A Meditação Ao Alcance de Todos
A Meditação Ao Alcance de Todos
A Meditação Ao Alcance de Todos
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Sumário
Advertência prévia........................................... 9
Primeira parte
Princípios e explicações sobre o exercício da medita-
ção em geral e sobre as considerações em particular
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A meditação ao alcance de todos
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Primeira parte
I. Princípios
1. Nunca se deve esquecer que a meditação é uma
conversação da alma com o céu e consigo mesma sobre
coisas de Deus. Os personagens celestiais com quem con-
versamos na meditação, nós não os vemos nem ouvimos;
sabemos, porém, que eles nos veem e nos atendem. Esses
personagens podem ser Deus, Jesus Cristo, Nossa Senhora,
algum santo ou as almas do purgatório.
2. Não nos esqueçamos de que o tom dessa conversa-
ção deve ser muito singelo, cordial e confiante; e que nessa
conversação podem repetir-se as mesmas coisas quantas
vezes se quiser e até intercalar orações vocais.
II. Explicações
1. Por que se diz que a meditação é uma conversação?
Porque não é um trabalho exclusivo do entendimen-
to, como seria um estudo; mas é uma verdadeira entrevista
e prática da alma com o céu e consigo mesma.
2. Por que se acrescenta que não se deve esquecer
isso?
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A meditação ao alcance de todos
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Segunda lição
Artes da consideração
I. Princípios
II. Explicações
1. Convém dividir sempre a consideração em quatro
partes?
Sim, a não ser que a alma se veja favorecida extraor-
dinariamente por Deus com uma oração superior, o que
ordinariamente não se dá com os simples fiéis.
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A meditação ao alcance de todos
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Terceira lição
Importância do exercício
da meditação
I. Princípios
II. Explicações
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A meditação ao alcance de todos
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Quarta lição
Diminutivos e equivalentes
da meditação
I. Princípios
II. Explicações
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Quinta lição
Os bons pensamentos
I. Princípios
II. Explicações
34
Sexta lição
Os bons afetos
I. Princípios
II. Explicações
38
Sétima lição
As boas resoluções
I. Princípios
II. Explicações
42
Oitava lição
As boas petições
I. Princípios
II. Explicações
45
Nona lição
Constância no exercício da
meditação
I. Princípios
II. Explicações
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Décima lição
Últimas advertências sobre o
exercício da meditação
I. Princípios
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A meditação ao alcance de todos
II. Explicações
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Segunda parte
I. Meditação
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A meditação ao alcance de todos
1. Os bons pensamentos
a) A leitura. Lerei primeiro o que me diz o livro de
meditação por Santo Afonso; lerei pausadamente para que
as verdades me impressionem mais: “Meu filho, diz-nos
o Espírito Santo, procura bem o tempo, que é a coisa mais
preciosa e o maior dom que Deus pode conceder a um ho-
mem nesta vida...”. No céu e no inferno ele já não existe...
Em que desperdiças o tempo?
b) Repetição interior da leitura, ato de fé e de súpli-
ca. — Que é que me dizeis, meu Deus, por meio do que
acabo de ler? Que o tempo é um grande tesouro, que um
momento vale tanto como Deus, porque com um ato de
virtude se pode aumentar a posse de Deus com a graça
que aumenta e a glória que merece; e, se se estiver em pe-
cado mortal, com um ato de contrição ou de amor se re-
cupera a Deus pela graça que se recobra. Que me dizeis
mais, meu Deus? Que o tesouro do tempo produz seus
frutos só nesta vida porque no céu já não se pode adquirir
maior grau de glória e no inferno já não se poderá merecer
o menor perdão.
Creio, ó meu Deus, todas estas verdades; creio-as fir-
memente. Sim, creio que o tempo...
Súplica: Senhor, aumentai sempre mais a minha fé e
fazei que os pensamentos salutares que me vierem se gra-
vem na minha mente e sejam proveitosos à minha alma.
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Padre Aquiles Desurmont
2. Os bons afetos
Atos de fé: Meu Deus, acabo de refletir sobre o valor
do tempo que generosamente me concedeis; antes de pros-
seguir, ponho-me de novo em vossa presença. Creio que
falo convosco, e quero oferecer-vos agora os meus afetos;
fazei que sejam bons e proveitosos.
Espero de vós, Senhor, tudo quanto necessito para
aproveitar bem o tempo de vida que me concedeis. Espero
de vós o perdão para o passado e todo o auxílio de que
necessito para o futuro.
