IMUNIDADE de IGREJAS

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Ao

Secretário de Gestão Financeira

Conforme tramitação n.º07 de V. S.ª, trata-se de cumprimento de parecer do D.D. Sr.


Prefeito para conceder a IMUNIDADE TRIBUTÁRIA para, apenas, o Lançamento do
IPTU do exercício de 2017.

Apresenta, a postulante deste em (fls.02/12 ) requerimento, às fls.13 o Cartão do CNPJ,


às fls. 18/29 Estatuto em nome da entidade religiosa “ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DA IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS”, às fls.
30/32 Ata de Assembleia Geral Ordinária e a matrículas sob o registro n.º 13.376 e
105.096 às fls.36 e 76 respectivamente.

Cumpre esclarecer que, em nosso ordenamento jurídico há dispositivo que disciplina o


instituto da Imunidade Tributária concedida aos Templos de qualquer Culto, previstos
na carta da Republica de 1988 em seu artigo 150, VI, “b”, no Código Tributário
Nacional art. 9º, IV, “b” Lei 5172/66, recepcionado ainda pelo art. 8º, § 2º de nossa Carta
Tributária, Lei Complementar nº 101/2007, editou-se o Decreto n.٥ 1048/2015.

Diante do que fora exposto ao longo deste, documentos apresentados pela postulante,
em atenção especial ao título de propriedade do imóvel através da matrícula sob o nº
13.376 e 105.096, em cumprimento ao Decreto Municipal nº 1048/2015, pelo
atendimento aos incisos I e II e III, do artigo 2º deste, SUGIRO, pelas considerações
aqui expostas, e, pelo princípio da economia processual, onde se preconiza o máximo de
resultados na atuação do direito com o mínimo emprego possível de atividades processuais,
que seja, reconhecida a IMUNIDADE TRIBUTÁRIA pelo prazo de 10(dez) anos,
conforme previsto no art. 4º deste, visto a prova de propriedade do imóvel pelas
matrículas n.º 13.376 e 105.096 do Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil
de Pessoas Jurídicas de Embu das Artes (fls. 76).

Por fim, segue para suas considerações, e, possível reconsideração do período de


concessão da Imunidade Tributária sobre os Impostos, por 10 (dez) anos, em
observância ao art.4º, pelo cumprimento aos incisos I e II e III, do artigo 2º do Decreto
nº 1048/2015 em consonância com o art. 150, VI, “b” da CF/88, c/c o art. 9º, IV, “b” CTN
Lei 5172/66, e o art. 8º, § 2º de nossa Carta Tributária Lei Complementar nº 101/2007,
em observância ainda ao art. 131, “b” da Lei Orgânica do Município de Embu das
Artes.

Sem mais,
Marco A. Tomilhero

Fiscal Tributário

Saliento ainda, que em nossa carta Tributária, LC 101/2007


mais precisamente nos artigos invocados pelo agente fiscal,
em tramitação 03, Art. 8.º §2 da LC 101/2007, vejamos:

Art. 8.º - Nenhum tributo será cobrado:


I – (...)
§ 2º Não se cobrarão tributos, sejam impostos
ou taxas disciplinadas nesta Lei, sobre o
patrimônio, a renda e os serviços dos templos
de qualquer culto nas atividades desenvolvidas
para o cumprimento de suas finalidades, sendo
que a imunidade atingirá os locais e
dependências utilizados pelos templos, desde
que devidamente comprovado junto ao Poder
Público tal destinação, para o exercício de
suas finalidades enquanto tais atividades
perdurarem. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 118/2009.

 Desse modo, está prescrito no artigo 150, VI, b, da C.F que está vedada a
cobrança de impostos sobre templos de qualquer culto.
Constituição da Republica 1988
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

b) templos de qualquer culto;

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas


fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da
lei;

DECRETO Nº 1048 DE 03 DE NOVEMBRO DE 2015.

DISPÕE SOBRE REGULAMENTAÇÃO DO INCISO II DO ARTIGO 221 DA


LEI Nº 101 DE 26 DE DEZEMBRO DE 2007 – CÓDIGO TRIBUTÁRIO
MUNICIPAL.

Art. 1º - Fica regulamentado o reconhecimento da imunidade


tributária dos Templos de qualquer culto, estabelecido no
inciso II do artigo 221 da Lei nº 101 de 26 de dezembro de
2007, Código Tributário Municipal.

Art. 2º - Os Templos de qualquer culto, poderão requerer o


reconhecimento da imunidade tributária, perante o Poder
Executivo Municipal, apresentando os seguintes documentos:

I - Estatuto da Entidade Religiosa, devidamente registrada


em Cartório de Títulos e Documentos;

II - Ata atualizada e registrada em Cartório de Títulos e


Documentos, demonstrando a composição da entidade civil;

III - Matrícula do Imóvel em nome da Entidade Religiosa,


atualizada e comprovação de contas de água e luz.

IV - Contrato de Aluguel, estabelecido entre o proprietário


do imóvel e a Entidade Religiosa, devidamente registrada em
Cartório de Títulos e Documentos. É anualmente pedida sua
isenção.
Art. 3º - O Reconhecimento da Imunidade Tributária dos
Templos de qualquer culto, será mediante em despacho
administrativo do Prefeito Municipal.

Art. 4º - Fica estabelecido o prazo de 10 (dez) anos para


renovação do reconhecimento da Imunidade Tributária dos
Templos de qualquer culto, previstos nos incisos I, II e
III do artigo 2º deste decreto.

Art. 5º - Fica determinado a renovação anual da Imunidade


Tributária dos Templos de qualquer culto, nos casos
previstos no inciso IV do artigo 2º deste Decreto.

Art. 6º - Para os Contratos de Aluguel o prazo para o


ingresso do requerimento de reconhecimento e renovação da
Imunidade Tributária dos Templos de qualquer culto,
previsto neste Decreto, será o último dia útil do mês de
outubro de cada exercício.

POSSE: É A SITUAÇÃO DE FATO, ocorre independentemente de título e pode


transformar-se em propriedade. Está protegida pelo direito e gera direitos ao
possuidor. Todo aquele que não tem título (registro imobiliário) só tem a posse.

PROPRIEDADE: é quando a situação é de direito. Pode ocorrer sem o título


( usucapião) isto é, a ocorrência do usucapião enseja a aquisição da
propriedade, ainda que não haja o registro imobiliário, ainda.
A propriedade, contudo, depende de título.

DOMÍNIO: é o vínculo legal da propriedade. Ocorre com o registro


imobiliário. Sem o registro não haverá domínio. É como se fosse a certidão de
nascimento da propriedade. Sem ele não há que se falar em domínio. Espero ter
conseguido esclarecer um pouco a sua dúvida. Você poderá estudar sobre o
assunto numa boa obra. Direitos Reais, do Professor Sílvio de Salvo
Venosa.Editora Atlas. Bem didática e dará a você uma visão mais ampla do
assunto, já que aqui fico muito limitada. 

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