Hierarquia Das Politicas Publicas G1
Hierarquia Das Politicas Publicas G1
Hierarquia Das Politicas Publicas G1
Discentes: Docente:
CHAVESSE, Zenalda Dra. Sélcia Lumbela
MAGAIA, Julieta
MANJATE, Marcos
MUNGUAMBE, Leodomira
MUTOTA, Nércia
MUIAMBO, Madalena
MUIANGA, Honório
PIRA, Tima
Índice
Principais siglas e acrónimos.............................................................................................2
1. Introdução..................................................................................................................3
2. Definição de conceitos-chave....................................................................................4
2.1. Água....................................................................................................................4
2.2. Saneamento.........................................................................................................5
2.2.1. Política.........................................................................................................6
4. Considerações Finais................................................................................................13
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Principais siglas e acrónimos
ODS…………………….Objectivos de Desenvolvimento Sustentável
1. Introdução
O acesso à água potável e ao saneamento seguro continua a ser um dos maiores desafios
em África e em Moçambique em particular. Estima-se que a higiene precária e a falta de
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saneamento adequado contribuam em cerca de 90% para todas as mortes que se
registam devido a doenças diarreicas nos países em desenvolvimento como
Moçambique (ROSC, 2014).
Este é o tema a tratar no presente trabalho, o qual consiste na análise de três políticas
públicas, dispostas de maneira hierárquica, das quais a posição de topo é tomada pelos
Objectivos de Desenvolvimento Sustentável 6, como a de âmbito universal; seguida
pela política de âmbito regional, o Plano De Acção Estratégico Regional Sobre
Desenvolvimento e Gestão de Recursos Hídricos Integrados IV da SADC; e pela
política nacional, a Resolução n.o40/2018 de 24 de Outubro, sobre água e saneamento,
para além destas, podem ainda encontrar-se politicas hierarquicamente inferiores, como
as políticas de nível Transversal, sectorial, provincial até políticas de nível distrital,
como o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito (PDD).
Objectivos:
a) Geral
Ponderar entorno da hierarquia das políticas públicas de água e saneamento.
b) Específicos
Identificar a relação hierárquica entre as políticas públicas;
Analisar os aspectos de convergência e divergência entre as políticas
públicas em análise, bem como seus elementos de formação e formulação.
Metodologia
Parte I
2. Definição de conceitos-chave
2.1. Água
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Água é um recurso natural abundante, caracterizada por ser líquida, incolor e insípida.
Além do estado líquido, esse recurso pode ser encontrado também no estado sólido,
constituindo as geleiras e neves, e também no estado de vapor, encontrado no ar e
constituindo as nuvens e a neblina.
2.2. Saneamento
Sanear quer dizer tornar são, sadio, saudável. Pode-se concluir, portanto, que
Saneamento equivale a saúde. Entretanto, a saúde que o Saneamento proporciona difere
daquela que se procura nos hospitais e demais postos de saúde, para os quais são
encaminhadas as pessoas que já estão efectivamente doentes ou, no mínimo, presumem
que estejam. Ao contrário, o Saneamento promove a saúde pública preventiva,
reduzindo a necessidade de procura aos hospitais e postos de saúde, porque elimina a
chance de contágio por diversas moléstias. Isto significa dizer que, onde há
Saneamento, são maiores as possibilidades de uma vida mais saudável e os índices de
mortalidade, principalmente infantil, permanecem nos mais baixos patamares.
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caracteriza o conjunto de acções socioeconómica que têm por objectivo alcançar
Salubridade Ambiental.2
2.2.1. Política
De acordo com Sitoe (2006:2) Politicas pulicas são decisões tomadas pelo governo - ou
sector público, num sentido mais geral - que de forma intencional e significativa
afectam uma actividade ou sector da sociedade (apud Sitoe e Lumbela, 2013:10).
2
Guimarães, Carvalho e Silva. Saneamento Básico. Brasil, 2007. P.1
3
Guimarães, Carvalho e Silva. Saneamento Básico. Brasil, 2007. P.2
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habitualmente, água disponível para beber, saneamento pessoal, lavagem de roupa,
preparação de refeições e higiene pessoal e do lar. De acordo com a Organização
Mundial de Saúde (OMS), são necessários entre 50 a 100 litros de água por pessoa, por
dia, para assegurar a satisfação das necessidades mais básicas e a minimização dos
problemas de saúde.
