Bca 103 06-06-2023
Bca 103 06-06-2023
Bca 103 06-06-2023
nº 8111
COMANDO DA AERONÁUTICA
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO DA AERONÁUTICA
PRIMEIRA PARTE
SEGUNDA PARTE
MINISTÉRIO DA DEFESA
1 - DISPENSA
2 - DESIGNAÇÃO
TERCEIRA PARTE
1 – ATO - REVOGA
Art. 3º Fica instituído grupo de trabalho com o objetivo de orientar, apoiar e executar
os trabalhos de revisão e consolidação dos atos normativos editados por autoridades do COMAER.
Art. 5º O necessário suporte jurídico para a realização dos trabalhos deverá ser
buscado junto à Assessoria Jurídica local.
3 - DESIGNAÇÃO
4 – DESPACHO DECISÓRIO
HOMOLOGAR
Autorização de sobrevôo para uma aeronave tipo KC135, pertencente à Força Aérea
daquele país, em missão de transporte de carga, conforme a seguinte programação para o mês de
maio de 2023:
- dia 16 - procede de Bangor, sobrevoa o território nacional e prossegue com destino
a Assunção; e
- dia 17 - procede de Assunção, sobrevoa o território nacional e prossegue com
destino às Ilhas Virgens.
Fl. nº 8118
Autorização de sobrevôo e pouso para uma aeronave tipo Citation VII C-650,
pertencente à Royal FBO Service S.A., em missão de transporte do Sr. Presidente do Paraguai,
conforme a seguinte programação para o mês de maio de 2023:
- dia 16 - procede de Assunção e pousa em Brasília. Decola de Brasília e prossegue
com destino a Assunção.
Autorização de sobrevoo e pouso para uma aeronave tipo Boeing 767, pertencente à
Força Aérea daquele país, em missão de transporte do Sr. Presidente da República do Chile,
conforme a seguinte programação para o mês de maio de 2023:
- dia 29 - procede de Santiago e pousa em Brasília; e
- dia 30 - decola de Brasília e prossegue com destino a Santiago.
Autorização de sobrevoo e pouso para uma aeronave tipo Embraer Lineage E190,
pertencente à Força Aérea daquele país, em missão de transporte do Sr. Ministro dos Negócios
Estrangeiros do Reino Unido, conforme a seguinte programação no mês de maio de 2023:
- dia 23 - decola de Santiago e pousa em Brasília;
- dia 24 - decola de Brasília e pousa em Manaus; e
- dia 25 - decola de Manaus e prossegue com destino a Tenerife.
Autorização de sobrevoo e pouso para uma aeronave tipo Boeing B737, pertencente à
Força Aérea daquele país, em missão de transporte do Sr. Presidente da Colômbia e comitiva,
conforme a seguinte programação para o mês de maio de 2023:
- dia 30 - procede de Bogotá e pousa em Brasília; e
- dia 31 - decola de Brasília e prossegue com destino a Bogotá.
Autorização de sobrevoo e pouso para uma aeronave tipo Cessna Citation 680,
pertencente à Força Aérea daquele país, em missão de transporte do Sr. Presidente da República do
Paraguai, conforme a seguinte programação para o mês de maio de 2023:
- dia 22 - procede de Assunção e pousa em Guarulhos. Decola de Guarulhos e
prossegue com destino a Assunção.
Autorização de sobrevoo e pouso para uma aeronave tipo C-212, pertencente à Força
Aérea daquele país, em missão de transporte de pessoal, conforme a seguinte programação no mês
de maio de 2023:
- dia 24 - procede de Montevidéu e pousa em Porto Alegre. Decola de Porto Alegre e
prossegue com destino a Montevidéu.
Fl. nº 8120
Autorização de sobrevoo e pouso para uma aeronave tipo C-212, pertencente à Força
Aérea daquele país, em missão de transporte de pessoal, conforme a seguinte programação para o
mês de maio de 2023:
- dia 28 - procede de Montevidéu e pousa em Porto Alegre. Decola de Porto Alegre e
prossegue com destino a Montevidéu.
Autorização de sobrevoo e pouso para uma aeronave tipo Cessna Citation 680,
pertencente à Força Aérea daquele país, em missão de transporte do Sr. Presidente da República do
Paraguai, conforme a seguinte programação para o mês de maio de 2023:
- dia 25 - procede de Assunção e pousa em Guarulhos. Decola de Guarulhos e
prossegue comdestino a Assunção.
Autorização de sobrevoo e pouso para uma aeronave tipo Falcon 7X, pertencente à
Força Aérea daquele país, em missão de transporte do Sr. Presidente do Equador e
comitiva,conforme a seguinte programação para o mês de maio de 2023:
- dia 29 - procede de Quito e pousa em Brasília; e
- dia 31 - decola de Brasília e prossegue com destino a Quito.
Autorização de sobrevoo e pouso para uma aeronave tipo Cessna Citation 680,
pertencente à Força Aérea daquele país, em missão de transporte do Sr. Presidente da República do
Paraguai e comitiva, conforme a seguinte programação para o mês de maio de 2023:
- dia 30 - procede de Assunção e pousa em Brasília; e
- dia 31 - decola de Brasília e prossegue com destino a Assunção.
Autorização de sobrevoo e pouso para uma aeronave tipo Falcon 900Ex, pertencente
à Força Aérea daquele país, em missão de transporte do Sr. Presidente da Bolívia e comitiva,
conforme a seguinte programação para o mês de maio de 2023:
- dia 29 - procede de La Paz e pousa em Brasília; e
- dia 30 - decola de Brasília e prossegue com destino a La Paz.
ITA, visto atender aos pré-requisitos para mudança de especialidade, conforme parecer do Instituto
Tecnológico de Aeronáutica.
6 – MILITAR À DISPOSIÇÃO
7 – NOMEAÇÃO
QUARTA PARTE
1 – DESIGNAÇÃO
Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor a partir da data de sua publicação
em Boletim Interno Ostensivo do GAP-DF, devido à necessidade operacional, conforme Art. 4º,
Parágrafo Único, do Decreto nº 10.139, de 28 de novembro de 2019.
Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
Art. 2° Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
Art. 2° Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
Art. 2° Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
Art. 2° Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
Fl. nº 8138
Art. 2° Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
Art. 2° Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
Art. 2° Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
Art. 2° Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
Art. 2° Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
I - Revoga:
a) NOPREP/ADM/02B - AUTORIZAÇÃO DE POUSO E/OU
ESTACIONAMENTO DE AERONAVES NÃO PERTENCENTES AO COMAER EM OM DO
COMPREP (27/05/2022);
b) NOPREP/ADM/05A - PROCEDIMENTOS DE UTILIZAÇÃO DE
GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO (10/08/2020);
c) NOPREP/ADM/06 - ATIVIDADES DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E
PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA E DA CULTURA AERONÁUTICA BRASILEIRA
(19/12/2018); e
d) NOPREP/ADM/07A - UTILIZAÇÃO DE OFICIAIS DAS UNIDADES AÉREAS
NAS ALAS (12/12/2019).
II - Inclui:
a) NOPREP/ADM/02C - AUTORIZAÇÃO DE POUSO E/OU
ESTACIONAMENTO DE AERONAVES NÃO PERTENCENTES AO COMAER EM OM DO
COMPREP (30/04/2023);
b) NOPREP/ADM/05B - PROCEDIMENTO DE UTILIZAÇÃO DE
GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO (30/04/2023);
c) NOPREP/ADM/06A - ATIVIDADES DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E
PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA E DA CULTURA AERONÁUTICA BRASILEIRA
(31/05/2023); e
d) NOPREP/ADM/07B - UTILIZAÇÃO DOS OFICIAIS DAS UNIDADES
AÉREAS NAS BASES AÉREAS (31/05/2023).
Art. 4º Determinar que esta Portaria entre em vigor a partir da data de sua publicação,
devido ao caráter operacional, conforme o Art. 4°, Parágrafo Único, do Decreto nº 10.139, de 28 de
novembro de 2019.
Obs.: A Instrução de que trata a presente Portaria encontra-se anexada a este Boletim e será
disponibilizada no SISLAER.
Art. 1º Aprovar a edição do MCA 56-5 que trata de “Aeronaves não tripuladas para
uso exclusivo em operações aéreas especiais”, que com esta baixa.
Obs.: O Manual de que trata a presente Portaria encontra-se anexada a este Boletim e será
disponibilizado no SISLAER.
Art. 1º Aprovar a reedição do MCA 56-2 que trata de “Aeronaves não tripuladas para
uso recreativo – aeromodelos”, que com esta baixa.
Obs.: O Manual de que trata a presente Portaria encontra-se anexada a este Boletim e será
disponibilizado no SISLAER.
1 – CURSO – CONCLUSÃO
Cap Eng RUAN RAMON PENHA DOS PASSOS PEREIRA (Nr Ord 6174116 - IAE)
Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação em Boletim do Comando da Aeronáutica.
Maj Eng FERNANDO CESAR MONTEIRO TAVARES, (Nr Ord 3686477) - IAE.
Ten Cel DANILO GARCIA FIGUEIREDO PINTO (Nr Ord 4020197- QOEng)
QUINTA PARTE
MILITAR
1 – ADIÇÃO
Adir ao GAP BR, para fins administrativos e financeiros, e ao SEREP-BR, para fins
de controle, de justiça e de disciplina, de acordo com a Portaria GABAER nº 74/GC1, de 08 ABR
2021, a 2º Ten QOCon ECO GILLIANE COSTA RODRIGUES (Nr Ord 7335636), do efetivo da
DIREF, por ter sido colocada à disposição do Ministério da Defesa, a fim de prestar serviço naquele
órgão, conforme a Portaria GABAER nº 751/GC1, de 16 MAIO 2023, publicada no BCA nº 091, de
19 MAIO 2023.
Adir ao GAP RF, para fins administrativos e financeiros, e ao SEREP-RF, para fins
de controle, de justiça e de disciplina, de acordo com a Portaria GABAER nº 74/GC1, de 08 ABR
2021, o Cap Med (GOB) ARLON BRENO FIGUEIREDO NUNES DA SILVEIRA (Nr Ord
4362586), do efetivo do HARF, por ter sido colocado à disposição da Prefeitura Municipal de
Paudalho, em Pernambuco, conforme a Portaria GABAER nº 752/GC1, de 16 MAIO 2023,
publicada no BCA nº 091, de 19 MAIO 2023.
Fl. nº 8152
2 – CLASSIFICAÇÃO
3 - COMISSÃO - DESIGNAÇÃO
4 - DESPACHO DECISÓRIO
INDEFERIDO, por não atender aos dispostos na Súmula 96 e nos itens 9.3.1. e 9.3.2.
do Acórdão nº 2.024, de 23 de novembro de 2005, ambos do Tribunal de Contas da União, uma vez
que não ficou comprovada a participação do aluno/requerente na execução de encomendas para
terceiros, recebidas pela Instituição de Ensino, visto que, segundo Informativo STF nº 853, de 2017,
o elemento essencial à caracterização do tempo de serviço como Aluno Aprendiz não é a percepção
de vantagem direta ou indireta, mas a efetiva execução do ofício para o qual recebia instrução,
mediante encomendas de terceiros.
Em consequência:
Em consequência:
Em consequência:
Em consequência:
Em consequência:
Em consequência:
6 – INATIVIDADE – ALTERA
de 2022, conforme julgamento exarado pela Junta Superior de Saúde do Comando da Aeronáutica
na Sessão nº 0047, de 19 de maio de 2023 (NUP 67430.004550/2023-11) e considerando os
processos n° 67022.007847/2019-56 e nº 67022.001869/2021-27, resolve:
7 – INCORPORAÇÃO – ANULA
Em consequência:
O 1/12 GAV providencie o seu desligamento, conforme o item 12.1 da ICA 35-
1/2017.
