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1 Ano Livro 02

Este documento apresenta informações sobre as leis de Newton, incluindo: 1) A terceira lei de Newton sobre ação e reação é ilustrada por um experimento com um ímã e um pedaço de ferro. 2) As forças de ação e reação sempre possuem a mesma intensidade e sentidos opostos. 3) Um exemplo mostra quatro ímãs exercendo forças em uma bolinha de ferro em equilíbrio, sem pares de ação-reação.

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1 Ano Livro 02

Este documento apresenta informações sobre as leis de Newton, incluindo: 1) A terceira lei de Newton sobre ação e reação é ilustrada por um experimento com um ímã e um pedaço de ferro. 2) As forças de ação e reação sempre possuem a mesma intensidade e sentidos opostos. 3) Um exemplo mostra quatro ímãs exercendo forças em uma bolinha de ferro em equilíbrio, sem pares de ação-reação.

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221

Capítulo 2 ................108
Módulo 7 .............. 115

AT
Capítulo 3 ................120
222 Módulo 8 .............133
M
Módulo 9 .............137

a
Módulo 10 ...........141

sic Capítulo 4 ................146


Módulo 11 ............154
Módulo 12 ...........158


Q
O
BI
O
LP
IS
GE H
O
L
FI

S
C
SO


S
RE

EMI-2015-21-MCN.indb 107 30/09/2014 08:44:05


1. Terceira lei de Newton 110
2. Organizador gráfico 114
Módulo 7 – Terceira lei de Newton 115

• Identificar ação e reação como pares de


forças de interação, na interpretação
de situações reais.
• Aplicar as leis de Newton a situações
diversas.

Em se tratando do nosso super-herói, já foi visto que em seu


voo ele viola as duas primeiras leis de Newton. E a terceira?
WARNER BROS/EVERETT COLLECTION/GLOW IMAGES

EMI-2015-21-MCN.indb 108 30/09/2014 08:44:07


Leis de Newton II 2
109
LIVRO DO PROFESSOR

Suponha que o Superman consiga produzir com seus músculos uma força sobre-humana
suficiente para diminuir sua velocidade em um curto intervalo de tempo, ou seja, produzir uma
grande aceleração. Ela só seria efetiva se pudesse ser aplicada em outro corpo ou, como diria
Newton, Actioni contrariam semper et aequalem esse reactionem – a toda ação há sempre uma
reação oposta e de igual intensidade.

EMI-2015-21-MCN.indb 109 30/09/2014 08:44:08


1. Terceira lei de Newton • Embora as forças de ação e reação possuam o mesmo
2

Vamos começar com um experimento: coloque um peda- módulo, a mesma direção, mas sentidos contrários,
ço de ferro em cima de uma mesa e aproxime dele um ímã. elas não se anulam, pois agem em corpos distintos;
221

Você vai notar uma atração entre o pedaço de ferro e o ímã. • As forças de ação e reação são de mesma natureza. Se
Afinal, é o ímã que atrai o ferro ou é o ferro que atrai o ímã? a ação é de origem mecânica, a reação também será
Para responder a essa questão, segure o ímã e aproxime-o de origem mecânica. Se a ação é de origem elétrica, a
do pedaço de ferro. Você vai notar que o ferro vai de encontro ao reação também será de origem elétrica.
ímã. Faça, agora, o processo contrário. Segure o pedaço de ferro
e aproxime-o do ímã. Você vai notar que o ímã vai de encontro
ao pedaço de ferro. APRENDER SEMPRE 19
Física

Esse simples experimento nos conduz à noção fundamental


de que, na natureza, as forças aparecem aos pares, pois é fruto 01.
da interação entre dois corpos. Isso significa dizer que o peda- A figura ilustra as ações de quatro ímãs idênticos, A, B, C e
ço de ferro e o ímã interagem com uma força de atração que age D, sobre uma bolinha de ferro, que se encontra em equilíbrio.
simultaneamente nos dois corpos, conforme mostra a figura. Considere os ímãs fixos nas posições mostradas na figura.

F –F s
B
n
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Ímã Ferro
FB
s n n s C
Esse exemplo ilustra a terceira lei de Newton, conhecida FA FC
A FD
como lei da ação e reação. Se a ação for a força que o ímã exerce
no ferro, então a reação será a força que o ferro exerce no imã. n
D
Por outro lado, se a ação for a força que o ferro exerce no ímã, a s
reação será a força que o ímã exerce no ferro. É indiferente saber
qual delas é a ação e qual é a reação. É importante observarmos a. Em relação às quatro forças que agem na bolinha,
que, independentemente das massas dos corpos que interagem: identifique os pares ação-reação.
b. Onde se localiza a reação de cada uma das forças
As forças de ação e reação sempre possuem a mesma mostradas na bolinha?
intensidade.
Resolução
A figura seguinte ilustra dois corpos, A e B, de massas mA a. Das quatro forças que agem na bolinha devido à pre-
e mB, respectivamente, interagindo, ou seja, trocando forças. sença dos ímãs, não existe nenhum par ação-rea-
ção, pois as quatro forças agem no mesmo corpo.
FBA FAB
110

Linha de ação b. A reação a cada uma das forças que agem na boli-
nha
 encontra-se nos ímãs. Assim, a reação  à força
A B F A encontra-se no ímã A, a reação à força F B encon-
Observe, na figura, que a linha de ação é a mesma para as tra-se no ímã B e assim por diante.
duas forças; elas possuem a mesma direção, mas sentidos
contrários.
 E,como elas possuem a mesma intensidade, os 02.
vetores F AB eF BA são opostos. Assim, podemos escrever: Dois patinadores, A e B, de massas 40 kg e 60 kg, res-
  pectivamente, estão parados no meio de uma pista de pa-
FAB = - FBA e FAB = FBA tinação no gelo, onde o atrito é praticamente desprezível.
Num determinado instante, o patinador B empurra o pati-
LIVRO DO PROFESSOR

De acordo com essas conclusões, podemos enunciar a nador A, que recebe uma aceleração de 1,5 m/s². Calcule a
terceira lei de Newton (lei da ação e reação): intensidade da aceleração do patinador B.

Se um corpo A exerce uma força sobre um corpo B, este Resolução


reage e exerce no corpo A uma força de mesma intensidade, De acordo com a terceira lei de Newton, na interação en-
mesma direção, mas de sentido contrário. tre os dois patinadores, as forças possuem o mesmo módu-
lo, a mesma direção, mas sentidos contrários. Assim, temos:
Em relação a esse par de forças, denominado ação-reação,  
algumas observações são importantes: FBA = -FAB e FBA = FAB
• Não existe uma força de ação sem a correspondente
força de reação. Em outras palavras, é impossível um Como não há atrito, de acordo com a segunda lei de
corpo aplicar uma força sobre outro e não sofrer reação; Newton, escrevemos:
• As forças de ação e reação são simultâneas, portanto mA · aA = mB · aB ⇒ 40 · 1,5 = 60 · aB
elas agem nos dois corpos ao mesmo tempo; aB = 1,0 m/s2
• Dependendo dos valores das massas dos corpos que O patinador B entra em movimento com aceleração de
EMI-15-20

interagem, os efeitos produzidos pela ação e pela rea- 1,0 m/s2 em sentido oposto ao patinador A.
ção podem ser diferentes;

EMI-2015-21-MCN.indb 110 30/09/2014 08:44:12


A. Aplicações Nos aviões movidos a turbina, bem como nos foguetes,

2
Vamos considerar alguns fenômenos físicos que podem os gases provenientes da queima do combustível na turbina
ser explicados por meio da terceira lei de Newton, a lei da são ejetados para trás. Como reação, o avião recebe um im-

221
ação e reação. pulso para a frente. Esse princípio de funcionamento permite
aos foguetes movimentarem-se no vácuo.
• Movimento de aviões

EYE UBIQUITOUS/GLOW IMAGES


Vamos considerar dois tipos de aviões: movidos a hélice
e movidos a turbina.

Física
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
A lei da ação e reação explica o movimento do foguete: à medida que os
gases são expelidos para trás, o foguete movimenta-se para a frente.

Para que os astronautas no espaço possam se movimen-


tar fora da nave existem trajes especiais dotados de peque-
nos foguetes a gás para permitir o seu movimento, já que, em
órbita no espaço, não existem forças de atrito ou de resistên-
MONTAGEM SOBRE FOTOS DE ALEKSEI LAZUKOV E SENOHRABEK/SHUTTERSTOCK

cia do ar para que haja uma reação à tentativa de movimento


dos astronautas. Portanto, sem esse traje o astronauta pode-

111
ria se desprender da nave e permanecer no espaço, com a
mesma velocidade, sem conseguir retornar à nave.

THE PROTECTED ART ARCHIVE/ALAMY/GLOW IMAGES

LIVRO DO PROFESSOR

A terceira lei de Newton explica o movimento dos aviões,


tanto os movidos a hélice como os movidos a turbina.

Nos aviões movidos a hélice, a interação ocorre entre a


hélice e o ar. O avião movimenta-se aspirando o ar na frente e
lançando-o para trás. De acordo com a lei da ação e reação, o
EMI-15-20

ar reage com uma força em sentido contrário; a hélice, junta-


mente com o avião, recebe um impulso para a frente. Traje espacial dotado de foguetes.

EMI-2015-21-MCN.indb 111 30/09/2014 08:44:15


• Movimento de pessoas e de carros • Pista de patinação no gelo
2

O ato de andar, ou correr, é tão trivial para nós que normal- Suponha que você e seu amigo encontrem-se parados no
mente não nos preocupamos em entender como ele ocorre. meio de uma pista de patinação no gelo, sem estarem devida-
221

mente calçados com patins.


Física

Nessas condições, é praticamente impossível você cami-


Ciências da Natureza e suas Tecnologias

nhar, pois o atrito entre seus pés e a pista de gelo não é sufi-
ciente para evitar que eles escorreguem. Existe alguma possi-
MIMAGEPHOTOGRAPHY/SHUTTERSTOCK

bilidade de você entrar em movimento e sair do meio da pista?


A resposta é sim. Uma das possibilidades é você interagir
com o amigo. Se você o empurrar com uma força , ele reage
em você com a uma força de módulo igual e de sentido con-
trário, de acordo com a terceira lei Newton (ação e reação).
Portanto, ambos, você e o amigo, entram em movimento, des-
lizando em sentidos contrários.
A lei da ação e reação explica o movimento de uma pessoa: os pés • Trator puxando um carro
aplicam uma força no solo e recebem a reação em sentido contrário. A figura ilustra um trator usando um cabo de aço para retirar
um carro que se encontra atolado num lamaçal.
Quando andamos, interagimos com o solo. Por meio de
nossos pés aplicamos uma força no solo para trás; este reage

"MAXIM PETRICHUK/SHUTTERSTOCK"
impulsionando-nos para frente. Observe que nossos pés não
escorregam devido à existência de atrito entre eles e o solo.
112

Isso explica o fato de encontrarmos dificuldades para andar


se o solo estiver muito escorregadio, ou seja, se o atrito não
for suficiente para evitar que nossos pés escorreguem.
O mesmo podemos dizer dos automóveis. As rodas tra-
cionadas são colocadas em movimento de rotação. Como es-
tão em contato com o solo, elas aplicam no solo uma força
para trás; o atrito existente entre as rodas e o solo impede
que elas girem em falso, impulsionando-as para a frente. Se o
solo for escorregadio, lamacento, por exemplo, as rodas giram Se o trator puxar o carro, este vai puxar o trator com
sem sair do lugar. uma força de mesma intensidade.Como explicar o fato
LIVRO DO PROFESSOR

de o trator conseguir retirar o carro do lamaçal?

Através do cabo de aço, o trator aplica uma força no carro.


Este, por sua vez, reage aplicando, no trator, uma força de mes-
ma intensidade, mesma direção e sentido contrário. Essas forças
não deveriam se equilibrar e o sistema permanecer em repouso?
Observe que essas forças não se equilibram (resultante
nula) porque elas estão aplicadas em corpos diferentes: uma no
carro e a outra no trator. O sistema (carro + trator) consegue en-
trar em movimento porque os pneus do trator trocam com o solo
uma força de maior intensidade que aquela trocada com o carro.
SNAP2ART/SHUTTERSTOCK

Assista ao vídeo sobre 3a lei de Newton.


Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=LNARzNrnRk8&feature=player_
EMI-15-20

Se o atrito entre as rodas e o solo não for suficiente, as rodas


giram “em falso”: o carro patinha e não sai do lugar. embedded>. Acesso em: 10 jul 2014.

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2
A Física na História

221
O problema do movimento
Um dos problemas que foram objeto de grandes estudos de muitos filósofos relacionava-se ao movimento dos corpos e
dos planetas.
Tales de Mileto (625 ou 624 - 547 ou 546 a.C.) foi o primeiro filósofo ocidental a estudar a Physis (natureza). Fundador da escola
jônica, esboçou as primeiras ideias sobre o movimento. Entre suas ideias, considerava a água como “substância primordial” que
constituía a essência do Universo.
Influenciado por Tales, Aristóteles (384 - 322 a.C.) desenvolveu um sistema filosófico para explicar o movimento dos

Física
corpos. Esse sistema postulava que todas as coisas eram formadas a partir de quatro elementos básicos – ar, fogo, água e
terra – que se organizavam conforme suas naturezas intrínsecas. No ponto mais alto, ficava o ar, logo abaixo, o fogo, e suces-
sivamente, a água e a terra. Acima de todos ficava o éter. Os corpos, então, movimentavam-se para se localizarem conforme
suas naturezas. Muitas ideias de Aristóteles foram aceitas até a Idade Média.
SAILOM E TOMTSYA/SHUTTERSTOCK
ILLUSTRERAD VERLDSHISTORIA UTGIFVEN AV E. WALLIS. VOLUME I

"MONTAGEM SOBRE IMAGENS DE SIRINS, MARIUSZ S. JURGIELEWICZ,

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Quente Úmido
TARDIEU, AMBROISE (1788-1841

Seco Frio

Tales de Mileto Aristóteles Quatro elementos básicos

Nesse período da história, o filósofo e religioso francês Jean Buridan (1300-1358) desenvolveu a chamada teoria do
ímpeto, segundo a qual, para que um movimento se mantenha, uma força deve atuar sobre o corpo. O movimento persiste
porque essa força se incorpora a ele, e vai se reduzindo progressivamente até se anular completamente. Dessa forma, quando
um móvel já não recebe a ação de uma força a impulsioná-lo, sua tendência é buscar o repouso.
No século XVII, Galileu Galilei, que acreditava em parte na teoria do ímpeto, defendeu que o movimento de um corpo não
é um fenômeno transitório que necessariamente leva ao repouso por desgaste da força. Para ele, se não houver resistência,

113
essa força não se gasta e o corpo deveria manter-se em movimento. Galileu foi um dos primeiros a utilizar a matemática na
descrição dos movimentos.
Com base em Galileu, Isaac Newton apresentou as leis dos movimentos dos corpos e postula que força motriz é um ente
físico capaz de provocar mudança na velocidade dos corpos. As leis de Newton serão objetos de estudo nos capítulos que se
seguem.
Ainda hoje, a descrição dos movimentos estabelecida por Newton, Euler, Lagrange, entre outros, prevalece e é utilizada nos
estudos acadêmicos e práticos com aplicações nos ramos: militar, de engenharia, de pesquisa aeroespacial, tecnologia de ponta etc.
Como exemplos atuais de aplicações desses estudos, podemos citar o surgimento da Internet, do GPS, dos computadores, das TVs...

LIVRO DO PROFESSOR
JAKOB EMANUEL HANDMANN

REPRODUÇÃO

Jean Buridan Leonard Euler Joseph-Louis Lagrange

Curiosidade: alguns autores apresentam como data de nascimento de Sir Isaac Newton o Natal de 1642, enquanto
outros apresentam o dia 4 de janeiro de 1643. A aparente contradição ocorre por um motivo simples. Em 1582, o papa
Gregório XIII promulgou um novo calendário passando do calendário juliano para o calendário gregoriano. Nessa passagem,
foram suprimidos 10 dias do referido ano (de 5 a 14 de outubro de 1582). Oficialmente, a Inglaterra adotou esse novo calen-
dário apenas em 1752, assim, a data de nascimento de Newton é o Natal de 1642, no calendário juliano, ou 4 de janeiro de
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1643, no calendário gregoriano.

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2. Organizador gráfico
2

A. As leis de Newton
221
Física

Leis de Newton

1a 2a 3a
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Definição
Inércia de força
Ação e
reação
114

Repouso
ou MRU
Movimento FAB = –FBA
acelerado
LIVRO DO PROFESSOR

EMI-15-20

Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características

EMI-2015-21-MCN.indb 114 30/09/2014 08:44:24


Módulo 7

2
Terceira lei de Newton

221
Exercícios de Aplicação
01. 02.
Uma pessoa sentada aplica no assento da cadeira uma Um caminhão carregado choca-se frontalmente com um

Física
força de ação de intensidade igual a F, vertical e para baixo. automóvel.
Nesse caso, como você caracteriza a força de reação? a. Em qual deles atua uma força mais intensa?
b. Para um mesmo intervalo de tempo, qual deles sofrerá
Resolução
a maior variação de velocidade?
A força de reação é a força que o assento da cadeira exer-
ce na pessoa, de intensidade igual à força aplicada pela pes- Resolução
soa, vertical e para cima. a. De acordo com a terceira lei de Newton, a intensidade
da força é a mesma tanto no caminhão como no

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


automóvel.
b. De acordo com a segunda lei de Newton:
F = m · a = m · ∆v . Sendo F e ∆t iguais para os dois
∆t
móveis, sofrerá maior variação de velocidade o móvel
de menor massa. Nesse caso, certamente o automóvel.

115
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-20

EMI-2015-21-MCN.indb 115 30/09/2014 08:44:25


03. UFRN
2

Em tirinhas, é muito comum encontrarmos situações que envolvem conceitos de Física e que, inclusive, têm sua parte cô-
mica relacionada, de alguma forma, com a Física.
221

Considere a tirinha envolvendo a “Turma da Mônica”, mostrada a seguir.


Física

Supondo que o sistema se encontra em equilíbrio, é correto afirmar que, de acordo com a lei da ação e reação (3a lei
de Newton):
a. a força que a Mônica exerce sobre a corda e a força que os meninos exercem sobre a corda formam um par ação-reação.
b. a força que a Mônica exerce sobre o chão e a força que a corda faz sobre a Mônica formam um par ação-reação.
c. a força que a Mônica exerce sobre a corda e a força que a corda faz sobre a Mônica formam um par ação-reação.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d. a força que a Mônica exerce sobre a corda e a força que os meninos exercem sobre o chão formam um par ação-reação.
Resolução
Das alternativas apresentadas, o par ação-reação correto é apresentado na alternativa c: a força que a Mônica exerce sobre
a corda e a força que a corda exerce sobre a Mônica formam um par ação-reação. Esse par caracteriza a interação entre a Mônica
e a corda.
Alternativa correta: C
Habilidade
Identificar ação e reação como pares de forças de interação, na interpretação de situações reais.
116

Exercícios Extras
04. UFAL 05.
Sabe-se que no espaço, livre da ação de forças externas, Um livro de Física encontra-se em repouso em cima de
LIVRO DO PROFESSOR

um corpo, ao adquirir certa velocidade, permanece deslo- uma carteira. Um segundo livro, de Matemática, é colocado
cando-se em linha reta com velocidade constante, conforme sobre o livro de Física. Considere as seguintes forças agindo
a primeira lei de Newton. Dois astronautas de uma estação no livrode Física:
espacial resolvem se divertir usando tal conceito. Para tanto, • F1 − força exercida pela carteira;
eles se postam em repouso do lado de fora da estação es- • F 2 − força exercida pelo livro de Matemática.
pacial, amarrados por grandes cabos muito finos e flexíveis, a. Essas duas forças formam um par ação-reação? Jus-
de modo a não influenciar no experimento. Após um certo tifique.
momento, eles passam a se afastar um do outro, depois de b. Em caso negativo, explique onde se localizam as rea-
se empurrarem mutuamente. Considerando que o primeiro ções dessas duas forças.
astronauta, juntamente com seu equipamento, apresenta
uma massa de 90 kg e adquire velocidade de 2,0 m/s, qual
o módulo da velocidade adquirida pelo segundo astronauta,
sabendo-se que ele, juntamente com seu equipamento, apre-
senta uma massa de 75 kg?
a. 2,4 m/s d. 3,0 m/s
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b. 2,6 m/s e. 3,2 m/s


c. 2,8 m/s

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Seu espaço

2
Sobre o módulo Essa prática funciona do mesmo modo que a primeira,

221
Neste módulo que trata da terceira lei de Newton − ação e porém mais simples: usar uma bexiga como propulsor é mais
reação −, julgamos importante discutir com os alunos o maior indicado em demonstrações dentro da sala de aula.
número possível de exemplos. Além dos apresentados no
capítulo, temos certeza de que você dispõe de outros. Outro Cinemateca
ponto que merece um comentário mais detalhado é o exercí- Existem dois vídeos interessantes sobre o tema proposto:
cio resolvido sobre os patinadores: a aceleração refere-se ao • Filme: Gravidade – 3D de aventura no espaço side-
intervalo de tempo no qual os patinadores estão em contato.

Física
ral. Americano. Data de lançamento:  3 de outubro
Uma vez separados, a força deixa de existir e eles apresen- de 2013 (Arménia). Direção:  Alfonso Cuarón. Dura-
tam movimento retilíneo e uniforme. ção: 93 minutos;
Finalizando, sugerimos solicitar aos alunos que façam • Vídeo: Poeira das Estrelas – Série que estreou em
um mapa conceitual sobre as leis de Newton, usando como agosto de 2006 e teve 12 episódios sobre cosmologia
modelo o apresentado no final do capítulo. apresentada pelo físico e astrônomo Marcelo Gleiser.

Na web

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Experimentos
Links sugeridos VIRTUAL LAB FÍSICA
Acesse: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/ Atividade
bitstream/handle/mec/18357/Foguete%20de%20 10. Terceira lei de Newton
%C3%83%C2%A1gua_mod.pdf?sequence=3>.

Trata-se de uma prática de lançamento de foguetes refe-


rente à 3a lei de Newton. Ela pode ser usada como uma de-
monstração, em local aberto, da lei ou pode ser pedida como
um trabalho em que cada grupo apresenta seu foguete em
uma competição.

Acesse: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/
bitstream/handle/mec/23319/Foguete%20de%20
balao%20-%20pontociencia.pdf?sequence=1>.

117
LIVRO DO PROFESSOR
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Exercícios Propostos
2

Da teoria, leia o tópico 1. De acordo com essa análise, é correto afirmar:


221

Exercícios de tarefa reforço aprofundamento a. a força aplicada atua contrária ao movimento, a sua
direção é sempre igual à do movimento, e o sentido é
contrário ao movimento.
06. UFSM-RS modificado b. qualquer corpo permanece em repouso ou em movi-
O uso de hélices para propulsão de aviões ainda é muito mento retilíneo uniforme, independentemente da for-
frequente. Quando em movimento, essas hélices empurram ça aplicada sobre ele.
o ar para trás; por isso, o avião se move para a frente. Cite e c. quando um corpo A exerce uma força sobre um cor-
Física

enuncie a lei que explica esse fenômeno. po B, este exerce uma força de reação igual e contrá-
ria sobre o corpo A.
07. UFMG d. qualquer corpo isolado é capaz de entrar em movi-
Um ímã e um bloco de ferro são mantidos fixos numa mento (se estiver em repouso) ou mudar a sua velo-
superfície horizontal, como mostrado nesta figura: cidade (se estiver em movimento).

m 2m 10. Unicid-SP modificado


Sobre as leis de Newton, julgue as afirmativas como ver-
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

ímã ferro
dadeiras ou falsas.
I. A massa dos corpos é um fator que influencia direta-
Em determinado instante, ambos são soltos e movimen- mente na tendência de um corpo manter seu estado
tam-se um em direção ao outro, devido à força de atração atual de movimento;
magnética. Despreze qualquer tipo de atrito e considere que a II. A aceleração adquirida por um corpo depende inver-
massa m do ímã é igual à metade da massa do bloco de ferro. samente da intensidade da força resultante que atua
Sejam ai o módulo da aceleração e Fi o módulo da resultante sobre o corpo;
das forças sobre o ímã. Para o bloco de ferro, essas grandezas III. Nas circunstâncias em que uma força exercida
são, respectivamente, af e Ff. sobre um corpo não provoca movimento, cada
Com base nessas informações, é correto afirmar que: componente do par ação-reação se aplica sobre o
a. Fi = Ff e ai = af c. Fi = 2 Ff e ai = 2af mesmo corpo.
b. Fi = Ff e ai = 2af d. Fi = 2 Ff e ai = af
11. UFJF-MG
08. UFC-CE Um operário empurra duas caixas A e B, de madeira, so-
Um pequeno automóvel colide frontalmente com um ca- bre uma superfície horizontal dentro da loja na qual trabalha,
minhão cuja massa é cinco vezes maior que a massa do auto- exercendo uma força F conforme figura a seguir. Ele começa a
118

móvel. Em relação a essa situação, marque a alternativa que refletir sobre o módulo da força que existe entre as duas cai-
contém a afirmativa correta. xas e conclui corretamente que:
a. Ambos experimentam desaceleração de mesma in-
tensidade.
F
b. Ambos experimentam força de impacto de mesma in- A B
tensidade.
c. O caminhão experimenta desaceleração cinco vezes
mais intensa que a do automóvel. a. se as duas caixas têm movimento acelerado, a for-
d. O automóvel experimenta força de impacto cinco ve- ça que A faz em B é maior que a força que B faz
zes mais intensa que a do caminhão. em A.
LIVRO DO PROFESSOR

e. O caminhão experimenta força de impacto cinco ve- b. se as duas caixas têm movimento retardado, a for-
zes mais intensa que a do automóvel. ça que A faz em B é menor que a força que B faz
em A.
09. Instituto Embraer-SP c. somente se as duas caixas têm movimento unifor-
Observe a ilustração a seguir, que representa uma situação me, a força que A faz em B é igual à força que B faz
do cotidiano, tendo-se em vista as leis de Newton. em A.
d. a força que A faz em B é igual à força que B faz em A,
seja o movimento acelerado, retardado ou uniforme.
e. não existe força alguma entre as caixas A e B, porque
elas estão juntas.