Amo-vos sobre todas as coisas. A quem hei de amar
se não vos amo? Não sois o meu maior benfeitor? Não se-
reis o meu generoso remunerador? Não sois a minha única
esperança no tempo e na eternidade? Senhor, amo-vos e
quero amar-vos cada vez mais!
Estimo sobremaneira o tempo de vida que me tendes
dado. Que seria de mim se tivesse morrido quando não me
achava na vossa graça?
Arrependo-me de todas as infidelidades passadas.
Humilho-me diante da vossa grandeza ao considerar que
nada posso sem a vossa graça e que sou tão indigno dos
vossos favores.
Conformo-me em tudo com a vossa santíssima von-
tade no longo ou curto tempo de vida que me queirais
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A meditação ao alcance de todos
3. As boas resoluções
a) Resolução geral: Meu Deus, compreendo a grave
responsabilidade que tenho de aproveitar o tempo que me
concedeis... por isso, quero resolver-me antes de tudo a
praticar todo bem que possa e a evitar com cuidado todo
pecado voluntário.
b) Resolução particular: — Senhor, a vós que é quem
realmente falo neste momento e a quem quero oferecer
minhas resoluções; atendei-me e ajudai-me a cumpri-las...
Prometo-vos evitar a preguiça e as desatenções no cuidado
da minha alma, no cumprimento dos meus deveres reli-
giosos de piedade; pois agora compreendo que o tempo
que consagro a conhecer-vos, amar-vos, servir-vos e hon-
rar-vos não é tempo perdido, mas antes o mais bem apro-
veitado...
Quero evitar os descuidos nas obrigações de meu es-
tado, de meu ofício ou emprego, descuidos esses que fo-
ram a causa de tanta perda de tempo e até de pecados...
Quero corrigir-me desta falta [diga-se qual], deste costu-
me... Quero consagrar-me a cultivar a virtude da... de que
me vejo tão necessitado e que tomei como assunto de meu
exame particular (ou para corrigir-me do defeito, matéria
do mesmo exame).
c) Intenção: — E tudo isto vos prometo por amor de
Jesus, meu Redentor, e para agradar-lhe; e tudo confio a
Maria Santíssima, minha Mãe, de cujo maternal socorro
tudo espero para ser-vos fiel em aproveitar bem o tempo
desta vida...
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Padre Aquiles Desurmont
4. As boas petições
a) Para si mesmo: — Sabeis, meu Deus, que todas
as minhas promessas, sem o auxílio da vossa graça, se
evolarão como o fumo; dignai-vos, pois, Senhor, ajudar-
-me a cumpri-las. Ó Jesus! Ó Maria! Ó São José! Ó anjo da
minha guarda, ó santos protetores meus, vinde em meu
auxílio!
E agora, Senhor, permiti que desabafe o meu coração
numa petição mais extensa e confiante: — Ó meu Deus,
criastes-me para que vos ame e me salve para sempre! Fa-
zei, pois, que me salve, fazei que vos ame. Desejo e peço-
-vos o céu, minha conversão, minha perseverança, minha
salvação, o aproveitamento do tempo de vida que me res-
ta, minha feliz eternidade.
Tremo ao pensar no que significa para mim tudo isto,
mas em vós confio... em vossas mãos encomendo o meu
espírito! Desejo e peço-vos o vosso amor, a conformida-
de com a vossa vontade, o cumprimento fiel dos deveres
de meu estado e vocação para testemunhar-vos com isso o
meu amor; desejo e peço-vos o amor de vosso divino Filho
Jesus Cristo, um amor sempre maior e mais verdadeiro!
b) Petições para outros: — Senhor, encomendo-vos o
meu próximo, os pobres pecadores, as almas do purgató-
rio, a Santa Igreja, minha mãe, minha paróquia, meu insti-
tuto, minha família, os que me tenham feito mal... Senhor,
abençoai-os, eu vo-lo rogo pelas chagas de vosso Filho, pe-
las dores de Maria Santíssima!
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A meditação ao alcance de todos
II. Conclusão
1º Gratidão.
Adeus, meu bom e dulcíssimo Senhor; dou-vos gra-
ças pelo favor desta meditação! [Se a meditação não saiu
bem pede-se perdão, faz-se um ato de humildade, de sú-
plica e de propósito de não querer abandonar o exercício
da meditação por mais que nos custe fazê-la bem].
2º Renovação breve das boas resoluções.
Ó meu Deus, tudo quanto vos prometi nesta medi-
tação, agora o renovo e vos peço me ajudeis a renovar es-
sas resoluções várias vezes durante este dia e me assistais
com a vossa graça para cumpri-las! Desejo e prometo não
me descuidar da meditação nem desanimar nas falhas que
note no cumprimento de minhas resoluções.
