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Continuidade

Continuidade

Beto Rober Bautista Saavedra

UNIVASF

May 15, 2023


Continuidade

Sumário

1 Introdução

2 Continuidade

3 Exercícios Resolvidos

4 Teorema do Valor Intermediário (Bolzano)

5 Exercícios Resolvido sobre o Teorema do Valor Intermediário


Continuidade
Introdução

Introdução
Continuidade
Introdução

Escopo Norteador

1 Introduzir ou reciclar o conteúdo básico de Cálculo Diferencial e Integral.


2 Incentivar o discente no manuseio aprimorado de propriedades, teoremas e
técnicas da disciplina.
Continuidade
Introdução

Epigrafe1

“ Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma
oportunidade invejável para aprender a conhecer a influência libertadora da
beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer pessoal e para proveito da
comunidade à qual seu futuro trabalho pertencer ”

Albert Einstein.
Continuidade
Introdução

Epigrafe2

“ ..... Não existe uma estrada real para a ciência, e somente aqueles que não
temem a fadiga de galgar suas trilhas escarpadas têm chance de atingir seus
cumes luminosos. ”

Tirado do Prefácio da Edição Francesa do O Cápital. Karl Marx Londres, 18 de


março de 1872.
Continuidade
Introdução

Epigrafe3

“ Ex nihilo nihil fit ≈ Nada surge da nada 1 ”

Poeta e Filósofo Lecrecio.

1
Enuncio este princípio na sua obra De Rerum Natura.
Continuidade
Introdução

Epigrafe4

“ ... Muitas das atuais teorias matemáticas surgiram da ciência aplicada, e só


depois adquiriram aquel aspecto axiomático e abstrato que tanto dificulta o seu
aprendizado. ”

V.I. Arnold.Eminente Matemático.


Continuidade
Continuidade

Continuidade
Continuidade
Continuidade

Continuidade-1

Na linguagem coloquial,

Continuidade equivale a dizer sem Interrupções ?? ou não ??


Continuidade
Continuidade

Preliminar

Seja D ⊂ R. Um ponto a é um ponto de acumulação de D se todo intervalo aberto contendo a


intersecta D − {a}.
Por exemplo, o ponto 1 é um ponto de acumulação do intervalo [1,2]. 3 é ponto se acumulação do
intervalo (2,3). 0 é um ponto de acumulação de
1 1 1 1
D = { , , , ..., , ...}
2 3 4 n
Continuidade
Continuidade

Continuidade -2

Sejam f : D → R uma função definida no dominio D ⊂ R e a ∈ D um ponto


de ponto de acumulação de D. Dizemos que a função f é continua em a se

limx→a f (x) = f (a).

No caso que a é um ponto extremo de D , f é continua em a se

limx→a+ f (x) = f (a) ou limx→a− f (x) = f (a).

(]) Observa-se que todas as funções tratadas nesta disciplina possuem dominios , D = dom(f ), cujos elementos são pontos de
acumulação. Assim, doravante, admitiremos esta condição.
Continuidade
Continuidade

Continuidade -3

A função p : R → R polinomial, definida por

p(x) = an x n + an−1 x n−1 + an−2 x n−2 + ... + a1 x + a0 , ai ∈ R, n ∈ N,

é continua em qualquer número real.


.
Notar que a função constante f (x) = a0 pode ser considerada uma função polinomial e continua em qualquer número real.Agora, seja t ∈ R
qualquer número real.

2 2 n n
limx→t x = t ⇒ limx→t x = t, limx→t x = t , ...., limx→t x =t .
2 2 n n
⇒ limx→t a1 x = a1 t, limx→t a2 x = a2 t , ...., limx→t an x = an t .
2 n 2 n
⇒ limx→t a1 x + a2 x + ... + an x = a1 t + a2 t + ... + an t .
2 n 2 n
⇒ limx→t a0 + a1 x + a2 x + ... + an x = a0 + a1 t + a2 t + ... + an t .
⇒ limx→t p(x) = p(t).