12. Ufla-MG
Um lustre encontra-se preso ao teto de uma sala por uma
haste de massa desprezível, conforme indica a figura a se-
guir. Podem-se identificar as forças que atuam no sistema e
EMI-15-20

representá-las, isolando os corpos envolvidos, conforme as


figuras 2, 3 e 4.

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Figura 1 14. UFTM-MG

2
Figura 2 Analisando as leis de Newton, pode-se concluir correta-
mente que:

221
a. o movimento retilíneo e uniforme é consequência da
F1
aplicação de uma força constante sobre o corpo que
se move.
Teto b. a lei da inércia prevê a existência de referenciais iner-
Figura 3 ciais absolutos, em repouso, como é o caso do centro
Figura 4 de nossa galáxia.
F2 c. para toda ação existe uma reação correspondente,

Física
F4
sendo exemplo dessa circunstância a força normal,
Lustre que é reação à força peso sobre objetos apoiados em
Haste
superfícies planas.
d. se um corpo é dotado de aceleração, esta certamente
F3 F5 é consequência da ação de uma força, ou de um con-
junto de forças de resultante diferente de zero, agindo
Dasforças
 assinaladas,
  constitui(em) par(es)
  ação  e reação: sobre o corpo.
a. F1 e F2 ; F3 e F4 c. F2 e F3 ; F4 e F5

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


15. UFPE
     
b. F1 e F3 ; F2 e F4 d. F1 e F5 A respeito das leis de Newton, podemos afirmar que:
0) a primeira lei de Newton diz que, para um corpo que
13. Instituto Embraer-SP esteja em movimento, é obrigatório que haja pelo me-
Observe a figura. nos uma força atuando sobre ele.
1) a segunda lei de Newton não contém a primeira lei de
Newton como caso particular porque elas são comple-
F tamente diferentes.
F 2) a segunda lei de Newton implica em uma equação
para cada força que atua em um corpo massivo.
3) a terceira lei de Newton estabelece que a toda força de
Disponível em: <http://efisica.if.usp.br/mecanica/
ação corresponde uma força de reação, sempre com
universitario/dinamica/leis_Newton/>. ambas no mesmo corpo.
4) as três leis de Newton valem em qualquer referen-
Ela ilustra uma situação muito comum do nosso cotidia- cial.
no, que pode ser explicada da seguinte maneira: quando em-

119
purramos um objeto, sentimos a resistência que ele oferece 16. UFPB
ao movimento e precisamos aplicar uma força para vencer Em uma performance de patinação no gelo, um casal
essa resistência e fazer com que o objeto se desloque. de bailarinos apresenta um número em que, em determi-
A figura e a explicação podem ser comparadas, correta- nado momento, os bailarinos se empurram mutuamente,
mente, pela seguinte situação: a fim de se afastarem um do outro em linha reta. Durante
a. Um cavalo, ao parar bruscamente durante um passeio, o empurrão, a bailarina, que tem uma massa de 64 kg,
joga a sua montaria no chão, pois a força que estava adquire uma aceleração de módulo 0,25 m/s2 em relação
atuando sobre a pessoa continua a agir e a tendência à pista de patinação, e, consequentemente, o bailarino,
é continuar o movimento. com 80 kg de massa, adquire também uma aceleração,
b. Ao aplicar uma força com a mão em uma caixa, observa- no sentido oposto ao da bailarina. No caso descrito, con-
-se uma aceleração; ao usar a força de duas mãos sobre a sidere que o atrito entre os patins e a pista é desprezível. LIVRO DO PROFESSOR
mesma caixa, a aceleração será proporcionalmente maior. Nessas circunstâncias, a aceleração, em módulo, que
c. Colocando sobre um copo um pedaço de cartolina e o bailarino adquiriu, em relação à pista de patinação, é
sobre esta uma moeda, ao puxar a cartolina brusca- igual a:
mente, a moeda permanece com o mesmo movimen- a. 0,10 m/s2
to e cai no fundo do copo. b. 0,14 m/s2
d. O gás, resultante de combustão, expande-se em câ- c. 0,16 m/s2
maras existentes na turbina e é expelido pelo avião d. 0,20 m/s2
para trás, exercendo sobre esse avião uma força que o e. 0,24 m/s2
impele para a frente.
EMI-15-20

EMI-2015-21-MCN.indb 119 30/09/2014 08:44:34


1. Força peso (ação a distância) 122
2. Força de contato (normal e atrito) 123
3. Forças de atrito estático e dinâmico 125
4. Tração 128
5. Força elástica 129
6. Organizador gráfico 132
Módulo 8 – Forças peso
e de contato (normal e atrito) 133
Módulo 9 – Atrito estático e dinâmico 137
Módulo 10 – Tração e força elástica 141

• Distinguir peso e massa e suas respectivas


unidades.
• Diferenciar atrito estático e dinâmico.
• Relacionar aceleração e força de atrito
na interpretação de movimentos.
• Aplicar as leis de Newton a situações
que envolvem tração e força elástica.
• Resolver problemas que envolvem
força de atrito.

VITALII NESTERCHUK/SHUTTERSTOCK

EMI-2015-21-MCN.indb 120 30/09/2014 08:44:38


Interações mecânicas 3
121
LIVRO DO PROFESSOR

Bungee jumping
Seu funcionamento é possível graças à força elástica gerada pelo cabo preso aos tornozelos
ou na cintura. O cabo é composto por mais de seis mil fiozinhos elásticos e por dentro passa uma
fita de náilon capaz de deixar o saltador em segurança mesmo se o elástico arrebentar. Esta fita
mais os fios elásticos fazem o cabo aguentar 12 mil quilogramas-força e sua elasticidade o faz
deformar 200%: um cabo de 10 metros pode ficar com 30 metros de comprimento.

EMI-2015-21-MCN.indb 121 30/09/2014 08:44:41


1. Força peso (ação a distância)
3

Para Aristóteles, filósofo grego que viveu no século IV an- P


tes de Cristo, a natureza era composta de quatro elementos:
221

terra, água, ar e fogo. O lugar natural da terra e da água era na


superfície da Terra; por isso, a chuva cai e os objetos jogados
–P
para cima retornam ao solo. Já o lugar natural do ar e do fogo é
no alto; por isso, a chama sempre aponta para cima.
Segundo Aristóteles, os movimentos dos corpos obede-
ciam a uma “tendência natural”: os corpos pesados em direção
ao centro da Terra e os corpos leves afastando-se do centro da
Física

Terra. Em relação aos corpos pesados, quanto maior o peso de Atração gravitacional (força peso) entre um corpo
de massa m e a Terra de massa M.
um corpo, maior a velocidade que ele adquire na queda. Ao lon-
go do capítulo, faremos algumas correções a essa afirmação. Como o raio da Terra (6 400 km) é muito maior que as di-
mensões dos corpos em estudo, a figura seguinte ilustra um
modo prático de representar a força peso de um corpo coloca-
do próximo à superfície da Terra.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Solo

A força peso (P ) é vertical e orientada para baixo.
Desprezando-se o atrito com o ar, a força peso é a única
força atuante no corpo; portanto, ela é a resultante das forças
aplicadas sobre ele. Nessas condições, o corpo entra em mo-
vimento vertical acelerado para baixo.
A aceleração do corpo em movimento vertical é chamada
de aceleração da gravidade (g):
MIDOSEMSEM/SHUTTERSTOCK

FR = P
m · a = P (como a = g)
P=m·g
No Sistema Internacional de Unidades (SI), o peso é dado
em newton (N) quando utilizamos a massa em quilogramas
122

Aristóteles nasceu em 384 a.C., em Estagira, na Macedônia, e faleceu (kg) e a aceleração da gravidade metro por segundo por se-
em 322 a.C., em Cálcis, Eubeia. Filósofo grego, um dos mais influentes gundo (m/s²).
pensadores do mundo ocidental. Discípulo de Platão e preceptor de 
Alexandre, o Grande, fundou sua própria escola, o Liceu de Atenas (335
Os vetores querepresentam a força peso (P ) e a acelera-
a.C.), onde dava aulas passeando, e por isso, seus discípulos foram ção da gravidade (g ) apontam sempre para o centro da Terra
chamados de peripatéticos. (Dicionário Enciclopédico Ilustrado Larousse) (ou de um astro qualquer). No caso da representação  da
 su-
perfície da Terra por uma reta horizontal, os vetores P e g são
Em 1687, Isaac Newton, para explicar os movimentos dos verticais para baixo.
planetas em torno do Sol, propôs a lei da gravitação universal: A aceleração da gravidade terrestre varia com a altitude,
mas considerando-se pontos nas proximidades da superfície
Matéria atrai matéria na razão direta do produto entre da Terra, a aceleração da gravidade é considerada constante
LIVRO DO PROFESSOR

suas massas e na razão inversa do quadrado da distância e igual a 9,8 m/s². Na maioria dos exercícios, esse valor é arre-
entre elas. dondado para 10 m/s².
Embora no dia a dia usemos o termo “peso” para nos refe-
Com base nessa lei, podemos entender a queda dos cor- rir à massa corporal, é importante entender que peso e massa
pos. Um corpo solto de uma altura h acima da superfície da são grandezas distintas. A massa − medida da inércia de um
Terra cai em direção ao solo devido à força de atração, deno- corpo − representa a quantidade de matéria existente no cor-
minada força gravitacional, entre o corpo e a Terra. po. Trata-se de uma grandeza escalar e seu valor é constante
Para objetos (massa m) próximos à superfície da Terra para qualquer lugar em que o corpo estiver. Se uma pessoa
(massa M), ou em contato com ela, a força gravitacional, de- possui massa de 80 kg na Terra, ela possuirá 80 kg de massa
vido à atração entre massas (matéria), é denominada força na Lua, em Marte, ou em qualquer outro astro.
peso (P) do objeto. Trata-se de uma força de ação a distância, Por outro lado, o peso é uma grandeza vetorial e representa
ou seja, não há necessidade de ligação material entre o objeto a força de interação com a Terra ou outro astro qualquer. Ele de-
e a Terra. Dizemos que o objeto de massa m encontra-se imer- pende da massa e da aceleração da gravidade. Assim, se o peso
so no campo gravitacional da Terra. de uma pessoa é 900 N na superfície da Terra, na superfície da
De acordo com a lei da ação e reação, a força peso age Lua seu peso será 150 N, pois a aceleração da gravidade na Lua
EMI-15-20

nos dois corpos que se atraem, conforme mostra a figura (fora é, aproximadamente, 1 da aceleração da gravidade na Terra.
de escala). 6

EMI-2015-21-MCN.indb 122 30/09/2014 08:44:45


APRENDER SEMPRE 20

3
01. ENEM modificado Mito: Não há gravidade no espaço

221
Para medir o tempo de reação de uma pessoa, pode-se
realizar a seguinte experiência:
I. Mantenha uma régua, com cerca de 30 cm, sus-
pensa verticalmente, segurando-a pela extremi-
dade superior, de modo que o zero da régua esteja
situado na extremidade inferior.
II. A pessoa deve colocar os dedos da mão, em

Física
forma de pinça, próximo do zero da régua, sem
tocá-la.
III. Sem aviso prévio, solte a régua. A outra pessoa
deverá procurar segurá-la o mais rapidamente

NASA
possível e observar a posição onde conseguiu se-
gurá-la, isto é, a distância que a régua percorreu Estação Espacial Internacional
durante a queda.
Tire da cabeça essa ideia absurda de gravidade zero, pois

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


O quadro seguinte mostra a posição em que três pes- não existe lugar no Universo onde você possa se esconder
soas conseguiram segurar a régua e os respectivos tempos dessa força. Segundo a Teoria da Relatividade, de Albert Eins-
de reação. tein, a própria estrutura do espaço é determinada pela gravida-
de que todos os corpos exercem uns sobre os outros. Se você
Distância percorrida pela régua Tempo de reação quer se referir àquela sensação de ausência de peso experi-
durante a queda (metro) (segundo) mentada pelos astronautas durante uma viagem espacial, o
termo correto não é "gravidade zero", mas microgravidade.
0,30 0,24 Ausência de peso, na verdade, é sensação de queda
livre. Na prática, astronautas em missões espaciais estão
0,15 0,17 totalmente à mercê da atração gravitacional exercida pela
Terra, "caindo" em direção ao nosso planeta. Calcula-se que,
0,10 0,14 na altitude de aproximadamente 400 quilômetros, onde
fica a Estação Espacial Internacional, a força da gravidade
exercida pela Terra ainda corresponda a 90% da que senti-
A distância percorrida pela régua aumenta mais rapida- mos aqui no chão. Mas, como essa "queda" é compensada
mente que o tempo de reação porque: por um movimento "na horizontal", o resultado de ambas as

123
a. a aceleração da régua aumenta, o que faz com que influências é que a estação passa a girar em torno da Terra,
ela caia mais rápido. descrevendo uma longa curva.
b. a resistência do ar aumenta, o que faz com que ela Ambientes de microgravidade têm se mostrado importan-
caia com menor velocidade. tes nas pesquisas que envolvem produção de cristais de alta
c. a aceleração de queda varia, o que provoca um qualidade – nesse contexto, eles crescem com pouquíssimas
movimento acelerado. imperfeições, já que não estão submetidos aos efeitos gra-
d. a força peso da régua tem valor constante, o que vitacionais sentidos aqui na Terra. Vários campos da ciência
gera um movimento acelerado. (como a biologia, a biotecnologia, a farmacologia e a eletrônica
e. a velocidade da régua é constante, o que provoca avançada) não se cansam de tirar vantagem disso.
uma passagem linear do tempo.
LIVRO DO PROFESSOR
Disponível em: <http://super.abril.com.br/universo/
nao-ha-gravidade-espaco-620258.shtml>.
Resolução
Como a distância percorrida pela régua aumenta mais
rapidamente que o tempo, a velocidade de queda da régua
aumenta durante a queda, o que provoca um movimento 2. Força de contato (normal e atrito)
acelerado. Assim, temos: Considere um corpo, um livro, por exemplo, apoiado
a. Incorreta. A aceleração da régua é a aceleração da numa superfície plana e horizontal, como uma mesa. Como
gravidade, que é constante. ele se encontra nas proximidades da superfície da Terra, fica
b. Incorreta. A velocidade da régua aumenta com sob a ação da força gravitacional, que chamamos de força
a queda. peso, conforme mostra a figura.
c. Incorreta. A aceleração é constante.
d. Correta. Como o movimento é bem próximo da A força peso age no centro de
superfície da Terra, o peso do corpo é constante, o gravidade do corpo, puxando-o
que provoca um movimento acelerado. P verticalmente para baixo.
e. Incorreta. A velocidade aumenta.
EMI-15-20

Alternativa correta: D Nessas condições, o corpo pressiona para baixo a su-


perfície na qual está apoiado com uma força perpendicular

EMI-2015-21-MCN.indb 123 30/09/2014 08:44:47


à superfície. Esta, por sua vez, reage e aplica no corpo uma y Blocoem repouso numarampa: as forças
3
C
força, também perpendicular à superfície, para cima e que N  ( C) se equilibram.
peso (P) e de contato 
mantém o corpo em repouso. As forças normal (N) e de atrito (Fa ) são
componentes da força de contato.
221

Essa força de contato entre o corpo e a superfície de apoio Fa


recebe o nome de força normal, ou simplesmente normal (N),
conforme mostra a figura.
α
x
P
N α

As forças peso e normal agem


Física

no corpo; portanto, não formam Como o bloco está em repouso, as forças peso e de con-
P um par ação-reação. tato possuem a mesma intensidade, a mesma direção, mas
sentidos contrários: elas se equilibram. Podemos, também,
De acordo com a terceira lei de Newton, a cada ação cor- optar por trabalhar com a força normal e a força de atrito, que
responde uma reação igual, mas de sentido contrário. Assim, são as forças componentes da força de contato nos eixos y
a reação da força normal que age no bloco encontra-se na su- (perpendicular à rampa) e x (paralelo à rampa).
perfície de apoio, conforme mostra a figura.
APRENDER SEMPRE 21
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

N
01.
Um automóvel de massa 1 200 kg encontra-se parado
em uma rampa inclinada de 37º com a horizontal. Sendo
–N g = 10 m/s2, sen 37º = 0,60 e cos 37º = 0,80:
a. faça o diagrama de forças que agem no automóvel;
Observações b. calcule as intensidades das forças peso, contato,
• A força normal não é reação da força peso: primeiro, normal e atrito.
elas agem no mesmo corpo; segundo, a força peso é
de origem gravitacional (interação entre massas) e a Resolução
força normal é de origem eletromagnética (interação a. A figura ilustra as forças peso e de contato (normal
entre cargas elétricas). e atrito) que agem no bloco.
• A força normal, devido à interação bloco-superfície, y
age no bloco e na superfície de apoio. Neste caso, elas C
formam um par ação-reação. N
• A reação à força peso do bloco encontra-se no centro da Terra. Fa
124

E se a superfície de apoio for inclinada em relação à ho-


rizontal? Neste caso, as forças peso e normal que agem no
bloco estão indicadas na figura seguinte.
37o P x
37o
N

b. O módulo da força peso é dado por:


Forças peso e normal agindo
P = m · g ⇒ P = 1 200 · 10 ⇒ P = 12 000 N
P Como o automóvel está parado na rampa, temos que o mó-
em um corpo apoiado em
dulo da força de contato é igual ao módulo da força peso. Assim:
LIVRO DO PROFESSOR

uma superfície inclinada.


C = P ⇒ C = 12 000 N
Observe que a força peso é vertical para baixo, ou seja, Para obter as forças componentes, normal e atrito, po-
perpendicular à superfície horizontal e a força normal é per- demos decompor a força peso nos eixos x e y, conforme
pendicular à superfície inclinada de apoio. mostra a figura.
Nas condições acima, o corpo, além de pressionar a su- y
C
perfície no qual está apoiado com uma força normal, ele tende
N
a descer a rampa. Se as superfícies de contato do bloco com
a rampa forem totalmente lisas (sem atrito), o bloco desce a Fa
Px
rampa em movimento acelerado. Se as superfícies de con-
tato forem rugosas, haverá atrito e o bloco pode permanecer
Py
em repouso na rampa. Nessa interação entre as superfícies x
37o P
de contato, temos uma força de atrito (Fa), que age tanto no 37o
bloco como na rampa. A força de atrito age no sentido de im-
pedir o deslizamento do bloco rampa abaixo.
Na figura a seguir, temos a representação esquemática N = Py = P · cos 37º ⇒ N = 12 000 · 0,80 ⇒ N = 9 600 N
EMI-15-20

das forças que agem no bloco, considerando-o em repouso Fa = Px = P · sen 37º ⇒ Fa = 12 000 · 0,60 ⇒ Fa = 7 200 N
na rampa.

EMI-2015-21-MCN.indb 124 30/09/2014 08:44:50


3. Forças de atrito estático Na verdade, sabe-se que a força de atrito é a força resul-

3
tante de diversas forças que atuam entre os átomos das su-
e dinâmico perfícies dos corpos em contato. Prova disso é que duas su-

221
Geralmente, temos uma ideia errada a respeito do atrito. perfícies metálicas altamente polidas e limpas, colocadas em
É comum pensarmos no atrito como uma força que é contrária contato em alto vácuo (ausência de ar), não deslizam uma
ao movimento de um corpo. Isso é verdade em parte. De fato, sobre a outra, pois suas superfícies soldam-se a frio devido à
em algumas situações, a força de atrito é no sentido contrário força elétrica entre seus átomos.
ao movimento, mas, em outras situações, a força de atrito tem Voltemos à experiência do armário em sua casa. Se você
o mesmo sentido do movimento e, até mais, ela pode ser res- for aumentando gradativamente a força aplicada no armário e
ponsável pelo movimento de um corpo. este não deslizar, é porque a força de atrito estático aumentou

Física
Vejamos um exemplo. Nas figuras seguintes, imagina- gradativamente e equilibrou a ação de sua força. O armário es-
mos uma pessoa andando graças à força de atrito entre seu tava parado, continua parado.
pé e o solo e um automóvel em movimento graças à força de Com base nessas informações, concluímos que a for-
atrito entre os pneus e o piso. ça de atrito estático é variável. Neste ponto, você poderia
perguntar: então, quando eu vou conseguir fazer o armá-
rio escorregar?
A questão é: a força de atrito estático aumenta até atin-
gir um valor máximo, chamada de força de atrito de desta-

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


que. Quando você superar a força de destaque, o armário
fa entra em movimento. 
A força de atrito estático (F ae) varia desde zero (quando

não há tendência de movimento) até um valor máximo (F aemáx):

fa 0 ≤ Fae ≤ Faemáx

Tanto no homem caminhando como no automóvel em movimento, O valor máximo da força de atrito estático é diretamente
a força de atrito tem o mesmo sentido do movimento. proporcional à força normal, de contato entre o bloco e a su-
perfície de apoio. Assim, escrevemos:
Observe que no pé do homem, a força de atrito possui o
mesmo sentido do movimento dele, pois ela é contrária à ten- Faemáx = µe · N
dência de escorregamento do pé. O mesmo acontece com as
rodas do automóvel. As forças de atrito agem no sentido de Nessa expressão, µe é o coeficiente de proporcionalidade
não permitir que as rodas patinhem; portanto, elas apresen- e é chamado de coeficiente de atrito estático, um número
tam o mesmo sentido do movimento do carro. adimensional, ou seja, sem unidades.

125
Esses dois exemplos nos permitem concluir que a força Em resumo, dizemos que, quando tentamos colocar um
de atrito é contrária à tendência de movimento, ou de escorre- corpo em movimento, temos as seguintes situações:
gamento, de um corpo e não contrária ao movimento.
Vamos dividir o estudo das forças de atrito em duas par- • Enquanto o corpo não entrar em movimento, a força
tes: atrito estático e atrito dinâmico (cinético). de atrito estático é igual, em módulo, à força aplicada
paralelamente à superfície de apoio horizontal;
A. Força de atrito estático
Faça a seguinte experiência. Em sua casa, tente em- • No instante em que a força aplicada igualar-se, em
purrar um móvel (armário) pesado para mudá-lo de lugar. módulo, à força de atrito estático máxima, o corpo en-
Se você empurrar o móvel e não conseguir movimentá-lo é contra-se na iminência de movimento;
porque a força aplicada por você não é suficiente para ven- LIVRO DO PROFESSOR
cer a força de atrito estático entre o móvel e o piso. O móvel • Se, em módulo, a força aplicada for maior que a força
continua parado. de atrito estático máxima, o corpo entra em movimen-
to. A partir desse instante, o atrito passa a ser dinâmico
(cinético), o que veremos no próximo item.
F
Fae B. Força de atrito dinâmico
Quando um bloco está em movimento apoiado em uma
Para colocar o móvel em movimento, a força aplicada superfície na qual existe atrito entre ele e a superfície, dize-
deve superar a força de atrito estático. mos que nele age uma força de atrito dinâmico (cinético), que
se opõe ao movimento dele. A força de atrito dinâmico (F d)
A força de atrito estático, que aparece quando o corpo é constante, não depende da velocidade e da área de contato
apresenta tendência de movimento, provém das rugosida- e seu módulo é diretamente proporcional à força normal de
des do corpo e da superfície de apoio. Essas rugosidades se contato entre o bloco e a superfície de apoio:
encaixam e daí vem a dificuldade de fazer o corpo entrar em
EMI-15-20

movimento. Quanto mais ásperas forem as superfícies de Fad = µd · N


contato, tanto mais difícil será colocar o corpo em movimento.

EMI-2015-21-MCN.indb 125 30/09/2014 08:44:53


Nessa expressão, µd é o coeficiente de proporcionalidade
3
Fa
e é chamado de coeficiente de atrito dinâmico, um número
Para µe = µd
adimensional, ou seja, sem unidades.
221

Fad = Famáx.

0 F F
Gráfico da força de atrito em função da força aplicada em um
Física

bloco, para coeficientes de atrito estático e dinâmico iguais.

Saiba as diferenças na hora de frear um carro com


ABS ou freio comum
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Ponto de início
da frenagem

Sem
ABS

Charles de Coulomb, físico francês, nasceu em Angouleme,


em 1736, e faleceu em Paris, em 1806. Coulomb estabeleceu
as leis experimentais e teóricas do magnetismo e da
eletrostática, introduziu as noções de momento magnético Com
e de polarização e estabeleceu a lei sobre a força de atrito ABS
dinâmico ser independente da velocidade de deslizamento.

Na prática, o coeficiente de atrito dinâmico é menor do


que o coeficiente de atrito estático: • Com ABS, o pedal do freio deve ser pisado até o
126

fim, e é preciso mantê-lo acionado durante todo o


µd < µe percurso da frenagem. A maioria das pessoas ten-
de a “aliviar o pé” no meio do caminho, pois ima-
gina que as rodas vão travar – o que aconteceria
Isso significa dizer que, uma vez superada a força de des- com freios comuns –, mas esse risco não existe
taque (força de atrito estático máxima), o bloco entra em mo- no ABS.
vimento e a força de atrito passa a ser dinâmica, com um valor
menor do que a força de atrito estático máxima. • Em pesquisa realizada pelo Centro de Estudos
Na figura seguinte, temos a representação cartesia- Automotivos (Cesvi), em 2007, mostrou-se que,
na da força de atrito (estático e dinâmico) em função da com freio comum, a 70 quilômetros por hora,
LIVRO DO PROFESSOR

força aplicada. apenas 21% dos motoristas conseguem des-


viar-se de um obstáculo, enquanto com o ABS o
Para µd < µe percentual sobe 81%. Além disso, o sistema anti-
Fa
bloqueio faz com que o tempo de parada do carro
seja menor.
Disponível em: <http://revista.pensecarros.com.br/especial/rs/
Famáx. editorial-veiculos/19,521,3079808,Voce-sabia-que-e-diferente-
Fad frear-com-freios-ABS.html>. Acesso em: 15 maio 2014.

0 F F
Gráfico da força de atrito em função
da força aplicada em um bloco.
Assista ao vídeo sobre o
Em algumas questões particulares, considera-se que os funcionamento do freio ABS:
Acesse: <https://www.youtube.
EMI-15-20

coeficientes de atrito estático e dinâmico são iguais. Nesse


com/watch?v=tfVhTFD5T4A>
caso, o gráfico acima passa a ter o seguinte aspecto.