LOCALIDADE
SÃO PAULO /
GUARULHOS –
SP
OM DE OM
Nº Nr Ord NOME COMPLETO ESP
ORIGEM FORMADORA
1 4248651 LEANDRO ALMEIDA DA SILVA SMU COMGAP SEREP-SP
2 4119908 JOSÉ RODRIGO DE ARAÚJO SDE GAP-SP SEREP-SP
3 3984249 LEONARDO BISPO DOS SANTOS BEP GAP-SP SEREP-SP
LOCALIDADE
PIRASSUNUNGA
– SP
OM DE OM
Nº Nr Ord NOME COMPLETO ESP
ORIGEM FORMADORA
1 4225562 LUCAS DO NASCIMENTO SOUSA SAD AFA AFA
2 4068459 ROBSON WILLIAM OLIVA PEREZ SEM AFA AFA
3 4166442 MESAQUE PEREIRA STO AFA AFA
4 4166752 ROGÉRIO GUILHERME MAGANHA SEM AFA AFA
LOCALIDADE
Fl. nº 8164
CAMPO
GRANDE – MS
OM DE OM
Nº Nr Ord NOME COMPLETO ESP
ORIGEM FORMADORA
2 4116119 BRUNO CASANOVA GARCIA BMB BACG BACG
EDMAR SANTANA DE
3 4053664 BMB BACG BACG
MAGALHAES
JOÃO CLEMIR GONCALVES DE DTCEA-
5 3992586 BET BACG
ARAUJO CG
LOCALIDADE
SÃO JOSÉ DOS
CAMPOS – SP
OM DE OM
Nº Nr Ord NOME COMPLETO ESP
ORIGEM FORMADORA
1 4182340 ANDRÉ LEANDRO DE CARVALHO SEM GAP-SJ CPORAER-SJ
2 4225503 ANDREWS MARQUES DOS SANTOS SEM PASJ CPORAER-SJ
CLEYTON LUIZ DOS SANTOS
3 3718018 SGS GAP-SJ CPORAER-SJ
FELIX DE LIMA
4 4073142 JOSÉ VELOSO RUIZ SGS GAP-SJ CPORAER-SJ
5 4290836 ISAEL DE OLIVEIRA FEITOSA SEM IAE CPORAER-SJ
6 4224507 EDUARDO CABRAL DA COSTA SAD ICEA CPORAER-SJ
JOSÉ RODRIGO GARCIA DOS
7 4342135 SEM ITA CPORAER-SJ
SANTOS REIS
8 4182685 DOUGLAS JOSÉ GOULART SAD PASJ CPORAER-SJ
9 4339959 MACKLY DA SILVA GUIMARÃES SOB PASJ CPORAER-SJ
9 - MOVIMENTAÇÃO
10 – PORTARIA – ASSEGURA
Assegurar ao Cap Esp Aer SVE R/1 EDILSON AGUIAR DE CASTRO (Nr Ord
1400916), a contar de 9 de fevereiro de 2023, o disposto no art. 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713, de
22 de dezembro de 1988, alterada pela Lei nº 11.052, de 29 de dezembro de 2004, regulamentado
pelo art. 35, § 4º, inciso I, alínea "c", do Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018, combinado
com o Ato Declaratório n° 3, de 30 de março de 2016 e o Ato Declaratório n° 1, de 12 de março de
2018, todos da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
Assegurar ao 3S QESA BSP Refm DANIEL CORDEIRO DOS SANTOS (Nr Ord
2262908), a contar de 22 de março de 2023, o disposto no art. 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713, de 22
de dezembro de 1988, alterada pela Lei nº 11.052, de 29 de dezembro de 2004, regulamentado pelo
art. 35, § 4º, inciso I, alínea "c", do Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018, combinado com
o Ato Declaratório n° 3, de 30 de março de 2016, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
12 – REINTEGRAÇÃO
CIVIL
1 - DESPACHO DECISÓRIO
2 – PENSÃO
1 - PORTARIA - REVOGAÇÃO
O DIRETOR DE ENSINO, no uso das atribuições que lhe conferem o item 3.2.2 da
ICA 37-770, aprovada pela Portaria nº 61/GC3, de 10 de janeiro de 2019; o art. 1º da Portaria nº
612/GC3, de 13 de agosto de 2002; o Decreto nº 11.237, de 18 de outubro de 2022, e o que consta
do Processo nº 67700.005758/2023-12, resolve:
Obs.: O anexo de que trata a presente Portaria encontra-se apenso a este Boletim.
SEXTA PARTE
SEÇÃO DE MUSEOLOGIA
(DESCRIÇÃO HERÁLDICA)
Escudo circular, formado por dois círculos concêntricos, com borda externa em
sable (preto). Quanto ao círculo mais externo apresenta-se em blau (azul ultramar) e,
centralizado, possui a inscrição “CENTRO DE COMPUTAÇÃO DA AERONÁUTICA
DE BRASÍLIA” na parte superior, flanqueada por duas estrelas de cinco pontas em cinza
(prata oxidada). A parte inferior do círculo central possui a inscrição “1983 - 2023”, que
remonta o período compreendido entre a data natalícia deste Centro e o ano de
comemoração dos seus 40 anos. Toda a inscrição é em cinza (prata oxidada).
TRÁFEGO AÉREO
ICA 100-40
2023
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
TRÁFEGO AÉREO
ICA 100-40
2023
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
SUMÁRIO
4 PREMISSAS .................................................................................................................. 23
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 52
PREFÁCIO
Esta publicação, que substitui a ICA 100-40, de 22 de maio de 2020, foi editada,
basicamente, com o objetivo de atualizar o seu conteúdo em conformidade com as diretrizes da
OACI, bem como atender às demandas desse novo segmento aeronáutico em prol da segurança
dos usuários do espaço aéreo, seguindo a premissa de ser apresentada como um “documento
vivo” por meio do qual as boas práticas acompanham a evolução da tecnologia e o
amadurecimento do Setor, sem, contudo, degradar a segurança das Operações Aéreas. O mesmo
acontecendo com o Sistema para Solicitação de Acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro.
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
1.2 COMPETÊNCIA
1.3 ÂMBITO
2 DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS
2.1 DEFINIÇÕES
2.1.1 ACOMODAÇÃO
Termo genérico utilizado para definir uma atividade no espaço aéreo que não
pode ser integrada ao sistema ATM devido à possibilidade de causar impacto à segurança e
regularidade das operações aéreas. A acomodação pode ser feita delimitando um volume do
espaço aéreo para a atividade por meio de reserva ou restrição do espaço aéreo ou ainda por
meio do estabelecimento de condicionantes operacionais.
2.1.4 AERÓDROMO
2.1.5 AEROLEVANTAMENTO
2.1.6 AEROMODELO
2.1.7 AERONAVE
NOTA: É a única aeronave tripulada que poderá ser autorizada a compartilhar um espaço aéreo
reservado para uma UA.
2.1.12 ALTITUDE
NOTA: Para fins de análise de gerenciamento de tráfego aéreo, a Altitude Limite de Voo é
considerada como limite vertical superior do volume de espaço aéreo solicitado pelo
Explorador/Operador e não poderá ser extrapolada independentemente de variações de
relevos, obstáculos e de eventuais decolagens de outros locais que não o declarado na
solicitação de voo, pois sua inobservância pode constituir perigo à navegação aérea.
2.1.14 ALTURA
NOTA: Durante a operação, a aeronave não tripulada poderá manter no máximo tal altura sobre
o terreno ou obstáculos que está sendo sobrevoado, desde que não ultrapasse a Altitude
Limite de Voo.
2.1.20 AUTORIZAÇÃO
Autorização emitida para que uma Aeronave Não Tripulada acesse o Espaço
Aéreo Brasileiro, com o propósito de garantir a manutenção da segurança da navegação aérea,
conforme previsto no artigo 8º da Convenção de Chicago.
2.1.25 ENLACE C2
Expressão genérica que se aplica, segundo o caso, a uma área proibida, restrita
ou perigosa.
2.1.31 EXPLORADOR
2.1.33 HELIPONTO
NOTA: Em condições normais, o Piloto Remoto deve estar apto para interferir no voo da
aeronave não tripulada, cuja pilotagem está sob sua responsabilidade e supervisão.
Refere-se a qualquer outra situação em que o enlace de pilotagem não seja direto
(ponto a ponto) entre a Estação de Pilotagem Remota e a Aeronave Não Tripulada. Nesse
contexto, o enlace eletrônico é estabelecido de forma indireta, por meio de outros equipamentos
(como antenas repetidoras de sinal, outras UA ou satélites)
ICA 100-40/2023 15/55
NOTA: Por conveniência, a expressão “órgão dos serviços de tráfego” é abreviada para “órgão
ATS” nesta publicação.
É o máximo peso que uma aeronave não tripulada (incluído seu combustível,
cargas e equipamentos transportados) pode ter para ser capaz de decolar e realizar um voo com
segurança.
NOTA: O PMD independe de a aeronave estar equipada ou não com seus acessórios. Por
exemplo, se uma aeronave é capaz de decolar e realizar um voo seguro, estando
equipada com um protetor de hélices e o uso desse acessório deixa a aeronave com
um peso de 255 g, o PMD da aeronave é de, no mínimo, 255 g, independentemente
de estar voando com ou sem o acessório do exemplo.
Pessoa cuja presença não é indispensável para que ocorra uma operação de
aeronave não tripulada bem-sucedida, mas que por vontade própria e por sua conta e risco
concorde que uma aeronave não tripulada opere perto de sua própria pessoa ou de seus tutelados
legais, sem observar os critérios das áreas distantes de terceiros.
ICA 100-40/2023 17/55
Pessoa cuja presença é indispensável para que ocorra uma operação bem-
sucedida da aeronave não tripulada.
2.1.59 SOLICITANTE
NOTA: O AFIS é, normalmente, prestado por uma estação aeronáutica, também nomeada
“órgão AFIS”, localizada no aeródromo ou remotamente e identificada como
“RÁDIO”.
Sistema que tem por finalidade prover os meios necessários para o gerenciamento
e o controle do espaço aéreo e o serviço de navegação aérea, de modo seguro e eficiente,
conforme estabelecido nas normas nacionais e nos acordos e tratados internacionais de que o
Brasil seja parte. As atividades desenvolvidas no âmbito do SISCEAB são aquelas realizadas
em prol do gerenciamento e do controle do espaço aéreo, de forma integrada, civil e militar,
com vistas à vigilância, segurança e defesa do espaço aéreo sob a jurisdição do Estado Brasileiro.
alertas de perigo aos Órgãos ATS locais, com vistas a subsidiar as equipes para que sejam
adotadas as medidas necessárias em prol da manutenção da segurança operacional.
2.2 ABREVIATURAS
3.1 O DECEA tem por missão planejar, gerenciar e controlar as atividades relacionadas ao
controle do espaço aéreo, à proteção ao voo, ao serviço de busca e salvamento e às
telecomunicações do Comando da Aeronáutica.
3.2 Como órgão central do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, compete ao
DECEA prover os meios necessários para o gerenciamento e controle do espaço aéreo e o
serviço de navegação aérea, de modo seguro e eficiente, conforme estabelecido nas normas
nacionais e nos acordos e tratados internacionais de que o Brasil seja parte.
3.3 O DECEA possui, na sua estrutura, Órgãos Regionais que desenvolvem atividades na
Circulação Aérea Geral (CAG) e na Circulação Operacional Militar (COM), coordenando ações
de gerenciamento e controle do espaço aéreo e de navegação aérea nas suas áreas de jurisdição.
3.4 Os Órgãos Regionais do DECEA são os CINDACTA I, II, III e IV e o CRCEA-SE, com
suas áreas de jurisdição definidas, como ilustrado na Figura 1.
3.5 Sendo a UA uma aeronave, o acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro estará sujeito às
regulamentações do DECEA e a autorizações emitidas pelos Órgãos Regionais.
ICA 100-40/2023 23/55
4 PREMISSAS
4.1 Uma aeronave é qualquer aparelho que possa sustentar-se na atmosfera a partir de reações
do ar que não sejam as reações do ar contra a superfície da terra.
4.2 Inicialmente, o seu desenvolvimento foi incentivado para aplicações militares, sendo
amplamente empregado em conflitos recentes. Porém, imediatamente, foi percebida uma gama
de oportunidades de aplicação também na esfera civil.
4.3 As características do UAS, principalmente no que se refere ao fato de não haver piloto a
bordo, apontam para importantes questões técnicas e operacionais que precisam ser levadas em
consideração no processo de integração desta nova tecnologia no ambiente ATM.
4.4 Sem o piloto a bordo, a consciência situacional para manter a separação de outros tráfegos
e impedir colisões é bastante prejudicada quando comparada a uma aeronave tripulada. Além
de ver, perceber e detectar tráfegos conflitantes e obstáculos, é igualmente importante que seja
visto, percebido e evitado por outras aeronaves (detectabilidade). Esse ponto remete ao Piloto
em Comando como o último recurso para evitar uma colisão. Ademais, o fator humano deverá
ser considerado, pois, como não está a bordo, os requisitos para pilotos poderão ser diferentes
dos tradicionais.