Portanto, a função p é continua em qualquer número real 


Continuidade
Continuidade

Continuidade-4

4
A função r (x) = x x+x−3
2 −1 é continua em cada ponto de Dom(r ) = R − {−1, 1}.
.
De fato, primeiro, verificar com a figura abaixo que cada ponto do Dom(f) é um ponto de
acumulação.

Segundo,
x4 + x − 3 a4 + a − 3
lim r (x) = lim 2
= = r (a) ∀a ∈ R − {−1, 1} 
x→a x→a x −1 a2 − 1
Continuidade
Continuidade

Continuidade -5

A função racional r : Dom(r ) → R , definida por

p(x) an x n + an−1 x n−1 + an−2 x n−2 + ... + a1 x + a0


r (x) = = , ai , bj ∈ R, n, m ∈ N,
q(x) bm x n + bm−1 x m−1 + bm−2 x m−2 + ... + b1 x + b0

é continua em cada ponto de seu dominio.


.
Observar que
Dom(r ) = {x ∈ R : q(x) 6= 0}.

e o conjunto C = {x ∈ R : q(x) = 0} é finito. Logo, todo número real a ∈


/ C é um ponto de acumulação do Dom(r ). Além disso, para
qualquer a ∈ Dom(r ) , tem-se

limx→a p(x) p(a)


lim r (x) = = = r (a).
x→a limx→a q(x) q(a)

Portanto, A função racional r : R → R é continua em cada ponto de seu dominio 


Continuidade
Continuidade

Continuidade -6

A Função Raiz f : [0, ∞) → R, definida por



f (x) = x

é continua em cada ponto de seu dominio.


.
Deixamos como exercício provar que f é contínua em x=0. Observar que todo número real a > 0 é um ponto de acumulação do Dom(f ). Além
disso, para qualquer a > 0 , tem-se

√ √ |x − a| |x − a|
0 ≤ | x − a| = √ √ ≤ √ ∀x ∈ [0, ∞) − {a}
x+ a a

Pelo Teorema do Confronto, tem-se √ √ √ √ √ √


lim | x − a| = 0 ⇔ lim x − a = 0 ⇔ lim x = a
x→a x→a x→a

Portanto, A função y = x é continua em cada ponto de seu dominio 

(?) Analogamente, prova-se que a função y = n x é continua em cada ponto de seu dominio,usando a seguinte identidade.


n √ x −a
x− na= √
n n−1 √
n √ √n n
p n n−1
p .
x + x n−2 n a + x n−3 a2 + ... + a
Continuidade
Continuidade

Continuidade -7

As funções sen e cos são contínuas em cada ponto de seus domínios.


.
_
(•) 2|sen(θ)| = AA0 ≤AA0 = 2|θ|. Então,
|sen(θ)| ≤ |θ|. (I)
_
(•) |cos(θ) − cos(0)| = |cos(θ) − 1| = 1 − cos(θ) = BC ≤ AC ≤AC= |θ|. Então,

|cos(θ) − cos(0)| ≤ |θ|. (II)

Agora, (I), (II) e o Teorema do Confronto implicam que


Na figura, observamos o seguinte:
lim |sen(x)| = 0 ⇔ lim sen(x) = 0 = sen(0)
x→0 x→0
−π π
se ≤θ≤ , tem-se e
2 2
lim |cos(x) − cos(0)| = 0 ⇔ lim cos(x) − cos(0) = 0 ⇔ lim cos(x) = cos(0)
x→0 x→0 x→0
Continuidade
Continuidade