EMI-2015-21-MCN.indb 126 30/09/2014 08:44:57


APRENDER SEMPRE 22

3
01. b. fa fa

221
Um bloco com massa de 20 kg encontra-se em repou-
so sobre uma superfície horizontal na qual o coeficiente de
atrito estático é 0,30. Considere g = 10 m/s2. Na tentativa de
fazer o bloco deslizar, uma pessoa aplica nele uma força F
paralela à superfície de apoio. Pergunta-se o que acontece p p
com o bloco (desliza ou fica parado?) e qual é o valor da for-
ça de atrito entre o bloco e a superfície de apoio, nos seguin- c. fa fa

Física
tes casos:
a. F = 50 N; b. F = 60 N; c. F = 70 N.

Resolução
Temos na figura a seguir a representação esquemática 0 p p
das forças que agem no bloco.
d. fa fa

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


N

Fa F
p p

e. fa fa
P

Para sabermos se o bloco vai deslizar ou ficar parado,


precisamos, inicialmente, calcular a força de atrito estático
máxima. Assim, temos: p p
Faemáx = µe · N = µe · m · g
Faemáx = 0,30 · 20 · 10 Resolução
Faemáx = 60 N Sem ABS, a força de atrito estático aumenta até atingir o
a. F = 50 N. Neste caso, a força aplicada, em módulo, é menor valor máximo e, quando as rodas travam, o atrito passa a ser
que a força de atrito estático máxima. Portanto, o bloco cinético (dinâmico) com a força de atrito permanecendo cons-

127
permanece parado e o módulo da força de atrito é 50 N. tante. Como o coeficiente de atrito dinâmico é menor do que o
b. F = 60 N. Neste caso, a força aplicada, em módulo, estático, a força de atrito dinâmico é menor do que a força de
é igual à força de atrito estático máxima. Portanto, o atrito estático máxima. Neste caso, temos o seguinte gráfico:
bloco está na iminência de movimento e o módulo da
força de atrito é 60 N. Fa
c. F = 70 N. Neste caso, a força aplicada, em módulo, é
maior que a força de atrito estático máxima. Por- Fatdest.
tanto, o bloco desliza e a força de atrito passa a ser Fatdinâmica
dinâmica (cinética).

02. ENEM 0 p LIVRO DO PROFESSOR


Os freios ABS são uma importante medida de segurança
no trânsito, os quais funcionam para impedir o travamento das Com ABS, quando a força de atrito aproxima-se do valor
rodas do carro quando o sistema de freios é acionado, liberando máximo, a roda é liberada por um breve intervalo de tempo.
as rodas quando estão no limiar do deslizamento. Quando as Isso impede seu travamento. Como o procedimento é repeti-
rodas travam, a força de frenagem é governada pelo atrito ciné- do sucessivamente, temos o seguinte gráfico:
tico. As representações esquemáticas da força de atrito Fa entre
Fa
os pneus e a pista, em função da pressão p aplicada no pedal
de freio, para carros sem ABS e com ABS, respectivamente, são:
Fatdest.
a. fa fa

0 p

p p
EMI-15-20

Alternativa correta: A

EMI-2015-21-MCN.indb 127 30/09/2014 08:45:00


4. Tração módulo, de mesma direção (ao longo da corda), mas de sentidos
3

Um modo prático de colocar um corpo em movimento é contrários, conforme mostra a figura.


por meio de uma corda, ou um fio, conforme mostra a figura.
221

T2
T1

Em uma corda ideal, a força de tração é um par de forças, de mesmo


A corda, ou o fio, transmite a força aplicada pelo homem para o bloco. módulo, que agem ao longo da corda em sentidos contrários.
Física

Observe, na figura, que o homem puxa a extremidade li- No caso específico de uma corda ideal, temos:
vre da corda com uma força F e esta é transmitida para o blo- T1 = T2 = T  
co através da corda. Nessas condições, dizemos que a corda  Em relação à terceira lei de Newton,
 T1 e T 2 não formam um
está tracionada, ou seja, sob a ação de uma força de tração T. par ação-reação. A força de tração T1 é resultado da interação en-
Se considerarmos uma corda ideal − massa desprezível, tre a corda e o bloco; a reaçãoà força T1 encontra-se na corda. Por
flexível e inextensível (o comprimento permanece constante) −, outro lado, a força de tração T 2 é resultado
 da interação entre o
as forças de tração nas extremidades da corda são iguais em homem e a corda; a reação à força T 2 encontra-se na corda.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Física na indústria
Sempre que estudamos tração, devemos levar em conta o tipo de cabo que é usado. Para simplificação dos exercícios, os cabos são
inextensíveis e de massa desprezível, porém nas indústrias que trabalham com sustentação de cargas os cabos são muito mais complexos
do que um simples fio, eles são compostos por quatro partes:

Arame
Perna
Alma

Cabo

O arame é o fio de aço propriamente dito. Um conjunto de arames torcidos formam a perna. A parte central do cabo é a
128

alma. Esta alma pode ser de fibra (natural ou sintética) – chamada de AF quando de fibra natural e de AFA quando de fibra
sintética – ou de aço (formada também por arames), chamada de AA (alma de aço constituída por uma perna) ou AACI (alma
constituída por um outro cabo independente).
A alma de fibra dá maior flexibilidade ao cabo de aço, porém menor resistência à tração, enquanto a alma de aço dá maior
resistência à tração, porém menor flexibilidade.
A especificação de um determinado tipo de cabo de aço – incluindo o número de arames por perna, o número de pernas,
e a torção – possui um padrão normatizado. Este padrão foi criado para que seja possível a identificação de um cabo de aço.
Atualmente, existem oito tipos de construção das pernas de um cabo de aço: 6 x 7, 6 x 19, 6 x 25, 6 x 36, 6 x 37, 6 x 41, 8 x 19 e 19 x 7.
O primeiro número indica a quantidade de pernas, e o segundo a quantidade de arames que formam as pernas. Cada tipo é indicado
para um trabalho em específico, pois cada um deles possui vantagens e desvantagens comparando-os uns contra os outros.
LIVRO DO PROFESSOR

6X37 + AF 6X36 + AA 6X41 + AA 6X37 + AA 6X7 + AF 6X7 + AA 6X19 + AF 6X25 + AF Filler


Warrington Warrington-Seale Warrington-Seale Warrington

8X19 + AF Seale 19X7 Cordoalha Cordoalha 6X19 + AA 6X25 + 6X36 + AF 6X41 + AF


Não rotativo 7 Fios 19 Fios AA Filler Warrington - Seale Warrington - Seale
EMI-15-20

Disponível em: <http://www.cabosdeacocablemax.com.br/tabela-de-cabos-de-aco.html>. Acesso em: 15 maio2014.

EMI-2015-21-MCN.indb 128 30/09/2014 08:45:04


APRENDER SEMPRE 23

3
01. Resolução
Um corpo de massa 5,0 kg está apoiado em uma balança e No bloco agem as forças peso (interação com a Terra),

221
é tracionado por um fio vertical, como mostra a figura. normal (interação com a balança) e tração (interação com o
fio), conforme mostra o diagrama seguinte.
N T

Física
P

Como o bloco está em equilíbrio:


Sabendo-se que a indicação da balança é 3,0 kg, calcule FR = 0 ⇒ T + N = P ⇒ T + m(indic. balança) · g = mbloco · g
a intensidade da força de tração no fio. Considere g = 10 m/s2. T + 3 · 10 = 5 · 10 ⇒ T = 20 N

Na figura seguinte, temos a ilustração de uma mola

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


plana e horizontal presa por um de seus extremos a uma
parede vertical e o outro extremo preso a um bloco com
Leia o texto sobre a tração nos carros: massa m.
http://bestcars.uol.com.br/ct/tracao.htm

5. Força elástica Mola helicoidal em seu estado natural, sem


Um dispositivo muito utilizado em equipamentos mecâ- deformação, entre um bloco e uma parede.
nicos é a mola. Quando produzimos uma deformação em uma
mola,
 ela reage com uma força denominada força elástica Na situação mostrada na figura anterior, a mola não apre-
(F el) que pode ser utilizada para impulsionar um corpo qual- senta deformação; ela não está comprimida nem alongada.
quer, uma bola, por exemplo. Suponha que uma pessoa empurre o bloco contra a mola
produzindo uma compressão x nela. À medida que a mola vai
sendo
 comprimida, ela reage, aplicando no bloco uma força
F el, denominada força elástica (veja as figuras).

129
x

Fel

LIVRO DO PROFESSOR
A força elástica da mola sobre o bloco age no sentido
de se opor à deformação (compressão).

Robert Hooke estudou as deformações de molas e es-


tabeleceu que a força elástica é diretamente proporcional à
RALF JUERGEN KRAFT/SHUTTERSTOCK

deformação sofrida por ela:

 
F el = –k · x

Nessa expressão, k é a constante de proporciona-


lidade, denominada constante elástica da mola, x é a
deformação produzida e o sinal (−) indica que a força
elástica possui o sentido contrário à deformação. Em
módulo, temos:
Em algumas máquinas de pinball, a bola é colocada em
EMI-15-20

movimento por meio de uma mola comprimida que, ao


ser liberada, aplica uma força elástica na bola.
Fel = k ·x

EMI-2015-21-MCN.indb 129 30/09/2014 08:45:08


A constante elástica da mola (k) depende do tipo de ma- APRENDER SEMPRE 24
3

terial de que é feita a mola, do formato da mola (espiral, heli- A figura seguinte mostra um corpo de massa
coidal), do comprimento e da espessura do material. Portan- 10 kg pendurado numa mola de constante elástica
221

to, cada mola possui uma constante elástica específica. No 2 000 N/m.
SI, a constante elástica k é dada em N/m (newton por metro).
Física
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Sabendo-se que o corpo está em equilíbrio, calcule a


THE GRANGER COLLECTION/GLOW IMAGES

deformação da mola. Considere g = 10 m/s².

Resolução
No bloco agem duas forças: a força peso (interação
com a Terra) e a força elástica (interação com a mola), con-
forme mostra a figura

Robert Hooke, astrônomo, matemático e físico inglês, nasceu em


Fel
Freshwater, ilha de Wight, em 1635, e faleceu em Londres, em 1703.
Formulou a lei da resistência dos materiais, que leva o seu nome.
Concebeu a possibilidade de utilizar o pêndulo para determinar valor
da aceleração da gravidade e foi o primeiro a descrever e desenhar uma
célula. (Micrografia, 1665). Dicionário Enciclopédico Ilustrado Larousse.

P
130

Assista ao vídeo sobre molas: Como o bloco está em equilíbrio, temos:


Acesse: <https://www.youtube.com/ FR = 0 ⇒ Fel = P ⇒ k · x = m · g
watch?v=ek-M81o-sKk#t=54> 2 000 · x = 10 · 10 ⇒ x = 0,05 m = 5 cm

A. Dinamômetro
O dinamômetro, aparelho para medir forças, utiliza a deformação de uma mola, conforme mostra a figura.
LIVRO DO PROFESSOR

newton (N)

0 1 2 3 4 5 6

A deformação de uma mola e uma escala graduada são os requisitos básicos para
o funcionamento de um dinamômetro.

Quanto maior o peso do bloco pendurado em um dinamô- Leia o texto sobre dinamometria no ser humano:
metro, maior a deformação da mola e, consequentemente, Acesse: <http://www.portaleducacao.com.br/educacao-
fisica/artigos/34295/dinamometria-metodo-de-
EMI-15-20

maior será a leitura do dinamômetro.


medicao-em-biomecanica-do-movimento-humano>.

EMI-2015-21-MCN.indb 130 30/09/2014 08:45:12


3
Dinamômetro de rolo

221
Também conhecido como dinamômetro de chassi, usa um ou dois rolos que giram impulsionados pelas rodas motrizes
do carro. Também existem alguns que variam a carga própria (ou resistência ao movimento), como se fosse uma esteira de
caminhada. Podem ser programados para simular a resistência do ar ou maior pressão aerodinâmica.
“O dinamômetro de chassi é uma boa maneira de avaliar o comportamento de um carro completo em regime máximo e
constante, simulando condições de rodagem reais”, afirma o professor Celso Argachoy, da FEI. Montadoras e empresas de
autopeças usam esse tipo de dino para fazer testes de emissões de poluentes e afinar os ajustes que assegurem um funcio-
namento correto em todas as condições atmosféricas.

Física
Dinamômetro de bancada
Aqui só o motor interessa. Os sistemas de refrigeração e escape são do próprio equipamento. A transmissão é acoplada ao
eixo do aparelho. Durante o funcionamento, diversos parâmetros do motor podem ser mensurados e ajustados em tempo real.
Para medições de potência, o motor é estabilizado numa determinada rotação e o ensaio é repetido com intervalos para os
lubrificantes voltarem à condição inicial. Renato Romio, engenheiro do Instituto Mauá, lembra que num laboratório o ambiente
controlado facilita as medições precisas. “No dinamômetro de chassi, se um pneu (superfície de contato com o rolo) estiver
mal calibrado, o resultado já estará comprometido”, diz.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Curvas características do motor
200 50

180 45

160 40

140 35

Torque (m · kgf)
120 30
Potência (cv)

100 25

80 20

131
60 15

40 10

20 5

0 0
500

1 000

1 500

2 000

2 500

3 000

3 500

4 000

4 500

5 000

5 500

6 000

6 500

7 000

7 500

8 000

8 500

LIVRO DO PROFESSOR
Potência Torque

Os gráficos gerados pelo dinamômetro, seja ele de chassi ou de bancada, informam valores de torque e potência, entre
outros parâmetros. No caso do torque, que, numa maneira simplificada, é a força absoluta, quanto mais plana a linha na tela
do dino, melhor. Isso mostra que a força está presente de maneira uniforme em vários regimes de rotação do motor. O torque
é importante para acelerar e retomar velocidade.
Sua unidade é o metro x quilograma-força (m · kgf) ou newton metro (N · m).
A combinação de torque com rotação do motor resulta na potência. Ela, por exemplo, será fundamental para se conhecer
a velocidade máxima do veículo.
Nos sonhos de qualquer tuneiro, um dinamômetro mostraria uma linha de potência subindo rapidamente para a estratos-
fera à medida que aumenta a rotação do motor.
Como não existe milagre mecânico, a partir de uma determinada rotação, cai a capacidade do motor de transformar com-
bustível em energia e a potência diminui. A unidade adotada comumente no Brasil é o cavalo (ou cavalo-vapor, cv).
Disponível em: <http://quatrorodas.abril.com.br/nitro/
EMI-15-20

reportagens/conteudo_157919.shtml>.

EMI-2015-21-MCN.indb 131 30/09/2014 08:45:13


6. Organizador gráfico
3

A. Interações mecânicas
221
Física

Interações
mecânicas
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Ação a
distância: peso
Força
elástica: molas

Contato: normal Tração


e atrito fios e cordas
132

Força resultante
LIVRO DO PROFESSOR

FR = 0 FR ≠ 0
- Repouso Movimento
SERGEY NIVENS / SHUTTERSTOCK

- MRU. acelerado
EMI-15-20

Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características

EMI-2015-21-MCN.indb 132 30/09/2014 08:45:14


Módulo 8

3
Forças peso e de contato (normal e atrito)

221
Exercícios de Aplicação
01. 03. IFSP
O peso de um astronauta na superfície da Terra é 750 N. Para transportar os operários numa obra, a empresa cons-

Física
Esse astronauta é transportado para a Lua, onde a aceleração trutora montou um elevador que consiste numa plataforma liga-
da gravidade é 1,6 m/s². Considerando que a aceleração da da por fios ideais a um motor instalado no telhado do edifício em
gravidade na Terra é 10 m/s2, determine: construção. A figura mostra, fora de escala, um trabalhador sen-
a. a massa do astronauta; do levado verticalmente para cima com velocidade constante,
b. o peso do astronauta na superfície da Lua. pelo equipamento. Quando necessário, adote g = 10 m/s2.
Resolução
Motor
a. Sendo o peso do astronauta na Terra igual a 750 N, sua

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


massa é:
P = m · g ⇒ 750 = m · 10 ⇒ m = 75 kg
b. Na superfície da Lua, o peso do astronauta vale:
P = m · g ⇒ P = 75 · 1,6 ⇒ P = 120 kg

Preocupada com as normas de segurança, a empresa


responsável pelo elevador afixou a placa mostrada a seguir,
indicando a carga máxima que pode ser transportada por ele.

02. Unicid-SP

133
Segundo a Física clássica, em relação aos corpos, massa
é uma característica:
a. invariável, enquanto o peso é igual ao produto da mas-
sa do corpo pela aceleração da gravidade local.
b. invariável, enquanto o peso é igual à razão entre a
massa do corpo e a aceleração da gravidade local. Considerando-se as unidades de medida estabelecidas
c. invariável, enquanto o peso é igual à massa do corpo pelo Sistema Internacional, quem escreveu os dizeres da placa
somada à aceleração da gravidade local. cometeu um erro e, para corrigi-lo, bastaria trocar “600 kg” por:
d. variável, enquanto o peso é igual ao produto da massa a. 600 000 g. d. 600 N.
do corpo pela aceleração da gravidade local. b. 0,6 kgf. e. 6 000 N.
e. variável, enquanto o peso é igual à razão entre a massa c. 60 N. LIVRO DO PROFESSOR
do corpo e a aceleração da gravidade local.
Resolução
Resolução P = m · g ⇒ P = 600 · 10 ⇒ P = 6 000 N
De acordo com a Física clássica, a massa de um corpo é Alternativa correta: E
invariável e peso é o produto da massa pela aceleração da
gravidade. Habilidade
Alternativa correta: A Distinguir peso e massa e suas respectivas unidades.
EMI-15-20

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Exercícios Extras
3

04. 05. Uespi


221

Um armário de 20 kg encontra-se apoiado no piso de uma Três livros idênticos, de peso 8 N cada, encontram-se em
sala. Uma pessoa, pretendendo mudar o armário de lugar, em- repouso sobre uma superfície horizontal (ver figura). Qual é o
purra-o com uma força horizontal de 50 N. Observa-se que a módulo da força que o livro 2 exerce no livro 1?
força não é suficiente para deslocar o armário. Considere
Livro 3
g = 10 m/s2. Nessas condições, pode-se afirmar que:
a. a pessoa só conseguira mover o armário se aplicar g Livro 2
uma força maior que o peso do armário. Livro 1
Física

b. a força de reação normal do piso no armário é 50 N.


c. a força de atrito no armário é 50 N. a. zero d. 16 N
d. o peso do armário é 200 N e a força que ele aplica no b. 4 N e. 24 N
piso é 150 N. c. 8 N

Seu espaço
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Sobre o módulo Constitui prática comum tratar a força normal e a força de


Neste módulo 8, desenvolvemos os conceitos relativos atrito como duas forças independentes. Elas são componentes
às forças de ação à distância − força peso − e de contato − da força de contato entre um bloco e a superfície de apoio. Jul-
normal e atrito. Alguns comentários são necessários: gamos importante salientar esse ponto sempre que possível.
A força peso é de origem gravitacional − atração entre
massas gravitacionais. Trata-se de uma força de campo: um Experimentos
corpo é imerso no campo gravitacional gerado por outro. Mes- VIRTUAL LAB FÍSICA
mo não havendo ligação material entre os corpos, continua Atividade
válida a lei da ação e reação. É importante, em todas as ques- 6- Aceleração da gravidade
tões, ressaltar o par ação-reação. Sugerimos utilizar a questão
do ENEM que aparece como exercício resolvido para avaliar as
habilidades adquiridas pelos alunos.
134
LIVRO DO PROFESSOR

EMI-15-20

EMI-2015-21-MCN.indb 134 30/09/2014 08:45:16


Exercícios Propostos

3
Da teoria, leia os tópicos 1 e 2. b. está correta, pois o peso depende da aceleração da

221
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento gravidade do planeta.
c. está correta, pois a massa varia com a gravidade.
d. está incorreta, pois a massa não varia com a gravidade.
06. Sistema COC e. está correta, pois quanto menor a gravidade, maior o peso.
Um satélite artificial de massa 600 kg encontra-se em órbi-
ta a uma altura h acima da superfície da Terra. Considerando que 10.
nessa altura a aceleração da gravidade da Terra vale 5,0 m/s², Um satélite artificial gira em torno da Terra com velocidade

Física
determine a intensidade da força com que o satélite atrai a Terra. constante. A figura ilustra a Terra vista do espaço e quatro po-
sições, A, B, C e D, ocupadas pelo satélite em seu movimento.
07. PUC-RS
A
Um livro encontra-se apoiado sobre uma mesa plana e hori-
zontal. Considerando apenas a força de reação normal e a força
peso que atuam sobre o livro, são feitas as seguintes afirmativas:
I. As intensidades da força normal e da força peso são D B
iguais e uma é a reação da outra.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


II. As intensidades da força normal e da força peso são
iguais e têm origem em interações de tipos diferentes.
III. A força normal sobre o livro, devida à interação do livro C
com a mesa, é de origem gravitacional.
IV. A força normal sobre o livro é de origem eletromagnética. Desenhe a força peso do satélite em cada uma das quatro
Estão corretas apenas as afirmativas: posições mostradas na figura.
a. I e II. d. III e IV.
b. I e III. e. II, III e IV. 11.
c. II e IV. Sabe-se que a aceleração da gravidade da Terra é inversa-
mente proporcional ao quadrado da distância do ponto ao cen-
08. tro da Terra. Considere a Terra perfeitamente esférica de raio R
Um objeto pesa 49 N na superfície da Terra e 105 N na e que, para um ponto na superfície da Terra, a aceleração da
superfície de um planeta X. Sabendo-se que a aceleração da gravidade vale 9,8 m/s2. Qual será o valor do peso de um corpo
gravidade na superfície da Terra é 9,8 m/s2, a aceleração da de 10 kg colocado a uma altura igual a R da superfície da Terra?
gravidade na superfície do planeta X vale:
a. 5,0 m/s² d. 21 m/s² 12. PUC-PR

135
b. 9,8 m/s² e. 105 m/s² A respeito das grandezas massa e força peso, pode-se
c. 15 m/s² afirmar corretamente:
a. Massa é o mesmo que força peso, mas medida em
09. unidades diferentes.
Leia a tirinha do Garfield. b. Massa é uma característica intrínseca do corpo, en-
quanto a força peso representa a interação gravitacio-
nal entre o corpo e o planeta no qual este se encontra.
GARFIELD, JIM DAVIS © 1994 PAWS, INC. ALL RIGHTS RESERVED / DIST. UNIVERSAL UCLICK

c. Ao levar um bloco de um lugar a outro no Universo, seu


peso permanece inalterado enquanto sua massa se altera.
d. Não é possível medir a massa de um corpo na Lua,
porque lá não existe gravidade. LIVRO DO PROFESSOR
e. O que nos mantém “presos” à Terra é sua atmosfera.

13. UEA-AM
A figura representa uma brincadeira de criança em que
um carrinho de fricção sobe uma tábua inclinada de um
ângulo α com a horizontal. No meio da tábua, há uma caixa de
fósforos que o carrinho de fricção consegue empurrar.

4
3 7

8
5 2
Em relação à resposta do Garfield, podemos afirmar que: 6
9 1
EMI-15-20

a. está errada, pois o peso não se altera em qualquer


α
planeta.

EMI-2015-21-MCN.indb 135 30/09/2014 08:45:18


Das nove forças atuantes representadas no sistema, Nessa situação, a força de contato no bloco, aplicada
3

considere apenas a: pela superfície horizontal, é igual, em módulo, à força peso do


I. força peso da caixa de fósforos; bloco. Uma força F, paralela à superfície, é aplicada no bloco
221

II. força de reação da tábua sobre o carrinho; sem conseguir movimentá-lo. Explique o que acontece com
III. força de atrito sobre a caixa de fósforos. o módulo da força de contato: passa a ser maior, menor ou
Essas forças estão representadas, respectivamente, pe- continua igual ao peso do bloco?
las setas com os números:
a. 6, 3 e 8. 16. UPE
b. 9, 3 e 8. Suponha um bloco de massa m = 2 kg inicialmente
c. 9, 5 e 7. em repouso sobre um plano horizontal sem atrito. Uma for-
Física

d. 2, 5 e 7. ça F = 16 N é aplicada sobre o bloco, conforme mostra a


e. 2, 1 e 8. figura a seguir. Qual é a intensidade da reação normal
do plano de apoio e a aceleração do bloco, respectiva-
14. mente, sabendo-se que sen 60º = 0,85, cos 60º = 0,50
Um carro encontra-se parado em uma ladeira com o freio e g = 10 m/s 2?
de mão puxado.
a. Qual é o número de forças que agem no carro? Quais F
são elas?
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

b. O que se pode dizer do módulo, da direção e do senti- 60o


do dessas forças?

15.
Um bloco encontra-se apoiado em uma superfície hori- a. 6,4 N e 4 m/s2
zontal, conforme mostra a figura. b. 13, 6 N e 4 m/s2
c. 20,0 N e 8 m/s2
d. 16,0 N e 8 m/s2
e. 8,00 N e 8 m/s2
136
LIVRO DO PROFESSOR

EMI-15-20

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Módulo 9

3
Atrito estático e dinâmico

221
Exercícios de Aplicação
01. 03. UEA-AM
Sobre as forças de atrito, responda às questões, justifi- Dois amigos, Caio e André, estão tentando arrastar juntos

Física
cando suas respostas. uma caixa de 400 kg, inicialmente em repouso sobre uma
a. A força de atrito é sempre contrária ao movimento de superfície plana e horizontal. O coeficiente de atrito estático
um corpo? entre a caixa e o solo vale 0,4. Caio puxa a caixa para a esquer-
b. Um bloco está em repouso sobre uma superfície ho- da, com uma força horizontal constante de 500 N. Ao mesmo
rizontal rugosa. Existe atrito entre o bloco e a superfí- tempo, André empurra a caixa também para a esquerda, com
cie? Existe força de atrito agindo no bloco? uma força também horizontal.
c. O que é mais fácil: colocar um bloco em movimento ou
manter um bloco em movimento? André

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Caio
Resolução
a. Não; a força de atrito é contrária à tendência de escor-
regamento do corpo.
b. Existe atrito entre o bloco e a superfície, mas não exis-
te força de atrito no bloco, pois ele não apresenta ten-
dência de movimento.
c. É mais fácil manter um bloco em movimento porque o
coeficiente de atrito dinâmico é menor do que o coefi- (olabirintocientifico.blogspot.com. Adaptado)
ciente de atrito estático.
Adotando g = 10 m/s2, a caixa só iniciará o escorrega-
mento sobre o solo se André aplicar uma força, em N, de
módulo maior do que:
02. a. 1 200. d. 1 100.
Um bloco com massa de 20 kg encontra-se em repouso b. 1 900. e. 1 600.
sobre uma superfície horizontal. Os coeficientes de atrito es- c. 1 800.

