Apostila de Feridas e Curativos
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Apostila de
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Conteúdos
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE PROTOCOLOS
Funções da pele Sistema RYB
Anexos da pele TIME
Epiderme Escala Push
Derme
Hipoderme
Filetes nervosos
COBERTURAS
Hidrogel
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO Alginato de cálcio
filme transparente
Fase inflamatória hidrocoloide extrafino
Fase proliferativa papaína
Fase de maturação Gaze não aderente impregnada de petrolato
Tipos de cicatrização Gaze não aderente impregnada de parafina
Fatores adversos à cicatrização Gaze não aderente e não impregnada
Apósito absorvente
CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Sulfadiazina de prata
Feridas
Causa REGISTRO DA EVOLUÇÃO DAS FERIDAS
Conteúdo microbiano
Tempo de duração e origem
Tipo de cicatrização
Localização
Grau de abertura
Exsudato
Tempo de duração
Tipo de tecido
Pele perilesão
TIPOS DE TECIDOS Curativo
Dor ou queixas
Esfacelo
Dimensão
Necrose
Tipo de ferida
Tecido de granulação
Tecido de epitalização
LIMPEZA E CURATIVOS
AVALIAÇÃO DA FERIDA Objetivos
Princípios básicos para a realização de
Extensão
curativos
Profundidade
Etapas
Deslocamento
Localização
Edema TÉCNICA DE CURATIVOS
Tipos de tecido
Feridas cirúrgicas
Exsudato
Feridas crônicas
Dor
Técnica para confecção do curativo
Bordas da ferida
TRATAMENTO DA FERIDA
Condições clínicas
Dor
Desbridamento
tegumentar
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ANATOMIA E FISIOLOGIA
Hipoderme
Localizada abaixo da derme. Funciona como
isolante térmico e mecânico, depósito de calorias
e ainda favorece a mobilidade da pele sobre os
músculos. É considerada um importante local de
produção e conversão hormonal.
A ligação entre a derme e a hipoderme é feita
por fibras de elastina e colágeno.
Funções da hipoderme
Reserva de energia - o tecido adiposo
armazena energia que pode ser utilizada pelo
corpo em momentos de necessidade (em
casos de jejum prologado, por exemplo).
Defesa contra choques físicos - protege os
órgãos e ossos, servindo para "acolchoar"
essas estruturas e amortecer contra
traumas físicos.
Isolante térmico - a camada de tecido
subcutâneo contribui para regular a
temperatura corporal.
Conexão - a hipoderme conecta a derme aos
músculos e ossos. Portanto, é responsável
por fixar a pele a estruturas adjacentes.
Cicatrização
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FISIOLOGIA DA
Granulação
Fase inflamatória Última etapa. A característica dessa fase é a
Se inicia no exato momento da lesão e dura formação do tecido de granulação, que é
cerca de três dias. Caracterizada pela presença composto basicamente pelos neo-vasos,
de exsudato. Nesse período ocorre a ativação do fibroblastos, macrófagos e colágeno frouxo. O
sistema de coagulação sanguínea e a liberação de tecido é vermelho, com muitos espaços vazios e
mediadores químicos, podendo haver edema, granular.
vermelhidão e dor.
Fase proliferativa
É a fase da regeneração, pode durar de 5 a 20
dias. Ocorre a proliferação de fibroblastos, que
dão origem ao processo chamado “fibroplasia”.
Nesse período, as células endoteliais se
proliferam, resultando em rica vascularização e
Tipos de cicatrização
infiltração de macrófagos.
Primeira intenção
Epitelização
É feito a junção dos bordos da lesão por meio de
É a proliferação celular basal e migração das
sutura ou aproximação.
células epiteliais na ponte de fibrina, que
Cicatriza em média em 10 dias.
rejuvenesce a derme. Nas primeiras 24 a 36
Perda tecidual mínima.
horas, para que a ferida seja recoberta, há a
proliferação de células do epitélio.
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Segunda intenção
Perda acentuada de tecido, por isso, não é
possível realizar a junção dos bordos.
Resposta inflamatória bastante evidente.
Terceira intenção
Processo que envolve limpeza, debridamento e
formação de tecido de granulação saudável para
posterior aproximação das bordas.
A ferida fica aberta enquanto estiver com uma
infecção real.
Fatores locais
Infecção;
Isquemia;
Necrose;
Corpos estranhos;
Agentes irritantes;
Lesão muito extensa.
Cicatrização
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FASES DA
Fase inflamatória
Duração: 1 a 4 dias
Características:
Presença de exsudato, edema,
vermelhidão e dor.
Fase proliferativa
Duração: 5 a 20 dias
Características:
Formação do tecido de granulação.
Fase de maturação
Características:
O tom da pele nova passa de
vermelho escuro para rosa claro.
CLASSIFICAÇÃO DAS
Contaminadas
Feridas que permaneceram abertas por mais de
Qualquer lesão no tecido
6 horas entre o trauma e o atendimento. Pode
epitelial, mucosas ou órgãos
ocorrer invasão de microbiota bacteriana, mas
com prejuízo de suas funções
não ao ponto de causar infecção.
básicas.
