Matemática Paiva 01 (Ensino Médio 2012) Manoel Paiva

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Manoel Paiva

Licenciado em Matemática pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Santo André.


Mestre em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Professor em escolas particulares por 29 anos.

Matemática
Paiva
Volume

1
Componente curricular: Matemática

MANUAL DO PROFESSOR

1a edição

São Paulo, 2009

PNLEM_Iniciais_v1.indd 1 10.03.10 16:46:20


Título original: Matemática Paiva
© Manoel Paiva 2009

Coordenação editorial: Juliane Matsubara Barroso


Edição de texto: Ana Paula Souza Nani, Débora Regina Yogui, Fabio Jun Fujikawa
Kawakami, Willian Raphael Silva
Assistência editorial: Priscila Mayumi Haseyama
Leitura crítica: Nilza Eigenheer Bertoni
Preparação de texto: Denise de Almeida
Coordenação de design e projetos visuais: Sandra Botelho de Carvalho Homma
Projeto gráfico: Alexandre Gusmão
Capa: Everson de Paula
Foto de capa: © Chase Swift / Corbis – Latinstock
Coordenação de produção gráfica: André Monteiro, Maria de Lourdes Rodrigues
Coordenação de arte: Maria Lucia F. Couto
Edição de arte: Elaine Cristina da Silva
Editoração eletrônica: Formato Comunicação Ltda.
Coordenação de revisão: Elaine Cristina del Nero
Revisão: Afonso N. Lopes, Nancy H. Dias, Renato Luís Tresolavy, Viviane T. Mendes
Coordenação de pesquisa iconográfica: Ana Lucia Soares
Pesquisa iconográfica: Ana Claudia Fernandes, Camila D’Angelo,
Leonardo de Sousa Klein, Marcia Sato
Coordenação de bureau: Américo Jesus

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Tratamento de imagens: Pix Art
Pré-impressão: Everton L. de Oliveira, Helio P. de Souza Filho,
Marcio Hideyuki Kamoto
Coordenação de produção industrial: Wilson Aparecido Troque
Impressão e acabamento:

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Paiva, Manoel
Matemática – Paiva / Manoel Paiva. —
1. ed. — São Paulo : Moderna, 2009.

Bibliografia.

1. Matemática (Ensino médio) I. Título.

09-05969 CDD-510.7

Índice para catálogo sistemático:


1. Matemática : Ensino médio 510.7

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados
EDITORA MODERNA LTDA.
Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho
São Paulo – SP – Brasil – CEP 03303-904
Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510
Fax (0_ _11) 2790-1501
www.moderna.com.br
2010
Impresso no Brasil

1 3 5 7 9 10 8 6 4 2

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Conheça seu livro

Este livro foi elaborado para oferecer, de forma clara e objetiva,


conteúdos matemáticos fundamentais para o Ensino Médio.

Exercícios propostos
3 Sistemas de equações polinomiais

CAPÍTULO Geometria plana: do 1Y grau


1 Construa o gráfico de cada uma das funções: 5 A relação entre as me- y (°F)

3
a) y  2x  4 d) y  5x didas de temperaturas,

triângulos e proporcionalidade
x 212
b) y  2x  4 e) y  1 na escala Celsius (°C) e
Um terreno retangular tem 80 m de perímetro, de modo que o comprimento tem 20 m a 3 na escala Fahrenheit
mais que a largura. Quais são as dimensões desse terreno? c) y  5x
(°F), está representada

FAUSTINO
Para resolvermos problemas como esse, podemos equacioná-los com uma ou mais incógnitas. no gráfico ao lado.
2 O gráfico da função y
Equacionando com uma única incógnita Equacionando com duas incógnitas a) Obtenha a equação

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
y  ax  b é o apresen- 3
Indicando por x a medida da largura do re- Indicando por x e y as medidas, em metro, tado ao lado. que expressa a medi-
tângulo, em metro, temos que a medida do da largura e do comprimento do terreno, res- Determine: da y da temperatura, 32
1
comprimento é x  20. pectivamente, temos: a) os valores de a e b em grau Fahrenheit,
0 100 x (°C)
em função da medida

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
y b) a raiz da função. 0 1 x
x  20 x, em grau Celsius.
x x b) Determine a medida da temperatura, em grau
x x 3 O preço unitário y, em y
r Celsius, que corresponde a 4 °F.
y real, de um produto 100
x  20 diminui de acordo com 6 (Cesgranrio-RJ) Sabe-se que o valor de um carro
Assim, equacionando as informações do pro- a quantidade x de uni- novo é R$ 9.000,00 e, com quatro anos de uso, pas-
É dado que o perímetro do terreno é 80 m; blema, obtemos duas equações e duas incógnitas: dades compradas. Para sa a ser R$ 4.000,00. Supondo que o preço caia com
assim, temos a equação: 1  x  50, os pontos
ª­2x  2y  80 40 o tempo, segundo uma linha reta, o valor de um
« (x, y) pertencem à reta r carro com um ano de uso é:
(x  20)  (x  20)  x x  80, ¬­y   x  20

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representada ao lado. a) R$ 8.250,00 d) R$ 7.500,00
que é equivalente a 4x  40  80, da qual Essas duas equações polinomiais do 1Y grau, Comprando-se 40 uni- b) R$ 8.000,00 e) R$ 7.000,00
obtemos x  10. Assim, concluímos que o ter- por conterem as mesmas incógnitas x e y, for- dades desse produto, o 0 20 4050 x c) R$ 7.750,00
reno tem 30 m de comprimento por 10 m de mam um sistema de equações do 1Y grau preço unitário será:
CHRIS GARRET/GETTY IMAGES

largura. com duas incógnitas. a) R$ 60,00 d) R$ 72,00 7 Um vendedor recebe, a título de rendimento men-
b) R$ 68,00 e) R$ 74,00 sal, um valor fixo de R$ 160,00 mais um adicional
Dentre os vários métodos de resolução desse tipo de sistema, estudados no Ensino Fundamental, c) R$ 70,00 de 2% das vendas efetuadas por ele no mês.
vamos revisar os métodos da adição e da substituição, nos exercícios resolvidos R.6 e R.7, a seguir.
Com base nisso:
4 (Enem) Uma pesquisa da ONU estima que, já em a) construa uma tabela para apresentar os rendi-
2008, pela primeira vez na história das civilizações, a mentos mensais desse vendedor nos meses de
Exercícios resolvidos maioria das pessoas viverá na zona urbana. O gráfico a abril a junho. Sabe-se que em abril a venda foi de
BE
TO
CE
seguir mostra o crescimento da população urbana R$ 8.350,00, em maio de R$ 10.200,00 e em junho
LL
I desde 1950, quando essa população era de 700 milhões de k reais;
R.6 Resolver o sistema de equações nas incógnitas a e b. R.7 Um cliente de um banco fez um
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de pessoas, e apresenta uma previsão para 2030, basea- b) dê uma equação que expressa o rendimento men-
saque de R$ 1.200,00 em notas de da em crescimento linear no período de 2008 a 2030.
ª 3 a  2b  4 sal y desse vendedor em função do valor x de suas
« 10 reais e de 20 reais, num total de 73 notas.
¬ 5a  7b  3 Quantas notas de 10 reais ele sacou? vendas mensais e construa o gráfico dessa função.
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Cresce a população urbana no mundo


Resolução c) Calcule a taxa média de variação de y em relação
Aplicando o método da adição, podemos proceder Resolução 5,0 (em bilhões de pessoas) previsão 5,0
a x, quando este varia de R$ 500,00 a R$ 1.000,00.
da seguinte maneira: Indicando por x e y as quantidades de notas de 10 e
de 20 reais, respectivamente, as informações desse 4,0
u Multiplicam-se os dois membros da primeira equa- 3,5 8 Uma correia liga duas polias com 4 cm e 12 cm de
ção por 5 e os dois membros da segunda por 3, enunciado podem ser representadas pelo sistema: 2,9 raio.

FAUSTINO
3,0
obtendo, assim, coeficientes opostos na incógnita a: 2,3
ªx  y  73

TRYPOSA HO/ALAMY/OTHER IMAGES


ª 15a  10 b  20 « 2,0 1,7

Além da teoria ¬10x  20y


« 20  1.200 1,3
¬15a
15a  21b  9 1,0
Aplicando o método da substituição, vamos isolar a 0,7
u Adicionam-se, membro a membro, as duas equa-
incógnita x na primeira equação, obtendo:
ções do sistema, obtendo-se: 0
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030
11b  11 e, portanto, b  1 ªx  73  y (I)
Para medir a largura de um rio, em um trecho de margens parale- u Substitui-se b por 1 em qualquer equação do «
¬10x  20y
20  1.200 (II) Almanaque Abril. 2008. p. 128 (com adaptações)
las, um topógrafo fixou dois pontos, A e B, um em cada margem, sistema, por exemplo, em 3a  2b  4:
De acordo com o gráfico, a população urbana mun-
4 B é perpendicular às margens. A seguir, caminhou 3a  2  (1)  4 œ a  2 Substituindo (I) em (II), temos: a) Escreva uma equação que expresse o número
de modo que A O conjunto solução do sistema é: S  {(2, 1)} 10(73  y)  20y  1.200 œ
dial em 2020 corresponderá, aproximadamente, a y de voltas da polia maior em função do nú-

4 B, até um pon-
quantos bilhões de pessoas? mero x de voltas da polia menor.
70 m, a partir de um ponto A, perpendicularmente a A œ730  10y  20y  1.200 a) 4,00 d) 4,25 b) Construa o gráfico da função do item a para
to C tal que a medida do ângulo A CB é 45°. Qual é a largura do rio?
A menos que se especifique o contrário, obede-
ceremos à ordem alfabética das incógnitas no par
; 10y  470 œ x  47 b) 4,10 e) 4,50 0  x  5.
ordenado que é solução do sistema. Concluímos, então, que o cliente sacou 47 notas de c) 4,15 c) A função do item a é linear? Por quê?
10 reais.
B 70 m Resolva as questões 1 e 2 do Roteiro de trabalho.

Temas básicos da Álgebra e matemática financeira Capítulo 2 45


120 Capítulo 6 Função polinomial do 1Y grau ou função afim
FAUSTINO

A
A
70 m
45°
A teoria vem acompanhada dos Em todos os capítulos, entremea-
C

exercícios resolvidos, cujo dos aos conteúdos, os exercícios


Neste capítulo você irá revisar alguns conceitos da
Geometria plana e, com isso, poderá resolver este e desenvolvimento ajuda na com- propostos objetivam verificar
outros problemas.
preensão dos conceitos. o aprendizado, trazendo uma
aplicação mais imediata dos con-
O rio Amazonas é o mais extenso do planeta, com 6.992 km. O trecho mais largo do Amazonas, não
teúdos além de algumas conexões
com o cotidiano.
intercalado por ilhas e fora do estuário, tem 13 km de largura. Durante as cheias, o rio pode alcançar,
em determinados trechos, cerca de 40 a 50 km de largura. O trecho mais estreito do rio, em território
brasileiro, tem cerca de 2.600 m de largura. (2003)

58 Capítulo 3 Geometria plana: triângulos e proporcionalidade

A proposta da página de abertura, que tem


Roteiro de trabalho

1 Em duplas, expliquem, com suas próprias palavras: 2 Reúna-se em grupo para realizar as tarefas sugeridas Matemática sem fronteiras
a) o que é uma equação polinomial do 1I grau; nos itens abaixo. Vocês poderão usar jornais e revistas

por objetivo estimular a reflexão sobre um pro-


b) o que é o conjunto solução de uma equação; para ilustrar as situações.
c) o que é uma inequação polinomial do 1I grau; a) Expliquem o significado do símbolo x% para qual-
d) o que é uma equação polinomial do 2I grau;
e) sob que condição a equação ax2  bx  c  0, com
quer número real x.
b) Escolham situações do dia a dia nas quais esteja
O efeito estufa
{a, b, c} ! e a p0:

blema contextualizado, traz questões para avaliar


presente o conceito de porcentagem.
c) Escolham situações do dia a dia nas quais esteja
u possui duas raízes reais?
presente o conceito de juro simples.
u possui duas raízes reais distintas? d) Escolham situações do dia a dia nas quais esteja
presente o conceito de juro composto.

seus conhecimentos prévios e ainda questões-


u possui duas raízes reais iguais?
e) Expliquem a diferença entre juro simples e juro
u não possui raízes reais? composto.

-desafio, que poderão ser resolvidas após o Exercícios complementares

1 Desde o instante em que inicia a entrada em um túnel a) Se um comprador adquirir toda a produção, quanto pa-

estudo do capítulo.
até o instante em que sai inteiramente desse túnel, um gará por pneu e quanto pagará por toda a produção?
trem percorre 780 m. Sabendo que o comprimento do b) Se um comprador adquirir um lote de 30 pneus,
túnel tem 260 m a mais do que o triplo do compri- quanto pagará por pneu e quanto pagará por todo
mento do trem, calcule o comprimento do trem. o lote? Nas décadas de 1970 e 1980, o município de Cubatão (aqui, em foto de 1983), onde se localiza um dos principais polos industriais do Brasil, foi
c) Se um comprador adquirir um lote de pneus por considerado um dos mais poluídos do mundo. Após a realização de estudos, foi implantado um plano de recuperação ambiental que vem
R$ 1.500,00, qual será o preço pago por pneu? reduzindo ano a ano a emissão de gases poluentes.

6 O economista norte-americano James Tobin, ganhador


do prêmio Nobel de Economia em 1981, propôs, em Efeito estufa é o nome dado à retenção de calor na Terra possibilitada pelaelaa
el
1972, uma taxação de 0,1% sobre as transações finan- concentração de diversos gases na atmosfera. Graças a esse fenômeno, a tempe- e-
ceiras especulativas internacionais. O dinheiro assim ratura média na superfície da Terra se mantém em torno dos 16 °C. Sem isso, a
recolhido serviria para criar um fundo internacional temperatura média na superfície do planeta seria de �18 °C (dezoito graus abaixoxo
de zero). Logo, o efeito estufa é fundamental para a existência de vida na Terra..
para ajudar no combate à pobreza. Estudos realizados
Quando se alerta para os riscos do efeito estufa, o que está em discussão é a
no ano de 2002 estimam que as transações financeiras
ação do homem na intensificação desse efeito. Estudos têm mostrado que as
especulativas movimentam 1,5 trilhão de dólares ao dia indústrias, as queimadas, os automóveis etc. liberam na atmosfera, anualmente, te,
útil. Considerando que o ano é formado por 52 sema- cerca de 23 bilhões de toneladas de gases que aumentam de forma notável o
nas de cinco dias úteis cada uma, calcule o montante efeito estufa. Se as emissões desses gases não diminuírem, a quantidade deles es
2 Uma herança foi dividida entre a viúva, a filha, o filho anual, em dólar, que poderia ser recolhido com essa ta- presente na atmosfera pode triplicar em cem anos.
e o cozinheiro. A filha e o filho ficaram com a metade, xação, se a proposta de Tobin fosse adotada. De acordo com a Cetesb (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental), l),
distribuída na proporção de 4 para 3, respectivamen- há quase consenso entre os cientistas de que o resultado mais direto das mudan- n-
te. A viúva ganhou o dobro do que coube ao filho, e o Alunos de escola primária ças climáticas seja o aumento da temperatura do planeta em até 5,8 °C ao final nal
em Ogulagha, Nigéria desses cem anos.
cozinheiro R$ 500,00. Calcule o valor da herança.
(2006). Embora a Nigéria Essa previsão científica é fundamentada em equações matemáticas que expres-es-
seja um dos maiores sam a variação média da temperatura em função do tempo.
3 (PUC-RJ) A organizadora de uma festa observa que,
produtores de petróleo do
se sentasse os convidados em mesa de três lugares,
mundo, o país tem um dos
sobrariam vinte convidados sem lugar. Usando o mais baixos IDH (Índice de
mesmo número de mesas com quatro em vez de três Desenvolvimento Os gases formam uma camada ao redor
lugares, sobrariam três convidados sem lugar. Qual o Humano): é o 158Y entre Atividades da Terra, impedindo que parte do calor
número de convidados? os 182 países e territórios escape da atmosfera.
classificados. 1 Supondo que a temperatura média atual da Terra seja de 16 °C, e que a tempe-
4 (FEI-SP) Em um colégio, no período da manhã, estu- ratura aumente, em média, 0,058 °C ao ano, obtenha uma equação que expresse
dam 420 alunos em n salas com n  1 alunos por sala. a temperatura f (t), em grau Celsius, em função do tempo t, em ano.
7 (Enem) Para se obter 1,5 kg do dióxido de urânio
Determine o número n.
puro, matéria-prima para a produção de combustível
nuclear, é necessário extrair-se e tratar-se 1,0 tonela- 2 Aplicando a equação obtida na atividade anterior, qual seria a temperatura
5 Para vender sua produção de 100 pneus, um empre-
da de minério. Assim o rendimento (em %) do trata- do planeta daqui a cem anos?
sário estabeleceu que o preço por pneu depende da
quantidade adquirida pelo comprador, ou seja, para mento do minério até chegar ao dióxido de urânio
puro é de: 3 De acordo com o texto e com informações veiculadas em jornais, revistas e
cada x unidades vendidas, o preço unitário, em real,
x a) 0,10% c) 0,20% e) 2,0% na televisão, como podemos ajudar a reduzir a emissão dos gases causadores
é 40  . do efeito estufa?
5 b) 0,15% d) 1,5%

Temas básicos da Álgebra e matemática financeira Capítulo 2 55


A linguagem das funções Capítulo 4 99

Ao final de cada capítulo, o A seção Matemática sem


roteiro de trabalho apresenta fronteiras traz textos inte-
questões que estimulam os ressantes, com situações que
alunos a argumentar, questionar aplicam os conceitos trabalha-
e sintetizar os principais dos no capítulo.
conceitos tratados no capítulo.
Para finalizar, há os exercícios
complementares que oferecem
questões de aprofundamento dos
assuntos abordados.

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Sumário

CAPÍTULO Uma introdução à CAPÍTULO

1 linguagem dos conjuntos 6 4 A linguagem das funções 80

1. A Matemática é concebida entre quatro paredes? 7 1. Sistemas de coordenadas 81


2. Conceitos primitivos 7 2. O conceito de função 83
3. Representação de um conjunto 8 3. Formas de representação de uma função 86
4. Conjunto unitário e conjunto vazio 9 4. Imagem de x pela função f 89
5. Conjunto finito e conjunto infinito 9 5. Análise gráfica 93
6. Subconjunto 10 Exercícios complementares 96
7. Igualdade de conjuntos 11
8. Conjunto universo 11

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
9. Operações entre conjuntos 13
10. Conjunto diferença 16
CAPÍTULO Função real de variável real
11. Conjunto complementar 18 5 e inversão de funções 100
12. Problemas sobre quantidades de elementos de
1. Função real de variável real 101
conjuntos finitos 20
2. Zero (ou raiz) de uma função 103
13. Conjuntos numéricos 23
14. O eixo real 33 3. Variação de uma função 105
Exercícios complementares 36 4. Funções inversas 108
Exercícios complementares 112

CAPÍTULO Temas básicos da Álgebra e


2 matemática financeira 40 CAPÍTULO Função polinomial do
6 1‚ grau ou função afim 116
1. Equações polinomiais do 1‚ grau 41
2. Inequações polinomiais do 1‚ grau 43 1. A função afim 117
3. Sistemas de equações polinomiais do 1‚ grau 45 2. Gráfico da função afim 118
4. Equações polinomiais do 2‚ grau 46 3. Funções definidas por mais de uma sentença 126
5. Matemática financeira 49 4. Variação de sinal da função afim 128
Exercícios complementares 55
5. Inequação-produto 130
6. Inequação-quociente 131
Exercícios complementares 132
CAPÍTULO Geometria plana: triângulos e
3 proporcionalidade 58

1. As origens da Geometria 59 CAPÍTULO


Função polinomial do 2‚ grau
2. Polígonos 60 7 ou função quadrática 135
3. Triângulos 61
4. Propriedades dos triângulos 65 1. A função quadrática 136
5. Teorema de Tales 67 2. Gráfico da função quadrática 136
6. Semelhança de figuras planas 69 3. Máximo e mínimo da função quadrática 142
7. Semelhança de triângulos 69 4. Variação de sinal da função quadrática 145
8. Relações métricas no triângulo retângulo 73 5. Inequações polinomiais do 2‚ grau 147
Exercícios complementares 77 Exercícios complementares 150

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CAPÍTULO CAPÍTULO

8 Função modular 154 10 Função logarítmica 188

1. Distância entre dois pontos do eixo real 155 1. Os fundamentos da teoria dos logaritmos 189
2. Módulo, equações e inequações modulares 155 2. O conceito de logaritmo 189
3. Função modular 163 3. Função logarítmica 198
Exercícios complementares 166 4. Equações logarítmicas 202
5. Inequações logarítmicas 205
Exercícios complementares 208
CAPÍTULO

9 Função exponencial 168


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CAPÍTULO

1. Introdução 169
11 Sequências 212

2. Potenciação e radiciação 170 1. O conceito de sequência 213


3. A função exponencial 177 2. Lei de formação de uma sequência 215
4. Equação exponencial 181 3. Progressão aritmética 217
5. Inequação exponencial 182 4. Progressão geométrica 227
Exercícios complementares 184 Exercícios complementares 238

Indicação de leituras complementares 240

Respostas 241

Lista de siglas 255

Bibliografia 256

PNLEM_Iniciais_v1.indd 5 4/20/10 2:39:21 PM


CAPÍTULO Uma introdução à linguagem

1
dos conjuntos
CARLos CAsAes/AGÊnCiA
A tARde/AGÊnCiA estAdo

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Além da teoria

Um funcionário do departamento de seleção de pessoal de uma indústria


automobilística, analisando o currículo de 47 candidatos, concluiu que apenas
3 deles nunca trabalharam em montagem ou pintura, 32 já trabalharam em
montagem, e 17 já trabalharam nos dois setores.

De acordo com essas informações, quantos desses candidatos já trabalharam


apenas em pintura de automóveis? 12 candidatos
Quantos candidatos não têm experiência em pintura de automóveis?
18 candidatos
Quantos candidatos não têm experiência em nenhum dos dois setores?
3 candidatos

Com os conteúdos deste capítulo, você aprenderá o que são conjuntos


e como são representados, e poderá resolver problemas como este,
Trabalhador na linha de montagem
que envolvem quantidades de elementos de conjuntos finitos. em uma indústria automobilística no
complexo industrial de Camaçari, na
Bahia. (2009)

6 Capítulo 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos

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Comentar com os alunos que,

1 A Matemática é concebida entre


quatro paredes?
por convenção cartográfica,
todos os mapas devem ter a
rosa dos ventos, que indica a
orientação do mapa.

É comum a ideia de que a Matemática é uma ciência Magna Grécia: Eleia


totalmente abstrata, concebida à distância do mundo

ALessAndRo PAssos dA CostA


real. Essa visão é, no mínimo, discutível, pois não dá a MAR
ADR
I ÁT
dimensão exata da concepção matemática. De fato, ICO
Roma
tendo um lápis na mão e uma ideia na cabeça pode-se
MAR Magna
criar Matemática, porém grande parte dos temas de-
Grécia
senvolvidos nesse campo teve origem em noções desor- TIRRENO
ganizadas, resultantes da tentativa de resolver um pro- Eleia

blema prático ou de modelar fenômenos do mundo


físico ou ainda de outras motivações externas à própria
N
Matemática. A formalização só veio mais tarde. Por
O L
exemplo, desde a antiguidade grega, discute-se o con-
S
ceito de infinito, como se constata na proposição a se-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

114 km
guir, conhecida como paradoxo de Zenão (Zenão de
Eleia, cerca de 450 a.C.). Atlas da história do mundo. São Paulo: Folha de S.Paulo, 1995.

Aquiles aposta corrida com uma tartaruga, que inicia a contenda com a vantagem de certa dis-
tância à frente de Aquiles. Por mais que corra, o jovem jamais alcançará o animal, pois, quando A palavra “paradoxo”
chegar à posição de onde partiu a tartaruga, esta já terá percorrido determinado trecho e, quan- refere-se a uma ideia
do Aquiles percorrer esse trecho, o animal terá avançado mais um pouco. E o processo continua aparentemente ab-
surda, contraditória.
infinitamente, concluindo-se, então, que o poderoso guerreiro jamais alcançará a tartaruga.
seRRALHeiRo

Por séculos especulou-se intuitivamente e conjeturou-se sobre a ideia de infinito. Ninguém


antes da década de 1870, contudo, foi capaz de elaborar uma conceituação rigorosa sobre tal
noção. Nessa década, o matemático George Cantor (1845-1918) e seu colega Richard Dedekind
ARQuiVo BettMAnn/
CoRBis/LAtinstoCK

(1831-1916) definiram e classificaram tipos diferentes de infinito. Para isso, utilizaram-se da nova
teoria criada por Cantor em 1872: a teoria dos conjuntos.
Além da definição rigorosa de infinito e de muitas outras contribuições, a teoria dos conjuntos
unificou a linguagem em todos os ramos da Matemática.

2 Conceitos primitivos
George Cantor
(foto, 1905).
Os conceitos que iniciam uma determinada teoria são aceitos sem definição, pois, não existin-
do ainda a teoria, não há como defini-los; por isso são chamados de conceitos primitivos. Na
teoria dos conjuntos esses conceitos são: conjunto, elemento de um conjunto e pertinên-
cia entre elemento e conjunto. A ideia de conjunto é a mesma de coleção, conforme mos-
tram os exemplos a seguir.

Uma introdução à linguagem dos conjuntos Capítulo 1 7

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 7 05.03.10 18:28:10


Exemplos
deLfiM MARtins/PuLsAR iMAGens

a) Uma coleção de revistas é um conjunto. Cada uma dessas revistas


é um elemento que pertence ao conjunto.

b) Os alunos de sua sala de aula formam um conjunto. Você é um


elemento que pertence a esse conjunto.

c) Na situação apresentada na abertura deste capítulo, podemos con-


siderar que os 47 candidatos a uma vaga formam um conjunto, em
que cada candidato é um elemento do conjunto.

d) Uma molécula de água é um conjunto formado por três átomos:


dois de hidrogênio e um de oxigênio (H2O).
Sala de aula de um colégio estadual em Rio Branco, no
Acre. (2008)

3 Representação de um conjunto

É usual dar nomes aos conjuntos usando letras maiúsculas (A, B, C, D etc.) e representar os
Na forma tabular, elementos por letras minúsculas (a, b, c, d etc.).
usa-se ponto e vírgu-
Destacamos a seguir as três formas fundamentais de representação de um conjunto.
la na separação de

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
números decimais,
como no exemplo c,
pois a vírgula poderia
Representação tabular
ser confundida com
a vírgula que separa A representação tabular de um conjunto é aquela em que os elementos são apresentados
as casas decimais de
entre chaves e separados por vírgula ou por ponto e vírgula.
cada número.
Exemplos
a) A 5 {a, e, i, o, u} b) B 5 {1, 2, 3, 4} c) C 5 {3,2; 4,5; 8,9}

u  A é lido como “u Note que, nos exemplos acima, u é elemento do conjunto A mas não é elemento do conjun-
pertence a A”. to B. Esses fatos são indicados, respectivamente, por:
u  B é lido como “u
não pertence a B”. uAeuB

Representação por um diagrama de Venn


A representação de um conjunto por um diagrama de Venn é aquela em que os elementos
são simbolizados por pontos interiores a uma região plana, delimitada por uma linha fechada que
não se entrelaça.

Exemplos
RePRodução

a) b)
a 1

e
2
fAustino

i
3
o
John Venn (1834-1923), 4
u
lógico e matemático
A B
britânico criador dos
diagramas de Venn
adotados pela matemática
moderna. Representação por uma propriedade
A representação de um conjunto A por meio de uma propriedade é aquela em que os ele-
mentos são descritos por uma propriedade que os determina. Representa-se o conjunto A por:
A 5 {x  x tem a propriedade p}
(lê-se: “A é o conjunto de todos os elementos x, tal que x tem a propriedade p”)

8 Capítulo 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 8 05.03.10 18:28:19


Exemplos
a) A  {x  x é país da América do Sul} b) B  {x  x é planeta do Sistema Solar}
propriedade p propriedade p

América do Sul

INTERNATIONAL ASTRONOMICAL UNION/NASA ASTRONOMY PICTURE


ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL

VENEZUELA
GUIANA
SURINAME
COLÔMBIA GUIANA FRANCESA (FRA)

EQUADOR

PERU

OCEANO BRASIL

PACÍFICO
BOLÍVIA

PARAGUAI

CHILE
ARGENTINA
URUGUAI
OCEANO
ATLÂNTICO
N

O L

S
1.180 km

Graça M. L. Ferreira. Atlas geográfico: espaço mundial. São


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Ilustração que representa o Sol e os planetas alinhados.


Paulo: Moderna, 2003.
Entenda bem: o conjunto A é formado por todos O conjunto B é formado por todos os planetas do Sis-
os países da América do Sul. tema Solar.
Se necessário, explicar que o
Sol e os planetas têm órbitas
diferentes, não se mantendo
alinhados. Os planetas do

4 Conjunto unitário e conjunto vazio Sistema Solar são: Mercúrio,


Vênus, Terra, Marte, Júpiter,
Saturno, Urano e Netuno.

Conjunto unitário é todo conjunto formado por um único elemento.

Exemplos
a) A  {5}
b) B  {x  x é estrela do sistema solar}  {Sol}

Conjunto vazio é aquele que não possui elemento algum. Representa-se o conjunto vazio
por  ou por { }.

Exemplos
a) A  {x  x é número e 0  x  5}  
b) B  {x  x é palavra proparoxítona não acentuada, em português}  { }

5 Conjunto finito e conjunto infinito

Um conjunto é finito se for vazio ou se contando seus elementos, um a um, chega-se ao


fim da contagem.

Exemplos
a) A  {a, b, c, d, e, f } Se achar conveniente, propor aos alunos a
leitura do texto "Conjunto finito e conjunto
b) B  {x  x é pessoa brasileira} infinito" no Suplemento com orientações para o
c) C   professor.

Uma introdução à linguagem dos conjuntos Capítulo 1 9

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 9 4/20/10 2:44:03 PM


Conjunto infinito é todo conjunto que não é finito.

Exemplos
a) Um importante conjunto infinito que vamos usar como referência adiante é o conjunto
dos números naturais: n 5 {0, 1, 2, 3, 4, ...}
b) Outro importante conjunto infinito que também será usado frequentemente como refe-
rência é o conjunto dos números inteiros: Ω 5 {..., 23, 22, 21, 0, 1, 2, 3, ...}

6 Subconjunto

Consideremos o conjunto B formado por todas as pessoas brasileiras. Com os elementos de B


podemos formar o conjunto H, de todos os homens brasileiros, e o conjunto M, de todas as mu-
lheres brasileiras. Dizemos que os conjuntos H e M são subconjuntos de B. Se um conjunto T de
pessoas possui como elemento pelo menos uma pessoa que não seja brasileira, dizemos que T
não é subconjunto de B. Indicamos esses fatos por:
H  B (lê-se: “H está contido em B”)
M  B (lê-se: “M está contido em B”)
T  B (lê-se: “T não está contido em B”)

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Dizer que um conjunto B é subconjunto de um conjunto A equivale a dizer que, se x é
elemento de B, então x é elemento de A.

Exemplos
a) {2, 5, 3}  {2, 5, 3, 8, 9}
b) {2, 5, 3}  {2, 5, 3}
c)
A

B
B�A
iLustRAções: fAustino

d) {2, 5, 3}  {2, 5, 7, 9}
e) Na situação apresentada na abertura do capítulo, o conjunto Y dos 32 candidatos que têm
experiência na linha de montagem é subconjunto do conjunto X dos 47 candidatos à vaga
na indústria automobilística.
X

Y�X

f) Sendo A o conjunto dos seres vivos, o conjunto B dos vegetais é um subconjunto de A.

Propriedades

O símbolo  é lido P1. O conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto.


“qualquer que seja”.
  A (A)

Pode-se justificar essa propriedade a partir das duas únicas possibilidades: ou   A ou   A.


Analisemos a primeira delas: se   A, então existe pelo menos um elemento que pertence ao
vazio e não pertence a A; mas isso é absurdo, pois o vazio não possui elemento algum. Assim, é
falso que   A, portanto é verdade que   A.

10 Capítulo 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 10 05.03.10 18:28:29


P2. Todo conjunto é subconjunto de si mesmo.
A  A (A)

Exemplos
a) {5, 4, 0}  {5, 4, 0} b)   

7 Igualdade de conjuntos

Observe que todo elemento do conjunto {1, 2, 3} também pertence ao conjunto {3, 2, 1} e
que todo elemento de {3, 2, 1} também pertence a {1, 2, 3}. Por isso, dizemos:

{1, 2, 3}  {3, 2, 1}

Dois conjuntos A e B são iguais (A  B) se, e somente se, A  B e B  A.


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Exemplos
a) {b, c, d, e}  {e, b, d, c} b)   

Notas:
1. Indicamos que dois conjuntos A e B não são iguais por A  B (lê-se: “A é diferente de B”).
2. Observe que {4, 5}  {4, 4, 4, 5, 5}, pois todo elemento do primeiro conjunto pertence ao
segundo e todo elemento do segundo pertence ao primeiro. Por isso, convencionamos
não repetir elementos em um conjunto.

8 Conjunto universo

Na linguagem cotidiana, usamos a palavra “universo” com vários significados. Um deles é o


de conjunto de seres ou ideias que, em determinada circunstância, é tomado como referência.
Por exemplo, o universo da Biologia é o conjunto dos seres vivos; o universo do Direito é o con-
junto de regras que disciplinam as relações em sociedade. Na Matemática, a palavra “universo”
assume significado semelhante.

Conjunto universo de um estudo, representado por U, é aquele ao qual pertencem


todos os elementos relacionados com esse estudo.

Exemplos
a) Quando estudamos métodos de contagem, o conjunto universo é
U  {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, ...}, ou seja, é o conjunto dos números que podem
resultar de uma contagem.
b) No estudo das figuras geométricas planas como conjuntos de pontos, o conjunto universo
é o plano.
c) No estudo das figuras geométricas espaciais como conjuntos de pontos, o conjunto uni-
verso é o espaço tridimensional.

Uma introdução à linguagem dos conjuntos Capítulo 1 11

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Exercício resolvido

R.1 Um automóvel é fabricado em três cores, azul, Resolução


vermelha e preta, e cinco modelos diferentes, 1, 2, a) A tabela informa que:
3, 4 e 5. A tabela mostra a disponibilidade de cor e • o modelo 1 está disponível apenas na cor
modelo desse automóvel em uma concessionária. vermelha;
• o modelo 2 está disponível apenas na cor azul;
Modelo • o modelo 3 está disponível apenas nas cores
1 2 3 4 5
Cor azul e vermelha;
Azul X X X • o modelo 4 está disponível nas três cores;
• o modelo 5 está disponível apenas na cor preta.
Vermelha X X X Assim, é possível montar o diagrama abaixo.
Preta X X A V
3
2 1
4

fAustino
a) Indicando por A, V e P os conjuntos de auto-
móveis nas cores azul, vermelha e preta, res-
pectivamente, representar por um diagrama 5
de Venn os modelos disponíveis em cada cor, P
nessa concessionária. b) Na tabela, as quadrículas disponíveis para as-
b) Se a concessionária apresentasse todos os mo- sinalar as disponibilidades formam 3 linhas e
delos nas três cores, quantas possibilidades de 5 colunas; logo, há 5 ? 3 possibilidades de esco-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
escolha teria um comprador? lha, isto é, 15 possibilidades de escolha.

6. • Resposta possível:
Represente, na forma tabular, o conjunto E, com E  n, que satisfaz as seguintes condições:
I. 10 é o menor número que pertence a E;
Exercícios propostos II. Se x pertence a E, então x 1 1 também pertence a E.

1 Represente, na forma tabular, os seguintes conjuntos: 5 Maurício trabalha na Bolsa de Valores e informa a
a) A 5 {x  Z | 23 < x < 3} três corretores, A, B e C, as oscilações do mercado
b) B 5 {x  Z | x2 5 9} 1. a) A 5 {{2
23, 22, 21, 0, 1, 2, 3}
de ações. Para se organizar, ele constrói diariamen-
b) B 5 {{2
23, 3}
c) C 5 {x  N | x2 5 9} c) C 5 {3} te um diagrama, como o mostrado a seguir, em que
d) D 5 {x  N | 9 < x , 100} d) D 5 {9, 10, 11, 12, ..., 98, 99} A, B e C representam os conjuntos de informações
e) E 5 {x  N | x . 54}
e) E 5 {55, 56, 57, 58, ...}
transmitidas aos corretores A, B e C, respectiva-
2. a) A 5 {..., 24, 23, 22, 21} (infinito)
b) B 5  (finito) mente. O diagrama descreve para quem as infor-
2 Classifique cada um dos conjuntos a seguir como mações 1, 2, 3, 4 e 5 foram transmitidas.
c) C 5 {0, 1, 2, 3, ...} 5 n (infinito)
finito ou infinito. d) D 5 {0} (finito)
a) A 5 {x  Z | x , 0} c) C 5 {x  N | 0 ? x 5 0} A B
b) B 5 {x  N | x , 0} d) D 5 {x  N | 0 ? x 5 x}
Corretor 1 2 5
5. Informação A B C
3 (Unirio-RJ) Sendo x e y números tais que 1 X
{1, 2, 3} 5 {1, x, y}, pode-se afirmar que: 2 X X C iLustRAções: fAustino
3
a) x 5 2 e y 5 3 d) x  2 3 X X X 4
4 X X
b) x 1 y 5 5 e) y  2 5 X
c) x , y alternativa b
Em vez de usar o diagrama, Maurício poderia orga-
nizar esses dados em uma tabela, em que, no cruza-
4 Observando o diagrama ao lado, classifique, no cader-
mento da linha (informação) com a coluna (corretor)
no, cada uma das afirmações como verdadeira ou falsa.
ele escreveria um X, indicando que tal informação já
I. 3  A Verdadeira
A B
foi transmitida a tal corretor. Construa essa tabela.
II. 3  A e 3  B Falsa 5
III. 3  A ou 3  B 6
8 6 Represente, na forma tabular, o conjunto E, com
Verdadeira
IV. 5  A ou 5  B
Verdadeira 9 E  N, que satisfaz as seguintes condições:
V. 5  A e 5  B Falsa I. 0  E E 5 n 5 {0, 1, 2, 3, 4, ...}
VI. {5, 8}  A Verdadeira 4 II. Se x  E, então x 1 1 também pertence a E.
VII. {5, 8}  B Verdadeira 3 • Junto com um colega, elabore um problema se-
VIII. {6, 8}  B Verdadeira melhante a este, cuja resposta seja o conjunto
IX. {8, 4, 9}  A Verdadeira infinito {10, 11, 12, 13, ...}.

Resolva a questão 1 do Roteiro de trabalho.

12 Capítulo 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos

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9 Operações entre conjuntos

União (ou reunião) de conjuntos


O departamento de Recursos Humanos de um centro de diagnósticos abriu inscrições para
um concurso, visando selecionar novos profissionais para a ampliação do quadro de funcionários
da empresa. Exige-se do candidato a formação em Medicina ou em Biologia.
Gustavo é formado apenas em Medicina, Rodrigo é formado apenas em Biologia, e Camila, em
Medicina e Biologia. Qual dos três pode se inscrever para o teste no centro de diagnósticos?
Os três preenchem os requisitos exigidos pela empresa, pois cada um deles é médico ou bió-
logo. Assim, os três podem se inscrever para a seleção.
Note que o conectivo “ou” nesse texto tem um sentido inclusivo, isto é, ele inclui no conjun-
to das pessoas que podem participar da seleção todas as que têm apenas uma das formações
exigidas e todas as que têm as duas formações exigidas.
O conectivo “ou”, com sentido inclusivo, é usado na definição de união (ou reunião) de con-
juntos, conforme segue:

A união de dois conjuntos, A e B, que indicaremos por A  B, é o conjunto cujos ele- A  B é lido como
“A união B ”.
mentos são todos aqueles que pertencem a A ou a B.
A  B 5 {x | x  A ou x  B}
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Exemplos
a) Sendo A 5 {7, 8, 9} e B 5 {10, 11}, temos: A  B 5 {7, 8, 9, 10, 11}
b) Sendo C 5 {7, 8, 9, 10} e D 5 {9, 10, 11, 12, 13}, temos: C  D 5 {7, 8, 9, 10, 11, 12, 13}
c) Sendo E 5 {4, 5, 6} e F 5 {2, 3, 4, 5, 6, 7}, temos: E  F 5 {2, 3, 4, 5, 6, 7}
d) A tabela a seguir mostra a distribuição das vitaminas A, D e K, em alguns alimentos:

Distribuição das vitaminas A, D e K


doRLinG KindeRsLeY/GettY iMAGes

em alguns alimentos
A D K Frutas, verduras e legumes exercem
Fígado X X X papel importante na alimentação,
Cenoura X pois são ricos em vitaminas, minerais
Óleo de peixe X e fibras. Regular o metabolismo e
Gema de ovo X contribuir para a formação de ossos e
Verdura X tecidos são algumas das principais
funções das vitaminas.
Dados obtidos em: <http://www.todabiologia.com>.
Acesso em: 24 ago. 2009.

Em relação ao universo dos alimentos dessa tabela, temos:


• Se S é o conjunto dos alimentos que contém a vitamina A, e T é o conjunto dos alimen-
tos que contém a vitamina D, então:
S  T 5 {fígado, cenoura, óleo de peixe, gema de ovo}
• Se M é o conjunto dos alimentos que contém a vitamina D ou a vitamina K, então M
é a reunião dos conjuntos que contém pelo menos uma dessas vitaminas, ou seja:
M 5 {fígado, óleo de peixe, gema de ovo, verdura}

Representação da união de conjuntos por diagramas de Venn

A
C F
iLustRAções: fAustino

B D E

Toda a região hachurada Toda a região hachurada Toda a região hachurada


representa A  B. representa C  D. representa E  F.

Uma introdução à linguagem dos conjuntos Capítulo 1 13

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 13 05.03.10 18:28:46


Propriedades da união de conjuntos

Sendo A, B e C conjuntos quaisquer, temos:

P1. Se B é subconjunto de A, então A  B 5 A; e, se A  B 5 A, então B é subconjunto de A.


Ou seja: B  A ⇔ A  B 5 A
P2.  A  B 5 B  A

P3.  (A  B)  C 5 A  (B  C )

Como consequência da propriedade P1, vem:   A 5 A e A  A 5 A


E como consequência da propriedade P3, a união de mais de dois conjuntos A1, A2, A3, ..., An
pode ser definida da seguinte maneira:

A1  A2  A3  ...  An 5 {x | x  A1 ou x  A2 ou x  A3 ou ... ou x  An }

Intersecção de conjuntos
Cláudio é cliente do Banco Albano e do Banco Belgrado. Considerando os conjuntos A, dos
clientes do Banco Albano, e B, dos clientes do Banco Belgrado, a qual dos dois conjuntos Cláudio
pertence?

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
É claro que Cláudio pertence aos dois conjuntos, pois o conectivo “e”, nesse caso, indica
simultaneidade, isto é, Cláudio é cliente dos dois bancos ao mesmo tempo.
O conectivo “e” com o sentido de simultaneidade é usado na definição de intersecção de
conjuntos:

A intersecção de dois conjuntos, A e B, que indicaremos por A  B, é o conjunto cujos


A  B é lido como elementos são todos aqueles que pertencem a A e a B.
“A intersecção B ”.
A  B 5 {x | x  A e x  B}
Se a intersecção entre os conjuntos A e B for o conjunto vazio, dizemos que A e B são
disjuntos.

Exemplos
a) Sendo A 5 {5, 6, 7, 8} e B 5 {7, 8, 9, 10}, temos: A  B 5 {7, 8}
Note que, no exem- b) Sendo C 5 {3, 4, 5} e D 5 {8, 9}, temos: C  D 5 
plo b, os conjuntos
C e D são disjuntos. c) Sendo E 5 {b, c, d, e} e F 5 {a, b, c, d, e, f }, temos: E  F 5 {b, c, d, e}
d) Retomando o exemplo da tabela de distribuição das vitaminas, da página 13, temos, no
universo dos alimentos apresentados na tabela, o conjunto dos alimentos que contêm as
vitaminas A e D é:

S  T 5 {fígado}

Representação da intersecção de conjuntos por diagramas


de Venn

C F
A
ilustrações: faustino

E
B D

Toda a região hachurada Os conjuntos C e D são Toda a região hachurada


representa A  B. disjuntos, isto é, C  D 5 . representa E  F.

14 Capítulo 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 14 05.03.10 18:28:50


7. a) A  B 5 {23, 22, 21, 0, 1, 2, 3}
Propriedades da intersecção de conjuntos b) A  B 5 {0, 1, 2}
c) A  D 5 {23, 22, 21, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
Sendo A, B e C conjuntos quaisquer, temos: d) A  D 5 
e) A  B  D 5 {23, 22, 21, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}

P1. Se B é subconjunto de A, então A  B 5 B; e, se A  B 5 B, então B é subconjunto de A.


Ou seja: B  A ⇔ A  B 5 B
P2. A  B 5 B  A

P3. (A  B)  C 5 A  (B  C )
10. A B

fAustino
12 1 11
Como consequência de P1, vem:   A 5  e A  A 5 A
3
2 7
E como consequência da propriedade P3, a intersecção de mais de dois conjuntos 5 8
A1, A2, A3, ..., An pode ser definida da seguinte maneira:
4 9
A1  A2  A3  ...  An 5 {x | x  A1 e x  A2 e x  A3 e ... e x  An} C

P4. Propriedade distributiva da inter- P5. Propriedade distributiva da união


secção em relação à união: em relação à intersecção:
A  (B  C ) 5 (A  B)  (A  C) A  (B  C) 5 (A  B)  (A  C)

7. f) A  B  C 5 {0, 1, 2}
g) A  B  C  D 5 
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

h) (A  D)  (B  C) 5 {21, 0, 1, 2, 3, 4}
Exercícios propostos i) (A  D)  (B  C) 5 {0, 1, 2, 3}

7 São dados os conjuntos: 11 (UFPR) O número de elementos de um conjunto


A 5 {x  Z | 24 , x < 2} finito X é indicado por n(X). Qual das afirmações a
B 5 {x  N | x < 3} 8. A B seguir é verdadeira para quaisquer conjuntos fini-
fAustino

C 5 {x  Z | 22 , x , 5} 3 2 tos A e B? alternativa d
D 5 {x  Z | 3 < x < 8}
9
5 a) n(A  B) . n(A  B)
8 b) n(A  B) . n(A) e n(A  B) . n(B)
Determine: c) n(A  B) 5 n(A) 1 n(B)
a) A  B f) ABC d) n(A  B) 5 n(A) 1 n(B ) 2 n(A  B)
b) A  B g) ABCD e) n(A  B) . 0
c) A  D h) (A  D)  (B  C)
d) A  D i) (A  D)  (B  C) 12 Para avaliar a quantidade de pessoas que se mantêm
PHotodisC/GettY iMAGes

e) A  B  D em postos de trabalho na população de uma peque-


na cidade, foi realizada uma pesquisa cujos resulta-
dos são apresentados na tabela a seguir.
8 Sabendo que A  B 5 {2, 5}, B 5 {2, 5, 9} e
A  B 5 {2, 3, 5, 8, 9}, represente os conjuntos A e Situação profissional da população
B por meio de um diagrama.
Empre- Desem- Apo- Apren-
gado pregado sentado diz
9 Cada um dos amigos, Igor, Carla, Tiago, Ja-
nice e Leandro, toca pelo menos um dos Sexo
10.100 1.500 200 2.000
masculino
instrumentos: piano ou violão ou saxofone.
Sexo
PHotodisC/GettY iMAGes

• Apenas Igor e Carla tocam os três instrumentos. 8.300 1.390 130 1.800
feminino
• Tiago toca piano e violão.
MusiC ALAn KinG/ALAMY/otHeR iMAGes

Dados fictícios
• Janice toca violão e saxofone. Em relação ao conjunto universo U das pessoas en-
• Leandro toca apenas piano. trevistadas nessa pesquisa, considere os conjuntos:
Nesse grupo de amigos, represente na forma tabular: A 5 {x  U | x é empregado}, B 5 {x  U | x é apo-
a) o conjunto das pessoas que tocam piano ou sentado}, C 5 {x  U | x é desempregado},
violão; D 5 {x  U | x é do sexo feminino}, E 5 {x  U | x
b) o conjunto das pessoas que tocam piano e violão; é do sexo masculino} e F 5 {x  U | x é aprendiz}.
c) o conjunto das pessoas que tocam apenas Calcule o número de elementos de cada um dos
saxofone. conjuntos M, N, P e R.
Ver resoluções no Suplemento com orientações para o professor
professor.. a) M 5 {x  U | x  A ou x  B} 18.730
10 Represente os conjuntos A 5 {1, 2, 3, 5, 12}, b) N 5 A  B 18.730
B 5 {1, 2, 7, 8, 11} e C 5 {2, 4, 5, 8, 9} por meio de c) P 5 {x  U | x  C e x  D} 1.390
um diagrama. A seguir, hachure a região que repre- d) Q 5 C  D 1.390
senta (A  C )  B. e) R 5 E  (B  F) 2.200

Uma introdução à linguagem dos conjuntos Capítulo 1 15

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 15 05.03.10 18:29:06


a) Não, porque o segundo mundo é formado por b) O Brasil estaria na intersecção das regiões que designam os 1‚ e 3‚ mundos, porém fora da
países socialistas ou de economia planificada, e o região que designa o 2‚ mundo, pois apresenta características de país capitalista
Brasil é um país de economia mista. desenvolvido, mas, ao mesmo tempo, apresenta características de subdesenvolvimento.

13 No decorrer das décadas de 1960, 1970 e 1980 tornou-se comum a divisão ou regionalização do mundo com base no
nível de desenvolvimento econômico e na organização socioeconômica dos países. A partir desses critérios o mundo
ficou dividido em:
• Primeiro Mundo – corresponde aos países capitalistas desenvolvidos; Representação gráfica da
sobreposição dos três conjuntos
• Segundo Mundo – formado por países socialistas ou de economia planificada; de países, segundo Yves Lacoste

fAustino
• Terceiro Mundo – abrangendo todos os países subdesenvolvidos do mundo. Primeiro Mundo – países capitalistas desenvolvidos

Segundo Mundo – países socialistas ou de


Classificar e regionalizar os países em Primeiro, Segundo ou Terceiro Mundo economia planificada
Terceiro Mundo – países subdesenvolvidos
não era uma tarefa fácil. Existiam países cujas características não permitiam clas-
sificá-los como pertencentes a apenas um desses grupos. É o caso da China, que, Primeiro
embora nessa regionalização pertencesse ao Segundo Mundo, apresentava na Mundo

época características do Terceiro Mundo. Para resolver essa questão o geógrafo Segundo
Mundo
francês Yves Lacoste propôs a sobreposição de três conjuntos de países (veja a
figura ao lado). Nessa representação, cada conjunto ou grupo de países é identi- Terceiro
Mundo
ficado por um círculo de determinada cor. Uma parte de cada círculo fica sobre-
posta à parte do outro.
Fonte: ADAS, Melhem. Geografia:
Agora reúna-se em grupo e redijam um texto explicando o que vocês entenderam Geografia do mundo
a respeito desse diagrama. A seguir resolvam as questões. subdesenvolvido. 5. ed. São Paulo:
Moderna, 2006. p. 16.
a) Pelos padrões estabelecidos por Yves Lacoste, na época o Brasil poderia ser
representado na intersecção dos diagramas que designam o Terceiro e o Se-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
gundo Mundo? Por quê? Se achar conveniente, para essa questão,
poderá ser desenvolvido um trabalho
b) Em que região desse diagrama você representaria o Brasil? interdisciplinar com Geografia.

Resolva a questão 2a do Roteiro de trabalho.

10 Conjunto diferença
tÉo LAnniÉ/PHotoALto/
iMAGe foRuM/AfP

Paula e Roberta frequentam a mesma academia de natação, onde são praticados os quatro
estilos: crawl, costas, peito e borboleta. Em uma conversa, Paula perguntou a Roberta:
— Você já pratica todos os estilos?
Nado crawl. Roberta respondeu:
— Todos, menos o estilo borboleta.
AfLo sPoRts/dioMediA

Observe que, nessa resposta, Roberta usou uma espécie de subtração.


Ela tirou {borboleta} do conjunto {crawl, costas, peito, borboleta}, de todos os estilos de na-
tação. Logo entende-se que Roberta já pratica os estilos do conjunto {crawl, costas, peito}.
Essa ideia de subtração, tão utilizada no dia a dia, é aplicada na definição de diferença de
Nado costas.
conjuntos:
GReGoRio BoRGiA/
AP PHoto/iMAGePLus

A diferença de dois conjuntos, A e B, nessa ordem, que indicamos por A 2 B, é o con-


junto cujos elementos são todos aqueles que pertencem a A e não pertencem a B.
A 2 B 5 {x | x  A e x  B}

Nado peito.
Exemplos
iMAGe souRCe/
iMAGe foRuM/AfP

a) Sendo A 5 {1, 2, 3, 4, 5} e B 5 {4, 5, 6, 7, 8, 9}, temos:

A 2 B 5 {1, 2, 3} e B 2 A 5 {6, 7, 8, 9}

b) Sendo C 5 {1, 2, 3, 4, 5, 6} e D 5 {3, 4, 5}, temos: C 2 D 5 {1, 2, 6} e D 2 C 5 


Nado borboleta. c) Sendo E 5 {1, 2, 3} e F 5 {4, 5, 6}, temos: E 2 F 5 E e F 2 E 5 F

16 Capítulo 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 16 05.03.10 18:29:21


Representação da diferença de conjuntos em
diagramas de Venn
A A

B B


Toda a região hachurada Toda a região hachurada
representa A 2 B. representa B 2 A.