137
tático e cinético, entre o bloco e a superfície, valem, respecti-
vamente, 0,50 e 0,40. Considere g = 10 m/s2.
a. Aplica-se no bloco uma força de módulo 90 N paralela Resolução
à superfície de apoio. O bloco entra em movimento? Para iniciar o escorregamento, a força aplicada deve ser
Qual o valor da força de atrito no bloco? ligeiramente maior que a força de atrito estático máxima. As-
b. Responda ao item anterior considerando que o módulo sim, temos:
da força seja 120 N. Faplicada > Faemáx ⇒ FCaio + FAndré > µe · N
Resolução FCaio + FAndré > µe · m · g
a. A força de atrito estático máxima no bloco é: 500 + FAndré > 0,4 · 400 · 10
Faemáx = µe · N = µe · m · g ⇒ Faemáx = 0,50 · 20 · 10 ⇒ FAndré > 1 100 N LIVRO DO PROFESSOR
Faemáx= 100 N Alternativa correta: D
Como a força aplicada é 90 N, o bloco não entra em mo-
vimento. Portanto, a força de atrito no bloco vale 90 N. Habilidade
b. Para uma força aplicada igual a 120 N, temos: Diferenciar atrito estático e dinâmico.
F aplic. > Faemáx. Portanto, o bloco entra em movimento
acelerado. Neste caso, temos força de atrito dinâmico
e seu módulo vale:
Fad = µd · N = µd · m · g ⇒ Fad = 0,40 · 20 · 10
Fad = 80 N
EMI-15-20

EMI-2015-21-MCN.indb 137 30/09/2014 08:45:21


Exercícios Extras
3

04. UFPB 05.



221

Em uma partida de curling, uma jogadora arremessa uma Um homem aplica uma força F em um caixote de massa
pedra circular de 18 kg (ver figura a seguir), que desliza sobre M, que se encontra sobre uma superfície horizontal, por meio
o gelo e para a 30 m da arremessadora. de uma corda que faz um ângulo θ com a horizontal, conforme
mostra a figura.
F

θ
Física

Disponível em: <www.seniorcurlingnews.com.br/img/curling.jpg.> Sabendo que o caixote movimenta-se com velocidade


constante, responda as questões. Considere a aceleração da
Sabendo que o coeficiente de atrito cinético entre a pedra gravidade igual a g.
e o gelo é de 0,015, é correto afirmar que a pedra foi lançada a. A força normal que a superfície horizontal exerce no
com velocidade de: caixote é maior, menor ou igual ao peso do caixote?
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

a. 2 m/s b. Existe atrito entre o caixote e a superfície?



b. 3 m/s c. A componente horizontal da força F que o homem
c. 4 m/s exerce na corda para puxar o caixote é maior, menor
d. 5 m/s ou igual à força de atrito?
e. 6 m/s Justifique suas respostas.

Seu espaço
Sobre o módulo Acesse: <http://www.if.ufrj.br/~pef/producao_
Neste módulo 9, tratamos especificamente das forças de academica/dissertacoes/2010_Leonardo_Abeid/
atrito estático e dinâmico (cinético). Basicamente, procuramos roteiro_didatico_atrito_freios_ABS.pdf >.
esclarecer como tratar a força de atrito estático, que é contrária à
Com essa simulação pode-se trabalhar os conceitos de
tendência de escorregamento de um corpo, em duas situações:
atrito estático e dinâmico no plano horizontal.
1) o corpo continua em repouso. Neste caso, a força de
atrito, em módulo, é igual à força aplicada;
Acesse: <http://phet.colorado.edu/en/simulation/
138

2) o corpo está na iminência de movimento. Neste caso, ramp-forces-and-motion#translated-versions>.


a força de atrito é máxima e dada pelo produto do coeficiente
de atrito pelo módulo da força normal.
Como fechamento, sugerimos a utilização da questão do Experimentos
ENEM que aparece como exercício resolvido para avaliar habi- VIRTUAL LAB FÍSICA
lidades dos alunos em traduzir informações em gráficos.
Atividade
9- Aceleração e atrito
Na web
Links sugeridos
LIVRO DO PROFESSOR

Essa dissertação de mestrado traz um aprofundamento


sobre o funcionamento do freio ABS e uma possibilidade de
ensinar os conceitos de atrito estático e dinâmico usando ex-
perimentos simples.
EMI-15-20

EMI-2015-21-MCN.indb 138 30/09/2014 08:45:23


Exercícios Propostos

3
Da teoria, leia o tópico 3. c. Realiza, juntamente com a plataforma, um movimen-

221
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento to retilíneo uniformemente acelerado, ambos com a
mesma aceleração.
d. Desliza sobre a plataforma para a esquerda, realizan-
06. do um movimento retilíneo uniformemente acelerado.

Um bloco com massa M = 10 kg, sob a ação de uma força F
de módulo 30 N, movimenta-se com velocidade constante so- 10. Unisa-SP
bre uma superfície horizontal rugosa, conforme mostra a figura. Um bloco A, de massa m, está colocado sobre um bloco B,

Física
de massa M, estando ambos inicialmente em repouso.
F O coeficiente de atrito estático entre os blocos A e B é µ · O
bloco B está sobre uma superfície plana horizontal sem atrito.
θ
M Uma força constante F é aplicada horizontalmente em B, con-
forme mostra a figura.

Sabendo-se que sen θ = 0,60 e cos θ = 0,80 e g = 10 m/s2, A


determine o coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a su-

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


perfície de apoio. F B
07.
Uma pessoa empurra uma caixa de 100 kg em linha reta
sobre uma superfície plana e horizontal, a partir do repouso, Nas condições descritas e sabendo que a aceleração da
com uma força de intensidade 120 N, durante um intervalo gravidade no local é g, a expressão que determina a intensi-
de tempo. Em seguida, a pessoa para de empurrar a caixa e dade máxima da força F, que não provoca deslizamento entre
esta atinge o repouso devido ao atrito entre ela e o solo. Sa- os blocos, é:
bendo-se que durante todo o movimento da caixa atua sobre a. F = g · (µ · M + m).
ela uma força de atrito constante e igual a 100 N, determine
µ
o módulo da aceleração da caixa em cada uma das fases do b. F = ⋅(m + M) .
g
movimento.
c. F = µ · g · M + m.
08. Mackenzie-SP
µ
Um aluno observa em certo instante um bloco com velo- d. F = ⋅M + m .
g
cidade de 5 m/s sobre uma superfície plana e horizontal. Esse

139
bloco desliza
 sobre essa superfície e para após percorrer e. F = µ · g · (m + M).
5 m. Sendo g = 10 m/s2, o coeficiente de atrito cinético entre o
bloco e a superfície é: 11. Fatec-SP
a. 0,75 d. 0,37 Ítalo brinca com o carrinho que ganhou de presente arre-
b. 0,60 e. 0,25 messando-o sobre uma superfície horizontal, com uma veloci-
c. 0,45 dade de aproximadamente 5 m/s, levando o carrinho a parar so-
mente a 2,5 metros de distância do ponto de onde ele o lançou.
09. UERN Seu pai, um professor de Física, decide determinar o coe-
Na figura a seguir há uma superfície plana horizontal, so- ficiente de atrito (µ) entre a superfície e as rodas do carrinho,
bre a qual pode deslizar sem atrito a plataforma P de 2,0 kg de admitindo que a única força dissipativa seja a de atrito e que
massa. Sobre a plataforma é colocado um bloco B de 0,5 kg a aceleração da gravidade seja 10 m/s2. LIVRO DO PROFESSOR
de massa. Os coeficientes de atrito estático e cinético entre o O valor de μ encontrado corretamente pelo pai de Ítalo foi de:
bloco e a plataforma são, respectivamente, 0,4 e 0,2. a. 0,50. d. 1,25.
Observe: b. 0,80. e. 1,50.
c. 1,00.
B 12. UEA-AM
P Um bloco de 300 kg é empurrado por vários homens ao
F
longo de uma superfície horizontal que possui um coeficiente
de atrito igual a 0,8 em relação ao bloco. Cada homem é capaz
 de empurrar o bloco com uma força horizontal, no sentido do
Sendo 7,5 N o módulo da força F horizontal aplicada à movimento, de até 500 N. Para mover o bloco, com velocidade
plataforma, o que ocorre com o bloco B, em relação a um refe- constante, são necessários X homens. Considerando g = 10 m/s2,
rencial fixo na terra? o menor valor possível para X é:
a. Desliza para a esquerda sobre a plataforma. a. 1. d. 7.
EMI-15-20

b. Realiza, juntamente com a plataforma, um movimento b. 3. e. 9.


retilíneo uniforme, ambos com a mesma velocidade. c. 5.

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13. Uespi 01. A força de atrito estático máxima é igual a X N.
3

Um menino puxa através de uma corda ideal o seu cami- 02. O coeficiente de atrito estático entre a superfície e o
nhão de brinquedo, de massa 200 g, com uma força horizontal bloco é igual a X/(mg), em que g é a aceleração da
221

de módulo constante, F (ver figura). Um bloco de massa 100 g gravidade, dada em metros por segundo ao quadrado.
encontra-se inicialmente em repouso sobre a carroceria do ca- 04. O coeficiente de atrito cinético entre a superfície e o
minhão. O coeficiente de atrito estático entre o bloco e a carro- bloco é maior que X/(mg), em que g é a aceleração da
ceria vale 0,8. A resistência do ar e o atrito entre o caminhão e gravidade, dada em metros por segundo ao quadrado.
o solo são desprezíveis. Considere a aceleração da gravidade 08. No SI, os coeficientes de atrito cinético e estático são
igual a 10 m/s2. Qual é o valor máximo de F tal que o bloco não dados em newtons.
deslize sobre a carroceria do caminhão? (Para efeito de cálculo, 16. A força de atrito estático é sempre maior que a força
Física

considere o caminhão e o bloco como partículas materiais.) de atrito cinético.

16. UFAL
g F Uma criança tenta puxar a sua caixa de brinquedos, de
peso P, exercendo uma força de tensão numa corda ideal, de
módulo F e direção perfazendo um ângulo θ com a horizontal
a. 0,8 N d. 3,2 N (ver figura).
b. 1,6 N e. 4,6 N
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

c. 2,4 N

14. Fei-SP
Em uma transportadora, existe uma esteira para carregar
caixas que é inclinada de um ângulo α em relação à horizon-
tal. O coeficiente de atrito estático entre a caixa e a esteira é Caixa de
F
µe, e o coeficiente de atrito dinâmico entre a caixa e a esteira brinquedos
é µd. Qual é a máxima aceleração da rampa para que as caixas g θ
não escorreguem sobre a esteira quando estão subindo?
a. a = µd · g · sen α – g · cos α
b. a = µe · g · cos α – g · sen α
c. a = µe · g · sen α – g · cos α O coeficiente de atrito estático entre a caixa e o solo ho-
d. a = µd · g · cos α – g · sen α rizontal é denotado por µ. Assinale a expressão para o má-
e. Não é possível determinar a aceleração máxima sem ximo valor de F de modo que a caixa ainda permaneça em
conhecer a massa das caixas. repouso. (Para efeito de cálculo, considere a caixa como uma
partícula material.)
140

15. UEM-PR a. µ · P/[cos (q) + µ · sen (q)]


Supondo que um bloco de massa m kg esteja sobre uma b. µ · P/[sen (q) + µ · cos (q)]
superfície plana e horizontal e que para mover esse bloco c. µ · P/[cos (q) – µ · sen (q)]
uma força ligeiramente maior que X N é necessária, assinale d. µ · P/[sen (q) – µ · cos (q)]
o que for correto. e. µ · P/[tan (q) – µ · cos (q)]
LIVRO DO PROFESSOR

EMI-15-20

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Módulo 10

3
Tração e força elástica

221
Exercícios de Aplicação
01. 02.
Um homem amarra uma corda ideal em uma caixa e ar- A figura ilustra uma mola de constante elástica k = 400 N/m

Física
rasta-a com velocidade constante sobre um piso horizontal, em seu comprimento natural e deformada de 5,0 cm para
conforme ilustrado na figura seguinte. equilibrar um bloco com massa m. Adote g = 10 m/s2.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


a. Quais são as forças que agem na caixa? Faça o diagra-
ma de forças correspondente. Deformação
b. Quais são as forças que agem na corda? Faça o diagra-
ma correspondente.
Resolução
a. Na caixa: forças peso, tração e contato com o solo
(normal e atrito). a. Faça os diagramas de forças que agem no bloco e na
mola deformada.
N b. Calcule o módulo da força elástica da mola.
T
c. Qual é a massa m do bloco?
Fa Resolução
P a. As figuras mostram os diagramas de forças no bloco e
na mola.
b. Na corda, age a força de tração.
Fel

141
–T T

P
Fel

b. A força elástica da mola vale:


Fel = k · x ⇒ Fel = 400 · 0,05 ⇒ Fel = 20 N
c. Como o bloco está em equilíbrio: LIVRO DO PROFESSOR
P = Fel ⇒ m · g = Fel ⇒ m · 10 = 20 ⇒ m = 2,0 kg
EMI-15-20

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03. Fuvest-SP
3

Um móbile pendurado no teto tem três elefantezinhos presos um ao outro por fios, como mostra a figura. As massas dos
elefantes de cima, do meio e de baixo são, respectivamente, 20 g, 30 g e 70 g.
221

Os valores de tensão, em newtons, nos fios superior, médio e inferior são, respectivamente, iguais a:
Física

NOTE E ADOTE
Desconsidere as massas
dos fios.
Aceleração da gravidade
g = 10 m/s2.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

a. 1,2; 1,0; 0,7. d. 0,2; 0,5; 1,2.


b. 1,2; 0,5; 0,2. e. 0,2; 0,3; 0,7.
c. 0,7; 0,3; 0,2.
Resolução
• No fio superior: T = P1 + P2 + P3 ⇒ T = g · (m1 + m2 + m3)
T = 10 · (0,02 + 0,03 + 0,07) ⇒ T = 1,2 N
• No fio médio: T = P2 + P3 ⇒ T = g · (m2 + m3)
T = 10 · (0,03 + 0,07) ⇒ T = 1,0 N
• No fio inferior: T = P3 ⇒ T = m3 · g
T = 0,07 · 10 ⇒ T = 0,7 N
Alternativa correta: A
Habilidade
Aplicar as leis de Newton a situações que envolvem tração e força elástica.
142
LIVRO DO PROFESSOR

Exercícios Extras
04. UFG-GO 05.
Para proteção e conforto, os tênis modernos são equi- A figura ilustra um bloco de massa M suspenso por um fio
pados com amortecedores constituídos de molas. Um deter- e em equilíbrio. D é um dinamômetro que indica 50 N. Consi-
minado modelo, que possui três molas idênticas, sofre uma dere g = 10 m/s2.
deformação de 4 mm ao ser calçado por uma pessoa de
84 kg. Considerando-se que essa pessoa permaneça parada,
a constante elástica de uma das molas será, em kN/m, de:

Dado D
g = 10 m/s2. M

a. 35,0 d. 157,5
EMI-15-20

b. 70,0 e. 210,0
c. 105,0 Calcule a massa M do bloco.

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Seu espaço

3
221
Sobre o módulo Na web
Com este módulo 10, encerramos o capítulo sobre as Links sugeridos
interações mecânicas. Poderá ser solicitado aos alunos um Nessa aula, existe um tópico sobre o dinamômetro, que pode
mapa conceitual sobre como eles interligam os conceitos de- servir como “gancho” para uma atividade prática. Como no exemplo:
senvolvidos, tendo por base o modelo apresentado no final
do capítulo. Acesse: <http://fisicaparanormais.
blogspot.com.br/2013/03/roteiro-para-

Física
Ao desenvolver a ideia de tração em fios e cordas, é im-
construcao-de-dinamometro.html>.
portante salientar que fios e cordas só podem ser traciona-
dos; não podemos empurrar um bloco com um fio ou uma cor- Existem vários vídeos interessantes que mostram o fun-
da. Outro ponto é o conceito de fio ideal: flexível, inextensível cionamento de um dinamômetro usado em carros. Eles po-
e com massa desprezível. dem ser usados para motivar os alunos.
Em relação às molas, sugerimos o comentário, se houver
tempo disponível, sobre os corpos elásticos: retirada a força, Acesse: <https://www.youtube.com/
desaparece a deformação. Mas é preciso que a força aplicada

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


watch?v=s72gMf7cQ8g>.
não supere o limite elástico do material.
Essa simulação demonstra a força elástica em molas.

Acesse: <http://phet.colorado.edu/sims/
mass-spring-lab/mass-spring-lab_en.html>.

143
LIVRO DO PROFESSOR
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Exercícios Propostos
3

Da teoria, leia os tópicos 4 e 5.


221

T1A T2A
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento

06.
A figura mostra um dinamômetro e dois corpos de mas- T1B T2B
sas iguais pendurados em suas extremidades.
Física

m m Em relação aos módulos das trações indicadas, podemos


afirmar que:
a. TA2 > TA1 d. TA2 = TA1 = TB2 = TB1
Sabendo-se que o sistema encontra-se em equilíbrio e b. T2 = T1 < T 2 = T 1
A A B B
e. TB2 > TB1
que o dinamômetro indica 20 N, qual é o valor da massa m de c. T2 = T1 > T 2 = T 1
A A B B

cada corpo? Considere g = 10 m/s2.


Ciências da Natureza e suas Tecnologias

10.
07. FEI-SP Uma caixa de madeira com massa de 500 kg repousa so-
Um bloco de massa 2,0 kg está na iminência de movimen- bre um piso horizontal. Um trator deve puxar a caixa com velo-
to preso a uma mola de constante elástica k, conforme figura. cidade constante por meio de um cabo de aço que é mantido
na horizontal. Sabendo-se que os coeficientes de atrito estáti-
k co e dinâmico entre a caixa e o piso valem, respectivamente,
m 0,4 e 0,3, determine a tração máxima que o trator exercerá no
cabo. Considere g = 10 m/s2.

Sabendo-se que o coeficiente de atrito estático entre o 11. UPE


bloco e a superfície de apoio é 0,25 e que a deformação na Um corpo de massa m está suspenso por duas molas
mola é 2 cm, determine a constante elástica k. Considere ideais, paralelas, com constantes elásticas k e deformadas
g = 10 m/s2. de d. Sabendo que o sistema se encontra em equilíbrio, assi-
nale a alternativa que expressa k.
08.
Dois blocos, A e B, de massas mA e mB, ligados por um fio Dado: Considere a aceleração da gravidade g.
144

inextensível, são puxados por uma força F , conforme mostra


a figura.
2 · m· g
a. d. 2 · d
d m·g
F m·g
A B b. e. d
d m·g
m⋅ g
c.
2⋅ d
Desprezando os atritos entre os blocos e a superfície de
apoio, bem com a massa do fio, e sabendo-se que mB > mA, jul-
gue as afirmativas e dê como resposta a soma dos números 12. Vunesp
LIVRO DO PROFESSOR

correspondentes às corretas. As figuras 1 e 2 representam dois esquemas experimen-


01. Os blocos apresentam movimento acelerado. tais utilizados para a determinação do coeficiente de atrito
02. O módulo da tração no fio que une os blocos é maior estático entre um bloco B e uma tábua plana, horizontal.
na extremidade direita do que na extremidade
esquerda.  g Fio A
04. A intensidade da força F é maior do que a intensidade B F
Tábua
da força de tração no fio que une os blocos.
08. A aceleração do bloco A é igual à do bloco B. Figura 1
16. A força que o bloco B exerce no bloco A é maior que a
força que o bloco A exerce em B.
Fio A
09. UFFRJ MODIFICADO
Na preparação para uma competição, um atleta improvi- g
sa seu treinamento fazendo uso de cordas, de dois cavalos
iguais e de uma árvore. As modalidades de treinamento são B
EMI-15-20

apresentadas nas figuras a seguir, em que são indicadas as


trações nas cordas que o atleta segura. Figura 2

EMI-2015-21-MCN.indb 144 30/09/2014 08:45:38


No esquema
 da figura 1, um aluno exerceu uma força ho- c. Somente as afirmativas I e IV são corretas.

3
rizontal F no fio A e mediu
 o valor 2,0 cm para a deformação da d. Todas as afirmativas são corretas.
mola, quando a força F atingiu seu máximo valor possível, ime- e. Todas as afirmativas são incorretas.

221
diatamente antes que o bloco B se movesse. Para determinar
a massa do bloco B, este foi suspenso verticalmente, com o fio 15. Unioeste-PR
A fixo no teto, conforme indicado na figura 2, e o aluno mediu a Na figura, um bloco de massa M está preso a uma mola
deformação da mola igual a 10,0 cm, quando o sistema estava que se encontra esticada. O bloco está em repouso sobre
em equilíbrio. Nas condições descritas, desprezando a resis- uma superfície áspera. O coeficiente de atrito estático entre
tência do ar, o coeficiente de atrito entre o bloco e a tábua vale: o bloco e a superfície é µ. Considerando o bloco como par-
a. 0,1 d. 0,4 tícula, todas as forças mostradas na figura atuam no centro

Física
b. 0,2 e. 0,5 de gravidade. P é a força peso “exercida pela Terra”, N é a
c. 0,3 força normal “exercida pela superfície”, F é a força exercida
pela mola e f é a força de atrito, também exercida pela super-
13. Vunesp fície. Considerando o exposto, assinale a alternativa correta.
Em uma operação de resgate, um helicóptero sobrevoa
horizontalmente uma região levando pendurado um recipien- N
te de 200 kg com mantimentos e materiais de primeiros so-
corros. O recipiente é transportado em movimento retilíneo e

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


F f
uniforme,
 sujeito às forças peso (P ), de resistência do ar hori-
zontal (F ) e tração (T ), exercida pelo cabo inextensível que o P
prende ao helicóptero.
a. As intensidades das forças N e P devem ser iguais
para satisfazer a terceira lei de Newton.
b. A intensidade da força f pode ser calculada pela ex-
pressão f = µ · N.
c. As intensidades das forças F e f devem ser iguais para
MRU satisfazer a segunda lei de Newton.
d. A resultante das forças N e f é igual à resultante das
θ forças F e P.
e. A resultante das forças N, f e P é oposta à força F e pos-
sui a mesma intensidade desta.

16. UEG-GO
Uma mola presa a uma parede, com um ângulo de 30º em

145
relação ao plano horizontal, é conectada a uma caixa de 300
Sabendo que o ângulo entre o cabo e a vertical vale θ, que gramas de massa, apoiada sobre uma mesa cujo coeficien-
sen θ = 0,6, cos θ = 0,8 e g = 10 m/s2, a intensidade da força te de atrito é de 0,2. Tendo em vista a descrição, determine a
de resistência do ar que atua sobre o recipiente vale, em N: deformação máxima que deve sofrer a mola para que a caixa
a. 500 d. 1 750 fique na iminência do movimento.
b. 1 250 e. 2 000
c. 1 500
Dado: Constante elástica da mola k = 3 ; aceleração da
14. gravidade g = 10 m/s2; sen 30º = 0,5; cos 30º = 0,86
Numa pista de gelo, onde o atrito é desprezível, um
menino com massa de 40 kg dá um puxão rápido em uma das LIVRO DO PROFESSOR
extremidades de uma corda de 5,0 m de comprimento. A outra
extremidade da corda está presa a uma caixa de 30 kg. Julgue
as afirmativas e assinale a alternativa correta.
I. A caixa e o menino entram em movimento em senti- Parede
dos contrários.
II. O encontro entre o menino e a caixa se verifica a 2,5 m
da posição inicial do menino. Caixa 30o
III. Como a massa do menino é maior que a da caixa, ele Mesa
adquire velocidade maior que a caixa.
IV. A tração exercida pelo menino na caixa é igual, em mó-
dulo, à tração que a caixa exerce no menino.
a. Somente as afirmativas I e II são corretas. Solo
b. Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
EMI-15-20

EMI-2015-21-MCN.indb 145 30/09/2014 08:45:41


1. Sistema de blocos 148
2. Elevadores 149
3. Roldanas (polias) 151
4. Máquina de Atwood 152
5. Plano inclinado 153
Módulo 11 – Sistema de blocos
(horizontal e vertical) 154
Módulo 12 – Polias, máquina
de Atwood e plano inclinado 158

• Identificar e descrever as diferentes


forças atuando em sistemas de blocos,
polias e plano inclinado.
• Identificar e descrever as diferentes
forças em situações de movimento
circular.
• Calcular a resultante das forças e apli-
car as leis de Newton em sistemas de
blocos, polias e plano inclinado.
• Calcular a resultante das forças e apli-
car as leis de Newton em situações de
movimento circular.
• Relacionar aceleração e força na inter-
pretação de movimentos circulares.
• Prever e avaliar situações, utilizando as
leis de Newton, que envolvam movi-
mentos circulares.

CYCLONEPROJECT/SHUTTERTSTOCK

EMI-2015-21-MCN.indb 146 30/09/2014 08:45:44


Aplicações das leis de Newton I 4
147
LIVRO DO PROFESSOR

Acessibilidade
Para garantir a acessibilidade para pessoas com deficiência, é necessário seguir normas rígidas na construção
de rampas de acesso, entre outras.
A rampa de acesso consiste em um plano inclinado cuja declividade não pode ultrapassar 8,33%. Esse valor
corresponde a aproximadamente 5°. Para simplificar, existe uma fórmula:

h·100
C=
8,33

em que C é o comprimento horizontal da rampa e h é a altura.


Exemplo: em uma guia de 12 cm de altura, deve-se construir uma rampa de 144 cm de comprimento.

