ou Chefia Imediata.
O agendamento poderá ser feito por um profissional de nível superior que
está realizando o seguimento do usuário na Unidade ou por fluxo interno entre
profissionais com formação técnica para realização das PICS.

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 46

8.6. Autocuidado das equipes/ profissionais de saúde


Uma indicação da técnica do Reiki nos serviços de saúde pública está no
autocuidado dos profissionais, reduzindo queixas físicas e psicológicas do dia-a-dia,
diminuindo o absenteísmo, proporcionando acolhimento entre a equipe e uma
melhora do clima organizacional, bem como permitindo que mais pessoas conheçam
a técnica e divulguem o conhecimento e indicação de seu uso para outros usuários
do serviço de saúde.
Sendo assim, a técnica do Reiki poderá ser utilizada após reuniões com a
equipe, atendimento coletivo para profissionais fora do horário de trabalho ou
mesmo atendimento individual, dentre outros espaços reservados para o encontro
de profissionais da saúde.

8.7. Retornos
Após a realização do primeiro atendimento, a pessoa poderá ser agendada
em consultas de retorno conforme pactuação, para continuidade do tratamento.
Estes retornos devem constar na grade de horário do profissional, e as unidades de
saúde poderão criar vagas específicas para a aplicação de Reiki, que deverão ser
destinadas para o acompanhamento das pessoas.
A porcentagem de consultas de retorno deverá ser pactuada com a equipe
da unidade de saúde, levando-se em consideração a quantidade de usuários
cadastrados, as características da população adstrita, a rotina do serviço e a
demanda programada, de cunho complementar, não devendo interferir ou ocupar as
demais vagas de atendimento e atividades já previstas na agenda dos profissionais.

8.8. Quando não aplicar o reiki


Não é recomendada a aplicação de Reiki em casos de urgências e
emergências clínicas, neurológicas, traumas ou quaisquer outras situações que
impliquem atendimento imediato por equipe de saúde, já que outros cuidados são
considerados prioritários nessas situações, conforme protocolos específicos.

8.9. Estrutura para aplicação: a “sala” do Reiki


Recomendamos que o local destinado à aplicação do Reiki deva ser reservado,
com baixo ruído, ventilação e iluminação adequadas, devidamente higienizado,
dispondo de maca (s) com papel-lençol.

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 47

Logo, cuidemos o máximo do lugar onde vamos atuar e sejamos organizados:


amor, harmonia e beleza.
Os ambientes arquivam energias, ficam com emoções e pensamentos
arquivados. Às vezes poderá ter havido no ambiente brigas e discussões, essas
energias nocivas ficam arquivadas no local, podendo prejudicar o tratamento de
Reiki.
Para realizar tratamentos de Reiki o ideal seria um local reservado
unicamente para esta finalidade a fim de evitar essas vibrações e energias
negativas. Quando este local não estiver disponível, é imprescindível que o Reikiano
faça antes uma limpeza energética no ambiente.

8.10. O reiki em grupo: técnica do caderno ou caixinha


Neste protocolo não indicamos a aplicação do Reiki em grupo dentro das
unidades de saúde do SUS. No entanto, para casos da necessidade de um
terapeuta enviar o Reiki para um grupo de pessoas, indicamos a aplicação utilizando
técnicas de envio de Reiki à distância para mais de uma pessoa, como o caderno ou
a caixa.
Quanto à técnica da caixinha ou do caderno, trata-se de um procedimento
simples, em que consiste na inserção de papéis com alguns dados das pessoas e as
situações que precisam de Reiki, em uma caixa ou em um caderno. Na sequência,
basta aplicar o Reiki, e ativá-lo diariamente segundo necessidades e avaliação do
terapeuta, lembrando de fazer todo o procedimento antes e depois de um envio de
Reiki normal. É importante destacar que para esta técnica é necessário a ciência da
pessoa que irá receber o Reiki, bem como a formação profissional adequada.
O tempo médio de sessões é o mesmo que do Reiki individual, o que
diferencia é que nesta modalidade é possível contemplar um número maior de
participantes em uma única sessão.