C C

ilustrações: faustino
D D


Toda a região hachurada Se D  C, então:
representa C 2 D. D2C5

E E
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

F F


Toda a região hachurada Toda a região hachurada
representa E 2 F. representa F 2 E.

Propriedades da diferença de conjuntos


Sendo A e B conjuntos quaisquer, temos:

P1.  B  A ⇔ B 2 A 5         P2.  A  B 5  ⇔ A 2 B 5 A        P3.  A  B ⇔ A 2 B  B 2 A


                     
A A A A

ilustrações: faustino
B B
B B

Exercício resolvido

R.2 Determinar os conjuntos A e B tais que: A 2 B 5 {5, 8, 2}, B 2 A 5 {3, 6} e


A  B 5 {1, 2, 3, 5, 6, 7, 8}.
Resolução
Considerando o diagrama abaixo.
 I. Inicialmente, representamos os elementos de A 2 B, que são aqueles que pertencem a
A e não pertencem a B;
II. A seguir, representamos os elementos de B 2 A, que são A B
aqueles que pertencem a B e não pertencem a A; 5 3
faustino

III. Finalmente, representamos os elementos de A  B que 7


8
são aqueles que pertencem a A  B e não foram repre- 1
sentados nem em I nem em II. 2 6
Portanto: A 5 {1, 7, 2, 8, 5} e B 5 {1, 7, 3, 6}.

Uma introdução à linguagem dos conjuntos Capítulo 1 17

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 17 05.03.10 18:29:30


11 Conjunto complementar

Complemento é aquilo que completa, segundo o dicionário de Aurélio Buarque de Holan-


da. Essa é exatamente a ideia de conjunto complementar: aquilo que completa. Por exemplo: dize-
mos que o conjunto complementar do conjunto das consoantes em relação ao conjunto das letras
do nosso alfabeto é o conjunto das vogais. Essa ideia será formalizada pela definição a seguir.

Sejam A e B dois conjuntos tais que A  B. Chama-se complementar de A em relação

a B, que indicamos por A (lê-se: "complementar de A em relação a B"), o conjunto cujos


B
elementos são todos aqueles que pertencem a B e não pertencem a A.
A  B ⇔ A 5 { x | x   B  e   x    A }
B

Nota:
O conjunto {x | x  B e x  A} é exatamente a diferença B 2 A. Assim, temos:
A  B ⇔ A 5 B 2 A
B

A condição necessária e suficiente para que exista A é que A  B. Caso contrário, dizemos

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
B
que não existe complementar de A em relação a B.

Exemplos

a) Sendo A 5 {1, 2, 3} e B 5 {1, 2, 3, 4, 5}, temos A  B; logo, existe complementar de A em


relação a B, que é igual a B 2 A, isto é: A 5
   B  2  A  5  { 4, 5}
B
b) Sendo D 5 {1, 2, 3, 4} e E 5 {3, 4, 6, 7}, temos D  E; logo, não existe D .
E

Representação do complementar de um conjunto


em diagramas de Venn

B
A
Toda a região hachurada representa A .
B
iLustRAções: fAustino

Complementar de um conjunto A em relação a


um universo U

Quando tivermos um conjunto universo U, previamente fixado, indicaremos o complementar


de A em relação a U simplesmente por A’ ou por Ay, em vez de A .
U

A� ou A.
A

Toda a região hachurada representa A ,


U
que será indicada por A’ ou Ay .

18 Capítulo 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 18 05.03.10 18:29:39


Exercício resolvido

R.3 Considerando os conjuntos A e B representados Resolução


no diagrama abaixo, determinar (A  B ) . Como A  B é subconjunto de A  B, dizemos que
A B existe o conjunto (A  B ) e que este é formado pe-
A B A B
los elementos que pertencem a A  B e não perten-
1 5
4 cem a A  B. Logo:
FAUSTINO

3 6
7 (A  B )  {4, 7, 5, 6, 8}
2
8 A B

Exercícios propostos

14 Dados os conjuntos E  {3, 8, 6, 4}, F  {1, 2, 3, 8, 6, 4, 9} e G  {4, 5, 6, 7, 8}, determine:


a) F  E {1, 2, 9} d) (F  G)  (G  F) {1, 2, 3, 5, 7, 9} g) G Não existe, pois G  F.
F
b) G  E {5, 7} e)  E {1, 2, 9} h)  E 
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

F E

c) (E  G )  F {5, 7} f) ( E   G ) {1, 2, 3, 9} i)   {1, 2, 3, 8, 6, 4, 9}


F F

15 O Brasil é dividido em cinco regiões. Considerando os conjuntos A  {x | x é estado da região


Sul ou da região Nordeste do Brasil} e B  { y | y é estado da região Nordeste ou da região
Sudeste do Brasil}.

Brasil: divisão por regiões


ALESSANDRO PASSOS DA COSTA

a) Determine os estados do
RORAIMA OCEANO
AMAPÁ ATLÂNTICO conjunto A  B.
A  B  {PR, SC, RS}
REGIÃO NORTE b) Determine os estados do
AMAZONAS PARÁ MARANHÃO CEARÁ
RIO GRANDE conjunto B  A.
DO NORTE
PARAÍBA
B  A  {SP, RJ, MG, ES}
PIAUÍ
PERNAMBUCO
ACRE
ALAGOAS c) Determine os conjuntos
RONDÔNIA
TOCANTINS
REGIÃO SERGIPE
B e  A .
MATO GROSSO
NORDESTE
REGIÃO BAHIA A B
CENTRO- DF
Não existem esses conjuntos,
-OESTE GOIÁS MINAS
GERAIS
pois A  B e B  A.
MATO
GROSSO
REGIÃO ESPÍRITO
DO SUL SUDESTE SANTO
SÃO PAULO
RIO DE JANEIRO
PARANÁ
OCEANO N
REGIÃO
PACÍFICO SUL SANTA
CATARINA O L 16. a) A u  {{xx  | x é mulher}
b) B u  {{yy  | y tem menos de 16 anos de idade}
RIO GRANDE
DO SUL S
680 km c) C u  {{zz  | z tem mais de 20 anos de idade}
d) B  C Cuu  {{p
p  | p tem menos de 16 anos ou mais de 20 anos de idade}
Maria Elena Simielli. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2006. e) B u  C
Cuu  {{q
q  | q tem menos de 16 anos ou mais de 20 anos de idade}
16 Considerando o universo U de todas as pessoas brasileiras, sejam os conjuntos:
A  {x  U | x é homem}
B  {y  U | y tem pelo menos 16 anos de idade}
C  {z  U | z tem no máximo 20 anos de idade}
Indicando por X u o complementar de X em relação a U, represente cada conjunto a seguir por
meio de uma propriedade que determine seus elementos.
a) A u c) C u e) B u  C u
b) B u d) tB  C

Resolva as questões 2b e 3a do Roteiro de trabalho.

Uma introdução à linguagem dos conjuntos Capítulo 1 19

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 19 4/20/10 2:45:36 PM


12 Problemas sobre quantidades de
elementos de conjuntos finitos
Neste tópico, resolveremos problemas que relacionam as operações entre conjuntos finitos
com as quantidades de elementos desses conjuntos.

Exercícios resolvidos

R.4 Foi realizada uma pesquisa com 350 pessoas (2) O conjunto A é o das pessoas que conhecem o
para avaliar a eficácia de um anúncio na divul- produto A. Tal conjunto possui 280 elementos,
gação de dois produtos novos, A e B. Ao final da porém, na parte (1), já foram consideradas
pesquisa, constatou-se que, dos entrevistados, 80 pessoas desse total, faltando, portanto,
precisamente: 200 pessoas para completar o conjunto. O nú-

feRnAndo fAVoRetto
• 280 conheciam o pro- mero 200 deve ser escrito na região que corres-
duto A; ponde a A 2 B:
• 80 conheciam os dois U
produtos;
• 20 não conheciam A B
nenhum dos dois
produtos.
200

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
80
De acordo com esses
dados, quantas pes-
soas entrevistadas
conheciam apenas o

iLustRAções: fAustino
produto B?
Resolução (3) A região que corresponde a (A  B)’ é aquela das
Sejam: pessoas que não conhecem nenhum dos dois pro-
• U o conjunto universo das pessoas entrevistadas; dutos. Nessa região, escrevemos o número 20:
• A o conjunto das pessoas entrevistadas que co- U
nhecem o produto A;
• B o conjunto das pessoas entrevistadas que co- A B
nhecem o produto B.
U 200 80

A B

20
iLustRAções: fAustino

(4) A região que corresponde ao conjunto B 2 A é


aquela das pessoas que conhecem apenas o produ-
to B. Seja x o número de elementos desse conjunto:
(1) Primeiro vamos considerar o conjunto A  B, U
aquele das pessoas que conhecem os dois pro-
dutos. Essa intersecção possui 80 elementos. A B
Para nos orientar, vamos escrever o número 80
na região correspondente a A  B: 200 80 x

A B
20

80 Como o número de elementos do universo é 350,


temos: 20 1 200 1 80 1 x 5 350
Ou seja, x 5 50; portanto, o número de elementos
do conjunto B 2 A é 50.
Logo, 50 pessoas conheciam apenas o produto B.

20 Capítulo 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos

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MAT – PAIVA – PNLEM – Vol.1 – Cap. 01 – 2.ª Prova (FORMATO ☎ 2618-1009 • 3569-1878)

R.5 Dos 180 funcionários que trabalham no escritó- (4) Se 32 funcionários não falam inglês nem espa-
rio de uma empresa, precisamente: nhol, o conjunto (I  E)’ deve ter 32 elementos:
• 108 falam inglês; Lo
U
siento, no lo
• 68 falam espanhol; entiendo. Hablo I E
• 32 não falam in- Español.
glês nem espanhol.

fAustino
108  x x 68  x

Do you
speak English? 32

seRRALHeiRo
Como o conjunto U tem 180 elementos, temos:
Quantos funcionários
32 1 108 2 x 1 x 1 68 2 x 5 180, ou seja, x 5 28
desse escritório falam
Concluímos que 28 funcionários do escritório fa-
as duas línguas, inglês
lam as duas línguas, inglês e espanhol.
e espanhol?
Resolução R.6 Uma indústria de artigos esportivos fez uma pes-
Sejam: quisa de mercado com 1.500 pessoas, que deve-
• U o conjunto dos 180 funcionários; riam responder “sim” ou “não” a cada uma das
• I o conjunto dos funcionários que falam inglês; seguintes perguntas:
• E o conjunto dos funcionários que falam espanhol. I. Você pratica caminhada?
II. Você pratica corrida?
(1) Convém, nesse tipo de problema, indicar inicial- III. Você pratica ginástica?
O resultado da pesquisa foi apresentado na tabela:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

mente o número de elementos da intersecção


I  E. Como esse número é exatamente o que o
Número de
problema pede, vamos indicá-lo por x: Resposta “sim”
pessoas
U à pergunta I 800
à pergunta II 332

disCPiCtuRe/ALAMY/otHeR iMAGes
I E
à pergunta III 618

x às perguntas I e II simultaneamente 118


às perguntas I e III simultaneamente 172
às perguntas II e III simultaneamente 110
às perguntas I, II e III simultaneamente 70

De acordo com esses dados, quantas pessoas res-


(2) O conjunto I tem 108 elementos. Como já admi-
ponderam “não” a todas as perguntas?
timos que x desses elementos estão em I, faltam
108 2 x elementos em I, que devem ser indica- Resolução
dos na região I 2 E: Sejam:
U • U o conjunto das 1.500 pessoas entrevistadas;
iLustRAções: fAustino

I E • A o conjunto das pessoas que responderam “sim”


à pergunta I;
108 � x x
• B o conjunto das pessoas que responderam “sim”
à pergunta II;
• C o conjunto das pessoas que responderam “sim”
à pergunta III.
(1) Indicaremos, inicialmente, o número de ele-
(3) O conjunto E tem 68 elementos. Como já admi- mentos da intersecção dos conjuntos. Como
timos que x desses elementos estão em E, faltam 70 pessoas responderam “sim” às perguntas I, II
68 2 x elementos em E, que devem ser indica- e III simultaneamente, escrevemos o número 70
dos na região E 2 I: na região que corresponde a A  B  C:
U U
A
I E
fAustino

108 � x x 68 � x B C
70

Uma introdução à linguagem dos conjuntos Capítulo 1 21

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 21 05.03.10 18:30:19


(2) A seguir, indicamos o número de elementos das tam 580 elementos para completar o conjunto;
intersecções dos conjuntos dois a dois. Como como 332 pessoas responderam “sim” à pergun-
118 pessoas responderam “sim” às perguntas I e ta II, e já indicamos 158 elementos em B, faltam
II simultaneamente, e já indicamos 70 elementos 174 elementos; como 618 pessoas responderam
nessa intersecção, faltam 48 elementos em A  B; “sim” à pergunta III, e já indicamos 212 elemen-
como 172 pessoas responderam “sim” às per- tos em C, faltam 406 elementos. Finalmente, in-
guntas I e III simultaneamente, e já indicamos 70 dicamos por x o número de pessoas que respon-
elementos nessa intersecção, faltam 102 elemen- deram “não” às três perguntas:
tos em A  C; como 110 pessoas responderam U
“sim” às perguntas II e III simultaneamente, e já
A
indicamos 70 elementos nessa intersecção, fal-
tam 40 elementos em B  C : 580

iLustRAções: fAustino
U
48 102
A B C
70

174 406
40
48 102
B C
70 x

40 Como 1.500 pessoas foram entrevistadas no total,


temos:
x 1 174 1 48 1 70 1 40 1 580 1 102 1 406 5 1.500
e portanto: x 5 80
(3) Como 800 pessoas responderam “sim” à per- Concluímos que 80 das pessoas entrevistadas res-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
gunta I, e já indicamos 220 elementos em A, fal- ponderam “não” às três perguntas.

20. Se achar conveniente, propor aos alunos o uso de um diagrama de Venn.


• U é o universo das pessoas da comunidade;
• E, N e H são os conjuntos das pessoas que assistem a esporte, novela e
humorismo, respectivamente.
Comece representando o número de pessoas de E  N  H; depois, E  N, E  H e
N  H. A seguir, represente o número de pessoas de E, N, H e (E  N  H)’.
Exercícios propostos

17 Numa festa, 29 pessoas discutiam sobre dois fil- 20 (PUC/Campinas-SP) Numa comunidade constituí-
mes, A e B. Dessas pessoas, precisamente: da de 1.800 pessoas, há três programas de TV favo-
• 13 assistiram ao filme A; ritos: esporte (E), novela (N) e humorismo (H). A
• 5 assistiram aos dois filmes; tabela a seguir indica quantas pessoas assistem a
• 6 não assistiram a nenhum dos dois filmes. esses programas:
Quantas pessoas assistiram ao filme B, sabendo
que todas as 29 pessoas opinaram? Programa Número de telespectadores
15 pessoas assitiram ao filme B
18 De uma pesquisa realizada pela Secretaria de Tu- E 400
rismo do Estado com 2.200 pessoas pode-se con-
cluir que: N 1.220

• exatamente 816 dessas pessoas já estiveram na H 1.080


região Nordeste do Brasil;
EeN 220
• exatamente 602 dessas pessoas já estiveram na
região Norte do Brasil; NeH 800
• exatamente 206 dessas pessoas já estiveram nas
EeH 180
duas regiões.
Quantas das pessoas entrevistadas nunca estive- E, N e H 100
ram em nenhuma das duas regiões?
988 pessoas nunca estiveram em nenhuma das duas regiões
Por meio desses dados, verifica-se que o número de
19 Quarenta e um alunos de um colégio opinaram pessoas da comunidade que não assistem a nenhum
numa pesquisa em que eram solicitados a respon-
dos três programas é: alternativa b
der se eram leitores de jornal ou revista. Concluiu-
se exatamente que: a) 100
• 24 alunos leem jornal; b) 200
• 30 alunos leem revista; c) 900
• 5 alunos não leem jornal nem revista. d) 2.700
Quantos alunos leem jornal e revista? 18 alunos e) impossível de se calcular

22 Capítulo 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 22 05.03.10 18:30:23


13 Conjuntos numéricos

Os primeiros números concebidos pela humanidade surgiram da necessidade de contar obje-


tos. Porém, outras necessidades, práticas ou teóricas, provocaram a criação de outros tipos de
número. Em Matemática, é usual classificar os números em categorias, como veremos a seguir.

Conjunto dos números naturais


Classificamos como naturais os números que representam quantidades de elementos de
conjuntos finitos, inclusive o vazio.

Indicamos por n o conjunto dos números naturais e por n9 o conjunto dos núme-
ros naturais não nulos:
n 5 {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, ...}
n9 5 {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, ...}

Números consecutivos, antecessor e sucessor


Se n é um número natural, então n 1 1 é um número natural tal que:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

• n e n 1 1 são chamados números naturais consecutivos;


• n é o antecessor de n 1 1;
• n 1 1 é o sucessor de n.

Exemplo
Os números naturais 3 e 4 são consecutivos: 3 é o antecessor de 4 e 4 é o sucessor de 3.

Propriedades dos números naturais

P1. Todo número natural tem sucessor.


P2. A soma de dois números naturais quaisquer é um número natural.
P3. O produto de dois números naturais quaisquer é um número natural.

Conjunto dos números inteiros


O balancete referente a um certo mês de um condomínio registrava os seguintes valores,
em real:
Beto CeLLi

Receita (R) 12.800,00

Despesa (D) 13.000,00

Saldo (R 2 D) ?

Observando que a receita foi menor que a despesa, concluímos que não existe número natu-
ral que represente o saldo desse balancete. Para representar esse saldo, é necessário outro tipo de
número, não natural: o número negativo 2200. Assim, dizemos que o condomínio arrecadou
200 reais a menos do que gastou. Por isso, o saldo desse mês foi negativo.
Uma parte dos números negativos é formada pelos números 21, 22, 23, 24, ..., que são
chamados de números inteiros negativos.

Denominamos conjunto dos números inteiros (e indicamos por Ω ) o conjunto:


Ω 5 {..., 24, 23, 22, 21, 0, 1, 2, 3, 4, ...}

Uma introdução à linguagem dos conjuntos Capítulo 1 23

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 23 05.03.10 18:30:27


Apresentamos aqui as notações especiais que usaremos para alguns subconjuntos de Ω:
Ω9 5 {..., 24, 23, 22, 21, 1, 2, 3, 4, ...} é o conjunto dos números inteiros não nulos.
Dizer que um núme-
ro é não negativo
significa dizer que esse
número ou é nulo ou
Ω1 5 {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...} é o conjunto dos números inteiros não negativos.

Ω* 5 {1, 2, 3, 4, 5, 6, ...} é o conjunto dos números inteiros positivos.


é positivo.

Ω2 5 {..., 24, 23, 22, 21, 0} é o conjunto dos números inteiros não positivos.

Ω92 5 {..., 24, 23, 22, 21} é o conjunto dos números inteiros negativos.

Números consecutivos, antecessor e sucessor


Se n é um número inteiro, então n 1 1 é um número inteiro tal que:
• n e n 1 1 são chamados números inteiros consecutivos;
• n é o antecessor de n 1 1;
• n 1 1 é o sucessor de n.

Número par

Um número inteiro é par se, e somente se, pode ser representado sob a forma 2n, com
n  Ω.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplos
a) O número 6 é par, pois pode ser representado por 2 ? 3, e 3  Ω.
b) O número 28 é par, pois pode ser representado por 2 ? (24), e 24  Ω.

Número ímpar

Um número inteiro é ímpar se, e somente se, pode ser representado sob a forma 2n 1 1, com
n  Ω.

Exemplos
a) O número 11 é ímpar, pois pode ser representado por 2 ? 5 1 1, e 5  Ω.
b) O número 215 é ímpar, pois pode ser representado por 2 ? (28) 1 1, e 28  Ω.

Propriedades dos números inteiros

P1. Sendo P e I os conjuntos dos números inteiros pares e ímpares, respectivamente, temos
P  I 5 Ω e P  I 5 .
P2. Todo número inteiro tem sucessor e antecessor.
P3. A soma de dois números inteiros quaisquer é um número inteiro.
P4. A diferença entre dois números inteiros quaisquer é um número inteiro.
P5. O produto de dois números inteiros quaisquer é um número inteiro.

Nota:
Todo número natural é inteiro, isto é n  Ω. Podemos representar n e Ω através do diagrama:

Z
faustino

24 Capítulo 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 24 05.03.10 18:30:29


Exercícios resolvidos

R.7 Demonstrar que a soma de dois números pares quaisquer é um número par.
Não foi usada a mes-
Resolução
ma letra nas expres-
• Dois números pares quaisquer são da forma 2n e 2k, com n e k números inteiros. Assim, temos: sões dos números
2n  2k  2( n    k ) par e ímpar para não

inteiro particularizar a de-
monstração. Se ti-
• Por P3, a soma (n  k) é um número inteiro e, portanto, 2 (n  k) é par. Fica então demons-
véssemos usado,
trado que a soma de dois números pares quaisquer é um número par. por exemplo, 2n e
2n  1, teríamos
R.8 Classificar como verdadeira ou falsa cada sentença a seguir.
provado que a soma
Em caso de classificação ˝verdadeira, descrever todas as formas possíveis de leitura da de um número natu-
sentença. ral par com seu con-
a) x  5 ⇒ x 2  25 b) x 2  25 ⇒ x  5 secutivo é ímpar.
Resolução
O símbolo "⇒" indica a relação de implicação entre duas proposições. Dizemos que uma
proposição p implica uma proposição q quando o fato de p ser verdadeira garante, por meio
de uma série de argumentos lógicos, que q também é verdadeira. Assim, temos:
a) Verdadeira, pois, supondo que x  5 seja verdadeira, concluímos que x 2  25 também é
verdadeira.
A sentença x  5 ⇒ x 2  25 pode ser lida como:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

• se x  5, então x 2  25; • x  5 é condição suficiente para x 2  25;


• x  5 implica x  25;
2
• x 2  25 é condição necessária para x  5.
b) Falsa, pois, supondo que x 2  25 seja verdadeira, não podemos concluir que x  5 é verda-
deira, pois x pode ser igual a 5. Em outras palavras, a proposição x 2  25 não implica x  5.
R.9 Demonstrar que o quadrado de um número inteiro é par se, e somente se, esse número é
par, isto é, x 2 é par ⇔ x é par, com x  Z.
Resolução
A proposição “x 2 é par ⇔ x é par, com x  Z” pode ser decomposta nas duas proposições:
   x é par  ⇒   x 2 é par, com x   Z   e 
x 2 
 é par  ⇒   x
épar,
pa  Z
com x  
 
  
 
(I) (II)
• Demonstração de (I) (ver nota abaixo) Uma sentença do
Pela hipótese, x é par; logo, podemos representar x por 2n, com n  Z . Então: tipo "p ⇔ q" deve
ser lida como: "p se,
2 2
x 2  (2n)2  4n 2  2    
2n e somente se q"; ou
inteiro "p equivale a q".
Como, por P5, 2n 2 é inteiro, concluímos que 2  2n 2 é par.
Assim, demonstramos que x 2 é par.
• Demonstração de (II) (ver nota abaixo)
Faremos essa demonstração por absurdo.
Consideremos que x não seja par, isto é, que x seja ímpar. Então, podemos representar x
por 2n  1, com n  Z.
Assim:
2
x2  (2n  1) 2  4n 2  4n  1  2(2
n  

   2
n )  1
inteiro
Como, por P3 e por P5, (2n2  2n) é inteiro, então x 2  2 (2n 2  2n)  1 é ímpar. Mas isso é
um absurdo, pois, por hipótese, x 2 é par. Como, admitindo x ímpar, chegamos a um absurdo,
concluímos que x não pode ser ímpar, portanto x é par. Assim, está demonstrada a parte (II).
Pela demonstração de (I) e (II), provamos que: x2 é par ⇔ x é par, com x  Z

Em um teorema do tipo "p ⇒ q", a proposição p é chamada de hipótese do teorema e q é


chamada de tese. Uma técnica de demonstração desse tipo de teorema, chamada demons-
tração direta, consiste em deduzir a tese a partir da hipótese.
Uma outra técnica de demonstração desse tipo de teorema, chamada de demonstração por
absurdo (ou demonstração indireta), consiste em anexar à hipótese p a negação da tese q
(essa negação é indicada por q) e provar que ao se admitir p e (q), chega-se a um absur-
do, com o que se conclui que p ⇒ q.

Uma introdução à linguagem dos conjuntos Capítulo 1 25

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 25 08.03.10 19:22:05


Conjunto dos números racionais
O número fracionário surge da divisão não exata de dois inteiros, por exemplo 1  4. Não há
nenhum número inteiro que represente o resultado dessa divisão. Já no conjunto dos números
1
racionais, o resultado da divisão 1  4 pode ser representado por  .
4

Número racional é todo aquele que pode ser representado por uma razão entre dois
O termo “racional” números inteiros, sendo o segundo não nulo. Indicando o conjunto de todos os números
deriva de “razão”, no racionais pela letra Q, temos:
sentido de divisão en-
a 
tre dois números. Q  5  | a   Z e b   Z9
b 

Exemplos
3 4 23
a) Os números  ,  ,   são racionais, pois cada um está representado por uma razão
7 9 5
entre números inteiros.
b) O número 0,5 é um número racional, pois pode ser representado por uma razão entre
dois números inteiros:
5 1 2 3
0, 5 5   5   5   5   5 ...
10 2 4 6

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
c) Os números 3, 25 e 0 (zero) são racionais, pois cada um pode ser representado por uma
razão de dois números inteiros:
3 6 9 25 210 215 0 0 0
•  3 5   5   5   5 ...   •  25 5   5   5   5 ...   •  0 5   5   5   5 ...
1 2 3 1 2 3 1 2 3
Assim como fizemos para o conjunto dos números inteiros, destacamos notações especiais para
alguns subconjuntos de œ:
œ9 é o conjunto dos números racionais não nulos.
œ1 é o conjunto dos números racionais não negativos.
œ* é o conjunto dos números racionais positivos.
œ2 é o conjunto dos números racionais não positivos.
œ8 é o conjunto dos números racionais negativos.

Propriedades dos números racionais

P1. A soma de dois números racionais quaisquer é um número racional.


P2. A diferença de dois números racionais quaisquer é um número racional.
P3. O produto de dois números racionais quaisquer é um número racional.
P4. O quociente de dois números racionais quaisquer, sendo o divisor diferente de zero, é
um número racional.

Nota:
Todo número inteiro é racional, pois pode ser representado sob a forma de razão entre dois
inteiros.
Como todo número natural é inteiro e todo número inteiro é racional, podemos representar
os conjuntos n, Ω e œ através do diagrama:
faustino

N Z Q

nΩœ

26 Capítulo 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 26 05.03.10 18:30:44


Representação decimal finita e representação decimal infinita
7
Ao dividir o numerador pelo denominador da fração   obtemos 3,5, que é a representação
2
7
decimal da fração, isto é,   5 3, 5.  Observe que, acrescentando zeros à direita da casa decimal
2
de 3,5, o número não se altera, isto é:

3,5 5 3,50 5 3,500 5 3,5000 5 ...

Podemos até acrescentar infinitos zeros que o número não se altera:

3,5 5 3,5000000000000000000...

Desse ponto de vista, todo número decimal pode ser representado com infinitas casas deci-
mais. Porém, precisamos distinguir dois tipos distintos de número decimal: aqueles que podem
ser representados com um número finito de casas decimais (representação decimal finita) e
aqueles que só podem ser representados com infinitas casas decimais (representação decimal
infinita). Por exemplo:
7 7
• o número   admite representação decimal finita, pois   5 3, 5;
2 2
52
• o número   não admite representação decimal finita, pois, dividindo o numerador pelo
9
52
denominador, obtemos   5 5, 7777777777777777...  (o algarismo 7 se repete indefini-
9
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

damente).

Representação decimal finita


Se, em sua forma decimal, um número x pode ser representado com um número finito de
casas decimais, dizemos que x é um número com representação decimal finita.

Exemplos
a) 3 é um número com representação decimal finita, pois pode ser representado por um
número finito de casas decimais: 3 5 3,0
b) 3,4502 é um número com representação decimal finita, pois está representado com um
número finito de casas decimais.
7
c)  é um número com representação decimal finita, pois pode ser representado por
1.000
7
um número finito de casas decimais:   5 0,007
1.000

Representação decimal infinita


Se, em sua forma decimal, um número y só pode ser representado com um número infinito
de casas decimais, dizemos que y é um número com representação decimal infinita. Nesse caso,
dizemos que o número y é uma dízima, de modo que:
• se, a partir de determinada casa decimal para a direita, houver apenas a repetição de uma
mesma sequência finita de algarismos, y é chamado de dízima periódica. Veremos, no tópico
“Número irracional”,
• se, de qualquer casa decimal para a direita, não houver apenas a repetição de uma mesma que as dízimas não
sequência finita de algarismos, y é chamado de dízima não periódica. periódicas não são
números racionais.
Exemplos
a) Os números com representação decimal infinita periódica 5,666666...; 3,4222222...;
3,2424242424... são dízimas periódicas.
b) O número com representação decimal infinita não periódica 4,012345678910111213... é
uma dízima não periódica.
Justificaremos a importante conclusão abaixo na questão resolvida R.11.

Os números racionais são todos os números com representação decimal finita (poden-
do ser inteiros) e todas as dízimas periódicas.

Uma introdução à linguagem dos conjuntos Capítulo 1 27

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 27 05.03.10 18:30:49


Exercícios resolvidos

R.10 Se o quociente de um número inteiro p por um R.12 Provar que a média aritmética entre dois núme-
número inteiro não nulo q é igual a uma dízima ros racionais, a e b, com a  b, é um número
p maior que a e menor que b.
periódica, dizemos que é a fração geratriz
q
Resolução
dessa dízima periódica. De acordo com essa defi-
a    b
nição, determinar a fração geratriz da dízima pe- A média aritmética entre a e b é .
riódica 2,555... . 2
(I) É dado que a  b. Adicionando a a ambos os
Resolução
membros dessa desigualdade, temos:
Para encontrar a fração geratriz dessa dízima perió-
dica: a  a  a  b ⇒ 2a  a  b
• indicamos por g a dízima periódica, obtendo a a    b
   a  
igualdade: g  2,5555... 2
• multiplicamos por 10 ambos os membros dessa (II) É dado que a  b. Adicionando b a ambos os
igualdade: 10 g  25,5555... membros dessa desigualdade, temos:
• subtraímos, membro a membro, as duas igualda-
a  b  b  b ⇒ a  b  2b
des anteriores:
10 g  g  25,5555...  2,5555... ⇒ 9 g  23 a    b
    b
23 2
   g  
  (o símbolo “” representa a conjunção a    b

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
9 Por (I) e (II), temos: a       b
conclusiva “portanto”) 2
Nota:
23 a    b
Assim, é a fração geratriz da dízima periódica Observe que, como a e b são racionais, então
9 2
2,5555... também é racional. Assim, acabamos de provar que,
entre quaisquer dois números racionais diferentes,
R.11 Justificar a afirmação: “A razão entre dois núme- sempre existe outro número racional. Portanto, en-
ros inteiros, sendo o segundo não nulo, é igual a tre quaisquer dois números racionais diferentes
um número decimal com representação finita ou existem infinitos outros números racionais, pois:
é igual a uma dízima periódica”. • sendo q1 e q2 números racionais distintos quais-
Resolução quer, com q1  q2, existe um número racional q3
Na divisão do número natural a pelo número natu- entre q1 e q2;
ral n, com n  0, o resto r é tal que 0  r  n. • como q1 e q3 são racionais distintos, existe um
racional q4 entre q1 e q3;
• Se r  0, o quociente é um número com repre-
• como q1 e q4 são racionais distintos, existe um
sentação decimal finita.
racional q5 entre q1 e q4; e assim por diante.
• Se 0  r  n, então r pode assumir no máximo

FAUSTINO
n  1 valores: 1, 2, 3, ..., n  1. Assim, no máximo q1 q5 q4 q3 q2
no n-ésimo resto, um dos restos anteriores vai se
repetir, provocando uma repetição nas casas de- Percebendo que esse procedimento pode ser repe-
cimais do quociente, o que dará origem a uma tido indefinidamente, concluímos que, entre os ra-
dízima periódica. cionais distintos q1 e q2 , existem infinitos outros
números racionais.
281
Por exemplo, observe a razão , que é obtida
111
R.13 Em certo período, o fluxo de pessoas em um aero-
pela divisão de 281 por 111:
porto variou de 1.600 a 3.120 pessoas por hora.
281 111
ANIELE NASCIMENTO/GAZETA DO POVO/
FUTURA PRESS

590 2,531531…
350
repetição 170
590
350
170
59…

281 Foto do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São


Assim:  2,531531... José dos Pinhais, PR (2009).
111

28 Capítulo 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 28 4/20/10 2:47:42 PM


Indicando por x o número de pessoas em uma leva a concluir que x é um número natural, com
hora qualquer desse período, classificar como ver- 1.600 < x < 3.120. Assim, temos:
dadeira ou falsa cada afirmação. a) Verdadeira, pois, como x é um número natural e
a) x é um número racional. todo número natural é racional, concluímos que
b) x pode ser qualquer número racional, com x é um número racional.
1.600 < x < 3.120. b) Falsa, pois existem números racionais não natu-
18.183 rais que satisfazem a condição 1.600 < x < 3.120.
c) x pode assumir o valor .
11
18 .183
4.805 c) Verdadeira, pois  5 1 .653, que é um nú-
d) x pode assumir o valor . 11
2 mero natural sob a condição 1.600 < x < 3.120.
Resolução 4 .805
d) Falsa, pois  5  2 .402, 5, que não é número
Um número qualquer de pessoas só pode ser re- 2
presentado por um número natural, o que nos natural.

Conjunto dos números irracionais


Durante muitos séculos, acreditou-se que os números conhecidos até então, hoje chamados
de racionais, fossem suficientes para resolver qualquer problema que envolvesse medições, tanto
na vida prática quanto no estudo da Geometria.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

No entanto, alguns problemas, provavelmente propostos pelos pitagóricos, puseram por

tH
eA
terra essa ideia. Um desses problemas é o seguinte:

Rt
“Qual é a medida d da diagonal de um quadrado de lado unitário?”

ARC
HiVe
/CoRBis/LAtinstoCK
fAustino

d
1

Pelo teorema de Pitágoras, temos: Réplica do busto


representando Pitágoras feita
d 51 11 ⇒d 52
2 2 2 2
a partir de um original grego
da segunda metade do século
Esse problema, que certamente provocou um amplo debate de ideias, alterou paradigmas
V a.C. (Museu Capitolini,
considerados intocáveis, pois, até então, conheciam-se apenas números, hoje chamados de Roma).
inteiros, e suas razões.
Voltando ao problema: sabemos que não existe um número inteiro que, elevado ao quadrado,
resulte em 2. Para encontrar um número que satisfaça essa condição, provavelmente muitos
matemáticos fizeram os cálculos a seguir em busca do número d.
Queremos um número d tal que d 2 5 2. Inicialmente, sabemos que 1,4 , d , 1,5, pois
(1,4)2 5 1,96 e (1,5)2 5 2,25.
Tomando um número qualquer entre 1,4 e 1,5 — por exemplo, a média aritmética entre
1,4 e 1,5, que é 1,45 —, podemos estreitar o intervalo ao qual pertence o número d, observan-
do que:

(1,45) 2  5 2, 1025


    ⇒    1, 4 , d  , 1, 45
1, 4 , d  , 1, 5

Analogamente, restringimos mais ainda o intervalo ao qual pertence o número d:

(1,425)  5 2, 030625


2

    ⇒    1, 4 , d  , 1, 425


1, 4 , d  , 1, 45

(1,4125)  5 1, 99515625


2

    ⇒    1, 4125 , d  , 1, 425


1, 4 , d  , 1, 425

Uma introdução à linguagem dos conjuntos Capítulo 1 29

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 29 05.03.10 18:31:18


Podemos continuar esse processo infinitamente e nunca chegaremos a um número com
representação decimal finita ou infinita periódica como valor de d, isto é, d não é um número
racional (demonstraremos isso na questão resolvida R.14).
Surge assim a necessidade de considerar a existência de números que não são racio-
nais, ou seja, de números que não podem ser representados como a razão entre dois nú-
meros inteiros. Em contraposição ao nome “racionais”, deu-se a esses novos números o
nome de irracionais.

Número irracional

Número irracional é todo número que, em sua forma decimal, é uma dízima não
periódica. Indicando o conjunto dos números irracionais por œ’:
œ’ 5 {x | x é dízima não periódica}

Exemplos
a) Um dos números irracionais mais conhecidos é o quociente do perímetro de uma circun-
π é lido como “pi”. ferência pelo seu diâmetro. Esse número é representado pela letra grega π. Como curio-
sidade, reproduzimos o π com setenta casas decimais:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
π 5 3,1415926535897932384626433832795028841971693993751058209749445923078164...

b) Outro número irracional é a medida da diagonal de um quadrado de lado 1, indica-


da por:

2  5 1, 414213562...

Na questão resolvida R.11, mostramos que a razão entre dois números inteiros, sendo o se-
gundo não nulo, é um número com representação decimal finita ou com representação decimal
infinita periódica. Isso permite concluir que:

Um número irracional não pode ser representado como uma razão entre dois núme-
ros inteiros.

Propriedades dos números irracionais

n n
P1. Sejam n e a números naturais, com n  0. Se a não é inteiro, então a é irracional.

Exemplos
a) 2   œ’ d) 7
1   œ’, pois 7 1  5 1 e 1 é inteiro.

b) 6
5   œ’ e) 3
8   œ’, pois 3 8  5 2 e 2 é inteiro.

c) 5
3   œ’

P2. A soma de um número racional com um número irracional é um número irracional.

Exemplo
 
1   1  2
  5 1 1 1, 4 142135 6 2 ... 5   
2,
414213562
 ...
 
racional irracional irracional

30 Capítulo 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 30 05.03.10 18:31:26


P3. A diferença entre um número racional e um número irracional, em qualquer ordem, é
um número irracional.

Exemplo
 
2    2  π 
   5 2 2 3, 14159 2 65 ... 5 2
1
, 14159265
 ... 
racional irracional irracional

P4. O produto de um número racional não nulo por um número irracional é um número
irracional.

Exemplo
 
2   ?  3
  5 2 3  5  
12
racional irracional irraci o nal

P5. O quociente de um número racional não nulo por um número irracional é um número
irracional.

Exemplo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

12 12 6
12
    6
  5   5   5 2 6  5  
24
racional
6 6
irracional irracional

Exercício resolvido

R.14 Considerar o segmento tAB de comprimento 1, em uma unidade u.

A 1 B

Descrever um processo para obter o ponto E da semirreta AyB%, tal que o comprimen-
t E seja 2 na unidade u.
to do segmento A

Resolução
Seja um quadrado em que um dos lados é o segmento tAB. A medida d da diagonal do
quadrado é dada por:

D C

d
1 d 2 5 12 1 12 ⇒ d 5 2
iLustRAções: fAustino

A 1 B

Com o auxílio de um compasso, com a ponta-seca em A e raio tAC, desenha-se o arco


que intercepta a semirreta AyB % no ponto E, conforme a figura abaixo.

D C

√2

A B E

Assim, o comprimento de tAE é 2 na unidade u.

Uma introdução à linguagem dos conjuntos Capítulo 1 31

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 31 05.03.10 18:31:34


Conjunto dos números reais

Qualquer número racional ou irracional é chamado de número real. Indicando por ®


o conjunto dos número reais:
® 5 {x | x é número racional ou irracional}
ou
® 5 œ  œ’

Podemos dizer, portanto, que número real é todo número que pode ser representado na
forma decimal, com número finito ou infinito de casas decimais.
As relações entre os conjuntos numéricos apresentadas até aqui podem ser resumidas no
diagrama abaixo, que apresenta, como exemplos, alguns elementos de cada conjunto.
R

1 3
2 4
√2

�1
fAustino

�2 �√2
0 1

N 2 π
Z

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
�3 3
√5
1
Q �5,8 � Q�
2

A seguir, destacamos alguns subconjuntos de ® para os quais adotamos notações especiais:


®9 é o conjunto dos números reais não nulos.
®1 é o conjunto dos números reais não negativos.
®* é o conjunto dos números reais positivos.
®2 é o conjunto dos números reais não positivos.
®8 é o conjunto dos números reais negativos.

Propriedades dos números reais

P1. A soma de dois números reais quaisquer é um número real.


P2. A diferença entre dois números reais quaisquer é um número real.
P3. O produto de dois números reais quaisquer é um número real.
P4. O quociente de dois números reais quaisquer, sendo o divisor não nulo, é um núme-
ro real.
P5. Se n é número natural ímpar e a um número real, temos:
n
a   ®
P6. Sendo n um número natural par não nulo e a um número real, temos:
n
a   ®   ⇔  a
a > 0

Exemplos
a) Pela propriedade P5, temos:

5
10   ®


3
28   ®


9
π   ®

b) Pela propriedade P6, temos:



4
5   ®


6
0   ®

2
21   ®

32 Capítulo 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 32 05.03.10 18:31:43


Exercícios propostos

21 Classifique, no caderno, cada uma das afirmações 24 Cada uma das letras, a, b, c, d, no diagrama abaixo,
como verdadeira ou falsa. representa um único número do conjunto
4
I. 5  N Verdadeira VI.  Q Verdadeira  5
5  7 , 29 9, 0,   . Determine o valor que cada uma
6
II. 5  Z Verdadeira VII. 6,5  Q Falsa 
III. 23  N Falsa VIII. 3  Q Verdadeira dessas letras representa.
IV. 23  Z Verdadeira IX. 23  Q Falsa
5
a 5 0; b 5 29; c 5 ; d 5 7
6
V. 0  Z Verdadeira X. 5,6666…  Q
Verdadeira
R
Q
22 Transforme em fração irredutível os números ra- Z
N
cionais:
a
a) 2,5 52 38
9
d) 4,222... b c d
381
100 b) 3,81 e) 3,4555... 311
3 90
c) 0,03 100

iLustRAções: fAustino
23 Classifique, no caderno, como racional ou irracional o
número representado em cada um dos itens abaixo:
25 Considere o segmento At B de comprimento 1, em
a) 3 irracional f) 2 3 5 irracional uma unidade u. Descreva um processo para obter o
ponto C da semirreta AyB%, tal que o comprimento
b) 9 g) 5 3 8
do segmento tAC seja 5 na unidade u.
racional racional
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

2
c) 3
8 racional h) irracional
3 A 1 B
4 tAEu tem o comprimento da diagonal de um
O segmento AE
d) 3
5 irracional i)  2 7 3 5 irracional retângulo de dimensões 1 e 2, na unidade u.
3 (Sugestão: Construa um retângulo cuja base meça
1 1 unidade u e cuja altura meça 2 unidades u; calcu-
e) 5 1  3 irracional j) π 1  irracional
2 le agora a medida da diagonal do retângulo.)

Resolva as questões 3 (b, c e d) e 4 (a, b e c) do Roteiro de trabalho.

14 O eixo real

A cada ponto de uma reta r pode-se associar um único número real, e a cada número real
pode-se associar um único ponto dessa reta. Para isso, adotamos os seguintes procedimentos:
• Associamos o número 0 (zero) a um ponto O qualquer de r.
• A cada ponto A de uma das semirretas determinadas por O em r, com A distinto de O,
associamos um número positivo x, que indica a distância de A até O, em uma certa
unidade u.
• A cada ponto A’, simétrico de A em relação a O, associamos o oposto de x.
�4 �3 �2 �1 0 1 2 3 4
O
�√5 �√2 √2 √5
�2,7 �1,5 1,5 2,7
iLustRAções: fAustino

�π �1,8 1,8 π

A esse sistema damos o nome de eixo real, cuja origem é o ponto O e o sentido é o que
concorda com o crescimento dos valores numéricos.

Intervalos reais
Sejam a e b números reais tais que a , b. Chamam-se intervalos reais os subconjuntos de
® apresentados a seguir:
• Intervalo limitado fechado
{x  ® | a < x < b} 5 [a, b]
a b

Uma introdução à linguagem dos conjuntos Capítulo 1 33

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 33 05.03.10 18:32:00


• Intervalo limitado aberto
{x  ® | a , x , b} 5 ]a, b[
a b
• Intervalo limitado semiaberto
{x  ® | a , x < b} 5 ]a, b]
a b

{x  ® | a < x , b} 5 [a, b[
a b

iLustRAções: fAustino
• Intervalo ilimitado
{x  ® | x > a} 5 [a, 1[
a

{x  ® | x . a} 5 ]a, 1[
a

{x  ® | x < a} 5 ]2, a]
a

{x  ® | x , a} 5 ]2, a[
a

® 5 ]2, 1[

Notas:
1. A bolinha cheia () em um extremo do intervalo indica que o número associado a esse
extremo pertence ao intervalo.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2. A bolinha vazia () em um extremo do intervalo indica que o número associado a esse
extremo não pertence ao intervalo.
3. Usaremos sempre a denominação “aberto” no 1 e no 2.
4. Definem-se também intervalos de extremos iguais, por exemplo:
• o intervalo [3, 3] é o conjunto {3};
• os intervalos ]3, 3[ , ]3, 3] e [3, 3[ são vazios.

Exercícios resolvidos

R.15 Dados os intervalos: A 5 ]5, 9], B 5 [7, 11], R.16 A velocidade de um automóvel variou de 0 a 80 km/h
C 5 ]22, [ e D 5 ]2, 8], determinar: em determinado trecho de um percurso.
a) A  B b) A  B c) C 2 D

RoMMeL/MAsteRfiLe/otHeR iMAGes
Resolução
a) A
5 9 x

B
7 11 x

A�B
5 11 x

Logo: A  B 5 ]5, 11]


iLustRAções: fAustino

b) A
x
5 9
B Indicando por x uma velocidade qualquer do au-
7 11 x
tomóvel, em quilômetro por hora, nesse trecho,
A�B classificar como verdadeira ou falsa cada uma
7 9 x
das afirmações.
Logo: A  B 5 [7, 9] a) x pode assumir qualquer valor real, com
0 < x < 80.
c) C b) x pode assumir o valor 70 2 .
�2 x
c) x pode assumir qualquer valor irracional, com
D
8 x 0 < x < 80.
C�D d) Se o automóvel atingiu a velocidade y 3 2 km/h
8 x
nesse trecho, então podemos afirmar que
Logo: C 2 D 5 ]8, 1[ 0 < y < 40 3 2 .

34 Capítulo 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 34 05.03.10 18:32:21


Resolução d) Falsa, pois:
3
a) Verdadeira, pois a velocidade tem variação “con- 0    y 2   80
tínua”, isto é, para passar de uma velocidade me-
Dividindo os membros dessa desigualdade por
nor que determinado valor v para uma velocida-
3
de maior que v, o automóvel tem de passar, 2 , obtemos:
obrigatoriamente, pela velocidade v. 80
0    y   
Assim, para que varie de 0 a 80 km/h, a velocida- 3
2
de deve assumir todos os valores reais x, com 80
0  x  80. Para racionalizar o denominador de , mul- 3
2
b) Falsa, pois 70 2   9 99 , e os valores de x devem tiplicamos o numerador e o denominador por
obedecer a condição 0  x  80. 3
2 2 , obtendo:
c) Verdadeira, pois todo número irracional é real, e
no item a concluímos que x assume qualquer 80    3 2 2
0    y     ⇒  0    y    4
40034
valor real sob a condição 0  x  80. 3
2    3 2 2

3. Situações possíveis:
a) O complementar do conjunto das garotas de sua classe em relação ao conjunto de
todos os alunos da classe é o conjunto de garotos.
b) Número da página desse livro, número de alunos do colégio, número de grãos de
Exercícios propostos areia de uma praia.

26 Dados os intervalos A  [4, 12], B  ]9, 19[, C  ]0, 8] é apresentado em uma das alternativas a seguir.
e D  ], 14], determine: Qual é essa alternativa?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

a) A  B ]9, 12] e) C ]∞, 0]  ]8, 14] a) [3, 7[


D
b) A  B [4, 19[ f) A  B  C ]0, 19[ b) [3, 7]
c) B  D ]14, 19[ g) A  B  C  c) [3, 11[
d) D  B ]∞, 9] d) [3, 11]
e) 
27 No universo R, o conjunto solução do sistema de
inequações (Lembrete: O conjunto solução de um sistema de
 3 x   9    2 x    2 inequações é formado pelas soluções comuns às

 5 x   6 x   3 inequações que o compõem.) alternativa c

Resolva a questão 4 (d, e) do Roteiro de trabalho.


2. a) Espera-se que os alunos elaborem uma explicação para as definições de união e intersecção de dois conjuntos A e B. Por exemplo:
• A união de A e B é formada pelos elementos comuns e não comuns aos conjuntos A e B; caso A e B sejam vazios, a união é o conjunto vazio.
• A intersecção de A e B é formada pelos elementos comuns aos conjuntos A e B. Caso A e B não tenham elementos comuns, a intersecção é o conjunto vazio.
b) Espera-se que os alunos elaborem uma explicação para a definição de diferença de dois conjuntos, por exemplo, a diferença entre os conjuntos A e B,
nessa ordem, é o conjunto cujos elementos são todos aqueles que pertencem a A e não pertencem a B.
Situações possíveis:
3. c) No painel que mostra os números dos andares de um prédio, em um elevador,
Roteiro de trabalho leem-se os números inteiros: –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, 4, ..., 15. Os números negativos
indicam os subsolos, o número zero indica o andar térreo e os números inteiros
positivos indicam os andares acima do térreo.

1 Reúna-se em grupo para discutir sobre os itens abaixo. 3 Reúna-se em grupo para discutir sobre os itens abaixo.
Vocês poderão usar jornais e revistas para ilustrar as Vocês poderão usar jornais e revistas para ilustrar as
situações. situações. Para isso, escolham situações do dia a dia na
a) Escolham situações do dia a dia na qual estejam qual estejam presentes:
presentes os conceitos de conjunto, elemento de a) os conceitos de conjunto complementar;
um conjunto e subconjunto. Organizem a apresen- b) os números naturais. Organizem a apresentação
tação de cada situação em uma folha de papel, ex- de cada situação em uma folha de papel, explican-
plicando o conceito de conjunto, de elemento de do a presença dos números naturais;
um conjunto e de subconjunto. c) os números inteiros. Organizem a apresentação de
b) Escolham uma situação do dia a dia na qual este- cada situação em uma folha de papel, explicando a
ja presente o conceito de conjunto universo. Or- presença de números inteiros;
ganizem a apresentação da situação em uma fo- d) os números racionais. Organizem a apresentação
lha de papel, explicando o conceito de conjunto de cada situação em uma folha de papel, explican-
universo. do a presença de números racionais.
Os saldos, em real, apresentados em um extrato bancário
são números racionais: 51,20; 30,50; –25,36 etc.
2 Em duplas, elaborem uma explicação de: 4 Em duplas, respondam:
Ver Suplemento com
a) união e intersecção de dois conjuntos A e B; a) O que é uma dízima periódica? orientações para o professor.
b) diferença de dois conjuntos A e B. b) O que é uma dízima não periódica?
Situações possíveis:
1. a) No conjunto A dos nomes dos meses do ano, A = {janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro}, o
nome de cada mês é um elemento de A. Os nomes dos meses que compõem o primeiro semestre formam um subconjunto de A.
Uma introdução à linguagem dos conjuntos Capítulo 1 35
b) Ao estudar a fauna brasileira, o conjunto universo é aquele formado por todos os animais típicos do Brasil.