EMI-2015-21-MCN.indb 147 30/09/2014 08:45:47


1. Sistema de blocos O estudo matemático de um sistema de blocos, como os
4

Um sistema de blocos é um conjunto de dois ou mais mostrados anteriormente, envolve o cálculo da aceleração,
blocos que, de algum modo, estão interligados e que serão da força de contato entre os blocos e da tração no fio que in-
221

objeto de estudo. A interligação entre os blocos pode ser por terliga os blocos. Para isso, são fundamentais o diagrama de
meio de um contato ou através de um fio. As figuras (a), (b) e forças em cada bloco e as leis de Newton.
(c) seguintes ilustram três possíveis situações de interliga- Devemos lembrar que as forças a ser consideradas são:
ção entre blocos. 
A • Peso (P ) − interação
 de cada bloco com a Terra;
• Contato (normal N e atrito Fa ) − interação de cada blo-
Fio co com a superfície de apoio;
F F B
Física

A B A B • Tração (T ) − interação de cada bloco com o fio de in-


(a)   (b)   (c)

terligação;

• Força (F ) − aplicada por um agente externo (operador).
(a) dois blocos em contato sob a ação de uma força F; (b) dois
blocos, em um planohorizontal, interligados por um fio e sob Acompanhe os dois exercícios resolvidos a seguir, que
a ação de uma força F; (c) um bloco na horizontal interligado ilustram o desenvolvimento, passo a passo, da resolução de
por um fio e uma polia, com um bloco na vertical. um sistema de blocos.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

APRENDER SEMPRE 25

01. 02.
Em uma superfície plana, horizontal e perfeitamente Na figura seguinte, temos dois corpos, A e B, de massas
lisa (sem atrito), estão apoiados dois blocos, A e B, de mas- iguais a 4,0 kg e 6,0 kg, respectivamente. O sistema é aban-
sas 5,0 kg e 7,0 kg, respectivamente. Uma pessoa aplica donado do repouso e o coeficiente de atrito entre o bloco A e
uma força horizontal de 36 N no bloco A, conforme mostra a superfície de apoio é 0,25. Considere a roldana e o fio ideais.
a figura.
A
F = 36 N
A B
g = 10 m/s2
B
Determine:
a. a aceleração de cada bloco; Determine:
b. a intensidade da força com que o bloco A empurra o a. a aceleração do sistema de blocos;
148

bloco B. b. a intensidade da tração no fio que liga os blocos.


Resolução
Resolução Nas figuras seguintes, temos os diagramas de forças
As figuras seguintes mostram os diagramas de forças para os blocos A e B.
nos dois blocos, onde f é a força de contato entre A e B. NA TB
NB
NA
f FA TA
F –f B
A
Bloco A PA Bloco B PB
LIVRO DO PROFESSOR

PA
PB
a. Bloco A
• Vertical : NA = PA (normal e peso se equilibram);
Observe que, nos dois blocos, na vertical, as forças peso • Horizontal : FR(A) = TA − Fa(A) ⇒ mA · a = TA − µ · NA
e normal se equilibram. 4 · a = TA − 0,25 · 4 · 10 ⇒ 4 · a = TA − 10 1
a. Na horizontal, os blocos apresentam a mesma acele- Bloco B
ração. Assim, temos: • Vertical : FR(B) = PB − TB ⇒ mB · a = mB · g − TB
• Bloco A : FR(A) = F − f ⇒ 5 · a = 36 − f 1 6 · a = 6 · 10 − TB ⇒ 6 · a = 60 − TB 2
• Bloco B : FR(B) = f ⇒ 7 · a = f 2 Somando-se as expressões 1 , 2 membro a membro, e
Substituindo 2 em 1 , obtemos: lembrando que TA = TB (fio ideal), obtemos:
5 · a = 36 − 7 · a ⇒ 12 · a = 36 4 · a + 6 · a = −10 + 60 ⇒ a = 5,0 m/s²
a = 3,0 m/s2 b. A intensidade da tração (TA = TB = T) que liga os dois
b. A força f de contato com que o bloco A empurra o blo- blocos é dada por:
co B vale: 1 4 · 5 = T − 10 ⇒ T = 30 N
Em 2 : f = 7·a ⇒ f = 7 · 3 O mesmo resultado seria obtido caso usássemos a ex-
EMI-15-20

f = 21 N pressão 2 .

EMI-2015-21-MCN.indb 148 30/09/2014 08:45:51


2. Elevadores

4
Um bloco em movimento vertical pode ser utilizado para explicar o movimento de um elevador subindo ou descendo. Devido
à possibilidade de se controlar o valor da tração no cabo do elevador, este pode movimentar-se para cima ou para baixo com

221
velocidade constante (MRU), ou em movimento com aceleração – acelerado ou retardado.

Física
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
"SSGUY/SHUTTERTSTOCK"

O movimento de um elevador pode ser uniforme (velocidade constante) ou variado (velocidade aumentando ou diminuindo).

149
Assim, os elevadores podem ser tratados como um bloco Elevador descendo
de massa M sob a ação de duas forças: o peso e a tração no • Se T < P: o elevador está descendo em movimento
cabo, conforme figura. acelerado. Nesse caso, a força resultante é dada por:
FR = P − T;
T • Se T > P: o elevador está descendo em movimento
retardado. Nesse caso, a força resultante é dada por:
FR = T − P;
M • Se T = P: o elevador está descendo em movimento uni-
forme. Nesse caso, a força resultante é nula e T = P.
No caso de o elevador estar parado em qualquer andar,
P temos: FR = 0 e T = P. LIVRO DO PROFESSOR
Um elevador pode ser representado por um bloco de O mesmo estudo pode ser feito para uma pessoa, ou um blo-
massa M sob a ação das forças peso e tração. co, colocado dentro de um elevador. Nesse caso, basta trocar a for-
ça de tração pela força normal entre o bloco e o piso do elevador.
Independentemente de o elevador estar subindo ou des-
cendo, o módulo da força de tração pode ser maior, menor ou
igual ao módulo da força peso. Assim, temos as seguintes
possibilidades:
Elevador subindo
N
• Se T > P: o elevador está subindo em movimento
acelerado. Nesse caso, a força resultante é dada por:
FR = T − P;
• Se T < P: o elevador está subindo em movimento
retardado. Nesse caso, a força resultante é dada por: P
FR = P − T;
EMI-15-20

• Se T = P: o elevador está subindo em movimento uni- Em um bloco (ou uma pessoa) dentro de um
forme. Nesse caso, a força resultante é nula e T = P. elevador agem duas forças: peso e normal.

EMI-2015-21-MCN.indb 149 30/09/2014 08:45:53


4

Cuidados no uso do elevador


221

Chamando Capacidade
o elevador Respeite o limite de peso e de
Aperte o botão de chamada apenas passageiros indicados na cabine.
uma vez. Insistência e força não vão Garanta a segurança e o conforto dos
fazer o elevador chegar mais rápido e passageiros respeitando esta norma
podem danificar o sistema que além de tudo, é lei.
provocando atrasos maiores.

Um de cada vez Brincadeiras


Física

Chame apenas um elevador de cada perigosas


vez, pois chamar todos de uma só vez Não permita brincadeiras de crianças
irá ocasionar viagens inúteis e nem que as mesmas viajem sozinhas.
desgate no equipamento, Oriente-as para que não risquem ou
provocando atrasos e prejuízos depredem os elevadores, deixando
com uso em excesso de energia elétrica. claro que o elevador é delas também.

Subindo sem parar Fumantes


Se o seu elevador continuar subindo Fumar na cabine do elevador, além
sem parar no seu andar é porque de incomodar as outras pessoas, é
existe uma outra chamada acima, pois proibido por lei. Não fumando, você
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

os elevadores, residenciais são garante o seu conforto e o dos


programados para atender apenas outros passageiros.
chamdas de descida.

Cuidado com as portas Conversas fiadas


Só abra a porta do pavimento quando Prender as portas de seu elevador
a da cabine estiver totalmente aberta por "um minutinho" prejudica e
e antes de entrar, verifique se o atrasa as pessoas que precisam dele,
mesmo encontra-se parado no andar. levando muitas vezes que as mesmas
Garanta sua segurança evitando forcem portas e botões.
apoiar-se nas portas durante o trajeto.

Soleiras Emergência
Entre e saia da cabine sempre Se faltar energia elétrica não se afobe.
olhando para as soleiras das portas. Não tente sair do elevador sozinho e
cuidado com a ajuda de outras pessoas.

Disponível em: <http://www.bombeiros.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=150>. Acesso em 02 jun. 2014.


150

APRENDER SEMPRE 26

01. Fuvest-SP
Um bloco de massa 20 kg está apoiado numa balança, calibrada em newton, existente dentro de um elevador. Considere
g = 10 m/s². Com o elevador em movimento, a indicação da balança é 150 N.
a. Explique se o elevador está subindo ou descendo;
b. Supondo que o elevador esteja descendo, determine sua aceleração.

Resolução
LIVRO DO PROFESSOR

a. A figura seguinte ilustra as forças que agem no bloco em cima da balança.

P
O peso do bloco vale:
P = m · g ⇒ P = 20 · 10 ⇒ P = 200 N
O módulo da força normal corresponde à indicação da balança. Assim: N = 150 N.
Sendo N < P, existem duas possibilidades: o elevador pode estar subindo em movimento retardado ou descendo em
movimento acelerado.
b. No caso de o elevador estar descendo, temos:
EMI-15-20

FR = P − N ⇒ m · a = P − N ⇒ 20 · a = 200 − 150 ⇒ a = 2,5 m/s²

EMI-2015-21-MCN.indb 150 30/09/2014 08:45:55


3. Roldanas (polias) Nesse arranjo, a roldana móvel duplica a força exercida

4
As roldanas, ou polias, são dispositivos mecânicos que pela pessoa e a roldana fixa somente inverte o sentido da for-
nos auxiliam na realização de determinadas tarefas. Uma ça: a pessoa puxa a corda para baixo.

221
roldana pode ser utilizada com o objetivo de se alterar a dire- Um dos primeiros físicos a perceber a utilidade de uma rol-
ção e/ou o sentido de uma força de tração aplicada em uma dana móvel para multiplicar a ação de uma força foi Arquimedes.
corda, ou de multiplicar o módulo da força aplicada. Assim,

PINACOTECA DOS MESTRES ANTIGOS, DRESDEN, ALEMANHA.


existem dois tipos de roldanas: as roldanas fixas e as rolda-
nas móveis.

A. Roldana fixa

Física
A figura seguinte ilustra o funcionamento de uma roldana fixa.


T1


T2

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Ilustração do funcionamento de uma roldana fixa.

Observe que a tração na corda, na extremidade em con-


tato com o homem, é horizontal. A roldana muda a direção da
tração, que, na extremidade em contato com o bloco, passa a
ser vertical. Em ambas as extremidades, o módulo da tração
é o mesmo T1 = T2.

B. Roldana móvel
É possível uma pessoa equilibrar um bloco de 200 N (20 kg)
aplicando uma força de 100 N, metade do peso do bloco?
A resposta é sim. Isso é possível por meio de uma roldana móvel,
conforme mostra a figura. Arquimedes, sábio grego, viveu em Siracusa, ilha próxima da Itália,
de 287 a.C. a 212 a.C. Sua obra científica é considerável, tanto em
matemática quanto em física. Deu início aos estudos de geometria
100 N F = 100 N infinitesimal, aperfeiçoou o sistema numérico grego e criou um

151
método para o cálculo aproximado de π. Em física, foi o iniciador
dos estudos da estática dos sólidos, assim como da hidrostática.
Atribui-se a Arquimedes a invenção de mecânicas sutis: alavancas,
cadernais, máquinas de guerras. Foi morto pelos romanos durante a
tomada de Siracusa. (Dicionário Enciclopédico Ilustrado Larousse)

200 N
Na roldana móvel, a intensidade da força de tração Cardenal: Aparelho usado para levantar e puxar cargas
aplicada no centro da roldana é igual ao dobro da pesadas, consiste em um conjunto de cordas e duas ou
intensidade da força de tração no fio que a envolve.
mais roldanas.
De acordo com a figura, a pessoa aplica uma força F = 100 LIVRO DO PROFESSOR
N na extremidade livre da corda e equilibra o peso de 200 N.
Isso é possível porque o teto, onde está presa a outra extremi-
NORMAN / SHUTTERSTOCK

dade da corda, aplica os outros 100 N.


Para tornar mais cômoda a aplicação da força, a pessoa
pode usar uma combinação de duas roldanas, acrescentando
uma roldana fixa ao esquema anterior, conforme a figura.
EMI-15-20

Associação de duas roldanas: uma móvel e outra fixa.

EMI-2015-21-MCN.indb 151 30/09/2014 08:45:58


APRENDER SEMPRE 27 4. Máquina de Atwood
4

George Atwood (1745-1807), matemático inglês, desen-


01. Fuvest-SP volveu um dispositivo, que se tornou conhecido como máquina
221

Uma pessoa utiliza um arranjo com três polias, uma de Atwood, que permite calcular a aceleração de queda de cor-
fixa e duas móveis, para levantar um bloco de 100 N, con- pos ou a aceleração da gravidade, usando-se as leis de Newton.
forme mostra a figura. Esse dispositivo consta de uma polia fixa em um suporte, ou
no teto, e dois corpos de massas diferentes presos às extremi-
dades de um fio ideal que passa pela polia (roldana), conforme
1 mostra a figura.
Física

100 N
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

A B
Determine a intensidade da força que a pessoa deve Dispositivo mecânico conhecido como máquina de Atwood.
exercer na corda para equilibrar o bloco.
Considerando que a massa do corpo A seja maior do que a
Resolução massa do corpo B, observaremos que o bloco A desce em mo-
Devemos observar que: vimento acelerado e B sobe em movimento acelerado, ambos
• a polia 3 “divide” ao meio o peso do bloco; a partir do repouso e com a mesma aceleração em módulo.
• a polia 2 “divide” ao meio a metade do peso do bloco; Nessas condições, temos os seguintes diagramas de forças:
• a polia 1 apenas inverte o sentido da força.
TA TB
Assim, temos o seguinte diagrama de forças:
A B
PB
1
PA
25 N 25 N 25 N Diagrama de forças nos blocos constituintes da máquina de Atwood.

2
152

50 N
Como o fio é ideal, temos, em módulo: TA = TB = T. A partir
50 N 50 N
das expressões para a força resultante de cada bloco, pode-
3
mos determinar a aceleração do conjunto, conhecendo-se a
aceleração da gravidade no local. Acompanhe o exercício re-
100 N solvido a seguir.

Portanto, a intensidade da força aplicada pela pessoa APRENDER SEMPRE 28


que equilibra o bloco é 25 N.
01.
LIVRO DO PROFESSOR

Um fio ideal que passa por uma polia de massa des-


prezível sustenta em suas extremidades dois corpos de
massas mA = 3,0 kg e mB = 7,0 kg, conforme mostra a figura.

Na prática, as polias podem ser utilizadas no salva-


mento de pessoas em locais de difícil acesso, como mon-
tanhas e vales, ou mesmo, pessoas desacordadas.

g = 10 m/s2

A B

Abandonando-se o sistema a partir do repouso, deduza


EMI-15-20

a expressão para a aceleração dos blocos e calcule seu valor.

EMI-2015-21-MCN.indb 152 30/09/2014 08:46:00


No eixo y, a força resultante é nula; portanto, as forças N e

4
Resolução Py possuem o mesmo módulo; elas se equilibram:
Como o bloco B possui massa maior que o bloco A, o N = Py = P · cos α

221
bloco B desce em movimento acelerado e o bloco A sobe No eixo x, temos as seguintes possibilidades:
em movimento acelerado, ambos com a mesma acelera- • Se Px = P · sen α = Fae ⇒ o bloco está em repouso;
ção, em módulo, e a partir do repouso. Utilizando o diagra- • Se Px = P · sen α = Faemáx ⇒ o bloco está na iminência
ma de forças mostrado na máquina de Atwood anterior, e de escorregar;
lembrando que TA = TB = T, escrevemos: • Se Px = P · sen α > Faemáx ⇒ o bloco escorrega rampa
abaixo com atrito cinético. Neste caso, a aceleração do
• Bloco A : FR(A) = TA − PA ⇒ mA · a = T − mA · g 1 bloco é dada por:

Física
FR = Px − Fd ⇒ m · a = m · g · sen α − µd · N
• Bloco B : FR(B) = PB − TB ⇒ mB · a = mB · g − T 2 m · a = m · g · sen α − µd · m · g · cos α

Somando, membro a membro, as expressões 1 e 2 , a = g · (sen α − µd · cos α)


obtemos:
mA · a + mB · a = − mA · g + mB · g
mB - mA Observação
a= ·g Se o coeficiente de atrito for nulo (plano inclinado sem

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


mA + mB
atrito), o bloco escorrega rampa abaixo em movimento acele-
Substituindo os valores numéricos, obtemos: rado com aceleração dada por:

a = 7,0 − 3,0 · 10 ⇒ a = 4,0 m/s² a = g · sen α


3,0 + 7,0

APRENDER SEMPRE 29
5. Plano inclinado
Vamos considerar inicialmente um bloco colocado em um 01. Fuvest-SP
plano inclinado (rampa). Nessas condições, o bloco fica sob a Um estudante monta um experimento para deter-
ação das forças peso e de contato (normal e atrito), podendo minar o coeficiente de atrito estático entre um bloco e
permanecer em repouso devido ao atrito estático ou escorre- uma tábua de madeira. Ele coloca o bloco sobre a tábua
gar rampa abaixo com atrito cinético. e vai levantando uma das extremidades da tábua,
formando um plano inclinado, e observa que, num dado
y instante, o bloco fica na iminência de escorregar.

153
C Com um transferidor, ele mede o ângulo de inclinação
N da rampa e obtém 15º. Sendo sen 15º = 0,26 e
cos 15º = 0,96, qual é o coeficiente de atrito estático
Fa entre o bloco e a tábua?

Resolução
α A figura seguinte ilustra as forças que agem no bloco
x
P no plano inclinado.
α
N
LIVRO DO PROFESSOR
Fa

Efetuando-se a decomposição da força peso nos dois


eixos retangulares (x; y) mostrados na figura, temos: P 15o

y Para o bloco na iminência de escorregar, temos:


FR = 0 ⇒ Px = Faemáx
N
P · sen 15º = µe · N
Fa
Px
P · sen 15º = µe · P · cos 15º

Py α sen 15º
x
µe =
cos 15º
P
α
0,26
µe = ⇒ µe = 0,27
0,96
EMI-15-20

Decomposição da força peso que age em um


bloco colocado em uma rampa.

EMI-2015-21-MCN.indb 153 30/09/2014 08:46:04


Módulo 11
4

Sistema de blocos (horizontal e vertical)


221

Exercícios de Aplicação
01. UFRJ 03. UFSJ-MG
Três blocos, A, B e C, com massas iguais, deslizam sobre Um elevador funciona de acordo com o esquema simplifi-
Física

uma superfície horizontal sem atrito, puxados por uma força, cado mostrado na figura abaixo. Um motor é responsável por
conforme mostra a figura. exercer uma força sobre o elevador por meio de um cabo de
aço. Passando por uma roldana, outro cabo de aço liga o ele-
F vador a um contrapeso.
A B C
Motor

A tração no fio entre os blocos B e C é maior, menor, ou Roldana


Ciências da Natureza e suas Tecnologias

igual à tração no fio entre os blocos A e B? Justifique.


Resolução
A função do fio entre os blocos A e B é puxar o bloco A, en- Contrapeso
quanto a função do fio entre os blocos B e C é puxar os blocos
B e A. Portanto, a tração no fio entre os blocos B e C é maior que
a tração no fio entre os blocos A e B. Como não existe atrito e as
massas dos blocos são iguais, temos: TBC = 2 · TAB. Elevador

Ambos os cabos de aço e a roldana possuem massas


02. UFRJ desprezíveis. Quando o elevador está subindo a uma veloci-
Uma pessoa empurra duas caixas, A e B, com massas mA dade constante, é correto afirmar que o módulo da força exer-
e mB, respectivamente, aplicando uma força horizontal de mó- cida pelo motor sobre o elevador é igual:
dulo F. Despreze o atrito entre as caixas e a superfície de apoio. a. ao peso do elevador.
b. a zero, uma vez que a velocidada do elevador é cons-
154

tante.
F A c. à soma dos módulos do peso do elevador e o peso
B do contrapeso.
d. à diferença entre os módulos do peso do elevador e o
peso do contrapeso.
a. Faça o diagrama de forças nos blocos A e B.
Resolução
b. Existe força resultante em cada um dos blocos?
Justifique. Velocidade constante: FR = 0 ⇒ Tm + Tcp = P
Tm = P − Tcp
Resolução Alternativa correta: D
LIVRO DO PROFESSOR

a. As figuras ilustram os diagramas de forças nos dois Habilidade


blocos.
Identificar e descrever as diferentes forças atuando em
NA sistemas de blocos, polias e plano inclinado.
NB
F FBA FAB

PB
PA

b. Na vertical, em cada bloco, as forças N e P se equili-


bram: FR = 0.
Na horizontal, FAB é a força resultante no bloco B: o
bloco B acelera. Nessas condições, o bloco A também
acelera e a força resultante vale: FR(A) = F − FBA. Portan-
to, existe força resultante nos dois blocos que acele-
ram juntos.
EMI-15-20

EMI-2015-21-MCN.indb 154 30/09/2014 08:46:07


Exercícios Extras

4
04. UEA-AM 05. UEA-AM

221
Um guindaste deve erguer verticalmente uma carga de Uma pessoa entra num elevador carregando uma sacola
uma tonelada (1 000 kg). Se a carga for puxada pelo guindas- contendo produtos, adquiridos num supermercado, com uma
te com uma aceleração constante de 1 m/s 2 , sendo massa total de 10 kg. Ao acionar o andar desejado, o elevador
g = 10 m/s2, a tração que o cabo deve suportar, em kgf, vale: inicia a subida em movimento acelerado; em seguida, man-
a. 1 000. tém a velocidade constante e, finalmente, desacelera até pa-
b. 1 100. rar. Compare a força exercida pela pessoa nas alças da sacola
c. 2 000. com a força peso da sacola nas três etapas do movimento do

Física
d. 10 000. elevador: acelerado, uniforme e retardado. Se necessário, utilize
e. 11 000. g = 10 m/s2.

Seu espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, que trata da análise de sistemas de blocos em movimento na horizontal e na vertical, sugerimos escolher

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


alguns exercícios e comentar a resolução utilizando dois processos:
1) isolar cada bloco, traçar o diagrama de forças e resolver o sistema de equações;
2) juntar os blocos em um só. Com isso, eliminamos as forças internas, de um bloco no outro e aplicamos a segunda lei de
Newton para a massa total, levando em conta somente as forças externas: força aplicada e atrito, se houver.
No caso específico dos elevadores, é importante deixar claro que a velocidade indica o sentido do movimento do elevador e
a força resultante nos informa se a velocidade aumenta, diminui ou permanece constante.
Outro ponto importante a ser enfatizado é o peso aparente de uma pessoa colocada em um elevador. Dependendo do movi-
mento deste, o peso aparente pode ser maior, menor ou igual ao peso real. Mas, qualquer que seja o caso, a massa permanece
constante.

155
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-20

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Exercícios Propostos
4

Da teoria, leia os tópicos 1 e 2. massa de 1 000 kg, a intensidade da força resistente ao mo-
221

Exercícios de tarefa reforço aprofundamento vimento, provocada pela lama, tem intensidade, em newtons,
igual a:
a. 4 000
06. UFV-MG b. 6 000
Um elevador ora se encontra em repouso, ora sobe com c. 14 000
velocidade de módulo constante v, ora desce com velocidade d. 20 000
de módulo constante 2 · v. Indicando-se por T0, T1 e T2, respec- e. 24 000
Física

tivamente, as trações no cabo desse elevador quando ele


está parado, ou subindo, ou descendo, nessas condições, é 10. PUC-RJ
correto afirmar que a relação entre essas tensões é: Um passageiro de 80 kg está em um elevador que sobe
a. T2 < T1 < T0 c. T2 > T0 > T1 aceleradamente a 2,0 m/s2. Sob seus pés, há uma balança,
b. T2 > T1 > T0 d. T2 = T1 = T0 calibrada em kg. Qual é o valor em kg indicado pela leitura da
balança durante esta subida acelerada?
07. Favip-PE Dado: g = 10,0 m/s2
Um elevador possui massa de 800 kg quando vazio. Qua- a. 96 d. 160
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

tro pessoas de massa 50 kg, cada, entram no elevador, que b. 80 e. 100


passa a subir com aceleração de 2 m/s2. Considere a acelera- c. 64
ção da gravidade 10 m/s2. Despreze os atritos. Nesse instan-
te, qual é a força total que os cabos do elevador exercem para 11. Cefet-MG
movimentá-lo para cima? Na figura, os blocos A e B, com massas iguais a 5 e 20 kg, res-
a. 2 000 N pectivamente, são ligados por meio de um cordão inextensível.
b. 4 000 N
c. 5 000 N B
d. 6 000 N
e. 12 000 N

08.
Em uma superfície plana e horizontal, apoiam-se dois
blocos A e B, ligados por um fio. Aplica-se no bloco A uma força A
F = 200 N, paralela à superfície, como mostra a figura.
156

Fio Desprezando-se as massas do cordão e da roldana e


F qualquer tipo de atrito, a aceleração do bloco A, em m/s2, é
A B
igual a:
a. 1,0. c. 3,0.
Sabendo-se que o coeficiente de atrito entre o bloco A e b. 2,0. d. 4,0.
a superfície vale 0,20 e entre o bloco B e a superfície, 0,10, e
que mA = 20 kg e mB = 10 kg, determine a aceleração do con- 12. UFVJM-MG
junto de blocos. Considere g= 10 m/s2. Esta figura mostra um homem de 70 kg deitado sobre uma
mesa horizontal, passando por um procedimento terapêutico.
09. UEA-AM
LIVRO DO PROFESSOR

Frequentemente, em alguns trechos de estrada em meio


à mata, alguns veículos atolam, sendo necessário o auxílio de
outro veículo como um trator para serem removidos.
M

O fio e a polia são ideais e o coeficiente de atrito estático


entre o corpo do homem e a mesa vale 0,40.
Se o homem está na iminência de deslizar sobre a mesa,
assinale a alternativa que contém o valor correto da massa M
do corpo que exerce a tração.
a. 14 kg
b. 28 kg
O trator exerce uma força horizontal de intensidade c. 40 kg
EMI-15-20

10 000 N sobre o veículo atolado e o conjunto consegue mo- d. 70 kg


ver-se com aceleração de 4 m/s2. Se o carro resgatado tem Considere g = 10 m/s².