Ou seja as funções são continuas em zero. As funções sen e cos têm o mesmo dominio :
Dom(sen) = Dom(cos) = R. Ou seja, os pontos dos dominios destas funções são de acumulação.
A seguir, provaremos o caso geral. Para isto, precisaremos do seguinte fato:

lim f (x) = L ⇔ lim f (h + a) = L


x→a h→0

Com efeito,

lim sen(x) = lim sen(h + a) = lim sen(h)cos(a) + cos(h)sen(a) = sen(a).


x→a h→0 h→0

Analogamente, verifica-se que

lim cos(x) = lim cos(h + a) = lim cos(h)cos(a) + sen(h)sen(a) = cos(a).


x→a h→0 h→0

Assim, acabamos provando que as funções sen e cos são contínuas em cada ponto de seus
domínios 
Continuidade
Continuidade

Continuidade -8

Teorema 1(Composição e Continuidade): Sejam f : D → R e g : E → R. Suponhamos que


Im(f ) = f (D) ⊂ E de modo que podemos considerar a função composta g ◦ f : D → R.

Se limx→a f (x) = b e g é continua em b ⇒ limx→a g ◦ f = g(limx→a f (x)) = g(b).


Em particular,

Se f é continua em a e g é continua em f(a) ⇒ g ◦ f é continua em a.


(i) Neste caso, D é o dominio de g ◦ f .

(ii) No enunciado do teorema, x → a pode ser substituido por x → a± ou x → ±∞.


Continuidade
Continuidade

Seja  > 0. Ja que g é continua em b, existe um número δ1 > 0 tal que

|y − b| < δ1 e y ∈ E ⇒ |g(y ) − g(b)| <  (1)

Ora, para δ1 de (1), existe δ > 0 tal que


0 < |x − a| < δ e x ∈ D ⇒ |f (x) − b| < δ1 (2)

Assim, dado  > 0 tomo δ > 0 de (2) para garantir

0 < |x − a| < δ e x ∈ D ⇒ |f (x) − b| < δ1 e f (x) ∈ E.

Por (1), tem-se


⇒ |g ◦ f (x) − g(b)| < .

Em resumo,
0 < |x − a| < δ e x ∈ D ⇒ |g ◦ f (x) − g(b)| < . (3)

Por (3), podemos afirmar que


limx→a g ◦ f (x) = g(limx→a f (x)) = g(b) 
Continuidade
Continuidade

Continuidade -9

Teorema 2 (Propriedades Básicas da Continuidade): Sejam as funções f , g : D → R e a ∈ D


um ponto de acumulação de D.Se f e g são continuas num ponto a ∈ D, então
1 f + g : D → R é continua em a;
2 f − g : D → R é continua em a;
3 fg : D → R é continua em a;
4 f
g
: D ? → R, onde D ? = {x ∈ D : g(x) 6= 0}, é continua em a, se a ∈ D ? .
Continuidade
Continuidade

Continuidade -10

Uma função f : D → R é continua se é continua em cada ponto de D =


Dom(f).
.
Por exemplo, as funções polinomiais e racionais são continuas. As funções
y = x r , r ∈ Q, igualmente.As funções trigonométricas As funções exponenciais
As funções logaritmicas.
Continuidade
Exercícios Resolvidos

Exercícios Resolvidos
Continuidade
Exercícios Resolvidos

Exercício Resolvido-1
Provar que as seguintes funções são continuas.
1 x 3 +1
1 f (x) = x
e g(x) = x 2 −1
;
2 f(x)=k (k constante) e g(x) = ax + b (a e b constantes);
3 f (x) = |x|.
.
1 Seja a ∈ Dom(f ) = R − {0}. Logo, a é um ponto de acumulação e diferente de zero. Então,
1 1
lim f (x) = lim = lim = f (a)
x→a x→a x x→a a
2
Seja a ∈ Dom(g) = R − {1, −1}. Logo, a é um ponto de acumulação e a − 1 6= 0. Então,

x3 + 1 a3 + 1
lim g(x) = lim = = g(a)
x→a x→a x2 − 1 a2 − 1

2 Analogamente.

3 Dom(f ) = R. Como limx→a x = a, então


p r p
lim f (x) = lim |x| = lim x2 = lim x 2 = a2 = |a| = f (a).
x→a x→a x→a x→a
Continuidade
Exercícios Resolvidos