4.5 Cabe ao DECEA a análise de acesso ao espaço aéreo brasileiro por Aeronaves Não
Tripuladas.
4.7 Todo o sistema deverá ser considerado. O UAS consiste na UA, na RPS, no Enlace C2 e
nos componentes associados, como sistemas de lançamento e recolhimento, equipamentos de
comunicação com órgãos ATS e de vigilância, equipamentos de navegação, de gerenciamento
do voo, piloto automático, sistemas de emergência e de terminação de voo, dentre outros
possíveis.
4.8 As aeronaves autônomas não serão objeto de regulamentação e seu voo não será
autorizado. Sendo assim, somente as aeronaves pilotadas remotamente estarão sujeitas à
autorização de utilização do espaço aéreo brasileiro, com a devida atribuição de
responsabilidades do Piloto Remoto em Comando.
4.10 O acesso ao espaço aéreo brasileiro por UA não poderá gerar impactos negativos de
segurança e de capacidade para o SISCEAB.
4.11 Cabe ao Piloto Remoto a responsabilidade final pela fiel observância e cumprimento de
todos os parâmetros previstos nesta Instrução.
24/55 ICA 100-40/2023
5 DOCUMENTAÇÃO ESPECÍFICA
5.1 DA AERONAVE
5.1.1 Seguindo a premissa de que uma Aeronave Não Tripulada é uma aeronave e, portanto,
deve seguir a regulamentação existente na aviação, um dos requisitos para se voar no Espaço
Aéreo Brasileiro é possuir a documentação específica, conforme critérios estabelecidos pelos
Órgãos Reguladores e em consonância com a categoria da aeronave e seu propósito de uso.
a) Artigo 114
“Nenhuma aeronave poderá ser autorizada para o voo sem a prévia expedição do
correspondente certificado de aeronavegabilidade que só será válido durante o
prazo estipulado e enquanto observadas as condições obrigatórias nele
mencionadas (artigos 20 e 68, § 2°).”
b) Artigo 20
“Salvo permissão especial, nenhuma aeronave poderá voar no espaço aéreo
brasileiro, aterrissar no território subjacente ou dele decolar, a não ser que tenha:
I - marcas de nacionalidade e matrícula, e esteja munida dos respectivos
certificados de matrícula e aeronavegabilidade (artigos 109 a 114).”
5.2 DO PILOTO
5.2.1 A Lei nº 11.182/2005, em seu artigo 8º, item XVII, estabelece que é de competência da
ANAC “proceder à homologação e emitir certificados, atestados, aprovações e autorizações
relativos às atividades de competência do sistema de segurança de voo da aviação civil, bem
como licenças de tripulantes e certificados de habilitação técnica e de capacidade física e
mental, observados os padrões e normas por ela estabelecidos”.
5.2.2 Para a emissão de documentação específica de Licença, quer seja de Piloto Remoto ou de
Piloto Remoto em Comando, quando aplicável, deverão ser seguidas as orientações
estabelecidas pela ANAC.
5.2.3 Outra habilitação que pode ser requerida é a de Observador UA, com função de auxiliar
o Piloto Remoto na condução segura do voo, mantendo contato visual direto com a UA.
5.2.4 Para o caso em que não seja necessária a emissão de Licença, seja para Piloto Remoto,
Piloto em Comando ou Observador de UA, este deverá possuir uma habilitação equivalente,
reconhecida pela ANAC, com vistas à utilização do espaço aéreo brasileiro.
6.1.1 Uma Aeronave Não Tripulada somente poderá acessar o Espaço Aéreo Brasileiro após a
emissão de Autorização por parte do Órgão Regional responsável pelo espaço aéreo onde
ocorrerá o voo, em consonância com o artigo 8º da Convenção de Chicago. Essa autorização
poderá ser emitida:
6.1.3 A utilização do espaço aéreo por Aeronave Não Tripulada somente será autorizada
mediante integração ou acomodação dessa tecnologia, por meio de condicionantes operacionais
ou segregação de espaço aéreo.
6.1.4 O voo de uma Aeronave Não Tripulada deverá manter-se afastado da trajetória de outra
aeronave Não Tripulada, evitando passar à frente, por baixo ou por cima.
6.1.5 Por ocasião da avaliação referente à solicitação do espaço aéreo brasileiro a ser utilizado,
será levado em consideração que a operação não terá prioridade sobre aerovias, procedimentos
por instrumentos, circuitos de tráfego, corredores visuais e espaços aéreos condicionados já
publicados.
6.1.6 Conforme ICA 100-37 “Serviços de Tráfego Aéreo”, a operação deverá cumprir as regras
existentes de emprego do transponder, da mesma forma que as aeronaves tripuladas, em função
da classe do espaço aéreo dentro do qual se pretenda operar.
NOTA: As Aeronaves Não Tripuladas com PMD até 25 kg, operando VLOS e até 400 ft AGL
(aproximadamente 120 metros de altura), independentemente da classe do espaço
aéreo sobrevoado, salvo determinação contrária, estarão dispensadas do uso do
transponder.
NOTA: As Aeronaves Não Tripuladas com PMD até 25 kg, operando VLOS e até 400 ft AGL
(aproximadamente 120 metros de altura), independentemente da classe do espaço
aéreo sobrevoado, salvo determinação contrária, estarão dispensadas desses requisitos.
6.1.8 A utilização de óculos FPV caracteriza uma operação BVLOS. Sendo assim, ao utilizar
tal equipamento, a participação efetiva de um Observador de UA torna-se obrigatória para
manutenção das regras de uma operação VLOS.
6.1.9 Nas Operações EVLOS, para que o Observador possa assistir o Piloto Remoto na
condução segura do voo de uma Aeronave Não Tripulada, deverá haver comunicação direta e
constante entre ambos.
6.1.11 Cada Piloto Remoto somente poderá pilotar uma Aeronave Não Tripulada por vez a
partir de uma RPS, sendo responsável por todas as fases do voo, não devendo haver
simultaneidade temporal de pilotagem, mesmo que em estações distintas, exceto se de outra
forma autorizado pela ANAC.
6.1.12 Diferentemente da aviação tripulada, uma UA pode ser pilotada por mais de uma RPS.
Porém, quando mais de uma RPS for utilizada para um mesmo voo, procedimentos seguros e
efetivos de transferência entre as estações (handover) deverão ser adotados, de forma que não
haja descontinuidade na operação da aeronave, estabelecendo pontualmente o Piloto Remoto
que está no controle efetivo e a sua respectiva estação.
6.1.13 Quando a operação de UA, realizada na FRZ, interferir na operação dos demais usuários,
o Operador de aeródromo e o Órgão ATS, se houver, ou o Órgão Regional responsável pela
Área, poderão estabelecer a necessidade de documentos complementares, tais como: Análise
de Impacto sobre a Segurança Operacional (AISO), Registro Preliminar de Segurança
Operacional (RAPSO) e Acordo Operacional (AOp).
6.1.14 O transporte de cargas externas, incluindo as perigosas (como explosivos, armas, agentes
químicos ou biológicos, laser etc.), deverá seguir o preconizado nas regulamentações da ANAC,
em especial o RBAC 175 “Transporte de Artigos Perigosos em Aeronaves Civis”.
NOTA: Ao ser solicitada uma operação ao DECEA, será analisado o acesso ao espaço aéreo
brasileiro. É de total responsabilidade do Piloto Remoto em Comando observar a
necessidade de autorização a ser emitida por outros órgãos reguladores.
6.1.15 Quando o Órgão ATS exigir comunicação bilateral, a fraseologia a ser empregada deve
estar de acordo com o preconizado no MCA 100-16 “Fraseologia de Tráfego Aéreo”.
6.1.16 Além da comunicação por meio de equipamento de voz em VHF, outros canais de
comunicação poderão ser estabelecidos por meio de Acordo Operacional, como, por exemplo,
o uso de telefonia fixa ou móvel.
NOTA: Para aumentar a consciência situacional entre controladores de tráfego aéreo e pilotos
de outras aeronaves, a expressão “RPA” deverá ser utilizada, na radiotelefonia, antes
do código de chamada da Aeronave Não Tripulada (UA).
28/55 ICA 100-40/2023
6.1.17 O acesso ao espaço aéreo brasileiro por Sistema de Aeronave Não Tripulada (UAS) no
período noturno ficará sujeito ao cumprimento do item 4.2.4 LUZES A SEREM EXIBIDAS
PELAS AERONAVES, da ICA 100-12.
NOTA: As Aeronaves Não Tripuladas com PMD até 25 kg, operando VLOS e até 400 ft AGL
(aproximadamente 120 metros de altura), independentemente da classe do espaço
aéreo sobrevoado, deverão possuir luzes que possibilitem ser avistadas à noite, sem
necessitar atender aos mesmos requisitos da aviação tripulada.
6.1.18 O Órgão Regional responsável pelo espaço aéreo sobrevoado poderá, quando julgar
necessário, solicitar a apresentação do plano de voo para as Aeronaves Não Tripuladas. Tal
exigência, quando aplicável, constará na autorização de acesso ao espaço aéreo brasileiro.
6.1.19 As operações BVLOS e VLOS acima de 400 ft AGL ou realizadas por aeronaves com
PMD maior que 25 Kg, independentemente da altura/altitude, somente serão autorizadas
mediante a segregação do espaço aéreo e consequente divulgação por meio de Produto AIS ou
se integradas ao espaço aéreo.
NOTA: As operações com a utilização do equipamento FPV, caso não disponha de Observador
de UA, serão enquadradas no perfil de operação BVLOS, devendo cumprir as regras
específicas para esse tipo de operação.
6.1.20 Toda e qualquer operação que envolva divulgação por meio de Produto AIS deverá ser
solicitada pelo Explorador/Operador da aeronave, diretamente no SARPAS, com antecedência
mínima de doze dias corridos, tomando-se como base a data de início da operação.
6.1.21 Mesmo que tenha sido autorizada, toda e qualquer operação de Aeronave Não
Tripulada deve ser imediatamente encerrada ao ser verificada a aproximação de
aeronaves tripuladas ou de operação de UA dos Órgãos de Segurança Pública.
6.2.1.1 Para efeito de análise de tráfego aéreo, serão consideradas operações em alturas muito
baixas aquelas realizadas até 400 ft (aproximadamente 120 metros) de altura.
ICA 100-40/2023 29/55
6.2.1.2 O acesso ao espaço aéreo brasileiro para operações em alturas muito baixas, envolvendo
aeronaves com PMD até 25 kg, poderá ser autorizado, se satisfeitas as condicionantes
operacionais gerais e específicas estabelecidas.
a) Para operações cuja Altura de Voo Solicitada seja de até 100 ft, inclusive
(aproximadamente 30 metros), e velocidade igual ou inferior a 30 Kt
(aproximadamente 60 km/h):
- Manter-se afastado, no mínimo, 3550 metros das cabeceiras da(s) pista(s)
de aeródromos cadastrados, quando operando na ZAD;
- Manter-se afastado, no mínimo, 1740 metros de aeródromos cadastrados,
quando operando no entorno; e
- Manter-se afastado, no mínimo, 1740 metros de helipontos cadastrados.
b) Para operações cuja Altura de Voo Solicitada esteja entre 100 ft, exclusive,
e 200 ft, inclusive (aproximadamente 30 a 60 metros), e velocidade igual ou
inferior a 60 Kt (aproximadamente 120 km/h):
- Manter-se afastado, no mínimo, 4480 metros das cabeceiras da(s) pista(s)
de aeródromos cadastrados, quando operando na ZAD;
- Manter-se afastado, no mínimo, 2350 metros de aeródromos cadastrados,
quando operando no entorno; e
- Manter-se afastado, no mínimo, 2350 metros de helipontos cadastrados.
c) Para operações cuja Altura de Voo Solicitada esteja entre 200 ft, exclusive,
e 300 ft, inclusive (aproximadamente 60 a 90 metros), e velocidade igual ou
inferior a 60 Kt (aproximadamente 120 km/h):
30/55 ICA 100-40/2023
NOTA 1: As Operações realizadas com base nessas condicionantes deverão ser solicitadas
pelo Explorador/Operador da aeronave, diretamente no SARPAS, com
antecedência mínima de 30 min (trinta minutos) em relação ao início da operação
pretendida.
