Trabalho 1 - Definitivo

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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS


PROGRAMA DE ENGENHARIA ELÉCTRICA – 3º ANO

ELECTRÓNICA DE POTÊNCIA

CÉSAR TOMÁS MANJOLO


KELVEN AGOSTINHO NHAMUNDA
ZACARIAS JOAQUIM NOTA

RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO (SCR)

BEIRA

2023
CÉSAR TOMÁS MANJOLO
KELVEN AGOSTINHO NHAMUNDA
ZACARIAS JOAQUIM NOTA

RETIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO (SCR)

Trabalho apresentado á Universidade Zambeze,


através do Departamento de Engenharia Eléctrica,
da FCT, na disciplina de Electrónica de Potência.

Eng.º Essitone, Lote

BEIRA

2023
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................................2

1.1. Objectivo...................................................................................................................................2

1.2. Metodologia...............................................................................................................................2

2. DEFINIÇÃO..............................................................................................................................3

2.1. Simbologia, camadas e junções...............................................................................................3

2.2. Características dos SCR’s:.........................................................................................................3

2.3. Funcionamento do SCR.............................................................................................................4

2.3.1. Curva ideal do Díodo e do SCR.............................................................................................4

2.4. Importância................................................................................................................................5

2.5. Aplicações.................................................................................................................................5

2.6. Proteções do SCR......................................................................................................................5

3. CONCLUSÃO...........................................................................................................................6

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1. INTRODUÇÃO
O tirístor é um dispositivo de quatro camadas e membro da família dos semi-condutores que tem
dois estados estáveis de operação: um estado apresenta corrente aproximadamente igual a zero,
e o outro tem uma corrente elevada; limitada apenas pela resistência externa. O tirístor pode ser
considerado uma chave unidirecional que substitui, com vantagens, por exemplo, contactores e
relés de grande capacidade.

SCR (Silicon Controlled Rectifier) - Retificador Controlado de Silício. É o tirístor de uso mais
difundido. Possui 3 terminais: ânodo e cátodo, pelos quais flui a corrente, e a porta (ou gate)
que, a uma injeção de corrente, faz com que se estabeleça a corrente.

1.1. Objectivo

Compreender o funcionamento de um SCR, bem como suas formas de disparo e de bloqueio.

1.2. Metodologia

Silva e Menezes (2002) classificam uma pesquisa: quanto aos procedimentos adotados, quanto à
natureza, quanto à forma de abordagem e quanto aos objetivos.

Em relação aos procedimentos metodológicos utilizados neste projeto, tem-se uma pesquisa-ação,
caracterizada segundo Silva e Menezes (2002), quando concebida e realizada em estreita associação
com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo, o problema e a possível resolução são
representados por perdas no consumo de energia elétrica.

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2. DEFINIÇÃO

O retificador controlado de silício (em inglês SCR: silicon controlled rectifier) é um tipo


de tirístor formado por quatro capas de material semicondutor com estrutura PNPN ou NPNP.
Como o próprio nome indica, o SCR é um retificador controlado, ou seja, um elemento ou um
circuito que realiza a conversão da corrente alternada em corrente contínua e que controla o
quanto "chega" de tensão, de corrente e de potência na carga.

2.1. Simbologia, camadas e junções

Figura 1: Simbologia, camadas e


junções.
Fonte: Instituto BRAGA

2.2. Características dos SCR’s:


 São chaves estáticas bi-estáveis, ou seja, trabalham em dois estados: não condução e
condução, com a possibilidade de controle.
 Em muitas aplicações podem ser considerados chaves ideais, mas há limitações e
características na prática.
 São compostos por 4 camadas semicondutoras (P-N-P-N), três junções (P-N) e 3
terminais (Ânodo, Cátodo e Gatilho).
 São semicondutores de silício. O uso do silício foi utilizado devido a sua alta capacidade
de potência e capacidade de suportar altas temperaturas.
 Apresentam alta velocidade de comutação e elevada vida útil;
 Possuem resistência elétrica variável com a temperatura, portanto, dependem da
potência que estiverem conduzindo.
 São aplicados em controles de relés, fontes de tensão reguladas, controles de motores,
Choppers (variadores de tensão CC), Inversores CC-CA, Ciclo-conversores (variadores
de frequência), carregadores de baterias, circuitos de proteção, controles de iluminação e
de aquecedores e controles de fase, entre outras.

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2.3. Funcionamento do SCR
Para entendermos o funcionamento, vamos utilizar o circuito equivalente de 2 transístores. Aplicando-
se uma tensão E [positiva (+) no ânodo (A) e negativa (-) no cátodo (K)] veremos que o transístor
PNP e o NPN não conduzem porque não circula a corrente i 2 e a corrente i 1.