Exercício Resolvido-2


Provar que a função h(x) = x 2 − 2x − 5 é continua.
. √
De fato, Primeiro, observar que h = g ◦ f , onde f (x) = x 2 − 2x − 5 e g(x) = x. Segundo,

2
D = Dom(f ◦ g) = {x ∈ R) : x − 2x − 5 ∈ [0, ∞)}
√ [ √
= (−∞, 1 − 6] [1 + 6, +∞)

2
√ de acumulação. Terceiro, a função polinomial f (x) = x − 2x − 5 é continua em R; em particular, é continua
e todos os pontos de D são pontos
em D. Quarto, a função g(x) = x é continua em [0, ∞) = E. Como D = Dom(f ◦ g), f (D) ⊂ E. Logo, pelo teorema 1,
p
h(x) = x 2 − 2x − 5 = g ◦ f (x) é continua em D; ou seja, simplesmente´, h é continua 
Continuidade
Exercícios Resolvidos

Exercício Resolvido-3

2 √
3
Provar que a função h(x) = x 3 = x 2 é continua.
. √
De fato, Primeiro, observar que h = g ◦ f , onde f (x) = x 2 e g(x) = 3 x. Segundo,

D = Dom(g ◦ f ) = R

e todos os pontos de D são pontos de acumulação. Terceiro, a função polinomial f (x) = x 2 é continua em R = D. Quarto, a função
√ 2
g(x) = 3 x é continua em R = E. Como D = Dom(f ◦ g), f (D) ⊂ E. Logo, pelo teorema 1, h(x) = x 3 = g ◦ f (x) é continua em
D = R ; ou seja, simplesmente´, h é continua 
Continuidade
Exercícios Resolvidos

Exercício Resolvido-4


Provar que a função h(x) = x 21−2 é continua.

.
De fato, Primeiro, observar que h = g ◦ f , onde f (x) = 1 e g(x) = |x|. Segundo,
x 2 −2

√ √
D = Dom(g ◦ f ) = R − { 2, − 2}

1
√ √
e todos os pontos de D são pontos de acumulação. Terceiro, a função racional f (x) = é continua em D = R − { 2, − 2}. Quarto, a
x 2 −2
2
função g(x) = |x| é continua em R = E. Como D = Dom(f ◦ g), f (D) ⊂ E. Logo, pelo teorema 1, h(x) = x 3 = g ◦ f (x) é continua em
√ √
D = R − { 2, − 2} ; ou seja, simplesmente´, h é continua 
Continuidade
Exercícios Resolvidos

Exercício Resolvido-5


Provar que a função h(x) = 1 − 1 − x 2 é continua.
. √
De fato, Primeiro, observar que h = g ◦ f , onde f (x) = 1 − x 2 e g(x) = 1 − x. Segundo,

D = Dom(g ◦ f ) = [−1, 1]

e todos os pontos
√ de D são pontos de acumulação. Terceiro, a função polinomial f (x) = 1 − x 2 é continua em D = [−1, 1]. √
Quarto, a função
g(x) = 1 − x é continua em (0, +∞] = E. Como D = Dom(f ◦ g), f (D) ⊂ E. Logo, pelo teorema 1, h(x) = 1 − x = g ◦ f (x) é
continua em D = [−1, 1] ; ou seja, simplesmente´, h é continua 
Continuidade
Exercícios Resolvidos

Exercício Resolvido-6


2, se x ≥ 1;
Se f (x) = é contínua em x = 1? Justifique.
1, se x < 1.
.