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c) Expliquem com suas palavras como reconhecer e) Observe a representação do intervalo ]3, 7[:
um número: Resposta pessoal.
3 7 x
• natural;
• inteiro; Expliquem o porquê da necessidade da “bolinha
• racional; vazia” para representar a exclusão dos números 3 e
Sendo a e b números reais 7 dos extremos desse intervalo. Para excluir esses
• irracional;
quaisquer, com a < b, os números do intervalo, não poderíamos usar a “bo-
• real. subconjuntos de IR,
representados a seguir, são
linha cheia” no primeiro número real maior que 3
d) O que é um intervalo real? chamados de intervalos reais: e no último número real menor que 7?
{x  ® | a  x  b}, {x  ® | a  x  b}, {x  ® | a  x  b}, {x  ® | a  x  b}, O uso da bolinha vazia indica que o número associado ao
{x  ® | x  a}, {x  ® | x  a}, {x  ® | x  a}, {x  ® | x  a} e ®. extremo, nesse caso 3 e 7, não pertence ao intervalo.
Não, pois não existe o primeiro número real maior que 3
nem o último número real menor que 7.
Exercícios complementares

1 Cada um dos 51 professores de uma escola leciona 8


em pelo menos um dos três prédios, A, B e C, que a 7 (FUERN) A soma da fração com a dízima periódi-
9
escola possui. A distribuição de aulas aos professores ca 3,222... é: alternativa c
foi feita de modo que, precisamente: 40 39 37 34 13
a) b) c) d) e)
• 32 professores lecionam no prédio A; 9 9 9 7 3
• 30 professores lecionam no prédio B; 8 A vazão de uma torneira é de x li-

MATTHIAS KULKA/CORBIS/
LATINSTOCK
• 29 professores lecionam no prédio C; tros de água por minuto.
• 17 professores lecionam nos prédios A e B; a) Atribua um valor a x, de modo

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• 18 professores lecionam nos prédios A e C; que em 1,8 minuto a quantidade
• 13 professores lecionam nos prédios B e C. de água, em litro, despejada pela
Quantos professores lecionam nos três prédios da escola? torneira possa ser representada
oito professores por um número inteiro. 5
2 Represente o conjunto A na forma tabular, sabendo b) Atribua um valor a x, de modo que em três minu-
que: tos a quantidade de água, em litro, despejada pela
• A  N; torneira possa ser representada por um número
• 4 é o menor número que pertence a A; racional não inteiro. 2,5
• se x  A, então x  1  A. A  {4, 5, 6, 7, …} c) Qualquer que seja o valor racional atribuído a x,
pode-se concluir que em 2,3 minutos a quantidade
3 Classifique como par ou ímpar cada um dos números de água, em litro, despejada pela torneira pode ser
abaixo, considerando que a variável n pode assumir representada por um número racional? Por quê?
Sim, porque o produto de dois números
qualquer valor inteiro. racionais quaisquer é um número racional.
a) 2n par e) 4n  1 ímpar 9 Obtenha dois números racionais entre 2  e   3 .
Resposta possível: 1,42 e 1,43
b) 2n  1 ímpar f) 6n  2 par
c) 2n  1 ímpar g) 8n  3 ímpar 10 A representação decimal de um número real x apre-
d) 4n par senta infinitas casas decimais. Determine a alternati-
va correta. alternativa e
4 (Fuvest-SP) Um caixa automático de banco só traba- a) x é irracional.
lha com notas de 5 e 10 reais. Um usuário fez um sa- b) x é racional.
que de R$ 100,00. c) x é irracional se for uma dízima periódica.
Pode-se concluir que dentre as notas retiradas: d) x é racional se for uma dízima não periódica.
e) x é irracional se for uma dízima não periódica.
a) o número de notas de R$ 10,00 é par;
b) o número de notas de R$ 10,00 é ímpar;
11 Qual é a afirmação verdadeira? alternativa e
c) o número de notas de R$ 5,00 é par;
a) Há exatamente seis números inteiros compreen-
d) o número de notas de R$ 5,00 é ímpar;
didos entre 7 e 7 3 .
e) o número de notas de R$ 5,00 é par e o número de
b) Um número irracional compreendido entre 7 e
notas de R$ 10,00 é ímpar. alternativa c
17
7 3 pode ser .
2
5 Prove que o produto de um número par qualquer por
c) Um número racional compreendido entre 7 e 7 3
um número ímpar qualquer é um número par.
7   7 3
pode ser .
6 Determine o menor número que pertence a cada um 2
dos conjuntos: d) O menor número racional compreendido entre 7 e
7 3 é 7,1.
a) A  {x  N | x  5} 5
b) B  {x  Z | x  5} 6 e) Os números inteiros pares compreendidos entre 7
c) C  {x  Q | x  5} 5 e 7 3 são todos aqueles da forma 2n, com n  Z
d) D  {x  Q | x  5} não existe e 4  n  6.
5. Um número par e um número ímpar, genéricos, são, respectivamente, 2n e 2k  1, com {n, k}  Ω.
Assim, temos: 2n  (2k  1)  2(2nk  n)
36 Capítulo 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos inteiro
Como 2nk  n é inteiro, conclui-se que 2(2nk  n) é par.

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12 Sejam A 5 ]3, 9] e B 5 ]5, 1[. Sabendo que um nú- De acordo com esses dados:
mero x pertence a A > B, pode-se concluir que x não a) quantos alunos leram apenas o romance Dom
pertence ao intervalo: alternativa c Casmurro? 148
a) [9, 1[ d) ]2, 9[ b) quantos alunos responderam “não” às três perguntas?
332
b) ]8, 1[ e) [7, 9]

Reprodução

Reprodução

Reprodução
c) [10, 15]

13 (Fuvest-SP) O número x não pertence ao intervalo


aberto de extremos 21 e 2. Sabe-se que x , 0 ou x . 3.
Pode-se então concluir que: alternativa a
a) x < 21 ou x . 3 d)  x . 3
b) x > 2 ou x , 0 e)  n.d.a.
c) x > 2 ou x < 21 Romances da fase realista de Machado de Assis
(1839-1908)

14 (PUC-RS) Em uma escola, numa turma de 20 estu-


dantes, 16 jogam futebol, 12 jogam voleibol, e 2 não 18 (UFMG) Uma pesquisa foi feita com um grupo de
praticam esporte algum. O número de alunos dessa pessoas que frequentam, pelo menos, uma das três
turma que joga somente futebol é: alternativa b livrarias, A, B e C. Foram obtidos os seguintes dados:
a)  4     b)  6     c)  10     d)  12 • Das 90 pessoas que frequentam a livraria A, 28 não
frequentam as demais;
15 (UFRN) Em um concurso público aplicado a 3.000
• Das 84 pessoas que frequentam a livraria B, 26 não
candidatos, 2.300 obtiveram notas superiores ou iguais
frequentam as demais;
a 4,0, e 2.700 obtiveram notas inferiores ou iguais a 6,0.
• Das 86 pessoas que frequentam a livraria C, 24 não
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Calcule o número de candidatos cujas notas foram:


a) maiores ou iguais a 4,0 e menores ou iguais a 6,0; 2.000 frequentam as demais;
b) menores que 4,0. 700 • 8 pessoas frequentam as três livrarias.
a) Determine o número de pessoas que frequentam
16 (PUC-RJ) Numa pesquisa de mercado, verificou-se que apenas uma das livrarias. 78
15 pessoas utilizam pelo menos um dos produtos A ou b) Determine o número de pessoas que frequentam,
B. Sabendo que 10 dessas pessoas não usam o produto B pelo menos, duas livrarias. 87
e que 2 dessas pessoas não usam o produto A, qual é o c) Determine o número total de pessoas ouvidas nes-
número de pessoas que utilizam os produtos A e B? 3 sa pesquisa. 165

17 No início do ano letivo, o professor de Literatura su- 19 (Enem) Se compararmos a idade do planeta Terra,
geriu aos 1.210 alunos do Ensino Médio de um colé- avaliada em 4,5 bilhões de anos (4,5 3 109 anos), com
gio a leitura de três obras de Machado de Assis: Me- a de uma pessoa de 45 anos, então, quando começa-
mórias póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro e ram a florescer os primeiros vegetais, a Terra já teria
Quincas Borba. No final do ano, o professor realizou 42 anos. Ela só conviveu com o homem moderno nas
uma sondagem, com os mesmos 1.210 alunos, em últimas quatro horas e, há cerca de uma hora, viu-o
que cada aluno respondeu “sim” ou “não” a cada uma começar a plantar e a colher. Há menos de um minuto,
das seguintes perguntas: percebeu o ruído de máquinas e de indústrias e, como
I. Você leu o romance Memórias póstumas de Brás denuncia uma ONG de defesa do meio ambiente, foi
Cubas, de Machado de Assis? nesses últimos sessenta segundos que se produziu
II. Você leu o romance Dom Casmurro, de Machado todo o lixo do planeta!
de Assis?
I. O texto permite concluir que a agricultura come-
III. Você leu o romance Quincas Borba, de Machado
çou a ser praticada há cerca de: alternativa d
de Assis?
a) 365 anos;
Os resultados, o professor tabulou da seguinte maneira:
b) 460 anos;
Resposta “sim” Número de alunos c) 900 anos;
d) 10.000 anos;
à pergunta I 487
e) 460.000 anos.
à pergunta II 449
II. Na teoria do Big Bang, o universo surgiu há cerca
à pergunta III 465 de 15 bilhões de anos, a partir da explosão e ex-
às perguntas I e II
235
pansão de uma densíssima gota. De acordo com a
simultaneamente escala proposta no texto, essa teoria situaria o iní-
às perguntas I e III cio do universo há cerca de: alternativa b
222
simultaneamente a) 100 anos;
às perguntas II e III
216 b) 150 anos;
simultaneamente c) 1.000 anos;
às perguntas I, II e III d) 1.500 anos;
150
simultaneamente e) 2.000 anos.
 Ω.

Uma introdução à linguagem dos conjuntos Capítulo 1 37

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 37 05.03.10 18:33:17


w
Matemática sem fronteiras

Os sistemas digitais e a base binária


O sistema de numeração mais utilizado atualmente é o sistema de base 10. Isso significa que,
quando contamos, agrupamos as unidades de dez em dez, de modo que dez unidades formam
uma dezena, dez dezenas formam uma centena, e assim por diante.
No sistema de base 10, o número 271, por exemplo, pode ser representado sob a forma
da seguinte decomposição:
271 5 200 1 70 1 1

271 5 2 ? 10 2 1 7 ? 10 1 1 1 ? 10 0

Porém, existem outras bases de contagem. Se quisermos representar o número 271 em outra
base de contagem, por exemplo na base 2, chamada base binária, devemos encontrar os núme-
ros naturais que preenchem os espaços abaixo adequadamente (sendo n um número natural):
271 5 · 2n 1 · 2n 2 1 1 · 2n 2 2 1 · 2n 2 3 1 … 1 · 23 1 · 22 1 · 21 1 · 20

Para a obtenção desses números, basta efetuar a divisão de 271 por 2, cujo quociente deve

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
também ser dividido por 2; e o novo quociente ainda deve ser dividido por 2, e assim por diante,
até se obter um quociente menor que 2, isto é:
271 2
1 135 2  
1 67
7 2
1 33
3 2
1 16
6 2
0 8 2
0 4 2
0 2 2
0 1 último quociente

Os restos das divisões e o último quociente, na ordem inversa em que foram obtidos, isto é,
1, 0, 0, 0, 0, 1, 1, 1 e 1, são os valores procurados. Assim:
271 5 1 ? 28 1 0 ? 2 7 1 0 ? 2 6 1 0 ? 2 5 1 0 ? 2 4 1 1 ? 2 3 1 1 ? 2 2 1 1 ? 2 1 1 1 ? 2 0 ⇒271 5 1000011112
Esse número deve ser lido “um, zero, zero, zero, zero, um, um, um, um na base dois”.
Essa base, a base binária, é a utilizada pelos computadores. Todas as informações armazena-
das ou processadas são representadas por códigos formados apenas por dígitos 1 ou 0, daí vem
o nome de sistema digital. Por exemplo, à letra A corresponde o código ASCII – 01000001 (a sigla
ASCII deriva da expressão American Standard Code Information Interchange).
A escolha do sistema binário pela informática deve-se à alta velocidade de armazenamento
e processamento de dados que esse sistema proporciona.
sCienCe And soCietY
PiCtuRe LiBRARY/
dioMediA

Evolução do computador
1645
Atribui-se a Blaise Pascal (1623-1622)
a construção da primeira calculadora
MAnGA

mecânica, Pascaline, capaz de fazer


somas e subtrações.
sCienCe And soCietY
PiCtuRe LiBRARY/dioMediA

2000 a.C. 1801


O ábaco é considerado o Joseph M. Jacquard inventou
primeiro dispositivo criado um tear mecânico dotado de
para facilitar o trabalho do uma leitora de cartões perfurados,
homem em processar os quais representavam os
informações. desenhos do tecido.

Dados disponíveis em: <http://www.puc-rio.br>. Acesso em: 22 set. 2009.

38 Capítulo 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 38 05.03.10 18:33:36


Atividades

1 Como vimos no texto, a notação 1000011112 representa um número na base binária (a base 2 é indicada à direita e um
pouco abaixo do último algarismo do número). Analogamente, os números apresentados nos itens abaixo, estão repre-
sentados nas bases 2, 3 e 5, respectivamente. Qual é a representação decimal (base dez) desses números?
a) 101112 23 b) 211023 200 c) 1214035 4.603

2 Quando a representação de um número não explicita a base de contagem, fica subentendida a base 10; por exemplo, a
notação 52610 pode ser indicada simplesmente por 526, e representa o número quinhentos e vinte e seis. Represente esse
número nas bases 4, 5 e 6. 100004; 20115; 11046

3 A tabela abaixo apresenta a tabela do ASCII usada na maioria dos computadores para a representação de caracteres de
escrita, como letras, algarismos, sinais de pontuação etc., ou de controle, como backspace, return, space etc. Observe na
tabela abaixo a representação de alguns desses caracteres:

Tabela de códigos ASCII na base decimal de alguns caracteres


Decimal Caractere Decimal Caractere Decimal Caractere Decimal Caractere
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

48 0 68 D 88 X 108 l
49 1 69 E 89 Y 109 m
50 2 70 F 90 Z 110 n
51 3 71 G 91 [ 111 o
52 4 72 H 92 \ 112 p
53 5 73 I 93 ] 113 q
54 6 74 J 94 ^ 114 r
55 7 75 K 95 _ 115 s
56 8 76 L 96 ` 116 t
57 9 77 M 97 a 117 u
58 : 78 N 98 b 118 v
59 ; 79 O 99 c 119 w
60 < 80 P 100 d 120 x
61 = 81 Q 101 e 121 y
62 > 82 R 102 f 122 z
63 ? 83 S 103 g 123 {
64 @ 84 T 104 h 124 |
65 A 85 U 105 i 125 }
66 B 86 V 106 j
67 C 87 W 107 k
Dados disponíveis em: <http://www.tabelaascii.com>. Acesso em: 22 set. 2009.

Embora a tabela apresente os caracteres associados a números na base decimal, a linguagem dos computadores utiliza
a base binária, representando cada caractere por 8 dígitos, conforme vimos no texto. Consultando a tabela, determine
o número de base 2 que representa cada um dos caracteres:
a) g 1100111 b) G 1000111 c) @ 1000000

1884
THE NATIONAL ARCHIVES/
HERITAGE/OTHER
IMAGES
THE GRANGER
COLLECTION/
OTHER IMAGES

Herman Hollerith (1860-1929)


1946
também inspirou-se nos cartões de
Surge o ENIAC, primeiro
Jacquard para criar uma máquina para
computador eletrônico
acumular e classificar informações –
digital de grande porte.
a tabuladora de censo.
HULTON ARCHIVE/
GETTY IMAGES

ARQUIVO BETTMANN/
CORBIS/LATINSTOCK

1833 1943
Charles Babbage (1792-1871) Colossus, primeiro
concebeu um computador computador eletrônico
analítico. Babbage é considerado programável.
o precursor do computador.

Uma introdução à linguagem dos conjuntos Capítulo 1 39

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C01(006a039).indd 39 4/20/10 2:50:26 PM


CAPÍTULO Temas básicos da Álgebra e

2
matemática financeira

Além da teoria

O planeta Terra existe há aproximadamente 4,5 bilhões


de anos.
Os dinossauros surgiram há cerca de 220 milhões de anos.

Se representássemos a idade da Terra por 1 ano, como de-


terminaríamos há quantos dias os dinossauros surgiram?
aproximadamente 17,84 dias

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Neste capítulo você irá rever alguns temas básicos da
Álgebra, como equação do 1‚ grau, e, com isso,
poderá resolver este e outros problemas.
STEVEVIDLER/TPG IMAGES/AGB PHOTO – MUSEU FIELD, CHICAGO.

Esse esqueleto de tyrannosaurus rex foi montado com


mais de 200 ossos fossilizados. Para se ter uma ideia do
tamanho real do animal, da cabeça à ponta da cauda
são 12,80 m. A única parte do esqueleto que é feita de
cera é a cabeça, pois sua massa era excessiva (aproxi-
madamente 907 kg) para a estrutura óssea. A cabeça
original está exposta em outra sala do Field Museum, de
Chicago, nos Estados Unidos. (2005)

40 Capítulo 2 Temas básicos da Álgebra e matemática financeira

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C02(040a051).indd 40 05.03.10 19:22:25


1 Equações polinomiais do 1
1‚ grau

Muitas vezes, em nosso dia a dia, resolvemos problemas sem nos


darmos conta de que estamos aplicando importantes conceitos mate-
máticos. Por exemplo, a propaganda ao lado foi veiculada em jornais
e revistas, durante uma promoção de vendas de refrigeradores.
Note que a propaganda não explicita o valor da entrada, mas, re-
lacionando as informações, é possível determiná-lo:
• multiplicando-se por 12 o valor 84,50, obtém-se 1.014, que é o

IARA VENANZI/KINO
total, em real, pago pelas prestações;
• subtraindo-se 1.014 do preço total do refrigerador, obtém-se o

WAGNER WILLIAN
valor da entrada:
1.234  1.014  220
Concluímos, então, que a entrada é de R$ 220,00.
O que fizemos nesse exemplo foi determinar o valor desconhecido x na sentença matemática:
x  12  84,50  1.234
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Essa sentença é chamada de equação polinomial do 1‚ grau na incógnita x. O valor 220,


que, atribuído a x, torna a sentença verdadeira, é chamado de raiz da equação.

As equações polinomiais do 1‚ grau são aquelas que podem ser representadas sob a forma:
ax  b  0,
em que a e b são constantes reais, com a  0, e x é a incógnita.

Na situação apresentada na abertura do capítulo, se indicarmos por x o tempo pedido, em


ano, temos:
4, 5  109 220  106
    ⇒   ( 4, 5  109 ) x   (2 2 0  106 )  0
1 x
Obtemos, assim, um exemplo de uma equação polinomial do 1‚ grau, em que a  4,5  109
e b  220  106.
A resolução desse tipo de equação é fundamentada nas propriedades da igualdade, des-
critas a seguir.
• Adicionando um mesmo número a ambos os membros de uma igualdade, ou subtraindo
um mesmo número de ambos os membros, a igualdade se mantém.
• Dividindo ou multiplicando ambos os membros de uma igualdade por um mesmo número
não nulo, a igualdade se mantém.

Exercícios resolvidos

R.1 Determinar o número x tal que 5x  8  2x  4.


Resolução
Adicionamos 2x e 8 a ambos os membros da equação 5x  8  2x  4, obtendo:

5x  8  2x  8  2x  4  2x  8 ⇒ 3x  12

Dividimos por 3 ambos os membros da equação, concluindo:


3x 12
    ⇒   x    4
3 3

Temas básicos da Álgebra e matemática financeira Capítulo 2 41

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C02(040a051).indd 41 05.03.10 19:22:33


R.2 Em certo dia, durante uma greve, apenas uma parte do qua-

NELSON ANTOINE/FOTO ARENA/AGÊNCIA ESTADO


dro de funcionários compareceu para trabalhar em um posto
de atendimento. Se nesse dia cada um dos funcionários aten-
desse 50 clientes, 30 ficariam sem atendimento.
Como todos os clientes foram atendidos e cada funcionário
fez 51 atendimentos, calcular o número de funcionários que
compareceram ao posto nesse dia.
Resolução
Indicando por x o número de funcionários que compareceram
ao posto nesse dia, temos que:

51x  50x  30 ⇒ 51x  50x  30


 x  30 Pessoas reunidas em
assembleia para votação
Concluímos, então, que 30 funcionários compareceram ao pos- de continuidade de
to nesse dia. greve.

Conjunto universo e conjunto solução


de uma equação
Pelo contexto da questão resolvida R.2, concluímos que o valor de x na equação formada só

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
pode ser aceito se for um número natural, pois x representa um número de pessoas. Por isso, dize-
mos que o conjunto universo desse problema é o conjunto dos números naturais. Caso encon-
trássemos um valor não natural para x, o problema seria impossível, isto é, não teria solução.
Porém, uma equação pode ser proposta fora de um contexto que permita a determinação de
seu conjunto universo. Quando isso acontece, é usual indicar explicitamente qual é o conjunto
universo U. Dessa forma, serão aceitas como soluções apenas as raízes que pertençam a U. O
conjunto formado por essas soluções é chamado de conjunto solução (S) ou conjunto ver-
dade (V ) da equação.

Exercício resolvido

2x 7x
R.3 Resolver a equação  2x
2x  1
3 2
a) no universo Q b) no universo Z
Resolução
a) Para facilitar a resolução, podemos eliminar os denominadores, multiplicando ambos
os membros da equação por um múltiplo comum aos denominadores; preferivelmente
pelo menor múltiplo comum: mmc(3, 2)  6

 2x   7x 
6      2 x   6    1
 3   2 

Aplicando a propriedade distributiva, obtemos:


4x  12x  21x  6
Adicionamos 21x a ambos os membros:
4x  12x  21x  21x  6  21x ⇒ 5x  6
Dividimos por 5 ambos os membros da equação, concluindo:
7 x 6 6
  ⇒  x 
5 5 5
6 6
Como pertence ao conjunto universo Q, concluímos que o conjunto solução é: S  { }
5 5
6
b) Como não pertence ao conjunto universo Z, concluímos que o conjunto solução é: S  
5

42 Capítulo 2 Temas básicos da Álgebra e matemática financeira

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Exercícios propostos

1 Determine o valor da incógnita nas equações. 5 (Uepa) João e Paulo receberam, juntos, R$ 630,00
a) 10x  8  3x  6 2 por um trabalho. Se João gastar R$ 60,00 do que re-
b) 5  2(3y  1)  7y  6 3 cebeu, e Paulo gastar R$ 90,00, ambos ficarão com
7
c) 4t  (2t  5)  3  4(2t  3)  quantias iguais. A quantia recebida por Paulo foi:
5 alternativa e
a) o triplo da de João.
2 Considerando como universo o conjunto dos nú- b) a metade da de João.
meros reais, determine o conjunto solução das c) R$ 150,00 a mais do que a de João.
equações. d) o dobro da de João.
x 3x e) R$ 30,00 a mais do que a de João.
 16 
a)    2    x   4 S    
8 6  11 
6 Um ciclista percorreu 135 quilômetros em três ho-
n n2 ras: na primeira hora percorreu 5 quilômetros a
b)  4 S  {6}
3 4 mais que na segunda; na terceira hora percorreu a
terça parte da distância percorrida na primeira.
2k  1 k 3 1  4  Quantos quilômetros esse ciclista percorreu na ter-
c)   S    
2 6 3  5  ceira hora? 20 km

3 (UEMG) Em uma cidade, o preço pago por uma 7 Ao parar em um posto para abastecer o carro, um
corrida de táxi inclui uma parcela fixa, denominada motorista observou que na bomba de combustível
bandeirada, e uma parcela que depende da distân- havia três visores: o superior, que

PAULO MANZI/CID
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

cia percorrida. estava zerado, indicava o total a


A bandeirada custa R$ 4,18 e cada quilômetro ro- pagar; o do meio, que também es-
dado custa R$ 0,83. A distância percorrida por um tava zerado, indicava o total de li-
passageiro que pagou R$ 14,14 foi: alternativa c tros vazados; e o inferior, que apre-
a) 7 km b) 9 km c) 12 km d) 14 km sentava a cifra R$ 2,55, indicava o
preço do litro do combustível.
4 Um fazendeiro colheu milho, feijão e café, num to- Ao completar o tanque nessa
tal de 14.400 sacas, sendo que a quantidade de sa- bomba, o motorista observou que
cas de café foi o quádruplo da quantidade de sacas a diferença entre os números dos
de feijão. Se tivesse colhido mais 2.400 sacas de fei- dois visores superiores era 44,02.
jão, o total dessas sacas atingiria o total de sacas de Quantos litros abasteceram esse
milho. Calcule o total de sacas de café. 8.000 sacas carro? 28,4 litros

Resolva a questão 1 (a e b) do Roteiro de trabalho.

2 Inequações polinomiais do 1‚ grau

Provavelmente as necessidades de seu dia a dia já o obrigaram a resolver inequações.


Observe o exemplo a seguir.
Uma escola adota o sistema de notas de 1 a 10, estabelecendo uma nota mínima para o aluno
ser aprovado. Vamos supor que, nessa escola, a média mínima para aprovação automática seja
6,0 e que essa média, em cada matéria, seja calculada pela expressão:
a  b  2  c  2  d
,
6
em que as letras a, b, c e d representam as notas do 1‚, 2‚, 3‚ e 4‚ bimestres, respectivamente. Se
as notas de um aluno em História fossem 6,8; 6,0 e 7,0 nos três primeiros bimestres, respectivamen-
te, sua nota d, do último bimestre, para a aprovação automática, deveria satisfazer a condição:
6, 8  6, 0  2  7, 0  2  d
  6
6
Essa sentença é chamada de inequação polinomial do 1‚ grau na variável d.

Temas básicos da Álgebra e matemática financeira Capítulo 2 43

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C02(040a051).indd 43 05.03.10 19:22:51


Inequação polinomial do 1‚ grau na variável x é toda desigualdade que pode ser repre-
sentada sob a forma:
ax  b  0
(ou com as relações , ,  ou ), em que a e b são constantes reais, com a  0.

A resolução desse tipo de inequação é fundamentada nas propriedades das desigualdades


descritas a seguir.
• Adicionando um mesmo número a ambos os membros de uma desigualdade, ou subtrain-
do um mesmo número de ambos os membros, a desigualdade se mantém.
• Dividindo ou multiplicando ambos os membros de uma desigualdade por um mesmo
número positivo, a desigualdade se mantém.
• Dividindo ou multiplicando por um mesmo número negativo ambos os membros de uma
desigualdade do tipo , ,  ou , a desigualdade inverte o sentido.

Exercícios resolvidos

R.4 Considerando como universo o conjunto dos nú- R.5 (Covest-PE) Um provedor de acesso à internet
meros naturais, determinar o conjunto solução oferece dois planos para seus assinantes:
da inequação: 5x  8  3x  12 Plano A – Assinatura mensal de R$ 8,00 mais

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Resolução R$ 0,03 por minuto de conexão durante o mês.
Adicionando 8 a cada membro da inequação e sub- Plano B – Assinatura mensal de R$ 10,00 mais
traindo 3x de cada membro, obtemos: R$ 0,02 por minuto de conexão durante o mês.
5x  3x  12  8 ⇒ 2x  20 Acima de quantos minutos de conexão por mês é
mais econômico optar pelo plano B?
Dividindo ambos os membros da inequação por 2,
a) 160 b) 180 c) 200 d) 220
20
obtemos: x  ⇒ x  10
2 Resolução
No universo considerado (N), o conjunto dos valo- Sendo x o número de minutos de conexão por mês,
res de x que satisfazem a inequação é o conjunto a opção pelo plano B será mais econômica do que
solução S, tal que S  {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}. pelo plano A se: 10  0,02x  8  0,03x, ou seja,
(Nota: Se o universo do exercício fosse o conjunto 10  8  0,03x  0,02x ⇒ 2  0,01x
dos números reais, não seria possível explicitar, um
 x  200
a um, todos os números reais menores que 10. Por
isso, o conjunto solução S seria representado sim- Logo, a opção pelo plano B será mais econômica
plesmente por: S  {x  R | x  10}) para mais de 200 minutos de conexão mensal.

Exercícios propostos

8 Considerando o universo dos números inteiros, de- 10 (FGV-SP) As tarifas praticadas por duas agências de
termine o conjunto solução das inequações. locação de automóveis para veículos idênticos são:
a) 9x  5(3  2x)  7x  9 S  {3, 4, 5, 6, ...}
WAGNER WILLIAN

b) 4y  5  2(y  3)  5y S  {{3, 2, 1, 0, 1, 2, ...}


c) 6t  (5t  8)  1  2(5  t) S  {1, 2, 3, 4, ...}

9 Resolva as inequações seguintes, no universo R.


2x x 3x  40 
a)  1    S   x   ® |  x    
2 10 8  3 

3(k  2) 1  16 
b) 4 k      2(1  3k 3k ) S   kk   ®  | |  k   
4 2  37 

a4  2  Sob que condição é mais vantajoso alugar um carro


c) 2a   1 S   a   ®  | |  a   
2  3  na agência A do que na agência B?
É mais vantajoso alugar um carro na agência A se o total de
quilômetros rodados for superior a 100.
Resolva a questão 1c do Roteiro de trabalho.

44 Capítulo 2 Temas básicos da Álgebra e matemática financeira

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C02(040a051).indd 44 05.03.10 19:23:02


3 Sistemas de equações polinomiais
do 1‚ grau

Um terreno retangular tem 80 m de perímetro, de modo que o comprimento tem 20 m a


mais que a largura. Quais são as dimensões desse terreno?
Para resolvermos problemas como esse, podemos equacioná-los com uma ou mais incógnitas.
Equacionando com uma única incógnita Equacionando com duas incógnitas
Indicando por x a medida da largura do re- Indicando por x e y as medidas, em metro,
tângulo, em metro, temos que a medida do da largura e do comprimento do terreno, res-
comprimento é x  20. pectivamente, temos:

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
y
x � 20
x x
x x
y
x � 20
Assim, equacionando as informações do pro-
É dado que o perímetro do terreno é 80 m; blema, obtemos duas equações e duas incógnitas:
assim, temos a equação:
2x  2y  80

(x  20)  (x  20)  x  x  80, y   x  20
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

que é equivalente a 4x  40  80, da qual Essas duas equações polinomiais do 1‚ grau,


obtemos x  10. Assim, concluímos que o ter- por conterem as mesmas incógnitas x e y, for-
reno tem 30 m de comprimento por 10 m de mam um sistema de equações do 1‚ grau
largura. com duas incógnitas.

Dentre os vários métodos de resolução desse tipo de sistema, estudados no Ensino Fundamental,
vamos revisar os métodos da adição e da substituição, nos exercícios resolvidos R.6 e R.7, a seguir.

Exercícios resolvidos BE
TO
CE
LL
I
R.6 Resolver o sistema de equações nas incógnitas a e b. R.7 Um cliente de um banco fez um
saque de R$ 1.200,00 em notas de
 3 a  2b  4
 10 reais e de 20 reais, num total de 73 notas.
 5a  7b  3 Quantas notas de 10 reais ele sacou?
Resolução
Aplicando o método da adição, podemos proceder Resolução
da seguinte maneira: Indicando por x e y as quantidades de notas de 10 e
• Multiplicam-se os dois membros da primeira equa- de 20 reais, respectivamente, as informações desse
ção por 5 e os dois membros da segunda por 3, enunciado podem ser representadas pelo sistema:
obtendo, assim, coeficientes opostos na incógnita a:
x  y  73
 15a  10 b  20 
 10x  20y
20  1.200
15a
15a  21b  9
Aplicando o método da substituição, vamos isolar a
• Adicionam-se, membro a membro, as duas equa-
incógnita x na primeira equação, obtendo:
ções do sistema, obtendo-se:
11b  11 e, portanto, b  1 x  73  y (I)
• Substitui-se b por 1 em qualquer equação do 
 10x  20
20y  1.200 (II)
sistema, por exemplo, em 3a  2b  4:
3a  2  (1)  4 ⇒ a  2 Substituindo (I) em (II), temos:
O conjunto solução do sistema é: S  {(2, 1)} 10(73  y)  20y  1.200 ⇒
⇒ 730  10y  20y  1.200
A menos que se especifique o contrário, obede-
ceremos à ordem alfabética das incógnitas no par
 10y  470 ⇒ x  47
ordenado que é solução do sistema. Concluímos, então, que o cliente sacou 47 notas de
10 reais.

Temas básicos da Álgebra e matemática financeira Capítulo 2 45

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Exercícios propostos

11 Resolva os seguintes sistemas.

 x  5y  3 S  {(8, 1)}
 3x  2 y  1  9 2  
a)  c)  S    ,   
 2 x  3 y  13  4x  5y  2  23 23 

 5 x  3 y  11  8x  4 y  2  1 y
b)  S  {(1, 2)} d)  S  {(0, 1)}
 6x  y  4  3x  2  2 y  6
6x

• Junte-se a um colega e compare os métodos que vocês utilizaram para resolver os


itens desse exercício. Discutam se, dependendo de como o sistema de equação do 1º
grau é apresentado, um método é melhor que o outro.

12 (U. Amazonas) Dois reservatórios, A e B, contêm juntos 1.100 litros de gasolina. Se


fossem acrescentados 100 litros de gasolina ao reservatório A ele ficaria com a metade
da gasolina contida em B. A quantidade de gasolina no reservatório B é: alternativa a
a) 800 L b) 900 L c) 600 L d) 1.000 L e) 860 L

13 Uma gravadora lançou uma coleção de MPB com 187 músicas distribuídas em 15 CDs,
alguns com 12 músicas cada e outros com 13 músicas cada.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Quantos desses CDs contêm 12 músicas cada um? alternativa a
a) 8 b) 7 c) 6 d) 5 e) 4

4 Equações polinomiais do 2‚ grau

Suponha que 200 m lineares de tela tenham sido usados para cercar um terreno retangular
de 2.100 m2 de área.
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

Para determinar as dimensões desse terreno, podemos indicar por x o seu comprimento, em
metro, e, consequentemente, por 100  x a sua largura.
x

100 � x 100 � x

x
Assim, temos:
x(100  x)  2.100
ou seja: 100x  x 2  2.100
ou ainda: x 2  100x  2.100  0

A sentença x 2  100x  2.100  0 é uma equação polinomial do 2‚ grau na incógnita x,


cuja resolução é apresentada no exercício resolvido R.8.

Toda equação que pode ser representada sob a forma:


ax2  bx  c  0,
em que a, b e c são números reais, com a  0, é chamada de equação polinomial do
2‚ grau na incógnita x.

46 Capítulo 2 Temas básicos da Álgebra e matemática financeira

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Se b  0 ou c  0, tem-se uma equação polinomial do 2‚ grau incompleta.
Qualquer equação polinomial do 2‚ grau pode ser resolvida pela fórmula a seguir.

b    
x , em que:   b 2  4ac
2a

A expressão  (delta), chamada de discriminante da equação, informa-nos se a equação


tem raízes reais e, no caso de existirem, se são iguais ou diferentes. Veja:

• Quando   0, a equação não possui raízes reais.

• Quando   0, a equação possui duas raízes reais, sendo iguais quando   0 ou distintas quan-
do   0.

Se x1 e x2 são as raízes da equação do 2‚ grau ax2  bx  c  0, então a soma S e o produto


P dessas raízes são:

b c
S  x1  x 2   e P  x1  x 2 
a a
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Exercícios resolvidos

R.8 Na situação introdutória do item 4, um terreno Resolução


retangular com 2.100 m2 de área foi cercado a) Isolando o monômio em t no primeiro membro
com 200 m lineares de tela. Quais são as dimen- da igualdade, temos:
sões desse terreno?
25 25 5
Resolução 4t 2  25 ⇒ t 2  ⇒ t     
4 4 2
Indicando por x o comprimento do terreno, em me- Logo, o conjunto solução S da equação é:
tro, teremos que a largura será 100  x. Assim, obte-
5 5
mos: x(100  x)  2.100 ⇒ x2  100x  2.100  0 S   ,  
Comparando essa equação com a equação genérica 2 2
ax2  bx  c  0, temos que: b) Isolando o monômio em y no primeiro membro
a  1, b  100 e c  2.100 da igualdade, temos: y2  9
Portanto: Como não existe número real cujo quadrado é
  b 2  4ac ⇒ negativo, concluímos que o conjunto solução S
⇒   (100)2  4  1  2.100  1.600 da equação é: S  
c) Fatorando o primeiro membro da equação, ob-
(100 )   1 .600 100    40
∴x   ⇒ temos: x(x  3)  0
2   1 2
Pela propriedade do produto nulo: “O produto
⇒ x  70 ou x  30 de números reais é igual a zero se, e somente se,
pelo menos um dos fatores é igual a zero”. As-
• Para x  70, temos que as dimensões do terreno
sim, temos:
são 70 m e 30 m.
• Para x  30, temos que as dimensões do terreno x(x  3)  0 ⇔ x  0 ou x  3  0, ou seja:
são 30 m e 70 m. x  0 ou x  3
Note que, nos dois casos, obtivemos as mesmas di- Logo, o conjunto solução S da equação é:
mensões para o terreno. S  {0, 3}
Concluímos, então, que o terreno retangular tem
70 m por 30 m. A fórmula resolutiva também pode ser aplica-
da para equações incompletas, mas é mais
R.9 Considerando o universo dos números reais, re- simples resolver esse tipo de equação como
solver as equações do 2º grau incompletas. nesse exercício.
a) 4t 2  25  0 b) y 2  9  0 c) x2  3x  0

Temas básicos da Álgebra e matemática financeira Capítulo 2 47

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C02(040a051).indd 47 05.03.10 19:23:46


R.10 Obter m de modo que a equação do 2º grau x  y  3
3x2  2x  m  0 não admita raízes reais. R.12 Resolver o sistema:  2 2
 x  y  3 x  2
Resolução Resolução
A equação não admite raízes reais se, e somente se, Isola-se uma das incógnitas na equação do 1º grau:
  0, isto é:  x  y  3  ⇒   y  3   x   (I)
 2 2
(2) 4  3  m  0 ⇒ 4  12m  0
2
 x  y  3 x   2            (II)
1 Substitui-se na equação (II) o valor obtido na equa-
∴ 12m  4 ⇒ m 
3 ção (I):
Assim, a equação não admite raízes reais se, e so- x2  (3  x)2  3x  2 ⇒ x2  9  6x  x2  3x  2
1 ∴ 2x2  9x  7  0
mente se, m  .   (9)2  4  2  7  25
3
(9) 
)   2 5 7
Assim: x   ⇒  x
   ou x  1
R.11 Determinar k, sabendo que a soma das raízes da 2    2 2
3 7
equação do 2º grau 5x2  kx  2  0 é . Substituindo x  na equação (I), obtém-se:
5 2
7 1
Resolução y  3  
2 2
b Substituindo x  1 na equação (I), obtém-se:
A soma S das raízes é dada por S   .
a y312
Portanto, temos: Assim, o conjunto solução S do sistema é:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
 7 1 
3 k S    ,   , (1,  2)2 
  , ou seja, k  3   2 2 
5 5

Fatoração do trinômio do 2‚ grau


Fatorar um número ou um polinômio significa representá-lo sob a forma de um produto. Por
exemplo:
• uma fatoração do número 18 é 2  3  3;
• uma fatoração do polinômio 3xy  3xz é 3x(y  z);
• uma fatoração do polinômio a2  b2 é (a  b)(a  b);
• uma fatoração do polinômio a2  2ab  b2 é (a  b)2.
A seguir, apresentaremos um modo para fatorar um trinômio do 2‚ grau, isto é, um trinômio
do tipo ax2  bx  c, com {a, b, c}  R e a  0.
Sendo r1 e r2 as raízes do trinômio do segundo grau ax2  bx  c, temos:
 b
r1  r2   a
As raízes do trinômio 
do 2‚ grau ax2  bx  c
r   r   c
 1 2 a
são as raízes da equa-
ção do 2‚ grau Assim, o trinômio pode ser fatorado da seguinte maneira:
ax2  bx  c  0.
 bx c
ax 2  bx  c  a  x 2     a[x 2  (r1  r2)x  r1r2] 
 a a
No universo dos nú-  a[x 2  r1x  r2x  r1r2]  a[x(x  r1)  r2(x  r1)]  a(x  r1)(x  r2)
meros reais, o trinô-
Temos, então:
mio do 2‚ grau
ax2  bx  c só pode
ser fatorado quando ax 2  bx  c  a(x  r1)(x  r2)
b2  4ac  0.
Exemplo
Para fatorar o trinômio do 2‚ grau 3x2  2x  1, inicialmente determinamos suas raízes:
( 2) ±   ( ± 2) 2  4  3  ( 1) 2 ±   16 1
x   ⇒ x  1 ou x  
2  3 6 3
 1
Concluindo, temos a fatoração: 3x2  2x  1  3(x  1)  x  
 3

48 Capítulo 2 Temas básicos da Álgebra e matemática financeira

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Exercícios propostos

14 Considerando o universo dos números reais, resol-


2 x 2  14
14 x  2 24
va as equações polinomiais do 2‚ grau: 18 (Faap-SP) A expressão , com
x2  9
a) x 2  25  0 e) 3x 2  5x  2  0
x  3 e x  3, é igual a: alternativa b
b) 3t  48  0
2
f ) t 2  6t  9  0
c) x  7x  0
2
g) 2y2  3y  2  0 x4 2x  8 x2
a) c) e)
x3 x3 x3
x2 3x 30  x
d) 5y2  2y  0 h)   2x  8 x4
2 5 10 b) d)
x3 x3
15 Para que valores de m a equação polinomial do
2‚ grau x 2  3x  m  0 não admite raízes reais? 19 Uma indústria fabrica ventilado-

IMAGE SOURCE/DIOMEDIA
9 res. O custo de produção desse
m   
4
16 Sem resolver as equações a seguir, calcule a soma e produto é composto de várias
o produto de suas raízes. A partir da soma e do pro- parcelas correspondentes à ma-
duto, determine mentalmente as raízes de cada téria-prima, salário, transporte,
equação. energia elétrica, aluguéis, impos-
a) x  5x  6  0 16. a) soma 5, produto 6 e raízes 2 e 3
2 tos etc. Algumas dessas parcelas
b) y  9y  20  0
2
b) soma 9, produto 20 e raízes 4 e 5 são fixas, independentemente do
Ventiladores são mais
c) x  5x  6  0
2 c) soma  5, produto 6 e raízes 2 e  3 número de unidades produzidas. econômicos que
d) soma  2, produto  8 e raízes  4 e 2
d) t 2  2t  8  0 Assim, o custo de produção por ar-condicionado.
unidade diminui conforme au-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

17 Resolva, em R, os sistemas. menta o número de unidades produzidas.


Para cada x ventiladores fabricados em um dia, o cus-
 x  y  2 x
a)  2 to de produção por ventilador é 30  reais. Sa-
2 40
 x  y  y  11
bendo que a capacidade máxima de produção diá-
  3 7   ria dessa indústria é de 300 ventiladores, resolva os
 2 x  y  4 17. a) S  (3, 1),
),   ,   
b)  2 
  2 2   itens abaixo.
 x  x  y  6 b) S  {(
{(5, 14), (2, 0)} a) Calcule o custo de produção de cada ventilador quan-
c) S  {(1, 1), (6, 16)} do a indústria atinge a produção máxima diária. R$ 22,50
b) Para que o custo de toda a produção de um dia
 3 x  y  2
c)  2 seja R$ 5.000,00, quantos ventiladores devem ser
 x  2 y  x  2 fabricados nesse dia? 200 ventiladores

Resolva a questão 1 (d e e) do Roteiro de trabalho.

14. a) S  {5, 5}


b) S  {4, 4}
c) S  {0, 7}
 2 
d) S   , 0

5 Matemática financeira  5

e) S  2,  
1 


 3 
f) S  {3}
Em notícias ou propagandas veiculadas em jornais, revistas, televisão etc., deparamo-nos fre- g) S  
h) S  {3, 2}
quentemente com frases como:
ILUSTRAÇÕES: WAGNER WILLIAN

Para compreender essas frases, é necessário conhecer alguns conceitos da matemática finan-
ceira, como: porcentagem, capital inicial, juro, taxa de juro e montante, que serão estudados
neste item.

Temas básicos da Álgebra e matemática financeira Capítulo 2 49

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C02(040a051).indd 49 05.03.10 19:24:20


Porcentagem
Você sabia que a gasolina vendida nos postos de abastecimento brasileiros não é pura? Na ver-
dade, ela é uma mistura de gasolina com álcool anidro, conforme se consta nos textos a seguir.
[...]
O álcool etílico, ou etanol, é usado no Brasil, em larga escala, como combustível, por meio de
dois programas distintos: como álcool hidratado, comercializado via bombas específicas nos postos
de abastecimento, em veículos movidos exclusivamente a álcool e em veículos Flex Fuel, ou como
álcool anidro em mistura obrigatória à gasolina. [...]
A competência legal para definir o percentual de álcool anidro na gasolina é do Conselho Inter-
ministerial do Açúcar e do Álcool (CIMA). Atualmente vigora a mistura de 25%, segundo a Resolu-
ção nº 37, de 27 de junho de 2007 do referido Conselho Interministerial.
[...]
Disponível em: <http://www.mdic.gov.br>. Acesso em: 28 ago. 2009.
Segundo o texto, a mistura de álcool anidro na gasolina deve ser de 25%. Isso significa que,
em cada 100 litros da mistura, 25 litros são álcool anidro e 75 litros são gasolina.
Álcool anidro é um álcool
com no mínimo 99,5% de
pureza. A expressão x%, que se lê “x por cento", é chamada taxa percentual e representa a razão
x x
, isto é, x %  , em que x é um número real qualquer.
100 100

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exercícios resolvidos

R.13 Representar, sob a forma de fração irredutível, R.17 De uma pesquisa, em que foram entrevistados
cada taxa percentual. 625 estudantes do curso noturno, concluiu-se
a) 20% b) 0,5% que 84% deles trabalham. Dos estudantes entre-
Resolução vistados, quantos trabalham?

20 1 Resolução
a) 20%   Devemos calcular 84% de 625. Sabendo que a prepo-
100 5
0, 5 5 1 sição de indica multiplicação, esse cálculo é feito do
b) 0,5%    seguinte modo: 84%  625  0,84  625  525
100 1 .000 200
Dos estudantes entrevistados, 525 trabalham.
R.14 Representar, sob a forma de número decimal,
cada taxa percentual. R.18 Para a confecção de uma peça metálica, foram fun-
a) 35% b) 0,2% didos 15 kg de cobre, 9,75 kg de zinco e 0,25 kg de
estanho. Qual é a porcentagem de cobre dessa peça?
Resolução
Resolução
35 0, 2
a) 35%  35 b) 0,2% 
 0, 3  0, 002
100 100 A razão da massa de cobre para a massa total da peça
R.15 Representar, sob a forma de taxa percentual, cada 15
é . Transformando essa razão em taxa percentual,
um dos números decimais. 25
a) 0,42 b) 2,37 15 0, 6   100 60
temos:   0, 6        60 %
Resolução 25 100 100
42 237 A porcentagem de cobre na peça é 60%.
a) 0,42   42% b) 2,37   237%
100 100
R.19 O preço de um produto sofreu um reajuste de
R.16 Representar, sob a forma de taxa percentual, cada
12%, aumentando para R$ 60,48. Qual era o pre-
uma das frações.
5 29 ço desse produto antes do reajuste?
a) b)
8 5 Resolução
Resolução Sendo p o preço antes do reajuste, temos:
5 62, 5 p  12%  p  60,48 ⇒ p  0,12  p  60,48
a)  0, 625   62,5%
8 100 60, 48
∴ 1,12  p  60,48 ⇒ p   54
29 580 1, 1
12
b)  5, 8   580% O preço do produto, antes do reajuste, era R$ 54,00.
5 100

50 Capítulo 2 Temas básicos da Álgebra e matemática financeira

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C02(040a051).indd 50 05.03.10 19:24:32


Exercícios propostos

20 Represente: 23 Um lojista vendeu uma toalha de mesa por R$ 89,60


a) as taxas percentuais 315% e 3% sob a forma de com um lucro de 40% sobre o preço de custo. Qual
63 3
fração irredutível; 20 ;  100 foi o preço de custo dessa toalha? R$ 64,00
b) as taxas percentuais 0,23% e 46% sob a forma de
número decimal; 0,0023; 0,46 24 Um comerciante comprou algumas caixas de table-
c) os números decimais 0,003 e 1,32 sob a forma de tes de manteiga por R$ 2,00 a unidade. Percebendo
taxa percentual; 0,3%; 132% que havia comprado mais do que conseguiria ven-
17 12 der antes do vencimento do prazo de validade, re-
d) as frações  e sob a forma de taxa per-
50 5 solveu vender cada unidade do produto a R$ 1,80,
centual. 34%; 240% para acelerar as vendas. Nessa transação calcule o
percentual de prejuízo sobre o preço da compra.
21 Com uma calculadora que realiza apenas 10%
as quatros operações, � , � , � e 25 Na primeira semana de liquidação, um comerciante

S
� , entre os números inteiros ou de- concedeu um desconto de 20% sobre o preço de

AGE
R IM
cimais, e não apresenta a tecla % , STEVE qualquer mercadoria. Na semana seguinte, o comer-

THE
MY/O
N TA
explique como você calcularia 15% de 48. NGE
RMA
ciante concedeu 15% de desconto sobre os preços

ALA
N

• Junte-se a um colega e discutam as formas que vo- praticados na semana anterior. Qual foi o percentual
cês encontraram para efetuar esse cálculo. Investi- de desconto acumulado nessas duas semanas? 32%
guem se há outra forma, além das que vocês apli-
caram. Se encontrarem, citem uma. 26 Em um determinado dia, 1 dólar americano valia
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

R$ 2,00. Um mês depois, 1 dólar americano va-


22 No ano passado, de toda a produção agrícola de lia R$ 1,95.
uma região, 68% corresponde a grãos, dos quais a) Qual foi o percentual de desvalorização do dó-
75% corresponde à soja. Qual foi o percentual de lar, em relação ao real, nesse mês? 2,5%
soja produzida nessa região, em relação a toda pro- b) Qual foi o percentual de valorização do real, em
dução agrícola dessa região no ano passado? 51% relação ao dólar, nesse mês? 2,564%

Resolva as questões 2a e 3a do Roteiro de trabalho.


21. Espera-se que os alunos percebam que para calcular 1 5 � 1 0 0 � 4 8 � 7,2

FAUSTINO
15% de 48 podemos fazer: 0 � 1 5 � 4 8 � 7,2
Verificar com os alunos se eles encontraram outra
Juro simples forma.
1 5 � 4 8 � 1 0 0 � 7,2

As duas situações descritas a seguir esclarecem os significados de alguns conceitos envolvidos


em transações que abrangem aplicações financeiras.
Situação I
Paulo emprestou R$ 180,00 a Luís por um mês. Ao final desse período, Luís devolveu os
R$ 180,00 a Paulo e, além disso, pagou R$ 9,00 pelo empréstimo.
Esse pagamento pelo empréstimo é chamado de juro ( J ); a quantia emprestada é chamada
de capital inicial (C ); a soma do capital inicial com o juro é chamada de montante (M ); a
razão entre o juro e o capital inicial, nessa ordem, é chamada de taxa de juro (i ).
Assim, nessa transação entre Paulo e Luís, temos:
C  R$ 180,00
J  R$ 9,00
M  R$ 180,00  R$ 9,00  R$ 189,00
9
i  0,05  5% (taxa mensal)
180

Situação II
Paulo emprestou R$ 180,00 a Luís, por dez meses. Durante esse período, Luís pagou mensal-
mente pelo empréstimo 5% da quantia emprestada e, ao final dos dez meses, devolveu os
R$ 180,00 a Paulo. Nessa situação, temos:
C  R$ 180,00
J  10  0,05  R$ 180,00  R$ 90,00
M  R$ 180,00  R$ 90,00  R$ 270,00
9
i  0,05  5% (taxa mensal)
180

Temas básicos da Álgebra e matemática financeira Capítulo 2 51

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C02(040a051).indd 51 4/20/10 3:08:52 PM


De modo geral, podemos dizer que:

Quando um capital C é aplicado durante t unidades de tempo, e a taxa i de juro, por


unidade de tempo, incide apenas sobre o capital inicial, o juro J é chamado de juro simples.
Esse juro ao final da aplicação é calculado por:
J5C?i?t

Exercícios propostos

27 Um capital de R$ 340,00 foi aplicado a juro simples, à taxa de 3% ao mês, por um período
de 20 meses.
a) Qual foi o juro simples produzido nesse período? R$ 204,00
b) Qual foi o montante acumulado nesse período? R$ 544,00

28 Qual é o juro simples produzido por um capital de R$ 1.200,00 aplicado durante um ano
e meio à taxa de 4% ao mês? R$ 864,00

29 Um capital de R$ 1.260,00, aplicado à taxa de 2,5% ao mês, produziu juro simples de


R$ 378,00. Durante quanto tempo esse capital esteve aplicado? 12 meses

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
30 A seguir temos a reprodução de uma folha de um carnê do Imposto Predial e Territorial
Urbano (IPTU) correspondente ao pagamento do mês de dezembro de 2011.

Se o contribuinte efetuou o pagamento dessa parcela no dia 18 de dezembro de 2011, qual PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO/REPRODUÇÃO

foi o valor pago? R$ 50,88

Resolva a questão 2b do Roteiro de trabalho.

Juro composto
BETO CELLI

O modelo de juro mais usado nas transações finan-


ceiras é o de juro composto. O cálculo desse tipo de
juro é efetuado da seguinte maneira:
• No final da primeira unidade de tempo considera-
da na aplicação, a taxa de juro incide sobre o ca-
pital inicial;
• A partir da segunda unidade de tempo, a taxa de
juro incide sobre o montante acumulado na uni-
dade de tempo anterior.
Lembre-se de que no juro simples a taxa incide sem-
pre sobre o capital inicial.

52 Capítulo 2 Temas básicos da Álgebra e matemática financeira

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C02(052a057).indd 52 05.03.10 19:34:11


Como exemplo, vamos calcular o juro composto produzido por uma aplicação de
R$ 100.000,00 à taxa de 10% ao mês, durante três meses:

Mês Capital Juro Montante


1‚ R$ 100.000,00 R$ 10.000,00 R$ 110.000,00
2‚ R$ 110.000,00 R$ 11.000,00 R$ 121.000,00
3‚ R$ 121.000,00 R$ 12.100,00 R$ 133.100,00

Portanto, o juro composto produzido foi de R$ 33.100,00. Em cada mês, a partir do segundo,
a taxa de juro incide sobre o montante acumulado no mês anterior. Por isso, esse tipo de rendi-
mento é chamado de juro composto.

Fórmula para o cálculo do montante com juro composto e


taxa constante
Raciocinando como no exemplo anterior, vamos calcular o montante M, no fim de cada uni-
dade de tempo, da aplicação de um capital C a juro composto, à taxa i por unidade de tempo.

Unidades de tempo Capital Juro Montante


1 C iC C 1 iC 5 C (1 1 i )
2 C (1 1 i ) iC (1 1 i ) C (1 1 i ) 1 iC (1 1 i ) 5 C (1 1 i )2
3 C (1 1 i )2 iC (1 1 i )2 C (1 1 i )2 1 iC (1 1 i )2 5 C (1 1 i )3
4 C (1 1 i )3 iC (1 1 i )3 C (1 1 i )3 1 iC (1 1 i )3 5 C (1 1 i )4
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Para aplicar a fórmula


   
M 5 C(1 1 i )t, deve-se
ter t e i relacionadas à
A última coluna dessa tabela possibilita concluir que, em cada unidade de tempo t, o montan- mesma unidade de
te M é dado por: tempo.

