1. O documento discute diferentes interpretações da "blasfêmia contra o Espírito Santo" mencionada na Bíblia.
2. Uma interpretação é que se refere a atribuir os atos de Deus ao diabo, porém isso levanta questões teológicas sobre a Trindade.
3. A interpretação mais coerente é que se refere a rejeitar completamente a graça salvadora aplicada pelo Espírito Santo.
1. O documento discute diferentes interpretações da "blasfêmia contra o Espírito Santo" mencionada na Bíblia.
2. Uma interpretação é que se refere a atribuir os atos de Deus ao diabo, porém isso levanta questões teológicas sobre a Trindade.
3. A interpretação mais coerente é que se refere a rejeitar completamente a graça salvadora aplicada pelo Espírito Santo.
1. O documento discute diferentes interpretações da "blasfêmia contra o Espírito Santo" mencionada na Bíblia.
2. Uma interpretação é que se refere a atribuir os atos de Deus ao diabo, porém isso levanta questões teológicas sobre a Trindade.
3. A interpretação mais coerente é que se refere a rejeitar completamente a graça salvadora aplicada pelo Espírito Santo.
1. O documento discute diferentes interpretações da "blasfêmia contra o Espírito Santo" mencionada na Bíblia.
2. Uma interpretação é que se refere a atribuir os atos de Deus ao diabo, porém isso levanta questões teológicas sobre a Trindade.
3. A interpretação mais coerente é que se refere a rejeitar completamente a graça salvadora aplicada pelo Espírito Santo.
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A BLASFÊMIA CONTRA O ESPIRITO SANTO
Estudo preparado por: Bp. Valdivino Rodrigues. Introdução. Este é um dos assuntos que chama muito a tenção de estudiosos bíblicos e de cristãos em geral. Porém, também é um assunto que demanda um aprofundamento teológico maior, por isso são várias as teorias para se explicar o que de fato é a blasfêmia contra o Espirito Santo. Este assunto está relatado nos evangelhos em (Mateus 12:24-31; Marcos 3;28-29 e Lucas 12:10) No contexto em Mateus, Jesus está sendo acusado de expulsar demônios por Belzebu. (maioral dos demônios). O contexto de Marcos, é o mesmo de Mateus, expulsar demônios por Belzebu. O de Lucas é v1, é a hipocrisia dos fariseus, v5. o de não temer aos homens, e v8. testemunho de confissão de fé em Jesus. Ao que parece, no capitulo 11 de Lucas, registra que Jesus atacou fortemente a hipocrisia dos fariseus, e eles se dispuseram a atacar a Jesus de forma bem agressiva. É a partir dessa situação que vamos ver Jesus falar aos fariseus sobre a blasfêmia contra o Espirito Santo. Se olharmos por esse contexto poderíamos dizer que a blasfêmia seria atribuir ao diabo aquilo que estava sendo feito por Jesus, expulsar demônios. Por essa interpretação, uma visão restrita, pode se chegar a esse entendimento. Porem, não podemos considerar uma interpretação perfeita se não relacionarmos a uma visão maior, ou seja, levando em conta um contexto mais abrangente como o teológico, sobre a essência do ser de Deus que é composta pela tri-unidade. O canônico, ou seja, como esse mesmo assunto ou semelhante, está disposto nos demais livros do cânon bíblico. O histórico, que seria a composição dos relatos, nesse caso, especialmente nos evangelhos.