Não. O dominio da função dada é R; isto é, todo ponto do dominio é de acumulação.Logo, para
justificar a continuidade solicitada, é suficiente verificar que limx→1 f (x) = f (1) = 2. Mas,

lim f (x) = 2 6= 1 = lim f (x).


x→1+ x→1−

Logo, não é continua em x = 1 


Continuidade
Exercícios Resolvidos

Exercício Resolvido-7

Provar que
x2 + x − 6
, x 6= 2, −2
f (x) =
x2 − 4
tem extensão continua para x=2 e determine essa extensão.
.
Primeiro, Dom(f ) = R − {−2, 2}. Segundo, para extender continuamente o Dom(f ) a R, teríamos que escolher os valores de f (2) e f (−2).
Se x = 2, −2 fossem pontos isolados, poderiam ser qualquer valor. Mas, são pontos de acumulação do Dom(f). Logo, os valores são:
2 (x+3)(x−2)
limx→2 x +x−6 x+3 = 5 . Mas,
= limx→2 (x+2)(x−2) = limx→2 x+2
x 2 −4 4

2
limx→−2 x +x−6
2 =@ limx→−2 x+3
x+2
.
x −4

Portanto, f estende-se continuamente a x=2 , onde f (2) = 45 . Mas, não pode ser estendido continuamente a x=-2. Em resumo, a função

x 2 +x−6
, x 6= 2, −2

g(x) = x 2 −4
 5, x = 2.
4

é continua com dominio R − {−2} 


Continuidade
Exercícios Resolvidos

Exercício Resolvido-8

(Conservação do sinal negativo) Seja f continua em p e f (p) < 0. Prove que existe δ > 0 tal
que, para todo x ∈ Dom(f ),
p − δ < x < p + δ ⇒ f (x) < 0.

−f (p)
Seja  = 2
> 0 existe um δ > 0 tal que

−f (p)
|x − p| < δ e x ∈ Dom(f ) ⇒ |f (x) − f (p)| < ,
2

isto é,
3f (p) f (p) −f (p) f (p)
p − δ < x < p + δ e x ∈ Dom(f ) ⇒ = f (p) + < f (x) < f (p) + = < 0.
2 2 2 2
ou seja
p − δ < x < p + δ e x ∈ Dom(f ) ⇒ f (x) < 0 
Continuidade
Exercícios Resolvidos

Exercício Resolvido-9

(Conservação do sinal positivo) Seja f continua em p e f (p) > 0. Prove que existe δ > 0 tal
que, para todo x ∈ Dom(f ),
p − δ < x < p + δ ⇒ f (x) > 0.

Vamos a provar este exercício como uma consequência do exercício anterior. -f é uma função
continua, -f(p) < 0 e o dom(-f) = dom(f). Agora, pelo exercício anterior, existe um δ > 0 tal que

p − δ < x < p + δ e x ∈ Dom(−f ) = Dom(f ) ⇒ −f (x) < 0 ⇒ f (x) > 0 


Continuidade
Exercícios Resolvidos

Exercício Resolvido-10

x 2 −9
1. Defina g(3) para que g(x) = x−3
seja continua;
2
t +3t−10
2. Defina h(2) para que h(t) = t−2
.
.
x2 − 9 (x − 3)(x + 3)
1. g(3) = lim g(x) = lim = lim = lim x + 3 = 6.
x→3 x→3 x −3 x→3 x −3 x→3

t 2 + 3t − 10 (t + 5)(t − 2)
2. h(2) = lim h(x) = lim = lim = lim t + 5 = 7 
x→2 x→2 t −2 x→2 t −2 x→2
Continuidade
Exercícios Resolvidos

Exercício Resolvido-11

Calcule r
3 x3 + 1
lim .
x→−1 x +1
.

r s
3 x3 + 1 3 x3 + 1
lim = lim
x→−1 x +1 x→−1 x +1
s
3 (x + 1)(x 2 − x + 1) q √
3
= lim = 3 lim x 2 − x + 1 = 3 
x→−1 x +1 x→−1
Continuidade
Exercícios Resolvidos

Exercício Resolvido-12

Se a função produto h(x) = f (x)g(x) é continua em x= 0, então, necessariamente, as funções


f (x) e g(x) são continuas em x=0 ? Justificar.
.