M 5 C (1 1 i )t

Nota:
Com essa equação calculamos o montante com juro composto e taxa constante (sempre a
mesma em cada unidade de tempo). Se as taxas variarem nas unidades de tempo, isto é,
i1 na primeira unidade; i2 na segunda unidade; i3 na terceira unidade; ...; it na unidade t,
então o montante M será dado por:

M 5 C (1 1 i1)(1 1 i2)(1 1 i3) ? ... ? (1 1 it)

Exercícios resolvidos

R.20 Calcular o montante acumulado por um capital R.21 Calcular o juro composto gerado por um capital
inicial de R$ 10.000,00 aplicado durante 6 meses inicial de R$ 4.000,00 aplicado durante 1,5 ano, à
a juros compostos de 5% ao mês. taxa de 8% ao mês. Dado: (1,08)18  3,99
Dado: (1,05)6  1,34 Resolução
Resolução Utilizamos a fórmula M 5 C (1 1 i)t, em que:
Aplicamos a fórmula M 5 C(1 1 i)t, em que: C 5 R$ 4.000,00; t 5 1,5 ano 5 18 meses;
C 5 R$ 10.000,00; i 5 5% ao mês 5 0,05 ao mês; i 5 8% ao mês 5 0,08 ao mês
e t 5 6 meses (Lembrete: Devemos ter t e i na mesma unidade de
tempo.)
Temos:
Temos:
M 5 10.000(1 1 0,05)6 ⇒
M 5 4.000(1 1 0,08)18 ⇒ M 5 4.000(1,08)18
⇒ M 5 10.000(1,05)6
∴ M 5 4.000 ? 3,99 ⇒ M 5 15.960
∴ M 5 10.000 ? 1,34 ⇒
O juro J é a diferença entre o montante e o capital
⇒ M 5 13.400
inicial, isto é:
Logo, o montante M é R$ 13.400,00, aproximada- J 5 R$ 15.960,00 2 R$ 4.000,00 ⇒ J 5 R$ 11.960,00
mente. O juro J é R$ 11.960,00, aproximadamente.

Temas básicos da Álgebra e matemática financeira Capítulo 2 53

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C02(052a057).indd 53 05.03.10 19:34:12


R.22 Houve época em que a taxa de inflação no Brasil Resolução
era de 25% ao mês. Qual era a taxa de inflação Utilizamos a fórmula
anual no Brasil, nessa época? Supor a taxa cons- M 5 C(1 1 i1) (1 1 i2) (1 1 i3) ? ... ? (1 1 it ), em que:
tante em cada mês. Dado: (1,25)12  14,55 C 5 R$ 1.000,00; t 5 3; i1 5 0,15; i2 5 0,14;
Resolução i3 5 0,20
Para calcular tal inflação, vamos obter o juro com- Temos, então:
posto produzido por um capital inicial C aplicado M 5 1.000(1 1 0,15)(1 1 0,14)(1 1 0,20) ⇒
durante 12 meses à taxa de 25% ao mês.
⇒ M 5 1.000 ? 1,15 ? 1,14 ? 1,20 ∴ M 5 1.573,20
M 5 C (1 1 0,25)12 ⇒ M 5 C (1,25)12
O montante acumulado foi R$ 1.573,20.
∴ M 5 14,55C
Assim, o juro J gerado no período de 12 meses é: R.24 O preço de um produto era R$ 600,00. O comer-
J 5 14,55C 2 C 5 13,55C ciante deu um desconto de 12% sobre esse preço,
J reduzindo-o para um novo preço p. A seguir, o
A razão é a taxa durante o período de
C comerciante deu um desconto de 8% sobre o pre-
12 meses. ço p. Qual foi o preço final do produto?
J 13, 55  C 1 .355 Resolução
5 5 13, 55 5 5 1 .355 %
C C 100 Aplicando a fórmula
A taxa de inflação era de 1.355% ao ano, aproxima- M 5 C (1 1 i1) ? (1 1 i2) ? (1 1 i3) ? ... ? (1 1 it ), em
damente. que: C 5 R$ 600,00; t 5 2; i1 5 20,12; i2 5 20,08
(Observação: i1 e i2 são negativas porque são taxas
R.23 Apliquei R$ 1.000,00 na caderneta de poupan- de desconto.)

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ça durante 3 anos. No primeiro ano o rendi- Temos, portanto:
mento foi 15%; no segundo, 14%; no terceiro, M 5 600(1 2 0,12)(1 2 0,08) ⇒
20%. Qual foi o montante acumulado no final ⇒ M 5 600 ? 0,88 ? 0,92 ∴ M 5 485,76
da aplicação? O preço final do produto foi R$ 485,76.

Exercícios propostos

31 Aplicando-se R$ 1.000,00 a juro composto, depois 36 Um terreno comprado por R$ 100.000,00 valori-
de 3 anos, recebeu-se o montante de R$ 1.728,00. zou-se 10% no primeiro mês, 8% no segundo, 9%
Calcule a taxa anual de juro, sabendo que ela foi no terceiro e 6% no quarto mês, após a compra.
constante nos 3 anos. a) Qual deve ser o preço do terreno após 4 meses
Dado: 123 5 1.728 20% ao ano da compra? R$ 137.261,52
b) Qual foi o percentual de valorização nesses
4 meses? 37,26%
32 Qual é o tempo necessário para um capital C, apli-
cado a juro composto de 5% ao mês, produzir um 37 Na compra de um imóvel por R$ 50.000,00, tive um
montante igual a 2C ? prejuízo de 5% no primeiro mês e outro prejuízo de
Dado: (1,05)14,2  2 14,2 meses, aproximadamente 3% no segundo mês, após a compra.
a) Qual foi o preço do imóvel após os 2 meses da
compra? R$ 46.075,00
33 Calcule o capital inicial que, aplicado a juro com-
b) Qual foi o percentual do prejuízo nos 2 meses? 7,85%
posto com taxa de 9% ao ano, acumula no final de
(Sugestão: M 5 C (1 1 i1)(1 1 i2)(1 1 i3) ? ... ? (1 1 it),
7 anos o montante de R$ 36.400,00.
usando as taxas negativas: i1 5 20,05 e i2 5 20,03,
Dado: (1,09)7  1,82 R$ 20.000,00, aproximadamente
pois são taxas de prejuízo.)

34 Aplica-se um capital de R$ 20.000,00 a juro com- 38 Um comerciante, para acabar com seu estoque, deu
12% de desconto sobre o preço p de um produto,
posto com taxa de 6% ao mês. Qual será o montan-
que passou a custar p1. Por falta de compradores o
te acumulado em 2 anos?
comerciante descontou 5% sobre o preço p1, e o
Dado: (1,06)24  4,04 R$ 80.800,00, aproximadamente
novo preço passou a ser p2. A seguir descontou 3%
sobre o preço p2.
35 Apliquei um capital de R$ 10.000,00 durante 3 anos, a) Qual foi o preço final do produto, após esses três
a juro composto, tal que a taxa de juro no primeiro descontos sucessivos? 0,81092 p
ano foi de 10%, no segundo 12% e no terceiro 8%. b) Qual foi o percentual de desconto sobre o preço
Qual foi o montante acumulado nos 3 anos? inicial p, após os três descontos sucessivos?
R$ 13.305,60 18,908%

Resolva as questões 2c e 3b do Roteiro de trabalho.

54 Capítulo 2 Temas básicos da Álgebra e matemática financeira

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C02(052a057).indd 54 05.03.10 19:34:16


1. c) Inequação polinomial do 1‚ grau na variável x é toda desigualdade que pode ser representada sob a forma ax + b < 0 (ou com as relações , ,  ou ),
em que a e b são constantes reais, com a  0.

1. d) Toda equação que pode ser representada sob a forma ax2 + bx + c = 0, em que a, b e c
Roteiro de trabalho são números reais, com a  0, é chamada de equação polinomial do 2‚ grau.

1. b) Conjunto solução (ou conjunto verdade) é aquele formado pelas raízes da equação que pertençam ao conjunto universo.
1 Em duplas, expliquem, com suas próprias palavras: 2 Reúna-se em grupo para realizar as tarefas sugeridas
a) o que é uma equação polinomial do 1º grau; nos itens abaixo. Vocês poderão usar jornais e revistas
b) o que é o conjunto solução de uma equação; para ilustrar as situações.
c) o que é uma inequação polinomial do 1º grau; a) Expliquem o significado do símbolo x% para qual-
d) o que é uma equação polinomial do 2º grau; quer número real x.
e) sob que condição a equação ax2 1 bx 1 c 5 0, com b) Escolham situações do dia a dia nas quais esteja
{a, b, c}  R e a  0: Quando   0, a equação não possui presente o conceito de porcentagem. Anúncios de produtos,
descontos etc.
raízes reais. Quando   0, a equação
c) Escolham situações do dia a dia nas quais esteja
• possui duas raízes reais? possui duas raízes reais, sendo iguais
quando  = 0 ou distintas quando   0. presente o conceito de juro simples. Empréstimos,
de multas etc.
cálculo

• possui duas raízes reais distintas? x d) Escolham situações do dia a dia nas quais esteja
2. a) x % representa a razão , Transações
100 presente o conceito de juro composto. financeiras.
• possui duas raízes reais iguais? x
ou seja, x % 5
100
, para e) Expliquem a diferença entre juro simples e juro
• não possui raízes reais? qualquer número real. composto.
1. a) As equações polinomiais do 1‚ grau são aquelas que
podem ser representadas sob a forma ax 1 b 5 0, em que No juro simples, a taxa incide sempre sobre o capital inicial,
a e b são constantes reais, com a  0, e x é a incógnita. enquanto no regime de juro composto, a partir da segunda
unidade de tempo, a taxa de juro incide sobre o montante
acumulado na unidade de tempo anterior.
Exercícios complementares
R$ 20,00 por pneu e R$ 2.000,00 por toda a produção
1 Desde o instante em que inicia a entrada em um túnel a) Se um comprador adquirir toda a produção, quanto pa-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

até o instante em que sai inteiramente desse túnel, um gará por pneu e quanto pagará por toda a produção?
trem percorre 780 m. Sabendo que o comprimento do b) Se um comprador adquirir um lote de 30 pneus,
túnel tem 260 m a mais do que o triplo do compri- quanto pagará por pneu e quanto pagará por todo
mento do trem, calcule o comprimento do trem. 130 m o lote? R$ 34,00 por pneu e R$ 1.020,00 por todo o lote
c) Se um comprador adquirir um lote de pneus por
FLICKR/GETTY IMAGES

R$ 1.500,00, qual será o preço pago por pneu?


R$ 30,00
6 O economista norte-americano James Tobin, ganhador
do prêmio Nobel de Economia em 1981, propôs, em
1972, uma taxação de 0,1% sobre as transações finan-
ceiras especulativas internacionais. O dinheiro assim
recolhido serviria para criar um fundo internacional
para ajudar no combate à pobreza. Estudos realizados
no ano de 2002 estimam que as transações financeiras
especulativas movimentam 1,5 trilhão de dólares ao dia
útil. Considerando que o ano é formado por 52 sema-
nas de cinco dias úteis cada uma, calcule o montante
2 Uma herança foi dividida entre a viúva, a filha, o filho anual, em dólar, que poderia ser recolhido com essa ta-
e o cozinheiro. A filha e o filho ficaram com a metade, xação, se a proposta de Tobin fosse adotada.
distribuída na proporção de 4 para 3, respectivamen- 390 bilhões de dólares
Alunos de escola primária
ED KASHI/CORBIS/LATINSTOCK

te. A viúva ganhou o dobro do que coube ao filho, e o


em Ogulagha, Nigéria
cozinheiro R$ 500,00. Calcule o valor da herança.
R$ 7.000,00 (2006). Embora a Nigéria
seja um dos maiores
3 (PUC-RJ) A organizadora de uma festa observa que,
produtores de petróleo do
se sentasse os convidados em mesa de três lugares,
mundo, o país tem um dos
sobrariam vinte convidados sem lugar. Usando o mais baixos IDH (Índice de
mesmo número de mesas com quatro em vez de três Desenvolvimento
lugares, sobrariam três convidados sem lugar. Qual o Humano): é o 158‚ entre
número de convidados? 71 convidados os 182 países e territórios
classificados.
4 (FEI-SP) Em um colégio, no período da manhã, estu-
dam 420 alunos em n salas com n 1 1 alunos por sala.
7 (Enem) Para se obter 1,5 kg do dióxido de urânio
Determine o número n. 20
puro, matéria-prima para a produção de combustível
5 Para vender sua produção de 100 pneus, um empre- nuclear, é necessário extrair-se e tratar-se 1,0 tonela-
sário estabeleceu que o preço por pneu depende da da de minério. Assim o rendimento (em %) do trata-
quantidade adquirida pelo comprador, ou seja, para mento do minério até chegar ao dióxido de urânio
cada x unidades vendidas, o preço unitário, em real, puro é de: alternativa b
x a) 0,10% c) 0,20% e) 2,0%
é 40 2 .
5 b) 0,15% d) 1,5%

Temas básicos da Álgebra e matemática financeira Capítulo 2 55

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C02(052a057).indd 55 05.03.10 19:34:22


8 A balança comercial de um país, em determinado perío- a) Qual foi o percentual de desvalorização do euro,
do, é a diferença entre o valor total das exportações e o em relação ao real, nesse período? 9%
das importações, nessa ordem. Na tabela abaixo, deter- b) Qual foi o percentual de valorização do real, em
mine os valores de x e y da balança comercial de um relação ao euro, nesse período?  9,9%
certo país, em 2010 e 2011, respectivamente. x 5 44,20;
y 5 57,46 13 Um capital de R$ 26.000,00, aplicado a juro simples
Balança comercial por um período de três anos, produziu um montante
(valores em bilhões de dólares) de R$ 40.040,00. Qual foi a taxa de juro anual desse
investimento? 18%
Balança
Exportações Importações
comercial 14 Em quanto tempo se pode duplicar um capital aplica-
2010 135,40 91,20 x do a juro simples à taxa de 0,1% ao dia? 1.000 dias
2011 152,28 94,82 y
15 (Vunesp) Uma instituição bancária oferece um rendi-
Dados fictícios mento de 15% ao ano para depósitos feitos numa certa
• Qual foi a taxa percentual de crescimento da balan- modalidade de aplicação financeira, sob o regime de juro
ça comercial desse país de 2010 para 2011? 30% composto. Um cliente desse banco deposita R$ 1.000,00
nessa aplicação. Ao final de n anos, o capital que esse
9 (Enem) O tabagismo (vício do fumo) é responsável por cliente terá, em real, relativo a esse depósito, será:
alternativa e
uma grande quantidade de doenças e mortes prematuras a) 1.000 1 0,15n d) 1.000 1 (0,15)n
na atualidade. O Instituto Nacional do Câncer divulgou b) 1.000 ? 0,15n e) 1.000 ? (1,15)n
que 90% dos casos diagnosticados de câncer de pulmão e c) 1.000 ? (0,15) n
80% dos casos diagnosticados de enfisema pulmonar es-
tão associados ao consumo de tabaco. Paralelamente, 16 Uma população de ratos, que atualmente é de 25.000
foram mostrados os resultados de uma pesquisa realiza- indivíduos, cresce 10% a cada ano. Se essa taxa de

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
da em um grupo de 2.000 pessoas com doenças de pul- crescimento se mantiver, daqui a 20 anos a população
mão, das quais 1.500 são casos diagnosticados de câncer de ratos será de: alternativa d
e 500 são casos diagnosticados de enfisema. a) 25.000 1 0,1 ? 20 d) 25.000 ? (1,1)20
Com base nessas informações, pode-se estimar que o b) 25.000 1 (1,1) 20
e) 25.000 ? 20
número de fumantes desse grupo de 2.000 pessoas é, c) 25.000 ? 0,1 ? 20
aproximadamente: alternativa e
a) 740 c) 1.310 e) 1.750 17 (UFMT) Uma financiadora oferece empréstimos, por
b) 1.100 d) 1.620 um período de 4 meses, sob as seguintes condições:
1ª) taxa de 11,4% ao mês, a juros simples;
10 (Ufop-MG) O preço de uma mercadoria sofreu dois 2ª) taxa de 10% ao mês, a juros compostos.
aumentos sucessivos, de 10% e de 20%. De quantos Marcos tomou um empréstimo de R$ 10.000,00, op-
por cento foi o aumento total dessa mercadoria? tando pela primeira condição, e Luís tomou um em-
préstimo de R$ 10.000,00, optando pela segunda con-
a) 30% b) 32% c) 25% d) 22% e) 12%
dição. Quanto cada um pagou de juro?
alternativa b Marcos pagou R$ 4.560,00 e Luís, R$ 4.641,00.
11 (UEL-PR) Em uma loja, o preço anunciado de um artigo 18 De acordo com a tabela, o tempo necessário para que
é de R$ 125,00. Sobre esse preço foram dados dois des- seja duplicado um capital aplicado à taxa de juro
contos sucessivos: um de 16% e outro de p%. Se o preço composto de 50% ao ano é de, aproximadamente:
desse artigo reduziu-se a R$ 81,90, então p é igual a: alternativa c

a) 18 b) 20 c) 22 d) 24 e) 26 t 1,45 1,50 1,65 1,72 1,80 1,95 2,00

alternativa c (1,5) t
1,80 1,83 1,95 2,00 2,07 2,20 2,25
12 Em 26/02/2009, cada euro (€) valia 3 reais, e em
a) 2 anos
26/06/2009, cada euro valia 2,73 reais.
b) 1 ano, 7 meses e 2 dias
União Europeia: países que c) 1 ano, 8 meses e 19 dias
ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL

adotam o euro (14 set. 2009) d) 2 anos, 2 meses e 5 dias


União Europeia e) 2 anos e 25 dias
Países que adotam o euro
19 O preço p de um produto sofreu dois aumentos su-
OCEANO
FINLÂNDIA cessivos: o primeiro de 5% e o segundo de 3%. Depois
ATLÂNTICO SUÉCIA
o preço do produto sofreu um desconto de 4%. Após
ESTÔNIA

IRLANDA
REINO
UNIDO DINAMARCA
LETÔNIA esse desconto, o preço do produto é: alternativa c
a) p ? 1,5 ? 1,3 ? 0,06 d) p ? 0,5 ? 0,3 ? 0,4
LITUÂNIA
N PAÍSES
BAIXOS POLÔNIA
O L
BÉLGICA ALEMANHA
b) p ? 1,5 ? 1,3 ? 0,96 e) p ? 0,05 ? 0,03 ? 0,04
LUXEMBURGO REP. TCHECA
S FRANÇA
ÁUSTRIA
ESLOVÁQUIA
HUNGRIA
c) p ? 1,05 ? 1,03 ? 0,96
ESLOVÊNIA ROMÊNIA
CROÁCIA
PORTUGAL
ESPANHA
ITÁLIA BULGÁRIA
MAR NEGRO
20 Um automóvel que foi comprado por R$ 18.000,00
teve uma desvalorização de 20% no primeiro ano de
MACEDÔNIA
GRÉCIA TURQUIA

810 km MALTA CHIPRE


uso, 10% no segundo ano, em relação ao ano anterior,
e 5% no terceiro ano, em relação ao ano anterior. Qual
IBGE. Atlas nacional do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2006. era o valor do automóvel ao final desses 3 anos?
R$ 12.312,00

56 Capítulo 2 Temas básicos da Álgebra e matemática financeira

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C02(052a057).indd 56 05.03.10 19:34:33


Matemática sem fronteiras

Inflação acumulada
Você já deve ter visto muitas manchetes como estas:

ILUSTRAÇÕES: WAGNER WILLIAN


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Disponível em: <http://www.bbc.co.uk>. Disponível em: <http://g1.globo.com>. Disponível em:


Acesso em: 1º set. 2009. Acesso em: 1º set. 2009. <http://www1.folha.uol.com.br>.
Acesso em: 1º set. 2009.
Mas… o que é inflação?
A inflação é um desequilíbrio na economia caracterizado por uma alta geral de preços. Vários
fatores podem causar inflação: excesso de poder aquisitivo da massa de consumidores em relação
ao volume de bens e serviços disponíveis no mercado; excesso de emissão de moeda; deficiência
na produção etc.
Diversos índices medem a inflação mensal no Brasil: o INPC (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; o IGP (Índice Geral de
Preços), calculado pela Fundação Getúlio Vargas; o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), calcu-
lado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas etc.
A inflação acumulada em determinado período é um simples cálculo de porcentagem. Por
exemplo, supondo que em janeiro, fevereiro e março a inflação foi de 10%, 8% e 5%, respecti-
vamente, a inflação acumulada nesse trimestre é obtida pela expressão:
1,1  1,08  1,05  1,
cujo resultado é 0,2474  24,74%.
Para entender esse cálculo, considere que o preço de um produto era p no dia primeiro de
janeiro. A variação do preço desse produto no trimestre é mostrada na tabela a seguir.

Data Preço
1‚ de janeiro p
1‚ de fevereiro p  0,1p  1,1p
1‚ de março 1,1p  0,08  1,1p  1,1p(1  0,08)  1,1  1,08p
1‚ de abril 1,1  1,08p  0,05  1,1  1,08p  1,1  1,08p(1  0,05)  1,1  1,08  1,05p

Como o preço do produto no final do trimestre era


1,1  1,08  1,05p  1,2474p, 3. Três aumentos sucessivos de 20% sobre um preço x resulta no
preço: x  1,2  1,2  1,2  1,728
1,728xx. Logo, o percentual de aumento
concluímos que seu aumento foi de 0,2474p, ou seja, 24,74%.
1,728x  x
1,728x
é dado por:  0,728 72,8%. Concluímos, então, que
x
Atividades a inflação acumulada no trimestre foi de 72,8%.

1 Com as suas palavras explique o que é inflação. 3 Se em determinado trimestre a inflação de um país
Resposta pessoal. for de 20% ao mês, qual será o percentual de inflação
2 Pesquise quais são os outros índices que medem a ao final do trimestre?
inflação no Brasil. Ver Suplemento com orientações
para o professor
professor..

Temas básicos da Álgebra e matemática financeira Capítulo 2 57

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C02(052a057).indd 57 4/20/10 3:12:10 PM


CAPÍTULO Geometria plana:

3
triângulos e proporcionalidade

CHRIS GARRET/GETTY IMAGES


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Além da teoria

Para medir a largura de um rio, em um trecho de margens parale-


las, um topógrafo fixou dois pontos, A e B, um em cada margem,
de modo que A t B é perpendicular às margens. A seguir, caminhou
70 m, a partir de um ponto A, perpendicularmente a A t B, até um pon-
to C tal que a medida do ângulo ACB B é 45°. Qual é a largura do rio?

B 70 m
fAUSTIno

45°
A
A
70 m C

Neste capítulo você irá revisar alguns conceitos da


Geometria plana e, com isso, poderá resolver este e
outros problemas.

O rio Amazonas é o mais extenso do planeta, com 6.992 km. O trecho mais largo do Amazonas, não
intercalado por ilhas e fora do estuário, tem 13 km de largura. Durante as cheias, o rio pode alcançar,
em determinados trechos, cerca de 40 a 50 km de largura. O trecho mais estreito do rio, em território
brasileiro, tem cerca de 2.600 m de largura. (2003)

58 Capítulo 3 Geometria plana: triângulos e proporcionalidade

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 58 05.03.10 20:22:03


1 As origens da Geometria

No antigo Egito, as chuvas provocavam, anualmente, o transbor-


Rio Nilo
damento do rio Nilo. O alagamento dos campos danificava as de-

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


marcações de limites das propriedades e, por isso, após o período MAR MEDI
EDITER
TERRÂN
RÂNEO
O
das chuvas, quando as águas voltavam ao leito do rio, era necessá-
rio remarcar esses limites. O trabalho de remarcação era feito por
agrimensores, que utilizavam como ferramenta uma corda esticada
reproduzindo um triângulo retângulo, para auxiliar no cálculo de

Rio
extensão dos terrenos.

Ni
o

l
Para o historiador grego Heródoto (século V a.C.) essa atividade
teria dado origem, há aproximadamente 5 mil anos, à ciência das

M
formas e medidas, que viria a ser chamada de Geometria (do grego

AR
geo, “terra”, e metria, “medida”).

VE
Porém, o homem pré-histórico já apresentava rudimentos de

RM
N
um sentido geométrico, quando se preocupava em representar a

ELH
O L
natureza por meio de desenhos ou em dar forma aos objetos, cons-

O
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

S
truindo vasos ou esculpindo, em pedra, as pontas de suas lanças. 300 km

Assim, se considerarmos a Geometria quanto à forma, sua origem é


Maria Elena Simielli Geoatlas. São Paulo: Ática, 2006.
anterior à civilização egípcia.
FABIO COLOMBINI

RÔMULO FIALDINI/MUSEU PARAENSE EMILIO GOELDI, PARÁ


RUI FAQUINI/FOLHA IMAGEM

Pinturas rupestres no sítio Machado e pilão de pedra, Urna funerária marajoara, cerca de
arqueológico da Reserva cerca de 2.000 anos. 400 a.C. Os achados arqueológicos
Biológica de Pedra Talhada, Encontrados em Cabaceiras, PB. são as únicas fontes de informação de
localizada entre os estados de (2004) que dispomos sobre o povo que viveu
Alagoas e Pernambuco. (1996) na ilha de Marajó. (1986)

Como se vê, a origem da Geometria é imprecisa, pois como


REPRODUÇÃO

afirmava o matemático Joseph Louis Lagrange (1736-1813):


Logo que houve homens na sociedade, propriedades, trocas e
partilhas, é natural que se tenha procurado medir a extensão dos
campos e determinar o seu contorno.
Em contraponto a essas dúvidas há uma certeza: um marco his-
tórico na construção da Geometria ocorreu no século III a.C., quan-
do o matemático grego Euclides de Alexandria organizou todo o
conhecimento geométrico então disponível – grande parte de sua
própria criação – em uma obra de treze volumes, imortalizada com
o nome de Os elementos. Neste capítulo, vamos estudar uma parte
da Geometria euclidiana.
Reprodução da capa da primeira versão em inglês do livro
Os elementos. Dos treze volumes que subdividem Os elementos, os seis
primeiros tratam da Geometria plana, os quatro seguintes da teoria
dos números e os três últimos da Geometria do espaço.

Geometria plana: triângulos e proporcionalidade Capítulo 3 59

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 59 09.03.10 16:20:33


2 Polígonos

Diagonal Consideremos, em um plano, uma linha L formada por


A
B segmentos de reta, tais que:
Vértice
• cada extremidade de qualquer um deles é extremidade
Lado
de dois e apenas dois deles;
• dois segmentos consecutivos quaisquer, dentre eles,
F não são colineares;
fAUSTIno

C • dois segmentos não consecutivos quaisquer, dentre


eles, não têm ponto comum.
Essa linha L separa o plano em duas regiões, das quais
E uma é limitada. A reunião da linha L com essa região limi-
Ângulo tada é chamada de polígono (do grego polús, “muitos”,
Ângulo
interno D
externo
e gonos, “ângulo”).

Notas:
1. Dois lados de um polígono são consecutivos quando têm um extremo em comum. Por
exemplo, tAB e tBC são lados consecutivos nesse polígono.
2. Vértices consecutivos de um polígono são extremos de um mesmo lado desse polígono.
3. Diagonal de um polígono é qualquer segmento de reta com extremos em dois vértices não
consecutivos do polígono.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
4. Ângulos consecutivos de um polígono são ângulos de vértices consecutivos do polígono.
5. Pode-se definir polígono como apenas a linha L, porém optamos por defini-lo como uma
superfície plana em vez de uma linha.

Nomenclatura
Aos polígonos que têm de três a vinte lados daremos os nomes apresentados na tabela a seguir.

Número de lados Número de lados


Nome do polígono Nome do polígono
(número de vértices) (número de vértices)
3 triângulo ou trilátero 12 dodecágono
4 quadrilátero 13 tridecágono
5 pentágono 14 tetradecágono
6 hexágono 15 pentadecágono
7 heptágono 16 hexadecágono
8 octógono ou octágono 17 heptadecágono
9 eneágono 18 octadecágono
10 decágono 19 eneadecágono
11 undecágono 20 icoságono

Quando tratarmos de polígonos com mais de vinte lados, explicitaremos o seu número de
lados, não lhes dando nomes especiais. Porém, a título de curiosidade, é interessante saber que
para eles também existe uma nomenclatura; por exemplo, um octacoságono é um polígono de
28 lados e um hexacontágono é um polígono de 60 lados.

Polígonos convexos
Em um plano, a reunião de uma reta r com qualquer uma das duas regiões separadas por ela
é chamada de semiplano de origem r.
Semiplano de origem r
r
fAUSTIno

Um polígono é convexo se, e somente se, a reta r que contém qualquer um de seus
lados deixa os demais lados contidos em um mesmo semiplano de origem r.

60 Capítulo 3 Geometria plana: triângulos e proporcionalidade

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 60 05.03.10 20:22:29


Exemplo
No polígono ABCDE, abaixo, a reta r que contém o lado A t B deixa os demais lados em um
mesmo semiplano de origem r. O mesmo acontece com a reta que contém qualquer um dos
outros lados. Por isso, dizemos que esse polígono é convexo.
r E D

B C

ILUSTRAÇÕES: fAUSTIno
Contraexemplo (polígono não convexo)
O polígono ABCDEF, a seguir, não é convexo, pois a reta r que contém o lado tAB não deixa
os demais lados em um mesmo semiplano de origem r.
C D
r
A

B
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

F E

Polígono regular

Dois segmentos de
Um polígono convexo que possui todos os lados congruentes entre si e todos os ângulos t B eC
reta, A t D, são con-
internos congruentes entre si é chamado de polígono regular. gruentes quando têm
a mesma medida. Indi-
ca-se essa congruên-
cia por: At BC t D
Exemplos

B e
Dois ângulos, AOB
MPB Q, são congruen-
fAUSTIno

tes quando têm a


mesma medida. Indi-
Quadrilátero regular Triângulo regular Hexágono regular ca-se essa congruên-
(quadrado) (triângulo equilátero) B  MPB Q
cia por: AOB

3 Triângulos

O triângulo é o polígono fundamental, pois qualquer outro polígono pode ser


RUBEnS CHAVES/PULSAR IMAGEnS

considerado uma composição de triângulos dispostos lado a lado. Por exemplo: o


pentágono ABCDE, abaixo, é composto pelos triângulos ABC, BCE e CDE.
A
A
C
C C
B
B B C
fAUSTIno

D
E E
E A forma triangular é muito usada em
construções por causa da sua rigidez. Na foto
Por isso, o triângulo merece um estudo mais detalhado do que qualquer temos a ponte João Luiz Ferreira, que liga o Piauí
outro polígono. ao Maranhão. (2007)

Geometria plana: triângulos e proporcionalidade Capítulo 3 61

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 61 05.03.10 20:22:36


Classificação dos triângulos
Podemos classificar os triângulos quanto aos seus ângulos e quanto aos seus lados.
Ângulo reto é todo • Quanto aos ângulos um triângulo pode ser classificado como:
aquele de medida
90o. Ângulo agudo
é todo aquele de me-
dida menor que 90o
e maior que 0o. Ân-
gulo obtuso é todo
Triângulo Triângulo acutângulo: tem Triângulo
aquele de medida
maior que 90o e me- retângulo: tem um os três ângulos internos obtusângulo: tem um
nor que 180o. ângulo interno reto. agudos. ângulo interno obtuso.

ILUSTRAÇÕES: faustino
• Quanto aos lados um triângulo pode ser classificado como:

O triângulo equilá-
tero também é isós-
celes, pois tem dois
lados congruentes Triângulo equilátero: Triângulo isósceles: Triângulo escaleno: tem os três
entre si. tem os três lados tem dois lados lados com medidas diferentes
congruentes entre si. congruentes entre si. entre si.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Elementos de um triângulo
Altura de um triângulo é o segmento de reta que liga, perpendicularmente, um vértice à
reta que contém o lado oposto a esse vértice.
Altura relativa ao
A lado TCB (ou relativa M Altura relativa
ao vértice A) ao lado TPN
(ou relativa
ao vértice M)
C H B P N L

Notas:
1. Duas linhas retas são perpendiculares quando formam ângulos retos entre si.
2. Nesta e nas definições a seguir, quando for dito que um segmento de reta liga dois pontos,
isso significa que os extremos do segmento são esses pontos.

Bissetriz interna de um triângulo é o segmento de reta contido na bissetriz de um ângu-


lo interno, ligando um vértice ao lado oposto.
A Bissetriz interna relativa ao
vértice A (ou relativa ao lado TCB )
α α ILUSTRAÇÕES: faustino

C I B

Mediana de um triângulo é o segmento de reta que liga um vértice ao ponto médio do


Ponto médio de um lado oposto.
segmento é aquele
que divide o seg- A
mento em duas par- Mediana relativa ao vértice A
tes congruentes. (ou relativa ao lado TCB )

C M B
(ponto médio)

62 Capítulo 3 Geometria plana: triângulos e proporcionalidade

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 62 05.03.10 20:22:42


Mediatriz em um triângulo é a reta perpendicular a um dos lados pelo ponto médio
desse lado.
A
Mediatriz relativa ao lado TCB

Se achar conveniente,
C M B propor aos alunos as
(ponto médio) experiências do
Suplemento com
orientações para o
professor, antes de
Ângulos em um triângulo introduzir os conceitos
envolvendo ângulos em
ILUSTRAÇÕES: faustino

um triângulo.
Soma dos ângulos internos de um triângulo
Consideremos um triângulo qualquer ABC, cujos ângulos internos AB , BB e CB têm medidas α, β
e , respectivamente (figura 1).
$ E%, paralela a A
Traçando por B a reta D $ C%, determinamos ângulos alternos congruentes (figura 2).

B D B E
α �
β β

α � α �
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

A C A C
Figura 1 Figura 2

B E é raso, concluímos que: α 1 β 1  5 180°


Como o ângulo DB
Ângulo raso é todo
Isso significa que: aquele cujos lados
são semirretas opos-
tas.
A soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo qualquer é 180°.

Exercício resolvido

R.1 Calcular a medida de cada ângulo interno de um triângulo equilátero.


Resolução
Os três ângulos internos de um triângulo equilátero são congruentes
x
entre si. Indicando por x a medida de cada um desses ângulos, temos:
x 1 x 1 x 5 180° ⇒ 3x 5 180° Considerando um
 x 5 60° x x ângulo como uma
Logo, cada ângulo interno do triângulo equilátero mede 60°. superfície plana, e
não uma linha, dize-
mos que dois ângu-
los são adjacentes
Teorema do ângulo externo de um triângulo quando eles têm em
comum apenas um
B é adjacente e suplementar de um ângulo interno do triângulo ABC;
Na figura abaixo, o ângulo BAD lado.
por isso BAB D é chamado de ângulo externo desse triângulo.
B
Ângulo externo
ILUSTRAÇÕES: faustino

relativo ao vértice A Dois ângulos são su-


plementares quan-
do a soma de suas
medidas é 180º.
C A D
F B r
Há uma importante relação entre a medida de um ângulo externo e α
as medidas dos ângulos internos de um triângulo. Para obtê-la, vamos β

traçar por B a reta r paralela a tCA e indicar por α e β as medidas dos ân- e
gulos internos BC e BB, respectivamente, e por e a medida do ângulo exter- α

no relativo ao vértice A. C A D

Geometria plana: triângulos e proporcionalidade Capítulo 3 63

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 63 05.03.10 20:22:48


Os ângulos BCA B e CBB F têm medidas iguais, por serem alternos internos formados por duas
retas paralelas e uma transversal. Pelo mesmo motivo os ângulos B AB D e ABBF também têm medidas
iguais, isto é:
m(B AB D) 5 m(ABBF) ⇒ e 5 α 1 β
Demonstramos, assim, o teorema:

A medida de um ângulo externo de um triângulo é igual à soma das medidas dos


ângulos internos não adjacentes a ele.

Exercício resolvido

R.2 No triângulo ABC, as expressões indi- A


cadas em cada ângulo designam a me-

fAUSTIno
2x � 20°
dida, em grau, do respectivo ângulo.
Determinar a medida do ângulo exter- 4x � 10°
x � 10°
no relativo ao vértice C.
B C
Resolução
Pelo teorema do ângulo externo, temos:
4x 2 10° 5 2x 1 20° 1 x 1 10° ⇒ x 5 40°

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Logo, a medida do ângulo externo relativo ao vértice C é 4 ? 40° 2 10°, ou seja, 150°.

4. b) Espera-se que os alunos percebam que um polígono de n vértices pode ser


decomposto em n 2 2 triângulos. Como a soma dos ângulos internos em
cada um é 180°, concluímos que a soma dos ângulos internos de um
polígono convexo de n lados (ou n vértices) é 180° ? (n 2 2).
Exercícios propostos

1 As medidas, em grau, dos ângulos internos de um 4 Vimos que o triângulo é considerado o polígono
triângulo são x, 2x e 3x. fundamental, pois qualquer outro polígono pode
ser considerado uma composição de triângulos dis-
3x postos lado a lado. Por exemplo, um quadrilátero é
composto de dois triângulos, um pentágono é com-
x 2x posto de três triângulos e um hexágono é composto
de quatro triângulos.
Quanto mede o menor ângulo interno desse triângulo?
30° A
J K
2 Determine a medida do ângulo externo relativo ao
vértice C do triângulo abaixo: 130°
ILUSTRAÇÕES: fAUSTIno

B O L
D
A
E

100° C
N M
F
I
2x � 70°
x
B C H

G
Quadrilátero: 2 ? 180° 5 360°; pentágono:
3 Um mastro AB de uma bandeira localiza-se sobre 3 ? 180° 5 540°; hexágono: 4 ? 180° 5 720°
um terreno plano e horizontal. Uma pessoa, parada a) Temos que a soma dos ângulos internos de um triân-
em um ponto P desse terreno, avista o ponto A sob
um ângulo de medida α com a horizontal. Cami- gulo qualquer é 180°. A partir dessa informação,
nhando em linha reta no sentido da base B do mas- junte-se a um colega e calculem a soma dos ângu-
tro essa pessoa para em um ponto Q e avista o pon- los internos do quadrilátero, do pentágono e do
to A sob um ângulo de medida 60° com a horizontal. hexágono convexos representados acima.
α
Sabendo que a medida do ângulo PAQB é , calcule
4 b) Agora, calculem a soma dos ângulos internos de
a medida α, em grau. 48° um polígono convexo de n vértices.

Resolva as questões 1 e 2 do Roteiro de trabalho.

64 Capítulo 3 Geometria plana: triângulos e proporcionalidade

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 64 05.03.10 20:22:55


4 Propriedades dos triângulos

Triângulo isósceles
Triângulo isósceles é todo triângulo que possui dois lados congruentes entre si. O extremo
comum a esses lados é chamado de vértice do triângulo isósceles, e o lado oposto a esse vértice
é a base do triângulo isósceles.

Propriedades

A
P1. Se um triângulo possui dois lados com medidas iguais, então
os ângulos opostos a esses lados têm medidas iguais.
P2. Se um triângulo possui dois ângulos com medidas iguais, en-
tão os lados opostos a esses ângulos têm medidas iguais.
P3. A mediana, a bissetriz e a altura relativas à base do triângulo
isósceles são segmentos coincidentes e estão contidas na me-
ILUSTRAÇÕES: fAUSTIno

diatriz relativa a essa base. A medida de um


B
segmento de reta tAB
C
A
Por P1 e P2 temos: é indicada por AB
AB 5 AC ⇔ BB 5 C
B (sem o traço).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Se AB 5 AC e M é ponto médio de B t C, então o


segmento tAM é mediana, bissetriz e altura rela-
tivas ao vértice A, e a reta $AM % é mediatriz rela-
B M C tiva à base tBC.
Ponto médio

Exemplo
B e ACB
Na situação apresentada na abertura do capítulo, os ângulos BAC B do triângulo ABC me-
dem 90° e 45°, respectivamente. Como a soma dos ângulos internos de um triângulo é 180°, m (ABB C ) é lido como
concluímos que m(ABB C) 5 45°. “medida do ângulo
Assim, dois ângulos internos do triângulo ABC têm ABB C ”.
medidas iguais e, portanto, os lados opostos a esses B
ângulos têm medidas iguais, ou seja, ABC é um triân-
gulo isósceles. 45°
Concluímos, então, que AB 5 AC 5 70, ou seja,
fAUSTIno

a largura do rio é 70 m.

45°
A C
70 m

Triângulo equilátero
Triângulo equilátero é todo triângulo que possui os três lados congruentes entre si. Assim,
todo triângulo equilátero também é isósceles, pois tem dois lados congruentes entre si.

Propriedade

Cada ângulo interno de um triângulo equilátero mede 60°.

Triângulo retângulo
Triângulo retângulo é todo triângulo que possui um ângulo interno reto. Os lados do triân-
gulo que formam esse ângulo reto são chamados de catetos, e o terceiro lado é a hipotenusa.

Geometria plana: triângulos e proporcionalidade Capítulo 3 65

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 65 05.03.10 20:22:59


Propriedades

Dois ângulos são P1. Os ângulos agudos de um triângulo P2. Em todo triângulo retângulo, a
complementares retângulo são complementares. mediana relativa à hipotenusa mede

ILUSTRAÇÕES: fAUSTIno
quando a soma de metade da hipotenusa.
suas medidas é 90°.
B
α
β M (ponto médio)
BC
AM 5
2

α 1 β 5 90° A C

B D Para justificar a propriedade P2, consideremos o retângulo ABCD, ao lado.


As diagonais de um retângulo são congruentes e o ponto comum às duas é ponto médio de
fAUSTIno

AD
t C do triângulo ABC. Como AM 5
M
cada uma. Logo, M é ponto médio da hipotenusa B e
2
BC
AD 5 BC, concluímos que AM 5 .
A
2
Portanto, a mediana tAM divide o triângulo retângulo ABC em dois triângulos isósceles.
C

Exercício resolvido

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
R.3 No triângulo retângulo ao lado, em que M é o ponto mé- B
dio da hipotenusa, determinar as medidas dos ângulos

fAUSTIno
M
internos do triângulo AMB.
20°
Resolução A C
Como o triângulo AMC é isósceles de base tAC, então o ân-
gulo MACB mede 20°.
B
BMA é externo do AMC ⇒ m(BMA) B B
5 20° 1 m(MAC) (I)
Substituindo a medida do ângulo MAC B
B em (I), temos: m(BMA) 5 20° 1 20° 5 40°
AMB é isósceles de base tAB e m(BMA) B 5 40° ⇒ m(MAB)B 5 m(MB B A) 5 70°
Portanto, os ângulos internos do triângulo AMB medem 70°, 40° e 70°.

Exercícios propostos

5 No triângulo ABC da figura, A Sabendo que as asas têm comprimentos iguais, a


tem-se que AB 5 AC. Deter- medida do ângulo OBBA é: alternativa a
x
mine a medida x, em grau. a) 40° b) 50° c) 56° d) 58° e) 60°
40°
110° 7 Há milhares de anos, um meteorito com mais de
B C
um milhão de toneladas chocou-se com o solo no
Arizona, EUA, formando uma enorme cratera
ILUSTRAÇÕES: fAUSTIno

6 No projeto de um avião, um engenheiro desenhou (Cratera de Barringer). Para medir o diâmetro des-
três eixos, r, s e t, que denominou eixo do corpo do sa cratera, um geólogo fixou dois pontos, A e B, ex-
avião e eixos das asas, conforme a figura abaixo. tremos de um diâmetro da cratera, e caminhou
Eixo do corpo do avião
1.260 m a partir do ponto A, perpendicularmente a
r
B
tAB, até um ponto C, tal que m(ACB) 5 45°.
t
Qual é a medida do diâmetro AB? 1.260 m
PHoToDISC/GETTY IMAGES

t s
A B
Eixo da Eixo da
asa esquerda asa direita

Cada um dos ângulos obtusos que r forma com s ou


B
t mede 30° a mais que a medida do ângulo AOB. Cratera de Barringer, Arizona, Estados Unidos. (1995)

66 Capítulo 3 Geometria plana: triângulos e proporcionalidade

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 66 05.03.10 20:23:09


8 (Ceeteps-SP) Analise as sentenças relativas à figura 9 O triângulo ABC é A
a seguir. isósceles de base tBC e
I. O triângulo CDE é isósceles. M é ponto médio da 35°
II. O triângulo ABE é equilátero. base.
III. AyE % é bissetriz do ângulo BAD.
B Determine a medida
do ângulo AB B C. 55° x

B M C
A D 10 No triângulo retângulo ABC temos: M é ponto mé-
B ) 5 30° e CM 5 3 cm.
dio de tBC, m(MAC
ILUSTRAÇÕES: fAUSTIno

60° 45° Calcule o perímetro do triângulo ABM. 9 cm


B

60°

B E C M

É verdade que: alternativa e

a) somente a afirmativa I é falsa;


b) somente a afirmativa II é falsa;
A C
c) somente a afirmativa III é falsa;
d) são todas afirmativas falsas; (Lembrete: perímetro de um polígono é a soma das
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

e) são todas afirmativas verdadeiras. medidas dos seus lados.)

5 Teorema de Tales

Tales de Mileto é considerado o primeiro filósofo grego e é também o primeiro homem da


História a quem se atribuem descobertas matemáticas específicas, embora, antes dele, a humani-
dade já tivesse acumulado um conhecimento matemático. Um dos teoremas associados ao nome

HULTon ARCHIVE/GETTY IMAGES


de Tales trata da proporção entre segmentos de reta, conforme é enunciado a seguir.
Consideremos três retas paralelas, p, q, r, “cortadas” por duas transversais, s e t.
s t
p A D

B E
q
fAUSTIno

r C F
Tales de Mileto
(624 a.C.-548 a.C.),
Dizemos que dois segmentos das transversais s e t são correspondentes quando seus extremos gravura do século XVII.

t BeD
pertencem às mesmas paralelas. Por exemplo: A t E são correspondentes, pois seus extremos per-
t CeD
tencem às mesmas paralelas p e q; de modo análogo, são correspondentes A t F, C
t B e Ft E.
Tales demonstrou que a razão entre dois segmentos de uma mesma transversal é igual à razão
entre os segmentos correspondentes na outra transversal, isto é:
AB DE AB DE CB FE
 5  ;  5  ;  5 
BC EF AC DF CA FD

Esse teorema pode ser generalizado para mais de três paralelas, como segue.

Se três ou mais retas paralelas concorrem com duas retas transversais, então a razão
entre dois segmentos de uma mesma transversal é igual à razão entre os segmentos corres-
pondentes da outra transversal.

Geometria plana: triângulos e proporcionalidade Capítulo 3 67

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 67 05.03.10 20:23:15


Exercício resolvido

R.4 As retas p, q e r, representadas a seguir, são paralelas. Determinar a medida x.


p

x 3
q

fAUSTIno
x�4 5

Resolução
x 3
Pelo teorema de Tales, temos:  5 
x 1  4 5
Logo,
5x 5 3x 1 12 ⇒ 2x 5 12
 x56

Exercícios propostos

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
11 Determine a medida x em cada figura:
a) r // s // t 6 d) r // s 6
r r
ILUSTRAÇÕES: fAUSTIno

9 x x 9
s
12 x 4
8
s
t

b) r // s // t 9 e) r // s 7
r
2 6 4
s
r
12
x 6
x�2 x�1
t
s

c) r // s // t 3
r s t
8
10

x�1 x�2

12 O terreno de uma fazenda tem a forma de um trapézio de bases At B eCt D, com AD 5 9 km


t D, com AE 5 6 km, o fazendeiro pretende
e BC 5 12 km. A partir de um ponto E do lado A
construir uma estrada paralela a tAB que cruze a fazenda até um ponto F do lado tBC.
Calcule a distância FC. 4 km
A B

6 km
9 km 12 km
E F

D C

68 Capítulo 3 Geometria plana: triângulos e proporcionalidade

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 68 05.03.10 20:23:24


6 Semelhança de figuras planas

Certamente você já viu na vitrine de alguma loja dois ou

J MARSHALL/TRIBALEYE IMA-
GES/ALAMY/oTHER IMAGES
mais televisores mostrando a mesma imagem. As figuras mos-
tradas nas telas têm a mesma forma, mas não necessariamente
o mesmo tamanho. Tendo o mesmo tamanho ou não, dizemos
que essas figuras são semelhantes.
Intuitivamente, duas figuras planas são semelhantes
quando têm a mesma forma, não importando se têm ou não o
mesmo tamanho.

Exemplos
a) Dois quadrados quaisquer são figuras semelhantes.

Se os quadrados tiverem o mesmo tamanho, então eles são congruentes. A congruência


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

é um caso particular da semelhança. Indica-se a semelhança de duas figuras A e B por A , B,


e a congruência entre duas figuras C e D por C  D.
b) Duas circunferências quaisquer são figuras semelhantes.

ILUSTRAÇÕES: fAUSTIno
c) Dois retângulos são semelhantes somente quando os lados de um deles são proporcionais
aos do outro.

5 cm

10 cm
8 cm

16 cm

7 Semelhança de triângulos

O conceito intuitivo de semelhança é muito importante, porém devemos formalizá-lo. Para


isso, adotamos a definição a seguir.

Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, existe uma correspondência biunívo-
ca, que associa os três vértices de um dos triângulos aos três vértices do outro tal que:
I. ângulos com vértices correspondentes são congruentes; Uma correspondên-
II. lados opostos a vértices correspondentes são proporcionais. cia biunívoca entre
dois conjuntos não
 AB    D B vazios A e B associa
A
 cada elemento de A
 AB BC AC
D ABC , DEF ⇔  BB    EB   e     5   5  a um único elemen-
fAUSTIno

 DE EF DF to de B e cada ele-
B C E F  CB    FB   mento de B a um
único elemento de A.

Geometria plana: triângulos e proporcionalidade Capítulo 3 69

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 69 05.03.10 20:23:33


Casos de semelhança de triângulos
Pela definição de semelhança de triângulos é necessário que sejam obedecidas seis condições:
três congruências e três proporcionalidades. Porém, escolhendo adequadamente algumas dentre
essas seis condições, percebemos que, se elas forem obedecidas, as outras também o serão. Qual-
quer conjunto formado por uma quantidade mínima de condições capazes de garantir a seme-
lhança de dois triângulos é chamado de caso de semelhança. A seguir apresentamos os casos
principais.

Caso A.A. (ângulo-ângulo)


Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, têm dois ângulos respectivamente con-
gruentes.
A
B    EB 
B
D 
e   ⇔ ABC , DEF
CB    FB 
B C E F

Caso L.A.L. (lado-ângulo-lado)


Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, têm dois lados, respectivamente, propor-
cionais; e são congruentes os ângulos formados por esses lados.

A AB BC 
 5 

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
DE EF 
ilustrações: faustino

D 
e   ⇔ ABC , DEF
B    EB
B 
B C E F

Caso L.L.L. (lado-lado-lado)


Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, têm os três lados, respectivamente, pro-
porcionais.
A

D AB BC AC
 5   5   ⇔ ABC , DEF
DE EF DF
B C E F

Notas:
1. Ao indicar a semelhança por ABC , DEF estamos afirmando que os vértices A, B e C são,
respectivamente, os correspondentes dos vértices D, E e F.
2. Lados opostos a ângulos correspondentes são chamados de lados correspondentes.
3. A razão entre dois lados correspondentes é chamada razão de semelhança. A razão de
semelhança também pode ser obtida através da razão entre dois segmentos corresponden-
tes quaisquer: alturas, medianas, bissetrizes etc., conforme a demonstração a seguir.

Demonstração

Consideremos que ABC , DEF.

A
faustino

B C E F

A razão de semelhança do triângulo ABC para DEF é o número k tal que:

AB BC AC
k  5   5   5  (I)
DE EF DF

70 Capítulo 3 Geometria plana: triângulos e proporcionalidade

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 70 05.03.10 20:23:40


Traçando as alturas correspondentes tAH e tDI, concluímos, pelo caso A.A., que os triângu-
los ABH e DEI são semelhantes:

fAUSTIno
B C E F
H I

Logo, temos:
AH AB
 5  (II)
DI DE

AB AH
Em (I), observamos que  5 k ; logo, de (II), podemos concluir que  5 k , ou seja, a
DE DI
razão entre as alturas correspondentes A t Hu e D
t I é a razão de semelhança entre os triângulos.
De maneira análoga, pode-se demonstrar que a razão de semelhança se mantém para
dois comprimentos correspondentes quaisquer: medianas, bissetrizes, perímetros etc.

Exercícios resolvidos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

R.5 Um projetor de slide, colocado a 9 m de distância t B do triângulo


R.6 Determinar a medida do lado A
de uma tela, projeta um retângulo de altura 6 m. B  DB
ABC abaixo, sabendo que BAC B C.
A que distância da tela deve ser colocado o proje-
B
tor para que o retângulo projetado tenha 2 m de
altura? x 6 cm
4 cm
ILUSTRAÇÕES: fAUSTIno

A C
D 3 cm
6m

Resolução
9m
Separando os triângulos ABC e BDC, e observando
B  DB
que BAC B C e BCA
B  BCDB (CB é ângulo comum
aos dois triângulos), concluímos que ABC , BDC
(caso A.A.). Marcando os ângulos congruentes
2m com o mesmo número de arquinhos, temos os
triângulos abaixo.
Resolução
B B
Sendo d a distância procurada, esquematizamos:
x 6
B
4
F
9 A C D 3 C
A D 6 E G 2
d H

C Para montar a proporção entre as medidas dos la-


dos, colocamos como numeradores as medidas dos
Temos que ABC ~ EFG e que a razão de seme- lados de um mesmo triângulo e em cada denomi-
lhança é a razão entre dois comprimentos corres- nador colocamos o correspondente do numerador
pondentes quaisquer. Assim, temos: (lados correspondentes são lados opostos a ângulos
congruentes), isto é:
BC AD 6 9
 5   ⇒    5 
FH EG 2 d x 6
 5   ⇒   x  5 8
  6d  5 1 8  ⇒   d  5 3 4 3

Logo, a distância entre o projetor e a tela deve ser 3 m. Logo, o lado tAB mede 8 cm.

