Aula 02 - Investigacoes-Do-Subsolo
Aula 02 - Investigacoes-Do-Subsolo
Aula 02 - Investigacoes-Do-Subsolo
DISCIPLINA DE FUNDAÇÕES
CURSO DE BACHAREL EM ENGENHARIA CIVIL
INVESTIGAÇÕES DO SUBSOLO
MATERIAL RETIRADO DO ACERVO DIGITAL DO INSTITUTO DE CIÊNCIA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA, CAMPUS DO MUCURI
PROFESSORA: Mestra em Eng de Estruturas ANA PAULA MOURA
PROGRAMAÇÃO DA AULA
1) Processo de investigação – sondagens;
B) Processos diretos:
● Inspeção in situ → trincheiras, poços;
● Amostragem indeformada → coleta manual, amostradores
de parede fina.
● Amostragem deformada → escavação manual, trado,
amostradores de parede grossa.
3.1 POÇOS E TRINCHEIRAS
“Escavações feitas no solo com a finalidade de retirada
de amostras e inspeção direta do terreno ao longo da
profundidade de estudo.”
● Poço: Seções circulares, menores (o mínimo para permitir
o aces o do operário) e profundidade maior que a
trincheira;
● Trincheira: Seção retangular, mais conhecida como vala.
3.1 POÇOS E TRINCHEIRAS
● Permitem a observação da estratificação das camadas do
solo;
● Permitem a tomada de amostras indeformadas para
caracterização do solo e determinação dos parâmetros de
resistência;
● Escavações manuais geralmente não escoradas
● Até o encontro do nível d'água ou onde for estável.
PORQUE DESPREZAR
OS PRIMEIROS 15 cm?
3.3 SPT
Avanço do furo:
1. Com trado-concha até o 1º metro;
2. Com trado helicoidal do 2º metro até:
O nível d’água;
Avanço do trado for inferior à 50mm após
10min;
Solo não aderente ao trado.
3. Com trépano com circulação de água
quando não for possível o uso do trado
helicoidal.
3.3 SPT
Registro do número de golpes:
Como geralmente não ocorre penetração exata de 45cm:
1. É registrada a penetração imediatamente superior a 15cm;
2. Conta-se o número de golpes adicionais para 30cm;
3. Em seguida, conta-se o adicional para o amostrador atingir
45cm.
Exemplo de Registro: 14/18 – 12/12 – 15/15.
3.3 SPT
Casos especiais:
1/47, 1/50 → Quando para o 1º golpe do martelo a penetração for
superior a 45cm;
0/23. 0/51 → Se ao apoiar o martelo houver penetração (zero
golpes);
15/7 → Se a penetração for incompleta.
0/65, 2/40 → Quando exceder significativamente os 45cm ou
quando não for possível distinguir claramente os três intervalos de
15cm.
0/65, 1/33, 1/20 → Penetração com poucos golpes ultrapassa
45cm.
3.3 SPT
Cravação interrompida antes dos 45 cm (penetração
incompleta):
Em qualquer dos 3 segmentos de 15 cm, o número de golpes
ultrapassar 30: 12/16, 30/11
Um total de 50 golpes tiver sido aplicado durante toda a
cravação: 14/15 – 21/15 – 15/7;
Não se observar o avanço do amostrador durante a aplicação
de 5 golpes sucessivos do martelo (seguir o processo com
método de lavagem): 10/0
3.3 SPT
Critérios para paralisação da sondagem:
Se em 3 m sucessivos for necessários 30 golpes para
penetração dos 15 cm iniciais do amostrador;
Se em 4 m sucessivos for necessários 50 golpes para
penetração dos 30 cm iniciais do amostrador;
Se em 5 m sucessivos for necessários 50 golpes para
penetração dos 45 cm iniciais do amostrador.
Justificativa geotécnica ou solicitação do cliente.
Quando os avanços da perfuração, por circulação de água
forem inferiores a 50mm após 10 minutos.