A resposta é não. Sejam as funções


 
 1, x ≤0  0, x ≤0
f (x) = e g(x) =
0, x >0 1, x >0
 

Deixamos como exercício ao leitor graficar estas funções. Observamos que estas funções não são
continuas em x=0. Mas,
f (x)g(x) = 0, ∀x ∈ R.
ou seja, a função produto é continua em x=0 
Continuidade
Exercícios Resolvidos

Exercício Resolvido-13
Calcule √
3
x +7−2
lim .
x→1 x −1

Primeiro, lembremos a seguinte relação algébrica:


3 3 2 2
a − b = (a − b)(a + ab + b )
Neste caso particular, identificamos

3
a= x +7 e b = 2.
Logo,
√ √ q √
3
x +7−2 ( 3 x + 7 − 2)( 3 (x + 7)2 + 2 3 x + 7 + 4)
lim = lim q √
x→1 x −1 x→1
(x − 1)( 3 (x + 7)2 + 2 3 x + 7 + 4)

( 3 x + 7)3 − 8
= lim q √
x→1 3
(x − 1)( (x + 7)2 + 2 3 x + 7 + 4)
x −1
= lim q √
x→1
(x − 1)( 3 (x + 7)2 + 2 3 x + 7 + 4)
1 1 1
= lim q √ = = 
x→1 3 3 4+4+4 12
Continuidade
Exercícios Resolvidos

Exercício Resolvido-14
f (x)
Seja f definida em R e suponha que limx→0 x
= 1. Calcule
f (x 2 )
lim .
x→0 x
Primeiro, define-se a seguinte função:
f (x)


x
, x 6= 0
h(x) =

1, x =0
Afirmamos que h é continua em 0. De fato, o ponto x=0 é um ponto de acumulação do Dom(h) = R. Assim, para provar a continuidade de h em 0,
calcula-se o seguinte limite:
f (x)
lim h(x) = lim = 1 = h(0)
x−→0 x−→0 x

Agora, h é continua em g(0) = 0, sendo g(x) = x 2 continua em x=0. Pelo Teorema 1, a função h ◦ g é contínua em x=0.Isto é,
lim h ◦ g(x) = h(g(0)) = h(0) = 1,
x−→0

equivalente a escrever
2 f (x 2 )
lim h(x ) = lim =1
x−→0 x−→0 x2
Logo,
f (x 2 ) f (x 2 )
lim = lim .x = 1.0 = 0 
x→0 x x→0 x2
Continuidade
Exercícios Resolvidos

Exercício Resolvido-15

Dar um exemplo de duas funções f (x) e g(x) continuas en x = 0; mas, g ◦ f descontinuas


em x = 0. Isto contradiz o Teorema 1 ?
.

Sejam a seguintes funções continuas em x = 0.



 1 x <1
g(x) = e f (x) = x + 1
0, x ≥ 1

Agora, a função 
 1, x <0
g ◦ f (x) =
0, x ≥0

não é continua em x=0. Este fato não tem nada a ver com o Teorema 1; pois, g não é continua em
f(0)=1 
Continuidade
Exercícios Resolvidos

Exercício Resolvido-16

Provar que
sen(x)
f (x) =
x
tem extensão continua em x= 0 e determine essa extensão.
.
Primeiro, Dom(f ) = R − {0}. Segundo, para extender continuamente o Dom(f ) a R, teríamos que escolher o valor de f (0) Se x = 0 não
fosse ponto de acumulação, poderia ser qualquer valor. Mas, x=0 é ponto de acumulação do Dom(f). Logo, o valor é:

sen(x)
limx→0 =1
x
Portanto, f estende-se continuamente a x=0 , onde f (0) = 1. A função
(
sen(x)
F (x) = x
, 6 0
x =
1, x = 0.