NOTA 2: As operações que não cumpram essas condicionantes serão analisadas pelo
Órgão Regional e deverão ser solicitadas pelo Explorador/Operador da aeronave,
diretamente no SARPAS, com antecedência mínima de quatro dias corridos em
relação ao início da operação pretendida, podendo ser exigido doze dias corridos
em relação ao início da operação pretendida, quando envolver divulgação por meio
de Produto AIS, conforme item 6.1.20. Nesse caso, o Operador da UA deverá
apresentar o Termo de Coordenação no momento de solicitação no SARPAS.
Quando houver interferência na operação dos demais usuários, o Operador de
aeródromo e do Órgão ATS, se houver, ou o Órgão Regional responsável pela Área
poderão estabelecer a necessidade de documentos complementares, conforme item
6.1.13.
NOTA 4: Operações VLOS que utilizarem UA com PMD até 250g, realizadas até 200 ft e
fora de FRZ, estão dispensadas de serem solicitadas no SARPAS. Contudo, são
obrigadas a seguir as regras e procedimentos previstos nesta Instrução, bem
como os requisitos estipulados por outras agências ou órgãos pertinentes.
NOTA 6: Conforme descrito no item 6.1.21, mesmo que tenha sido autorizada, toda e
qualquer operação de Aeronave Não Tripulada deve ser imediatamente encerrada
ao ser verificada a aproximação de aeronaves tripuladas ou de operação de UA
dos Órgãos de Segurança Pública.
ICA 100-40/2023 31/55
considerados “espaços aéreos” sob a responsabilidade do DECEA, não sendo regulados por
esta Instrução.
NOTA: No caso de arenas a céu aberto em que haja a necessidade de a UA ultrapassar o limite
vertical da estrutura lateral da arena, quando aplicável, deverão ser observadas as
demais regras específicas para acesso ao espaço aéreo brasileiro.
6.2.2.2 O fato de operar uma Aeronave Não Tripulada em áreas confinadas não exime o
Operador/Explorador de observar as legislações dos Órgãos reguladores, entre outros: ANAC,
ANATEL, MAPA e MD, bem como as responsabilidades civis em vigor.
6.2.3.1 Conforme citado nas definições, a porção de espaço aéreo em torno de uma estrutura ou
obstáculo, quer seja artificial ou natural, limitada verticalmente a 5 m (cinco metros) acima
e afastado horizontalmente até 30 m (trinta metros) deste, é conhecida como operação No
Entorno de Estrutura.
a) Para operações cuja Altura de Voo Solicitada esteja até 100 ft, inclusive
(aproximadamente 30 metros), e velocidade igual ou inferior a 30 Kt
(aproximadamente 60 km/h):
- Manter-se afastado, no mínimo, 1700 metros das cabeceiras da(s) pista(s)
de aeródromos cadastrados, quando operando na ZAD;
- Manter-se afastado, no mínimo, 1130 metros de aeródromos cadastrados,
quando operando no entorno; e
- Manter-se afastado, no mínimo, 1130 metros de helipontos cadastrados.
b) Para operações cuja Altura de Voo Solicitada esteja entre 100 ft, exclusive,
e 200 ft, inclusive (aproximadamente 30 a 60 metros), e velocidade igual ou
inferior a 60 Kt (aproximadamente 120 km/h):
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 2630 metros das cabeceiras da(s) pista(s)
de aeródromos cadastrados, quando operando na ZAD;
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 1740 metros de aeródromos cadastrados,
quando operando no entorno; e
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 1740 metros de helipontos cadastrados.
c) Para operações cuja Altura de Voo Solicitada esteja entre 200 ft, exclusive,
e 300 ft, inclusive (aproximadamente 60 a 90 metros), e velocidade igual ou
inferior a 60 Kt (aproximadamente 120 km/h):
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 3550 metros das cabeceiras da(s) pista(s)
de aeródromos cadastrados, quando operando na ZAD;
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 2350 metros de aeródromos cadastrados,
quando operando no entorno; e
ICA 100-40/2023 33/55
NOTA 1: As Operações realizadas com base nessas condicionantes deverão ser solicitadas
pelo Explorador/Operador da aeronave, diretamente no SARPAS, com
antecedência mínima de 30 min (trinta minutos) em relação ao início da operação
pretendida.
NOTA 2: As operações que não cumpram essas condicionantes serão analisadas pelo
Órgão Regional e deverão ser solicitadas pelo Explorador/Operador da aeronave,
diretamente no SARPAS, com antecedência mínima de quatro dias corridos em
relação ao início da operação pretendida.
NOTA 3: Quando a operação ocorrer até 500 metros de aeródromos cadastrados ou a até
200 metros de estruturas que possuam heliponto, o Operador da UA deverá
apresentar o Termo de Coordenação no momento da solicitação no SARPAS.
Quando houver interferência na operação dos demais usuários, o Operador de
aeródromo e do Órgão ATS, se houver, ou o Órgão Regional responsável pela Área,
poderão estabelecer a necessidade de documentos complementares, conforme item
6.1.13.
NOTA 5: Conforme descrito no item 6.1.21, mesmo que tenha sido autorizada, toda e
qualquer operação de Aeronave Não Tripulada deve ser imediatamente encerrada
ao ser verificada a aproximação de aeronaves tripuladas ou de operação de UA
dos Órgãos de Segurança Pública.
34/55 ICA 100-40/2023
6.2.3.4 Especial atenção deve ser dada às características diferenciadas de aeronaves tripuladas
de asas rotativas dos Órgãos de Segurança Pública, principalmente.
6.2.4.1 A autorização de acesso ao espaço aéreo brasileiro por Aeronave Não Tripulada sobre
áreas povoadas ou aglomerações de pessoas não anuentes estará condicionada às certificações
de todo o sistema, em especial à de aeronavegabilidade, cabendo ao Explorador/Operador da
aeronave a obtenção desta com as Agências reguladoras.
36/55 ICA 100-40/2023
6.2.5.1 Quando operando sob as regras da Circulação Operacional Militar, as operações deverão
seguir o previsto na ICA 100-13 em vigor.
NOTA 1: Com a finalidade de impedir voos não autorizados, o responsável pela área de
segurança poderá, caso tenha interesse, solicitar a criação de uma FRZ ao Órgão
Regional responsável pela área de jurisdição, mediante encaminhamento de
documento do órgão oficial, nos casos em que sejam envolvidas áreas públicas, ou
do responsável legal pela área, nos casos de áreas particulares. O modelo do
documento pode ser acessado no seguinte endereço eletrônico:
https://servicos.decea.gov.br/sarpas.
NOTA 3: As operações dos demais usuários, se autorizadas pelo responsável pela área de
segurança, serão analisadas pelo Órgão Regional e deverão ser solicitadas pelo
Explorador/Operador da aeronave, diretamente no SARPAS, com antecedência
mínima de quatro dias corridos em relação ao início da operação pretendida.
6.2.6.2 Os voos devem ser planejados com critério, sendo de fundamental importância o
conhecimento, por parte do Explorador/Operador da aeronave, da localização de áreas de
segurança, bem como de seus respectivos Espaços Aéreos Condicionados (Áreas Proibidas,
Perigosas e Restritas) e/ou FRZ.
NOTA: Caso tal acesso descumpra determinação específica para o local pretendido, o usuário
estará sujeito às sanções e medidas previstas pelas respectivas administrações.
6.2.6.3 As áreas de segurança, mesmo que não estejam protegidas por Espaços Aéreos
Condicionados e/ou FRZ, não devem ser sobrevoadas sem a prévia autorização das autoridades
responsáveis pela área envolvida.
6.2.7.1 Por não transportar pessoas a bordo, é possível operar uma Aeronave Não Tripulada em
áreas ou condições perigosas, como próximo a acidentes químicos ou nucleares, vulcões
exalando ou em erupção e em condições meteorológicas severas.
6.2.9.1 Nos voos de Aerolevantamento, além do previsto nesta Instrução, deve-se verificar a
necessidade de que sejam observadas as normas emitidas pelo MD.
NOTA 1: As operações VLOS, realizadas por UA com PMD até 25 Kg, que NÃO possuam
interseção com FRZ serão analisadas pelo Órgão Regional e deverão ser
solicitadas pelo Explorador/Operador da aeronave, diretamente no SARPAS, com
antecedência mínima de quatro dias corridos em relação ao início da operação
pretendida. Nesse caso, o Operador da UA deverá apresentar a Portaria de Inscrição
no Ministério da Defesa e as demais documentações que forem exigidas pelo MD,
no momento da solicitação no SARPAS.
NOTA 2: As operações VLOS, realizadas por UA com PMD até 25 Kg, que possuam
interseção com FRZ, além da apresentação da documentação exigida pelo MD,
deverão ser solicitadas com antecedência mínima de quatro dias corridos em
relação ao início da operação pretendida, podendo ser exigido doze dias corridos
em relação ao início da operação pretendida, quando envolver divulgação por meio
de Produto AIS, conforme item 6.1.20. Nesse caso, o Operador da UA deverá
apresentar o Termo de Coordenação no momento de solicitação no SARPAS.
6.2.10.2 A Operação Atípica poderá ser autorizada, mediante emissão de parecer favorável, após
análise ATM do Órgão Regional responsável pela área de jurisdição, conforme condicionantes
operacionais estabelecidas ou segregação do espaço aéreo e consequente divulgação por meio
de Produto AIS, quando necessário.
NOTA 1: Exclusivas para Aeronaves Não Tripuladas com PMD até 25 kg, operando VLOS e
até 400 ft AGL (aproximadamente 120 metros de altura), independentemente da
classe do espaço aéreo sobrevoado.
NOTA 2: Essas operações serão submetidas à análise ATM do Órgão Regional e deverão ser
solicitadas pelo Explorador/Operador da aeronave, diretamente no SARPAS, com
antecedência mínima de doze dias corridos em relação ao início da operação
pretendida, apresentando todos os documentos e/ou procedimentos previstos pelos
demais Órgãos reguladores.
6.2.11.1 Nas operações Aeroagrícolas, além do previsto nesta Instrução, deve-se verificar a
necessidade de que sejam observadas as normas emitidas pela ANAC e pelo MAPA.
NOTA 1: As operações VLOS, realizadas por UA com PMD até 25 Kg, que NÃO possuam
interseção com FRZ deverão ser solicitadas pelo Explorador/Operador da
aeronave, diretamente no SARPAS, com antecedência mínima de 30 min (trinta
minutos) em relação ao início da operação pretendida.
NOTA 2: As operações VLOS, realizadas por UA com PMD até 25 Kg, que possuam
interseção com FRZ deverão ser solicitadas com antecedência mínima de quatro
dias corridos em relação ao início da operação pretendida, podendo ser exigido
doze dias corridos em relação ao início da operação pretendida, quando envolver
divulgação por meio de Produto AIS, conforme item 6.1.20. Nesse caso, o
Operador da UA deverá apresentar o Termo de Coordenação no momento de
solicitação no SARPAS.
NOTA 3: As operações realizadas por aeronaves com PMD maior que 25 Kg deverão ser
solicitadas com antecedência mínima de doze dias corridos em relação ao início
da operação pretendida. Contudo, em operações VLOS ou EVLOS até 100ft para
aplicação de agrotóxicos e afins, adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e
sementes sobre áreas desabitadas, a antecedência mínima para solicitação será de
30 min (trinta minutos), desde que NÃO possua interseção com FRZ.
7.1 AUTORIZAÇÃO
7.1.1 Segundo a Convenção de Chicago, no seu artigo 8º, toda operação de Aeronave não
Tripulada estará sujeita à emissão de uma Autorização.
7.1.2 A operação das Aeronaves Não Tripuladas dentro das fronteiras do seu Estado de Registro
será conforme definida por sua autoridade competente. No caso do Brasil, após as deliberações
de outras organizações, entre outras, ANAC, ANATEL, MAPA e MD, o acesso ao Espaço
Aéreo deverá seguir o previsto neste Capítulo e respectivos Anexos.
7.2.1 Para que seja possível a utilização do SARPAS, o usuário deverá utilizar o Login Único
do Governo Federal (gov.br), cadastrado no site https://acesso.gov.br/.
NOTA: O perfil Pessoa Jurídica deverá ser criado por meio de um Perfil Pessoa Física, que
será o Administrador SARPAS.
NOTA: As Aeronaves Militares (orgânicas das Forças Armadas) não serão cadastradas no
SISANT, devendo ser cadastradas pelo Administrador SARPAS diretamente no
Sistema SARPAS do DECEA.