Geometria plana: triângulos e proporcionalidade Capítulo 3 71

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 71 05.03.10 20:23:51


Exercícios propostos

13 No triângulo ABC abaixo, o segmento tED é parale- 17 Em uma noite de Lua cheia, Paulo e Renata realiza-
lo a tBC. Determine as medidas tAE e tAD. ram a seguinte experiência: Paulo fechou um dos
AE  12; AD  8
olhos e Renata segurou uma moeda de 2,5 cm de
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

A
diâmetro entre a Lua e o olho aberto de Paulo, de
18 modo que o jovem visse a moeda coincidindo com
a imagem do disco lunar; a seguir, mediram a dis-
12 tância entre a moeda e o olho aberto de Paulo, ob-
E D
6
tendo 290 cm. Sabendo que a distância da Terra à
B 9 C Lua é 4  105 km, os jovens estimaram a medida do
diâmetro da Lua. Com esses dados, que medida,
em quilômetro, se obtém para o diâmetro da Lua?
14 Na figura a seguir, tAB // tDE. Determine as medidas  3,45  103 km
x e y. x  14 e y  24

SERRALHEIRO
A 16 B

8 x
C

21 12

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
D y E

B  DB
15 (Unir-RO) Na figura, tem-se DAB B C. A medi-
da x é: alternativa d
18 (Vunesp) Um observador situado num ponto O, lo-
A calizado na margem de um rio, precisa determinar
sua distância até um ponto P, localizado na outra
x
margem, sem atravessar o rio. Para isso marca, com
estacas, outros pontos do lado da margem em que
se encontra, de tal forma que P, O e B estão alinha-
dos entre si e P, A e C também. Além disso, tOA é
D

5 t C, OA  25 m, BC  40 m e OB  30 m,
paralelo a B
conforme mostra a figura.
C B
10
P

a) 12 b) 13 c) 14 d) 15 e) 16

16 O esquema abaixo, fora de escala, representa uma


rio
pessoa em frente a uma máquina fotográfica cuja
base é paralela ao piso plano e horizontal.
FAUSTINO

O A

B C

A distância, em metro, do observador em O até o


Diafragma ponto P é: alternativa e
a) 30
Se a distância entre a pessoa e o diafragma da máqui- b) 35
na é 3 m, a distância entre o diafragma e o filme é 6 cm c) 40
e a altura da pessoa é 1,75 m, calcule a altura, em cen- d) 45
tímetro, da imagem da pessoa projetada no filme. 3,5 cm e) 50

Resolva as questões 3 e 4 do Roteiro de trabalho.

72 Capítulo 3 Geometria plana: triângulos e proporcionalidade

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 72 4/20/10 3:16:13 PM


8 Relações métricas no triângulo
retângulo
A
Considerando o triângulo retângulo ABC ao lado, temos:
• b e c são as medidas dos catetos; b

fAUSTIno
c
h
• a é a medida da hipotenusa;
• h é a medida da altura relativa à hipotenusa; B C
• m é a medida da projeção ortogonal do cateto tAB sobre a hipotenusa; m H n

• n é a medida da projeção ortogonal do cateto tAC sobre a hipotenusa. a

Vamos demonstrar as seguintes relações métricas:

ah 5 bc ch 5 bm a2 5 b2 1 c2 (teorema de Pitágoras)
c2 5 am bh 5 cn
b2 5 an h2 5 mn

Demonstrações
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

O triângulo retângulo ABC pode ser separado em três triângulos semelhantes entre si.
A A A

b b
c c h h

B a C B m H H n C

Assim, temos:
a b c
• ABC , HBA ⇔  5   5 
c h m
Logo: ah 5 bc, c2 5 am, ch 5 bm

a b c
• ABC , HAC ⇔  5   5 
b n h
Logo: b2 5 an, ah 5 bc, bh 5 cn

c h m
• HBA , HAC ⇔  5   5 
ILUSTRAÇÕES: fAUSTIno

b n h
Logo: bh 5 cn, ch 5 bm, h2 5 mn

• Para demonstrar o teorema de Pitágoras, basta adicionar, membro a membro, as


relações b2 5 an e c2 5 am, obtendo:
b2 1 c2 5 an 1 am ⇒ b2 1 c2 5 a(n 1 m)

Como n 1 m 5 a, concluímos que: b2 1 c2 5 a2

Nota:
Nenhuma outra proposição matemática possui tantas demonstrações quanto o teorema
de Pitágoras. Em 1940, o professor norte-americano Elisha Scott Loomis publicou, em seu
livro The Pythagorean Proposition, 367 demonstrações diferentes desse teorema. Uma de-
las é apresentada a seguir.
Consideremos quatro triângulos retângulos congruentes entre si, cuja hipotenusa tem
medida a e os catetos têm medidas b e c:
c c c c
b b b b
a a a a

Geometria plana: triângulos e proporcionalidade Capítulo 3 73

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 73 05.03.10 20:24:09


Dispondo esses triângulos conforme a figura abaixo, temos que as hipotenusas são
lados de um quadrado inscrito no quadrado cujos lados são formados por catetos:
c b
b
a
a c

faustino
c a
a
b
b c

Observando que a área do quadrado de lado b 1 c é igual à soma das áreas dos quatro
triângulos com a área do quadrado de lado a, podemos escrever:

bc
(b  1 c ) 2  5 4 ?   1 a 2
2
Assim, concluímos:

b2 1 2bc 1 c2 5 2bc 1 a2 ⇒ b2 1 c2 5 a2

Exercício resolvido

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
R.7 Em um retângulo ABCD, tem-se AB 5 8 cm e BC 5 6 cm. Calcular:
a) a medida da diagonal tAC;
b) a distância do ponto B à diagonal tAC;
c) a medida da projeção ortogonal do lado tAB sobre a diagonal tAC.

Resolução
a) Traçando a diagonal tAC, obtém-se o triângulo retângulo ABC.
D C Indicando por x a medida, em centímetro, dessa diago-
ilustrações: faustino

nal, temos pelo teorema de Pitágoras:

x 6
x2 5 62 1 82 ⇒ x2 5 100
  x 5 110 ou x 5 210

Excluímos o valor 210, porque x é necessariamente posi-


A 8 B
tivo; logo, a medida da diagonal tAC é 10 cm.

b) A distância de B à diagonal tAC é a medida h da altura tBB’ relativa à hipotenusa do tri-


ângulo retângulo ABC.
D C Uma das relações métricas no triângulo retângulo afirma
que o produto das medidas da hipotenusa e de sua altura
B�
relativa é igual ao produto das medidas dos catetos. As-
6 sim, no triângulo ABC, temos:
h
10h 5 8 ? 6
  h 5 4,8
A 8 B
Concluímos, então, que B dista 4,8 cm da diagonal tAC.
c) Observando a figura apresentada no item b, vemos que a projeção ortogonal do lado
tAB sobre a diagonal tAC é o segmento tAB’.
Uma relação métrica no triângulo retângulo garante que o quadrado da medida de um
cateto é igual ao produto da medida da hipotenusa pela medida da projeção desse cateto.
Indicando por y a medida da projeção tAB’ do cateto tAB sobre a hipotenusa tAC, temos:
82 5 10y
  y 5 6,4
Concluímos, então, que AB’ é igual a 6,4 cm.

74 Capítulo 3 Geometria plana: triângulos e proporcionalidade

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 74 05.03.10 20:24:15


Exercícios propostos

19 Determine as medidas a, h, m e n no triângulo re- 23 (UFPE) Uma embarcação está presa ao cais por um
tângulo ABC a seguir. a  5; h  2,4; m  1,8 e n  3,2 cabo horizontal de comprimento 2,9 m. Quando a
maré baixar 2,0 m, qual será a distância, em decíme-
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

A
tro, medida na horizontal, da embarcação ao cais? 21 dm
3 4
h
24 Nas armações de madeira que suportam telhados,
são construídas estruturas sob a forma de triângu-
B C
m H n los isósceles ABC de base tBC, chamadas de tesoura
a de telhado, conforme mostra a figura abaixo, em
que N, M e P dividem a base tBC em quatro partes
20 Calcule a medida da altura relativa à base tBC do
congruentes.
triângulo isósceles. 3 cm
A A

5 cm 5 cm
D E

B 8 cm C
C M N P B
21 No triângulo retângulo ABC abaixo, calcule a me-
dida da projeção ortogonal do cateto tAC sobre a
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

HC  28,8 Se AN  3 m e ND  2,5 m, calcule a metragem


hipotenusa.
linear de caibros necessária para a construção des-
A sa estrutura. 29 m

12 25 (Enem) Quatro estações distribuidoras de energia


A, B, C e D estão dispostas como vértices de um
B
5 H
C quadrado de 40 km de lado. Deseja-se construir
uma estação central que seja ao mesmo tempo
22 (Enem) Na figura abaixo, que representa o projeto equidistante das estações A e B e da estrada (reta)
de uma escada com cinco degraus de mesma altura, que liga as estações C e D. A nova estação deve ser
o comprimento total do corrimão é igual a: localizada: alternativa c
alternativa d
a) no centro do quadrado;
30 cm
b) na perpendicular à estrada que liga C e D pas-
corrimão
sando por seu ponto médio, a 15 km dessa es-
90 cm trada;
30 cm
24 cm c) na perpendicular à estrada que liga C e D
24 cm
24 cm passando por seu ponto médio, a 25 km des-
24 cm 90 cm
24 cm sa estrada;
d) no vértice de um triângulo equilátero de base
a) 1,8 m d) 2,1 m tAB, oposto a essa base;
b) 1,9 m e) 2,2 m e) no ponto médio da estrada que liga as estações
c) 2,0 m A e B.

Cálculo da medida da diagonal de um quadrado e


da altura de um triângulo equilátero
A medida d da diagonal de um quadrado cujo lado tem medida a pode ser calculada pelo
teorema de Pitágoras.

d 2  a 2  a 2 ⇒ d 2  2a 2
FAUSTINO

d a

∴ d  2a 2 ⇒ da 2
a

Geometria plana: triângulos e proporcionalidade Capítulo 3 75

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 75 4/20/10 3:17:04 PM


De modo análogo, a medida h da altura de um triângulo equilátero cujo lado tem medida a
pode ser calculada pelo teorema de Pitágoras.

2
a 3a 2
h 2       a 2 ⇒  h 2   
 2 4

FAUSTINO
h a

3a 2 a 3
  h     ⇒ h   
4 2
a
2

Exemplos
a) A diagonal de um quadrado de lado 5 cm mede 5 2 cm.
b) A diagonal de um quadrado de lado 2 m mede 2    2 m, ou seja, 2 m.
7 3
c) A altura de um triângulo equilátero de lado 7 cm mede cm.
2
3    3 3
d) A altura de um triângulo equilátero de lado 3 cm mede cm, ou seja, cm.
2 2

Exercícios propostos

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
26 Na figura, ABCD é um qua- A B 28 Um cabo de aço de 10 m de comprimento é esticado
drado de lado 5 cm. do topo de um poste a um ponto de um terreno pla-
Calcule a medida da altura no e horizontal, de modo que o ângulo entre o cabo
do triângulo equilátero DBE. e o solo mede 30°.
5 6
 cm C
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

2 D
E

27 De um ponto C, o piloto de um avião avista um


ponto A na cabeceira da pista de um aeroporto, a
7 km de distância,
C 30°
sob um ângulo de 45°
com a vertical C t B,
conforme mostra a 45°
7 km
figura ao lado. A que
altura, em relação à Calcule a medida da altura do poste. 5 m
pista do aeroporto, 7 2 (Sugestão: Imagine a metade de um triângulo equi-
 km B A
encontra-se o avião? 2 látero.)

1. b) Podemos classificar os triângulos quanto aos ângulos (triângulo retângulo,


triângulo acutângulo e triângulo obtusângulo) e quanto aos lados (triângulo
Roteiro de trabalho equilátero, triângulo isósceles e triângulo escaleno).

1 Em duplas, respondam:
Polígono regular é todo polígono convexo que possui todos os lados congruentes entre si e todos os
a) O que é um polígono regular? ângulos internos congruentes entre si.
b) Como podemos classificar os triângulos?
c) Por que o triângulo pode ser considerado o polígono fundamental?
Porque qualquer outro polígono pode ser considerado uma composição de triângulos dispostos lado a lado.
2 Junte-se a um colega e enunciem com suas palavras o teorema da soma dos ângulos internos de um triângulo e o teorema
do ângulo externo de um triângulo. Expliquem como, a partir do teorema da soma dos ângulos internos de um triângulo,
pode-se calcular a soma dos ângulos internos de qualquer polígono convexo.
Ver Suplemento com orientações para o professor.
3 Reúna-se em grupo e escolham situações do dia a dia nas quais esteja presente o conceito de semelhança de figuras planas.
Espera-se que os alunos escolham situações em que as figuras têm a mesma forma, não importando se têm ou não o mesmo tamanho.
4 Em duplas, respondam à questão.
A definição de triângulos semelhantes explicita seis condições: as congruências entre os três ângulos internos e as proporcio-
nalidades entre os três lados. Para demonstrar que dois triângulos são semelhantes, é preciso constatar as seis condições?
Justifique. Ver Suplemento com orientações para o professor.

76 Capítulo 3 Geometria plana: triângulos e proporcionalidade

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 76 09.03.10 16:29:14


Exercícios complementares

1 No triângulo isós- 7 Um estudante posicionou-se a 50 m de distância de


celes de base tBC B um prédio e colocou, a 16 cm de seus olhos, uma has-
2x � 10° te vertical de 20 cm de comprimento tal que a haste e
da figura, deter-
mine a medida o prédio ficassem sob o mesmo ângulo visual, confor-
do ângulo inter- A x � 5° me a figura.
B . 60°
no A C

2 (Fuvest-SP) Na figura, AB  BD  CD.


Então:
a) y  3x D
y
b) y  2x
c) x  y  180°
d) x  y x
e) 3x  2y A B C
alternativa a
3 Um triângulo ABC, retângulo em A, possui um ângu- A partir dessa situação, o jovem calculou a altura do
lo interno de 30°. Calcule a medida de um ângulo agu- prédio. Qual é essa altura, em metro? 62,5 m
do formado pela altura e pela bissetriz interna, ambas
relativas ao vértice A. 15° 8 Na construção da estrutura de um telhado, um carpin-
teiro montou um triângulo isósceles formado por três
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

4 (UFMA) Um triângulo retângulo possui um ângulo vigas, de 5 m, 5 m e 8 m. Para dar rigidez à estrutura,
interno de 40°. A medida do ângulo agudo determina- ele fez uma triangulação conforme o esquema abaixo.
do pela mediana e pela altura, ambas relativas à hipo-
tenusa, é:

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
a) 10° b) 20° c) 25° d) 30° e) 35° 5m 5m
alternativa a
5 Uma escala termométrica é uma sequência de valores
numéricos em que para cada valor é associada uma
temperatura. A escala Celsius adota, sob pressão nor- 4m 4m
mal, ao nível do mar, o valor 0 (zero) para a tempera- Quantos metros de viga foram usados nessa peça?
tura de congelamento da água e o valor 100 para a 25,8 m
temperatura sob a qual a água entra em ebulição. Na 9 Para calcular o comprimento de um túnel que será
escala Fahrenheit, são atribuídos os valores 32 e 212 a construído em linha reta, ligando dois pontos, A e B,
essas temperaturas, respectivamente. da base de uma montanha, um topógrafo posicionou
No esquema a seguir, as três retas representadas pelos B
seu teodolito em um ponto C tal que m(ACB)  90°; a
tracejados são seguir mediu as distâncias AC e BC, obtendo 60 m e
paralelas e con- 80 m, respectivamente.
correm com as O comprimento do tú-
duas transver- M M� nel, em metro, será:
sais, que simbo- 100 °C 212 °F
lizam as escalas a) 120
Celsius (°C) e N N�
x b) 100
Fahrenheit (°F). 75 °C
c) 110 A B
Aplicando o teo-
rema de Tales, d) 80
determine a tem- e) 92 C
peratura em grau alternativa b
Fahrenheit (°F)
10 Para calcular a distância entre um navio A e o cais,
correspondente P P�
a 75 °C. 167 °F 0 °C 32 °F uma pessoa marcou um ponto B na margem do cais
de maneira que tAB fosse
6 Para a realização de uma experiência, uma rampa reta perpendicular a essa mar-
A
e plana de 2 m de comprimento, de plástico transpa- gem; a seguir, caminhou
rente, foi colocada sobre um terreno plano e horizon- 50 m perpendicularmen-
tal. Quando os raios de sol eram perpendiculares ao te a tAB, até um ponto C,
terreno, fez-se rolar uma bola desde o ponto mais alto
constatando que o ângulo
da rampa até o solo, observando-se que a sombra da
bola sobre o terreno percorreu uma distância de 1,6 m. B
ACB media 60°. A que 60°
B 50 m C Cais
Que distância percorreu essa sombra, quando a bola distância do cais estava o
se deslocou 50 cm sobre a rampa? 0,4 m navio? 50 3  m

Geometria plana: triângulos e proporcionalidade Capítulo 3 77

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 77 09.03.10 16:29:40


MAT – PAIVA – PNLEM – Vol.1 – Cap. 01 – 1.ª Prova (FORMATO ☎ 2618-1009 • 3569-1878)

Matemática sem fronteiras

Geometria e arte
Ao observar uma rua longa e reta tem-se a impressão de que suas margens convergem para um
ponto da linha do horizonte (LH). Em Geometria, esse ponto é chamado de ponto de fuga (PF).
fLoRIAn KoPP/IMAGEBRoKER/ALAMY/oTHER IMAGES

MUSEU DES BEAUX-ARTS, RoUEn, fRAnÇA


PF LH PF LH

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Rua em Paraty, Rio de Janeiro. (2009)

O ponto de fuga foi descoberto no século XV pelo arqui-


teto italiano Filippo Brunelleschi (1377-1446). Acredita-se
que essa descoberta tenha tido origem no hábito de Brunel-
leschi de desenhar as silhuetas de edifícios contornando
suas imagens em um espelho. Desse modo, o arquiteto per-
cebeu que todas as linhas dos desenhos convergiam para a
linha do horizonte. Nascia, então, o método geométrico de Claude Monet. A rua de Saint-Denis,
construção da perspectiva, que é a técnica de representação Festa de 30 de junho de 1878, 1878,
de figuras tridimensionais através de desenhos, de modo que 76  52 cm.
se tenha a ilusão da espessura e profundidade das figuras.
Observe o quadro ao lado, do pintor impressionista
Claude Monet: a perspectiva direciona nosso olhar para o
final da rua, no centro do quadro.

Uma figura tridimensional pode ser representada por um desenho com mais de um ponto
de fuga; por exemplo, as figuras abaixo mostram um cubo representado com dois ou três pon-
tos de fuga.

PF1 PF2
LH
PF1 PF2
LH
ILUSTRAÇÕES: fAUSTIno

cubo com dois


pontos de fuga

Para um estudo detalhado sobre esse PF3


assunto, sugerimos o endereço eletrônico
<http://www.perspectivaquadrilatera. cubo com três
net/y.tessuto/livro/localiz_pfuga.htm>. pontos de fuga

Um desenho que pretenda representar fielmente a realidade deve manter a proporção entre
suas medidas. Por exemplo, o desenho de um cubo em perspectiva deve assegurar a ilusão de que
suas faces são quadrados congruentes. Esse efeito é conseguido por meio de medidas obtidas por
semelhança de triângulos.

78 Capítulo 3 Geometria plana: triângulos e proporcionalidade

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 78 05.03.10 20:25:24


78)

Atividades

1 Observe as imagens abaixo e responda aos itens.


NICK RAINS/CORBIS/LATINSTOCK

JEAN-PIERRE LESCOURRET/CORBIS/LATINSTOCK
Figura 1 Figura 3
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Estrada de ferro, sul dos Estados Unidos. (2005)


DELFIM MARTINS/PULSAR IMAGENS

Figura 2

Casarões da rua Triunfo no bairro da Luz, São Paulo, SP. (2007) Prédio em Potsmader Platz em Berlim, na Alemanha. (2007)

Explique como se determinam: um ponto de fuga na figura 1, dois pontos de fuga na figura 2 e três pontos de fuga na
figura 3. Ver Suplemento com orientações para o professor
professor..

2 Vimos que um desenho que pretenda representar fielmente a realidade deve manter a proporção entre suas medidas.
Para obter esse efeito, aplicamos o conceito de semelhança de triângulos. Observe a representação do cubo e do seu
ponto de fuga.
LH PF

H G
FAUSTINO

D C

A B

Encontre dois triângulos semelhantes na figura acima e identifique um caso de semelhança.


Ver Suplemento com orientações para o professor
professor..
3 Em dupla, escolham um objeto à sua volta que lembre um paralelepípedo, por exemplo, borracha, caderno, livro etc.
Desenhem, utilizando régua, o objeto de três maneiras diferentes: com 1, 2 ou 3 pontos de fuga.
Resposta pessoal.

Geometria plana: triângulos e proporcionalidade Capítulo 3 79

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C03(058a079).indd 79 4/20/10 3:18:38 PM


MAT – PAIVA – PNLEM – Vol.1 – Cap. 04 – 2.ª Prova (FORMATO ☎ 2618-1009 • 3569-1878)

CAPÍTULO A linguagem das funções

4 Além da teoria

Em uma refinaria de petróleo, uma fissura num reservatório de


gasolina provocou um grande vazamento.
Os técnicos responsáveis pelo conserto estimaram que, a partir
do instante em que ocorreu a avaria, o volume V de gasolina restan-
te no reservatório (em quilolitro) em função do tempo t (em hora)
podia ser calculado pela lei: V(t) 5 22t 2 2 8t  120.

Qual o volume de gasolina no reservatório após 1 hora de


vazamento? 110 kL
Para que sejam salvos 80% da gasolina do reservatório, em
quanto tempo os técnicos deverão realizar o conserto? 2 h

Neste capítulo, você conhecerá o conceito de função e


MARCos PeRÓn/ Kino

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
poderá resolver problemas como este, que envolvem o
estudo da lei que representa uma função.

Refinaria da Petrobras, em
Paulínia, São Paulo. (2006)

80 Capítulo 4 A linguagem das funções

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(080a092).indd 80 05.03.10 20:50:55


78)

1 Sistemas de coordenadas

Em uma viagem de férias, um automóvel sofre um pequeno

Beto CeLLi
acidente em uma rodovia. O motorista, imediatamente, liga para
a companhia de seguros.
O atendente, depois de obter as informações necessárias, per-
gunta:
— Em que ponto da rodovia ocorreu o acidente?
km
O motorista, olhando para uma marca quilométrica ao lado da 9
rodovia, responde:
— Exatamente no quilômetro 9.
Essa informação do motorista fornece a coordenada do pon-
to em que ele se encontra na rodovia.
Em muitas outras situações do cotidiano, necessitamos de um
sistema de coordenadas. Por exemplo:
• Ao enviar uma carta, devemos escrever no envelope um O motorista deve manter
conjunto de informações apropriadas para a localização do destinatário. Essas informa- seu veículo em boas
condições e respeitar as leis
ções são as coordenadas do local de destino da carta. de trânsito, para diminuir o
• Um ponto da superfície da Terra é determinado por duas coordenadas: a latitude e a
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

número de acidentes nas


longitude. estradas. Foto da Rodovia
José Ermírio de Moraes,
• Um ponto do espaço aéreo é determinado por três coordenadas: a latitude, a longitude e
Sorocaba, SP. (2009)
a altitude.
Do mesmo modo, para localizar um ponto em um plano, podemos adotar um sistema de
coordenadas. O mais usual é o sistema cartesiano ortogonal de coordenadas, que A palavra ”ortogo-
apresentaremos a seguir. nal“ tem origem no
latim (orthogoynius) e
significa “que forma
Sistema cartesiano ortogonal de coordenadas ângulo reto”. Assim,
esse sistema é orto-
Para localizar um ponto no plano, podemos fixar nesse plano um sistema cartesiano ortogonal gonal porque os ei-
de coordenadas, que é formado por dois eixos, Ox e Oy, perpendiculares entre si no ponto O. xos formam entre si
ângulos retos.
y

CLAssiC iMAGe/ALAMY/
otHeR iMAGes-CoLeçÃo PARtiCuLAR
3

1
fAustino

�6 �5 �4 �3 �2 �1 O 1 2 3 4 5 6 x
�1

�2

�3
René Descartes (1596-1650),
�4 gravura do século XIX, autor
desconhecido. Embora o con-
�5
ceito de sistema de coordena-
das já fosse utilizado por ou-
�6
tros matemáticos, coube a
Descartes a sua formalização,
na obra La Géométrie. (1637)

A linguagem das funções Capítulo 4 81

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(080a092).indd 81 05.03.10 20:51:04


Por exemplo, para determinar as coordenadas do ponto P da figura a seguir, traçamos por
P as perpendiculares a Ox e Oy, obtendo, nesses eixos, dois números chamados de abscissa e
ordenada do ponto P, respectivamente.

(Eixo das ordenadas) y

4 P

2
faustino

1
O
�4 �3 �2 �1 1 2 3 4 5 6 x (Eixo das abscissas)
�1

�2

�3

�4

No exemplo, as coordenadas do ponto P são 5 e 4. A abscissa é 5, e a ordenada é 4. Indicamos


esse fato por P (5, 4).
A representação (5, 4) é chamada de “par ordenado de abscissa 5 e ordenada 4”.

Notas:
1. Dois pares ordenados de números reais são iguais se, e somente se, suas abscissas são iguais

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e suas ordenadas são iguais, isto é:
(a, b) 5 (c, d) ⇔ a 5 c e b 5 d
Por exemplo:
(a, 8) 5 (7, y) ⇔ a 5 7 e y 5 8
2. Os eixos Ox e Oy, chamados de eixos coordenados, separam o plano cartesiano em
quatro regiões denominadas quadrantes, que devem ser enumerados conforme a
figura:

II Q IQ
(Segundo quadrante) (Primeiro quadrante)
faustino

O x
III Q IV Q
(Terceiro quadrante) (Quarto quadrante)

P (a, b) [ I Q ⇔ a . 0 e b . 0
P (a, b) [ II Q ⇔ a , 0 e b . 0
P (a, b) [ III Q ⇔ a , 0 e b , 0
P (a, b) [ IV Q ⇔ a . 0 e b , 0
Por exemplo:

 1  3 
(4, 2) [ I Q; 2 , 9 [ II Q; (23, 25) [ III Q e  , 2 1 [ IV Q
 2  4 

Os pontos dos eixos coordenados não pertencem a nenhum quadrante.


3. Todo ponto de abscissa nula pertence ao eixo Oy, e todo ponto de ordenada nula pertence
ao eixo Ox.
Por exemplo:
(0, 22) [ Oy e (5, 0) [ Ox

82 Capítulo 4 A linguagem das funções

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(080a092).indd 82 05.03.10 20:51:08


Exercício resolvido

R.1 Obter os valores reais de m de modo que o ponto P (2m  1, 3m 2 6) pertença ao quar-
to quadrante.
Resolução
O ponto P pertence ao quarto quadrante se, e somente se:
 1
 2 m   1 . 0  m . 2    (I )
 ou seja:  2
 3 m  2 6 , 0  m  ,  2        (II )

Efetuando a intersecção de (I) e (II), temos: 1. y


6

fAustino
1
� C 5
2 B
(I) F 4
m
3
fAustino

2 A
(II) 2
m
1
G �4 O I 5
(I) � (II)
1 2 m �6 �5 �3�2 �1 0 1 2 3 4 6 x
� �1
2 E
�2
1 D
Portanto, concluímos que: 2 ,m,2 �3
2 �4
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

�5
�6 H

Exercícios propostos

1 Represente, no plano cartesiano, os seguintes 3 Para que valores reais de k o ponto


pontos: B(5k  15, 4 k2 2 36) pertence ao eixo das abscissas?
A(4, 2) F (21, 4) k 5 3 ou k 5 23
2 
B (2, 4) G (26, 0) 4 Para que valores reais de r o ponto C  , r 2 2
3 
C (22, 5) H (0, 26) pertence ao 1º quadrante? r . 2
D (5, 22) I (0, 0)
E (24, 21) 5 Para que valores reais de m o ponto C (5m 2 8, m  2)
8
pertence ao 2º quadrante? 22 , m  , 
5
 4
2 Para que valores reais de p o ponto A  p
p  27
7, 
 5 6 Determine os números reais a e b de modo que:
32 23
pertence ao eixo das ordenadas? p 5 7 (3a 2 2b, a  b) 5 (10, 11) a 5  e b 5 
5 5

Resolva a questão 1a do Roteiro de trabalho.

2 O conceito de função

Usamos as medidas para indicar o comprimento de uma corda, a velocidade de um automó-


vel, a temperatura de uma região, a profundidade de um rio etc.
Toda característica que pode ser expressa por uma medida é chamada de grandeza.
São exemplos de grandeza: comprimento, área, volume, velocidade, pressão, temperatura,
profundidade, tempo, massa e vazão.
A variação da medida de uma grandeza associada a um objeto depende da variação das me-
didas de outras grandezas, por exemplo: o crescimento de uma planta depende do tempo; a taxa
de evaporação das águas de um rio depende da temperatura; a pressão no mar depende da pro-
fundidade. Para estudar essas dependências, podemos recorrer a equações matemáticas que re-
lacionem as grandezas envolvidas.

A linguagem das funções Capítulo 4 83

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(080a092).indd 83 05.03.10 20:51:20


Para exemplificar, vamos supor que um automóvel percorra um trecho AB de uma estrada à
velocidade constante de 80 km/h.
Considerando A como ponto de partida, vamos
ÉBeR eVAnGeListA

associar a ele a marca 0 km. A cada ponto P do tre-


cho AB, vamos associar a marca d km, que indica a
A distância de A até P, medida ao longo da trajetória.
0 (km) Que distância terá percorrido o automóvel após
2 horas da partida?
Como a velocidade do automóvel é constante,
P 80 km/h, a distância d percorrida por ele, em quilô-
d (km) metro, após 2 horas será:
B d 5 80  2 ⇒ d 5 160
Raciocinando de maneira análoga, podemos construir a tabela abaixo, que expressa a distân-
cia d, percorrida pelo automóvel, após t horas de sua partida.
t (hora) d (quilômetro)
1 80
2 160
3 240
4 320
 

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Note que para cada valor de t se associa um único valor de d. Por isso dizemos que a distân-
cia d é dada em função do tempo t. Podemos expressar a distância em função do tempo pela
seguinte equação: d 5 80t. Essa equação substitui, com vantagens, a tabela anterior.
Se quisermos a distância d, em quilômetro, após 4 horas da partida, basta fazermos t 5 4 e
teremos:
d 5 80  4 ⇒ d 5 320
Logo, após 4 horas da partida, o automóvel percorreu 320 km.
Conhecendo a distância de B até A, que é 400 km, se quisermos determinar o tempo neces-
sário para o automóvel percorrer o trecho AB, basta fazermos d 5 400 e teremos:
400 5 80t ⇒ t 5 5
Então, o automóvel percorreu o trecho AB em 5 horas.
Do mesmo modo como relacionamos as grandezas d e t, podemos relacionar muitas outras
grandezas.
Procure outros exemplos em que duas grandezas estejam relacionadas de modo que a cada va-
lor de uma se associa um único valor da outra. Relações como essas são chamadas de funções.
Exemplos
a) Em um termômetro, a temperatura é dada em função s
Ge
MA
do comprimento da coluna (de mercúrio ou de álcool), ou seja, He
Ri
/ot
para cada comprimento  da coluna está associada uma única ALA
M Y
Ki/
WiDstoCK/ALAMY/otHeR iMAGes

medida T da temperatura. ARs


oK
Jt
Ze
DR
An

b) O preço de uma peça de tecido é dado em função da metragem desse tecido, ou seja,
para cada metragem de pano associa-se um único preço.

Dizemos que uma variável y é dada em função de uma variável x se, e somente se, a
cada valor de x corresponde um único valor de y.
A condição que estabelece a correspondência entre os valores de x e y é chamada de lei
de associação, ou simplesmente lei entre x e y. Quando possível, essa lei é expressa por
uma equação.

Notas:
1. Podemos abreviar a expressão “y é dada em função de x” por “y é função de x”.
2. No contexto das funções numéricas, define-se variável como um representante genérico
dos elementos de um conjunto de números. Usualmente indicamos uma variável por uma
letra. Por exemplo, ao dizer que x é uma variável real, estamos afirmando que x simboliza
um número real qualquer.

84 Capítulo 4 A linguagem das funções

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(080a092).indd 84 05.03.10 20:51:29


Exercícios resolvidos

R.2 Um edif ício tem dois apartamentos por andar, R.3 Ao completar o tanque de seu carro em um posto
inclusive no andar térreo. Os apartamentos são de abastecimento, o motorista olhou para a bom-
numerados do seguinte modo: os do andar térreo ba e observou que havia colocado 26 litros de ga-
têm números 01 e 02, os do primeiro andar têm solina e que o total a pagar era R$ 72,80.
números 11 e 12, os do segundo andar têm nú- a) Determinar o valor que o motorista teria pago
meros 21 e 22, e assim por diante. se colocasse apenas 20 litros de gasolina.
Considerando a correspondência que associa b) Considerando o montante de gasolina despe-
cada número de andar aos números dos aparta- jada no tanque até cada instante do abasteci-
mentos desse andar, responder às questões. mento, o preço a pagar é função desse mon-
tante? Por quê?
a) O andar de número 1 está associado a que nú-
c) Indicando por y o preço a pagar por x litros de
meros de apartamento?
gasolina, formular uma equação que relacione
b) A numeração dos apartamentos é dada em
x e y.
função da numeração dos andares? Por quê?
Resolução
Resolução
a) O preço, em real, do litro de gasolina é o quo-
a) O andar de número 1 está associado aos núme-
ciente de 72,80 por 26, que é 2,80. Logo, por
ros de apartamento 11 e 12.
20 litros de gasolina, o motorista pagaria, em
b) A numeração dos apartamentos não é função da
real, 20  2,80, ou seja, R$ 56,00.
numeração dos andares, pois, para cada número
b) O preço a pagar é função do montante de gaso-
de andar, estão associados dois números de apar-
lina, pois, para cada montante de gasolina des-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

tamento. Nesse caso todos os números de andar


pejado no tanque, associa-se um único preço.
estão associados a mais de um número de aparta-
c) Como o preço do litro de gasolina é R$ 2,80, o
mento, mas bastaria que houvesse pelo menos
preço y de x litros é dado por: y 5 2,80  x
um número de andar associado a mais de um va-
lor para que a correspondência não fosse função.

Exercícios propostos

7 A figura ABCD é um retângulo tal que: BD 5 6 cm, D C


AD 5 3 cm, E é um ponto do lado A t B e AE 5 x.
fAustino
Determine a lei que expressa a área y do triângulo
BDE em função de x. 9 3  2 3x
A E B
y  5 
2
8 (Uenf-RJ) Sabe-se que, nos pulmões, o ar atinge a temperatura do corpo e que, ao ser
exalado, tem temperatura inferior à do corpo, já que é resfriado nas paredes do nariz.
Através de medições realizadas em um laboratório, obteve-se a função
TE 5 8,5  0,75  TA, com 12 ºC < TA < 30 ºC, em que TE e TA representam, respectiva-
mente, a temperatura do ar exalado e a do ambiente.
Calcule:
a) a temperatura do ambiente quando TE 5 25 ºC; 22 °C
b) o maior valor que pode ser obtido para TE. 31 °C

9 Um metalúrgico recebe R$ 12,00 por hora trabalhada até o limite de 44 horas semanais,
sendo acrescidos 30% no salário/hora a cada hora que exceder o limite.
a) Copie a tabela ao lado em seu caderno e complete-a.
b) O ganho pelas horas semanais traba- Horas semanais Ganho pelas horas
lhadas é uma função do número de ho- trabalhadas trabalhadas (R$)
ras semanais trabalhadas? Por quê? 20 240,00
32 384,00
c) Indicando por y o ganho por x horas
44 528,00
de trabalho semanal, com x < 44,
46 559,20
elabore uma equação que expresse y
50 621,60
em função de x. y 5 12
12xx, com 0 < x < 44 9. b) Sim, pois para cada
número de horas
d) Indicando por y o ganho por x horas de trabalho semanal, com x . 44, elabore uma semanais trabalhadas
equação que expresse y em função de x. y 5 528  15,60(
15,60(xx 2 44), com x . 44 associa-se um único
valor ganho.

A linguagem das funções Capítulo 4 85

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(080a092).indd 85 05.03.10 20:51:34


10 Um consumidor comprou um automóvel por R$ 20.000,00, constatando que, ao final de
cada ano de uso, o valor de mercado do veículo diminui para 90% do valor de um ano
atrás. Veja na tabela a seguir os valores do automóvel até o final do 2º ano.

Tempo de uso do
Valor de mercado (R$)
automóvel (ano)

0 20.000
1 0,9  20.000
2 0,9  0,9  20.000 5 (0,9)2  20.000

a) Determine o valor do automóvel ao final de três anos de uso. R$ 14.580,00


b) Determine o valor do automóvel ao final de x anos de uso. (0,9)x  20.000
c) Indicando por y o valor de mercado do automóvel com x anos de uso, obtenha uma
equação que relacione y e x. y 5 20.000  (0,9)x
d) O valor de mercado do automóvel é dado em função do tempo de uso? Por quê?
Sim, pois, para cada tempo de uso (em ano), associa-se um único valor de mercado do automóvel.
11 Para encher uma piscina, até então vazia, foi aberta uma torneira cuja vazão é 26 litros por
minuto.
a) Indicando por y o volume em litro de água despejada pela torneira em x minutos, ob-
tenha uma equação que relacione x e y. y 5 26 26xx
b) O volume de água despejada é função do tempo? Por quê?
Sim, pois, para cada tempo decorrido, associa-se um único volume de água despejada.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
12 Cada ônibus de uma companhia de viação tem 36 lugares, numerados de 1 a 36. Os cin-
quenta ônibus da companhia são numerados de 1.001 a 1.050.
Considere a correspondência que associa cada número de assento a um número de
ônibus.
a) O número de assento 25 está associado a que número(s)? 1.001, 1.002, 1.003, …, 1.050
b) A numeração dos ônibus é dada em função da numeração dos assentos?
assentos? Por quê?
Não, pois a cada número de assento está associado mais de um número de ônibus.

Resolva a questão 1b do Roteiro de trabalho.

3 Formas de representação de uma


função

Em cada dia de um determinado mês, a temperatura média de uma região, em grau Celsius,
assumiu um dos valores: 0, 1, 4, 5, 6 e 7. Considerando apenas os dias 6, 7, 8 e 9 desse mês, em
que as temperaturas médias, em grau Celsius, foram 4, 1, 0 e 1, respectivamente, podemos re-
presentar a associação de cada dia à sua temperatura média, por meio do diagrama:

4 B
A
6 1
fAustino

7 0

8 5

6
9
7

Observando que cada dia do conjunto A corresponde a uma única temperatura no conjunto
B, concluímos que essa correspondência é uma função f do conjunto A no conjunto B. Indicamos
esse fato por f : A → B (lê-se: “f é uma função de A em B”).
Os conjuntos A e B são chamados, respectivamente, de domínio e contradomínio da fun-
ção f , que indicaremos por D (f ) e CD (f ), respectivamente. O conjunto {4, 1, 0} é chamado de
conjunto imagem da função f , que indicaremos por Im (f ).
Além do diagrama, a representação da função f pode ser feita de outras maneiras, conforme
mostram os exemplos a seguir.

86 Capítulo 4 A linguagem das funções

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(080a092).indd 86 05.03.10 20:51:38


Representação de f por uma tabela
Cada linha da tabela associa um dia à temperatura média registrada nesse dia.

Dia Temperatura média


6 4 °C
7 1 °C
8 0 °C
9 1 °C

Representação de f por um gráfico cartesiano


Todos os pontos (x, y), com x [ A e y [ B, tal que x e y estão associados por meio de f , cons-
tituem a representação gráfica de f no plano cartesiano, isto é:

faustino
1

0 6 7 8 9 x
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

É importante ressaltar que o domínio de f é representado no eixo das abscissas e o conjunto


imagem de f é representado no eixo das ordenadas.

Representação de f por uma equação


Observando atentamente a relação entre cada dia x, com x [ A, e a temperatura correspon-
dente y, com y [ B, constatamos que essa relação pode ser descrita pela equação:
y 5 (8 2 x)2
pois:
• para x 5 6, temos: y 5 (8 2 6)2 ⇒ y 5 4;
• para x 5 7, temos: y 5 (8 2 7)2 ⇒ y 5 1;
• para x 5 8, temos: y 5 (8 2 8)2 ⇒ y 5 0;
• para x 5 9, temos: y 5 (8 2 9)2 ⇒ y 5 1.
A equação y 5 (8 2 x)2, juntamente com D (f ) e CD (f ), representa a função f . Destacamos,
porém, que nem sempre é possível representar uma função por meio de uma equação.
Generalizando:

Sendo A e B conjuntos não vazios, chama-se função de A em B toda correspondência f


que associa cada elemento de A a um único elemento de B.

A f B
faustino

x y

• Os conjuntos A e B são o domínio e o contradomínio da função f , respectivamente.


• Indica-se que f é uma função de domínio A e contradomínio B por meio do símbolo f : A → B.
• Cada elemento y de B associado, através de f , a um elemento x de A é chamado de imagem
de x. Esse fato é indicado por y 5 f (x) (lê-se: “y é igual a f de x” ou “y é a imagem de x atra-
vés de f ”).
• O subconjunto de B, formado por todos os elementos que são imagens através de f , é cha-
mado de conjunto imagem de f.

A linguagem das funções Capítulo 4 87

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(080a092).indd 87 05.03.10 20:51:41


Exercícios resolvidos

R.4 Quais das seguintes correspondências, f , g , h ou Resolução


t , representam funções de A em B? a) f é função de A em B, pois todo elemento de A
está associado, através de f , a um único elemen-
a) f
to de B.
1
5 2
b) h é função de A em B, pois todo elemento de A
A B
8 3
está associado, através de f , a um único elemen-
7 4 to de B.
5 c) g não é função de A em B, pois existe elemento
6
6 em A (o elemento 8) que não está associado,
através de g, a algum elemento de B.
d) t não é função de A em B, pois existe elemento
b) h em A (o elemento 4) associado, através de t, a
1 5 mais de um elemento de B.
A 2 B
6
R.5 Dados os conjuntos A 5 {0, 21, 1, 23, 3} e
iLustRAções: fAustino

3
7
B 5 {0, 3, 27, 23, 29, 1}, determine o domínio, o
4
contradomínio e o conjunto imagem da função f
dada pela correspondência y 5 3x2, com x [ A
e y [ B.
c) g
Resolução

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1 3
2 Representamos a função por um diagrama:
5
A 1 B
6 y � 3x2
5
8 A 0 0 B
6

fAustino
y �1 3
14.
1 27
8 �3
�3 �9
d) t 7 3 1
4 1 6
A
6
B 5 Assim, temos:
3 4 D( f ) 5 A 5 {0, 21, 1, 23, 3}
8
3 CD( f ) 5 B 5 {0, 3, 27, 23, 29, 1}
2 9
2 Im( f ) 5 {0, 3, 27}
1
�4
�3 �2 �1 0 1 2 3 4 5 6 x
�1 15. a)
Temperatura Comprimento da coluna
�2 (em grau Celsius) (em milímetro)
0 40
5 48
10 56
Exercícios propostos 15 64

13 Dados os conjuntos A 5 {21, 0, 1, 2} e 15 Em certos limites, a variação do comprimento da


B 5 {21, 0, 1, 2, 3, 5, 8}, quais das correspondências coluna de mercúrio contido em um determinado
apresentadas a seguir são funções de A em B? termômetro é 8 mm, para mais ou para menos,
1 conforme a temperatura aumente 5 °C ou diminua
a) y 5 , em que x [ A e y [ B Não é função. 5 °C, respectivamente. À temperatura 0 °C, o com-
x
b) f (x) 5 x2  1, em que x [ A e f (x) [ B É função. primento da coluna é 40 mm.
c) y2 5 x2, em que x [ A e y [ B Não é função. a) Construa uma tabela para registrar a tempera-
d) f (x) 5 x3, em que x [ A e f (x) [ B É função. tura em grau Celsius, variando de 5 °C em 5 °C,
e o comprimento da coluna, em milímetro, até
14 Dados os conjuntos A 5 {24, 22, 0, 2, 4} e que o termômetro marque 15 °C.
B 5 {21, 0, 1, 2, 3, 5, 8}, construa o gráfico da fun- b) Indicando por y o comprimento, em milímetro,
x   2 da coluna para cada temperatura x, em grau Cel-
ção definida pela correspondência y 5 , em
2 sius, nos limites considerados, obtenha y em
8x
que x [ A e y [ B. função de x. y  5 40  
5

Resolva as questões 2(a e b) do Roteiro de trabalho.

88 Capítulo 4 A linguagem das funções

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(080a092).indd 88 05.03.10 20:51:52


4 Imagem de x pela função f

Vimos que, se (x, y) pertence a uma função f, a ordenada y é chamada de imagem de x pela
função f (ou imagem de x através de f ). E indicaremos esse fato por y 5 f (x).

Vamos estudar algumas particularidades dessa imagem.

Imagem de um elemento pelo diagrama de flechas

Considere a função f descrita pelo diagrama de flechas:

A f B

�3 �4

fAustino
�1 �5

0 1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

7 9

9 5

Se um elemento y de B estiver associado, através de f, a um elemento x de A, então diremos


que y é a imagem de x através de f.

Assim, temos:

• 24 5 f (23), ou seja, 24 é imagem de 23 através de f ;

• 25 5 f (21), ou seja, 25 é imagem de 21 através de f ;

• 25 5 f (0), ou seja, 25 é imagem de 0 através de f ;

• 1 5 f (7), ou seja, 1 é imagem de 7 através de f ;

• 9 5 f (9), ou seja, 9 é imagem de 9 através de f.

Imagem de um elemento pela lei y 5 f (x )

Vamos considerar a função f : ® → ® em que cada elemento x do domínio ® é associado a


um único elemento do contradomínio ® através da lei f (x) 5 5x 2 2.
A lei f (x) 5 5x 2 2 informa que a imagem de cada x do domínio é o número 5x 2 2 do con-
tradomínio. Assim temos, por exemplo:

• a imagem do elemento 6, através de f, é: f (6) 5 5  6 2 2 ⇒ f (6) 5 28


Logo, o par ordenado (6, 28) pertence a f;

3  3 3  3
• a imagem do elemento , através de f, é: f    5 5    2 2 ⇒  f    5 1
5  5 5  5

3 
Logo, o par ordenado  , 1  pertence a  f .
5 

A linguagem das funções Capítulo 4 89

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(080a092).indd 89 05.03.10 20:51:56


Equivalência entre os símbolos y e f (x)

Como o símbolo f (x) representa a ordenada do ponto de abscissa x, em vez de escrever


f (x) 5 5x 2 2, podemos escrever y 5 5x 2 2, ou seja, o símbolo f (x) pode ser substituído por y,
e vice-versa.

Imagem de um elemento pelo gráfico de uma função


A figura ao lado é o gráfico cartesiano de uma função f. y

Cada ponto (x, y) do gráfico de f deve ser interpreta- 8


do como (x, f  (x)), ou seja, a ordenada é a imagem da
6
abscissa através de f. Por exemplo, o ponto P (24, 23) 5
4
pertence ao gráfico, portanto f (24) 5 23. Analogamen-
te, temos: 11

faustino
�7 �4
�3 2 8 x
• (11, 25) pertence ao gráfico; logo, f   (11) 5 25;
�3
• (8, 0) pertence ao gráfico; logo, f  (8) 5 0;
�5
• (2, 6) pertence ao gráfico; logo, f  (2) 5 6;

• (0, 4) pertence ao gráfico; logo, f  (0) 5 4;


e assim por diante. �12

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Estudo do sinal de uma função

Sendo f uma função de domínio D, dizemos que:


• f é positiva para um elemento x, com x  D, se, e somente se, f  (x) . 0;
• f é negativa para um elemento x, com x  D, se, e somente se, f  (x) , 0;
• f se anula para um elemento x, com x  D, se, e somente se, f  (x) 5 0. Nesse caso, dize-
mos que x é raiz (ou zero) da função.

Exemplo
Dada a função f  : ® → ® tal que f (x) 5 x 2 2 4, temos:
• a função é positiva para x 5 23, pois f (23) 5 (23) 2 2 4 5 5;
Note que o sinal da
função para um ele- • a função é negativa para x 5 21, pois f (21) 5 (21) 2 2 4 5 23;
mento x do domí- • a função se anula para x 5 2, pois f (2) 5 2 2 2 4 5 0.
nio é o sinal de f (x), Nesse exemplo, 2 é uma raiz da função f (podemos dizer, também, que 2 é um zero da
e não o sinal de x.
função f ).

Estudo do sinal pelo gráfico da função

A variação de sinal de uma função pode ser estudada por meio de seu gráfico; por exemplo,
considere o gráfico ao lado de uma função f, temos:
• para todo x com 23 , x , 8, temos f (x) . 0. y
Por isso, dizemos que a função f é positiva para
8
23 , x , 8;
6
• para todo x com 27 < x , 23 ou 8 , x < 11, te- 5
4
mos f (x) , 0. Por isso, dizemos que f é negativa �
para 27 < x , 23 ou 8 , x < 11;
faustino

�7 11
�3 2 8 x
• para x 5 23 ou x 5 8 a função se anula, ou seja, � �
f (23) 5 f (8) 5 0 (os números 23 e 8 são as raízes
da função). �5

Note que as raízes da função são as abscissas dos


pontos de intersecção do gráfico com o eixo Ox.
�12

90 Capítulo 4 A linguagem das funções

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(080a092).indd 90 05.03.10 20:52:00


Exercícios resolvidos

R.6 O gráfico abaixo representa uma função R.7 O gráfico a seguir descreve o índice f (t) da bolsa
f : [24, 8[ → R. de valores de um estado, em porcentagem, em fun-
y
ção do horário t, em hora, desde o início do pregão,
10 h, até o fechamento, 18 h, de determinado dia.

5 Índice da bolsa de valores


3 f(t)
ilustrações: faustino

2,5
�2 8
�4 �3 2 4 6 x

1,0
�3
0,5
�5 14
�6
O 10 11 13 16 18 t
�7
�0,7

Determinar: Dados fictícios


a) f (24) a) Qual foi o maior valor atingido pelo índice da
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

b) f  (22) bolsa de valores nesse dia? Em que horário


c) f  (0) esse valor foi atingido?
d) f  (2) b) Qual foi o menor valor atingido pelo índice da
e) f  (4) bolsa de valores nesse dia? Em que horário esse
f) f  (6) valor foi atingido?
g) os valores de x para os quais f  (x) . 0; c) Em que horários desse dia o índice da bolsa de
h) os valores de x para os quais f  (x) , 0; valores foi nulo?
d) Durante quanto tempo do pregão o índice da
i) os valores de x para os quais f  (x) 5 0.
bolsa de valores esteve positivo?
Resolução e) Em que horários desse dia o índice da bolsa de
Lembrando que o símbolo “bolinha vazia” ( ) exclui valores esteve negativo?
o ponto do gráfico, que o símbolo “bolinha cheia” ( ) Resolução
inclui o ponto no gráfico, e que f (a) é a ordenada do
a) Observando que  f (11) 5 2,5 e que 2,5 > f (t)
ponto do gráfico cuja abscissa é a, temos: para qualquer t do domínio de f, concluímos que
a) f (24) 5 27 o maior valor do índice da bolsa de valores nesse
b) f (22) 5 25 dia foi 2,5% e que esse valor foi atingido às
c) f (0) 5 23 11 horas.
d) f (2) 5 0 b) Observando que  f (14) 5 20,7 e que 20,7 < f (t)
e) f (4) 5 3 para qualquer t do domínio de f, concluímos que
o menor valor do índice da bolsa de valores nes-
f) f (6) 5 0
se dia foi 20,7% e que esse valor foi atingido às
g) Devemos determinar todos os valores do domí- 14 horas.
nio da função cujas imagens, através de  f, sejam c) A função f se anula nos pontos de intersecção do
positivas. Esses valores são todos os números gráfico com o eixo das abscissas. Logo, o índice da
reais do eixo Ox tais que: bolsa de valores foi nulo às 13 horas e às 16 horas.
24 , x , 23 ou 2 , x , 6 d) Cada ponto do gráfico é da forma (t,  f(t)) e, por-
h) Devemos determinar todos os valores do domí- tanto, os pontos que têm  f (t) . 0 são aqueles
nio da função cujas imagens, através de  f, sejam localizados acima do eixo Ot. Esses pontos têm
negativas. Esses valores são todos os números a abscissa t obedecendo à condição 10 < t , 13
reais do eixo Ox tais que: ou 16 , t < 18. Logo, no período do pregão, o
índice da bolsa de valores esteve positivo antes
x 5 24 ou 23 , x , 2 ou 6 , x , 8 das 13 horas e depois das 16 horas.
i) Devemos determinar todos os valores do domí- e) Cada ponto do gráfico é da forma (t, f (t)) e, por-
nio da função cujas imagens, através de f, sejam tanto, os pontos que têm  f (t) , 0 são aqueles
iguais a zero. Esses valores, chamados de raízes localizados abaixo do eixo Ot. Esses pontos têm
da função, são as abscissas dos pontos de inter- a abscissa t obedecendo à condição 13 , t , 16.
secção do gráfico com o eixo Ox. Assim, temos: Logo, no período do pregão, o índice da bolsa de
x 5 23 ou x 5 2 ou x 5 6 valores esteve negativo entre 13 e 16 horas.