é continua com dominio R 


Continuidade
Exercícios Resolvidos
Continuidade
Teorema do Valor Intermediário (Bolzano)

Teorema do Valor Intermediário


Continuidade
Teorema do Valor Intermediário (Bolzano)

Teorema1(Teorema do Valor Intermediário)

Seja f : [a, b] → R contínua. Se f (a) < d < f (b) (ou f (b) < d < f (a)) então existe
c ∈ (a, b) tal que f (c) = d.
Continuidade
Teorema do Valor Intermediário (Bolzano)

Teorema2( Teorema de Weierstrass)

Toda função f : [a, b] → R continua atinge seus extremos. Isto é, existem c, d ∈ [a, b] tais que

f (c) ≥ f (x) ≥ f (d), ∀x ∈ [a, b].


Continuidade
Teorema do Valor Intermediário (Bolzano)

Teorema3(Função Inversa Continua)

Seja f : I → R uma função contínua e injetiva, definida num intervalo I. Então f é monótona, sua
imagem J = f (I) é um intervalo e sua inversa f −1 : J → R é continua.
Continuidade
Exercícios Resolvido sobre o Teorema do Valor Intermediário

Exercícios Resolvido sobre o Teorema


do Valor Intermediário
Continuidade
Exercícios Resolvido sobre o Teorema do Valor Intermediário

Exercício Resolvido-1

Provar que a equação Cos(x) = x tem ao menos uma solução.


.

Primeiro, observar que


cos(x) = x ⇔ cos(x) − x = 0.
Então, é suficiente provar que a função f (x) = cos(x) − x possui ao menos uma raiz. A função f (x) = cos(x) − x é continua em R. Assim,
podemos aplicar o teorema do Valor Intermediário. Por um cálculo direto, tem-se

π
f (0) = 1 > 0 e f( )<0
2

Logo, existe uma raiz c ∈ [0, π


2
] tal que f (c) = 0 
Continuidade
Exercícios Resolvido sobre o Teorema do Valor Intermediário

Exercício Resolvido-2

Provar que a equação P(x) = x 3 − 15x + 1 = 0 tem 3 raízes no intervalo [-4,4].


.

A função P(x) é continua em R e

P(−4) = −3, P(0) = 1, P(1) = −13, e P(4) = 5 


Continuidade
Exercícios Resolvido sobre o Teorema do Valor Intermediário

Exercício Resolvido-3

Seja a função P(x) = (x − a)2 (x − b)2 + x. Provar que existe algum valor c ∈ R tal que
a+b
P(c) = .
2

Não se perde generalidade se supomos que a ≤ b. A função P(x) é continua em R. Por um


cálculo direto tem-se P(a) = a e P(b) = b. Agora, como a ≤ a+b 2
≤ b, o Teorema do valor
Intermediário garante que existe um c ∈ [a, b] tal que P(c) = a+b
2

Continuidade
Exercícios Resolvido sobre o Teorema do Valor Intermediário

Exercício Resolvido-4

É verdade que uma função continua que nunca é zero em um intervalo nunca muda de sinal nesse
intervalo ?
.

Sim !! Pois, caso contrário, pelo Teorema do valor Intermedário, existiria um zero da função 
Continuidade
Exercícios Resolvido sobre o Teorema do Valor Intermediário

Exercício Resolvido-5

Seja f (x) = x 3 − 8x + 10. Provar que existe um c ∈ R tal que

f (c) = c 3 − 8c + 10 = π.

Primeiro, lembrar que π ≈ 3.1416. Segundo, a função f(x) é continua em R. Agora,


f (2, 2) = 3, 048 ≤ π ≤ f (2, 3) = 3, 767. Logo, existe c ∈ [2, 2, 2.3] 

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