Parte II
As políticas públicas têm uma determinada hierarquia, o que quer dizer que, há políticas
de nível mundial, como os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), políticas
de nível regional ou continental como o Plano De Acção Estratégico Regional Sobre
Desenvolvimento e Gestão de Recursos Hídricos Integrados IV, políticas de nível
Nacional, como o PQG, políticas de nível Transversal, sectorial, provincial até políticas
de nível distrital, como o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito (PDD).
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É uma agenda para acabar com a pobreza até 2030, e buscar um futuro sustentável para
todos no planeta, adoptada em 25 de Setembro de 2015. Esta agenda representa uma
visão universal, integrada e de transformação para um mundo melhor, acabando com a
pobreza em todas as suas formas, sem deixar ninguém para trás.
A nova agenda consiste em 17 objectivos e 169 metas estendidos até ao ano 2030. Para
os fins dessa pesquisa, importa o objectivo 6, que é dedicado ao abastecimento de agua,
saneamento e higiene e recursos hídricos no quadro dos Objectivos de Desenvolvimento
Sustentável, o qual dispõe:
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b) Apoiar e fortalecer a participação das comunidades locais, para melhorar a
gestão da água e do saneamento.
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1. Instrumentos Regionais De Cooperação, cujo objectivo é reforçar o
ambiente propício para a gestão coordenada e o desenvolvimento dos
recursos hídricos na região;
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climáticas com base na melhor ciência disponível e incorporando os
conhecimentos e práticas locais e indígenas;
Parte III
Pontos divergentes
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A questão do género não é abordada no mesmo sentido nos dois instrumentos; enquanto
os ODS tratam da inclusão do género no sentido de satisfação das necessidades das
mulheres e meninas, o RSAP IV, olha para o enquadramento do género no Sector da
gestão de águas da Região.
Para análise importam as políticas com pontos convergentes, pois essas são
responsáveis pela formação e adopção do RSAP, como uma política pública que está na
segunda posição hierárquica e de nível regional.
O RSAP difere dos ODS á medida em que o primeiro é objectivo, concreto e sintético
nos aspectos partilhados. Enquanto os ODS limitam-se apenas nas questões da
disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos, o RSAP enuncia
por exemplo, a questão, da integração da juventude no sector da água, aplicação da
ciência do cidadão sobre a água, a formação de profissionais da água sobre as relações
dos médias, variabilidade e mudanças climáticas.
Parte IV
Resolução aprovada pelo Conselho de Ministros que aprova o Plano de Acção do Sector
de Água para a Implementação dos Objectivos De Desenvolvimento Sustentável 2015-
2030. Havendo necessidade de definir acções, indicadores, metas e necessidades
financeiras no âmbito da materialização do Objectivo de Desenvolvimento Sustentável
2015-2030, para o Sector de Águas, ao abrigo do disposto na alínea f) do n o 1 do Artigo
203 da Constituição da República.
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A luz disso, a resolução é embasada sobre o seguinte aspectos:
Ambos os documentos dão enfâse ao facto da água ser um potencial recurso para o
desenvolvimento nacional através de sua disponibilização para:4
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Não obstante essa similaridade, o Plano de Acção do Sector De Águas, plasmado na
Resolução n.o 40/2018 de 24 de Outubro, pag. 2653 relaciona a questão da água com a
governação como elemento primordial para a realização dos objectivos estratégicos
sobre os recursos hídricos de Moçambique o que não se observa no RSAP-IV.
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4. Considerações Finais
A disposição hierárquica das políticas públicas facilita, até certo ponto, a sua formação,
formulação, o processo decisório, sua implementação e a sua avaliação, tornando as
politicas públicas mais operacionais sob o ponto de vista de sua implementação, pois
tais procedimentos permitem que as politicas públicas sejam tomadas, não de modo
arbitrário, mas tendo em conta os factores culturais, geográficos e socioeconómicos de
cada região.
Este é o aspecto observado nas três políticas públicas aqui analisadas, pois, enquanto a
de âmbito universal ou continental é mais generalista, a de carácter nacional tende a
considerar aspectos relativamente pertinentes sob o ponto de vista nacional, sem os
quais, pode ser impossível alcançar as políticas de âmbito universal.
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Referências Bibliográficas
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