A linguagem das funções Capítulo 4 91

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(080a092).indd 91 05.03.10 20:52:03


Exercícios propostos

16 Dada a função f : R → R tal que f (x) 5 5 2 x, calcule:


 1 9
a) f (0) 5 b) f (3) 2 c) f (22) 7 d) f  
 2 2

x 2  2 12
17 Considere a função f : R* → R tal que f (x) 5 .
x
Que números do domínio de f possuem como imagem o número 4?
6 e 22
18 Observe o gráfico de uma função f : A → B, em que A 5 {21, 0, 1, 2} e B 5 {23, 21, 0, 1}.

y Determine:
a) f (21) 1
1
b) f (0) 0
fAustino

�1 0 1 2 x c) f (1) 23

�1 d) f (2) 0
3 f (1)
�2 e) 29
f (2)   f (21)
�3

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
19 Um biólogo, ao estudar uma cultura bacteriológi-

BLenD iMAGes/DioMeDiA
ca, contou o número de bactérias num determina-
do instante que chamou de instante zero; no final
de cada uma das seis horas seguintes fez nova
contagem das bactérias. Os resultados dessa ex-
periência foram descritos pelo gráfico abaixo.
Número de
A contagem de bactérias possibilita avaliar
bactérias
o risco de deterioração dos alimentos e a
qualidade dos processos de conservação
desses alimentos.
275
Observando o gráfico, responda:
a) Qual era o número de bactérias
no início da contagem, isto é,
190
no instante zero? 32 bactérias
fAustino

b) De quanto aumentou o número


132
de bactérias da quinta para a
92 sexta hora? 85 bactérias
65 c) De quanto aumentou o número
47 de bactérias da terceira para a
32
quinta hora? 98 bactérias
0 1 2 3 4 5 6 Tempo (horas)
d) Estime o número de bactérias no
instante 5 h 12 min após o início
da contagem.
aproximadamente, 207 bactérias
20 Um homem saiu com seu carro, às 8 horas, de uma cidade A e viajou durante o dia todo,
chegando à noite a uma cidade B, onde participou de uma reunião de negócios. Às 8 horas
do dia seguinte, o homem partiu da cidade B, percorrendo o mesmo caminho do dia ante-
rior, chegando à noite de volta à cidade A. Pode-se afirmar que, na viagem de volta:
a) O homem chegou à metade do caminho exatamente na metade do tempo da viagem
desse dia.
b) Se o homem demorou mais tempo na volta, então a velocidade média de seu automó-
vel, em quilômetro por hora, foi maior na volta do que na ida.
c) O gráfico da velocidade do automóvel, em função do tempo, é formado por pontos de
uma reta.
d) Existe um ponto do caminho por onde o homem passou no mesmo horário do dia
anterior. alternativa d

Resolva as questões 2(c e d) e 3 do Roteiro de trabalho.

92 Capítulo 4 A linguagem das funções

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(080a092).indd 92 05.03.10 20:52:13


5 Análise gráfica

A linguagem gráfica é cada vez mais utilizada como meio de comunicação. Além de propor-
cionar, de maneira eficaz, uma síntese de informações, ela permite uma rápida leitura. Observe o
gráfico a seguir:

TOSHIFUMI KITAUMA/AFP
Participação da mulher no mercado de trabalho
FAUSTINO

brasileiro no período de 1940 a 2000

100

80
Porcentagem

60

40

20

0
1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000
Ano Mulher trabalhando na indústria automobilística, Japão, 2003.
Pela Constituição Federal são proibidas as diferenças de salários, de
Homens Mulheres
exercício de funções e critérios de admissão por motivo de sexo, idade,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

cor ou estado civil. Apesar disso, muitas empresas ainda pagam salários
IBGE. Anuário Estatístico do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2001. menores às mulheres que exercem os mesmos cargos que os homens.

Uma simples leitura do gráfico nos fornece uma variedade de informações; por exemplo:
• Em 1950 o percentual de mulheres no mercado de trabalho era menor que 20%.
• De 1950 a 2000 o percentual de mulheres no mercado de trabalho aumentou a cada década.
• Se for mantida a tendência de crescimento do percentual de trabalho feminino, em breve
o número de mulheres será igual ao número de homens no mercado de trabalho.
A correta interpretação dos gráficos do dia a dia depende de fundamentos matemáticos e
estatísticos, alguns dos quais já estudamos. Apresentaremos mais alguns desses fundamentos.

Reconhecimento de uma função através da


análise gráfica
Observe o gráfico que representa a correspondência de A  {2, 4, 5} em B  {1, 3, 4, 6}:

y
6
FAUSTINO

4
3

O 2 4 5 x

Traçando pelos pontos do gráfico as retas paralelas ao eixo Oy, determinamos no eixo Ox as
abscissas desses pontos, ou seja, {2, 4, 5}.
Traçando pelos pontos do gráfico as retas paralelas ao eixo Ox, determinamos no eixo Oy as or-
denadas desses pontos, ou seja, {1, 3, 4, 6}.
Feito isso, concluímos que há elemento de A que corresponde a dois elementos de B: o ele-
mento 2, visto que (2, 4) e (2, 6) pertencem ao gráfico. Portanto, esse gráfico não representa uma
função de A em B.
Um gráfico representa uma função de A em B se, e somente se, qualquer reta paralela ao eixo
Oy, passando por um ponto qualquer de abscissa x, com x  A, intercepta o gráfico em um
único ponto.

A linguagem das funções Capítulo 4 93

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(093a99).indd 93 06.03.10 14:41:13


Exercícios resolvidos

R.8 Qual dos gráficos abaixo representa a função de Na figura 2, existe pelo menos uma reta paralela ao
A  [2, 6] em B  [1, 5]? eixo Oy que intercepta o gráfico em mais de um
y
ponto, por exemplo, a reta r representada abaixo.
Logo, h não é função de A em B.

5 r
5

g
h

1
1
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

2 6 x
2 6 x

figura 1 R.9 Determinar o domínio e o conjunto imagem da


y função f representada pelo gráfico abaixo.
y

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
4

5 3
f

h 1
2 4 5 x
1

2 6 x

figura 2
�5
Resolução
Na figura 1, qualquer reta paralela ao eixo Oy, pas- Resolução
sando por um ponto de abscissa x, com x  A, in- O domínio da função é o conjunto das abscissas de
tercepta o gráfico de g em um único ponto. Isso todos os pontos do gráfico, isto é, D( f )  [1, 5].
significa que qualquer x do conjunto A está asso- O conjunto imagem da função é o conjunto das or-
ciado a um único y do conjunto B através de g. denadas de todos os pontos do gráfico, isto é,
Logo, g é função de A em B. Im( f )  [5, 4].

Exercícios propostos

21 O diagrama abaixo representa uma função f : A → B. 1   x 2


22 Sendo a função f : R* → R tal que f ( x )   ,
x
A f B calcule:
�2 5  1 17
�7 a) f (2) c) f  
2  4 4
FAUSTINO

0
�1
5  1 17
3 b) f (2)  d) f   
6 2  4 4

5
23 Uma função f : R → R é definida por f (x)  ax2  bx,
em que a e b são constantes reais. Determine os
Calcule: números reais a e b sabendo que f (2)  16 e
a) f (2) 7
7 b) f (0) 1 c) f (3)  f (5) 12 f (1)  7. a  5; b  2

94 Capítulo 4 A linguagem das funções

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(093a99).indd 94 06.03.10 12:54:11


24 Considerando a função f : R → R tal que a) Quanto deve pagar, por saca, um comprador
x que adquirir cem sacas? 52 dólares
f ( x )   2 , classifique no caderno como ver-
x   1 b) Quanto deve pagar, por saca, um comprador
dadeira ou falsa cada uma das afirmações abaixo. que adquirir duzentas sacas? 51 dólares
 3  c) Sabendo que um comprador pagou 54 dólares
a) O ponto  3,  pertence ao gráfico de f. verdadeira por saca, quantas sacas comprou? 50 sacas
 10 
b) O ponto (0, 0) pertence ao gráfico de f. verdadeira 28 O gráfico abaixo representa uma função f de [8, 8]
c) O ponto (1, 2) pertence ao gráfico de f. falsa em R.
d) Não existe número a, pertencente ao domínio y
de f, tal que f (a)  2. verdadeira
e) Existem exatamente dois números reais k,
2 10
pertencentes ao domínio de f, tal que f (k)  . verdadeira
5
25 Determine o domínio e o conjunto imagem da
função f representada a seguir.

y D((f )  ]1, 7]
8 Im((f )  [[
Im 2, 8[ f

�8 �7 4 8 x
4
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
1 5 7 x
Classifique no caderno cada afirmação a seguir
�2
como verdadeira ou falsa.
a) f (8)  f (5) verdadeira
26 O gráfico a seguir representa uma função f. Deter- b) f (0)  0 falsa
mine o domínio e o conjunto imagem dessa fun- c) f (7)  0 verdadeira
ção. d) f (4)  0 falsa
e) f (2)  0 verdadeira
y D(f )  ]]
1, 6]
Im((f )  {{
Im 2}  [0, 7]
29 O Ministério da Economia de certo país divulgou o
7
balanço da inflação em determinado ano, apresen-
6
tando o seguinte gráfico.
5
7 Inflação
2
Taxa percentual de inflação

9
3
2 8
7
6
�1 7 3 7 6 x
5 5
2
�2 4
3
2
1

27 Um fazendeiro estabelece o preço da saca de café, 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


em função da quantidade de sacas adquiridas pelo Mês
200
comprador, usando a equação P   50    , em Dados fictícios
x
que P é o preço em dólares e x é o número de sacas a) Qual foi a taxa percentual de inflação no mês 4? 7%
vendidas. b) Qual foi a menor taxa percentual de inflação
nesse período? 5%
PHOTODISC/GETTY IMAGES

c) De quantos por cento aumentou a inflação do


mês 1 para o mês 3? 3%
Segundo a Associação d) Construa uma tabela que apresente os meses de
Brasileira da Indústria de Café 1 a 12 e os valores correspondentes das taxas de
(ABIC), o Brasil é o maior inflação observadas no gráfico acima.
produtor mundial de café. e) A taxa de inflação é função do tempo? Por quê?
Sim, pois a cada mês está associado um único valor da taxa de inflação.

Resolva a questão 4 do Roteiro de trabalho.


29. d)
Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Taxa de inflação (%) 6 8 9 7 6 9 9 9 8 6 5 9
A linguagem das funções Capítulo 4 95

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(093a99).indd 95 06.03.10 12:54:21


Roteiro de trabalho
1. a) Pelo ponto de abscissa x, do
eixo Ox, traça-se a reta
perpendicular a esse eixo; e pelo
1 Formem duplas e façam o que se pede.
ponto de ordenada y, do eixo Oy, a) Dado um par ordenado de números reais (x, y), descrevam como se localiza o ponto do
traça-se a reta perpendicular a
esse eixo. O ponto comum a essas plano cartesiano associado a esse par ordenado.
retas é o ponto (x, y).
b) Descrevam duas situações diferentes do cotidiano que envolvam o conceito de função.

b) O abastecimento de um carro
no posto de gasolina e a compra 2 Reúnam-se em grupos e respondam os itens abaixo com suas palavras.
de alimentos que precisam ser a) Dados dois conjuntos não vazios, A e B, o que é uma função de A em B?
pesados são situações do É uma correspondência que associa cada elemento do conjunto A a um único elemento do conjunto B.
cotidiano que envolvem o b) Sejam dois conjuntos não vazios, A e B, e uma função f de A em B. O que são: domínio de f,
conceito de função, pois o preço
da gasolina é função da contradomínio de f e conjunto imagem de f ?
quantidade de litros abastecidos e c) Por que os símbolos f (x) e y podem ser substituídos um pelo outro na representação de
o preço do alimento é função da
sua massa. uma função através da lei de associação? dePorque o símbolo f (x) representa a ordenada do ponto
abscissa x, por isso o símbolo f (x) pode ser substituído
2. b) Os conjuntos A e B são, d) O que significa a “bolinha vazia” () em um gráfico? por y e vice-versa.
respectivamente, o domínio e o Significa que o ponto com aquelas coordenadas da “bolinha vazia” não pertence ao gráfico.
contradomínio da função f. O
subconjunto de B cujos elementos 3 Em duplas, respondam com suas próprias palavras.
são os correspondentes dos
elementos de A, por meio de f, é o
a) Quando podemos dizer que uma função f é positiva, negativa ou nula para um determinado
conjunto imagem da função f. valor x do domínio?
Ver Suplemento com orientações para o professor.
b) O sinal da função para um elemento x do domínio é o sinal de x? Justifique.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3. b) Não, pois o sinal da função 4 Em duplas, expliquem, com suas próprias palavras, os itens abaixo.
para um elemento x do domínio é
o sinal de f (x), e não o sinal de x. a) A partir do gráfico de uma função f, como se determinam o domínio e o conjunto imagem
Por exemplo, dada a função
f: ® → ® tal que f (x)  x2, temos
de f ? O domínio de f é o conjunto das abscissas de todos os pontos do gráfico e o conjunto imagem de f
é o conjunto das ordenadas de todos os pontos do gráfico.
que a função é positiva para b) Em um gráfico representado no plano cartesiano, observa-se pelo menos uma reta parale-
x  2, pois f (2)  4; veja que
x tem sinal negativo, enquanto la ao eixo Oy que intercepta o gráfico em mais de um ponto. Esse gráfico pode representar
f (x) tem sinal positivo. uma função? Por quê?
O gráfico não pode representar uma função, pois, se (a, b) e (a, c), com b  c, são pontos comuns ao gráfico
e a uma reta paralela ao eixo Oy, então o elemento a possui mais de uma imagem através da correspondência
representada pelo gráfico, o que contraria uma condição necessária da definição da função.

Exercícios complementares

1 (Enem) O número de indivíduos de certa população é 2 O gráfico abaixo representa o crescimento de uma plan-
representado pelo gráfico seguinte: ta em função do tempo.

Altura da
10 planta (cm)

9 30
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

Número de indivíduos (x 1.000)

8 25
7
6 15
5
4
3
0 1 2 3 Tempo
2
(semanas)
1

1940 1950 1960 1970 1980 1990 Tempo (anos) Analisando o gráfico, responda:
a) Qual era a altura da planta no final da terceira
Em 1975, a população tinha um tamanho aproxima- semana? 30 cm
damente igual ao de:
b) Qual foi o crescimento da planta durante a terceira
a) 1960
semana? 5 cm
b) 1963
c) 1967 c) Em qual das três semanas registradas houve o
d) 1970 maior desenvolvimento da planta? primeira semana
e) 1980 alternativa b d) Estime a altura da planta depois de 2,3 semanas.
Resposta possível: aproximadamente 26,5 cm. O aluno pode
dar uma resposta somente a partir da visualização do gráfico.
96 Capítulo 4 A linguagem das funções

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(093a99).indd 96 10.03.10 13:28:55


3 Através de um estudo sobre o consumo C de energia 7 Em uma refinaria de petróleo, uma fissura num reser-
elétrica de uma fábrica, em quilowatt-hora(kWh), vatório de gasolina provocou um grande vazamento.
em função do tempo t, em dia, concluiu-se que Os técnicos responsáveis pelo conserto estimaram
C  400t. que, a partir do instante em que ocorreu a avaria, o
a) Qual é o consumo de energia elétrica dessa fábrica volume V de gasolina restante no reservatório (em
em oito dias? 3.200 kWh quilolitro) em função do tempo t (em hora) podia ser
b) Quantos dias são necessários para que o consumo calculado pela lei: V(t)  2t 2  8t + 120.
atinja 4.800 kWh? doze dias a) Qual era a quantidade de gasolina restante no reser-
c) Se a empresa adquirir uma máquina que consuma vatório três horas depois da ocorrência da avaria? 78.000 L
200 kWh diários, qual será a equação que descreve b) Calcule a capacidade desse reservatório sabendo
o consumo total da fábrica em função do tempo? que ele estava completamente cheio no momento
C  600t
em que ocorreu a fissura. 120.000 L
4 Um fabricante gasta R$ 8,00 para produzir uma bola c) Qual será o tempo necessário para que o reserva-
de futebol. Ele estima que, se vender cada bola por tório fique vazio caso os técnicos não consigam
x reais, conseguirá produzir e vender mensalmente realizar o conserto? 6 h
(140 – x) unidades desse produto. Sabendo que o lu- d) Para que sejam salvos 80% da gasolina do reserva-
cro mensal desse fabricante é a diferença entre o total tório, em quanto tempo os técnicos deverão reali-
arrecadado com a venda de toda a produção mensal e zar o conserto? 2 h
o custo total dessa produção, determine a função que
expressa o lucro L(x) em função do preço de venda x 8 Um ônibus de 40 lugares foi fretado sob as seguintes
de cada bola. L(x)  x2  148x  1.120 condições: cada passageiro deve pagar R$ 50,00 mais
uma taxa de R$ 2,00 por lugar que ficar vago.
WESTEND61 GMBH/ALAMY/
OTHER IMAGES

a) Copie a tabela em seu caderno e complete-a com


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

uma previsão do custo da viagem em função do nú-


mero de passageiros que forem viajar, admitindo as
possibilidades apresentadas na primeira coluna.

Número Valor pago Valor do


Número de
de lugares por frete do
passageiros
vagos passageiro ônibus
5 (UFRN) Na fabricação de algumas peças, um fabri- 20 20 90 1.800
cante contabilizou gastos totais de R$ 100,00 em ma- 30 10 70 2.100
téria-prima e R$ 50,00 em mão de obra. O preço de 2.100
35 5 60
venda de cada peça fabricada é R$ 1,50. Consideran-
40 0 50 2.000
do que x denota o número de peças vendidas e y o
y  130x  2x 2
lucro que o fabricante tem na venda dessas x peças,
b) Escreva a lei que expressa o valor y do frete em fun-
responda às solicitações abaixo.
ção do número x de passageiros que forem viajar.
a) Calcule quantas peças o fabricante tem de vender
c) Usando a lei obtida no item b, calcule o valor do
para obter lucro de 50% sobre o valor investido na
frete no caso em que sejam ocupados apenas 25
confecção das peças. 150 peças
lugares no ônibus. R$ 2.000,00
b) Expresse y em função de x para todo x  0.
y  1,5x  150
d) Para que o valor do frete seja R$ 2.088,00, quantos
passageiros deverão viajar? 36 ou 29 passageiros
6 (Ufal) Para um fabricante, que só produz certo tipo de
peça, o custo total mensal é representado por um va- 9 (Vunesp) Uma empresa farmacêutica lançou no mer-
lor fixo de R$ 800,00 e mais o custo de R$ 6,00 cado um analgésico. A concentração do analgésico,
por unidade produzida. Ele vende cada unidade por denotada por C (t), em decigrama por litro de sangue,
R$ 10,00. t horas após ter sido administrado a uma pessoa, está
Use essas informações para analisar as informações representada no gráfico esboçado a seguir. Sabe-
que seguem. -se que esse analgésico só produz efeito se sua concen-
a) Se ele produzir e vender x peças em um mês, a tração for superior a 1 decigrama por litro de sangue.
quantia que receberá por essa venda, em real, será C (t) (decigrama/litro)
R(x)  800 + 6x. Falsa
FAUSTINO

b) Se ele produzir e vender x peças em um mês, seu 1


lucro, em real, será dado por L(x)  4x – 800. Verdadeira
c) Em um mês em que produziu e vendeu 500 peças,
0,8 6 t (hora)
seu lucro foi de R$ 2.700,00. Falsa
d) Para ter um lucro de exatamente R$ 2.500,00 em (Observação: o gráfico não está em escala.)
um mês, deve produzir e vender no mês um total Analisando o gráfico, determine:
de 400 unidades. Falsa a) após ter sido administrado, quantos minutos decor-
e) Certo mês em que não teve prejuízo, ele produziu rerão para que o analgésico comece a fazer efeito; 48 min
e vendeu um mínimo de 200 peças. Verdadeira b) por quanto tempo a ação do analgésico permanecerá.
5 horas e 12 minutos

A linguagem das funções Capítulo 4 97

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(093a99).indd 97 06.03.10 12:54:31


10 O gráfico abaixo apresenta o volume de água, em li- Em cada ponto P(x, y) do segmento de reta represen-
tro, de um reservatório em função da altura do nível tado no plano cartesiano abaixo, a abscissa x é o tem-
da água, em decímetro. po, em segundo, necessário para que o total de água
no tanque seja y litros.
Volume (L)
y

301,44 40
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

251,20

10

24 x

a) Quanto tempo ficou aberta a torneira para que o


tanque atingisse 20 L? 8 segundos
b) Obtenha uma equação que relacione x e y.
0 5 8 5x  4y  40  0
Altura do nível
da água (dm) 14 Em épocas de chuvas, as enchentes de rios e córregos
causam grandes problemas. A incidência de enchen-
a) Qual é o volume de água quando o nível da água tes pode ser prevista pela análise da vazão de um rio
atinge 5 dm? 251,20 L em função de sua altura limnimétrica. A altura lim-
b) Qual é o volume de água quando o nível da água nimétrica é medida com o aparelho denominado lim-
atinge 8 dm? 301,44 L nógrafo, que registra continuamente a variação do

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
c) Qual é a variação do volume de água quando o ní- nível de um rio, adotando como nível normal ou ní-
vel varia de 5 a 8 dm? 50,24 L vel 0 (zero) o nível do rio fora da estação de chuvas.
Um engenheiro, estudando a vazão de um rio, em li-
11 Um edif ício tem só um apartamento por andar, exceto tro por segundo (L/s), construiu o gráfico abaixo, que
o andar térreo, onde se situa apenas a recepção. Os an- mostra a vazão em função da altura limnimétrica, em
dares são numerados a partir do zero: 0 (térreo), 1 (pri- metro.
meiro andar), 2 (segundo andar) etc., e os apartamen- Vazão (L/s)
tos são numerados a partir do número 1, do primeiro
ao último andar: 1, 2, 3, ..., respectivamente. 685
678,8
Considere a correspondência que associa cada número
de andar a um número do apartamento desse andar. 639,2
Desse modo: 628,8
a) o número 0 de andar está associado a que número
606
de apartamento? nenhum
b) o número 2 de andar está associado a que número
de apartamento? 2 0 1 2 3 4 Altura
c) a numeração dos apartamentos é função da nume- limnimétrica (m)
606 L/s
ração dos andares? Por quê?
Não, pois o número zero de andar não está a) Qual é a vazão do rio para a altura limnimétrica zero?
associado a nenhum número de apartamento. b) Qual é a vazão do rio se ele estiver 4 m acima do
12 Determine o conjunto imagem da função f : N → N
nível normal? 685 L/s
tal que f (x)  2x. Im(f )  {0, 2, 4, 6, 8, ...}
c) Se o rio se mantiver, durante 2 horas, 3 m acima do
nível normal, qual será a vazão total nesse período
13 Quando um tanque continha 10 L de água, foi aber- de tempo? 4.887.360 L
ta uma torneira com vazão constante. Vinte e qua- d) Sabendo que ocorre enchente somente se a vazão
tro segundos depois de aberta a torneira, o tanque chega a 40.000 litros por minuto, haverá enchente
havia atingido sua capacidade total, que é de 40 L. se o rio estiver 3 m acima do nível normal? sim

98 Capítulo 4 A linguagem das funções

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Matemática sem fronteiras

O efeito estufa
JUCA MARTINS/PULSAR IMAGENS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Nas décadas de 1970 e 1980, o município de Cubatão (aqui, em foto de 1983), onde se localiza um dos principais polos industriais do Brasil, foi
considerado um dos mais poluídos do mundo. Após a realização de estudos, foi implantado um plano de recuperação ambiental que vem
reduzindo ano a ano a emissão de gases poluentes.

Efeito estufa é o nome dado à retenção de calor na Terra possibilitada pela

ÉBER EVANGELISTA
concentração de diversos gases na atmosfera. Graças a esse fenômeno, a tempe-
ratura média na superfície da Terra se mantém em torno dos 16 °C. Sem isso, a
temperatura média na superfície do planeta seria de 18 °C (dezoito graus abaixo
de zero). Logo, o efeito estufa é fundamental para a existência de vida na Terra.
Quando se alerta para os riscos do efeito estufa, o que está em discussão é a
ação do homem na intensificação desse efeito. Estudos têm mostrado que as
indústrias, as queimadas, os automóveis etc. liberam na atmosfera, anualmente,
cerca de 23 bilhões de toneladas de gases que aumentam de forma notável o
efeito estufa. Se as emissões desses gases não diminuírem, a quantidade deles
presente na atmosfera pode triplicar em cem anos.
De acordo com a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambien-
tal), há quase consenso entre os cientistas de que o resultado mais direto das
mudanças climáticas seja o aumento da temperatura do planeta em até 5,8 °C ao
final desses cem anos.
Essa previsão científica é fundamentada em equações matemáticas que expres-
sam a variação média da temperatura em função do tempo.

Se achar necessário, propor aos alunos Esquema representando o efeito estufa.


que façam as atividades em grupo.
Atividades Os gases formam uma camada ao redor
da Terra, impedindo que parte do calor
1 Supondo que a temperatura média atual da Terra seja de 16 °C, e que a tempe- escape da atmosfera. As figuras não estão
ratura aumente, em média, 0,058 °C ao ano, obtenha uma equação que expresse na mesma proporção.
a temperatura f (t), em grau Celsius, em função do tempo t, em ano.
f (t)  0,058
0,058tt  16
2 Aplicando a equação obtida na atividade anterior, qual seria a temperatura
do planeta daqui a cem anos? 21,8 °C

3 De acordo com o texto e com informações veiculadas em jornais, revistas e


na televisão, como podemos ajudar a reduzir a emissão dos gases causadores
do efeito estufa?
Queimar o lixo, diminuir as queimadas das florestas, redução da emissão de gases poluentes
(carros, indústrias etc.), redução do consumo, reciclagem, entre outras medidas.

A linguagem das funções Capítulo 4 99

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C04(093a99).indd 99 4/20/10 3:24:19 PM


CAPÍTULO Função real de variável real

5
e inversão de funções
AnGeLo CAVALLi/RoBeRt HARDinG/GettY iMAGes

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Leopardo, reserva Masai, Quênia, África, 2005. O
desmatamento e a caça predatória são as principais
causas da diminuição das populações de animais.

Além da teoria

Um estudo de doze anos ana- Número de animais silvestres


lisou a variação do número de 140
animais silvestres em uma reser- 130
va. Essa variação é descrita pelo 120
110
gráfico ao lado. Sabendo que to-
100
Número de animais

dos os animais são nativos da 90


própria reserva e que nenhum 80
deles jamais foi retirado de lá, 70
responda: 60
fAustino

50
Quantos animais havia no início 40
do estudo? 30
Em qual intervalo o número de 20
10
nascimentos foi igual ao nú-
mero de mortes de animais? 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Tempo (ano)

Dados fictícios.

Neste capítulo, você aprenderá a analisar o gráfico de algumas


funções e poderá resolver esta questão e outras similares.

100 Capítulo 5 Função real de variável real e inversão de funções

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C05(100a115).indd 100 06.03.10 13:48:22


Função real de variável real
1
Toda função em que o domínio e o contradomínio são subconjuntos de ® é chamada de função
real de variável real. Por exemplo, a função g: n → Ω tal que g (x) 5 2x 2 5 é uma função real de
variável real, pois seu domínio (n) e seu contradomínio (Ω) são subconjuntos de ®.

Domínio e contradomínio
Uma forma de descrever precisamente uma função f é explicitar seu domínio, seu contrado-
mínio e a lei que associa cada x do domínio ao correspondente y do contradomínio. Há casos,
porém, em que a descrição de uma função pode ser apresentada simplesmente pela lei de asso-
ciação y 5 f (x), ficando subentendidos o domínio e o contradomínio. Esses casos são sintetizados
pela seguinte convenção:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Uma função f pode ser apresentada simplesmente pela lei de associação y 5 f (x) se, e
somente se, o domínio de f for o mais amplo subconjunto de ® em que f pode ser definida
e o contradomínio de f for ®.

Assim, dada a função y 5 f(x), seu domínio D (f ) e seu contradomínio CD (f ) são os conjuntos:

D (f ) 5 {x  ® | f (x)  ®} e CD (f ) 5 ®
Note que, para en-
Exemplos contrar o domínio de
1 uma função y 5 f (x),
a) Considere a função dada por f (x) 5 . Como o domínio e o contradomínio não foram precisamos analisar a
x
lei de associação de f
explicitados, admitimos CD (f ) 5 ® e D (f ) 5 {x  ® | x  0}, pois: e, assim, obter as res-
trições da variável x
1 para que exista a fun-
  ®  ⇔  x   ®  e   x   0 ção f. A essas restri-
x
ções damos o nome
b) Considere a função dada por g (x) 5 5x. Como o domínio e o contradomínio não foram de condição de
existência.
explicitados, admitimos CD (f ) 5 ® e D (f ) 5 ®, pois, para que 5x seja real, basta que x
seja real:

5x  ® ⇔ x  ®

Exercícios resolvidos
3
R.1 Determinar o domínio da função f (x) 5 . R.2 Determinar o domínio da função:
x 2 8
Resolução f (x) 5 x 2 5

O domínio de f é o conjunto de todos os números x, Resolução


3 O domínio de f é o conjunto de todos os números
reais, de modo que também seja real. Temos:
x 2 8 x, reais, de modo que x 2 5 também seja real.
3
 R ⇔ x  R e x 2 8  0 (ou seja, x  8) Temos: x 2 5  R ⇔ x  R e x 2 5  0 (ou seja,
x 2 8 x  5)
Logo: D( f ) 5 {x  R | x  8} Logo: D( f ) 5 {x  R | x  5}

Função real de variável real e inversão de funções Capítulo 5 101

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C05(100a115).indd 101 06.03.10 13:48:34


R.3 Determinar o domínio da função: a) Obter a lei y 5 f (x) que expressa a área y, em
3 metro quadrado, do terreno em função da medi-
f (x) 5  1  x  2 5
x  2 8 da x, em metro, de um dos lados desse terreno.
Resolução b) No contexto do problema, qual é o domínio da
função f obtida no item a?
O domínio de f é o conjunto de todos os números
3 Resolução
x, reais, de modo que  1  x  2 5 também
x  2 8 a) Sabemos que o perímetro do terreno é 200 m. In-
seja real.
3 dicando por x a medida, em metro, de um lado do
Temos:  1  x  2 5  R ⇔ terreno, as outras dimensões do terreno, em me-
x  2 8
tro, serão: x, (100 2 x) e (100 2 x).
⇔ x  R, 
x   8 
2
  0   e   
 xx 2 5 

  0

(I) (II) 100 � x

Lembrando que o conectivo “e” indica a intersec-


ção das soluções das inequações (I) e (II), temos:

fAustino
x x
(I)
8 x
fAustino

(II)
5 x 100 � x
(I) � (II)
5 8 x
Assim, a área y desse terreno é dada por:
Logo: D( f ) 5 {x  R | x  5 e x  8} f (x) 5 (100 2 x) · x, ou seja, f (x) 5 2x2 1 100x

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
R.4 Um granjeiro utilizou 200 metros lineares de tela b) Fora de qualquer contexto, o domínio da função
para cercar um terreno retangular. f (x) 5 2x2 1 100x seria o conjunto R; porém,
no contexto do problema, os valores de x estão
restritos às possíveis medidas de um lado do ter-
DoRLinG KinDeRsLeY/
GettY iMAGes

reno. Como o perímetro do terreno é 200 m,


temos: 0 , x , 100
Assim, o domínio de f é
D( f ) 5 {x  R | 0 , x , 100}.

1. d) D(f ) 5 {x  ® | x  3 e x  23}
g) D(f ) 5 {x  ® | x  2 e x  6}
Exercícios propostos

1 Determine o domínio de cada uma das funções: • dobra-se essa folha, formando-se uma caixa sem
tampa, conforme mostra a figura:
D(f ) 5 ®1 a) f (x) 5 x e) f (x) 5 x 2  2 D(f ) 5 {{xx  ® | x  2}
20 cm
D(f ) 5 ® b) f (x) 5 f) f (x) 5 15 D(f ) 5 ®
3
x

3 10 cm
D(f ) 5 ® c) f (x) 5 3x 1 5 g) f (x) 5  1  x  2  2
x 2  2 36 x
fAustino

x
5 1
d) f (x) 5 2 h) f (x) 5 3
D(f ) 5 ®9
x  2 9 x
2
2 O número 5 pertence ao domínio de f (x) 5 ?
x 2 5
Por quê? 2
Não, pois f (5) 5 , que não é definido.
0 Indicando por V (x) o volume, em centímetro cúbi-
3 Com uma folha retangular de cartolina, com 20 cm co, da caixa em função da medida x dos lados dos
de comprimento por 10 cm de largura, adotam-se
quadrados recortados.
os seguintes procedimentos:
• recortam-se dessa folha quatro quadrados de a) Obtenha a equação que associa cada possível
lado x cm, de modo que cada um deles tenha um medida x ao volume V (x). V(x) 5 (20 2 22xx)  (10 2 22xx)  x
vértice coincidindo com um vértice da folha; b) Indique o domínio de V. D(V ) 5 ]0, 5[

Resolva a questão 1 do Roteiro de trabalho.

102 Capítulo 5 Função real de variável real e inversão de funções

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C05(100a115).indd 102 06.03.10 13:48:55


2 Zero (ou raiz) de uma função

Balança comercial de um país em determinado período


é a diferença entre o valor monetário das exportações e
o das importações nessa ordem. Quando a balança co-

MAuRiCio siMonetti/PuLsAR iMAGens


mercial é positiva, dizemos que houve um superávit na
balança comercial, e quando é negativo, dizemos que
houve déficit na balança comercial. Quando não há
superávit nem déficit, dizemos que a balança comer-
cial foi nula.
Suponha que a balança comercial de um país va-
riou em determinado ano de acordo com a função
f (t) 5 t 2 2 7t 1 10, em que t representa o tempo, em
mês, com 1  t  12 e f (t) é o valor da balança comercial
em bilhão de dólares. Em quais meses desse ano a balança
comercial desse país foi nula? Navio aguardando para atracar no Porto de Paranaguá
– segundo maior porto brasileiro em movimentação
Para responder a essa questão, basta resolver a equação f (t) = 0, isto é: de cargas – localizado no litoral do Paraná. (2007)
t2 2 7t 1 10 5 0
Calculando o discriminante dessa equação do 2‚ grau, temos: Há funções que não têm raízes
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

 5 (27)2 2 4  1  10 5 9 reais, como, por exemplo, as fun-


3
Assim, obtemos as raízes da
t 2 equação:
 2 7t  1 10 = 0 ções f(x) 5 x 2 1 1 e g (x) 5 .
x
Isto é, não existe nenhum valor de
2(2 7) ±   9
t  5   ⇒  t  5 2 ou t  5 5 x que faça f ou g se anularem.
2  1

Concluímos, então, que a balança comercial foi nula nos meses 2 e 5, ou seja, em fevereiro e maio.
Os valores de t, 2 e 5, que anulam a função f são chamados de zeros (ou raízes) de f.
Definimos:

Chama-se zero (ou raiz) de uma função real de variável real, y 5 f (x), todo número r
do domínio de f tal que f (r) 5 0.

Exercícios resolvidos

R.5 Indicar, se existirem, os zeros da função R.6 No plano cartesiano abaixo, está representado o
g(x) 5 x4 2 9x2. gráfico de uma função f. Quais são as raízes de f ?
Resolução y
Os zeros de g, se existirem, são os valores de x que 5
anulam a função; logo, basta determinar as raízes 4
da equação g(x) = 0, isto é: f
fAustino

�2
x 2 9x 5 0
4 2
�10 �7 3 9 12 x
Fatorando o primeiro membro (deixando o fator
comum em evidência), obtemos:
�6
x2(x2 2 9) 5 0 Resolução
Pela propriedade do produto nulo, temos que pelo Observando que f (27) 5 0, f (3) 5 0 e f (9) 5 0, con-
menos um dos fatores do primeiro membro é zero, cluímos que as raízes de f são: 27, 3 e 9.
isto é:
x2 5 0 ou x2 2 9 5 0 Note que as raízes de uma função f são as abs-
cissas dos pontos de intersecção do gráfico de f
 x50 ou x53 ou x 5 23. com o eixo Ox.
Logo, os zeros da função g são 0, 3 e 23.

Função real de variável real e inversão de funções Capítulo 5 103

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C05(100a115).indd 103 06.03.10 13:49:02


Exercícios propostos

4 Determine as raízes de cada uma das funções reais 8 No plano cartesiano, represente o gráfico de uma
de variável real. Não existem
5
função que tenha raízes 3, 1 e .
1 e 3 a) f (x)  x2  4x  3 e) y  x2  1 raízes. 2
Ver Suplemento com orientações para o professor.
3 b) y  5x  3 f) z(x)  x3  6x2  8x
 • Junte-se com um colega e comparem suas reso-
5 0, 2 e 4
c) f (x)  x 2   9 3 e 3 g) y  3 Não existem raízes. luções. Seus gráficos são iguais? Discutam se am-
d) f (x)  x  4x
4 2 bos estão corretos, se existem outras soluções e
0, 2 e 2
por quê. Espera-se que os alunos percebam que duas ou
mais funções podem ter as mesmas raízes, mesmo
5 Determine as raízes da função f cujo gráfico é dado tendo gráficos diferentes.
abaixo. 6, 3, 0, 3 e 6 9 Uma comunidade sofre enchentes periódicas com
o transbordamento de um rio.
y

ERNESTO REGHRAN/PULSAR IMAGENS


5

8
5
�6 6
�7 �3 0 3 13 x
2

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

6 O gráfico abaixo representa a função


f (x)  x2  6x  5. Comunidade ribeirinha de Cacau Pirêra, localizada às
margens do Rio Negro, no município de Iranduba,
y
vizinho de Manaus, AM. (2009)

É possível avaliar a extensão da enchente medindo


o quanto o nível da água do rio está acima de seu
nível médio. O medidor desse nível consiste de
uma barra graduada, em metro, perpendicular à
superf ície do rio, conforme mostra a figura:
0 x

Determine:
a) as abscissas dos pontos onde o gráfico intercepta

FAUSTINO
o eixo Ox ; 1 e 5
b) a ordenada do ponto onde o gráfico intercepta o
eixo Oy ; 5

7 A trajetória de uma bola de futebol, chutada a partir


de um ponto do campo, pode ser descrita pela fun-
ção h(t)  3t  t 2, em que h(t) representa a altura da
bola, em metro, em relação ao campo, e t representa
o tempo, em segundo, desde o instante do chute até
A graduação zero corresponde ao nível médio do
o instante em que a bola atinge novamente o solo.
rio; as graduações positivas correspondem a alturas
a) No contexto desse problema, quais são as raízes
da função h? t  0 ou t  3 acima do nível médio; e, as negativas, a alturas
b) Qual é a interpretação f ísica das raízes da abaixo do nível médio.
função h? Em certo ano, o nível da água pode ser representa-
c) Qual era a altura da bola 1,5 segundo após o do pela função f (t)  t3  9t  9t2  81, em que f (t)
chute? 2,25 m representa o nível da água, em centímetro, e t re-
d) Na trajetória descrita pela função h, a bola atingiu presenta o tempo, em mês, com 1  t  12. Em que
4 m de altura em relação ao campo? Justifique sua meses desse ano o nível da água do rio esteve em
resposta. Não, pois para h(t)  4 temos   0, seu valor médio? Nos meses 3 e 9, ou seja,
logo a equação não possui raiz real. em março e setembro.

7. b) As raízes indicam os instantes em que a altura da bola, em relação ao Resolva a questão 2 do Roteiro de trabalho.
campo, foi igual a zero. Assim, no momento do chute, t  0, e três segundos
após o chute, t  3, a bola esteve em contato com o campo.

104 Capítulo 5 Função real de variável real e inversão de funções

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C05(100a115).indd 104 4/20/10 3:33:24 PM


3 Variação de uma função

Para a limpeza de uma câmara frigorífica, um operário desligou os motores às 3 h,

BeRnD VoGeL/ZefA/CoRBis/LAtinstoCK
quando a temperatura interna da câmara era 7 °C. A limpeza foi realizada das 3 h às 9 h,
e nesse período a temperatura subiu de 7 °C para 15 °C. Após o término da limpeza, os
motores foram religados, de modo que, das 9 h às 18 h, a temperatura desceu de 15 °C
para 5 °C e, a partir daí, permaneceu constante em 5 °C.
Após o registro das temperaturas no interior da câmara, das 3 h às 24 h, constatou-se
que o gráfico abaixo representa a função f que expressa a temperatura y, em grau Cel-
sius, no interior da câmara, em função do tempo x, em hora.

Temperatura (°C)

15

5
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

3 9 18 24 Tempo (h)

iLustRAções: fAustino
Destacamos nesse gráfico que:
• No intervalo de 3 h a 9 h, quanto maior o tempo, maior é a temperatura, isto é, se {x1, x2}  [3, 9],
com x2 . x1, então f (x2) . f (x1). Por isso, dizemos que a função f é crescente no in-
tervalo [3, 9].

Temperatura (°C)

15

f(x2)
f

f (x1)

3 x1 x2 9 18 24 Tempo (h)

Uma função f é crescente em um subconjunto A do domínio de f se, e somente se,


para quaisquer números x1 e x2 de A, com x2 . x1, a imagem de x2 é maior que a imagem
de x1 através de f. Isto é, f é crescente se, e somente se:
{x1, x2}  A e x2 . x1 ⇒ f (x2) . f (x1)

Função real de variável real e inversão de funções Capítulo 5 105

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C05(100a115).indd 105 06.03.10 13:49:19


• No intervalo de 9 h a 18 h, quanto maior o tempo, menor é a temperatura, isto é, se
{x1, x2}  [9, 18], com x2 . x1, então f (x2) , f (x1). Por isso, dizemos que a função f é de-
crescente no intervalo [9, 18].
Temperatura (°C)
15
f (x1)

f(x2)

3 9 x1 x2 18 24 Tempo (h)
ilustrações: faustino

Uma função f é decrescente em um subconjunto A do domínio de f se, e somente se,


para quaisquer números x1 e x2 de A, com x2 . x1, a imagem de x2 é menor que a imagem
de x1 através de f. Isto é, f é decrescente se, e somente se:
{x1, x2}  A e x2 . x1 ⇒ f (x2) , f (x1)

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• No intervalo de 18 h a 24 h, a temperatura é sempre a mesma para qualquer valor do
tempo, isto é, para qualquer x pertencente ao intervalo [18, 24], f (x) 5 5. Por isso, dizemos
que a função f é constante no intervalo [18, 24].
Temperatura (°C)
15

7
f
f(x1) � f (x2) � 5

3 9 18 x1 x2 24 Tempo (h)

Uma função f é constante em um subconjunto A do domínio de f se, e somente se,


para qualquer número x de A temos f (x) 5 k, sendo k uma constante real.

Exercício resolvido

R.7 Mostrar que a função f (x) 5 3x 1 2 é crescente em todo o domínio R.


Também  podería-
Resolução
mos ter esboçado o
Vamos considerar dois números reais quaisquer, x1 e x2, tais que: x2 . x1 gráfico de f e, com
Multiplicamos por 3 ambos os membros dessa desigualdade: 3x2 . 3x1 ele, concluir que f é
Adicionamos 2 a ambos os membros da última desigualdade, obtendo: crescente em todo o
domínio da função.
3x2 1 2 . 3x1 1 2
f (x2) f (x1)

Assim provamos que, para quaisquer números reais x1 e x2, com x2 . x1, temos f (x2) . f (x1).
Logo,  f é uma função crescente, em todo o domínio R.

106 Capítulo 5 Função real de variável real e inversão de funções

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C05(100a115).indd 106 06.03.10 13:49:22


Exercícios propostos

10 Uma função f é representada pelo gráfico abaixo. d) Um motorista parte com seu automóvel da cidade
A com destino à cidade B, parando apenas
y
durante uma hora para almoçar. A função p
expressa a distância percorrida pelo automóvel
7 em função do tempo, desde o momento da
2 partida da cidade A até o momento da chegada à
cidade B. p é crescente durante o percurso e
fAustino

constante durante o almoço.


3
�1 4 3 5 12 Um estudo de doze anos analisou a variação do nú-
�3 �2 1 2 x mero de animais silvestres em uma reserva. Essa

3 variação é descrita pelo seguinte gráfico:
4

7 Número de animais silvestres



2
140
130
a) Em que intervalo(s) do domínio a função f é
120
crescente? [21, 1]
110
b) Em que intervalo(s) do domínio a função f é
100
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

decrescente? [23, 21] e [1, 3]

Número de animais
90
c) Em que intervalo(s) do domínio a função f é
80
constante? [3, 5]

fAustino
70

11 Classifique como crescente, decrescente ou cons- 60


tante cada uma das funções f, g, h e p descritas 50
nos itens seguintes. Redija no caderno um texto ex- 40
plicando seu raciocínio. 30
a) De janeiro a junho de 2009, o preço de uma 20
mochila era R$ 52,00, não sofrendo alteração. A 10
função f fornece o preço dessa mochila em função
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
do tempo, de janeiro a junho de 2009. f é constante
b) Uma torneira alimenta uma piscina. A função g Tempo (ano)
fornece o volume de água contida na piscina em
função do tempo, desde a abertura da torneira Dados fictícios.
até o completo enchimento. g é crescente
Sabendo que todos os animais são nativos da pró-
neAL AnD MoLLY JAnsen/ALAMY/otHeR iMAGes

pria reserva e que nenhum deles jamais foi retirado


de lá, pode-se concluir que, durante esse estudo, o
número de nascimentos foi igual ao número de
mortes de animais no intervalo: alternativa e
a) de 0 a 2 anos d) de 7 a 9 anos
b) de 2 a 4 anos e) de 9 a 12 anos
c) de 4 a 6 anos

13 (Ufac) O gráfico abaixo é de uma função f definida


no intervalo [22, 4].
y
4

O uso consciente de água requer atitudes simples:


consertar torneiras com vazamento, não trocar com
f
fAustino

frequência a água de piscinas plásticas e reutilizá-la


para lavar o quintal são algumas delas.
c) Um ralo escoa a água de uma piscina. A função �2 �1 0 1 4 x
h fornece o volume de água contido na piscina
em função do tempo, desde a abertura do ralo �2
até o esvaziamento total. h é decrescente

Função real de variável real e inversão de funções Capítulo 5 107

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C05(100a115).indd 107 06.03.10 13:49:29


16. a) Se a diferença entre o salário médio dos executivos e o salário médio dos outros funcionários aumentar a cada mês.
b) Se a diferença entre o salário médio dos executivos e o salário médio dos outros funcionários diminuir a cada mês.

Considere as proposições: a) Durante esse trecho, sejam t1 e t2 dois valores


I. A função é crescente somente no intervalo quaisquer do tempo, em hora. Mostre que se
[22, 21]. t1 . t2 então v(t1) . v(t2). t1 . t2 ⇒ 66tt1 . 66tt2
6 6tt2 1 60 ⇒ v(t1) . v(
6tt1 1 60 . 6 v t2)
II. A função g (x) 5 f (x) 1 2, com 22  x  4, é b) De acordo com o que você demonstrou no item
tal que g (22) 5 0. a, pode-se concluir que o caminhão esteve em
III. No intervalo [21, 1] a função é constante. movimento acelerado ou retardado? (O movi-
IV. A função possui exatamente três raízes no mento é acelerado ou retardado, conforme a
intervalo [22 , 4]. velocidade v do caminhão seja crescente ou de-
crescente.) acelerado
Com relação às proposições I, II, III e IV, é correto
afirmar que: alternativa d 15 Durante certo período, o volume v, em litro, de
a) todas são verdadeiras; água contida em uma piscina variou em função do
b) todas são falsas; tempo t, em hora, de acordo com a função
c) apenas a afirmação IV é falsa; v(t) 5 90.000 2 10t.
d) apenas a afirmação I é falsa; a) No período considerado, sejam t1 e t2 dois
e) as afirmações I e II são falsas. valores quaisquer do tempo, em hora. Mostre
que se t1 . t2 então v(t1) , v(t2).
14 Em um trecho de uma estrada, a velocidade v b) De acordo com o que você demonstrou no item a,
de um caminhão, em quilômetro por hora, em fun- pode-se concluir que a piscina estava sendo enchida
ção do tempo t, em hora, pode ser calculada por ou esvaziada, no período considerado? esvaziada
15. a) t1 . t2 ⇒ 210
10tt1 , 210
10tt2
v(t) 5 6t 1 60.  90.000 2 10 10tt2 ⇒ v(t1) , v(t2)
10tt1 , 90.000 2 10
16 Considere a função f cujo domínio é o salário mé-
GustAVo sÁ/AGB PHoto

dio dos executivos de uma empresa, calculado a

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
cada mês, e o contradomínio é o conjunto dos nú-
meros reais, tal que f (x) é a diferença entre o salário
médio dos executivos e o salário médio dos outros
funcionários da empresa, nessa ordem, calculado a
cada mês.
a) Sob que condições essa função é crescente?
b) Sob que condições essa função é decrescente?
Estrada no município de Pedro Afonso, TO. (2004) c) Sob que condições essa função é constante?
Nas rodovias brasileiras, a velocidade máxima d) Se o salário médio dos executivos crescer e também
permitida pode variar de 80 a 120 km/h, mas em crescer o salário médio dos outros funcionários, é
alguns casos a velocidade máxima pode ser 60 km/h. possível que a função f decresça? Explique.

16. c) Se a diferença entre o salário médio dos executivos e o salário médio dos outros
funcionários permanecer constante.
Resolva a questão 3 do Roteiro de trabalho.
d) Sim, é possível. Para isso, basta que o salário médio dos executivos aumente menos que o
salário dos outros funcionários. Assim, a diferença entre os salários diminuirá, e, portanto, a
função f irá decrescer.

4 Funções inversas

Um estudante fez um curso de línguas com duração de 4 meses. Ele pagou R$ 100,00 de
matrícula mais R$ 200,00 de mensalidade. O gráfico 1 abaixo descreve o valor acumulado (V )
pago no curso, em real, em função do tempo (t) em mês e o gráfico 2 descreve o tempo de cur-
so (t), em mês, em função do valor acumulado (V ), em real, pago no curso.

900
t
700
iLustRAções: fAustino

500
4
300
3

0 1 2 3 4 t 0 300 500 700 900 V

Gráfico 1 Gráfico 2

108 Capítulo 5 Função real de variável real e inversão de funções

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C05(100a115).indd 108 06.03.10 13:49:38


Observe que:
• o gráfico 1 representa uma função de domínio A 5 {1, 2, 3, 4} e conjunto imagem
B 5 {300, 500, 700, 900};
• o gráfico 2 representa uma função de domínio B 5 {300, 500, 700, 900} e conjunto
imagem A 5 {1, 2, 3, 4};
• se um número b é imagem de um número a em um dos gráficos, então a é imagem de b
no outro; por exemplo, no gráfico 1, o número 500 é imagem do número 2 e, no gráfico 2,
o número 2 é imagem do número 500.
Por isso, dizemos que as funções representadas pelos gráficos 1 e 2 são inversas uma da
outra. Se indicarmos por f a função representada pelo gráfico 1, a função inversa de f, represen-
tada pelo gráfico 2, será indicada por f  21.

f A f 21 é lido como “in-


A B B f�1
1 300 300 1 versa da função f ”.
2
faustino

500 500 2
3 700 700 3
4 900 900 4

D (f ) 5 Im (f 21) 5 {1, 2, 3, 4}


D (f 21) 5 Im (f) 5 {300, 500, 700, 900}
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Nota:
Se uma função f ad-
É importante destacar que cada uma das funções f e f 21 é correspondência biunívoca entre os mite inversa, dize-
conjuntos A e B. mos que ela é inver-
tível.
Se uma função g não é uma correspondência biunívoca entre o seu domínio e o seu contra-
domínio, então há pelo menos dois elementos no domínio com uma mesma imagem ou há
algum elemento no contradomínio sem correspondente através de g e, portanto, a corres-
pondência g21 não é função.
Por exemplo:
Se achar necessário, relembrar
os alunos que uma
g g�1 correspondência biunívoca
C D D C entre dois conjuntos não
0 3 3 0 vazios A e B associa cada
1
faustino

1 elemento de A a um único
4 4
2 2 elemento de B e cada
8 7 elemento de B a um único
7 8 elemento de A.

Note que g 21 não é função, pois o elemento 7 tem mais de um correspondente no contrado-
Lembrar os alunos que, para
mínio C. ser função, todos os
elementos do domínio devem
Nesse caso dizemos que a função g não admite inversa ou que a função g não é invertível. ter um correspondente no
Ou seja, uma função f: A → B é invertível se, e somente se, f é uma correspondência biunívoca contradomínio e cada
elemento do domínio deve
entre A e B. estar associado a apenas um
elemento do contradomínio.
Definimos:

Sendo a função f: A → B uma correspondência biunívoca entre os conjuntos A e B, a


inversa de f é a função f 21: B → A tal que:
se f(x) 5 y então f 21(y) 5 x,
Observe que, se f
para quaisquer x e y, com x  A e y  B.
é invertível, então
D (f ) 5 Im (f 21) e
A B B A D (f 21) 5 Im (f ).
f f �1
faustino

x y y x

Função real de variável real e inversão de funções Capítulo 5 109

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C05(100a115).indd 109 06.03.10 13:49:45


Exemplo
O nome de cada unidade federativa do Brasil é identificado por uma sigla. Isso significa que,
para cada unidade federativa, está associada uma única sigla e que, para cada uma dessas si-
glas, está associada uma única unidade federativa, por exemplo: AC (Acre), BA (Bahia) e DF
(Distrito Federal). A função f que associa cada uma dessas siglas a uma unidade federativa é
portanto uma correspondência biunívoca, e sua inversa é a função f 21 que associa cada unida-
de federativa à sua sigla.

Unidades federativas do Brasil

RR AP

ALessAnDRo PAssos DA CostA


AM PA
MA CE RN
PI PB
PE
AC AL
RO TO
SE
MT BA
DF
GO
MG
MS ES
SP RJ N
PR
O L
SC
RS S

970 km

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IBGE. Atlas nacional do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2006.