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 48

9. REGISTRO DOS ATENDIMENTOS


Após cada atendimento, proceder com o registro no sistema Hygia, utilizando:

 CIAP que represente o motivo apresentado pela pessoa para a procura pelo
serviço de saúde: P03 Tristeza/ Sensação de depressão; A97 - Sem doença;
A01-Dor generalizada; P01 Sensação de ansiedade, depressão, tensão; entre
outros.
 Deverão ainda ser descritas a condução do atendimento, os retornos
programados e avaliação da condição da pessoa a cada atendimento.
 Para profissionais da enfermagem, é necessário proceder com o registro em
ficha adequada do Processo de Enfermagem.
 Lançar o procedimento 030905016-2 – Imposição de Mãos, e demais
procedimentos que foram contemplados no atendimento;
 Proceder com o registro do E-SUS - Ficha de atendimento individual e/ou
Ficha de Atividade Coletiva.

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 49

10. VOLUNTARIADO - FLUXO DE SOLICITAÇÃO EM PICS.


1. O Voluntário precisa procurar a unidade de saúde onde tem interesse em
atuar e falar com o supervisor.
2. Havendo interesse por parte da Unidade de Saúde, deve-se enviar ao
Departamento de RH da Saúde a Carta de Aceitação, Formulários F44, F45 e
F47 preenchidos e currículo do Voluntário, com cópia à Coordenadoria I de
PICS via e-mail ([email protected])
3. O Departamento de RH encaminha ao Gabinete para deferimento.
4. Após deferimento, o Departamento de RH enviará o processo para o DGP
que vai informar ao voluntário e à unidade/coordenação a data do início,
providenciar cadastro no sistema para controle de pessoal e encaminhar
ofício à ADM.
Os formulários necessários ao processo de voluntariado poderão ser solicitados
ao Departamento de RH, no telefone (16) 3963-9254 (Formulários F44, F45 e F47).
O Voluntariado na Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto-SP, segue
as normas das leis de voluntariado, federal e municipal, as quais destaco: Lei
Federal 9608/1998; Lei Complementar Municipal 771/1998 e Decreto Municipal
283/2002.
Ressalta-se que o trabalho voluntário não pode ser semelhante ao
desempenhado por servidores ativos.

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 50

REFERÊNCIAS

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falar sobre a Vida”? representando o EcoSocial - Rio de Janeiro, 23 de março de
2007.Link:ttps://static1.squarespace.com/static/5cc2031c61a7ac0001cfff5b/t/5d6dc4
ade4f17a0001bf79e0/1567474864482/Biografia+Salutoge%CC%82nese.pdf. Acesso
em 20 de Abr. de 2023.

AMADO, D. et al. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no


Sistema único de Saúde 10 anos: avanços e perspectivas. Journal of Management
& Primary Health Care, v.8, n.2, 2017. Disponível em:
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AMARELLO, M. M.; CASTELLANOS, M. E. P.; SOUZA, K. M. J. DE .. Reiki therapy


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BABENKO, P.C. Reiki: Um Estudo Localizado Sobre Terapias Alternativas,


Ideologias e Estilos de Vida.125 f. Dissertação(Mestrado em Ciências Sociais),
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on pain, anxiety, and blood pressure in patients undergoing knee replacement: a pilot
Study. Holist Nurs Pract, v.31, n.2, p.80-89, 2017. Available from:
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2018.

58
Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 59

APÊNDICE A

Níveis de Reiki:

1. Primeiro nível (1ºGrau):


O terapeuta é iniciado/sintonizado para toda a vida. Faz parte do primeiro nível ativar
a energia vital em si mesmo (autoaplicação) e nas pessoas mais próximas do
terapeuta. Nesse nível ocorre a abertura do Chakra Cardíaco.

2. Segundo nível (2ºGrau):


O Reikiano receberá símbolos para um trabalho mais avançado.

3. Terceiro nível A (3ºGrau-A):


Capacita ao Reikiano à auto transformação e a ser Mestre de si mesmo. Essa
graduação inclui um nível de ativação de energia de alta potência, para integração
do seu Eu interior e a iluminação. É para uso pessoal, multidões e trabalhar o
planeta.

4. Terceiro nível B (3ºGrau-B):


É o nível de Mestre, onde o terapeuta aprende a iniciar pessoas nos níveis I, II e III
(A e B) e a ministrar cursos de Reiki.