7.3.1 A solicitação para o acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro deverá ser feita no SARPAS pelo
Explorador/Operador da aeronave ao Órgão Regional (CINDACTA I, II, III e IV e CRCEA-
SE) responsável pela área na qual a operação pretendida ocorrerá, por meio do link disponível
na página do DECEA (www.decea.mil.br).
NOTA: As Operações VLOS, em alturas muito baixas, que utilizarem UA com PMD até 250g,
realizadas até 200 ft e fora de FRZ, estão dispensadas de serem solicitadas no
SARPAS. Contudo, são obrigadas a seguir as regras e procedimentos previstos
nesta Instrução, bem como os requisitos estipulados por outras agências ou órgãos
pertinentes.
7.3.3 A solicitação realizada por meio do SARPAS será direcionada ao Órgão Regional
responsável pelo espaço aéreo requerido, com base no ponto de decolagem inserido no sistema.
Durante a operação, o Piloto Remoto em Comando deverá ater-se à Altura de Voo Solicitada
sem, no entanto, extrapolar a Altitude Limite de Voo decorrente daquela. É importante
salientar que a operação deve ser realizada no volume de espaço aéreo solicitado, sendo
imputadas todas as responsabilidades ao Operador, no caso de descumprimento do
previsto e autorizado.
40/55 ICA 100-40/2023
7.3.5 Ressalta-se que o responsável pelo cumprimento das condicionantes previstas e pela
segurança da operação do UAS é o Explorador/Operador da aeronave.
7.3.6 As solicitações que não contenham todas as informações necessárias ou com informações
impertinentes não serão enviadas ou serão indeferidas, sendo comunicado ao Explorador/
Operador somente o motivo do indeferimento por intermédio do SARPAS.
7.4.1 Uma vez realizada a solicitação de acesso ao espaço aéreo, caso os parâmetros constantes
na solicitação de voo no SARPAS cumpram as condicionantes operacionais previstas nesta
Instrução, será emitida a autorização de forma automatizada. Quando os parâmetros não
puderem ser cumpridos, as solicitações serão analisadas pelo Órgão Regional, levando-se em
consideração as possíveis interferências na circulação aérea.
7.4.2 Quando a solicitação de acesso ao espaço aéreo brasileiro envolver a jurisdição de mais
de um Órgão Regional, aquele que receber a solicitação do usuário deverá proceder à análise,
em coordenação com os Regionais envolvidos.
7.4.3 Uma vez constatada a impossibilidade de atender aos parâmetros solicitados, o Órgão
Regional deverá indeferir o processo, informando o motivo do indeferimento, para que o
Explorador/Operador tome conhecimento e realize, caso julgue conveniente, uma nova
solicitação com os ajustes necessários.
7.4.4 As condicionantes contidas na análise emitida pelo Órgão Regional serão remetidas ao
Explorador/Operador na autorização e, quando necessário, servirão de base para a confecção
do Produto AIS específico.
envolvidos, com base na ICA 100-13 em vigor ou conforme regras concebidas e aprovadas para
o atendimento à operação.
7.5.1 Após analisar a solicitação recebida, o Órgão Regional, por meio do SARPAS, emitirá a
AUTORIZAÇÃO, na qual deverá constar o resultado da análise ATM efetuada, mediante o
estabelecimento das condicionantes necessárias à manutenção da segurança da navegação
aérea.
7.5.2 Cabe ressaltar que a operação deverá ocorrer com base nas condicionantes operacionais
estabelecidas pelo Órgão Regional.
7.5.4 Nos casos em que a emissão de NOTAM for necessária, a autorização poderá abranger
um período máximo de noventa dias, de acordo com a solicitação do usuário, podendo ser
estendida por até mais noventa dias.
NOTA 1: O usuário deverá solicitar ao Órgão Regional, quando necessário, a análise para a
extensão do prazo do NOTAM com uma antecedência mínima de doze dias para o
término do período inicial.
7.5.5 Todas as operações podem ter a validade de sua autorização verificada por meio do link:
https://servicos.decea.mil.br/sarpas/?i=consulta. Caso tenha sido necessário CANCELAR a
operação solicitada, o usuário será informado por e-mail e o status de cancelamento também
poderá ser verificado pelo mesmo link.
42/55 ICA 100-40/2023
8 SEGURANÇA OPERACIONAL
8.1.1 Antes de iniciar um voo, o operador do Sistema deve ter ciência de todas as informações
necessárias ao planejamento do voo, bem como conhecimento do manual de operação do
equipamento.
8.1.2 As informações necessárias ao voo deverão incluir, pelo menos, uma avaliação criteriosa
dos seguintes aspectos:
8.2.3.3 As comunicações de ocorrências (acidentes e/ou incidentes) com UAS terão por
objetivo prover os órgãos reguladores e de investigação com conhecimentos que favorecerão
regras e procedimentos adequados para atender aos usuários do segmento UAS.
44/55 ICA 100-40/2023
9.1.3 O Plano de Terminação de Voo deverá ser executado como o último recurso após a
constatação de insucesso de todos os procedimentos de contingência ou no caso de outro perigo
potencial que requeira a descontinuidade imediata do voo.
9.1.5 A notificação prevista no item 9.1.4 tem por objetivo permitir a difusão do alerta de perigo
para outros usuários do espaço aéreo e operadores de aeródromos, proporcionando aos Órgãos
ATS a adoção de medidas necessárias à manutenção da segurança operacional.
a) altitude;
b) velocidade;
c) autonomia;
d) rota que será realizada durante o RTH; e
e) outras informações julgadas pertinentes.
9.2.3 O procedimento previsto no item 9.2.2 tem por objetivo permitir a difusão do alerta de
perigo para outros usuários do espaço aéreo e operadores de aeródromos, proporcionando aos
Órgão ATS a adoção de medidas necessárias à manutenção da segurança operacional.
9.2.4 Para as notificações previstas nos itens 9.1.4 e 9.2.2, o usuário deverá entrar em contato
com o setor TÁTICO SARPAS do CGNA, conforme orientações disponíveis no endereço
eletrônico: https://www.decea.mil.br/drone.
10 PROTEÇÃO E SALVAGUARDA
10.1 PROTEÇÃO
10.1.1 A segurança, que, diferentemente da segurança operacional, deve ser entendida nesse
capítulo como proteção da integridade, questão vital nas operações de Aeronaves Não
Tripuladas, já que possuem aspectos únicos se comparados com a aviação tripulada.
10.1.2 Uma vez que a Estação de Pilotagem Remota deve ser considerada como sendo a cabine
de comando de uma aeronave, também deverão ser adotadas medidas analisando suas
vulnerabilidades, controle de acesso, quando for o caso, a fim de protegê-la contra sabotagens
ou qualquer interferência ilegal.
10.1.3 Da mesma forma, deve-se ter a preocupação com a faixa de frequência utilizada para a
pilotagem e telemetria de controle do voo, devendo ser robusta o suficiente para garantir sua
operação. Se for o caso, deverá contemplar medidas eletrônicas de defesa contra interferências,
sejam intencionais ou não. A certificação das faixas de frequências deverá ser feita conforme
regulamentos da ANATEL, e é de total responsabilidade do Explorador/Operador da
aeronave a observância de tal necessidade.
10.1.4 A área de decolagem e de pouso da Aeronave Não Tripulada deverá ser resguardada,
evitando-se a proximidade com pessoas não envolvidas na operação com o objetivo de não
distrair o Piloto Remoto na condução dos comandos da aeronave.
11.1 TRANSGRESSÕES
11.1.2 Essas infrações são apuradas por meio de um processo administrativo no âmbito da
Administração Pública Federal – Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999 –, instituído por
autoridade competente para fazê-lo, em consonância com o CBA e demais legislações em vigor.
11.1.4 O artigo 302 do CBA traz todos os enquadramentos aplicáveis para a constituição do
processo administrativo.
11.1.6 A apuração das infrações e aplicação das sanções administrativas, aqui descritas e
previstas à operação UAS, não eximem seus responsáveis daqueles atos que constituam
infração ou crime nas demais esferas do Direito Cível, Criminal e de todas as demais aplicáveis.
11.1.7 Para efeito de infração de tráfego aéreo, serão consideradas, dentre outras, as seguintes
situações:
11.2 SANÇÕES
11.2.4 De acordo com o artigo 289, inciso II, da Lei Federal nº 7.565 (CBA), à Autoridade
Aeronáutica é facultada a suspensão de certificados, licenças e/ou autorizações. Nos casos de
atitudes que venham a ferir a Segurança de Voo ou atrapalhar a rotina operacional do Regional,
tais medidas serão tomadas, sendo prevista, inclusive no mesmo artigo do CBA, a cassação das
licenças e cadastros, caso julgado necessário pela autoridade competente.
11.2.5 A aplicação das sanções previstas no CBA e na presente Instrução não prejudicará nem
impedirá a imposição, por outras autoridades, de penalidades cabíveis.
11.2.6 Além do disposto nesta Instrução, de acordo com o item 11.2.3, o Explorador/Operador
da aeronave deverá observar, ainda, o previsto nas demais legislações nacionais, estando sujeito
a sanções civis e/ou penais, cabendo destacar, dentre outras:
11.3.3 Ao Piloto Remoto é imputada a responsabilidade pelo manuseio dos comandos de voo e
as consequências que dele advêm, seja operando no modo manual ou automático.
11.4.1 As autorizações previstas nesta Instrução referem-se ao acesso ao espaço aéreo brasileiro
e não isentam o Explorador/Operador da aeronave e o Piloto Remoto de observar e respeitar
direitos individuais de terceiros, como privacidade e imagem das pessoas, ficando sujeito às
leis vigentes.
11.5.1 Salvo aqueles autorizados, conforme preconizado pela ANAC, fica proibido o transporte
de artigos perigosos por uma Aeronave Não Tripulada. Portanto, as autorizações previstas nesta
Instrução não isentam os Exploradores/Operadores da responsabilidade de observar as
restrições contidas nos regulamentos de outros Órgãos Reguladores.
50/55 ICA 100-40/2023
11.7.1 De acordo com o artigo 290 do CBA, poderá a autoridade aeronáutica requisitar o apoio
da força policial para obter a detenção dos presumidos infratores ou da aeronave que ponha em
perigo a segurança pública, pessoas ou coisas, nos limites do que dispõe o referido Código.
11.7.2 O cidadão que observar a atividade irregular de Aeronaves Não Tripuladas poderá
solicitar o apoio da força policial para averiguação quanto à legalidade da operação,
contribuindo, assim, para a prevenção criminal.
11.7.3 Para que seja possível encaminhar irregularidades, o interessado em realizar a denúncia
deverá encaminhar ao Órgão Regional responsável pela área em que ocorreu o fato documentos
que comprovem a identificação da Aeronave Não Tripulada (materialidade) e a identificação
do Explorador/Operador da aeronave (autoria), para apurar e responsabilizar os atos decorrentes
de uma operação UAS irregular.
NOTA 3: As situações não enquadradas na NOTA 2 deverão ser informadas ao DECEA por
meio do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) – https://ajuda.decea.mil.br/.
ICA 100-40/2023 51/55
12 DISPOSIÇÕES FINAIS
12.1 As sugestões para o contínuo aperfeiçoamento desta publicação deverão ser enviadas
acessando o link específico da publicação, por intermédio dos endereços eletrônicos
http://publicacoes.decea.intraer/ ou http://publicacoes.decea.gov.br/.
12.2 Ao DECEA e aos Órgãos Regionais é dado o direito de revogar qualquer autorização
emitida sem aviso prévio.
12.3 Os casos não previstos nesta Instrução serão submetidos ao Diretor-Geral do DECEA.
52/55 ICA 100-40/2023
REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Aviação Civil. Regras Gerais para Operação de Aeronaves
Civis. RBHA nº 91. Brasília, 2011.
BRASIL. Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005. Cria a Agência Nacional de Aviação Civil
– ANAC, e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, Poder Executivo,
Brasília, DF, n. 187, p. 1-8, 28 set. 2005.
BRASIL. Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. In: Vade mecum.
São Paulo: Saraiva, 2008.