Infectadas
As feridas podem ser classificadas quanto à
Feridas com presença de agente infeccioso no
causa, o conteúdo microbiano, ao tipo de
local e com evidência de intensa reação
cicatrização, ao grau de abertura e ao tempo de
inflamatória e destruição de tecidos, podendo
duração.
conter pus.
Crônicas
Feridas que têm um tempo de cicatrização maior
que o esperado devido a sua etiologia.
Tecidos
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TIPOS DE
Tecido de epitalização
necrose
Tecido novo que é formado com o
Morte da célula ou de parte de um tecido. processo de cicatrização, com coloração
rosada.
Liquefativa: amarelada.
Coagulativa: enegrecida.
Feridas
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TRATAMENTO DAS
dor
A dor pode ser classificada como: dor local, dor Desbridamento mecânico
ocasional, dor produzida durante o curativo e a Aplicação de força mecânica diretamente no
dor relacionada aos procedimentos cirúrgicos. tecido necrótico, para facilitar a sua remoção.
Dor local
Desbridamento enzimático
É a dor que o paciente sente mesmo sem haver
Aplicação tópica de enzimas desbridantes
manipulação da ferida. Pode ser contínua ou
diretamente no tecido necrótico. A escolha da
intermitente.
enzima depende do tipo de tecido existente.
Ex: papaína.
Dor ocasional
Está relacionada com as atividades cotidianas,
Desbridamento autolítico
como deambulação, tosse ou deslizamento da
cobertura sobre a ferida. Utiliza as enzimas do próprio corpo para a
destruição do tecido desvitalizado.
Dor produzida
Ocorre durante o curativo ou procedimentos
básicos e rotina, como troca de cobertura e
limpeza.
Protocolos
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Indicação
Remoção de crostas e tecidos desvitalizados de
feridas abertas. Feridas com necrose ou
esfacelo.
Contraindicação
Pele íntegra, ferida operatória fechada e
feridas muito exsudativas.
filme transparente
Comporto por: filme de poliuretano.
Ação
Proporciona meio úmido e favorece a
cicatrização.
Indicação
Proteção de proeminências ósseas e como
cobertura secundária em curativos oclusivos.
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Contraindicação papaína
Aplicação direta em feridas abertas e feridas Complexo de enzimas proteolíticas retiradas do
muito exsudativas. látex do mamão papaia (Carica papaia).
Composto por: papaína 8g + ureia 10g + creme
lanette 100g.
Ação
Provoca dissociação das moléculas de proteína,
resultando em desbridamento químico. É
bactericida e bacteriostático. Estimula a força
tênsil das cicatrizes. Acelera o processo de
cicatrização.
Indicação
Tratamento de feridas abertas não infectadas e
pouco exsudativas.
Contraindicação
Feridas infectadas, cavitárias e muito
exsudativas.
Gaze não aderente impregnada de
petrolato
Tecido em malha de acetato de celulose e
impregnado de petrolato.
Ação
Protege a ferida. Preserva o tecido de
granulação. Evita aderência ao leito da ferida.
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Contraindicação
Ação
Feridas com secreção purulenta.
Protege a ferida. Preserva o tecido de
granulação. Evita aderência ao leito da ferida.
Indicação
Necessidade de evitar a aderência do curativo
ao leito da ferida. Cobertura primária na ferida
aberta.
Contraindicação
Feridas com secreção purulenta e com muito
exsudato e feridas fechadas.
Gaze não aderente impregnada de
parafina
Curativo estéril de gaze parafinado.
Ação
Protege e conforta a ferida, permitindo a livre
passagem do exsudato para o curativo
secundário.
Ação
Tem baixa aderência e alta absorção. É
confortável e minimiza a dor na hora da troca.
Indicação
Feridas em que é preciso evitar a aderência do
curativo.
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Contraindicação
Feridas com secreção purulenta.
Sulfadiazina de prata
Cobertura de sulfadiazina de prata a 1%, com
ação bactericida, bacteriostática e fungicida
pela liberação de íons prata que levam à
precipitação de proteínas.
Indicação
Prevenção de colonização e tratamento de
queimadura.
Contraindicação
Uso prolongado.
Limpeza e curativos
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PRINCÍPIOS BÁSICOS
curativo limpeza
A limpeza deve ser feita a cada troca de
curativo primário, com soro fisiológico a 0,9%,
utilizando jatos com seringa e agulha ou com o
frasco de soro perfurado com agulha 40x12.
Curativo
Procedimento de O processo de limpeza é fundamental para a
limpeza e cobertura
reparação tecidual. Portanto, não há reparação
de uma lesão
enquanto existir agentes inflamatórios no leito
da ferida. É necessário utilizar soluções (como
soro fisiológico) para lavar e remover
microrganismos, células mortas, exsudatos e
Objetivos corpos estranhos da superfície da lesão. Quando
o conteúdo estranho não puder ser removido
Limpar a ferida;
apenas com a lavagem simples da ferida, deve-se
Proteger de traumatismo mecânico;
realizar o desbridamento.
Prevenir contaminação exógena;
Absorver exsudação;
Minimizar acúmulo de fluídos;
Imobilizar.
Etapas
1. Limpeza
2. Desbridamento
3. Curativo (uso de cobertura)
Curativos
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TÉCNICA DE
Ferida contaminada ou
colonizada –
limpeza de fora para den
tro.
Curativo com manutençã
o do meio
ÚMIDO.