CP1 Dr3
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Cidadania e Profissionalidade
Atividade 1
Leia os seguintes textos:
A cidadania democrática envolve uma dupla dimensão representativa e participativa, exigindo mais
responsabilidades ao cidadão. O aprofundamento da cidadania está cada vez mais ligado à intervenção em
problemas como: o ambiente, o urbanismo, o emprego e o desemprego, a qualidade de vida, a exclusão social,
os direitos das minorias, a transparência na administração e, naturalmente, a utilização das TIC.
A Constituição da República constitui a lei fundamental de um país democrático, a Constituição da República
Portuguesa (CRP) foi sofrendo várias alterações ao longo dos tempos, a que hoje conhecemos (a que vigora)
data de 1976 e, depois de várias revisões, começa por formular princípios fundamentais (artigos 1 a 11) nos
quais prevê que a República Portuguesa é soberana, na vontade popular e no Estado de direito democrático.
Este traduz-se no facto da República Portuguesa ser baseada na soberania popular, no pluralismo de expressão
e organização política democrática, no respeito e na garantia de efetivação dos direitos e liberdades
fundamentais e na separação e interdependência de poderes. A soberania reside no povo, que exerce o seu
poder político através do sufrágio e do referendo.
De acordo com o princípio da legalidade democrática, os atos do Estado subordinam-se à Constituição.
Na Constituição estão consignados os Direitos, liberdades e garantias fundamentais. Os diferentes códigos
(código do trabalho, código civil, código do procedimento administrativo, código penal…) regulamentam
minuciosamente
as situações e a aplicação de cada lei ou decreto.
A CRP encontra-se dividida em partes e estas por sua vez em capítulos, agrupando da seguinte forma os Direitos
e deveres fundamentais: Direitos liberdades e garantias – direitos, liberdades e garantias pessoais; direitos
liberdades e garantias de participação política; Direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores. Direitos e
deveres económicos; Direitos e Deveres sociais; Direitos e deveres culturais.
AAVV (2006), Educação para a Cidadania – Saber & Inovar, Porto, Plátano Editora.
Verdade e democracia
“A democracia baseia-se no pressuposto de que não há homens que nascem para mandar nem existem outros
que existem para obedecer, mas que todos nascemos com a capacidade de pensar e, portanto, com o direito
político de intervir na gestão da comunidade de que fazemos parte. Mas para que os cidadãos possam ser
politicamente iguais é imprescindível que em contrapartida nem todas as suas opiniões o sejam: deve haver
algum meio de hierarquizar as ideias na sociedade não hierárquica, potenciando as mais adequadas e afastando
as mais erróneas e prejudiciais. Numa palavra, procurando a verdade. É exatamente essa a missão da razão, cujo
uso todos partilhamos (…). E desde logo nem todas as opiniões são igualmente válidas: valem mais as que
tenham melhores argumentos a seu favor e as que melhor resistem à prova de fogo do debate com as objeções
que lhe são colocadas.”
Fernando Savater, As Perguntas da Vida
Proposta de reflexão:
Democracia é o regime político no qual a soberania é exercida pelo povo. Os cidadãos são os
detentores do poder e confiam parte desse poder ao Estado, para organizar a sociedade.
Assim, a democracia é uma série de princípios que orientam a atuação dos governos para que
estes garantam o respeito às liberdades e cumpram a vontade geral da população.
3- Saliente alguns Direitos e Deveres consignados na Constituição da República Portuguesa que considere
fundamentais e mostre como eles se refletem na sua vida pessoal ou profissional.
1. Direito à educação: O artigo 74º da Constituição estabelece que todos têm direito à educação e à
cultura. Isso significa que todos os estudantes têm direito a uma educação de qualidade,
independentemente da sua origem social, económica ou cultural.
2. Direito à liberdade de expressão: O artigo 37º da Constituição garante o direito à liberdade de
expressão e de informação. Isso significa que os cidadãos têm o direito de expressar livremente as
suas opiniões e ideias, sem censura ou repressão.
3. Direito à igualdade: O artigo 13º da Constituição estabelece que todos os cidadãos são iguais
perante a lei, sem distinção de origem, raça, sexo, orientação sexual, religião ou convicção política.
Os cidadãos têm o direito de serem tratados de forma igual e justa, independentemente das suas
características pessoais.
4. Direito à privacidade: O artigo 26º da Constituição garante o direito à privacidade e à proteção de
dados pessoais. Isso significa que os cidadãos têm o direito de ter a sua privacidade respeitada tanto
na vida pessoal como na vida profissional.
1. Dever de estudar: os estudantes têm o dever de estudar e de se esforçar para obter bons
resultados académicos, de acordo com as suas capacidades e aptidões.
2. Dever de respeitar o direito dos outros: Os cidadãos têm o dever de respeitar os direitos e a
dignidade de outras pessoas, incluindo colegas, professores e funcionários da instituição de
ensino.
3. Dever de participar na vida escolar: os estudantes têm o dever de participar ativamente na vida
escolar, contribuindo para o bom funcionamento da instituição de ensino e para a promoção de
um ambiente saudável e respeitoso.