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 60

APÊNDICE B
Cuidados ao Aplicar Reiki:

 O consentimento do recebedor é imprescindível, tanto para o Reiki presencial


quanto para o Reiki a distância, com as técnicas do caderno e/ou caixa. Na
sua impossibilidade solicitar aos familiares e amigos (De' Carli, 2017).
 Evitar aplicar o Reiki em pessoas anestesiadas, em coma, pois a energia do
Reiki poderá alterar os parâmetros do paciente.
 Aplicar preferencialmente antes ou depois das cirurgias
 Não aplicar em fraturas antes da liberação da equipe de saúde;
 A forma de conduzir a aplicação da técnica é de responsabilidade do
terapeuta e de seu aprimoramento constante, respaldado por evidências nas
áreas das ciências.
 A energia captada e distribuída (pelas mãos) está em ressonância com a
qualidade dos nossos pensamentos, sentimentos e intenção.
 Abster-se de aplicar Reiki sem a devida higiene mental (bons pensamentos e
concentração) e física (limpeza de mãos e braços); cansaço; em desarmonia;
com enfermidades e interferências à paz e ao silêncio no local da emanação;
 Não aplicar o Reiki em caso de consumo de bebidas alcóolicas ou
substâncias psicoativas por parte do terapeuta e/ou do recebedor;
 Estar neutro e sem abalos emocionais para transmitir energias salutares e
colaborar em restabelecer o biocampo energético do recebedor.

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 61

APÊNDICE C

SALUTOGÊNESE

Do Latim salus, salutis: saúde; e do Grego, gênese: origem.


A TEORIA SALUTOGÊNICA de AARON ANTONOVSKY é um Paradigma
voltado à Prevenção e Saúde, contrapondo de forma reflexiva à abordagem
patogênica curativa centrada na doença (ANTONOVSKY, 1979). “Patogênese” do
grego ‘pathein’: sofrer e ‘genese’: origem”.
Aaron Antonovsky nasceu nos EUA em 1923 e morreu em 1994. Completou
seu doutorado na universidade de Yale, e logo após estabeleceu-se em Israel onde
ocupou cargos em Jerusalém no Instituto Israelita de Pesquisa Social Aplicada e no
departamento de Sociologia Médica na Universidade Hebraica de Jerusalém. Em
1972, ele ajudou a estabelecer a Universidade Ben-Gurion da Escola Negev de
Medicina Social e ocupou a Cadeira Kunin-Lunenfeld de Sociologia Médica.
Durante seus vinte anos nesse Departamento, Antonovsky a partir de estudos
anteriores em sociologia médica, psiquiatria, psicologia da personalidade e da
antropologia, desenvolveu sua teoria de saúde e doença, que chamou de
Salutogênese, modelo que descreveu em seu livro de 1979, "Saúde, estresse e
enfrentamento". E em 1987 publicou “Desvendando o Mistério da Saúde”. Em sua
pesquisa, Antonovsky estudou a saúde de uma certa quantidade de pessoas idosas,
dentre as mais saudáveis estavam sobreviventes do Holocausto.
A partir daí surge a pergunta: Por que essas pessoas que EM TEORIA
possuíam grandes chances de estarem doentes, estavam motivadas, atentas,
recuperadas dos embates e estresses?
A partir desta e outras indagações, ele desenvolveu a base da Salutogênese,
nos recursos pessoais protetivos, desenvolvendo para melhor entendimento, o
Senso de Coerência:
Capacidade de Compreensão: compreender o conflito, o que aflige, estressa.
Capacidade de Gestão: entender quais as ferramentas pessoais e sociais possíveis
de se utilizar, com a intenção de resolver o conflito. “Quanto mais alto o sentido de
gestão do indivíduo, menos este se sente atingido negativamente pelos
acontecimentos, e, menos considera a vida como antagónica”.

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 62

Capacidade de Investimento: usar todas as suas forças para resolver o conflito, se


empenhando ao máximo, assim evitando estados de tensão e estresse. “Não se
trata de encontrar satisfação em tudo o que acontece na vida, mas de investir
recursos para superar as situações com dignidade”.
A partir do Senso de Coerência, Antonovsky determina “Os Três Princípios
Decisivos para a Saúde”:
Primeiro Princípio: Ter um relacionamento consciente com Deus, ou seja, entender
que o Eu é uma entidade intocável. “Eu estou em DEUS e DEUS está em mim.”
Segundo Princípio: o segundo princípio se baseia em uma relação afetiva saudável
com o outro ser humano, ter um relacionamento caloroso e confiável. Essa relação
traz forças e capacidade de superar os problemas dando um efeito protetor.
Terceiro Princípio: refere à aquisição de bens materiais, que o apego excessivo
pode gerar tensão, estresse, levando a um estado de doença.