54/55
R EGR A S P A R A A C ES S O A O
P M D ≤ 2 5 KG P M D > 2 5 KG ⁽ ⁵ ⁾
E S P A ÇO A ÉR E O B R A S ILE IR O
T IP O D E O P E R A ÇÃ O VLO S B VLO S VLO S / B VLO S
N O EN TOR N O D E
A LT UR A A t é 10 0 f t 10 0 / 2 0 0 f t 2 0 0 / 3 0 0 ft 3 0 0 / 4 0 0 ft > 4 0 0 ft A T ÍP IC A ⁽²⁾ ⁽²⁾
E S T R UT UR A ⁽ ⁴ ⁾
G R O UN D S P E E D M Á X 3 0 Kt 6 0 Kt 6 0 Kt 6 0 Kt ⁽²⁾ 3 0 Kt ⁽²⁾ ⁽²⁾ ⁽²⁾
D IS T Â N C IA D E A E R Ó D R O M O S
≥ 3550 < 3550 ≥ 4480 < 4480 ≥ 5400 < 5400 ≥ 6320 < 6320 ⁽²⁾ N ã o A p lic á v e l ⁽²⁾ ⁽²⁾ ⁽²⁾
N A S ZA D (M ETR OS )
D IS T Â N C IA D E A E R Ó D R O M O S
≥ 17 4 0 < 17 4 0 ≥ 2350 < 2350 ≥ 2960 < 2960 ≥ 3570 < 3570 ⁽²⁾ ≥ 500 < 500 ⁽²⁾ ⁽²⁾ ⁽²⁾
N O EN TOR N O (M ETR OS )
D IS T Â N C IA D E H E LIP O N T O S
≥ 17 4 0 < 17 4 0 ≥ 2350 < 2350 ≥ 2960 < 2960 ≥ 3570 < 3570 ⁽²⁾ ≥ 200 < 200 ⁽²⁾ ⁽²⁾ ⁽²⁾
(M ETR OS )
D IS T Â N C IA D E P E S S O A S N Ã O
C O N F O R M E R E Q UIS IT O S E S T A B E LE C ID O S P E LA A N A C
A N UE N T E S ⁽ ¹⁾
P E R ÍO D O D A O P E R A ÇÃ O D IUR N O O U N O T UR N O
S O LIC IT A ÇÃ O S ARP AS
4 D ia s 4 D ia s 4 D ia s 4 D ia s 12 D ia s 4 D ia s 12 D ia s 12 D ia s
P R A Z O P A R A S O LIC IT A ÇÃ O ⁽ ³ ⁾ 3 0 m in 3 0 m in 3 0 m in 3 0 m in 3 0 m in 12 D ia s C o rrid o s
C o rrid o s C o rrid o s C o rrid o s C o rrid o s C o rrid o s C o rrid o s C o rrid o s C o rrid o s
A UT O R IZ A ÇÃ O IM E D IA T A S IM NÃO S IM NÃO S IM NÃO S IM NÃO NÃO S IM NÃO NÃO NÃO NÃO
A N Á LIS E A T M NÃO S IM NÃO S IM NÃO S IM NÃO S IM S IM NÃO S IM S IM S IM S IM
T E R M O D E C O O R D E N A ÇÃ O NÃO S IM NÃO S IM NÃO S IM NÃO S IM NÃO NÃO S IM NÃO NÃO NÃO
C O M UN IC A ÇÃ O B ILA T E R A L C O M C ON F OR M E C ON F OR M E
C O N F O R M E A N Á LIS E A T M S IM S IM S IM
ÓR GÃ O A TS A N Á LIS E A T M A N Á LIS E A T M
E M IS S Ã O D E N O T A M C O N F O R M E A N Á LIS E A T M
( 1) S ig n if ic a o a f a s t a m e n t o h o riz o n t a l d a p ro je ç ã o v e rt ic a l d a a e ro n a v e n o s o lo .
( 2 ) in d e p e n d e m d e v a lo re s , p o is d e v e rã o s e r c u m p rid a s a s c o n d ic io n a t e s o p e ra c io n a is p re v is t a s n a a u t o riz a ç ã o e / o u n o N O T A M .
( 3 ) O p ra z o d e q u a t ro d ia s c o rrid o s , q u a n d o e n v o lv e r d iv u lg a ç ã o p o r m e io d e P ro d u t o A IS , p o d e rá s e r e s t e n d id o p a ra d o z e d ia s c o rrid o s
( 3 ) O p e ra ç ã o e m Á re a d e S e g u ra n ç a , q u a n d o s o lic it a d a p e lo re s p o n s á v e l d a á re a , t e rá p ra z o d e 3 0 m in d e a n t e c e d ê n c ia . P a ra o s d e m a is u s u á rio s o p ra z o s e rá d e q u a t ro d ia s c o rrid o s .
( 3 ) A O p e ra ç ã o d e A e ro le v a n t a m e n t o , m e s m o q u e c u m p ra a s c o n d ic io n a n t e s o p e ra c io a n is re la c io n a d a s c o m a lt u ra e d is t â n c ia d o s a e ró d ro m o s , d e v e rá s e r s o lic it a d a c o m p ra z o d e q u a t ro
d ia s c o rrid o s d e a n t e c e d ê n c ia .
ICA 100-40
( 4 ) A s O p e ra ç õ e s N o E n t o rn o d e E s t ru t u ra s e m A e ró d ro m o s / H e lip o n t o s h o m o lo g a d o s p a ra O p e ra ç ã o IF R d e v e rã o re s p e it a r o s p a râ m e t ro s d e F R Z p re v is t o s n o it e m 6 .2 .3 .2 .1.
( 5 ) A s O p e ra ç õ e s A e ro a g rí c o la s re a liz a d a s p o r a e ro n a v e s c o m P M D m a io r q u e 2 5 Kg d e v e rã o re s p e it a r a s c o n d ic io n a n t e s p re v is t a s n o it e 6 .2 .11
55/55 ICA 100-40/2023
AVIAÇÃO
MCA 56-2
2023
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
AVIAÇÃO
MCA 56-2
2023
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
SUMÁRIO
2 DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS.............................................................................. 10
2.1 DEFINIÇÕES.................................................................................................................... 10
2.2 ABREVIATURAS ............................................................................................................ 15
4 PREMISSAS .................................................................................................................... 20
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 28
PREFÁCIO
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
1.2 COMPETÊNCIA
1.3 ÂMBITO
2 DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS
2.1 DEFINIÇÕES
2.1.1 AEROMODELO
2.1.2 AERÓDROMO
2.1.3 AERONAVE
2.1.8 AUTORIZAÇÃO
2.1.11 ENLACE C2
NOTA: O enlace de pilotagem difere dos enlaces relacionados à carga útil (como sensores).
Expressão genérica que se aplica, segundo o caso, a uma área proibida, restrita
ou perigosa.
2.1.17 EXPLORADOR
NOTA: A Falha de Enlace de Pilotagem é também conhecida como Falha de “Enlace C2”.
2.1.19 HELIPONTO
Para fins de aplicação exclusiva neste Manual, é a pessoa designada pelo Piloto
Remoto que, por meio da observação visual, em operação VLOS de um Aeromodelo,
possibilita ao Piloto Remoto a utilização de óculos FPV – Visão em Primeira Pessoa (First
Person View). Para tanto, deverá estar suficientemente próximo, a fim de não ser necessária a
utilização de quaisquer equipamentos de telecomunicação.
NOTA: Por conveniência, a expressão “órgão dos serviços de tráfego” é abreviada para
“órgão ATS” nesta publicação.
É o máximo peso que uma aeronave não tripulada (incluídos seu combustível,
cargas e equipamentos transportados) pode ter para ser capaz de decolar e realizar um voo
com segurança.
NOTA: O PMD independe de a aeronave estar equipada ou não com seus acessórios. Por
exemplo, se uma aeronave é capaz de decolar e realizar um voo seguro, estando
equipada com um protetor de hélices, e o uso desse acessório deixa a aeronave com
um peso de 255 g, o PMD da aeronave é de, no mínimo, 255 g, independentemente
de estar voando com ou sem o acessório do exemplo.
Pessoa cuja presença não é indispensável para que ocorra uma operação de
aeronave não tripulada bem-sucedida, mas que por vontade própria e por sua conta e risco
concorde que uma aeronave não tripulada opere perto de sua própria pessoa ou de seus
tutelados legais, sem observar os critérios das áreas distantes de terceiros.
Pessoa cuja presença é indispensável para que ocorra uma operação bem-
sucedida da aeronave não tripulada.
14/29 MCA 56-2
NOTA: O AFIS é, normalmente, prestado por uma estação aeronáutica, também nomeada
“órgão AFIS”, localizada no aeródromo ou remotamente e identificada como
“RÁDIO”.
2.2 ABREVIATURAS
3 DISPOSIÇÕES GERAIS
3.1 A Constituição Federal preconiza, no Art. 22, X, que compete privativamente à União
legislar, entre outras coisas, sobre a navegação aérea e aeroespacial.
3.3 Faz-se importante citar dois artigos do CBA que, especificamente, têm relação direta
com as regras aqui apresentadas.
3.5 A Lei nº 11.182/2005, que criou a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), retirou
algumas competências do COMAER previstas no CBA e as repassou àquela Agência.
Todavia, a referida Norma preservou e ressaltou a competência da União-COMAER para o
controle do espaço aéreo brasileiro, notadamente em seu Art. 8º, inciso XXI, parágrafos 2º e 6º.
3.6 Por fim, o Decreto nº 6.834/2009 aprova a estrutura regimental do COMAER, tratando
da competência do DECEA como Órgão Central do Sistema de Controle do Espaço Aéreo
Brasileiro, cuja competência, por meio da Portaria nº 913/GC3, de 21 de setembro de 2009, é
planejar, gerenciar e controlar as atividades relacionadas ao controle do espaço aéreo, à
proteção ao voo, ao serviço de busca e salvamento e às telecomunicações do Comando da
Aeronáutica, bem como prover os meios necessários para o gerenciamento e controle do espaço
aéreo e o serviço de navegação aérea, de modo seguro e eficiente, conforme estabelecido nas
normas nacionais e nos acordos e tratados internacionais de que o Brasil seja parte.
3.7 Um aeromodelo deve ser entendido como sendo uma aeronave para a qual se aplicam
regras específicas de uso e acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro.
3.8 Contando com variados tipos (asas fixas, asas rotativas, dirigíveis, drones, ornitópteros
etc.), tamanhos e performances, o que diferencia um aeromodelo das outras aeronaves não
tripuladas é o seu propósito de uso, sendo este aplicado única e exclusivamente para fins
recreativos. Com o objetivo de permitir um acesso seguro ao espaço aéreo brasileiro, de forma
controlada, existem regras que devem ser seguidas.
NOTA: É expressamente proibido realizar operação com fins lucrativos utilizando uma
solicitação de acesso de natureza RECREATIVA.
3.11 As aeronaves autônomas não serão objeto de regulamentação e seu voo não será
autorizado. Sendo assim, somente as aeronaves pilotadas remotamente estarão sujeitas à
autorização de utilização do espaço aéreo, com a devida atribuição de responsabilidades do
Piloto Remoto em Comando.
20/29 MCA 56-2
4 PREMISSAS
4.1 Um Aeromodelo é uma aeronave e, por conseguinte, para voar no espaço aéreo sob
responsabilidade do Brasil, deverá seguir as normas estabelecidas pelas autoridades
competentes da aviação nacional, sendo observadas as competências de cada Órgão.
4.2 O acesso ao espaço aéreo brasileiro por aeromodelos não poderá gerar impactos
negativos de segurança e de capacidade para o SISCEAB.
4.4 Cabe ao Piloto Remoto a responsabilidade final pela fiel observância e cumprimento de
todos os parâmetros previstos neste Manual.
MCA 56-2 21/29
5.1 De acordo com a Lei nº 11.182/2005, compete à ANAC, entre outras ações, conceder,
permitir ou autorizar a exploração de serviços aéreos; emitir Certificados de Aeronavegabilidade,
atestando aeronaves; e certificar licenças e habilitações dos profissionais da aviação.
5.4 Para solicitar os voos no SARPAS é necessário antes realizar o cadastro da aeronave na
ANAC.
5.5 No SISANT, cada aeromodelo deverá ter um cadastro único, para o qual será gerado um
número do cadastro SISANT com as iniciais “PR”.
22/29 MCA 56-2
6.1.1 O que distingue as regras a serem aplicadas para Aeromodelos e demais aeronaves não
tripuladas é a sua natureza. Assim, deve ser entendido de forma clara que não são
autorizados voos não recreativos, utilizando as regras específicas para aeromodelismo,
constantes neste Manual.
6.1.2 O acesso ao espaço aéreo brasileiro por aeromodelos deverá ser realizado em Espaço
Aéreo Condicionado destinado ao Aeromodelismo ou, quando fora de EAC, conforme
parâmetros e condicionantes operacionais estabelecidos neste Manual.