3.3 SPT
Cálculo da profundidade:
● Até a profundidade onde o acréscimo de tensão no solo,
fruto das cargas estruturais, for menor do que 10% da
tensão geostática efetiva (usar ábaco da NBR 8036/83);
● Profundidade mínima (Azeredo, 1977. O edifício até sua
cobertura): D ≥ 1,5.B (se B ≤ 25m); D ≥ B (se B > 25m).
onde B é a menor dimensão da área construída.
3.3 SPT
O boletim de sondagem:
● Cota da boca do furo: nem sempre é a cota de implantação
da obra;
● Coordenadas do furo;
● Nível d'água;
● Nome do técnico;
● Dados do equipamento;
● Data e hora do início do furo;
● Data e hora do fim do furo.
3.3 SPT
3.3 SPT
3.3 SPT
3.3 SPT
3.4 SPT-T
● A medida do torque é efetuada ao término de cada ensaio
de perfuração SPT.
● Acopla-se o torquímetro e inicia-se o movimento da rotação
da haste.
● O instrumento de leitura é observado e anota o máximo
valor lido.
“O ensaio de palheta é
tradicionalmente
empregado na
determinação da
resistência ao
cisalhamento não
drenado, Su, das argilas
moles.”
3.8 ENSAIO DE PALHETA – VANE TEST
3.8 ENSAIO DE PALHETA – VANE TEST
Consiste na rotação a uma velocidade de rotação patrão de
uma palheta cruciforme em profundidades pré-definidas. A
medida do torque T versus a rotação permite a determinação da
resistência não drenada do solo.
3.8 ENSAIO DE PALHETA – VANE TEST
Vantagens
● Equipamento simples;
● Repitibilidade;
● Interpretação;
● Medida de uma grandeza física.
Desvantagens
● Extremamente lento;
● A resistência não-drenada é um tópico complexo.
Recomenda-se também ensaios de laboratório.
3.9 ENSAIO DILATOMÉTRICO - DMT
Estimativa do
módulo de
elasticidade
das camadas
de solo
prospectadas.
3.9 ENSAIO DILATOMÉTRICO - DMT
O teste consiste na cravação de
ponteira metálica, com interrupções
desta cravação a cada 20 cm.
Nestas interrupções, é introduzido gás
nitrogênio que expande a membrana
metálica da ponteira contra o terreno.
Dessa expansão, registram-se em
manômetro de precisão duas leituras: a
primeira quando a dilatação da
membrana “vence” o esforço de
compressão do terreno, e a segunda
quando esta deforma o solo de 1,1mm.
3.10 ENSAIO PRESSIOMÉTRICO - PMT
Estimativa do módulo de
elasticidade das camadas de
solo prospectadas.
Consiste na inserção em um pré-
furo de sonda pressiométrica e
deformação radial de membrana
por meio de inserção de gás
nitrogênio.
As medidas de deformação são
através do painel de controle, que
mede variações de pressões e
volumes ocorridos com a
deformação do solo.
3.10 ENSAIO PRESSIOMÉTRICO - PMT
RESUMINDO...
RESUMINDO...
RESUMINDO...
EXERCÍCIOS
5) Durante os estudos geotécnicos do solo de uma região em que será
realizada uma ter aplanagem, foram realizados os seguintes testes:
• sondagem à percus ão • ensaio de palheta (Vane test);
• ensaio de Piezocone.
Julgue o item subsecutivo, com base nas informações apresentadas
acima.
1. No ensaio de Piezocone, podem ser medidos três dados do solo:
resistência de ponta, resistência ao atrito lateral e pressões neutras.
2. A sondagem à percussão, por meio de cor elação, permite medir as
mesmas propriedades do solo determinadas pelos ensaios de palheta
e Piezocone.
3. O ensaio de palheta é empregado para determinar o grau de
compacidade de solos arenosos.
EXERCÍCIOS
6) O ensaio que consiste na expansão de uma sonda ou
célula cilíndrica, normalmente de bor acha, instalada em um
furo executado no ter eno, é:
a) de cone;
b) pres iométrico;
c) de palheta;
d) de dilatômetro;
e) SPT.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
NBR 6122:2010 – Projeto e execução de fundações. Rio de
Janeiro, 2010.