Figura 2: Circuito equivalente de 2 transístores


Fonte: Instituto Federal – Jonathan Pereira

Sem esquecer que já aplicamos uma tensão E no ânodo e cátodo. Aplicando agora um pulso positivo
no gate (G) em relação ao cátodo, (o pulso deve ter amplitude maior que 0,7 V, pois entre G e K
existe uma junção PN formando um díodo), vamos fazer circular a corrente i 1 que fará o transístor
NPN entrar em condução. Com isso i 2 também irá circular fazendo com que o transístor PNP
conduza.

Assim, sendo, o pulso no gate não é mais necessário pois o transístor PNP mantém o NPN
conduzindo e vice-versa. Esse estado de condução permanecerá indefinidamente. A única
maneira de desligar o SCR é fazer a tensão E (entre ânodo e cátodo) igual a zero

2.3.1. Curva ideal do Díodo e do SCR

Idealmente, tanto no díodo como no SCR, quando a tensão é negativa, ocorre o bloqueio e a corrente é
nula para qualquer tensão. Quando a tensão é positiva, o díodo conduz. Já no SCR, mesmo que seja
aplicada tensão positiva, ele continua bloqueado, a não ser que seja aplicado um pulso no gatilho.
Dessa maneira, o SCR também passa a conduzir, comportando-se como um curto-circuito idealmente.

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Figura 3: Cuvas ideais do díodo (a) e do SCR (b)
Fonte: CTISM, adaptado de Almeida, 2009
2.4. Importância
O SCR ou Díodo Controlado de Silício é um dos componentes mais importantes nas aplicações em
que esteja envolvido o controle de cargas de potência de altos valores a partir da rede de energia.
Funcionando como um interruptor acionado eletronicamente ele facilmente supera seus equivalentes
mecânicos, por sua velocidade, sensibilidade e capacidade de operar com tensões e correntes
elevadas. Não há limite para o número de aplicações práticas em que ele pode ser usado o que torna
muito importante para todos conhecer um pouco de seu princípio de funcionamento, suas limitações e
suas aplicações principais.

2.5. Aplicações
Tirístores, ou retificadores controlados por silício, os SCRs são usados em muitas áreas da
eletrônica onde encontram usos em uma variedade de aplicações diferentes. Algumas das
aplicações mais comuns para eles são descritas abaixo:
 Comutação eletrônica de energia CA;
 Controles de relés e motores;
 Fontes de tensão reguladas;
 Choppers (variadores de tensão CC);
 Inversores CC-CA;
 Carregadores de bateria;
 Controle de iluminação;
 Pé-de-cabra de proteção contra sobretensão para fontes de alimentação;
 Elementos de controle em controladores acionados por ângulo de fase;
 Dentro das luzes do flash fotográfico, elas actuam como o interruptor eletrônico para
descarregar uma tensão armazenada através da lâmpada do flash e, em seguida, cortá-la
no momento necessário.

2.6. Proteções do SCR


Um SCR exige uma adequada proteção contra sobretensões e sobrecorrentes para oferecer uma
operação segura e confiável. Sob condições anormais, sobrecargas por exemplo, o SCR poderá
ser percorrido por uma sobrecorrente suficiente para danificá-lo. Operações inadequadas e
transitórios podem provocar sobretensões que ultrapassem os seus limites nominais de tensão. O
dimensionamento do SCR deverá ser feito para as condições normais de operação, levando-se
em conta uma certa margem de segurança. Superdimensioná-lo para as possíveis condições
anormais seria antieconômico.

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3. CONCLUSÃO
O Tirístor SCR (Silicon Controlled Rectifier) foi desenvolvido por um grupo de
engenheiros do Bell Telephone Laboratory (EUA) em 1957. É o mais conhecido e
aplicado dos Tirístores existentes. Tirístor é o nome genérico dado à família dos
componentes compostos por quatro camadas semicondutoras (PNPN). Os Tirístores
SCR’s funcionam analogamente a um díodo, porém possuem um terceiro terminal
conhecido como Gatilho (Gate ou Porta). Este terminal é responsável pelo controle da
condução (disparo). Em condições normais de operação, para um SCR conduzir, além
de polarizado adequadamente (tensão positiva no Ânodo), deve receber um sinal de
corrente no gatilho, geralmente um pulso. A principal aplicação que os SCR têm é a
conversão e o controle de grandes quantidades de potência em sistemas CC e CA,
utilizando apenas uma pequena potência para o controle. Isso se deve à sua ação de
chaveamento rápido, ao seu pequeno porte e aos altos valores nominais de corrente e
tensão em que podem operar.

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