3º Ramalhete espiritual.
Quero tomar como lembrança desta meditação: “Meu
filho, guarda o tempo” (Eclo 4, 23).
4º Recomendação ou oração final. — Ó meu Deus, ó
meu Jesus, ó Maria, minha Mãe! Permiti que do íntimo do
coração reze em honra vossa um Pai-nosso e Ave-Maria,
por mim e por todos os que vos recomendei nesta medita-
ção, tanto vivos como defuntos!
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Edições Caritatem
CLÁSSICOS CATÓLICOS
• Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem – São Luís
de Montfort
• Exercícios Espirituais – Santo Inácio de Loyola
• Ofício Parvo de Nossa Senhora
• A Alma de Todo Apostolado – D. Jean-Baptiste Chautard
• Sermões para a Quaresma e a Páscoa – São João Maria Vianney
• Devoto Josefino – Padre Eusebio Sacristán Villanueva
• A infância admirável da santíssima Mãe de Deus – São João
Eudes
• Hora Santa – Padre Mateo Crawley-Boevey
• Devoção a São Miguel Arcanjo – Padre Juan Eusebio Nieremberg
• O cristão prático: Exposição prática da moral cristã – Padre
Frutuoso Hockenmaier
• Jesus Cristo Rei – Mons. Tihamer Toth
• O Lar Católico – Padre Joaquim Silvério de Souza
• Preparação para a Morte – Santo Afonso maria de Ligório
• A Oração – Santo Afonso maria de Ligório
ESPIRITUALIDADE
• Comungai Bem – Padre Luiz Chiavarino
• Da devoção ao Papa – Padre Frederick William Faber
• Chave da vida interior – Frei Cassiano Karg, O. M. C.
• Da arte de estar doente – Padre Jules Chambelland
• A meditação ao alcance de todos – Padre Achille Desurmont
• Escritos Espirituais – Beato Cláudio de la Colombière
• A Humildade – Monsenhor Ascânio Brandão
• A Tibieza – Monsenhor Ascânio Brandão
• Cartas sobre a Fé – Padre Emmanuel André
• A missa e a vida interior – Dom Bernardo de
Vasconcelos
LIVRETOS E DEVOCIONAIS
– Devocionário Quotidiano – Editora Caritatem
– A Santa Missa – Santo Afonso Maria de Ligório
– O Santíssimo Nome de Jesus – Padre Paulo O’ Sullivan, O.P.
– Devoção a Sagrada Família – Editora Caritatem
– Devoção a São José – Editora Caritatem
– Devocionário Eucarístico – Editora Caritatem
– Devocionário de Santa Teresinha – Editora Caritatem
– O Preciosíssimo Sangue de Jesus – Padre Frederick William Faber
– As três Ave-Marias – Padre Bernardo Gaspar Haanapel
– As Sete Dores de Maria – Padre Frederick William Faber
– Pequeno Catecismo sobre o Santo Rosário – Beato Alano da Rocha
– Pequeno Ofício da Imaculada Conceição
– Meditações para o mês do Sagrado Coração de Jesus – Padre José
Basílio Pereira
– Direção para viver cristãmente – Padre Quadrupani
– Retiro espiritual sobre as qualidades e deveres do cristão – Padre
Jean Nicolas Grou
– Ofício Parvo dos Santos Anjos
– Exame de Consciência
– Quamquam Pluries – Papa Leão XIII
– Reinado social do Sagrado Coração de Jesus – Padre Mateo
Crawley-Boevey
– Pequeno Manual do Ofício Parvo
– A vida perfeita e A direção da alma – São Boaventura
– A Agonia de Jesus no Horto das Oliveiras – Padre Pio de
Pietrelcina
DOCUMENTOS PAPAIS
• Encíclica Haurietis Aquas – Papa Pio XII
• Encíclica Divini Illius Magistri – Papa Pio XI
• Encíclica Casti Connubii – Papa Pio XI
CATEQUESE INFANTIL
• Guia do Catequista, vol. único – Mons. Álvaro Negromonte
• Meu catecismo, vol. 1 – Mons. Álvaro Negromonte
• Meu catecismo, vol. 2 – Mons. Álvaro Negromonte
• Meu catecismo, vol. 3 – Mons. Álvaro Negromonte
• Meu catecismo, vol. 4 – Mons. Álvaro Negromonte
• Preparação para a Primeira Comunhão – Mons. Álvaro Negro-
monte
• Pequeno Tratado de Pedagogia – Abade Jean Viollet