Um pouco de Teorias
O século XIX surgem dois grandes cientistas contemporâneos que
partilharam das mesmas ideias, Heinrich H. R. Koch e Louis Pasteur. Koch foi quem
iniciou e desenvolveu as pesquisas sobre as bactérias, vistas pela primeira vez no
século XVI pelo comerciante holandês Anton van Leeuwenhoek. Logo Koch chegou
à conclusão de que a causa das doenças provinha das bactérias. “Achamos as
bactérias! Elas são quem fazem as doenças!” (Heinrich Hermann Robert Koch –
1843 a 1910). Contrapondo essa ideia temos outros dois grandes cientistas
contemporâneos, Clouded Bernard e Max Joseph Von Pettenkofer, os quais
acreditavam que as bactérias só faziam com que a desorganização aparecesse, e
tudo dependia do meio nutritivo. “As bactérias só fazem com que a coisa apareça.
Depende do meio nutritivo. Se o solo não for propício as bactérias não podem
crescer.” (Max Joseph Von Pettenkofer – 1818 a 1901).
Assim, certa vez, Pettenkofer para provar a sua teoria, pediu a Koch que
enviasse as piores bactérias encontradas na época, quando recebeu, na frente de
uma multidão bebeu-as. No dia seguinte, teve uma forte diarreia e logo após se
restabeleceu.
Outro grande percursor foi o Criador da Antroposofia, Rudolf Steiner (1861 –
1925). Steiner baseou parte de suas pesquisas na Trimembração. No que se refere
ao Ser Humano, os três pontos principais: as fontes físicas, anímicas espirituais, que

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Protocolo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Terapia Reiki 63

mais tarde foram utilizadas na Salutogênese por Antonovsky, com: Físico –


Heterostase e Homeostase.
De acordo com Antonovsky, as duas fontes que o corpo pode ou deve passar:
- A Homeostase (“homoo”: igual, “stase”: estado), é um processo em que o
corpo permanece em mesmo estado, o que é importante; e a Heterostase (“hetero”:
outro “stase”: estado) que é um processo oposto a Homeostase, sendo o estado de
desequilíbrio, quando estamos doentes ou sofremos algum trauma físico ou anímico.
Do ponto de vista da patogênese o corpo deveria procurar sempre
permanecer em Homeostase. Fazendo o possível para mantê-lo, então é oferecida a
ajuda de remédios e tratamentos para conseguir manter este estado (Homeostase).
No contexto Salutogênico, o corpo deveria passar pelo processo de
Heterostase, para assim, fortalecer o suficiente a ponto de chegar a Homeostase,
pois sem esse processo o corpo se manteria fraco e vulnerável.
Braun-Lewensohn et al. (2019), nesta pesquisa realizada em agosto de 2018,
na análise qualitativa transversal com 111 mulheres em campos de refugiados. Os
autores demonstram que o Senso de Coerência alto é crucial para uma boa
adaptação. Barnard e Furtak (2020), no artigo sobre o estudo qualitativo na
abordagem fenomenológica hermenêutica, lança luz sobre a situação na África do
Sul, onde o que pode manter os Voluntários saudáveis é um impulso interno e uma
vocação, que pode ser ampliada, quando as organizações investem no
desenvolvimento da perspectiva salutogênica, dentro do contexto de orientação para
o trabalho e intervenções. O artigo de Masanotti et al. (2020), utilizando as bases de
dados PubMed, Web of Science e Scopus, em uma revisão sistemática do Senso de
Coerência entre Profissionais de Enfermagem, demonstrou que, se baixo, é um
preditor de estado depressivo, burnout e insatisfação no trabalho.
Estes trabalhos evidenciam que é possível a partir da Teoria Salutogênica,
com o desenvolvimento de um de elevado Senso de Coerência, identificar recursos
pessoais e ambientais, desenvolvendo estratégias para contribuir na promoção da
saúde.

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