EMI-2015-21-MCN.indb 156 30/09/2014 08:46:09


13. UFPI

4
O arranjo experimental ilustrado na figura a seguir mostra A
um bloco A de massa mA sobre uma superfície horizontal ligado,

221
por um fio inextensível e de massa desprezível, a um bloco B de B
massa mB. Considerando os blocos em movimento e a acelera- Edifício
ção da gravidade igual a 10 m/s2, analise as afirmativas que se
seguem e assinale V, para as verdadeiras, ou F, para as falsas.

A Nível do solo

Física
O coeficiente de atrito entre o bloco A e a superfície de
B apoio é 0,25. Nessas condições, determine a aceleração do
sistema e a tração no fio que une os blocos.

( ) O módulo da aceleração dos corpos, exista ou não 16. UFTM-MG


atrito entre o bloco A e a superfície horizontal, só de- No dia 5 de agosto de 2010, um desmoronamen-
pende da aceleração da gravidade. to ocorrido na mina de cobre de São
( ) O módulo da aceleração dos corpos é inferior ao valor José, no norte do Chile, deixou 33 minei-

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


da aceleração da gravidade apenas quando existe ros isolados a 700 m de profundidade.
atrito entre o bloco A e a superfície horizontal. O resgate teve início 69 dias depois, por
( ) A tensão no fio é igual ao peso do bloco B. meio de uma cápsula com a forma aproxi-
Assinale a opção que apresenta a sequência correta. mada de um cilindro que, puxada por um
a. F, F, F d. V, F, F cabo, subia por um túnel aproximadamente
b. F, V, F e. V, V, V na vertical, levando os mineiros, um a um,
c. F, V, V para a superfície. Cada mineiro foi levado à
superfície com uma velocidade constante
14. de 0,7 m/s, mas que poderia dobrar ou tripli-
A figura a seguir ilustra dois blocos A e B de massas car em caso de emergência.
MA = 2 kg e MB = 1 kg . Não existe atrito entre o bloco B e a Considere que, em um dos resgates, a
superfície horizontal, mas há atrito entre os blocos. Os blocos massa total da cápsula mais a pessoa trans-
se movem com aceleração de 2,0 m/s2 ao longo da horizontal, portada era de 320 kg e que a intensidade da
sem que haja deslizamento relativo entre eles. Se sen θ = 0,60 força de atrito aplicada pela parede lateral do
e cos θ = 0,80 , qual o módulo, em newtons, da força F apli- túnel sobre a cápsula enquanto ela subia à
cada no bloco A? superfície foi de 1 800 N.

157
a. Determine a intensidade da força de tração aplicada
pelo cabo à cápsula, para levá-la à superfície, nas con-
dições do problema.
θ MA g b. Admita que, numa situação de emergência no res-
MB
F
gate de um mineiro de 60 kg, tenha sido necessário
aumentar a velocidade de subida da cápsula de
0,7 m/s para 2,1 m/s, em 4 s. Determine, nesse inter-
15. UFPR modificado valo de tempo, qual teria sido a intensidade da força
Uma caixa A de 20 kg apoiada no alto de um edifício está média aplicada pelo piso da cápsula sobre os pés do
presa por um fio ideal a outra caixa B de 30 kg suspensa na late- mineiro transportado. Adote g = 10 m/s2.
ral do edifício, conforme mostra a figura. Considere g= 10 m/s2. LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-20

EMI-2015-21-MCN.indb 157 30/09/2014 08:46:12


Módulo 12
4

Polias, máquina de Atwood e plano inclinado


221

Exercícios de Aplicação
01. PUC-RS A partir desses resultados e desprezando os atritos e a massa
Numa obra de construção civil, os operários transportam da roldana, o valor da massa X encontrado, em kg, foi igual a:
Física

verticalmente materiais usando roldanas, conforme a figura. a. 0,50. d. 2,00.


b. 1,00. e. 2,50.
c. 1,50.

F Resolução
Denominando mA = 2,0 kg; mB = 5,0 kg e considerando
g = 10 m/s2, a aceleração do sistema é dada por:
m + mX - mA 5 + mX - 2
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

a= B ·g ⇒ 5 = ·10
mA + mB + mX 2 + 5 + mX

P 5 · (7 + mX) = 10 ·(3 + mX) ⇒ 35 + 5 · mX = 30 + 10 · mX


mX = 1,0 kg
Desprezam-se o atrito, o peso das roldanas e o peso da Alternativa correta: B
corda. Para elevar um material de peso P, a força F deve ser
um pouco superior a: 03. UFTM-MG
c. P Na montagem da estrutura para um show musical, será ne-
a. P d. 2P cessário transportar um piano de cauda de 500 kg para o palco.
4 e. 4P Para facilitar esse trabalho, foi montado um plano inclinado e
b. P um sistema de roldanas, como representado na figura.
2

Resolução
A roldana móvel “divide” o peso P do bloco ao meio. As-
sim, a tração no fio que envolve a roldana é P/2. Portanto, F
deve ser ligeiramente maior que P .
158

2
Alternativa correta: B Palco

02. Cefet-MG
Dispondo-se de uma régua milimetrada, uma roldana fixa
e de um cronômetro, um estudante realizou o seguinte expe-
rimento para determinar o valor de uma massa desconhecida, 30°
conforme mostrado a seguir.
Se os fios e as polias utilizados forem ideais, se despre-
LIVRO DO PROFESSOR

zarmos o atrito entre o piano e a superfície inclinada e con-


siderarmos g = 10 m/s2, o módulo da força vertical que o ho-
mem deverá fazer para que o piano suba pelo plano inclinado
com velocidade constante deverá ser, em newtons, igual a:
a. 1 250 d. 5 000
b. 2 500 e. 750
2,0 x
c. 3 750
kg
Resolução
A tração na corda em contato com a mão do homem é T.
5,0 Como o piano sobe com velocidade constante, a força resul-
kg tante sobre ele é nula. Assim:
2 · T = P · sen 30º ⇒ 2 · T = 500 · 10 · 0,50 ⇒ T = 1 250 N
Alternativa correta: A
Nessa montagem, o estudante liberou os corpos, mediu a Habilidade
EMI-15-20

distância percorrida pela massa de 5,00 kg e o correspondente Calcular a resultante das forças e aplicar as leis de Newton
intervalo de tempo, calculou a aceleração e encontrou 5,00 m/s2. em sistemas de blocos, polias e plano inclinado.

EMI-2015-21-MCN.indb 158 30/09/2014 08:46:17


Exercícios Extras

4
04. UCPel-RS

221
Um bloco de peso P está em repouso sobre um plano in-
clinado rugoso. O módulo da força N que o plano exerce sobre
o bloco é: g
a. sempre menor que a força de atrito entre o bloco e o
plano. m
b. igual ao peso do bloco. P
c. maior que o peso do bloco.

Física
d. maior ou menor que o peso do bloco, dependendo da F
inclinação do plano. Para que o alteta consigaerguer o corpo com velocidade
e. menor que o peso do bloco. constante, o módulo da força F a ser aplicada na ponta da cor-
da, em newtons, deverá ser igual a
05. Unisa-SP a. 300
Em uma academia de ginástica foi montado um sistema b. 450
de roldanas para um atleta, cuja finalidade era erguer um c. 500
corpo de massa homogênea m = 150 kg, em um local onde d. 600

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


g = 10 m/s2. Desprezam-se todas as forças de resistência. e. 750

Seu espaço
Sobre o módulo sas inclinações. É interessante fazer uma prática explorando
Neste módulo, temos as aplicações das roldanas, ou po- esse tema. Comece com a pergunta: qual a maior inclinação
lias, da máquina de Atwood e do plano inclinado. Alguns pon- de rua que vocês conhecem? Segundo o artigo, a grande
tos que devem ser destacados: maioria responderá que é maior que 30°.
• A diferença básica entre uma polia fixa e uma polia Após coletar as hipóteses, peça que eles fotografem as
móvel. Deixar claro que, se pretendemos um ganho na ruas e meçam suas inclinações. Por fim, peça para que eles
intensidade da força, devemos optar pela polia móvel confrontem os dados com suas hipóteses.
− cada polia móvel duplica a força aplicada −, pois a
polia fixa é utilizada para alterar a direção e/ou o senti- Acesse: <http://www.sbfisica.org.br/
do da força; fne/Vol8/Num2/v08n02a04.pdf>.

159
• No plano inclinado, uma vantagem é decompor as for-
ças peso e de contato em duas direções, uma paralela Com essa simulação, pode-se trabalhar os conceitos de
ao plano e outra perpendicular ao plano. Esse procedi- atrito no plano inclinado.
mento facilita o entendimento do problema.
• Com relação à utilização da força de atrito, a diferença Acesse: <http://phet.colorado.edu/en/simulation/
entre repouso e iminência de movimento. Vários exer- ramp-forces-and-motion#translated-versions>.
cícios exploram esse conhecimento.

Experimentos
Na web
LIVRO DO PROFESSOR
VIRTUAL LAB FÍSICA
Links sugeridos
Atividade
O artigo indicado a seguir fala sobre a inclinação das ruas,
sendo que a maioria dos alunos superestima os valores des- 5- Rolando no plano inclinado
EMI-15-20

EMI-2015-21-MCN.indb 159 30/09/2014 08:46:19


Exercícios Propostos
4

Da teoria, leia os tópicos 3, 4 e 5. 09. Asces-PE modificado


221

Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Um caixote de peso 200 N é transportado com velocidade
constante por uma esteira rolante inclinada de um ângulo θ =
37º com a horizontal (ver figura). Devido ao atrito, o caixote
06. UCCB-SP não desliza sobre a esteira .
Com apoios sobre uma viga horizontal, montou-se o sis- Considera-se que sen(37º) = 0,6 e cos(37º) = 0,8. Os
tema esquematizado a seguir. coeficientes de atrito estático e cinético entre o caixote e a
esteira são respectivamente iguais a 0, 8 e 0, 4. Qual é o mó-
Física

dulo da força de atrito?

F
g

θ
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

a. 100 N
b. 120 N
A intensidade da força horizontal que deve ser aplicada c. 140 N
sobre o cabo, para que o corpo de peso 2 400 N seja mantido d. 180 N
em equilíbrio estático, sem tocar no chão, tem valor, em N, de: e. 200 N
a. 400 d. 1 200
b. 600 e. 1 600 10. UFSCar-SP modificado
c. 800 Com motores mais potentes, caminhões com duas car-
retas têm-se tornado muito comuns nas estradas brasileiras.
07. FEI-SP
Nos portos, para carregar navios, os guindastes possuem Cavalo Carreta 1 Carreta 2
um sistema de polias móveis para multiplicar a força, visto
que as cargas a serem elevadas são muito pesadas. Um guin-
daste simples possui o esquema a seguir. Qual é a força que
o motor deverá fazer para elevar uma carga de 1 tonelada?
160

Engate 1 Engate 2

O caminhão esquematizado acelera uniformemente com


aceleração de valor a. Nessas condições, considere as se-
F guintes informações:
• O motor do cavalo aplica sobre o conjunto uma força
de intensidade F;
• A interação entre as partes unidas pelos engates
1 e 2 tem intensidades respectivamente iguais a
f 1 e f 2;
LIVRO DO PROFESSOR

• As massas do cavalo, da carreta 1 e da carreta 2 va-


Carga
lem, nessa ordem, m, m1 e m2;
• Despreze os atritos.
a. Determine F em função das massas do cavalo e das
a. 200 kgf d. 750 kgf carretas e da aceleração a;
b. 100 kgf e. 250 kgf b. Alguns motoristas arriscam muito quando se trata de
c. 500 kgf segurança. Uma ação perigosa é “andar na banguela”
na descida, isto é, com as rodas livres, sem a marcha
08. UERJ engatada. Supondo desprezíveis os atritos nos man-
Um bloco de madeira encontra-se em equilíbrio sobre um cais do caminhão durante uma “banguela”, explique
plano inclinado de 45º em relação ao solo. A intensidade da como a velocidade do caminhão aumenta.
força que o bloco exerce perpendicularmente ao plano incli-
nado é igual a 2,0 N. 11. URCA-CE
Entre o bloco e o plano inclinado, a intensidade da força Na figura a seguir, o sistema constituído pelas polias, pe-
de atrito, em newtons, é igual a: los fios e pelos blocos encontra-se em equilíbrio. Os fios e as
EMI-15-20

a. 0,7 c. 1,4 polias são ideais; os blocos A e B possuem massas 14 kg e 20 kg,


b. 1,0 d. 2,0 respectivamente.

EMI-2015-21-MCN.indb 160 30/09/2014 08:46:21


Nessas condições, qual deve ser o valor da massa do blo- 14. Uespi

4
co B para que o bloco A fique na iminência de subir? Dois blocos idênticos, de peso 10 N cada, encontram-se
em repouso, como mostrado na figura a seguir. O plano in-

221
clinado faz um ângulo θ = 37° com a horizontal, tal que são
considerados sen 37° = 0,6 e cos 37° = 0,8. Sabe-se que os
respectivos coeficientes de atrito estático e cinético entre o
bloco e o plano inclinado valem µe = 0,75 e µc = 0,25. O fio
ideal passa sem atrito pela polia. Qual é o módulo da força de
atrito entre o bloco e o plano inclinado?

Física
B

A Piso
g

12. FGV-SP θ
Quanto às leis de Newton, suas aplicações e consequên-
cias, considere as afirmações seguintes: a. 1N

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


I. Se um corpo está sob a ação de duas forças de mesma b. 4N
intensidade, então ele deve estar em equilíbrio. c. 7N
II. Se o motor de um barco exerce sobre a água de um d. 10 N
rio uma força de mesma intensidade que a correnteza e. 13 N
exerce sobre o barco no sentido oposto, ele deve per-
manecer em repouso em relação à margem. 15. Fatec-SP
III. Ao subir o trecho de serra da rodovia dos Imigrantes, um Um mestre de obras pediu a seu empregado que com-
veículo recebe, da pista, uma força perpendicular ao prasse 3 roldanas (polias) ideais e as montasse com o intui-
seu movimento, de intensidade menor que o seu peso. to de usá-las para erguer, com o menor esforço possível,
 um
É correto apenas o que se afirma em: apoio contendo blocos de cimento. Para isso, a força F aplica-
a. I. da em uma das extremidades da corda deveria ser menor que
b. II. o peso do apoio com os blocos.
c. III. A seguir estão representadas as 3 maneiras que o empre-
d. I e II. gado pensou em montar as roldanas.
e. I e III. I.
F

161
13. FGV-SP
A figura representa dois alpinistas, A e B, em que B, ten-
do atingido o cume da montanha, puxa A por uma corda, aju-
dando-o a terminar a escalada. O alpinista A pesa 1 000 N e
está em equilíbrio na encosta da montanha, com tendência
de deslizar num ponto de inclinação de 60° com a horizontal
(sen 60° = 0,87 e cos 60° = 0,50); há atrito de coeficiente 0,1
entre os pés de A e a rocha. No ponto P, o alpinista fixa uma rol-
dana que tem a função exclusiva de desviar a direção da corda.

LIVRO DO PROFESSOR
P
B
II.
F

A
60o

A componente horizontal da força que B exerce sobre o


solo horizontal na situação descrita tem intensidade, em N:
a. 380 d. 820
EMI-15-20

b. 430 e. 920
c. 500

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III. a. I, apenas.
4

b. II, apenas.
c. III, apenas.
221

d. I e II, apenas.
e. I, II e III.
F
16. UECE
Uma esfera, inicialmente parada, desce um plano inclina-
do, rolando sem deslizar, na presença da gravidade terrestre.
Desprezando-se a resistência do ar, pode-se afirmar correta-
Física

mente que
a. há força de atrito apenas estático atuando na esfera.
b. há força de atrito apenas dinâmico atuando na esfera.
Melhor se obterá o efeito desejado na(s) montagem(ns) c. não há força de atrito estático atuando na esfera.
representada(s) por: d. há forças de atrito estático e dinâmico atuando na esfera.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
162
LIVRO DO PROFESSOR

EMI-15-20

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221

AT 222
M Capítulo 2 ................164

a
Módulo 4 .............178
Módulo 5 .............182

sic
Fí Módulo 6 .............189

Q
O
BI
O
LP
IS
GE H
O L
FI
C

S
SO


B
GA

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1. Movimento uniforme (MU) 166
2. Função horária dos espaços
para um movimento uniforme (MU) 167
3. Classificação do movimento no MU 167
4. Diagramas horários 167
5. Movimento uniformemente
variado (MUV) 171
6. Organizador gráfico 177
Módulo 4 – Movimento
uniforme (MU) 178
Módulo 5 – Diagramas
horários no MU 182
Módulo 6 – Movimento
uniformemente variado (MUV):
funções horárias e diagramas
horários 189

• Reconhecer o tipo de movimento por


meio de gráficos.
• Classificar movimentos acelerados e
não acelerados segundo características
comuns, como trajetória e variação de
velocidade.
• Utilizar linguagens gráfica e algébrica
para representar movimentos não
acelerados.
• Relacionar e calcular grandezas que
caracterizam movimentos acelerados e
não acelerados.

PIXINOO/SHUTTERSTOCK

EMI-2015-21-MCN.indb 164 30/09/2014 08:46:31


Cinemática escalar I 2
165
LIVRO DO PROFESSOR

No País de Gales existe uma competição curiosa, a corrida de caracóis. Esses moluscos gastrópodes
terrestres de concha espiralada e calcária podem deslocar-se em movimento uniforme com uma velocidade de até
0,0450 km/h ou 0,0125 m/s. Dessa forma, o tempo mínimo gasto por um caracol, em uma corrida de 100 metros
rasos, seria de:
v = ∆s ⇒ ∆t = ∆s
∆t v
∆t = 100 = 8 000 s
0,0125
Haja paciência para assistir a uma corrida de 2 horas, 13 minutos e 20 segundos!

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1. Movimento uniforme (MU)
2

Estudaremos neste capítulo os conceitos relativos ao chamado movimento uniforme (MU). Podemos considerá-lo como o
movimento mais simples que os corpos podem executar.
222

Um movimento será chamado de uniforme quando o módulo da velocidade for constante, durante todo o movimento do
móvel, em relação a certo referencial.
Encontramos na natureza exemplos interessantes desse tipo de movimento. Uma pessoa caminhando com passadas
iguais e sempre no mesmo ritmo descreve um movimento uniforme. Um automóvel cuja indicação no velocímetro é diferente de
zero e constante (não aumenta nem diminui) também descreve um movimento uniforme.
Física
Ciências da natureza e suas tecnologias
CLÁUDIA SILVEIRA DA SILVA

A velocidade do carro é constante e vale 95 km/h.

Conforme afirmamos acima, um corpo está animado


de um movimento uniforme quando apresenta módulo da t = 4,0 s
166

velocidade escalar instantânea constante. Decorrem daí


x = 2,0 m
alguns fatos importantes:
1. A velocidade escalar instantânea e a velocidade t = 3,0 s
escalar média são coincidentes e diferentes de zero.
v = vm ≠ 0 x = 2,0 m
2. Como sua velocidade escalar média é constante,
t = 2,0 s
podemos concluir que o móvel percorre distâncias
iguais em tempos iguais. x = 2,0 m
3. Como o módulo da velocidade não varia, a aceleração
escalar média e a instantânea são iguais a zero. t = 1,0 s
LIVRO DO PROFESSOR

a = am = 0
x = 2,0 m
4. Um móvel animado de um movimento uniforme pode
descrever trajetórias retilíneas ou curvilíneas. t=0

A seguir, analisaremos alguns casos em que reconhece-


remos o movimento uniforme. Movimento de ascensão da bexiga

A. Trajetória retilínea
Considere uma bexiga contendo gás leve, livre da B. Trajetória curvilínea
ação de ventos, que sobe em movimento retilíneo e com Como exemplo de trajetória curvilínea, podemos
velocidade escalar constante de 2,0 m/s (para pequenas considerar uma criança sentada numa cadeira de uma
altitudes). Observe que a bexiga percorre distâncias iguais roda-gigante em movimento. Se a velocidade de rotação da
em intervalos de tempo iguais. Por todos os quesitos roda-gigante é constante, então a criança vai descrever um
apresentados, podemos concluir que o movimento é movimento circular e uniforme (MCU).
retilíneo e uniforme (MRU).
EMI-15-10

EMI-2015-21-MCN.indb 166 30/09/2014 08:46:37


3. Classificação do movimento no MU

2
Por convenção, quando a velocidade de um móvel for
positiva (v > 0), o móvel estará se deslocando no mesmo

222
sentido da orientação da trajetória. Chamamos esse tipo de

SAULO MICHELIN / PEARSON BRASIL


movimento de movimento progressivo.

v>0

Física
Roda-gigante
Em contrapartida, quando a velocidade de um móvel for
2. Função horária dos espaços para negativa (v < 0), o móvel estará se deslocando em sentido
oposto ao da orientação da trajetória. Chamamos esse tipo de
um movimento uniforme (MU) movimento de movimento retrógrado.
Consideremos um ponto material que se encontra em um
movimento uniforme com velocidade escalar v, descreven- v<0

Ciências da natureza e suas tecnologias


do a trajetória representada abaixo. Em um instante t0 = 0, a
posição ocupada é s0; e, no instante posterior t qualquer, sua
posição é s.

t0 = 0
v
t
s0 v
O adjetivo progressivo significa que avança; e retrógra-
s do (também chamdo de regressivo), que anda para trás.

Usando a equação da velocidade escalar média:


APRENDER SEMPRE 1
s - s0
vm =
t - t0 01.
Um ponto material descreve um movimento uniforme

167
Como t0 = 0 e vm = v, então: e suas posições obedecem à função horária: s = 4 + 5 · t,
s - s0 com unidades no SI. Determine:
v= a. o espaço inicial (ou posição inicial);
t
b. a velocidade escalar.
Isolando o espaço (s):
v · t = s – s0 Resolução
Comparando a função dada com a função horária dos
s = s0 + v ⋅ t espaços
Função horária dos espaços para o MU s = s0 + v0 · t
s=4 + 5·t
Podemos observar que esta é uma função do 1o grau, em a. s0 = 4 m LIVRO DO PROFESSOR
que s0 é a posição inicial do móvel; s é a posição do móvel no b. v = 5 m/s
instante t, para uma dada velocidade escalar v.
A função horária dos espaços determina o espaço ou
posição do móvel num instante qualquer de movimento. 4. Diagramas horários
Assim, se as posições do móvel obedecerem à função O estudo dos diagramas horários ou gráficos dos movi-
s = 6,0 + 4,0 · t , com unidades no SI, significará que o móvel mentos tem-se mostrado uma ferramenta poderosa de traba-
partiu da posição s0 = 6,0 m, com velocidade de v = 4,0 m/s. lho na cinemática. Nesta parte, estudaremos os diagramas do
Dessa forma, para cada instante de movimento, teremos uma movimento uniforme.
respectiva posição.
A. Diagrama do espaço x tempo
s = 6,0 + 4,0 · t Consideremos a tabela abaixo, que foi obtida medindo-se
a posição de um ponto material em função do tempo.
t = 0 s ⇒ s = 6,0 m
t = 1,0 s ⇒ s = 10 m t(s) 0 1 2 3 4 5
EMI-15-10

t = 2,0 s ⇒ s = 14 m s(m) 6 9 12 15 18 21
t = 3,0 s ⇒ s = 18 m

EMI-2015-21-MCN.indb 167 30/09/2014 08:46:43


Por meio da tabela, podemos visualizar, de forma limita- Podemos concluir que, quando representamos um mo-
2

da, como a grandeza posição se modifica com o passar do vimento uniforme, por meio de um diagrama horário dos es-
tempo. Por exemplo, se desejarmos fazer uma previsão da paços (diagrama espaço-tempo), obtemos sempre uma reta
222

posição do ponto em um instante posterior a 5 s, lançando inclinada. O coeficiente angular dessa reta é dado pela veloci-
mão apenas da tabela, poderemos ter alguma dificuldade de dade escalar v e o linear, pelo s0.
encontrar esse valor.
Se lançarmos esses dados num sistema cartesiano (x, Esquematicamente, temos:
y), atribuindo ao eixo vertical (ordenada) as posições medi- a. para movimentos progressivos (v > 0)
das em metros e ao eixo horizontal (abscissa), os instantes
em segundos, teremos melhor visualização de como a posi- s
Física

ção do corpo varia com o tempo e para obter um espaço em


um tempo posterio basta prolongar a reta.

s (m) s0
24
0 t
21
18
b. para movimentos retrógrados (v < 0)
Ciências da natureza e suas tecnologias

15
12 s
9
6 s0
3 t (s)

0 1 2 3 4 5

0 t
Como a variação de posição no espaço é uniforme, de 3 m
a cada segundo, então a curva descrita no gráfico é retilínea. Muitas vezes, para resolver um exercício de cinemática,
Como o corpo percorre espaços iguais em tempos iguais, po- será necessário construir um diagrama horário dos espaços.
demos afirmar que o movimento é uniforme. Veja o exemplo:
Vamos tomar outra tabela e lançar os dados num diagra-
ma s x t. Um móvel obedece à função horária s = 4 + 2 · t, com
unidades no SI. A partir dessa função horária, construa o grá-
t(s) 0 1 2 3 4 5 fico s x t.
168

s(m) 8 6 4 2 0 –2 Para isso, faremos uma tabela auxiliar, atribuindo valores


para t e encontrando o respectivo espaço s.
s=4+2·t s2 = 4 + 2 · 2
s (m)
s2 = 8 m
8 s0 = 4 + 2 · 0
s0 = 4 m s3 = 4 + 2 · 3
6
s3 = 10 m
4
s1 = 4 + 2 · 1
s1 = 6 m
LIVRO DO PROFESSOR

2
t(s) 0 1 2 3
s(m) 4 6 8 10
0 1 2 3 4 5 t (s)
–2 Colocando os dados da tabela no gráfico, temos:

s (m)
Como a variação de espaço é uniforme, ou seja, o espaço 12
diminui 2 m a cada segundo, então a curva descrita no gráfico
10
é retilínea. Como o corpo percorre espaços iguais em tempos
iguais, podemos afirmar que o movimento também é uniforme. 8
Estudamos anteriormente que todo movimento uniforme
tem como função horária do espaço uma função do 1o grau. 6

4
s = s0 + v · t 2 t (s)
EMI-15-10

0 1 2 3

EMI-2015-21-MCN.indb 168 30/09/2014 08:46:46


Outras vezes você poderá encontrar um diagrama horário Para determinarmos a velocidade, aplicamos a fórmula

2
dos espaços e deverá determinar o espaço inicial e a velocida- da velocidade escalar média.
de escalar. Veja o exemplo: s2 − s1 0 − 8 −8

222
v = vm = = = = −4 m / s
s (m) t 2 − t1 2 − 0 2
Podemos, ainda, calcular a velocidade usando artifícios
8 da trigonometria.