4. Dever de obedecer às regras: Os estudantes têm o dever de obedecer às regras e regulamentos
da instituição de ensino, bem como as leis e normas em vigor na sociedade em geral
Atividade 2
Numa democracia um dos princípios básicos é o da soberania popular, ou seja, o reconhecimento de que o
poder reside e emana do povo. No entanto, pertencendo ao povo apenas uma pequena parte dos cidadãos
pode exercer efetivamente esse poder.
A participação ativa dos cidadãos é fundamental para a manutenção da democracia porque é através
dela que os cidadãos podem exercer efetivamente o seu poder e influenciar as decisões que afetam as
suas vidas e a vida da sociedade em geral. Sem a participação ativa dos cidadãos, a democracia corre o
risco de se tornar um mero exercício formal de poder, sem a representatividade e legitimidade
necessárias para garantir a igualdade e a justiça.
2. Quais os princípios e mecanismos que asseguram a soberania popular numa situação deste tipo?
Justifique com exemplos.
Para que a soberania popular seja efetiva numa democracia, é necessário que haja princípios e
mecanismos que assegurem a igualdade na participação dos cidadãos no processo político. Alguns
desses princípios são: a igualdade de direitos, liberdade de expressão e de associação a outras
organizações, participação ativa, transparência dos agentes públicos perante a sociedade sobre as suas
ações e decisões.
Exemplos de mecanismos que asseguram a soberania popular: é o sistema eleitoral proporcional, que
permite que os partidos políticos tenham representação proporcional ao número de votos recebidos.
Isso garante que os cidadãos tenham uma representação política mais fiel à diversidade de opiniões e
interesses da sociedade, e não apenas dos grupos mais poderosos ou influentes. Outro exemplo é o
orçamento participativo, que permite que os cidadãos participem diretamente no processo de recursos
públicos, decidindo sobre investimentos e projetos prioritários. Isso garante que as exigências e
necessidades da população sejam mais bem atendidas, e não apenas as prioridades dos governantes ou
dos grupos mais influentes.
4. Elabore um slogan, sugestivo e bem humorado, que convença as pessoas a exercerem o seu direito de
voto.
Sendo soberano, o povo, ciclicamente é chamado a escolher aqueles em que vai delegar o poder político,
através de eleições gerais e universais. Será que num regime democrático a participação do povo se resume às
eleições ou existem outros meios e mecanismos que possibilitem a intervenção direta dos cidadãos nas decisões
políticas e administrativas.
1. Enumere e explique alguns desses mecanismos? Onde e como estão inscritos, previstos e
regulamentados? Como se efetivam?
Em um regime democrático, a participação do povo não se resume apenas às eleições, mas deve ser
ampliada para além disso. Existem diversos mecanismos que possibilitam a intervenção direta dos
cidadãos nas decisões políticas e administrativas, incluindo:
Referendos: são consultas populares sobre questões específicas, em que os cidadãos são chamados a
votar e decidir sobre uma questão específica, como a aprovação de uma nova lei ou mudança
constitucional.
Iniciativa popular: é um mecanismo que permite aos cidadãos propor leis ou emendas constitucionais
diretamente, sem a necessidade de que as propostas partam do poder legislativo.
Orçamento participativo: é um processo em que a população decide, de forma direta, como uma parte do
orçamento público será gasta em projetos e serviços locais
Audiências públicas: são reuniões em que os cidadãos podem expressar opiniões e sugestões sobre
projetos de lei, políticas públicas , entre outros temas relevantes para a sociedade.
2. Serão suficientes para assegurar a soberania popular ou deveria haver mais e melhores possibilidades de
intervenção direta dos cidadãos na decisão política?
Deveria haver mais e melhores possibilidades na intervenção direta dos cidadãos na decisão política através da
atuação de organizações da sociedade civil, como sindicatos, ONGs e movimentos sociais, que podem pressionar
o poder político a adotar medidas e políticas que atendam às necessidades da população.
Atividade 3
A população de uma freguesia está farta de solicitar aos deputados da assembleia, por via informal, por
conversas de ocasião, que debatam o problema dos caixotes do lixo na referida assembleia e que procurem uma
solução para evitar que o lixo se acumule durante dias nos referidos caixotes, provocando cheiros que afetam os
moradores das residências mais próximas e também atraindo animais para os mesmos locais, desde moscas a
ratos passando pelos cães e gatos na busca de restos de comida. A maioria dos cidadãos acha que os caixotes
deveriam desaparecer a ser elaborado um regulamento que obrigasse as pessoas a depositar os sacos de lixo
apenas na noite anterior ao dia de recolha e não a qualquer momento. De facto a existência de caixotes
estimula esta prática fazendo com que o lixo se acumule durante os dias em que não há recolha, principalmente
ao fim de semana.
Farta de adiar o problema a população decidiu reunir as assinaturas necessária e pedir a convocação de uma
sessão extraordinária da assembleia de freguesia
Senhores Deputados,
Temos vindo a apresentar propostas, mas até agora não obtivemos qualquer resposta.
O que pode a Junta de Freguesia fazer mais para todos juntos, tornarmos os Serviços mais eficientes?
Além do pagamento dos Serviços, o que podem os cidadãos fazer mais para, de uma vez por todas, acabarmos
com o lixo amontoado no espaço público?
A formadora,
Raquel Rodrigues