Obtendo a inversa de uma função


No exemplo introdutório da página 108, o estudante pagou R$ 100,00 de matrícula mais
R$ 200,00 de mensalidade. Indicando por V o valor acumulado em real pago no curso e por t o
tempo em mês, temos:
V 5 100 1 200  t
Essa equação expressa V em função de t e, portanto, corresponde ao gráfico 1 do exemplo
introdutório. Se quisermos a equação que corresponda ao gráfico 2, que expressa o tempo t em
função do valor V, basta isolar a variável t na equação V 5 100 1 200  t, obtendo:
V  2 100
t  5 
200
V  2 100
Assim, a função V: A → B, com V 5 100 1 200t e a função t: B → A, com t  5  são
200
inversas uma da outra.
A situação acima é um exemplo de como obter a inversa de uma função. Esse conteúdo será
explorado no exercício resolvido a seguir.

Exercício resolvido

R.8 Determinar a inversa da função f (x) 5 3x 2 1.


Resolução
Como já vimos, a expressão f (x) representa a ordenada y de um ponto de abscissa x.
Assim, a lei de associação que representa a função f pode ser expressa por y 5 3x 2 1.
Para obter a inversa dessa função, inicialmente, exibimos x em função de y, isto é, isola-
mos a variável x:
y 1 1
y 5 3x 2 1 ⇒ x 5
3
Como a abscissa e a ordenada de cada ponto do gráfico da função f são transformadas,
respectivamente, em ordenada e abscissa do ponto correspondente na função inversa f 21,
x 1 1
devemos substituir x por y e y por x nessa última igualdade, obtendo: y 5
3
x 1 1
Concluímos, então, que a inversa da função f (x) 5 3x 1 1 é a função f (x) 5
21
.
3

110 Capítulo 5 Função real de variável real e inversão de funções

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C05(100a115).indd 110 06.03.10 13:50:31


Exercícios propostos

17 Observe abaixo o gráfico da função f: 24 Reúna-se com um colega e observem a imagem abaixo.
r

BILDARCHIV MONHEIM GMBH/


ALAMY/OTHER IMAGES
y
4
3
2
1
�2 4
FAUSTINO

�4 �3 �1 1 2 3 x
�1
�2
�3 P P'
�4

a) Represente em um plano cartesiano o gráfico de


f 1, ou seja, da inversa da função f. Taj Mahal, situado na cidade de Agra, Índia,
b) Quais são o domínio e o conjunto imagem de f ? anunciado como uma das novas sete
c) Quais são o domínio e o conjunto imagem de f 1? maravilhas do mundo moderno. (2006)
d) A partir dos itens b e c, o que você pode observar O ponto P é simétrico do ponto P’ em relação à
em relação ao domínio e à imagem de f e f '? reta r, pois o segmento tPP’ é perpendicular à reta r,
Ver resoluções no Suplemento com orientações para o professor
professor.. com P e P’ equidistantes de r.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

1 a) Sabendo disso, representem no plano cartesiano


18 Dada a função invertível f ( x )   , determine
x   3 os pontos A(3, 5), B(4, 2) e C(3, 4) e o
o conjunto imagem de sua inversa. simétrico de cada um deles em relação à bissetriz
Im((f 1)  {{xx  ® | x  3}
Im
dos quadrantes ímpares.
19 Sejam os conjuntos A  {1, 1, 2, 2, 3} e b) Com base no item anterior, respondam à pergunta
B  {2, 5, 10} e a função f : A → B tal que f (x)  x2  1. seguinte, em que a e b são números reais quaisquer.
a) Construa um diagrama representando a função f . Qual é o simétrico P  de um ponto P(a, b) em
b) Construa um diagrama representando a corres- relação à bissetriz dos quadrantes ímpares?
Ver resoluções no Suplemento com orientações para o professor
professor..
pondência f 1.
c) A correspondência f 1 é função? Por quê? 25 Sabendo que duas figuras são simétricas em rela-
Ver resoluções no Suplemento com orientações para o professor
professor.. ção a uma reta r quando todo ponto de qualquer
uma delas é simétrico de um ponto da outra, em
20 Considere os conjuntos A  {1, 3, 4, 7} e
relação a r, faça o que se pede.
 7  a) Construa o gráfico da função f (x)  2x  1.
B   44 ,  2,  , 6  e a função f : A → B tal que
 2  b) Obtenha a inversa da função f .
x   3 c) Construa, no mesmo plano cartesiano do item a,
f (x)  . A função f é invertível? Por quê?
x    2 o gráfico de f 1.
Ver resolução no Suplemento com orientações para o professor
professor.. d) Os gráficos de f e de f 1 são simétricos em
21 Reúna-se com um colega e discutam se existe algu- relação a qual reta?
ma função de A  {2, 4, 6, 8} em B  {1, 3, 5, 7, 9} Ver resoluções no Suplemento com orientações para o professor
professor..

que seja invertível. Por quê? 26 De acordo com os exercícios 24 e 25, podemos afir-
mar que os gráficos de duas funções inversas f e f 1
22 Os gráficos abaixo representam duas funções, f e g, são simétricos em relação: alternativa d
de domínio D  [4, 8] e contradomínio CD  [3, 7]. a) ao eixo Ox; Lembrar aos alunos que a reta bissetriz dos
quadrantes ímpares é o gráfico da função
Qual dessas funções é invertível? Por quê? b) ao eixo Oy; identidade (y(y  x).
c) à bissetriz dos qua- y
y y
drantes pares; 5
7 7 d) à bissetriz dos qua-
f
drantes ímpares.
g
FAUSTINO

3 3
27 Considere a função
f : [0, 3] → [4, 5], re-
4 8 x 4 8 x
presentada ao lado.
FAUSTINO

1
A função g, pois ela é uma correspondência biunívoca e f, não.
23 Considerando que cada uma das funções a seguir é De acordo com a sua 0 2 3 x
uma correspondência biunívoca, determine a in- conclusão no exercí-
cio anterior, construa
versa de cada uma delas:
x   5 x   3 2x   3 o gráfico de f 1, deter-
y    a) y  3x  5 c) y    y    �3
3 x    2 x   1 minando seu domínio
b) f (x)  8x  4 x   4 �4
f 1( x )   e conjunto imagem.
8 Ver Suplemento com orientações para o professor
professor..
21. Não, pois o número de elementos de A é diferente do número de elementos
de B e, portanto, não é possível estabelecer uma correspondência biunívoca
entre os conjuntos A e B.
Função real de variável real e inversão de funções Capítulo 5 111

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C05(100a115).indd 111 06.03.10 14:50:16


iMAGe BRoKeR/otHeR iMAGes
28 Ao se colocar um corpo sobre o c) Escreva uma equação que expresse a massa y, em
prato de uma balança analógica, quilograma, do corpo colocado sobre o prato da
o ponteiro descreve um arco de balança, em função do deslocamento x do pon-
medida, em grau, diretamente teiro, em grau, com x  360°. y  5  x , com 0°   x   360°
36
proporcional à massa do corpo. d) Que relação existe entre as funções obtidas nos
Para cada 1 kg de massa, o pon- itens b e c? As funções são inversas uma da outra.
teiro descreve um arco de 36°.
e) Construa no caderno os gráficos das funções
a) Sabendo que o ponteiro da
obtidas nos itens b e c. Ver Suplemento com orientações
balança pode dar apenas uma volta completa para o professor
professor..
em torno do seu eixo, qual é a maior massa, em f) Calcule o deslocamento do ponteiro, em grau,
quilograma, que a balança pode medir? até 10 kg para um corpo de massa 6,5 kg colocado sobre o
b) Escreva no caderno uma equação que expresse o prato da balança. 234°
deslocamento y do ponteiro, em grau, em função g) Calcule a massa de um corpo colocado sobre a
da massa x do corpo colocado sobre a balança, em balança que provoca um deslocamento de 126°
quilograma, com x  10. y 5 36
36xx, com 0  x  10 do ponteiro. 3,5 kg

Resolva as questões 4 e 5 do Roteiro de trabalho.


2. b) Graficamente, k é a abscissa de um ponto de
intersecção do gráfico de f com o eixo Ox. 1. Para obter o domínio de uma função y 5 f (x), consideramos todas as
possíveis condições de existência da função f para o valor de x,
lembrando que f (x) deve ser um número real. Os valores de x que
Roteiro de trabalho obedecem a essas condições formam o domínio da função f.

1 Em duplas, escrevam com suas palavras um texto que 3 Reúna-se em grupo e citem situações do cotidiano em

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
descreva o procedimento para a determinação do que estejam presentes os conceitos de função crescen-
domínio de uma função. te, função decrescente e função constante.
Respostas pessoais.

2 Junte-se com um colega e resolvam as questões abaixo. 4 Em duplas, apresentem um exemplo de uma função in-
a) Expliquem com suas palavras o que é raiz de uma vertível e um exemplo de uma função não invertível:
função. Raiz de uma função y 5 f (x) é todo valor r do
domínio de f tal que f (r) 5 0.
a) em um diagrama de flechas;
Ver Suplemento com orientações
b) Sendo k uma raiz de uma função f, descrevam a b) em um gráfico. para o professor.
representação geométrica do número k no gráfico de f. • Justifiquem suas respostas.
c) Elaborem um exemplo de uma função que não tem As funções invertíveis são correspondências biunívocas
enquanto as não invertíveis não são.
raízes. Resposta possível: f (x) 5 10 5 Reúna-se com um colega e, observando o exercício
d) Representem graficamente outra função que não resolvido R.8, descrevam com suas palavras como obter
tem raízes. Ver Suplemento com orientações a inversa de uma função.
para o professor. Trocamos x por y e y por x. Depois, isolamos a variável y.

Exercícios complementares

1 (UFRN) Seja f : D → R, com D  R, a função definida 3 (Uerj) O gráfico ao lado y


1 é a representação carte-
por f ( x ) 5  5 2  x  1  . O domínio D é:
x  1 1 siana da função
alternativa d
f (x) 5 x 3 1 ax 2 1 bx 1 3.
a) [21, 5] d) ]21, 5]
b) [5, 1[ e) ]5, 1[ 2 {21} A soma a 1 b é igual a:
c) ]5, 1[ a) 4
fAustino

b) 24
�1 0 1 3 x
2 Ao iniciar a retirada dos peixes de um lago, um pisci- c) 2
cultor estima que se no início da pesca o número de d) 22
peixes é x, então ao final do dia o número n de peixes e) 0
é dado, aproximadamente, pela função alternativa b

n(x) 5 80  2  8 .400  2  x . Nesse contexto, qual é o


domínio da função n? D(n) 5 {x  n | 2.000  x  8.400}
4 Certo medicamento é injetado na veia de um pacien-
te. A concentração C desse medicamento, em mili-
LeonARDo CoLosso/
foLHA iMAGeM

grama por mililitro (mg/mL), no soro sanguíneo é


descrita pela função C(t) 5 2t2 2 3t 1 10, em que t
representa o tempo, em hora, a partir do instante
da injeção do medicamento.
Durante quanto tempo o medicamento estará pre-
Criação de trutas. sente no soro sanguíneo? durante duas horas

112 Capítulo 5 Função real de variável real e inversão de funções

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C05(100a115).indd 112 06.03.10 13:51:01


5 O gráfico ao lado mostra 15 v (m/s) Considere a função f que associa cada ano à sua taxa
a velocidade v de um au- de inflação. Com base na tabela, responda.
tomóvel em função do a) Em quais períodos essa função foi crescente? E
tempo t. decrescente? crescente: de 2000 a 2002 e de 2006 a 2008
decrescente: de 2002 a 2006
a) Em que intervalo(s) b) Qual foi a variação da taxa de inflação de 2007 a
de tempo a velocidade 2008? E de 2003 a 2004?
é crescente? [0, 2]
0 2 7 10 t (s) (Nota: Observe na tabela que de 2000 a 2001 a taxa
b) Em que intervalo(s) de tempo a velocidade é de variação cresceu 1,7%; por isso, dizemos que
nesse período a variação da inflação foi de 1,7%. Já
decrescente? [7, 10]
de 2005 a 2006, a taxa decresceu 2,55%; nesse caso,
c) Em que intervalo(s) de tempo a velocidade é
a variação da inflação foi de 2,55%.)
constante? [2, 7] De 2007 a 2008 a variação foi de 1,44% e de 2003 a 2004
a variação foi de 1,70%.
6 (Enem) A obsidiana é uma pedra de origem vulcânica 8 (Enem) O gráfico abaixo mostra a área desmatada da
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

que, em contato com a umidade do ar, fixa água em Amazônia, em quilômetro quadrado, a cada ano, no
sua superf ície formando uma camada hidratada. A período de 1988 a 2008.
espessura da camada hidratada aumenta de acordo
com o tempo de permanência no ar, propriedade que km2
pode ser utilizada para medir sua idade. O gráfico 30.000
abaixo mostra como varia a espessura da camada hi-
dratada, em mícrons (1 mícron  1 milésimo de milí-

FAUSTINO
metro) em função da idade da obsidiana. 20.000
Espessura hidratada

15 10.000
(em mícrons)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

10
0
88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 Ano
5
MMA (Ministério do Meio Ambiente).
0
20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000 As informações do gráfico indicam que: alternativa d
Idade (em anos)
a) o maior desmatamento ocorreu em 2004;
Com base no gráfico, pode-se concluir que a espessu- b) a área desmatada foi menor em 1997 que em 2007;
ra da camada hidratada de uma obsidiana: alternativa c c) a área desmatada a cada ano manteve-se constante
a) é diretamente proporcional à sua idade; entre 1998 e 2001;
b) dobra a cada 10.000 anos; d) a área desmatada por ano foi maior entre 1994 e
c) aumenta mais rapidamente quando a pedra é mais
1995 que entre 1997 e 1998;
jovem;
e) o total de área desmatada em 1992, 1993 e 1994 é
d) aumenta mais rapidamente quando a pedra é mais
maior que 60.000 km2.
velha;
e) a partir de 100.000 anos não aumenta mais.
9 Em certa fábrica, o

MOACYR LOPES JUNIOR/FOLHA IMAGEM


7 A taxa de inflação é um índice, dado em porcenta- custo p de produção,
gem, que indica o aumento dos preços. Ela é medida em real, de cada cho-
com base em vários fatores e por institutos diferentes. colate depende da
O Banco Central do Brasil adota como oficial a taxa quantidade q de cho-
de inflação calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro colates fabricados, e
de Geografia e Estatística), que reflete o custo de vida essa quantidade de-
de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários míni- pende do número n de
mos. Observe a tabela abaixo. horas de funcionamen-
Histórico da inflação no Brasil
to de uma máquina. Linha de produção de fábrica
Essas dependências de chocolate em São Paulo.
Ano Inflação (em %)
são descritas pelas (2009)
2000 5,97
5 funções:
2001 7,67 9. b) p   3   ; decrescente,
2002 12,53
2n 500
pois quanto maior o p   3     e q    200n
2003 9,30 número de horas, menor q
será o custo de produção.
2004 7,60 a) Se essa máquina funcionar por apenas 5 horas,
2005 5,69 qual será o custo de produção de cada chocolate,
2006 3,14 em real? R$ 3,50
2007 4,46 b) Expresse p em função de n. Essa função é crescente,
2008 5,90 decrescente ou constante? Por quê?
Dados disponíveis em: <www.bcb.gov.br>. c) Expresse n em função de p. Essa função é crescente,
Acesso em: 24 set. 2009. decrescente ou constante? Por quê?
5
9. c) n    ; decrescente, pois, quanto menor o custo de produção, maior será o número de horas.
2p  6
Função real de variável real e inversão de funções Capítulo 5 113

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C05(100a115).indd 113 4/20/10 3:34:17 PM


Matemática sem fronteiras

Alta de desmatamento mostra descaso do Brasil com


as mudanças climáticas
(5 de agosto de 2009)

EVELSON DE FREITAS/AGÊNCIA ESTADO

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fumaça proveniente das queimadas para limpar a terra para pecuária ou agricultura. O crescimento da pecuária é
responsável pela maior parte do desmatamento do país e também a maior fonte de emissão de gases do efeito
estufa. Foto de queimada na Floresta Amazônica para ampliação de pasto de uma fazenda no município de
Peixoto de Azevedo, MT. (2007)

Segundo dado divulgado hoje pelo Inpe, taxa registrada entre 2007 e 2008 chegou a 13 mil km2
A divulgação hoje da taxa consolidada de desmatamento na Amazônia Legal no último ano
mostra que a destruição voltou a crescer após três anos de queda. Entre agosto de 2007 e julho de
2008, foram derrubados 12.911 quilômetros quadrados, segundo dados do Prodes, gerados pelo
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No período 2006/2007, a taxa foi de 11.633 km2.
“O Brasil quer e precisa de desmatamento zero na Amazônia. Perder 13 mil km2 de floresta em
um ano não só é um absurdo como demonstra que o país não fez seu papel para combater o aque-
cimento global”, diz Marcio Astrini, do Greenpeace. O Brasil é o quarto maior emissor de gases do
efeito estufa no mundo, principalmente por causa do desmatamento e das queimadas.
Com esse novo número, será mais difícil para o governo atingir sua meta de desmatamento es-
tabelecida no Plano Nacional de Mudanças Climáticas. Agora, terá de ficar abaixo de 9 mil km2 no
período 2008/2009.
Enquanto o Prodes mostra um retrato mais fiel do desmatamento – com divulgação anual –,
outro sistema também rodado pelo Inpe, o Deter, apenas detecta os focos maiores, sem detalhamen-
to, para alerta rápido, porém com anúncio mensal.
O número divulgado hoje pelo Ministério do Meio Ambiente, de 578 quilômetros quadrados
desmatados em junho, segundo o Deter, deve ser analisado com cuidado. A temporada de chuvas
na Amazônia, nesse ano, foi mais longa do que o normal, com um índice alto de cobertura de nu-
vens no período. Por causa disso, a diferença dos números apontados pelo Deter para o que real-
mente está acontecendo em terra deve ser maior do que o usual.

114 Capítulo 5 Função real de variável real e inversão de funções

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C05(100a115).indd 114 4/20/10 3:35:10 PM


Em junho, por exemplo, a taxa elevada de co- Alertas do mês de junho de 2009
bertura de nuvens – 43% da Amazônia Legal – im-

feRnAnDo JosÉ feRReiRA


pediu a observação correta do que aconteceu em
solo. O Pará, que concentrou 57% do desmata- OCEANO
mento registrado pelo satélite (330 km2) no mês, ATLÂNTICO
estava com praticamente metade (49%) de sua área
sob nuvens.
“Todos os números que apresentam uma queda
no desmatamento na Amazônia são bem-vindos,
mas comemorá-los como definitivos é absurda-
mente precipitado. Só teremos uma visão real do
desmatamento após a divulgação dos dados do
Prodes”, afirma Astrini.

Disponível em: <www.greenpeace.org/brasil>.


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Acesso em: 25 set. 2009.

Através de fotos de satélite do Instituto Nacio-


nal de Pesquisas Espaciais (INEP-NCT), os técnicos
do Núcleo de Monitoramento Ambiental (Embra-
pa-NMA) mapeiam as regiões brasileiras e elabo- N
Pontos de alerta
ram gráficos de funções matemáticas, que auxi- OCEANO O L
Áreas com coberturas de nuvens
liam no controle do número de queimadas na PACÍFICO S
Amazônia Legal
estimativa de sua tendência. 340 km

Disponível em: <http://www.inpe.br>. Acesso em: 25 set. 2009.

1. Espera-se que os alunos respondam que numericamente o desmatamento diminuiu.


Porém, de acordo com o texto, isso pode não ter ocorrido efetivamente já que a
medição é feita por satélites e, às vezes, é prejudicada pelas nuvens nas regiões,
Atividades dificultando assim a detecção de pontos de desmatamento.

1 Sabe-se que o desmatamento registrado pelo sistema Deter no mês de agosto de 2009 foi de 498 km2.
De acordo com o texto, podemos concluir que a área efetivamente desmatada na Amazônia diminuiu de
junho para agosto? Justifique sua resposta.

2 Indicando os períodos 2001/2002, 2002/2003, 2003/2004, 2004/2005, 2005/2006, 2006/2007 e 2007/2008


por 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, respectivamente, considere a tabela:

Ano Período Área desmatada (em km2)


2001/2002 1 21.523
2002/2003 2 25.396
2003/2004 3 27.772
2004/2005 4 19.014
2005/2006 5 14.196
2006/2007 6 11.633

2007/2008 7 12.911

a) Copie a tabela em seu caderno e, de acordo com os dados do texto, complete as duas últimas linhas.
b) Construa o gráfico que representa a área desmatada em função do período correspondente.
Ver Suplemento com orientações para o professor
professor..

3 Com base no exercício anterior, determine os períodos em que a função foi:


a) crescente do período 1 ao 3 e do 6 ao 7 b) decrescente do período 3 ao 6

Função real de variável real e inversão de funções Capítulo 5 115

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C05(100a115).indd 115 06.03.10 13:51:28


CAPÍTULO Função polinomial do 1‚ grau

6
ou função afim

Leo fRAnCini/iMAGeM BRAsiL


Os recifes são os mais ricos, complexos e delicados
ecossistemas marinhos, mas esse frágil equilíbrio vem
sofrendo com a ação predadora do ser humano.
A degradação desses ambientes é provocada por várias
ações, como a pesca desordenada, os caçadores de corais,
que os extraem para vender, a deposição de lixo e o turismo
sem controle. Atualmente, já se registram iniciativas para a
conservação dessas áreas. É o caso do Parque Estadual
Marinho da Pedra do Risco do Meio, única unidade de
conservação marinha do estado do Ceará, com uma área

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
protegida de 33,20 km2, dista aproximadamente 18,5 km do
porto de Mucuripe, em Fortaleza. (2006)

Além da teoria

Ao submergir em águas marítimas, o mergulhador sofre aumento de pressão à medida que afunda.
O gráfico a seguir descreve esse aumento de pressão, em atmosfera, em função da profundidade, em metro.

Pressão em mergulhos submarinos


Pressão (atm)
fAustino

2
1

10 Profundidade (m)

Gráfico construído com dados obtidos em:


<http://www.if.ufrgs.br>. Acesso em: 4 fev. 2010.

Qual é a pressão sofrida pelo mergulhador na superfície do mar? 1 atm


Como você determinaria a pressão sofrida pelo mergulhador a 18 m de profundidade?
Resposta possível: Analisando o gráfico, observamos que na superfície do mar o mergulhador sofre uma pressão de 1 atm e a
10 metros sofre 2 atm. Podemos estimar que para 18 metros o mergulhador sofre aproximadamente 3 atm.

Neste capítulo, você aprenderá função afim e poderá resolver este e outros problemas que
envolvem funções cujos gráficos são pontos de uma reta.

116 Capítulo 6 Função polinomial do 1‚ grau ou função afim

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C06(116a134).indd 116 06.03.10 14:32:18


1 A função afim

A temperatura interna de um forno elétrico era de 30 °C. A partir do momento em que o


forno foi ligado, a temperatura aumentou 10 °C por minuto, até atingir o valor máximo, 80 °C.

tHoMAs A. KeLLY/CoRBis/LAtinstoCK
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

A tabela e o gráfico aqui apresentados mostram alguns y (°C) Observe que os seg-
valores que descrevem a temperatura y interna do forno, mentos adotados co-
em grau Celsius, em função do tempo x, em minuto, a mo unidades nos ei-
80
partir do instante em que o forno foi ligado (x 5 0), quando xos Ox e Oy têm
70 comprimentos dife-
sua temperatura interna era de 30 °C.
60 rentes. Isso é permiti-
do quando as gran-
x y 50 dezas representadas
0 30 40 nesses eixos estão
1 40 em unidades de me-
30
2 50 dida diferentes (nes-
se caso, minuto e
3 60
grau Celsius).
4 70
5 80
0 1 2 3 4 5 x (min)

Note que a variação dos valores de y, que indicaremos por Dy, é diretamente proporcional à
variação dos correspondentes valores de x, que indicaremos por Dx. Por exemplo:
iLustRAÇões: fAustino

• quando x varia de 0 a 1, a variação correspondente de y é de 30 a 40, portanto:


Dy 40 2 30 10
 5   5 
Dx 1 2 0 1
• quando x varia de 2 a 5, a variação correspondente de y é de 50 a 80, portanto:
y (°C)
Dy 80 2 50 30 10
 5   5   5 
Dx 5 2 2 3 1
80
Se em uma função y 5 f (x) as variações de x e y são 70
diretamente proporcionais, então o gráfico de f é formado 60
por pontos de uma reta. Assim, quando y assume os dife-
50
rentes valores da temperatura, até a temperatura máxima
40
do forno, o gráfico será parte de uma reta.
30
Como a temperatura inicial do forno era 30 °C e, a
cada minuto, houve acréscimo de 10 °C na temperatura,
podemos verificar que a lei de associação entre x e y é
y 5 30 1 10x.
0 1 2 3 4 5 x (min)

Função polinomial do 1‚ grau ou função afim Capítulo 6 117

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C06(116a134).indd 117 06.03.10 14:32:30


Neste capítulo, estudaremos funções como essa, chamada de função polinomial do 1‚ grau
ou função afim e assim definida:

Toda função do tipo f (x) 5 ax 1 b, com a e b números reais e a  0, é denominada


função polinomial do 1‚ grau ou função afim.

Exemplos
a) y 5 4x é uma função polinomial do 1‚ grau, em que a 5 4 e b 5 0.
3x 1 3 1
b) y  5   1  é uma função polinomial do 1‚ grau, em que a 5 eb5 .
2 5 2 5
c) Se o aquecimento de uma barra de metal

MAnGA
provoca em seu comprimento Li uma dila-
tação linear x, então sua área Ai sofrerá
uma dilatação superficial 2x e o seu volu-
me Vi sofrerá uma dilatação volumétrica
3x, conforme estudos da Termologia sobre
dilatação dos corpos. Assim, o comprimen-
to, a área e o volume finais, Lf , Af e Vf , após
o aquecimento da barra, são dados pelas
funções polinomiais do 1‚ grau:
Entre dois trilhos consecutivos de uma estrada de
Lf 5 Li 1 x ferro há um espaço. Esse espaço é necessário para

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
permitir a variação do comprimento dos trilhos,
Af 5 Ai 1 2x
provocada pelo fenômeno da dilatação térmica, que
Vf 5 Vi 1 3x ocorre em dias quentes.

2 Gráfico da função afim

Demonstra-se que o gráfico de uma função polinomial f qualquer do 1‚ grau é uma reta.
Esse gráfico é obtido representando-se dois pontos distintos de f e traçando-se a reta que passa
por eles.

Exercícios resolvidos

R.1 Construir o gráfico da função y 5 3x 2 6. R.2 Retomando a situação apresentada na abertura,


temos que, ao submergir em águas marítimas, o
Resolução
mergulhador sofre aumento de pressão à medida
O gráfico da função y 5 3x 2 6 é uma reta. Logo, que afunda.
precisamos de dois pontos distintos para determi- O gráfico a seguir descreve esse aumento de pres-
ná-la. Para isso, atribuímos a x dois valores reais, são, em atmosfera, em função da profundidade,
distintos, quaisquer, e calculamos a imagem y de em metro.
cada um deles.
Pressão em mergulhos submarinos
x y  3x  6 Ponto da reta
Pressão (atm)

0 3 ? 0 2 6 5 26 (0, 26)
Valores
1 3 ? 1 2 6 5 23 (1, 23)
iLustRAÇões: fAustino

arbitrários
y 2
1
1
0 x
10 Profundidade (m)

Assim, o gráfico da função


�3 Gráfico construído com dados obtidos em:
y 5 3x 2 6 é:
<http://www.if.ufrgs.br>. Acesso em: 4 fev. 2010.

a) Obter uma equação que expresse a pressão p,


�6 em atmosfera, em função da profundidade x,
em metro.

118 Capítulo 6 Função polinomial do 1‚ grau ou função afim

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C06(116a134).indd 118 06.03.10 14:32:37


b) Qual é a pressão sofrida pelo mergulhador na R.4 Uma empresa, para construir uma estrada, cobra
superf ície do mar? uma taxa fixa e uma taxa que varia de acordo
c) Qual é a pressão sofrida pelo mergulhador a com o número de quilômetros de estrada cons-
18 m de profundidade? truída. O gráfico descreve o custo da obra, em
milhões de dólares, em função do número de
Resolução quilômetros construídos.
a) Substituindo os valores do gráfico na equação
da reta, p  ax  b, temos: y (em milhões
de dólares)
• Quando x  0, p  1, então,
1a0b
b1 5
• Quando x  10, p  2, então,
4

FAUSTINO
2  a  10  b, como b  1
2  10a  1
1
a
10
Assim, substituindo os valores encontrados 0 10 x (km)
para a e b, a equação que expressa a pressão p,
1
em função da profundidade x é p  x  1. a) Obter a lei y  f (x), para x  0, que determina
10
esse gráfico.
b) Analisando graficamente, a pressão sofrida pelo
mergulhador na superf ície do mar é de 1 atm. b) Determinar a taxa fixa cobrada pela empresa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Podemos calcular esse valor através da equação para a construção da estrada.


encontrada no item a: c) Qual será o custo total da obra, sabendo que a
1 estrada terá 50 km de extensão?
p 01⇒p1
10 Resolução
1 18 a) O gráfico é uma semirreta contida na reta que
c) p   18  1 ⇒ p  1
10 10 passa pelos pontos (0, 4) e (10, 5). A lei y  f (x),
 p  2,8 cujo gráfico é essa reta, é da forma y  ax  b.
Portanto, a pressão sofrida pelo mergulhador é Como os pontos (0, 4) e (10, 5) pertencem a essa
de 2,8 atm. reta, devemos ter:
4  a  0  b ⇒ b  4 (I)
R.3 O gráfico da função y  ax  b é: 5  a  10  b (II)
y
Substituindo (I) em (II), temos:
1
5  a  10  4 ⇒ a 
10
4
Assim, a lei que determina esse gráfico para x  0
FAUSTINO

x
é: y  4
10
(Observação: Devemos supor x  0, pois x é o nú-
�2 0 x mero de quilômetros de estrada construída; por-
tanto, não há sentido em atribuirmos valores nega-
tivos a x.)

Determinar os valores de a e b. b) A taxa fixa é obtida fazendo x  0, ou seja, o


Resolução início da obra:

Como o ponto (0, 4) pertence ao gráfico, a sentença 0


y 4⇒y4
y  ax  b deve tornar-se verdadeira para x  0 e 10
y  4, isto é: Assim, a taxa fixa é de 4 milhões de dólares.
4a0b⇒b4 c) Para calcularmos o custo total da obra, basta fa-
De maneira análoga, o ponto (2, 0) pertence ao zermos x  50, ou seja, o término da obra:
gráfico; então devemos ter: 50
0  a  (2)  b y 4⇒y9
10
Como b  4, temos: Logo, o custo total da obra será de 9 milhões de
0  a  (2)  4 ⇒ a  2 dólares.

Função polinomial do 1‚ grau ou função afim Capítulo 6 119

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C06(116a134).indd 119 09.03.10 17:44:12


7. b) y 5 160 1 0,02x
7.a) y
Vendas (R$) Rendimento (R$) 360
Exercícios propostos Abril 8.350 327 160
Maio 10.200 364
Junho k 160 1 0,02
0,02kk 10.000 x
1 Construa o gráfico de cada uma das funções: 5 A relação entre as me- y (°F)
a) y 5 2x 2 4 d) y 5 25x didas de temperaturas,
x 212
b) y 5 22x 2 4 e) y 5 11 na escala Celsius (°C) e
3 na escala Fahrenheit
c) y 5 5x
Ver construções no Suplemento com orientações para o professor
professor.. (°F), está representada

fAustino
2 O gráfico da função y no gráfico ao lado.
a) Obtenha a equação
iLustRAÇões: fAustino

y 5 ax 1 b é o apresen- 3
tado ao lado. que expressa a medi-
Determine: da y da temperatura, 32
a 5 2; b 5 1 1
a) os valores de a e b em grau Fahrenheit,
0 100 x (°C)
b) a raiz da função. 2
1
0 1 x
em função da medida
9x
2 x, em grau Celsius. y  5  5  1 32
b) Determine a medida da temperatura, em grau
3 O preço unitário y, em y
r Celsius, que corresponde a 24 °F. 220 °C
real, de um produto 100
diminui de acordo com 6 (Cesgranrio-RJ) Sabe-se que o valor de um carro
a quantidade x de uni- novo é R$ 9.000,00 e, com quatro anos de uso, pas-
dades compradas. Para sa a ser R$ 4.000,00. Supondo que o preço caia com
1  x  50, os pontos o tempo, segundo uma linha reta, o valor de um
40
(x, y) pertencem à reta r carro com um ano de uso é: alternativa c

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
representada ao lado. a) R$ 8.250,00 d) R$ 7.500,00
Comprando-se 40 uni- b) R$ 8.000,00 e) R$ 7.000,00
dades desse produto, o 0 20 4050 x c) R$ 7.750,00
preço unitário será: alternativa a
a) R$ 60,00 d) R$ 72,00 7 Um vendedor recebe, a título de rendimento men-
b) R$ 68,00 e) R$ 74,00 sal, um valor fixo de R$ 160,00 mais um adicional
c) R$ 70,00 de 2% das vendas efetuadas por ele no mês.
Com base nisso:
4 (Enem) Uma pesquisa da ONU estima que, já em a) construa uma tabela para apresentar os rendi-
2008, pela primeira vez na história das civilizações, a mentos mensais desse vendedor nos meses de
maioria das pessoas viverá na zona urbana. O gráfico a abril a junho. Sabe-se que em abril a venda foi de
seguir mostra o crescimento da população urbana R$ 8.350,00, em maio de R$ 10.200,00 e em junho
desde 1950, quando essa população era de 700 milhões de k reais;
de pessoas, e apresenta uma previsão para 2030, basea- b) dê uma equação que expressa o rendimento men-
da em crescimento linear no período de 2008 a 2030. sal y desse vendedor em função do valor x de suas
vendas mensais e construa o gráfico dessa função.
Cresce a população urbana no mundo
c) Calcule a taxa média de variação de y em relação
5,0 (em bilhões de pessoas) previsão 5,0
a x, quando este varia de R$ 500,00 a R$ 1.000,00.
R$ 0,02 para cada real de vendas
4,0
3,5 8 Uma correia liga duas polias com 4 cm e 12 cm de
2,9 raio.
fAustino

3,0
2,3
tRYPosA Ho/ALAMY/otHeR iMAGes

2,0 1,7
1,3
1,0
0,7

0
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030

Almanaque Abril. 2008. p. 128 (com adaptações)

De acordo com o gráfico, a população urbana mun- a) Escreva uma equação que expresse o número
dial em 2020 corresponderá, aproximadamente, a y de voltas da polia maior em função do nú-
quantos bilhões de pessoas? alternativa d mero x de voltas da polia menor. y  5  x
3
a) 4,00 d) 4,25 b) Construa o gráfico da função do item a para
b) 4,10 e) 4,50 0  x  5. Ver Suplemento com orientações para o professor
professor..
c) 4,15 c) A função do item a é linear? Por quê?
Ver Suplemento com orientações para o professor
professor..

Resolva as questões 1 e 2 do Roteiro de trabalho.

120 Capítulo 6 Função polinomial do 1‚ grau ou função afim

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C06(116a134).indd 120 06.03.10 14:33:00


Retas de tendência

Embora a extensão da camada de gelo do Ártico au-

nasa
mente e diminua naturalmente, de acordo com padrões
climáticos, a grande preocupação dos cientistas é com a
diminuição dessa camada por consequência do efeito 1981
estufa.
O gráfico abaixo foi divulgado pelo instituto america-
no NSIDC (centro de dados de neve e gelo) tendo como
base as medições da camada de gelo do Ártico, efetuadas
por satélites, ano a ano, de 1979 a 2008.

nasa
Imagens que mostram a extensão da
camada de gelo do Ártico em dois
2005
momentos: 1981 e 2005.

Extensão da camada de gelo do Ártico


faustino

8,5

8,0
Extensão (em milhões de km 2)

7,5
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

7,0

6,5

6,0

5,5

5,0

4,5

4,0
1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 Dados obtidos em:
Ano <http://nsidc.org>.
Acesso em: 19 out. 2009.
Para estimar a extensão da camada de gelo para os próximos anos, podemos aplicar um re-
curso matemático conhecido como "estimativa pela reta de tendência". Para isso, determina-
mos uma reta r a partir da qual será obtida uma estimativa. Quanto mais próxima essa reta estiver
de todos os pontos assinalados no gráfico, melhor será a estimativa. A reta escolhida pode passar
ou não por pontos do gráfico; por exemplo, podemos construir a reta r que passa pelos pontos
(1989; 7) e (1999; 6,2), conforme mostra a figura abaixo:

Extensão da camada de gelo do Ártico


faustino

8,5

8,0
Extensão (em milhões de km2)

7,5

7,0

6,5
6,2
6,0
r
5,5

5,0

4,5

4,0
1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008
Dados obtidos em:
1989 Ano 1999 <http://nsidc.org>.
Acesso em: 19 out. 2009.

Função polinomial do 1‚ grau ou função afim Capítulo 6 121

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C06(116a134).indd 121 06.03.10 14:33:10


Como essa reta é gráfico de uma função do tipo y 5 ax 1 b, com a e b números reais e a  0,
e passa pelos pontos (1989; 7) e (1999; 6,2):
• para x 5 1989 e y 5 7 temos a equação: 7 5 a ? 1989 1 b
• para x 5 1999 e y 5 6,2 temos a equação: 6,2 5 a ? 1999 1 b

Resolvendo o sistema
1989a 1 b 5 7
1999a 1 b 5 6,2

obtemos a 5 20,08 e b 5 166,12. Assim, a equação da reta r é


y 5 20,08x 1 166,12
Se quisermos estimar a extensão da camada de gelo, em milhões de quilômetros quadrados,
para o ano de 2013, basta substituir x por 2013 na equação da reta de tendência, obtendo:
y 5 20,08 ? 2013 1 166,12 ⇒ y 5 5,08
Se essa tendência for mantida, podemos estimar o ano em que toda a camada de gelo do
Ártico terá desaparecido; basta atribuir o valor zero para a variável y:
0 5 20,08x 1 166,12 ⇒ y 5 2076,5
Ou seja, se nenhuma atitude for tomada no controle do aquecimento global, revertendo a ten-
dência de queda, a camada de gelo do Ártico deixará de existir em meados de 2076.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Notas:
1. A estimativa por meio de uma reta de tendência terá uma boa possibilidade de acerto so-
mente em anos próximos a 2008, pois para anos distantes a tendência pode se modificar.
Por isso, a extinção da camada de gelo em meados de 2076 é baseada na hipótese de a
tendência não ser modificada.
2. Nesse exemplo, a escolha da reta r foi intuitiva, isto é, não obedecemos a nenhuma meto-
dologia científica. Há um método estatístico que determina a reta que mais se aproxima
daqueles trinta pontos do gráfico, sendo assim a escolha mais adequada para o estudo de
tendência. Porém, nesse curso escolheremos uma reta de tendência seguindo estritamente
a intuição, sem a preocupação com metodologias científicas.

Exercício resolvido

R.5 Uma montadora de veículos automotores lan- Resolução


çou um novo modelo de automóvel no mercado. Assumindo que essa tendência de vendas se mate-
O gráfico abaixo apresenta o número de unida- nha para os próximos meses, é possível estimar o
des vendidas desse novo modelo nos cinco pri- número de unidades que serão vendidas em cada
meiros meses de lançamento. Qual é a expecta- um desses meses por meio de uma reta de tendên-
tiva de vendas para o 6º mês do lançamento? E cia, que, como vimos, deve ser uma reta próxima
para o 7º mês? desses pontos, passando ou não por um ou mais
y desses pontos. Por exemplo, podemos construir a
Número de unidades reta r que pelos pontos (0, 26) e (5, 31):
vendidas (em milhares)
y
35 Número de unidades
vendidas (em milhares)
35 r
ilustraÇões: faustino

32

30 32
31
30
28
28
25 26
25

1 2 3 4 5 x (mês) x (mês)
1 2 3 4 5

122 Capítulo 6 Função polinomial do 1‚ grau ou função afim

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Como essa reta é gráfico de uma função do tipo A partir da equação da reta r , y 5 x 1 26, podemos
y 5 ax 1 b, com a e b reais e a  0, e passa pelos estimar o número de unidades que serão vendidas
pontos (0, 26) e (5, 31): nos dois próximos meses:
• para x 5 0 e y 5 26 temos a equação: 26 5 a ? 0 1 b • para o mês 6, o número y de milhares de unida-
• para x 5 5 e y 5 31 temos a equação: 315 a ? 5 1 b des a serem vendidas é estimado em:
Resolvendo o sistema 0a 1 b 5 26 y 5 6 1 26 5 32
5a 1 b 5 31 • para o mês 7, o número y de milhares de unida-
obtemos a 5 1 e b 5 26. Assim, a equação da reta r des a serem vendidas é estimado em:
é y 5 x 1 26. y 5 7 1 26 5 33

Exercício proposto

seRRALHeiRo
9 Um novo jornal diário foi lançado no mercado. O gráfico abaixo
mostra o número de unidades vendidas em cada um dos cinco pri-
meiros dias de lançamento.
y
Número de unidades
vendidas (em milhares)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

29
28
25 a) Seguindo apenas sua intuição, obtenha
5x 55
a equação de uma reta próxima dos cin-
fAustino

20 y  5   1 
18 3 3 co pontos desse gráfico (essa reta pode
passar por um ou mais desses pontos).
b) A partir da equação obtida no item a,
estime o número de unidades vendidas
nos dias 6 e 7 do lançamento.
Nos dias 6 e 7 foram vendidas aproximadamente
28 mil unidades e 30 mil unidades, respectivamente.

1 2 3 4 5 x (dias)

Proporcionalidade na função afim


Toda função afim do tipo y 5 ax (o gráfico é uma reta que passa pela origem) é chamada de
função linear.
Em toda função linear os valores de x são proporcionais aos valores correspondentes de y.
Por exemplo, a função y 5 3x é linear. Seu gráfico é o apresentado ao lado. y

Note que os valores de x são proporcionais aos valores correspondentes de y, isto é, se (m, n) é
um ponto da função, então (km, kn) também é ponto da função, para qualquer k real. Isso 3
fAustino

ocorre em qualquer função linear.


Em toda função afim y 5 ax 1 b, a razão entre a variação de valores de y, Dy, e a variação
Dy 0 1 x
correspondente de valores de x, Dx, é uma constante não nula k, isto é, 5 k ou ainda,
Dx
Dy 5 k ? (Dx). Portanto, a função que expressa Dy em função de Dx é linear e, por isso, dizemos
que em toda função afim y 5 ax 1 b os valores de x e y variam linearmente.

Exemplos
a) Consideremos a função afim y 5 3x 2 2. Atribuindo à variável x dois valores reais distintos
quaisquer, x1 e x2 , temos, como correspondentes valores de y, os números distintos

Função polinomial do 1‚ grau ou função afim Capítulo 6 123

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y1 5 3x1 2 2 e y2 5 3x2 2 2. Observe a razão entre a variação dos valores de y e a variação dos y (L)
valores correspondentes de x:
1.006
Dy y  2 y 1 3x  2 2 2 (3x 1  2 2) 3( x 2  2  x 1)
 5  2  5  2  5   5 3
Dx x 2  2  x 1 x 2  2  x 1 x 2  2  x 1
1.004

faustino
Assim, temos a função linear Dy 5 3Dx. Por isso, dizemos que os valores de y e os corres-
pondentes valores de x, na função y 5 3x 2 2, variam linearmente.
1.002
b) Se uma torneira despeja dois litros de água por segundo em uma piscina, que inicialmen-
te continha 1.000 L de água, a equação que expressa a quantidade y de litros de água na
1.000
piscina, em função do tempo x, em segundo, é y 5 2x 1 1.000, e seu gráfico é a semirre-
ta, observe ao lado.
Note que essa é a função afim y 5 2x 1 1.000, restrita ao domínio dos números reais posi-
tivos. Logo, as variações dos valores de x são proporcionais às correspondentes variações dos 0 1 2 3 x (s)
valores de y.

Taxa média de variação de uma função


Para qualquer função y 5 f (x ), a razão entre a variação de valores de y e a correspondente
variação de valores de x, nessa ordem, é chamada de taxa média de variação de y em relação a x,
isto é, se A(xA, yA) e B(xB, yB) são dois pontos distintos do gráfico da função y 5 f (x ), então a razão
Dy y  2 y A Dy y  2 y B
 5  B , que é igual a  5  A
Dx x B  2  x A Dx x A  2  x B

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
é a taxa média de variação de y em relação a x, quando este varia de xA a xB .

Exemplos
a) Para a função f(x ) 5 x2, temos que:
Dy 32  2 22 5
• a taxa média de variação para x variando de 2 a 3, é dada por:   5   5   5 5
Dx 3 2 2 1
Dy 62  2 42 20
• a taxa média de variação para x variando de 4 a 6, é dada por:   5   5   5 10
Dx 6 2 4 2

b) Na função constante y 5 4, a taxa média de variação para x variando de xA a xB  é zero, para
Dy 4 2 4
quaisquer valores reais distintos xA e xB, pois:   5   5 0
Dx x B  2  x A

Propriedades

Uma função é crescente em um Uma função é decrescente em Uma função é constante em um


subconjunto S do domínio se, e um subconjunto S do domínio se, subconjunto S do domínio se, e
somente se, a taxa média de va- e somente se, a taxa média de va- somente se, a taxa média de varia-
riação é positiva para quaisquer riação é negativa para quaisquer ção é nula para quaisquer dois
dois pontos distintos A(xA , yA ) e dois pontos distintos A(xA , yA ) e pontos distintos A(xA , yA ) e B(xB , yB  )
B (xB , yB ) do gráfico, com {xA , xB} , S. B (xB , yB ) do gráfico, com {xA , xB } , S. do gráfico, com {xA , xB } , S.

y y y

yB yA
k
ilustraÇões: faustino

yA yB xA xB x

k  2 k
xA xB x xA xB x  5 0
x B  2  x A

y B  2 y A y B  2 y A
 . 0  , 0
x B  2  x A x B  2  x A

124 Capítulo 6 Função polinomial do 1‚ grau ou função afim

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Taxa de variação da função afim
Calculando a taxa média de variação da função afim f(x ) 5 5x 1 6, para x variando de xA a xB ,
quaisquer que sejam os números reais distintos xA e xB , obtemos:
y B  2 y A 5x  1 6 2 (5x A  1 6) 5( x B  2  x A )
 5  B  5   5 5
x B  2  x A x B  2  x A x B  2  x A
Note, portanto, que a taxa média de variação da função, para qualquer variação de x é a
constante 5, que é exatamente o coeficiente de x da função f. Raciocinando de maneira análoga
para uma função afim qualquer, deduzimos a importante propriedade:

Em toda função da forma y 5 ax 1 b, com a e b reais e a  0, a taxa média de variação


de y em relação a x, quando x varia em qualquer intervalo, é igual à constante a, que é o
coeficiente de x na função afim.

y2

y2 � y1

Se y 5 ax 1 b, com a e b reais e a  0,
fAustino

y1 Dy y  2 y 1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

então:  5  2  5 a


x2 � x1 Dx x 2  2  x 1

x1 x2 x

Como a taxa média de variação da função afim é constante, podemos chamá-la, simples-
mente, de taxa de variação, omitindo a palavra média.

Exemplo
Para calcular a taxa de variação da função cujo gráfico é a reta que passa pelos pontos A(4, 2)
Dy
e B(2, 8), basta calcular . As diferenças Dy e Dx devem ser calculadas em um mesmo
Dx
sentido, ou de A para B ou de B para A:
Dy 2 2 8 26 Dy 8 2 2 6
 5   5   5 2 3 ou   5   5   5 2 3
Dx 4 2 2 2 Dx 2 2 4 22
Assim, a taxa de variação da função cujo gráfico é a reta ,AB - é 23.

Exercícios propostos

10 A função afim y 5 ax 1 b tem taxa de variação igual a 5 e seu gráfico passa pelo ponto
A(2, 23). Construa esse gráfico. Ver Suplemento
Suplemento com orientações para o professor
professor..

11 Quando um reservatório continha 400 litros de água, foi aberto um registro para esva-
ziá-lo à razão de 4 litros por segundo.
a) Obtenha uma equação que expresse a quantidade de água no reservatório, a partir do
instante em que foi aberto o registro. y 5 400 2 44xx
b) Qual é a taxa de variação da função afim obtida no item a? 24

Função polinomial do 1‚ grau ou função afim Capítulo 6 125

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3 Funções definidas por mais de
uma sentença

Acompanhe a situação a seguir.


RePRoDuÇÃo

Em todos os países, os impostos arrecadados dos cidadãos devem ser aplicados na manuten-
ção da estrutura pública e em políticas sociais, econômicas e culturais do Estado. No Brasil, os
impostos são arrecadados pela Secretaria da Receita Federal.
O imposto que o contribuinte paga sobre a renda adquirida é chamado de Imposto de Renda
(IR). Esse tipo de imposto é calculado em função da renda de cada cidadão, como mostra, a se-
guir, a tabela progressiva para o cálculo anual do imposto de renda de pessoa física arrecadado
em 2010, com base na renda do ano de 2009.

Imposto de renda — cálculo anual


Base de cálculo anual Parcela a deduzir do
Alíquota (%)
(R$) imposto (R$)
até 17.215,08 0,0 0,00
de 17.215,09 até 25.800,00 7,5 1.291,13
de 25.800,01 até 34.400,40 15,0 3.226,13
de 34.400,41 até 42.984,00 22,5 5.806,16
acima de 42.984,00 27,5 7.955,36

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Dados disponíveis em: <http://www.receita.fazenda.gov.br>.
Acesso em: 28 set. 2009.

Por exemplo, uma pessoa que recebeu em 2009 renda total de R$ 20.000,00 deverá pagar
R$ 208,87 de imposto de renda, conforme os cálculos abaixo:
7,5% ? 20.000,00 2 1.291,13 5 1.500,00 2 1.291,13 5 208,87
▲ ▲

alíquota parcela a deduzir

De acordo com a tabela, se a renda anual de um cidadão é x reais, então o imposto


de renda anual f (x) a pagar, em real, pode ser calculado pela função:
Beto CeLLi

 0 se   x   17.215, 08

 0, 075x  2 1.291, 13 s e 17.215, 09   x   25.800, 00

f ( x ) 5  0, 15x  2 3.226, 13 se 25.800, 01   x   34.400, 40
 0, 225x  2 5.806, 16 se 34.400, 41   x   42.984, 00

 0, 275x  2 7.955, 36 se x  . 42.984, 00

Percebe-se, por esse exemplo, que nem sempre é possível definir uma função por uma única
sentença. O exercício resolvido a seguir mostra como construir o gráfico de funções definidas por
mais de uma sentença.

Exercício resolvido

R.6 Construir o gráfico da função:


 4 ,  se   x   3
f ( x )   
 x   1,  se   x  . 3
e determinar seu domínio e conjunto-imagem.
Resolução
Para construir o gráfico, analisamos cada uma das sentenças separadamente:
I. f (x) 5 4, se x  3, ou seja, essa parte do gráfico é uma semirreta de origem (3, 4), pa-
ralela ao eixo Ox, cujos pontos têm abscissas no intervalo ]2, 3].
II. f (x) 5 x 1 1, se x . 3, ou seja, essa parte do gráfico é uma semirreta contida na reta de
equação: f (x) 5 x 1 1, cujos pontos têm abscissas no intervalo ]3, 1[.

126 Capítulo 6 Função polinomial do 1‚ grau ou função afim

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Para obter essa semirreta, atribuímos a x o valor 3 e um
x f (x)  x  1
outro valor qualquer maior que 3, conforme mostra a ta-
3 4
bela ao lado. (Embora a variável x não possa assumir o
5 6
valor 3, pois x . 3, atribuímos a ela o valor 3 para obter-
mos um extremo aberto dessa parte do gráfico.)

A reunião das duas partes do gráfico obtidas em (I) e (II) é o gráfico da função f :

y
6

fAustino
4

0 3 5 x

O domínio e o conjunto-imagem de f são, respectivamente: D( f ) 5 R e Im( f ) 5 [4, 1[

Exercícios propostos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

12 Em várias cidades brasileiras, foi instituída a TRSD  2 x  2 1,  se   x   4


(Taxa de Resíduos Sólidos Domiciliares), conheci- c) f ( x ) 5  
 x  1 3,  se   x  . 4
da como “taxa do lixo”, que estabelece para cada
domicílio o pagamento pelo serviço de coleta,  x  1 1,  se   x   2
transporte e armazenamento do lixo. Quando ins- 
d) f ( x ) 5   3,  se   2  ,  x   4
tituída em determinada cidade, os domicílios foram  x  2 1, se   x  .
  4

tributados em função do volume de lixo gerado.
Observe a tabela com as tarifas cobradas no muni-
cípio de Manaus. 14 Convenciona-se usar a “bolinha vazia” para se ex-
cluir um ponto de um gráfico; por exemplo, o gráfi-
“Taxa do lixo” — Manaus (AM) 22,  se   x   1
co da função f ( x ) 5   é o apresenta-
Faixas Taxa mensal  2,  se   x  . 1
do abaixo.
De 0 até 10 litro(s) de resíduos por dia R$ 10,00
y
Mais de 10 e até 20 litros de resíduos por dia R$ 20,00
2
Mais de 20 e até 30 litros de resíduos por dia R$ 35,00

Mais de 30 e até 60 litros de resíduos por dia R$ 70,00

fAustino
Mais de 60 litros de resíduos por dia R$ 90,00 0 1 x

Dados obtidos em: <http://portalamazonia.globo.com>.


Acesso em: 6 fev. 2010.
2
Representando por x o volume, em litro, de lixo ge-
rado por um domicílio genérico e por f (x) a taxa
mensal correspondente, em real: De acordo com essa ideia, construa no caderno os
a) dê a lei que expressa a taxa mensal desse domi- gráficos de cada função.
cílio em função do volume de lixo gerado; Ver construções no
 4 ,  se   x   0
b) construa o gráfico da função f . a) f ( x ) 5   Suplemento com orientações
Ver resoluções no Suplemento com orientações para o professor
professor..  x  1  2,  se   x  . 0 para o professor.