4 s (m)
t (s)

Física
0 8 s0
1 2 3

∆s

θ t (s)
A partir do gráfico, temos s0 = 8 m (ponto em que o gráfico 0 2
intercepta o eixo s). ∆t

Ciências da natureza e suas tecnologias


s (m)

v = v m = ∆s = tg θ
N N
8 s0 ∆t
Cateto oposto
v = v m = − tg θ = − = −8 = − 4 m / s
Cateto adjacente 2
t (s) Observação: Se o gráfico for decrescente, a velocidade do
móvel será negativa (movimento retrógrado).
0 2

Muitas vezes, os movimentos não são contínuos, podendo o corpo iniciar o movimento com uma determinada velocidade,
parar por um instante de tempo e, depois, continuar movendo-se no mesmo sentido, ou até mesmo, no sentido oposto.
Imagine um corpo em movimento uniforme no sentido positivo de sua trajetória, em determinado momento, ele para e, após
algum tempo, ele inverte o sentido do movimento e volta a ter um movimento uniforme.

169
Para facilitar o entendimento, podemos colocar essas informações em um gráfico de espaço em função do tempo

Entre um instante inicial igual a zero e o tempo t1, o móvel Entre os instantes t2 e t3 , o móvel encontra-se em movi-
encontra-se em um movimento progressivo, podendo ser re- mento retrógrado, podendo ser representado por uma reta
presentado por uma reta crescente. decrescente.
S S

t3
LIVRO DO PROFESSOR
0 t1 0 t2 t

Entre os instantes t1 e t2, o móvel encontra-se em repou- Por fim, o gráfico do movimento poderia ser representado
so, podendo ser representado por uma reta horizontal. da seguinte forma:
S
S

t3
0 t1 t2 t
0 t1 t2 t
EMI-15-10

Pag-169_EMI-2015-20-222_Professor.indd 169 18/04/2016 10:44:30


B. Diagrama da velocidade x tempo v (m/s)
2

Já vimos que, no movimento uniforme, o módulo 0 3


da velocidade escalar instantânea é constante. Vamos
t (s)
222

considerar a situação de um ponto material que se desloca em


movimento uniforme progressivo com velocidade escalar de
módulo v. Podemos criar um diagrama genérico da velocidade –4
desse móvel em função do tempo:
v
A área é medida sempre em módulo; não se define área
v negativa.
Física

v (m/s)
0 3
t (s)
A
0 t1 t2 t
–4
Como no movimento uniforme:
Ciências da natureza e suas tecnologias

A=b·h
∆s ∆s
v = vm = = A = 4 · 3 = 12 (unidades de área)
∆t t2 - t1
Podemos afirmar, então, que: ∆s = −A = –12 m
Assim: Essa regra não vale apenas para o movimento uniforme,
∆s = v · (t2 – t1) ela pode ser aplicada para qualquer tipo de movimento. Veja
o exemplo:
Se calcularmos a área do gráfico v × t delimitada pela Uma partícula parte do repouso, aumenta sua velocidade
curva (reta horizontal), o eixo t e os pontilhados que marcam linearmente durante 10 segundos até atingir 20 m/s, depois
t1 e t2, obteremos o mesmo valor de ∆s. ela mantém sua velocidade por mais 30 segundos. Qual é o
deslocamento escalar dessa partícula durante os primeiros
v 40 segundos?
Pela descrição do movimento, podemos esboçar o
v
diagrama horário da velocidade.
v (m/s)
A
20
170

0 t1 t2 t

Podemos generalizar o resultado obtido da seguinte forma: 10 20 30 40 t (s)


N
Para o diagrama horário da velocidade de um MU, a área Como ∆s = A , temos:
obtida entre o gráfico e o eixo do tempo corresponde,
numericamente, ao módulo do deslocamento sofrido pelo v (m/s)
móvel no intervalo de tempo correspondente. b
LIVRO DO PROFESSOR

20
N
∆s = A h
Área

Consideramos “numericamente igual” por­que o desloca- 10 20 30 40 t (s)


mento escalar, no SI, é dado em m e a área em m2, ou seja,
apresen­tam unidades de medida diferentes. B

Para o caso de uma velocidade escalar negativa v = – 4 m/s, Neste caso, a área a ser calculada é de um trapézio,
temos: portanto temos:

∆s =
(B + b) ⋅ h
t (s) 0 1 2 3
2
v (m/s) –4 –4 –4 –4
∆s =
(40 + 30) ⋅ 20
2
∆s = 700 m
EMI-15-10

Vamos considerar o intervalo de tempo de 0 a 3 s.


∆s = v · ∆t = – 4 · 3 = – 12 m

EMI-2015-21-MCN.indb 170 30/09/2014 08:46:53


JOE32780 / DREAMSTIME.COM

2
APRENDER SEMPRE 2

222
01.
O gráfico a seguir representa a posição de um móvel
em função do tempo.

s (m)

12

Física
8 Carro em processo de frenagem

4
A. Função horária da velocidade
0 No MUV a velocidade aumenta ou diminui linearmente,
1 2 3 4 5 t (s)
pois a aceleração escalar é constante, assim, podemos dizer
–4 que a aceleração escalar média é igual a aceleração escalar

Ciências da natureza e suas tecnologias


instantânea.
De acordo com o gráfico faça o que se pede.
a. Escreva a função horária dos espaços para esse am = a
movimento.
b. Esboce o gráfico da velocidade em função do tempo No capítulo anterior, aprendemos a calcular a aceleração
escalar média com a equação:
Resolução
∆v v - v 0
a. s = s0 + v ⋅ t am = =
∆t t - t0
-4 = 12 + v ⋅ 4
4 . v = - 16
-16 Substituindo am por a e fixando o tempo inicial t0 = 0,
v=
4 teremos a função horária da velocidade:
v = - 4 m/s
v - v0
a=
Para escrever a função, substituímos a velocidade v e o t
v - v0 = a ⋅ t

171
espaço inicial s0. Logo, temos:
s = 12 – 4 · t
v = v0 + a ⋅ t
b. Função horária da velocidade
v (m/s)

1 2 3 4 Analisando essa equação, podemos perceber que ela é


0 t (s)
do 1o grau, portanto o gráfico de v × t será uma reta. Ela pode
ser crescente se a > 0, ou decrescente se a < 0.
–4

LIVRO DO PROFESSOR
v v

a<0
a>0
5. Movimento uniformemente
variado (MUV) 0 t 0 t
Neste capítulo, estudaremos o chamado movimento
uniformemente variado (MUV). Esse importante tipo de B. Função horária dos espaços
movimento está presente em muitas situações cotidianas. Quando estudamos o MU, havia a necessidade de encontrar
Um exemplo corriqueiro é o caso de um automóvel em uma equação que representasse esse movimento. Essa equa-
processo de frenagem. De forma simplificada, podemos ção foi encontrada (s = s0 + v ∙ t) e percebemos que ela depende
dizer que um móvel estará em MUV quando sua aceleração de duas constantes, do espaço inicial, s0, e da velocidade, v.
escalar instantânea apresentar valor constante e diferente Para o MUV, também temos a necessidade de obter uma
de zero. equação que represente o movimento e, para tal, utilizare-
EMI-15-10

EMI-2015-21-MCN.indb 171 30/09/2014 08:46:57


mos, como no MU, as condições iniciais do movimento s0, v0 e
2

agora também a aceleração a para formular tal função horária.


No item 4b aprendemos que a área sob um gráfico v × t
222

é numericamente igual ao deslocamento ∆s. Essa definição


também pode ser aplicada no MUV. No gráfico s × t, pode-se fazer de forma lúdica, a asso-
O gráfico a seguir representa o movimento de uma ciação do gráfico com um rosto.
partícula em MUV. Se está feliz:

v
Física

v0 A
t
Aceleração positiva ⇒ a > 0
0 t
Se está triste:
Ciências da natureza e suas tecnologias

Calculando a área sob o gráfico, podemos determinar o


deslocamento escalar.
N
∆s = A =
( v + v0 ) ⋅ t
2
Como v = v0 + a · t, então:
( v 0 + a⋅ t ) + v 0 
∆s =  ⋅t
2 Aceleração negativa ⇒ a < 0
∆s =
(2 ⋅ v 0 + a ⋅ t ) ⋅ t
2
2⋅ v 0 ⋅ t a ⋅ t 2 C. Classificação dos movimentos
∆s = +
2 2

a ⋅ t2 Um movimento é dito uniformemente acelerado quando


∆s = v 0 ⋅ t + o módulo da velocidade aumentar sempre de um mesmo
2
valor por unidade de tempo.
172

Mas ∆s = s – s0, logo:


a ⋅ t2 À luz dos conceitos de vetores, podemos dizer que a ve-
s - s0 = v 0 ⋅ t +
2 locidade e a aceleração instantânea apresentam a mesma
direção e o mesmo sentido.
a ⋅ t2
s = s0 + v 0 ⋅ t +
2 Aceleração
Essa é a função horária dos espaços.
Velocidade
Sentido positivo
Observe que a equação anterior é uma função do 2o grau;
LIVRO DO PROFESSOR

assim, o gráfico s × t será uma parábola. v>0ea>0


Se a > 0, a concavidade será voltada para cima.
Se a < 0, a concavidade será voltada para baixo.
Aceleração
s Velocidade
Sentido positivo
Parábolas
v<0ea<0
a<0
s0
Um movimento é dito uniformemente retardado quando o
a<0 módulo da velocidade diminuir sempre de um mesmo valor
por unidade de tempo.
0 ti t
Utilizando os conceitos de vetores, podemos dizer que
EMI-15-10

Os pontos indicados como ti representam as posições em a velocidade e a aceleração instantânea apresentam sen-
que ocorre a inversão do movimento. tidos opostos.

EMI-2015-21-MCN.indb 172 30/09/2014 08:47:01


Aceleração Velocidade

2
222
Sentido positivo

v>0ea<0 Os verbos acelerar e retardar estão intimamente


ligados aos seus conceitos físicos:
Velocidade Aceleração • acelerar (adquirir velocidade)
• retardar (ficar mais lento)

Física
Sentido positivo

v<0ea>0

Em resumo podemos esquematizar:

Gráficos de espaço × tempo Gráficos de velocidade × tempo

Ciências da natureza e suas tecnologias


s v

a>0 +
Movimento progressivo e acelerado a>0

v>0 v>0
t t

s v

v>0 +
Movimento progressivo e retardado a<0 a<0

v>0

173
t t

v
s

Movimento retrógrado e acelerado a<0


v<0 v<0 t
a<0

t – LIVRO DO PROFESSOR
v
s

a>0
Movimento retrógrado e retardado
v<0 t

v<0 a>0
t –

Observação: nos diagramas de s × t, vemos uma reta azul que serve como auxiliar para a determinação do sinal da velocidade.
No ponto onde se deseja determinar o sinal da velocidade, traça-se uma reta tangente a ele: se a reta for crescente, o movimento
é progressivo; se a reta for decrescente, o movimento é retrógrado. Essa regra está relacionada ao conceito de limite da função,
EMI-15-10

muito utilizado no nível superior.

EMI-2015-21-MCN.indb 173 30/09/2014 08:47:06


2
222

A bandeira do Brasil possui uma faixa branca que contém a frase “ORDEM E PROGRESSO”. Se essa faixa fosse um gráfico
de espaço em função do tempo, o que ela poderia representar?
Física
Ciências da natureza e suas tecnologias

Por ter a concavidade voltada para baixo, a aceleração é negativa: a < 0.


Ampliando a imagem, podemos perceber que a reta auxiliar tangente à curva começa crescente v > 0 (reta verde) e logo
174

fica decrescente v < 0 (reta azul).

t
LIVRO DO PROFESSOR

Assim, se a faixa fosse um gráfico, seu movimento começaria progressivo e retardado e terminaria retrógrado e acelerado.
EMI-15-10

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2
APRENDER SEMPRE 3

222
01.
Um carro com velocidade de 20 m/s freia uniformemente até atingir o repouso, levando, para isso, 4,0 s.
a. Encontre a equação horária da velocidade desse carro.
b. Determine a velocidade do carro no instante t = 1,5 s.

Resolução
a. Como o carro desacelera uniformemente, podemos afirmar que realiza um MUV. Para calcular a aceleração escalar

Física
média do veículo, temos:
∆v 0 - 20
am = =
∆t 4 ,0
am = -5,0 m / s2
No MUV, a aceleração escalar média é igual à aceleração escalar instantânea. Assim:
am = a
v = v0 + a · t

Ciências da natureza e suas tecnologias


v = 20 – 5,0 · t
b. Para encontrarmos a velocidade do carro no instante t = 1,5 s, podemos substituir esse valor na equação obtida.
v = 20 – 5,0 · t
v = 20 – 5,0 · 1,5
v = 20 – 7,5
V = 12,5 m/s

02.
No instante t = 0 s, um objeto se desloca em movimento uniformemente variado, com velocidade de módulo
12 m/s e com aceleração de módulo 2,0 m/s2, conforme mostra a figura abaixo. Classifique o movimento nos instantes:
a. t1 = 3,0 s
b. t2 = 6,0 s
c. t3 = 9,0 s
t=0s
Aceleração Velocidade inicial

175
s (m)

Resolução
Pela figura, podemos observar que a velocidade inicial é positiva (v0 = +12 m/s) e que sua aceleração é negativa
(a = –2,0 m/s2). A equação horária da velocidade para esse movimento é v = 12 – 2,0 · t. Para auxiliar a compreensão, vamos
confeccionar a tabela substituindo os valores de t na equação.

LIVRO DO PROFESSOR
a) t1 = 3,0 s b) t2 = 6,0 s c) t3 = 9,0 s
v = +6,0 m/s v = 0 m/s v = –6 m/s
a = –2,0 m/s2 a = –2,0 m/s2 a = –2,0 m/s2

v > 0 → movimento progressivo instantaneamente em repouso v < 0 → movimento retrógrado


v > 0 e a < 0 → movimento retardado ponto de inversão do movimento v < 0 e a < → 0 movimento acelerado
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2

03.
Considere um móvel que descreve um MUV obedecendo à equação horária s = 2 + 5 · t – 2 · t2, com unidades no SI; neste
222

caso, comparando-se à função apresentada com a equação horária da posição do MUV, determine a posição inicial, a veloci-
dade inicial e a aceleração do móvel.

Resolução
s = 2 + 5 · t – 2 · t2
↓ ↓ ↓
a
s = s0 + v 0 · t + · t2
Física

A posição inicial é de 2 m, a velocidade inicial é de 5 m/s, e a aceleração de –4 m/s2. O sinal negativo da aceleração signi-
fica que ela atua no sentido contrário ao da orientação da trajetória. O valor da aceleração é sempre o dobro do coeficiente de
t2 (a/2 = –2 ⇒ a = –4 m/s2).

04.
Um ponto material se desloca numa trajetória retilínea de forma que suas posições satisfazem a expressão
Ciências da natureza e suas tecnologias

s = 4 + 8 · t – t2, com unidades no SI. Represente, em um esquema, as posições ocupadas pelo corpo a cada segundo.

Resolução
Como no exercício anterior, podemos encontrar as condições iniciais do problema: a posição inicial é de 4 m, a velocidade
inicial é de 8 m/s e a aceleração é de –2 m/s2. O sinal negativo da aceleração significa que ela atua no sentido contrário ao da
orientação da trajetória. Podemos calcular as posições substituindo os valores de tempo na equação dada. Para a velocidade
(v = v0 + a · t), temos: v = 8 – 2 · t e podemos executar o mesmo procedimento.

t(s) a (m/s2) v (m/s) s (m)


0 –2 +8 4
1 –2 +6 11
2 –2 +4 16
3 –2 +2 19
4 –2 0 20
176

5 –2 –2 19
6 –2 –4 16
7 –2 –6 11
8 –2 –8 4

t=0s t=1s t=2s t=3s


t = 4 s, inversão do sentido
do movimento
LIVRO DO PROFESSOR

t=8s t=7s t=6s t=5s


s (m)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22

Observe que o corpo deslocou-se para a direita nos primeiros 4 s, invertendo seu sentido de movimento nesse instante. A se-
guir, moveu-se para a esquerda. No primeiro trecho, o movimento foi progressivo e retardado e, no segundo, retrógrado e acelerado.
Essa situação de inversão no sentido do movimento é importante no MUV.
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6. Organizador gráfico

2
A. O movimento

222
MONTAGEM DE CLÁUDIA SILVEIRA DA SILVA / EDWARD KINSMAN / PHOTORESEARCHERS / LATINSTOCK

Física
O movimento

e ser
s er

pod
de
po

Ciências da natureza e suas tecnologias


percorre
Uniforme Uniformemente
(MU) variado (MUV)

espaços iguais aceleração


possui

possui
em tempos iguais diferente de zero

velocidade variando
velocidade constante
linearmente com o tempo
sendo

Se o módulo da velocidade

v>0 v<0 aumenta diminui

177
o movimento é

o movimento é

o movimento é

o movimento é

progressivo retrógrado acelerado retardado

LIVRO DO PROFESSOR
Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
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Módulo 4
2

Movimento uniforme (MU)


222

Exercícios de Aplicação
01. 03. Sistema COC
As posições ocupadas por um móvel em seu movimento Para evitar colisões traseiras, é importante o motorista
Física

obedecem à função s = 8,0 – 2,0 · t , com s medido em me- praticar a regra dos dois segundos.
tros e t, em segundos (SI). Obtenha as posições do móvel nos A regra consiste no seguinte:
instantes 2,0 s e 10 s e classifique seu movimento. 1. Escolha um ponto fixo à margem da via.
2. Quando o veículo que vai à sua frente passar pelo pon-
Resolução
to fixo, comece a contar.
Para t = 2,0 s 3. Conte dois segundos pausadamente. Uma maneira fá-
s = 8,0 – 2,0 · t cil é contar seis palavras em sequência: "cinquenta e
s = 8,0 – 2,0 · 2,0 um, cinquenta e dois".
Ciências da natureza e suas tecnologias

s = 4,0 m 4. A distância entre o seu veículo e o que vai à frente


Para t = 10 s vai ser segura se o seu veículo passar pelo ponto fixo
s = 8,0 – 2,0 · t após a contagem de dois segundos.
s = 8,0 – 2,0 · 10 5. Caso contrário, reduza a velocidade e faça nova conta-
gem. Repita até estabelecer a distância segura.
s = – 12 m
A velocidade escalar é constante e vale –2 m/s, portanto Para veículos com mais de 6 metros de comprimento ou
o movimento é uniforme e retrógrado. sob chuva, aumente o tempo de contagem: "cinquenta e um,
cinquenta e dois, cinquenta e três".
02. UFG-GO Com relação ao texto, é correto afirmar:
A figura abaixo representa a posição de um móvel, em a. Para evitar acidentes, o veículo de trás deve sempre fi-
movimento uniforme, no instante t = 0. car a dois segundos de distância do veículo da frente.
b. A regra só é válida para velocidades baixas. Acima de
100 km/h, a distância de frenagem é maior, devendo
contar até cinquenta e dois segundos.
0 10 20 30 40 (metros)
c. Com chuva não é possível ver o ponto fixo, então deve-
178

-se aumentar o tempo de contagem até ver uma placa.


Sendo 5,0 m/s o módulo de sua velocidade escalar, pede-se: d. A regra dos dois segundos será válida para qualquer
a. a equação horária dos espaços do móvel; velocidade, pois a distância entre os carros será sem-
b. o instante em que o móvel passa pela origem dos es- pre maior que 55 metros.
paços. e. Se o veículo de trás trafega com velocidade de
100 km/h, a distância recomendada com base na regra
Resolução
dos dois segundos é de, aproximadamente, 56 metros.
a. s = s0 + v · t Resolução
s = 30 – 5 · t a. Incorreta. A unidade segundo é referente a grandeza físi-
b. 0 = 30 – 5 · t ca tempo.
LIVRO DO PROFESSOR

t=6s b. Incorreta. O tempo de contagem deve aumentar para veícu-


los com mais de 6 metros de comprimento ou sob chuva.
c. Incorreta. Com chuva o tempo é de três segundos, se não
conseguir ver o ponto fixo, não é possível fazer a regra.
d. Incorreta. A distância entre os carros depende da veloci-
dade. A distância só será 55 metros se a velocidade for
99 km/h em condições normais.
e. Correta.
∆s = v · ∆t
100
∆s = ·2
3,6
200
∆s =
3,6
∆s ≈ 56 m
Alternativa correta: D
Habilidade
EMI-15-10

Relacionar e calcular grandezas que caracterizam movi-


mentos acelerados e não acelerados.

EMI-2015-20-222.indd 178 29/02/2016 07:54:11


Exercícios Extras

2
04. Encceja 05. FEI-SP

222
Uma placa de sinalização de uma estrada indica que A posição de uma partícula, ao longo de sua trajetória, va-
o próximo posto de combustível está a 16 quilômetros de ria no tempo conforme a tabela.
distância. Se um motorista mantiver velocidade média de
80 km/h logo após ter lido a placa, chegará ao posto de com- s (m) 25 21 17 13 9 5
bustível em: t (s) 0 1 2 3 4 5
a. 3 minutos.
b. 6 minutos. A função horária das posições desse movimento é:

Física
c. 9 minutos. a. s = 4 – 25 t d. s = – 4 + 25 t
d. 12 minutos. b. s = 25 + 4 t e. s = –25 + 4 t
e. 15 minutos. c. s = 25 – 4 t

Seu espaço

Ciências da natureza e suas tecnologias


Sobre o módulo
Neste módulo, trabalharemos as características do movimento uniforme. Será importante demonstrar a função horária dos
espaços, para que o aluno perceba que ela provém da equação da velocidade escalar média, evitando assim a simples memo-
rização de fórmulas matemáticas.
A interdisciplinaridade da física com a matemática deverá ser enfatizada, mostrando que a equação horária dos espaços
nada mais é que uma função do 1º grau (y = a · x + b), porém com letras diferentes.
Nesta aula, será iniciada a classificação do movimento somente pela análise da velocidade, podendo ele ser progressivo
(que avança) ou retrógrado (que anda para trás). Nas próximas aulas, essa classificação será complementada.
Atentar ao fato de que no MU a velocidade escalar média é igual à velocidade instantânea e que a aceleração escalar média
é igual a zero, isso independe da forma de sua trajetória.
Na web
Simulação de movimento uniforme com gráficos.

179
Acessar: <https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/moving-man>.

LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-10

EMI-2015-21-MCN.indb 179 30/09/2014 08:47:13


Exercícios Propostos
2

Da teoria, leia os tópicos 1, 2 e 3.


Com base em seus dados, podemos afirmar que:
222

Exercícios de tarefa reforço aprofundamento a. pela manhã, até as 12 h, ele andou mais que à tarde,
das 12 h às 18 h.
06. b. ele esteve parado das 10 h às 11 h.
Uma formiga se movimenta em cima de uma régua, com c. ele percorreu mais de 100 quilômetros das 13 h às 16 h.
velocidade constante de 0,5 cm/s, caminhando do início para d. o horário das 8 h às 9 h foi aquele em que ele mais
o final da régua. No início do movimento (t = 0), a formiga se se deslocou.
encontra em cima da marca 5 cm. e. ele percorreu mais de 30 quilômetros das 9 h às 10 h.
Física

a. Obtenha a equação dos espaços da formiga em fun-


ção do tempo. 10. Ufac
b. Calcule quanto tempo a formiga leva para chegar ao Um automóvel se desloca em uma estrada retilínea com
final da régua (s = 30 cm). velocidade constante. A figura mostra as suas posições, ano-
tadas com intervalos de 1 h, contados a partir do quilômetro
07. 20, onde se adotou o instante t = 0.
Um automóvel possui movimento uniforme dado pela
função s = 40 – 5 · t, com unidades no SI. Determine:
Ciências da natureza e suas tecnologias

t=0 t=1h t=2h t=3h


a. o instante em que o móvel passa pela origem da
trajetória (s = 0);
b. o espaço do móvel no instante t = 10 s. km 20 km 50 km 80 km 110

08. Mackenzie-SP Com o espaço s em quilômetros e o tempo t em horas,


Uma partícula descreve um movimento retilíneo unifor- escreva a função horária dos espaços para esse movimento.
me, segundo um referencial inercial. A equação horária da po-
sição, com dados no SI, é x = –2 + 5 · t. Neste caso podemos 11. Uac-AC
afirmar que a velocidade escalar da partícula é: Um objeto realiza um MU e sua função horária é
a. –2 m/s e o movimento é retrógrado. S = 27 – 9,0 ∙ t (SI). Pedem-se:
b. –2 m/s e o movimento é progressivo. a. a posição inicial;
c. 5 m/s e o movimento é progressivo. b. a velocidade inicial;
d. 5 m/s e o movimento é retrógrado. c. a posição no instante t = 2,0 s;
e. –2,5 m/s e o movimento é retrógrado. d. o instante em que o móvel passa na origem.