NOTA: A solicitação de voo deverá ser coordenada com o Órgão Regional responsável pela
área de jurisdição, conforme contatos disponibilizados no Anexo B da ICA 100-40.
NOTA: Os voos VLOS que utilizarem aeromodelos com PMD até 250 g, realizados até 200
ft e fora de FRZ, estão dispensados de serem solicitados no SARPAS. Contudo, são
obrigados a seguir as regras e procedimentos previstos neste Manual, bem como
os requisitos estipulados por outras agências ou órgãos pertinentes.
6.1.8 Não operar sob condições meteorológicas (precipitação, vento, nevoeiro) ou qualquer
condição que coloque em risco a operação VLOS e/ou o controle da aeronave em voo.
NOTA: O voo deverá ser realizado dentro dos limites especificados por cada fabricante,
normalmente encontrados nos manuais de operação do equipamento, visto que as
aeronaves possuem características próprias e podem ser impactadas de forma
diferente dependendo do ambiente em que operam.
6.1.9 Não transportar como payload artigos considerados perigosos ou substâncias que,
quando transportadas por via aérea, possam constituir risco à saúde, à segurança, à
propriedade e ao meio ambiente.
MCA 56-2 23/29
6.1.12 Não sobrevoar áreas ou instalações sensíveis ao ruído, como hospitais, templos
religiosos, escolas e casas de repouso.
6.1.14 Mesmo que tenha sido autorizada, toda e qualquer operação com Aeromodelo
deve ser imediatamente encerrada ao ser verificada a aproximação de aeronaves
tripuladas.
6.1.15 Independentemente do local de operação, atenção especial deve ser dada para a
necessidade de não interferir nas operações dos Órgãos de Segurança Pública. Dessa
forma, caso seja verificada a operação de aeronave não tripulada de tais Órgãos próximo à
área em que se pretenda operar ou na qual se esteja operando um aeromodelo, sua operação
deverá ser imediatamente interrompida.
a) Para operações cuja Altura de Voo Solicitada seja de até 100 ft, inclusive
(aproximadamente 30 metros):
Manter-se afastado, no mínimo, 3550 metros das cabeceiras da(s) pista(s)
de aeródromos cadastrados, quando operando na ZAD;
Manter-se afastado, no mínimo, 1740 metros de aeródromos cadastrados,
quando operando no entorno; e
Manter-se afastado, no mínimo, 1740 metros de helipontos cadastrados.
b) Para operações cuja Altura de Voo Solicitada esteja entre 100 ft, exclusive,
e 200 ft, inclusive (aproximadamente 30 a 60 metros):
Manter-se afastado, no mínimo, 4480 metros das cabeceiras da(s) pista(s)
de aeródromos cadastrados, quando operando na ZAD;
Manter-se afastado, no mínimo, 2350 metros de aeródromos cadastrados,
quando operando no entorno; e
Manter-se afastado, no mínimo, 2350 metros de helipontos cadastrados.
NOTA 1: Os voos realizados com base nessas condicionantes deverão ser solicitados pelo
Explorador/Operador do aeromodelo, diretamente no SARPAS, com antecedência
mínima de 30 min (trinta minutos) em relação ao início da operação pretendida,
e receberão a Autorização de Voo.
MCA 56-2 25/29
NOTA 3: Voos VLOS que utilizarem aeromodelos com PMD até 250 g, realizados até 200
ft e fora de FRZ, estão dispensados de serem solicitados no SARPAS. Contudo,
são obrigados a seguir as regras e procedimentos previstos neste Manual,
bem como os requisitos estipulados por outras agências ou órgãos pertinentes.
NOTA 5: Conforme descrito nos itens 6.1.14 e 6.1.15, mesmo que tenha sido autorizada,
toda e qualquer operação de Aeronave Não Tripulada deve ser imediatamente
encerrada ao ser verificada a aproximação de aeronaves tripuladas ou
operação de UA dos Órgãos de Segurança Pública.
7 DISPOSIÇÕES FINAIS
7.1 As sugestões para o contínuo aperfeiçoamento desta publicação deverão ser enviadas
acessando o link específico da publicação, por intermédio dos endereços eletrônicos
http://publicacoes.decea.intraer ou http://publicacoes.decea.gov.br.
7.2 Ao DECEA e aos Órgãos Regionais é dado o direito de revogar qualquer autorização
emitida sem aviso prévio.
7.3 Os casos não previstos nesta Instrução serão submetidos ao Diretor-Geral do DECEA.
28/29 MCA 56-2
REFERÊNCIAS
COMUNICAÇÃO BILATERAL
FORA EAC EM EAC
COM ÓRGÃO ATS
PMD ≤ 250 g 250 < x ≤ 25 Kg Não Aplicável
ALTURA Até 100 ft 100/200 ft Até 100 ft 100/200 ft Conforme EAC ⁽¹⁾
DISTÂNCIA DE AERÓDROMOS
≥ 3550 ≥ 4480 ≥ 3550 ≥ 4480 Não Aplicável
NAS ZAD (METROS)
DISTÂNCIA DE AERÓDROMOS
≥ 1740 ≥ 2350 ≥ 1740 ≥ 2350 Não Aplicável
NO ENTORNO (METROS)
DISTÂNCIA DE HELIPONTOS
≥ 1740 ≥ 2350 ≥ 1740 ≥ 2350 Não Aplicável
(METROS)
SOLICITAÇÃO SARPAS NÃO SIM NÃO
PRAZO PARA SOLICITAÇÃO Não Aplicável 30 min Não Aplicável
NECESSIDADE OBSERVADOR
DE AEROMODELO COM USO SIM NÃO
FPV
LIMITE HORIZONTAL 200 m Conforme EAC ⁽¹⁾
GROUND SPEED ≤ 40 Km/h Não Aplicável ⁽²⁾
DISTÂNCIA DE PESSOAS NÃO
CONFORME REQUISITOS ESTABELECIDOS PELA ANAC Não Aplicável ⁽³⁾
ANUENTES
DISTÂNCIA DE ROTAS DE
SIM Conforme EAC ⁽¹⁾
AERONAVES E HELICÓPTEROS
DISTÂNCIA DE CORREDORES
SIM Conforme EAC ⁽¹⁾
VISUAIS
PERÍODO DA OPERAÇÃO DIURNO OU NOTURNO
ANÁLISE ATM NÃO
TERMO DE COORDENAÇÃO NÃO
COMUNICAÇÃO BILATERAL
NÃO
COM ÓRGÃO ATS
EMISSÃO DE NOTAM NÃO SIM ⁽⁴⁾
(1) Conforme estabelecido por meio de uma análise ATM, em função das características do espaço aéreo solicitado.
(2) Embora não seja aplicável a limitação de velocidade nos EAC destinados ao aeromodelismo, deve ser dada especial
atenção aos limites horizontais dos espaços.
(3) Não foi definida uma distância de pessoas não anuentes nos EAC para a prática de aeromodelismo, por ser
entendido que TODAS as pessoas que se encontram dentro de tais espaços concordam com as operações que estão
sendo realizadas.
(4) Conforme análise ATM para criação do EAC.
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
AVIAÇÃO
MCA 56-5
2023
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
AVIAÇÃO
MCA 56-5
2023
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
Art. 1º Aprovar a edição do MCA 56-5 que trata de “Aeronaves não tripuladas
para uso exclusivo em operações aéreas especiais”, que com esta baixa.
SUMÁRIO
4 PREMISSAS .................................................................................................................... 22
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 30
PREFÁCIO
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
1.2 COMPETÊNCIA
1.3 ÂMBITO
2 DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS
2.1 DEFINIÇÕES
2.1.2 AERÓDROMO
2.1.3 AERONAVE
2.1.16 ENLACE C2
NOTA: O enlace de pilotagem difere dos enlaces relacionados à carga útil (como sensores).
12/31 MCA 56-5/2023
Expressão genérica que se aplica, segundo o caso, a uma área proibida, restrita
ou perigosa.
2.1.22 EXPLORADOR
NOTA: A Falha de Enlace de Pilotagem é também conhecida como Falha de “Enlace C2”.
2.1.24 HELIPONTO
NOTA: A observação visual, aos moldes do estabelecido para operação VLOS, deverá ser
estabelecida sem o auxílio de outros equipamentos ou lentes, excetuando-se as
corretivas.
NOTA: Por conveniência, a expressão “órgão dos serviços de tráfego” é abreviada para
“órgão ATS” nesta publicação.
Expressão genérica que se aplica aos Órgãos ligados aos Governos Federal,
Estadual e Municipal ou Órgãos provedores dos serviços considerados essenciais à
manutenção da vida das pessoas e da redução do sofrimento.
É o máximo peso que uma aeronave não tripulada (incluídos seu combustível,
cargas e equipamentos transportados) pode ter para ser capaz de decolar e realizar um voo
com segurança.
NOTA: O PMD independe de a aeronave estar equipada ou não com seus acessórios. Por
exemplo, se uma aeronave é capaz de decolar e realizar um voo seguro, estando
equipada com um protetor de hélices, e o uso desse acessório deixa a aeronave com
um peso de 255 g, o PMD da aeronave é de, no mínimo, 255 g, independentemente
de estar voando com ou sem o acessório do exemplo.
Pessoa cuja presença não é indispensável para que ocorra uma operação de
aeronave não tripulada bem-sucedida, mas que por vontade própria e por sua conta e risco
concorde que uma aeronave não tripulada opere perto de sua própria pessoa ou de seus
tutelados legais, sem observar os critérios das áreas distantes de terceiros.
MCA 56-5/2023 Ajuste cabeçalho Ajuste cabeçalho Ajuste cabeçalho Ajuste 15/31
Pessoa cuja presença é indispensável para que ocorra uma operação bem-
sucedida da aeronave não tripulada.
NOTA: O AFIS é, normalmente, prestado por uma estação aeronáutica, também nomeada
“órgão AFIS”, localizada no aeródromo ou remotamente e identificada como
“RÁDIO”.
16/31 MCA 56-5/2023
2.2 ABREVIATURAS
3 DISPOSIÇÕES GERAIS
3.1 A Constituição Federal preconiza no artigo 22, X, que compete privativamente à União
legislar, entre outras coisas, sobre a navegação aérea e aeroespacial.
3.2 A Lei nº 11.182/2005, que criou a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), retirou
algumas competências do Comando da Aeronáutica (COMAER) previstas no Código
Brasileiro de Aeronáutica (CBA) e as repassou àquela Agência. Todavia, a referida Norma
preservou e ressaltou a competência da União-COMAER para o controle do espaço aéreo
brasileiro.
3.3 Por fim, o Decreto nº 6.834/2009 aprova a estrutura regimental do COMAER, tratando
da competência do DECEA como Órgão Central do SISCEAB, cuja competência, por meio
da Portaria nº 913/GC3, de 21 de setembro de 2009, é planejar, gerenciar e controlar as
atividades relacionadas ao controle do espaço aéreo, à proteção ao voo, ao serviço de busca e
salvamento e às telecomunicações do Comando da Aeronáutica, bem como prover os meios
necessários para o gerenciamento e controle do espaço aéreo e o serviço de navegação aérea,
de modo seguro e eficiente, conforme estabelecido nas normas nacionais e nos acordos e
tratados internacionais de que o Brasil seja parte.
3.4 Uma UA deve ser entendida como sendo uma aeronave para a qual se aplicam regras
específicas de uso e acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro.
3.5 Contando com variados tipos (asas fixas, asas rotativas, ornitópteros etc.), tamanhos e
performances, as regras aplicadas às UA objetivam permitir um acesso seguro ao Espaço
Aéreo Brasileiro, de forma controlada e coordenada, além de mitigar os riscos a outras
aeronaves, pessoas, animais e propriedades no solo.
3.6 As aeronaves autônomas não serão objeto de regulamentação e seu voo não será
autorizado. Sendo assim, somente as aeronaves pilotadas remotamente estarão sujeitas à
autorização de utilização do espaço aéreo brasileiro, com a devida atribuição de
responsabilidades do Piloto Remoto em Comando.
outros órgãos controlados pelo Estado, quando expressamente autorizados pela ANAC,
poderão pousar e decolar sem observar os critérios das áreas distantes de terceiros.
3.10 Para fins de melhor entendimento do conteúdo deste Manual, serão denominadas
Operações Aéreas Especiais as operações realizadas pelos Órgãos Especiais.