1) Uma forma de interpretação, e a mais conhecida (é interpretada no
sentido isolado), é de que, tal blasfêmia é atribuir um feito de Deus ao Diabo ou a Belzebu como diz o texto. E olhando o texto, (Mateus 12.26-28) pode nos parecer que essa interpretação é a mais correta. Mas teologicamente essa interpretação estaria adequada com a doutrina do subordinacionismo, que ensina que o Pai é o único Deus, o Filho e o Espírito Santo são criaturas subordinadas, que não se deve prestar a mesma honra do Pai ao Filho e ao Espírito Santo. E nesse caso, seria a subordinação do Pai e do Filho ao Espirito. 2
Se seguirmos este raciocínio, de que, se pecarmos contra o Espírito Santo
não teremos perdão, mas se pecarmos contra o Pai e o Filho podemos ser perdoados, logo, tal interpretação é injusta, pois declara que o Espirito Santo é maior do que o Pai e o Filho. E ainda nos transparece que o Espirito Santo seria mais rigoroso, ou pior ainda, seria mal e desarmonioso com o Pai e o Filho, sendo que, a salvação é uma obra Trinitariana. Essa interpretação, levada ao crivo da ortodoxia doutrinaria, doutrinas tradicionais da igreja durante toda a história, é plenamente rejeitada. Pois na doutrina da Trindade, sabemos que não há subordinação e nem hierarquia entre as deidades.
Por isso, como afirmei, a princípio, poderíamos aceitar essa
interpretação, que nos parece a certa, dentro de uma visão estreita, que a blasfêmia contra o Espirito Santo seria a atribuição da obra de Deus ou de Jesus ao Diabo. Mas, contudo, levando em conta uma visão teológica, mais abrangente, teremos um maior foco de luz sobre o assunto e esses equívocos desaparecerão, o que pretendo apresentar ao final.
2) Uma segunda interpretação seria a apostasia. Que blasfêmia seria um
pecado consciente, ou voluntario. Alguém já conhecendo o que é pecado, mas voluntariamente peca assim mesmo. E uma vez o homem virando as costas para o Espirito Santo, que é o agente convencedor para a salvação estaria assim fechada a porta para se obter o perdão.
Essa interpretação começa a se aproximar de um entendimento mais
coerente com as Escrituras. Porém, dizer que é um pecado consciente seria muito vago, qual seria esse pecado? Outra dificuldade dessa interpretação é que apostasia seria alguém que já esteve salvo, conhecedor do caminho da salvação e se afasta. Mas o texto em questão, não fala de uma pessoa com esse perfil, pois os personagens são os fariseus, e não salvos em por Cristo. De outra forma, também, o que dizer das pessoas que nunca foram esclarecidas, nem iluminadas pelo Espirito Santo, mas mesmo assim o rejeitam e até mesmo blasfemam, como é o caso do próprio Paulo, mas que veio a converter? “ainda que outrora eu era blasfemador, perseguidor e injuriador; mas alcancei misericórdia, porque o fiz por ignorância, na incredulidade (1 Timóteo 1.13).
Como vemos o assunto não é fácil, e nem encontra unanimidade. Porém,
muitas das divergências poderiam desaparecer se fizermos uma interpretação sem pressa e com mais abrangências sobre o assunto, como disse antes, olhando o contexto teológico, canônico e histórico. 3
3) Aqui apresento uma interpretação que, penso, trazer um melhor
entendimento do assunto, fazendo justiça a natureza de Deus, sua essência e sua tri-unidade.
Primeiro algumas das interpretações mais antigas sobre este assunto:
Agostinho associava, esse pecado imperdoável, a falta de arrependimento, quando alguém perseverava no pecado mortal até a morte. É cometido contra o Espirito Santo, porque se opõe à remissão dos pecados operada pelo Espirito Santo, que é o amor do Pai e do Filho. Diferentemente do que algumas pessoas poderiam pensar, portanto, a blasfêmia contra o Espirito Santo torna-se imperdoável não por um defeito da misericórdia divina, sempre pronta a perdoar o homem, consiste mais em um endurecimento do coração humano, e é por sua própria culpa que o estado de alma em que se encontra torna-se irremediável. Se Jesus diz que o pecado contra o Espirito Santo não pode ser perdoado nem nesta vida, nem na futura, é porque esta “não remissão” está liga à causa, o não arrependimento, isto é, à recusa radical a converter-se. A interpretação que julgo mais coerente sobre esse assunto. Toda blasfêmia cometida pelos homens a Deus pode ser perdoada. Toda blasfêmia cometida conta o filho, também será perdoada. Mas, a blasfêmia cometida contra o Espirito santo não será perdoada.