09. Sistema COC 12. Fatec-SP


180

Um taxista cuidadoso decide marcar, de hora em hora, A tabela fornece, em vários instantes, a posição s de
a distância percorrida pelo seu carro, mostrada por meio um automóvel em relação ao km zero da estrada em que se
do hodômetro situado no painel do carro, e obtém os se- movimenta.
guintes valores:
Tempo (hora) Espaço (km)
Hora Quilometragem 0 200

8 13 450 2 170

4 140
LIVRO DO PROFESSOR

9 13 498

10 13 512 6 110

8 80
11 13 521
10 50
12 13 543

13 13 543 A função horária que nos fornece a posição do automóvel,


com as unidades fornecidas, é:
14 13 574 a. s = 200 + 30 · t
b. s = 200 – 30 · t
15 13 602 c. s = 200 + 15 · t
16 13 658 d. s = 200 – 15 · t
e. s = 200 – 15 · t2
17 13 672
13. Sistema COC
EMI-15-10

18 13 672 Numa viagem, para percorrer a distância entre duas capi-


tais brasileiras, um avião, com velocidade média de 750 km/h,

EMI-2015-21-MCN.indb 180 30/09/2014 08:47:14


demora 2 horas. Caso a velocidade média aumente para 16. AMAN

2
850 km/h, o tempo da viagem se reduzirá em, aproximada- Um avião bombardeiro deve interceptar um comboio que
mente: transporta armamentos inimigos quando este atingir um pon-

222
a. 30 minutos. to A, onde as trajetórias do avião e do comboio se cruzarão.
b. 20 minutos. O comboio partirá de um ponto B, às 8 h, com uma velocida-
c. 15 minutos. de constante igual a 40 km/h, e percorrerá uma distância de
d. 10 minutos. 60 km para atingir o ponto A. O avião partirá de um ponto C, com
e. 5 minutos. velocidade constante igual a 400 km/h, e percorrerá uma dis-
tância de 300 km até atingir o ponto A. Consideramos o avião e
14. UFRGS-RS o comboio como partículas descrevendo trajetórias retilíneas.

Física
Um míssil, com velocidade constante de 300 m/s, é dis- Os pontos A, B e C estão representados no desenho abaixo.
parado em direção ao centro de um navio que se move com
velocidade constante de 10 m/s, em direção perpendicular à A C
trajetória do míssil. Se o impacto ocorrer a 20 m do centro do
navio, a que distância dele foi feito o disparo?
a. 150 m
b. 300 m B
c. 600 m Desenho ilustrativo

Ciências da natureza e suas tecnologias


d. 3 000 m
e. 6 000 m Para conseguir interceptar o comboio no ponto A, o avião
deverá iniciar o seu voo a partir do ponto C às:
15. a. 8 h e 15 minutos.
Dois barcos partem simultaneamente de um mesmo b. 8 h e 30 minutos.
ponto, seguindo rumos perpendiculares entre si. Sendo de c. 8 h e 45 minutos.
30 e 40 km/h suas velocidades, calcule a distância entre eles d. 9 h e 50 minutos.
após 6 minutos. e. 9 h e 15 minutos.

181
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-10

EMI-2015-21-MCN.indb 181 30/09/2014 08:47:15


Módulo 5
2

Diagramas horários no MU
222

Exercícios de Aplicação
01.
As posições de um móvel que executa um MU variam de acordo com a função horária s = 5 – 2 · t , (SI). Para esse movimento:
Física

a. encontre a posição inicial do móvel;


b. encontre sua velocidade escalar instantânea;
c. classifique o movimento em progressivo ou retrógrado;
d. construa o gráfico s × t.
Ciências da natureza e suas tecnologias
182

Resolução
a. s0 = 5,0 m
b. vm = –2,0 m/s
c. retrógrado (v < 0)
d.
s t
5 0
LIVRO DO PROFESSOR

3 1
1 2

s (m)
5,0

0 2,5 t (s)
EMI-15-10

EMI-2015-21-MCN.indb 182 30/09/2014 08:47:16


02. b. v (m)

2
A tabela abaixo foi obtida medindo-se a velocidade esca-
lar em função do tempo de um móvel. 10

222
Considere que a velocidade permanece constante no in-
5 A1
tervalo de 0 a 10 s e que no intervalo tempo de 10 s a 20 s, a
velocidade varia lineramente com o tempo.
0
t (s) 0 5 10 15 20 5 10 15 A2 20 t (s)
–5
v (m/s) 10 10 10 0 –10

Física
–10
a. Construa o gráfico v × t desse movimento;

Calculando as áreas A1 e A2 para o gráfico, temos:

A1 =
(B + b)⋅h = (15 + 10)⋅10 = 125
2 2

Ciências da natureza e suas tecnologias


b⋅h 5⋅10
A2 = = = 25
2 2
Assim, d = 125 + 25
d = 150 m
c. ∆s = 125 – 25
∆s = 100 m
∆s = 100
d. v m =
∆t 20
vm = 5 m / s

e. R = d = 150
∆t 20
R = 7,5 m / s

183
b. calcule a distância percorrida no intervalo de 0 a 20 s;
c. calcule o deslocamento escalar no mesmo intervalo de
tempo;
d. calcule a velocidade escalar média do automóvel;
e. calcule a rapidez nesse mesmo período.
Resolução
a. v (m)

10
LIVRO DO PROFESSOR
5

0
5 10 15 20 t (s)
–5

–10
EMI-15-10

EMI-2015-21-MCN.indb 183 30/09/2014 08:47:20


03. Resolução
2

Analise o diagrama a seguir, que mostra a função s × t para No decorrer do tempo, os espaços percorridos pelo automó-
um ônibus e um automóvel que se movimentam em uma mes- vel são crescentes (movimento progressivo) e os espaços per-
corridos pelo ônibus são decrescentes (movimento retrógrado).
222

ma estrada, num trecho retilíneo, segundo o mesmo referencial.


Alternativa correta: D
s (km) Habilidade
Reconhecer o tipo de movimento por meio de gráficos.
2
Ônibus
Física

Automóvel

0 t (h)
Ciências da natureza e suas tecnologias

De acordo com o texto e com as informações obtidas do


gráfico, pode-se afirmar que:
a. ambos os movimentos são progressivos.
b. ambos os veículos estão em movimento em relação
ao motorista do ônibus.
c. o módulo da velocidade do ônibus é maior do que o da
velocidade do automóvel.
d. o movimento do ônibus é retrógrado, enquanto o do
automóvel é progressivo.
e. o trecho retilíneo da estrada tem, no mínimo, 2 000 m.

Exercícios Extras
04. ENEM 05.
184

O gráfico a seguir modela a distância percorrida, em km, Uma partícula realiza um movimento e algumas das suas
por uma pessoa em certo período de tempo. A escala de tem- posições, com o decorrer do tempo, são: so = 25 m, s1= 20 m,
po a ser adotada para o eixo das abscissas depende da ma- s2= 15 m, s3 = 10 m e s4 = 5 m. O intervalo de tempo gasto
neira como essa pessoa se desloca. entre duas posíções sucessivas é de 1 s. Considerando que
entre duas posições consecutivas o gráfico é um segamento
de reta, faça o que se pede:
10 km a. desenhe o gráfico s × t;
x(m)
LIVRO DO PROFESSOR

20
0 1 2 Tempo
15
Qual é a opção que apresenta a melhor associação entre
meio ou forma de locomoção e unidade de tempo, quando são 10
percorridos 10 km?
a. carroça – semana
5
b. carro – dia
c. caminhada – hora
d. bicicleta – minuto
0 1 2 3 4 5 t(s)
e. avião – segundo
b. explique o significado físico dos coeficientes linear e
angular do gráfico obtido acima;
EMI-15-10

c. indique o tipo de movimento;


d. deduza a equação horária do movimento.

EMI-2015-21-MCN.indb 184 30/09/2014 08:47:21


Seu espaço

2
Sobre o módulo

222
Aqui, o aluno deverá relacionar o texto discursivo com gráficos e tabelas. Para isso, os exercícios 1, 2 e 3 possuem espaços
quadriculados para que o aluno possa construir seus próprios gráficos e, assim, aprender a associar de maneira automática o
conceito com seu respectivo gráfico ou diagrama.
Ao desenvolver essa habilidade, o aluno deve:
– conseguir associar uma função horária do espaço (função do 1º grau) com seu respectivo gráfico;
– reconhecer que em um movimento uniforme o gráfico espaço × tempo será uma reta crescente ou decrescente;

Física
– relacionar um gráfico crescente com o movimento progressivo e um gráfico decrescente com o movimento retrógrado. É
importante fazer a interdisciplinaridade da física com a matemática, mostrando que a velocidade escalar pode ser represen-
tada pelo coeficiente angular da reta e pode ser calculada com a tangente do ângulo entre a reta e o eixo das abscissas.

Ciências da natureza e suas tecnologias


185
Exercícios Propostos

Da teoria, leia o tópico 4. 07. FGV-SP


Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Um objeto desloca-se em movimento retilíneo uniforme
durante 30 s. A figura representa o gráfico do espaço em fun-
ção do tempo. O espaço do objeto no instante t = 30 s, em LIVRO DO PROFESSOR
06. Mackenzie-SP metros, será:
Um móvel desloca-se segundo o diagrama da figura. Ob-
tenha a função horária do movimento. s(m)

s (m) 15

20 10

0 2 4 6 8 10 t(s)

0 t (s)
a. 30 d. 45
10
EMI-15-10

b. 35 e. 50
c. 40

EMI-2015-21-MCN.indb 185 30/09/2014 08:47:22


08. UFC-CE
2

Um objeto se move ao longo de uma reta. Sua velocidade escalar varia linearmente com o tempo, conforme mostra o gráfico.
222

v (m/s)
16,0
12,0

8,0
4,0
Física

0 2,0 4,0 6,0 8,0 10 12 t (s)

A velocidade escalar média do objeto, no intervalo de tempo compreendido entre t1 = 4,0 s e t2 = 8,0 s , é:
a. 6,0 m/s d. 12 m/s
b. 8,0 m/s e. 14 m/s
c. 10 m/s
Ciências da natureza e suas tecnologias

09. Sistema COC


Dois irmãos, Joana e Bruno, saem de casa juntos para ir à escola. Joana pensa estar atrasada e sai correndo. Sentindo-se
cansada, a partir de determinado instante, continua o trajeto caminhando. Bruno sai caminhando e, ao aproximar-se da escola,
em determinado momento, começa a correr. Considere que os dois irmãos, quando correm ou caminham, o fazem com veloci-
dade constante.
Dentre os gráficos a seguir,

1. 4.
Distância
Distância

0 Tempo 0 Tempo
186

2. 5.
Distância
Distância

0 Tempo 0 Tempo
LIVRO DO PROFESSOR

3.
Distância

0 Tempo

o que melhor representa a distância percorrida desde a sua casa até a escola, durante o tempo de percurso de:
a. Joana, é o gráfico 4.
b. Bruno, é o gráfico 1.
c. Joana, é o gráfico 3.
d. Bruno, é o gráfico 2.
EMI-15-10

e. Joana, é o gráfico 5.

EMI-2015-21-MCN.indb 186 30/09/2014 08:47:25


10.

2
O gráfico abaixo representa os espaços de um móvel em v (m/s)
6,0
função do tempo, para um movimento retilíneo. Obtenha a

222
função horária dos espaços.
5,0
s(m)

4 0,0 5,0 10,0 15,0 t (·102 s)

Física
a. 540
t(s) b. 1 250
c. 1 735
0 2 4 d. 2 135
e. 2 395

14.

Ciências da natureza e suas tecnologias


–4 Um automóvel moveu-se em uma estrada retilínea com
velocidade escalar instantânea que variou conforme mostra
o gráfico abaixo. Calcule a velocidade escalar média do auto-
móvel entre os instantes t = 0 e t = 10h.

11. v (km/h)
Dado o gráfico da velocidade de um móvel em função do
tempo, determine a distância percorrida pelo móvel em 10 s 60
de movimento.

v (m/s)
0 3,0 5,0 7,0 10 t (h)

– 40
3

187
t (s) 15. Vunesp
O movimento de um corpo ocorre sobre um eixo x de acor-
0 10 do com o gráfico a seguir, em que as distâncias são dadas em
metros, e o tempo, em segundos.
12. Fuvest-SP
Um veículo movimenta-se numa pista retilínea de 9,0 km x (m)
de extensão. A velocidade máxima que ele pode desenvolver
no primeiro terço do comprimento da pista é 15 m/s, e nos 40
dois terços seguintes é de 20 m/s. O veículo percorreu essa
pista no menor tempo possível. Determine: 30 LIVRO DO PROFESSOR
a. a velocidade média desenvolvida;
b. o gráfico v × t desse movimento. 20

13. Fuvest-SP 10
Um grande desafio nas provas de longas distâncias é a
manutenção de um elevado ritmo competitivo do início ao fim
da competição. Por isso, durante os treinos, um atleta de ma- 0 0,5 1 1,5 2 t (s)
ratona pode acelerar durante alguns segundos e tentar man-
ter velocidades constantes e crescentes durante intervalos A partir do gráfico, determine:
de tempo regulares, para que possa se adaptar às distâncias a. a distância percorrida em 1 segundo entre os instan-
paulatinamente. O gráfico a seguir registra um possível treino tes 0,5 s e 1,5 s;
no qual, durante os 10 primeiros minutos da prova, o atleta b. a velocidade média do corpo entre 0 e 2 s;
percorreu uma distância, em metros, de: c. a velocidade no instante 1,5 s.
EMI-15-10

EMI-2015-21-MCN.indb 187 30/09/2014 08:47:27


16. Unicamp-SP
2

De um helicóptero parado bem em cima de um campo de futebol, fotografou-se o movimento rasteiro de uma bola com
uma câmera que expõe a foto 25 vezes a cada segundo. A figura 1 mostra 5 exposições consecutivas desta câmera.
222

5a exposição
4a exposição
3 exposição
a

2a exposição
1a exposição
Física

a. Complete as colunas utilizando as informações contidas na figura. Para efeito de cálculo, considere o diâmetro da bola como
sendo de 0,5 cm, e a distância entre os centros de duas bolas consecutivas igual a 2,5 cm.

Distância da bola em
Número da
Tempo em segundos relação à bola da 1a
exposição
exposição (em metros)
Ciências da natureza e suas tecnologias

1a 0,00 0,00

2a

3a

4a

5a

b. Faça um gráfico, com unidades e descrição dos eixos, da distância da bola (em relação à bola da 1a exposição) versus
188

tempo. Seja o mais preciso possível.


LIVRO DO PROFESSOR

c. Qual a velocidade da bola em m/s?


EMI-15-10

EMI-2015-21-MCN.indb 188 30/09/2014 08:47:28


Módulo 6

2
Movimento uniformemente variado (MUV):

222
funções horárias e diagramas horários
Exercícios de Aplicação
01. Resolução
a. v = 10 – 2 · t

Física
A velocidade de um ponto material obedece à equação
horária v = 10 – 2 · t, com unidades no SI. Faça o que se pede. v = v0 – a · t
a. Determine a velocidade inicial e a aceleração do mo- Comparando as equações:
vimento. v0 = 10 m/s
b. Classifique o movimento no instante t = 6 s. a = –2 m/s2
c. Construa o diagrama v × t desse movimento. b. No tempo 6 s:
v = 10 – 2 · 6

Ciências da natureza e suas tecnologias


v(m/s) v = – 2 m/s
Como v < 0, o movimento é retrógrado.
Como a e v têm o mesmo sinal, o movimento é acele-
c. rado.
10

6
t(s)
–2

189
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-10

EMI-2015-21-MCN.indb 189 30/09/2014 08:47:30


Resolução
02.
2

Os espaços de um móvel obedecem à função horária a. s = 4 + 8 · t – 2 · t2


s = 4 + 8 · t – 2 · t2, com unidades no SI. s = s0 + v0 · t + a · t2
2
222

a. Escreva a função horária da velocidade para esse


movimento. Comparando as equações, temos:
b. Esboce os diagramas horários desse movimento. s0 = 4 m
v0 = 8 m/s
v (m/s) a = –2 ⇒ a = –4 m/s2
2
A função horária da velocidade é:
Física

v = v0 + a · t
v=8–4·t
8
b.
6
t (s) v (m)
4 0 8
Ciências da natureza e suas tecnologias

2 1 4
2 0
1 2 3 4 t (s) 3 –4
–2 4 –8
–4

–6
t (s) v (m)
–8
0 4
1 10
2 12
3 10
s (m) 4 4

12
190

s = 4 + 8 · t – 2 · t2
10 s1 = 4 + 8 · 1 – 2 · 12 = 10 m
s2 = 4 + 8 · 2 – 2 · 22 = 12 m
8
s3 = 4 + 8 · 3 – 2 · 32 = 10 m
6 s4 = 4 + 8 · 4 – 2 · 42 = 4 m
4

2
LIVRO DO PROFESSOR

0
1 2 3 4 t (s)
EMI-15-10

EMI-2015-21-MCN.indb 190 30/09/2014 08:47:32


03. ENEM Com base no gráfico, em que intervalo de tempo a veloci-

2
Em uma prova de 100 m rasos, o desempenho típico de dade do corredor é aproximadamente constante?
um corredor padrão é representado pelo gráfico a seguir: a. Entre 0 e 1 segundo.

222
b. Entre 1 e 5 segundos.
12
c. Entre 5 e 8 segundos.
10 d. Entre 8 e 11 segundos.
Velocidade (m/s)

8 e. Entre 12 e 15 segundos.
6
4 Resolução
Consultando o gráfico, concluímos que entre 5 e 8 segun-

Física
2
dos a velocidade do corredor é aproximadamente constante.
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 Alternativa correta: C
Tempo (s) Habilidade
Reconhecer o tipo de movimento por meio de gráficos.

Ciências da natureza e suas tecnologias


Exercícios Extras
04. Encceja a. Ele atinge sua velocidade máxima em um instante
O gráfico abaixo fornece a velocidade, em metros por compreendido entre 3 segundos e 4 segundos após
segundo, de um atleta em função do tempo, em segundos, o início da corrida.
em uma corrida de 100 metros rasos. b. Ele atinge sua velocidade máxima em um instante
compreendido entre 5 segundos e 6 segundos após
o início da corrida.
v (m/s) c. Sua velocidade 2 segundos após inicio da corrida é
14 maior do que sua velocidade 7 segundos após o início
12 da corrida.
10 d. Sua velocidade 3 segundos após inicio da corrida é
8 maior do que sua velocidade 8 segundos após o início
6 da corrida.
4 e. Ele atinge velocidade máxima após 9 segundos.
2

191
0 05.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 t (s) Utilizando os diagramas do exercício 02, classifique o
movimento entre os instantes:
Com relação à velocidade do atleta nessa corrida, assina- a. 0 e 2 s
le a opção correta. b. 2 e 4 s

Seu espaço LIVRO DO PROFESSOR


Sobre o módulo Não se esquecer da interdisciplinaridade com a matemá-
Por trabalhar simultaneamente as equações e os gráficos, tica. O aprendiz deve ter claro em sua mente que, no MUV, o
optou-se por utilizar duas aulas no movimento uniforme. gráfico espaço × tempo é uma parábola e que a concavidade
Assim, o estudante pode incorporar de maneira gradativa as voltada para cima representa aceleração positiva; e a voltada
habilidades de lidar com equações e gráficos. Nesse ponto, para baixo, negativa.
ele já possui os pré-requisitos para entender a demonstração Se achar necessário, pode-se fazer a transformação
da função horária da velocidade a partir da equação da usando o conceito de derivada, lembrando que todos os exer-
aceleração escalar e também entender a demonstração da cícios desse livro podem ser resolvidos sem esse conceito.
função horária dos espaços pelo método gráfico.
Enfatizar as diferenças entre os gráficos de espaço e de
velocidade em função do tempo, pois os alunos costumam es-
quecer-se de considerar de que gráfico se trata e, desse modo,
acabam confusos na hora de classificar os movimentos.
EMI-15-10

EMI-2015-21-MCN.indb 191 30/09/2014 08:47:33


Exercícios Propostos
2

Da teoria, leia o tópico 5.


v (m/s)
222

Exercícios de tarefa reforço aprofundamento


30 A
06. Fuvest-SP
B
Um veículo parte do repouso em movimento retilíneo e 20
acelera a 2 m/s2. Calcule a velocidade e a distância percorrida
após 3 s de movimento. 10
A B
Física

07.
10 20 30 40 t (s)
t (s) 1 2 3 4 5
As velocidades dos veículos variam com o tempo em
v (m/s) 12 14 16 18 20 dois intervalos: (I) entre os instantes 10 s e 20 s; (II) entre os
instantes 30 s e 40 s. De acordo com o gráfico, quais são os
módulos das taxas de variação da velocidade do veículo con-
Ciências da natureza e suas tecnologias

A partir da análise da tabela, na qual estão registrados os duzido pelo motorista imprudente, em m/s2, nos intervalos (I)
valores de velocidade instantânea de um móvel em função do e (II), respectivamente?
tempo, pode-se concluir que esse movimento é: a. 1,0 e 3,0
a. uniforme. b. 2,0 e 1,0
b. uniformemente retardado, com a velocidade inicial c. 2,0 e 1,5
nula. d. 2,0 e 3,0
c. uniformemente retardado, com a velocidade inicial e. 10,0 e 30,0
diferente de zero.
d. uniformemente acelerado, com a velocidade inicial 10.
nula. Um trem possui velocidade de 72 km/h. Ao frear, é aplica-
e. uniformemente acelerado, com a velocidade inicial da a desaceleração de 0,4 m/s2. Calcule o intervalo de tempo
diferente de zero. que o trem demora para parar.

08. Fuvest-SP 11. UFSC


Um corpo se movimenta sobre o eixo x, tendo sua posi- Um móvel descreve um movimento retilíneo unifor-
ção dada pela seguinte função horária: x = 2 + 2 · t – 2 · t2, memente acelerado numa trajetória em linha reta, e suas
192

com t em segundos e x em metros. Qual a velocidade escalar: posições variam no tempo, de acordo com a equação
a. média entre os instantes t = 0 e t = 2 s? s = 20 + 2 · t + 2 · t2, em que s é medido em metros e t, em
b. no instante t = 2 s? segundos. Determine a velocidade do móvel quando o tempo,
t, for igual a 10 s.
09. ENEM
Rua da passagem 12. Unicamp-SP
A tabela abaixo mostra os valores da velocidade de um
Os automóveis atrapalham o trânsito. atleta da São Silvestre em função do tempo, nos segundos
Gentileza é fundamental. iniciais da corrida.
Não adianta esquentar a cabeça.
LIVRO DO PROFESSOR

Menos peso do pé no pedal. v (m/s) 0,0 1,8 3,6 5,4 7,2 9,0
t (s) 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
O trecho da música, de Lenine e Arnaldo Antunes
(1999), ilustra a preocupação com o trânsito nas cidades, Nesses 5,0 segundos iniciais, pede-se:
motivo de uma campanha publicitária de uma seguradora a. a aceleração escalar constante do atleta;
brasileira. Considere dois automóveis, A e B, respectivamente b. o gráfico da velocidade escalar do atleta em função
conduzidos por um motorista imprudente e por um motorista do tempo.
consciente e adepto da campanha citada. Ambos se
encontram lado a lado no instante inicial t = 0 s, quando 13. Unicamp-SP
avistam um semáforo amarelo (que indica atenção, parada Para ter clareza em leituras de gráficos e tabelas, é neces-
obrigatória ao se tornar vermelho). O movimento de A e B sário saber que se trata de sistemas de representação sobre
pode ser analisado por meio do gráfico, que representa a uma superfície plana, através de diferentes formas, com o ob-
velocidade de cada automóvel em função do tempo. jetivo de facilitar a visualização de fenômenos e dados.
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No caso do gráfico a seguir, temos no eixo vertical a c. v (m/s)

2
posição de um objeto (que varia de 0 a 9 metros) em função
9
do tempo de observação (de 0 a 6 segundos), como mostra a

222
escala do eixo horizontal. 3
3 6 t (s)
9
8
7
6
5
s (m)

Física
4
de 0 a 3 s:
3
2
Movimento retardado
1 de 3 a 6 s:
0 Movimento acelerado
0 1 2 3 4 5 6
t(s)
d. v (m/s)

Ciências da natureza e suas tecnologias


Pela análise do gráfico do movimento, pode-se concluir
corretamente que é um movimento com aceleração cons- 6
tante, no qual a velocidade varia com o tempo de acordo
com a alternativa:
0 3 6 t (s)
a. v (m/s)
–6
9

0 3 6 de 0 a 3 s:
t (s)
Movimento acelerado
–6
de 3 a 6 s:
Movimento retardado

193
de 0 a 6 s: e. v (m/s)
Movimento acelerado
6
3

b. v (m/s) 0 3 6 t (s)
3

0 3 6 t (s) LIVRO DO PROFESSOR


de 0 a 3 s:
Movimento acelerado
–3 de 3 a 6 s:
Movimento retardado

14. UFPE
de 0 a 3 s:
Movimento retardado Uma partícula se move ao longo do eixo x de modo que
de 3 a 6 s: sua posição é descrita por x(t) = –10,0 + 2,0 · t + 3,0 · t2,
Movimento acelerado onde o tempo está em segundos e a posição, em metros. Cal-
cule o módulo da velocidade média, em, no intervalo entre
t = 1,0 s e t = 2,0 s.
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15. Uesc a. v
2

Um veículo automotivo, munido de freios que reduzem


a velocidade de 5,0 m/s, em cada segundo, realiza movi-
222

mento retilíneo uniforme com velocidade de módulo igual a


10,0 m/s. Em determinado instante, o motorista avista um t
obstáculo e os freios são acionados. Considerando-se que o
tempo de reação do motorista é de 0,5 s, a distância que o b. v
veículo percorre, até parar, é igual, em m, a:
a. 17,0
b. 15,0
Física

c. 10,0 t
d. 7,0
e. 5,0 c. v

16. Uesc
Um carro se desloca com velocidade constante num
referencial fixo no solo. O motorista percebe que o sinal está t
vermelho e faz o carro parar. O tempo de reação do motorista é
Ciências da natureza e suas tecnologias

de frações de segundo. Tempo de reação é o tempo decorrido d. v


entre o instante em que o motorista vê o sinal vermelho e
o instante em que ele aplica os freios. Está associado ao
tempo que o cérebro leva para processar as informações e
ao tempo que levam os impulsos nervosos para percorrer t
as células nervosas que conectam o cérebro aos membros
do corpo. Considere que o carro adquire uma aceleração e. v
negativa constante até parar. O gráfico que pode representar
o módulo da velocidade do carro (v) em função do tempo (t),
desde o instante em que o motorista percebe que o sinal está
vermelho até o instante em que o carro atinge o repouso, é: t
194
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