3.11 As regras constantes neste Manual deverão ser aplicadas às Operações Aéreas Especiais,
realizadas com aeronaves remotamente pilotadas orgânicas ou aquelas que tenham sido
vinculadas ao Órgão Especial.
3.11.2.1 Para os Órgãos ligados aos Governos Federal, Estadual ou Municipal, entre outros,
entende-se como Órgãos Especiais:
a) Ministérios;
b) Secretarias;
c) Agências Reguladoras;
d) Autarquias;
e) Fundações Públicas; e
f) Forças Armadas.
3.11.2.2 Para operações de Segurança Pública, entende-se como Órgãos de Segurança
Pública, de acordo com o artigo 144 da CRFB, os seguintes Elos:
a) Polícia Federal;
b) Polícia Rodoviária Federal;
c) Polícia Ferroviária Federal;
d) Polícias Civis;
e) Polícias Militares;
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NOTA 2: De acordo com o previsto no artigo 144, parágrafo 8º, da CRFB, as Guardas
Municipais, quando destinadas à proteção de bens, serviços e instalações,
estão autorizadas a operar seus UAS à luz do previsto neste Manual.
a) Água potável;
b) Energia elétrica, gás e combustíveis;
c) Assistência médica e hospitalar;
d) Saneamento básico;
e) Guarda, uso e controle de materiais químicos, biológicos, radioativos e
nucleares (QBRN);
f) Apoio a acidentes e incidentes rodoviários, ferroviários, aéreos e marítimos;
g) Infraestrutura aeroportuária e de tráfego aéreo;
h) Atendimento emergencial em apoio a calamidade pública; e
i) Mineração (minas e barragens).
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4 PREMISSAS
4.1 Conforme citado no item 2.1.1, é definido como Aeronave qualquer aparelho que
possa sustentar-se na atmosfera a partir de reações do ar que não sejam as reações do ar contra
a superfície da terra. Aquelas que se pretenda operar sem piloto a bordo são chamadas de
aeronaves não tripuladas.
4.2 Uma UA é uma aeronave e, por conseguinte, para voar no espaço aéreo sob
responsabilidade do Brasil deverá seguir as normas estabelecidas pelas autoridades
competentes da aviação nacional, sendo observadas as competências de cada Órgão.
4.3 O acesso ao espaço aéreo brasileiro por UA engajada em Operações Aéreas Especiais
não deverá gerar impactos negativos de segurança e de capacidade para o SISCEAB.
5.1 De acordo com a Lei 11.182/2005, compete à ANAC, entre outras ações, atestar
aeronaves, emitindo a documentação pertinente às mesmas, assim como emitir certificados de
Aeronavegabilidade, licenças e habilitações dos profissionais da aviação.
5.4 Uma aeronave orgânica poderá operar sob as regras previstas neste Manual mediante
vinculação da Pessoa Jurídica (CNPJ) a um responsável, Pessoa Física (CPF), para
administrar a conta da instituição. Esse gerente, denominado Administrador SARPAS, será o
responsável por gerenciar equipes com prerrogativas do Órgão Especial, bem como
compartilhar aeronaves.
5.5 O cadastro efetuado no SISANT é aplicado às aeronaves civis e civis públicas, não
contemplando as aeronaves militares (orgânicas das Forças Armadas). Como o SISANT
define a aptidão do piloto declarado, faz-se necessário definir o instrumento que qualifica um
piloto a operar uma aeronave não contemplada pelo Sistema da ANAC.
NOTA: As aeronaves militares (orgânicas das Forças Armadas) não serão cadastradas no
SISANT, devendo ser cadastradas pelo Administrador SARPAS diretamente no
Sistema SARPAS do DECEA.
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6.1.1 O acesso ao espaço aéreo brasileiro por UA deve cumprir os parâmetros previstos na
ICA 100-40, emitida pelo DECEA. Entretanto, devido ao caráter especial das operações, tais
parâmetros podem ser substituídos pelo previsto neste Manual, em caso de missões reais que
não permitam planejamento prévio por parte do operador.
6.1.3 No caso de Operações Aéreas Especiais, quando for necessário o contato via rádio
VHF-AM entre o piloto e o órgão ATS, impreterivelmente deverá ser realizado um briefing
entre os envolvidos, a fim de coordenar os procedimentos a serem adotados. Sendo possível o
contato bilateral via rádio VHF-AM entre o piloto e o órgão ATS, o Código de Chamada a ser
utilizado será composto da sigla RPA, do nome do Órgão que representa, acrescido dos dois
últimos dígitos do número do SISANT ou matrícula da aeronave. O mesmo código pode ser
utilizado para identificação dos interlocutores em um contato telefônico.
Exemplos:
RPA PAPA FOX 59 – Aeronave nº 59 (SISANT ou matrícula) da Polícia
Federal;
RPA PREFEITURA 18 – Aeronave nº 18 (SISANT ou matrícula) da
Prefeitura; e
RPA BRAVO MIKE 44 – Aeronave nº 44 do Corpo de Bombeiros
Militares.
NOTA 1: Em caso de necessidade operacional, exclusivamente a fim de não denunciar as
operações em caráter especial, poderão ser utilizados códigos fictícios. Entretanto,
a fim de manter o nível de segurança, todos os procedimentos deverão ser
combinados em briefing realizado entre o Piloto Remoto em Comando e o
Controlador do Órgão ATC.
NOTA 2: Os órgãos ATS deverão estar familiarizados com os indicativos de chamada (reais
ou fictícios), visando à identificação da operação aérea especial em espaço aéreo
sob sua responsabilidade.
6.1.4 Todos os operadores que pretendam operar uma UA em caráter especial deverão
possuir cadastro no SARPAS e estar aptos à pilotagem das aeronaves que estiverem sob sua
responsabilidade ou que estejam compartilhadas com seu cadastro.
6.1.5 Todas as operações previstas neste Manual devem ser realizadas sem causar
interferência nos corredores visuais e nas atividades da aviação agrícola tripulada.
6.1.6 Deve ser evitado operar sob condições meteorológicas (precipitação, vento, nevoeiro)
ou qualquer condição que coloque em risco a operação VLOS e/ou o controle da aeronave em
voo.
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NOTA: O voo deverá ser realizado dentro dos limites especificados por cada fabricante,
normalmente encontrados nos manuais de operação do equipamento, visto que as
aeronaves possuem características próprias e podem ser impactadas de forma
diferente dependendo do ambiente em que operam.
6.1.7 Não deverão ser transportados artigos considerados perigosos ou substâncias que,
quando transportadas por via aérea, possam constituir risco à saúde, à segurança, à
propriedade e ao meio ambiente.
6.1.10 O Manual que trata de aeromodelismo no espaço aéreo brasileiro deixa claro que
“Independentemente do local de operação, atenção especial deve ser dada para a
necessidade de não interferir nas operações dos Órgãos Especiais”. Dessa forma, caso
seja verificada a operação de aeromodelos próximo à área em que se pretenda operar
uma UA de tais Órgãos, a operação do aeromodelo deverá ser imediatamente
interrompida, o que também está claramente detalhado no referido Manual.
6.1.11 Mesmo que tenha sido autorizada, toda e qualquer operação de Aeronave Não
Tripulada deve ser imediatamente encerrada ao ser verificada a aproximação de
aeronaves tripuladas, exceção feita para as ocasiões em que seja realizada uma estreita
coordenação entre os órgãos envolvidos.
NOTA: Quando o voo ocorrer em locais distantes de cidades, povoados, lugares habitados ou
grupo de pessoas ao ar livre, especial atenção deverá ser dada a possível operação
VFR de helicóptero a partir de 200 pés de altura, conforme previsto na ICA 100-4
“Regras e Procedimentos Especiais de Tráfego Aéreo para Helicópteros”.
6.1.12 As regras deste Manual somente serão aplicadas para as UA que possuam PMD igual
ou inferior a 25 kg (vinte e cinco quilogramas).
6.1.13 Todas as operações previstas neste Manual devem ser realizadas em VLOS ou
EVLOS. Operações que forem programadas para serem BVLOS deverão se ater às
condicionantes preconizadas na ICA 100-40, exceto Operações das Forças Armadas e da
Segurança Pública.
6.1.14 A utilização de óculos FPV caracteriza uma operação BVLOS. Sendo assim, ao
utilizar tal equipamento, a participação efetiva de um Observador de UA torna-se obrigatória
para manutenção das regras de uma operação VLOS.
6.1.16 Cabe ao Órgão Especial a observância das normas estabelecidas pelas demais
autoridades competentes, entre outras: ANAC, ANATEL, MAPA e MD.
6.2 PARÂMETROS
a) Para operações cuja Altura de Voo Solicitada esteja até 100 ft, inclusive
(aproximadamente 30 metros), e velocidade igual ou inferior a 30 Kt
(aproximadamente 60 km/h):
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 1700 metros das cabeceiras da(s)
pista(s) de aeródromos cadastrados, quando operando na ZAD;
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 1130 metros de aeródromos cadastrados,
quando operando no entorno; e
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 1130 metros de helipontos cadastrados.
b) Para operações cuja Altura de Voo Solicitada esteja entre 100 ft, exclusive,
e 200 ft, inclusive (aproximadamente 30 a 60 metros), e velocidade igual
ou inferior a 60 Kt (aproximadamente 120 km/h):
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 2630 metros das cabeceiras da(s)
pista(s) de aeródromos cadastrados, quando operando na ZAD;
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 1740 metros de aeródromos cadastrados,
quando operando no entorno; e
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 1740 metros de helipontos cadastrados.
c) Para operações cuja Altura de Voo Solicitada esteja entre 200 ft, exclusive,
e 300 ft, inclusive (aproximadamente 60 a 90 metros), e velocidade igual
ou inferior a 60 Kt (aproximadamente 120 km/h):
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 3550 metros das cabeceiras da(s)
pista(s) de aeródromos cadastrados, quando operando na ZAD;
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 2350 metros de aeródromos cadastrados,
quando operando no entorno; e
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 2350 metros de helipontos cadastrados.
d) Para operações cuja Altura de Voo Solicitada esteja entre 300 ft, exclusive,
e 400 ft, inclusive (aproximadamente 90 a 120 metros), e velocidade igual
ou inferior a 60 Kt (aproximadamente 120 km/h):
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 4480 metros das cabeceiras da(s)
pista(s) de aeródromos cadastrados, quando operando na ZAD;
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 2960 metros de aeródromos cadastrados,
quando operando no entorno; e
˗ Manter-se afastado, no mínimo, 2960 metros de helipontos cadastrados.
NOTA 1: As Operações deverão ser solicitadas pelo Órgão Especial diretamente no SARPAS,
com antecedência mínima de 30 min (trinta minutos) em relação ao início da
operação pretendida. Caso seja necessário operar fora dessas condicionantes, deve
ser feita, ANTECIPADAMENTE, uma estreita coordenação com o órgão ATS
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NOTA 2: As Operações VLOS, acima de 400 ft, e BVLOS que não cumpram essas
condicionantes, permitidas especificamente para as Operações das Forças
Armadas e da Segurança Pública, devem ser realizadas conforme condicionantes
estabelecidas PREVIAMENTE no Acordo Operacional. Nesse caso, o Operador
da UA deverá anexar cópia do Acordo Operacional no momento da solicitação no
SARPAS.
NOTA 3: No caso de atividades aéreas em aeródromos militares ou compartilhados,
envolvendo UA, sendo tais atividades realizadas pelo Órgão responsável pela
área a ser sobrevoada, ou por terceiros em proveito do primeiro, os
parâmetros para o voo VLOS até 400 ft poderão deixar de ser observados, desde
que seja feita a coordenação necessária com o Órgão ATS responsável pela área.
7 DISPOSIÇÕES FINAIS
7.1 As sugestões para o contínuo aperfeiçoamento desta publicação deverão ser enviadas
acessando o link específico da publicação, por intermédio dos endereços eletrônicos
http://publicacoes.decea.intraer ou http://publicacoes.decea.gov.br.
7.2 Ao DECEA e aos Órgãos Regionais é dado o direito de revogar qualquer autorização
emitida sem aviso prévio.
7.3 Os casos não previstos nesta Instrução serão submetidos ao Diretor-Geral do DECEA.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989. Dispõe sobre o exercício do direito de greve,
define as atividades essenciais, regula o atendimento das necessidades inadiáveis da
comunidade, e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, Poder Executivo,
Brasília, DF, n. 122, p. 10561-10562, 29 jun. 1989.