Se estamos nos referindo ao ser de Deus, a essência de Deus, ao Ser
supremo, que é uno, em essência, Pai, Filho e Espirito Santo Porque quando se comete blasfêmia contra o Pai e contra o Filho tem perdão e contra o Espirito não tem perdão? A explicação é que no plano da economia da obra de Deus, o pai ama, o Filho é a oferta. O Pai requer; o Filho paga. O pecado contra o Pai e contra o filho há perdão. E o Espírito Santo? Não é Deus também em essência? Porque não há perdão aqui? Será que o sentimento do Pai e do Filho é diferente do Espirito? Deus é uno! Repito! Isso nos mostra que o problema do perdão não é de Deus, mas do homem. Deus já providenciou o caminho. O homem é que não quer acessar essa graça gloriosa. Uma vez que o Pai é o criador e o Filho a oferta, o Espirito Santo é o aplicador e convencedor desse plano. Porque haveria divergência? 4
É porque quando alguém, no plano da salvação, e não da essência de
Deus, rejeita esse convite, rejeita essa oportunidade, no sentido da obra salvadora aplicada pelo Espirito, não tem perdão para ele. Ele se priva do perdão que o Filho proveu e que o Espirito Santo está lhe convencendo. Por isso ele não tem perdão. Conclusão Não ter perdão não é que o Espirito não dá o perdão, mas é que a pessoa se priva da recepção dessa graça salvadora. Porque sendo Deus um ser uno, em sua essência, e se Deus o Pai perdoa, o Filho perdoa e o Espirito Santo não perdoa, não há perdão. Logo essa blasfêmia, que não tem perdão, só pode ser na economia de Deus no plano da salvação e em relação aquele que rejeita esse perdão. A bíblia não apresenta um Deus bom, um Filho bom e Espirito mal. A queda do homem foi uma tragedia! Mas, o maior erro de alguém é de não receber a graça de Deus. Quando o homem caiu, a graça se manifestou, houve perdão. Mas ao rejeitar a graça acaba-se a oportunidade! Não haverá perdão! Por isso quando diz que não há perdão, não quer dizer que o Espírito Santo não é capaz de perdoar, mas, que alguém ao privar-se da graça salvadora, não terá perdão, pois o único meio que o pai providenciou para dar esse perdão é pela graça do Espirito atuando para nos convencer e nos levar ao Salvador. A blasfêmia contra o Espirito Santo, que não há perdão, consiste exatamente em se fechar para o único que pode trazer perdão, O Espirito Santo. Que convence o homem do juízo, do pecado e da justiça de Deus. Não é um ato, uma atitude, uma palavra, uma atribuição de algo de Deus ao Diabo, mas o privar-se da graça salvadora, que consiste em não haver perdão. Não há outro que possa oferecer esse perdão. Não haverá outra oportunidade, nem aqui e nem no por vir. Obs. Até porque a palavra blasfêmia tem muitos significados, e não exatamente e unicamente o de atribuir algo de Deus ao Diabo.
1- Concordância Exaustiva de Strong.
blasfêmia, falar mal, criticar. De blasfêmia; difamação (especialmente contra Deus) - blasfêmia, calúnia, injúria.
2- Léxico Grego de Thayer.
a) universalmente, calúnia , difamação, linguagem prejudicial ao bom nome de outra pessoa : Mateus 12:31 ; Mateus 15:19 ; Marcos 3:28 ; Marcos 7:22 ; Efésios 4:31 ; Colossenses 3: 8 ; 1 Timóteo 6: 4 ; Judas 1: 9 5
b. especificamente, linguagem ímpia e reprovadora prejudicial à majestade
divina : Mateus 26:65 ; Marcos 2: 7 ( R G );; Lucas 5:21 ; João 10:33; Apocalipse 13: 5