13 Construa no caderno o gráfico de cada uma das fun-


 x  2 1,  se   x   3
ções e dê o seu domínio e conjunto-imagem. b) f ( x ) 5  
 3,  se   x   5 Ver construções no  x  1  2,  se   x  . 3
a) f ( x ) 5   Suplemento com orientações
 x  2  2,  se   x  . 5 para o professor
professor..  2 x  2 3,  se   x   2

 x  1 3,  se   x   1 c) f ( x ) 5  2x  1 3,  se   2  ,  x   4
b) f ( x ) 5    x  2 1,  se   x  . 4
 4 ,  se   x  . 1 

Função polinomial do 1‚ grau ou função afim Capítulo 6 127

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20, se  0   x   1.000

15. a) f ( x ) 5  x
15 Um elevador é construído segundo as seguintes es-  x ,  se 
 se x 
x  300  , se   x  . 1.000
pecificações:   50
a) f (x ) 5   4x
• para carga de massa menor ou igual a 1.000 kg,  80  1  5 , se
 se x  . 300

são usados cabos de aço de 20 mm de diâmetro;
• para carga de massa x kg, com x . 1.000, são usa-  x ,  se 
 se x   300

x b) f (x ) 5   3x
dos cabos de aço de mm de diâmetro.  60  1  5 , se x  . 300
50 
a) Indicando por f (x) o diâmetro, em milímetro,
 x ,  se 
 se x   300
de cada cabo, expresse f (x) em função da massa c) f (x ) 5  
x, em quilograma.   1  x ,  se 
80  se x  . 300
b) Construa o gráfico da função f .
 x ,  se 
 se x 
x  300

d) f (x ) 5   4x
16 (Ufac) O gerente de uma loja anuncia a seguinte
 70  1  5 ,  se 
 se xx  . 300
promoção: para compras de até R$ 300,00, nenhum 
desconto. Nas compras acima de R$ 300,00, des-
conto de 20% sobre o que exceder a esse valor. A  x ,  se 
 se x   300

função f que fornece o valor a pagar f (x), em real, e) f (x ) 5   4x
 60  1  5 ,  se
 se x  . 300
para uma compra x  0, em real, é: alternativa e 

15. b) f(x) Resolva a questão 3 do Roteiro de trabalho.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
24
fAustino

20

1.000 1.200 x

4 Variação de sinal da função afim

Considere a função polinomial do 1‚ grau f (x) 5 2x 2 6, cujo gráfico é:


y

f (4)

2
fAustino

3 4 x

f (2)

�6

Note que:
• 3 é raiz da função;
• a função é crescente;
• para qualquer x real, com x . 3, temos f (x) . 0; por exemplo, f (4) . 0;
• para qualquer x real, com x , 3, temos f (x) , 0; por
exemplo, f (2) , 0.

Por isso, dizemos que:
fAustino

3 x
• a função se anula para x 5 3;

• a função é positiva para todo x real, com x . 3;
• a função é negativa para todo x real, com x , 3.

128 Capítulo 6 Função polinomial do 1‚ grau ou função afim

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Representando esquematicamente a variação de sinal da função, temos:
3
x
f � �

O estudo da variação de sinal da função f (x) 5 2x 2 6 pode ser feito também algebricamente,
sem o auxílio do gráfico. Observe que:
• a raiz da função f é a raiz da equação: 2x 2 6 5 0 ⇒ x 5 3
• os valores de x para os quais f (x) é positivo (f (x) . 0) são as soluções da inequação:
2x 2 6 . 0 ⇒ x .3
• os valores de x para os quais f (x) é negativo (f (x) , 0) são as soluções da inequação:
2x 2 6 , 0 ⇒ x , 3
Logo, temos:
3
x
f � �

Neste outro exemplo, vamos estudar o sinal da função f (x) 5 22x 1 4.


I. Graficamente:
y

4
• 2 é raiz da função;
• a função é decrescente;

iLustRAÇões: fAustino
• para qualquer x real, com x . 2, temos f (x) , 0;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

• para qualquer x real, com x , 2, temos f (x) . 0.

0 2 x

Assim, esquematicamente, temos:

2 x

II. Algebricamente:
• a raiz da função f é a raiz da equação: 22x 1 4 5 0 ⇒ x 5 2
• os valores de x para os quais f (x) é negativo (f (x) , 0) são as soluções da inequação:
22x 1 4 , 0 ⇒ x . 2
• os valores de x para os quais f (x) é positivo (f (x) . 0) são as soluções da inequação:
22x 1 4 . 0 ⇒ x , 2
Logo, temos:
2
x
f � �

Exercícios propostos

17 Discuta a variação de sinal da função y 5 ax 1 b, cujo gráfico é a reta:


a) y b) y
2
iLustRAÇões: fAustino


4 � x
2
1
1
0 2 x

2 x
�1
4
3

y � � x
Função polinomial do 1‚ grau ou função afim Capítulo 6 129

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C06(116a134).indd 129 06.03.10 14:34:22


18 Em um dia de inverno, a temperatura y de uma re- 19 (UFPB) Na figura abaixo, estão representadas grafi-
gião, em grau Celsius, em função do horário x, no pe- camente as funções g (x) e h(x). Considerando
ríodo das 5 h às 11 h, pôde ser descrita pelo gráfico: f (x) 5 g (x) 2 h (x), pode-se afirmar:
y y
10 g(x)
1
iLustRAÇões: fAustino

0 2 4 x

�1
h(x)
5
11 x
�2 I. f (x) é crescente no intervalo 0  x  2 e de-
crescente no intervalo 2  x  4.
a) Em que horário desse período a temperatura
II. f (2) 5 0.
atingiu 0 °C? 6 h
III. f (3) , 0.
b) Durante quanto tempo desse período a tempe-
ratura esteve negativa? 1 hora Está(ão) correta(s) apenas:
c) Durante quanto tempo desse período a tempe- a) I e II c) II e III e) III
ratura esteve positiva? 5 horas b) I e III d) I alternativa d

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
5 Inequação-produto

Sendo x um número real, consideremos os números 2x 2 10 e 2x 1 3. y


Para que valores de x o produto desses números é positivo? g
Em outras palavras, estão sendo pedidas as soluções reais da inequa- 3 f
ção (2x 2 10)(2x 1 3) . 0. Para resolver essa inequação, podemos dese-
nhar no plano cartesiano ao lado os gráficos das funções: f (x) 5 2x 2 10
e g (x) 5 2x 1 3, determinando, nos domínios de f e g, os intervalos em 0 3 5 x
que ambas têm o mesmo sinal (para que o produto f ? g seja positivo).
Observe que:
• para x , 3: f é negativa e g é positiva;
• para 3 , x , 5: f é negativa e g é negativa;
iLustRAÇões: fAustino

• para x . 5: f é positiva e g é negativa.


Logo, as funções f e g têm o mesmo sinal para 3 , x , 5 e,
portanto, o conjunto solução S da inequação (2x 2 10)(2x 1 3) . 0, no �10
universo dos números reais, é: S 5 {x  ® | 3 , x , 5}
Ganhando tempo (dispositivo prático)
Na inequação anterior, (2x 2 10(2x 1 3) . 0, podemos representar esquematicamente a
variação de sinal de cada função, f (x) 5 2x 2 10 e g(x) 5 2x 1 3, sem a necessidade de construir
os gráficos. Para isso, encontramos as raízes de f e g e construímos o seguinte quadro de sinais:
3 5

f � � � x

g � � �

f�g � � �

3 5 x
Os sinais da última linha foram obtidos pela regra de sinais para o produto f ? g. Como nos
O conjunto S tam- interessa que esse produto seja positivo, pois (2x 2 10) (2x 1 3) . 0, o conjunto solução S da
bém pode ser repre- inequação é:
S 5 {x  ® | 3 , x , 5}
sentado por:
S 5 ]3, 5[

Inequação-produto é toda inequação que pode ser apresentada sob uma das formas
abaixo, em que f e g são funções quaisquer:
• f (x) ? g (x) . 0 • f (x) ? g (x) , 0 • f (x) ? g (x)  0
• f (x) ? g (x)  0 • f (x) ? g (x)  0

130 Capítulo 6 Função polinomial do 1‚ grau ou função afim

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C06(116a134).indd 130 06.03.10 14:34:29


Exercício resolvido

R.7 Resolver, no conjunto dos números reais, a inequação (6x  12) (5  x) (2x  14)  0.
Resolução
Encontrando as raízes das funções f (x) 5 6x 2 12, g (x) 5 5 2 x e h (x) 5 2x 2 14 e estu-
dando a variação de sinal de cada uma delas, temos:
2 5 7

f � � � � x

fAustino
g � � � �
h � � � �
f�g�h � � � �
2 5 7 x

Os sinais da última linha foram obtidos pela regra de sinais para o produto f ? g ? h. Quere-
mos que esse produto seja negativo ou nulo: (6x 2 12) (5 2 x) (2x 2 14)  0
Logo, o conjunto solução S é: S 5 {x  R | 2  x  5 ou x  7}, ou ainda S 5 [2, 5]  [7, 1[

6
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Inequação-quociente

Chama-se inequação-quociente toda aquela que pode ser apresentada em uma das
formas abaixo, em que f e g são funções quaisquer, com g não identicamente nula.
f (x ) f (x ) f (x ) f (x ) f (x )
•  . 0 •   0 •  , 0 •   0 •   0
g( x ) g( x ) g( x ) g( x ) g( x )

Exemplos
5 3x  2 6 x 2  2  x  2 6
a)  , 0 b)   0 c)   0
2x  2 8 4 2  x 2x

Exercícios resolvidos

5 �2 4
R.8 Resolver em R a inequação  <  0
2 x   8 f � � � x
Resolução
fAustino
g � � �
Condição de existência: 2x 2 8  0 ⇒ x  4
f
5 � � �
Como o numerador de é positivo, a fração g
2 x  2 8 �2 4 x
será negativa se, e somente se, o denominador for
negativo, ou seja: 2x 2 8 , 0 ⇒ x , 4 Os sinais da última linha foram obtidos pela regra
Observando que x , 4 satisfaz a condição de existên- f (x)
de sinais para o quociente . Como nos inte-
cia (x  4), concluímos que o conjunto solução é: g (x)
S 5 {x  R | x , 4}, ou ainda S 5 ]2, 4[ ressa que esse quociente seja negativo ou nulo, pois
3 x  1 6
  0, o conjunto solução é:
3 x   6 4  2  x
R.9 Resolver em R a inequação    0
4    x S 5 {x  R | x  22 ou x . 4}
Resolução
Condição de existência: 4 2 x  0 ⇒ x  4 Note que excluímos x 5 4 do conjunto solução
Estudando a variação de sinal de cada uma das fun- porque a condição de existência exige que x  4.
ções, f (x) 5 3x 1 6 e g(x) 5 4 2 x, temos:

Função polinomial do 1‚ grau ou função afim Capítulo 6 131

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C06(116a134).indd 131 06.03.10 14:34:44


 13 1 
20. b) S  5 x   ® | 2    x     ou  x   3
 4 2 
 4 
c) S  5 x   ® | x  , 22 ou 0 ,  x  , 1 ou  x  .  
Exercícios propostos  3 

20 Resolva em R as inequações. a) R 2 {0}


a) (2x 2 8) (2 2 x) . 0 S 5 {{xx  ® | 2 , x , 4} b) ∅
b) (4x 1 13) (3 2 x) (2x 2 1)  0 c) {x  R | x , 21}
d) {x  R | x . 0}
c) x(3x 2 4) (x 1 2) (1 2 x) , 0
e) {x  R | x , 0} alternativa d
3 x  2 6
d)  . 0 S 5 {{xx  ® | 2 , x , 5}
5 2  x 22 O volume v, em centímetro cúbico, de um corpo
x  1 1  2
e)   0 S  5 x   ® | x   21 ou  x  .   (amostra de matéria) varia em função da tempera-
2  2 3 x  3 
tura t, em graus Celsius, de acordo com a função
(2  2
    k )t
21 (Mackenzie-SP) O conjunto solução da inequação v (t ) 5 1 2k, sendo k uma constante real.
k
x  2 1 Para que valores de k a taxa de variação dessa função
 , 1 é:
x é positiva? S 5 {{kk  ® | 0 , k , 2}

Roteiro de trabalho

1 Em duplas, façam o que se pede. b) Em uma função afim não linear, os valores de y são

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) Escreva com suas palavras o que é função afim e diretamente proporcionais aos correspondentes
função linear. valores de x?
b) Descreva uma situação do cotidiano em que esteja c) O que é taxa de variação de uma função afim?
presente o conceito de função linear.

2 Formem grupos e expliquem com suas palavras. 3 Em duplas, descrevam uma situação do cotidiano em
a) Em uma função linear qualquer, os valores de y são que esteja presente o conceito de função definida por
diretamente proporcionais aos correspondentes mais de uma sentença.
Ver resoluções do Roteiro de trabalho no Suplemento
valores de x? com orientações para o professor.

Exercícios complementares

1 (Mackenzie-SP) A área do trapézio representado abai- 2 O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma
xo é 60 unidades. medida comparativa entre os países do mundo de fa-
tores como riqueza, alfabetização, educação, espe-
y
r
rança de vida e natalidade. As tabelas abaixo apresen-
k tam o IDH do Brasil no contexto mundial.
IDH do Brasil
Ano IDH
2007 0,813
fAustino

2005 0,800

Classificação dos países segundo o IDH


4 Nível de desenvolvimento
IDH
humano
Baixo abaixo de 0,500
0 6 x Médio de 0,500 a 0,799
Elevado de 0,800 a 0,899
Muito elevado a partir de 0,900
A equação da reta r é: alternativa a
Dados obtidos em: <http://www.pnud.org.br>.
a) y 5 2x 1 4 Acesso em: 8 fev. 2010.
b) y 5 2x 2 4 Supondo que o IDH brasileiro varie linearmente com
c) y 5 3x 1 4 a variação do tempo, esse índice no Brasil atingirá
0,863 no ano:
d) y 5 5x 1 4
a) 2020 c) 2040 e) 2021
e) y 5 x 1 4 b) 2028 d) 2035 alternativa c

132 Capítulo 6 Função polinomial do 1‚ grau ou função afim

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C06(116a134).indd 132 06.03.10 14:34:55


3 O gráfico a seguir descreve a evolução dos índices in- 7 (FGV) Uma empresa fabrica componentes eletrôni-
flacionários, em porcentagem, de um país, nos pri- cos; quando são produzidas 1.000 unidades por mês, o
meiros sete meses de 2011. custo de produção é R$ 35.000,00. Quando são fabrica-
das 2.000 unidades por mês, o custo é R$ 65.000,00.
Evolução dos índices Admitindo que o custo mensal seja uma função poli-
inflacionários nomial de 1º grau em relação ao número de unidades
3,5
(em porcentagem)
produzidas, podemos afirmar que o custo (em real)
3,0
Índice de inflação

2,8 de produção de 0 (zero) unidade é:


2,5
a) 1.000 d) 3.000
faustino

2,0
1,5
b) 2.000 e) 4.000
c) 5.000 alternativa c

8 (FGV) Um terreno vale hoje R$ 40.000,00, e estima-se


jan. fev. mar. abr. maio jun. jul. que daqui a 4 anos seu valor seja R$ 42.000,00. Admi-
tindo que o valor do imóvel seja função do
Mês
1º grau do tempo (medido em ano e com valor zero na
Dados fictícios. data de hoje), seu valor daqui a 6 anos e 4 meses será
aproximadamente:
a) Associe a essa figura um sistema cartesiano de ei-
a) R$ 43.066,00 d) R$ 43.366,00
xos ortogonais, de modo que os índices de inflação
b) R$ 43.166,00 e) R$ 43.466,00
correspondam às ordenadas e os meses de janeiro
c) R$ 43.266,00 alternativa b
a julho correspondam às abscissas naturais de 1 a
7. Seguindo apenas a sua intuição, obtenha a equa-
9 (Covest-PE) Uma dose de certa droga é injetada em um
ção de uma reta próxima dos sete pontos desse
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

paciente e, às 8 h, a concentração sanguínea da droga é


gráfico (essa reta pode passar por um ou mais des- 1,0 mg/mL. Passadas 4 horas, a concentração é 0,2 mg/mL.
ses pontos). y 5 0,25x 1 1,25 Admitindo que a concentração seja uma função afim do
b) A partir da equação obtida no item a, estime os índi- tempo, em quantos minutos, contados a partir das 12 h,
ces inflacionários dos meses de agosto e setembro. a concentração da droga será zero? 60 min
agosto: 3,25%; setembro: 3,5%

4 Dada a função afim y 5 4x 1 5, calcule a taxa média 10 A companhia de saneamento básico de certo estado
de variação de y em relação a x, quando este varia de: trabalha com um sistema progressivo de tarifas, que
a) 3 a 9 4 variam de acordo com as seguintes faixas de consumo:
b) 7 a 10 4 • até o consumo de 10 m3 de água, é cobrada a tarifa
mínima de R$ 12,00;
• sobre o que exceder 10 m3, até 20 m3, são cobrados
5 Um automóvel percorreu um trecho de uma estrada à
R$ 2,00 por metro cúbico, além da tarifa mínima;
velocidade constante de 90 km/h.
• sobre o que exceder 20 m3, são cobrados R$ 3,00
a) Dê uma equação que expresse a distância d per-
por metro cúbico, além do máximo valor possível
corrida, em quilômetro, em função do tempo t, em
da faixa anterior.
hora. d 5 90t a) Representar esse sistema progressivo de tarifas
b) Calcule a taxa média de variação de d em relação a por meio de uma função.
t no intervalo de 1 h a 4 h, sabendo que o tempo de b) Esboçar o gráfico da função obtida no item a.
duração da viagem nesse trecho foi maior que 4 h. Ver resoluções no Suplemento com orientações para o professor.
90 km/h
11 (UFSC) Determine o menor número inteiro positivo
6 Em uma função  f: R → R, com y 5  f (x), a taxa média x tal que (x 2 3)(3x 1 1) , 2x 1 3. 1
de variação de y em relação a x é 5 para qualquer inter-
valo de variação de x. Sabendo que o gráfico dessa fun- 12 (UFMG) Resolva a inequação no universo dos núme-
ção passa pelo ponto A(4, 5), determine os pontos de 1
ros reais: x . . S 5 {x  ® | 21 , x , 0 ou x . 1}
intersecção desse gráfico com os eixos coordenados. x
(3, 0) e (0, 215)

Função polinomial do 1‚ grau ou função afim Capítulo 6 133

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C06(116a134).indd 133 06.03.10 14:34:59


w
Matemática sem fronteiras

MeHAu KuLYK/sCienCe PHoto LiBRARY/LAtinstoCK


A idade do universo

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Simulação do big bang feita por computador

AG
e s
No início do século XX, o astrofísico norte-americano Edwin Hubble (1889-1953) descobriu
que o universo está em constante expansão. Suas conclusões basearam-se nas observações de
iM
Y
tt

estrelas conhecidas como cefeidas. Essas estrelas são referenciais que permitem determinar dis-
/ Ge
ife PiCtuRes

tâncias entre corpos celestes muito afastados da Terra.


As medições efetuadas por Hubble permitiram-lhe concluir que as galáxias afastam-se da Via
Láctea a uma velocidade diretamente proporcional à distância em que se encontram dela: quan-
L

to mais distante, maior a velocidade de afastamento. A função linear, deduzida por Hubble, para
iMe
is/t

descrever a velocidade de afastamento da galáxia é:


ne
en

V(R) 5 16R,
R

B
n
Jo
em que V(R) é a velocidade de afastamento da galáxia, em quilômetro por segundo, e R é a dis-
Edwin Hubble, 1948. tância, em milhão de anos-luz, entre a galáxia e a Terra.
A descoberta de Hubble fez surgir, mais tarde, a hipótese de que, em algum instante, todas as
galáxias estiveram em um mesmo ponto e, a partir de uma grande explosão – a do big bang –
iniciou-se a expansão.
Relacionando-se a velocidade de afastamento das galáxias com a variação das distâncias entre
elas, pode-se calcular o instante em que ocorreu o big bang e, então, determinar a idade do uni-
verso, estimada em cerca de 15 bilhões de anos.

2. V(R
(R))
Atividades
16

1 Qual é a velocidade de afastamento de uma galáxia que se encontra a 100 milhões de anos-
-luz da Terra? 1.600 km/s
fAustino

2 Construa no caderno o gráfico da função linear que descreve a velocidade de afastamento.

3 Ano-luz, apesar de conter a palavra ano, é uma unidade astronômica de comprimento. Um


ano-luz é a distância percorrida pela luz em um ano, o que corresponde aproximadamente
a 9,463 ? 1012 km.
Sabendo que a estrela mais próxima da Terra, depois do Sol, é a Alfa Centauro que está cerca
de 4,2 anos-luz, qual é a distância aproximada, em quilômetro, entre essa estrela e a Terra?
1 R Aproximadamente 40 trilhões de quilômetros.

134 Capítulo 6 Função polinomial do 1‚ grau ou função afim

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C06(116a134).indd 134 06.03.10 14:35:15


CAPÍTULO Função polinomial do 2‚ grau

7
ou função quadrática
ALeXAnDRe BeLeM/JC IMAGeM
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Além da teoria

O administrador de uma rede de cinemas observou que, quando o preço


do ingresso é R$ 8,00, o número de espectadores por sessão é 120, e que cada
R$ 0,20 de aumento no ingresso provoca a diminuição de dois espectadores
por sessão.

O administrador, levando em consideração as condições observadas, esta-


beleceu o preço do ingresso de modo que a receita arrecadada por sessão
seja maximizada. Qual foi o preço estabelecido por ingresso? R$ 10,00

Foto da 11ª edição do Cine PE


(2007). Projeção de filmes
Neste capítulo, você aprenderá o conceito de função polinomial do brasileiros na maior tela de
2‚ grau (ou função quadrática), que o ajudará a resolver problemas cinema do Brasil, no Teatro
como este, que envolvem mínimo ou máximo de uma função. Guararapes, em Recife (PE).

Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática Capítulo 7 135

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(135a144).indd 135 06.03.10 15:05:52


1 A função quadrática

CACA BRAtKe/eDItoRA ABRIL


Suponha que uma indústria têxtil utilize, na fabricação de seu produto, fibras de poliéster
obtidas por meio da reciclagem de garrafas PET. O custo de produção para esse produto é com-
posto de várias parcelas correspondentes a molde, matéria-prima, salário dos operários, transpor-
te, energia elétrica, aluguéis, impostos etc. Algumas dessas parcelas são fixas, independentemen-
te do número de unidades produzidas. Assim, o custo de produção por unidade diminui conforme
aumenta a quantidade produzida.
Admitindo que, sob determinadas restrições, para cada x unidades fabricadas, o custo de
x
produção por unidade seja 50 2  reais, o custo total dessa produção, em real, é dado
1 . 000
por:
 x  x2
f ( x ) 5  x  50 2    ⇒  f ( x ) 5 2  1 50x
 1 . 000  1 . 000
Quando as garrafas
plásticas de refrigerante são Neste capítulo, estudaremos funções como essa. Note que essa função é representada por um
recicladas, dão origem ao polinômio do 2‚ grau; por isso, ela é chamada de função polinomial do 2‚ grau ou função
poliéster, cuja fibra dá quadrática.
forma a variados produtos,
como roupas, sacolas,
enchimento de edredons, Toda função do tipo y 5 ax 2 1 bx 1 c, com a, b e c números reais e a  0, é denomi-
bichos de pelúcia etc.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nada função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática.

Exemplos
a) y 5 5x2 2 3x 1 8
b) y 5 24x2 1 x

fAustIno
c) g(x) 5 x2 2 3 x2 x
d) A função que relaciona a área A de um quadrado
com a medida x do lado é dada por A(x) 5 x 2.
tHAÍs MALHeIRo/suD/otHeR IMAGes

e) Em relação a um sistema de abscissas, a posição de um móvel em movimento


uniformemente variado é expressa pela função polinomial do 2‚ grau:
at 2
s  5 s0  1 v 0t  1  , em que s0 é a abscissa em que está o móvel no instante
2
inicial (t 5 0), v0 é a sua velocidade no instante inicial, a é a aceleração escalar
constante do móvel e t é o tempo transcorrido desde o instante inicial.

O movimento do
paraquedista apresenta
trajetória retilínea e
aceleração constante, esse é
um exemplo de movimento
uniformemente variado.
2 Gráfico da função quadrática

Observe alguns pontos do gráfico da função quadrática y 5 x2:


y
9
x y
8
23 9
7
22 4
fAustIno

6
21 1 5
0 0 4

1 1 3
2 4 2
1
3 9

�3 �2 �1 0 1 2 3 x

136 Capítulo 7 Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(135a144).indd 136 06.03.10 15:06:11


Se atribuirmos a x os infinitos valores reais, obteremos o seguinte gráfico:

8
7
6
5
4

3
2
1

�3 �2 �1 0 1 2 3 x

Ilustrações: faustino
Essa curva é denominada parábola. Toda parábola é composta de dois ramos simétricos em
relação a uma reta chamada de eixo de simetria (e). O ponto comum à parábola e ao eixo de
simetria é o ponto V, chamado de vértice da parábola.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

eixo de simetria
da parábola (e)

vértice da
parábola
V

Demonstra-se que o gráfico de uma função do tipo f (x) 5 ax 2 1 bx 1 c, com a, b e c números
reais e a  0, é uma parábola.
Também demonstra-se que essa parábola tem o eixo de simetria perpendicular ao eixo Ox e
sua concavidade é voltada para o sentido positivo do eixo Oy, se a . 0, ou voltada para o sentido
negativo do eixo Oy, se a , 0.
Exemplo
Sabemos que o gráfico da função y 5 x 2 2 1 é uma parábola. Assim, para obter um esboço A parábola de equa-
desse gráfico, atribuímos alguns valores a x, representando no plano cartesiano os pontos ção y 5 2x 2 2 1 tem
determinados; a seguir, desenhamos a parábola que passa por eles. Observe: concavidade volta-
da para que senti-
y do? Construa o grá-
fico da função
y 5 2x 2 2 1.
8
x y 5 x2 2 1
A concavidade da parábola de
23 8 equação y 5 2x 2 2 1 é
voltada para o sentido
22 3 negativo do eixo Oy, pois
faustino

21 0 a , 0.
y
0 21
3 2
1 0 1 1 2 3
�3 �2�1
2 3 0 �1 x
3 8 �2
�3
23 22 21 0 1 2 3 x �4

21 �5
�6

Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática Capítulo 7 137

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(135a144).indd 137 06.03.10 15:06:17


Pontos notáveis da parábola
Alguns pontos da parábola, apresentados a seguir, merecem destaque por facilitarem a cons-
trução do gráfico da função polinomial do 2‚ grau.

Pontos de intersecção da parábola com o eixo Ox


Uma parábola de equação y 5 ax2 1 bx 1 c pode ter um ou dois pontos em comum com o
eixo das abscissas ou não interceptar esse eixo. Para identificar qual dessas possibilidades ocorre,
basta atribuir o valor zero à variável y, obtendo:
Note que as abscis-
sas dos pontos de ax 2 1 bx 1 c 5 0   (I)
intersecção da pará-
Pela fórmula resolutiva de uma equação do 2‚ grau, temos:
bola com o eixo Ox
são as raízes da fun- 2b  ±   
ção que essa pará- x  5  , em que   5 b 2 2 4ac
2a
bola representa.
• Se  . 0, então a equação (I) terá duas raízes reais e distintas: x1  x2. Assim, os pontos de
intersecção da parábola com o eixo Ox serão (x1, 0) e (x2 , 0).
• Se  5 0, então a equação (I) terá duas raízes reais e iguais: x1 5 x2. Logo, a parábola será
tangente ao eixo Ox no ponto de abscissa x1 5 x2.
• Se  , 0, então a equação (I) não terá raiz real. Portanto, a parábola não terá ponto em
comum com o eixo Ox.

Ponto de intersecção da parábola com o eixo Oy

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Para obter esse ponto, atribuímos o valor zero à variável x da equação da parábola,
y 5 ax 2 1 bx 1 c:
y 5 a ? 0 2 1 b ? 0 1 c ⇒ y 5 c
Logo, o ponto de intersecção da parábola com o eixo Oy é (0, c).

Exemplo
Para esboçar o gráfico da função y 5 x 2 2 6x 1 5, vamos obter os pontos de intersecção da
parábola com os eixos Ox e Oy.
• Fazendo y 5 0, temos:
x 2 2 6x 1 5 5 0
D 5 b 2 2 4ac ⇒ D 5 (26) 2 2 4 ? 1 ? 5 5 16
2b  ±    2(26) ±   16 6 ±  4
x  5   ⇒   x  5   5 
2a 2 ? 1 2
 x 5 5 ou x 5 1
Assim, a parábola intercepta o eixo Ox nos pontos (1, 0) e (5, 0).
• Fazendo x 5 0, temos:
y 5 02 2 6 ? 0 1 5 ⇒ y 5 5
Portanto, a parábola intercepta o eixo Oy no ponto (0, 5).
Desse modo, o esboço do gráfico da função y 5 x 2 2 6x 1 5 é:

5
faustino

Observe a concor-
dância entre o sinal
do coeficiente a de
x 2 e o sentido para o
qual está voltada a
conca­vidade da pa-
1 5 x
rábola: como a . 0,
a concavidade é vol-
tada para cima.

138 Capítulo 7 Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(135a144).indd 138 06.03.10 15:06:21


Vértice da parábola
Para determinar as coordenadas do vértice V da parábola de equação y  ax 2  bx  c, vamos
indicar por k a ordenada de V. Assim, a reta r de equação y  k possui um único ponto em co-
mum com a parábola:
y

A parábola poderia estar


FAUSTINO

em qualquer outra
posição; essa ilustração
k r
pretende apenas facilitar
V o raciocínio.

y   ax   bx   c      (I)


2
Portanto, o sistema  tem uma única solução.
y   k                       (II)
Substituindo (II) em (I), obtemos:
ax 2  bx  c  k
ou seja:
ax 2  bx  c  k  0 (III)
Como essa equação deve ter raízes reais e iguais (pois o sistema tem uma única solução),
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

impomos que   0:
b 2   4a (c   k )  0 ⇒  b 2   4ac   4ak   0
4ac   b 2  (b 2   4ac ) 
  k        ⇒  k   
4a 4a 4a

Então, a ordenada do vértice é: y V   
4a
4ac   b 2
Substituindo k por na equação (III), temos:
4a
 4ac   b 2  4a 2 x 2   4abx   4ac   4ac   b 2
ax 2   bx   c       0 ⇒     0
 4a  4a

  4a 2 x 2   4ab x   b 2   0 ⇒  (2ax   b ) 2   0


b
  2ax   b   0 ⇒   x   
2a
b
Assim, a abscissa do vértice é: xV   
2a
Concluímos que o vértice V da parábola de equação y  ax 2  bx  c é o ponto:

 b ∆ 
V  ,
 2a 4a 

y
Exemplo
O vértice da parábola de equação y  x 2  6x  5 é dado por V (xv , yv ), em que: 5

(6) (6) 2   4  1  5


xV      3 e  
y V       4
2  1 4  1
FAUSTINO

Portanto, o vértice da parábola é o ponto V (3, 4). 3


1 5 x

�4
V

Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática Capítulo 7 139

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(135a144).indd 139 08.03.10 19:31:49


Exercícios resolvidos

R.1 Esboçar o gráfico e indicar o domínio e o conjun- R.3 Uma copiadora cobra R$ 0,40 por cópia para até
to imagem da função y 5 2x 2  4x 2 6. 100 cópias coloridas de uma mesma página. Para
150 cópias, o preço cai R$ 0,02 por cópia; e assim
Resolução
por diante, a cada 50 cópias, até o limite de 550
• Fazendo y 5 0, temos: cópias, há um desconto de R$ 0,02 por cópia, inci-
2x 2 1 4x 2 6 5 0 dindo sobre todas as cópias adquiridas pelo cliente.
 5 b 2 4ac ⇒  5 42 2 4 ? (21) ? (26) 5 28
2
a) Se, obedecendo ao limite estabelecido, um
Como  , 0, a função não tem raiz real; portan- cliente adquirir um lote de 100  50 x cópias,
to, a parábola não intercepta o eixo Ox. com x natural, qual será a equação que expres-
sa o valor f (x), em real, pago por esse lote?
• Fazendo x 5 0, temos: b) Construir o gráfico da função f do item a.
y 5 20 2 1 4 ? 0 2 6 ⇒ y 5 26
Resolução
Logo, a parábola intercepta o eixo Oy no ponto a) Sob o limite estabelecido, qualquer lote com
(0, 26). 100 1 50 x cópias, com x natural, terá o custo de
 b   0,40 2 0,02 x real por cópia. Assim, o custo total
• O vértice V é dado por V 2 , 2 :
 2a 4 a  do lote será de (100 1 50 x) ? (0,40 2 0,02 x) reais.
b −4  2(28 28 ) Logo: f (x) 5 (100 1 50 x)(0,40 2 0,02 x) ⇒
2  5   5  2 e 2  5   5 22 ⇒ f (x) 5 2x 2 1 18 x 1 40
2a 2  ? (21) 4a 4  ? (21)
Logo, V (2, 22) b) Fora do contexto desse problema, o gráfico da

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
y
2 função f (x) 5 2x 2 1 18x 1 40 é apresentado na
• Assim, esboçamos o
x figura 1. Porém, no contexto do problema deve-
gráfico de f :
mos obedecer à condição de que x é número na-
D( f ) 5 R �2
tural e 100 1 50 x < 550, ou seja, x  N e x < 9,
ILustRAções: fAustIno

Im ( f ) 5 ]2, 22] com o que restringimos o gráfico apenas aos dez


pontos da parábola representados na figura 2.
�6 y
121

R.2 O gráfico representa a y f


função �2 4 x
f (x) 5 ax2  bx  c. De- Figura 1
terminar as constantes
reais a, b e c.

�8
�2 9 20 x
Resolução
(0, 28)  f ⇒ 28 5 a ? 0 2 1 b ? 0 1 c
y
(22, 0)  f ⇒ 0 5 a ? (22) 2 1 b ? (22) 1 c
ILustRAções: fAustIno
121
(4, 0)  f ⇒ 0 5 a ? 42 1 b ? 4 1 c 120
117
Assim, para determinar a, b e c devemos resolver o 112
105
sistema:
 c  5  −8                       (I) 96

 4 a  2  2b  1  c 5 0       (II) 85
 16 a  1 4
  4 b  1  c  5 0     (III)
 72
Figura 2
Substituímos c por 28 em (II) e (III):
57
 4 a  2  2b  2 88  5 0  2 16 a  1 8b  1 3 2  5 0
 ⇒ 
        
 16
6 a  1  4 b  2 8
8 5 0  16
6 a  1  4 b  2 8  5 0 40

Adicionamos, membro a membro, as duas equa-


ções do último sistema, obtendo:
12b 1 24 5 0 ⇒ b 5 22
Substituímos, em (II), b por 22 e c por 28:
0 12 3 45 6 78 9 x
4a 2 2 ? (22) 2 8 5 0 ⇒ a 5 1
Concluímos que a 5 1, b 5 22 e c 5 28.

140 Capítulo 7 Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(135a144).indd 140 06.03.10 15:06:44


R.4 Esboçar o gráfico, indicando o domínio e o con- II. O gráfico da função f (x) 5 22x 1 17 para x . 5
junto imagem da função: é a semirreta representada abaixo:
y
 x 2  2  4 x  se x 
x   5
f ( x ) 5   7
 2 2 x   1 7  se x  . 5
x

Resolução
Para construir o gráfico de uma função definida
por mais de uma sentença, analisamos cada senten-
ça separadamente.
ILustRAções: fAustIno

I. O gráfico da função f (x) 5 x 2 2 4x para x < 5 é 5 17 x


2
o arco de parábola representado abaixo:
A reunião dos gráficos obtidos em (I) e (II) é o grá-
y
fico da função f :
y
7
5

5 D( f ) 5 R e
Im ( f ) 5 R

2 4
0 5 x 2 4
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

0 5 17 x
2

�4
�4

Exercícios propostos

1 Esboce o gráfico e determine o domínio e o conjun- 3 O gráfico da função f (x) 5 3x 2 1 2x 1 k 1 5, em


to imagem de cada função. que k é um número real, não tem ponto em comum
a) y 5 x 2 2 8x 1 7 c) y 5 2x 2 1 3x 1 10 com o eixo das abscissas. Determine os possíveis
b) f (x) 5 x 1 2x 1 6 d) y 5 x 2 2 4
2 valores de k. k  . 2 14
3
Ver resoluções no Suplemento com orientações para o professor
professor..
2 Uma empresa petrolífera destinou determinada 4 No mesmo plano cartesiano, construa os gráficos das
verba para a construção de oleodutos ou compra de funções y 5 x 2 2 3x 1 2 e y 5 2x 1 5 e determine as
caminhões. O dinheiro pode ser empregado apenas coordenadas dos pontos comuns aos dois gráficos.
(21, 6) e (3, 2); Ver gráficos no Suplemento com orientações para o professor
professor..
na compra de caminhões ou apenas na construção
5 Esboce o gráfico da função.
de oleodutos ou, ainda, uma parte na compra de
caminhões e a outra na construção de oleodutos.  2 x 2  1  4 se xx   1
f ( x ) 5  
Algumas das possibilidades das aplicações dessa  3 x se xx  . 1
verba estão descritas no gráfico abaixo. Ver Suplemento com orientações para o professor
professor..

y (km de oleodutos) 6 (PUC-MG) Certa indústria pode produzir x apare-


55 lhos por dia, e o custo C para produzir um desses
aparelhos é dado pela função
fAustIno

34
 5 1  x (1 2  2  x ) se 0    x   10
19

C ( x ) 5   3 x
2 2  1  40 se 10 ,  x    20
30 40 50 x (número de
caminhões)
Se, em um dia, foram produzidos 9 aparelhos e, no
Em Economia, esse gráfico é chamado de curva de dia seguinte, 15 aparelhos, a diferença entre o maior
possibilidade de produção. Essa curva é um arco e o menor custo de produção por unidade, nesses
de parábola que passa pelos pontos assinalados. dois dias, foi de: alternativa b
Determine a função quadrática y 5 ax22 1 bx 1 c a) R$ 12,00 c) R$ 15,00
que corresponde a esse gráfico. y  5 2 x  2  x  1 55 b) R$ 14,50 d) R$ 17,50
50 10

Resolva as questões 1 e 2 do Roteiro de trabalho.

Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática Capítulo 7 141

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(135a144).indd 141 06.03.10 15:06:57


3 Máximo e mínimo da função
quadrática
Uma indústria de embalagens confeccionará recipientes cilíndricos de alumínio para acondi-
cionar 350 mL de refrigerante em cada um. Quais devem ser as dimensões de cada recipiente
para que seja utilizada a quantidade mínima possível de alumínio?
Em uma prova de lançamento de dardo, qual deve ser a medida do ângulo de lançamento
para que o dardo alcance a distância máxima?

MÁRCIo GARCeZ/foLHA IMAGeM

sAtIRo soDRÉ/AGIf/foLHA IMAGeM

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Linha de produção de refrigerante em lata, em Estância, SE. (2005) Lucimara Silvestre da Silva treinando para os Jogos Olímpicos de Pequim,
na China. (2008)

Questões como essas, em que se procura determinar o valor máximo ou o valor mínimo,
são estudadas em Matemática pela aplicação dos conceitos de máximo e mínimo de funções.
Neste tópico, daremos início ao estudo desses conceitos, tratando, por enquanto, apenas de
funções quadráticas.

Valor máximo de uma função quadrática


Seja a função f (x) 5 2x 2 1 6x, cujo gráfico é:

9
fAustIno

0 3 6 x

f (3) 5 9

Note que f (3)  f (x), para qualquer x pertencente ao domínio de f. Por isso, dizemos que
f (3) 5 9 é o valor máximo da função f e que 3 é a abscissa do ponto máximo da função.

142 Capítulo 7 Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(135a144).indd 142 06.03.10 15:07:09


y

V ponto máximo de f


4a

Se V é o vértice da parábola que representa


graficamente a função polinomial do 2‚ grau
f(x) 5 ax 2 1 bx 1 c, com a , 0, então V é cha-
mado de ponto máximo da função, sendo

sua ordenada, 2 ,  o valor máximo de f.
4a

b x

2a

Valor mínimo de uma função quadrática


Seja a função f (x) 5 x 2 2 6x, cujo gráfico é:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

3
0 6 x

ilustrações: faustino

�9

f (3) 5 29

Note que f (3) < f (x), para todo x pertencente ao domínio de f. Por isso, dizemos que
f (3) 5 29 é o valor mínimo da função f e que 3 é a abscissa do ponto mínimo da função.

y
b

2a
x

Se V é o vértice da parábola que representa


graficamente a função polinomial do 2‚ grau
f (x) 5 ax 2 1 bx 1 c, com a . 0, então V é
chamado de ponto mínimo da função, sen-

do sua ordenada, 2 ,  o valor mínimo de f.
4a



4a V ponto mínimo de f

Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática Capítulo 7 143

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(135a144).indd 143 06.03.10 15:07:14


Exercícios resolvidos

R.5 Sabe-se que, sob certo ângulo de lançamento, a R.6 Uma indústria produz diariamente x kL (quilolitro)
altura h atingida por uma pedra, em metro, em de óleo de milho, com 2 < x < 7. O custo y de pro-
função do tempo t, em décimo de segundo, é dução diário, em real por quilolitro de óleo produ-
t2 zido, é dado pela função y 5 40x 2 2 400 x  2.600.
dada por h (t ) 5 2   t .
60 a) Se a indústria fabricar 2 kL de óleo em um dia,
a) Construir o gráfico da altura atingida pela pe- qual será o custo de produção por quilolitro
dra em função do tempo. de óleo produzido nesse dia?
b) Qual é a altura máxima atingida pela pedra em b) E se a indústria fabricar 7 kL de óleo em um dia?
relação ao plano horizontal de onde foi lançada? c) Construir o gráfico da função
c) Em quanto tempo, após o lançamento, a pedra y 5 40x 2 2 400x  2.600 para 2 < x < 7.
atinge a altura máxima? d) Qual deve ser a produção diária para que o custo
de produção por quilolitro de óleo seja mínimo?
d) Em quanto tempo, após o lançamento, a pedra
e) Qual é o custo diário mínimo por quilolitro de
atinge o solo, suposto no mesmo plano hori-
óleo produzido?
zontal de onde ela foi lançada?
Resolução
Resolução
a) Para x 5 2, temos:
a) Inicialmente obtemos os pontos notáveis da
y 5 40 ? 2 2 2 400 ? 2 1 2.600 ⇒ y 5 1.960
parábola.
Logo, para 2 kL de óleo produzidos em um dia,
• Intersecção com o eixo das abscissas:
o custo de produção por quilolitro será
t2  t  R$ 1.960,00.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2  1 tt  5 0  ⇒  t 2  1 1
1  5 0
60  60  b) Para x 5 7, temos:
t y 5 40 ? 7 2 2 400 ? 7 1 2.600 ⇒ y 5 1.760
  t  5 0 oou
u 2  1 1
1 5 0
60 Logo, para 7 kL de óleo produzidos em um dia, o
  t  5 0  ou 
 ou  t  5 6 0 custo de produção por quilolitro será R$ 1.760,00.
Logo, a parábola intercepta o eixo das abscis- c) Inicialmente vamos estudar a parábola de equa-
sas nos pontos (0, 0) e (60, 0). Note, portanto, ção y 5 40x 2 2 400x 1 2.600, desconsiderando,
que a parábola intercepta o eixo das ordena- por enquanto, o intervalo 2 < x < 7.
das também no ponto (0, 0). • Intersecção com o eixo das abscissas:
• Vértice: 40x 2 2 400 x 1 2.600 5 0
b 1  5 (2400)2 2 4 ? 40 ? 2.600 5 2256.000
xV  5 2  5 2  5 30  e Como  , 0, a parábola não intercepta o eixo Ox.
2a  1 
2  ?   −
 60  • Intersecção com o eixo das ordenadas:
y 5 40 ? 0 2 2 400 ? 0 1 2.600 ⇒ y 5 2.600
 2  1   Logo, a parábola intercepta o eixo das ordena-
  1  2  4
4 ?  2  ? 0
 60   das no ponto (0, 2.600).
yV  5 2  5 2  5 15
4a  1  • Vértice:
4  ?  2 b (2400 )
 6 0  xV  5 2  5 2  5 5 e
2a 2⋅4
40
Portanto, o gráfico da altura atingida em função  (2256 .000
. )
do tempo é: yV  5 2  5 2  5 1 .600
4a 4  ?  4 0
h
ILustRAções: fAustIno

V Finalmente, esboça- y
15
mos ao lado o gráfi- 1.960
co da parábola, consi- 1.760
derando agora o
30 60 t 1.600
intervalo 2 < x < 7: V
b) A altura máxima atingida pela pedra é a ordena-
da do vértice V do arco de parábola do item a, ou
seja, 15 m. 2 5 7 x

c) O tempo para que a pedra atinja a altura máxi- d) A produção diária para que o custo de produção
ma, após o lançamento, é a abscissa do vértice V por quilolitro de óleo seja mínimo é dada pela
do arco de parábola do item a, ou seja, 30 déci- abscissa do vértice V do arco de parábola do
mos de segundo. item c, isto é, 5 kL.
d) A raiz positiva da função, obtida no item a, indi- e) O custo diário mínimo, por quilolitro de óleo
ca o tempo em que a pedra atinge o solo após o produzido, é dado pela ordenada do vértice V do
lançamento, ou seja, 60 décimos de segundo. arco de parábola do item c, ou seja, R$ 1.600,00.

144 Capítulo 7 Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(135a144).indd 144 06.03.10 15:07:25


Exercícios propostos

7 Determine o valor máximo ou mínimo de cada fun- 12 Um teste que avaliou o consumo de gasolina de
ção a seguir. uma nova motocicleta revelou que, quando a velo-
valor mínimo: 2
valor mínimo: a) f (x) 5 x 2  2x 2 3 c) y 5 x 2  2x  3 cidade está no intervalo de 50 km/h a 100 km/h, a
244 distância d, em quilômetro, percorrida por litro de
b) y 5 2x 2  2x  15 d) g (x) 5 2x 2  3x 2 3
valor máximo: 16 valor máximo: 2 3 gasolina, em função da velocidade v, em quilôme-
4
8 Determine m, com m  R, para que a função v2 16v
tro por hora, é dada por d (v ) 5 2    . Po-
150 15
3
f (x) 5 2x 2  x  m  1 tenha valor mínimo igual . de-se concluir desse teste que, no intervalo consi-
1 4
m  5 2 derado, a maior economia de combustível se dá à
8
velocidade de: alternativa e
9 Para que valores reais de k a função quadrática
a) 90 km/h d) 75 km/h
y 5 kx 2  2x  5 admite valor mínimo positivo?
k  . 
1 b) 70 km/h e) 80 km/h
5 c) 85 km/h
10 Considere todos os retângulos com 20 cm de perímetro.
a) Entre eles, qual é a área do retângulo com 8 cm
13 O gráfico mostra a trajetória de uma pedra atirada
de base? 16 cm 2
para cima, obliquamente em relação à horizontal:
b) Entre eles, indicando por x a medida da base de
um retângulo genérico, construa o gráfico da y
função A(x) que expressa a área do retângulo,

fAustino
16
em centímetro quadrado, em função da medida
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

x, em centímetro. Ver Suplemento com orientações


para o professor
professor..
c) Qual é a área máxima que pode ter um desses
0 80 100 x
retângulos? 25 cm 2

Os valores nos eixos Ox e Oy indicam, respectiva-


11 (Unifap) Segundo afirmam os fisiologistas, o núme- mente, as distâncias, em metro, percorridas pela
ro N de batimentos cardíacos por minuto, para um pedra na horizontal e na vertical (altura). Sabendo
indivíduo sadio e em repouso, varia em função da que essa trajetória é parabólica, a altura máxima
temperatura ambiente T, em grau Celsius, e é dado atingida pela pedra foi: alternativa d
pela função N (T) 5 (0,1)T 2 – 4T  90. a) 22,5 m c) 24,8 m e) 25,4 m
a) Essa função possui máximo ou mínimo? mínimo b) 23 m d) 25 m
b) A que temperatura o número de batimentos
cardíacos por minuto de uma pessoa sadia e em 14 Com 140 metros lineares de tela de arame, um fa-
repouso será 90? 40 °C zendeiro construiu dois currais: um quadrado e um
c) Se uma pessoa sadia estiver dormindo em um retangular, este de comprimento igual ao triplo da
quarto com refrigeração de 20 °C, qual será o largura. Sabendo que a medida escolhida para o
número de seus batimentos cardíacos por lado do quadrado tornou a soma das áreas dos cur-
minuto? 50 rais a menor possível, calcule a área de cada curral.
curral quadrado: 225 m 2; curral retangular: 300 m 2

Resolva a questão 3 do Roteiro de trabalho.

4 Variação de sinal da função


quadrática
Quando a pressão interna de um recipiente fe- pulmão
chado é maior que a externa, dizemos que a pressão
interna no recipiente, em relação à externa, é posi-
tiva. Inversamente, quando a pressão interna é me-
iLustRAções: MAnGA

nor que a externa, dizemos que a pressão interna no


recipiente é negativa, em relação à externa. Quan-
do a pressão interna nesse recipiente é igual à exter-
na, dizemos que essa pressão é nula em relação à
externa. Por exemplo, quando respiramos, a pressão
interna nos pulmões, em relação à externa, é negati-
va à expiração do ar e positiva à inspiração. expiração inspiração

Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática Capítulo 7 145

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(145a153).indd 145 06.03.10 15:26:11


Define-se pressão relativa no interior de um recipiente fechado como a diferença entre a pres-
r-p/kino

são interna e a pressão atmosférica local, nessa ordem.


Suponha que, em uma experiência, tenha-se variado a pressão interna de um recipiente,
t2 3t 5
através de injeção e exaustão de ar, e que p (t ) 5 2     2  ,  cujo gráfico é apresentado a
8 4 8
seguir, expressa a pressão relativa p, interna do recipiente, em atmosfera (atm), em função do
tempo t, em minuto, durante o tempo que durou a experiência.

p
alipio da silva/kino

faustino
1
2
5 1 3 5 6 t

8

A interpretação desse gráfico permite concluir que, durante os 6 minutos que durou a expe-
riência, a pressão relativa interna do recipiente:
• foi positiva para 1 , t , 5 (isso significa que, no intervalo aberto de 1 a 5 minutos, a
Exemplos de barômetro, pressão interna do recipiente foi maior que a pressão atmosférica local);
instrumento que indica a • anulou-se para t 5 1 ou t 5 5 (isso significa que, 1 minuto depois de iniciada a experiên-
pressão atmosférica, a cia, a pressão interna do recipiente igualou-se à pressão atmosférica local, o mesmo acon-
altitude e prováveis tecendo 5 minutos depois de iniciada a experiência);
mudanças climáticas.
• foi negativa para 0 < t , 1 ou 5 , t < 6 (isso significa que, nos intervalos descritos, a
pressão interna do recipiente foi menor que a pressão atmosférica local).

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Nesse exemplo, estudamos a variação de sinal de uma função polinomial do 2‚ grau em um
domínio limitado (0 < t < 6). Do mesmo modo, podemos estudar a variação de sinal de funções
quadráticas de domínio real, conforme mostra o exemplo a seguir.
Exemplo
Considere a função f (x) 5 x 2 2 2x 2 3, cujo gráfico é:

y
f (5)

f (�2)

1
�2 3 5 x
�1

ilustrações: faustino
f (1)

A simples leitura do gráfico permite afirmar que:


• f  (22) e f (5) são positivas;
• f  (1) é negativa;
• f  (21) e f (3) são iguais a zero, pois 21 e 3 são as raízes da função.

Realizando o estudo da variação de sinal de f para todo o domínio real, temos:


• se x 5 21 ou x 5 3, então f  (x) 5 0;
• se x , 21 ou x . 3, então f  (x) . 0;
• se 21 , x , 3, então f (x) , 0.

Podemos representar a variação de sinal da função f, resumidamente, em um esquema:

� �

�1 3 x

146 Capítulo 7 Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(145a153).indd 146 06.03.10 15:26:19


Exercícios resolvidos

R.7 Discutir a variação de sinal da função: R.8 Discutir a variação de sinal da função:
f (x)  x 2  4x f (x)  2x 2  3x  4
Resolução Resolução
Vamos representar a variação de sinal de f em um Vamos representar a variação de sinal de f em um
esquema. esquema.
• Raízes de f : • Raízes de f :
2x 2  4x 5 0 ⇒ x(2x  4) 5 0 2x 2  3x  4 5 0
 x 5 0 ou 2x  4 5 0  5 32 2 4  2  4 5 223
 x 5 0 ou x 5 4
• Gráfico de f :
• Gráfico de f :
Como  , 0, a equação não tem raiz real. A pa-
A parábola intercepta o eixo Ox nos pontos de
rábola não intercepta o eixo Ox.
abscissas 0 e 4.
Como o coeficiente de x 2 é positivo (a . 0), a
Como o coeficiente de x 2 é negativo (a , 0), a
parábola tem concavidade voltada para cima.
parábola tem concavidade voltada para baixo.
Assim, esquematizamos: Assim, esquematizamos:

iLustRAções: fAustino

0 4 x
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

� �

Logo: �
• se x 5 0 ou x 5 4, então f (x) 5 0;
x
• se 0 , x , 4, então f (x) . 0;
• se x , 0 ou x . 4, então f (x) , 0. Logo, f (x) . 0, para todo x real.

5 Inequações polinomiais do 2
2‚ grau
1

De uma folha retangular de cartolina, com 1


x dm de largura (x . 2) e comprimento igual

fAustino
x
ao quádruplo da largura, foram retirados qua-
tro quadrados de lado 1 dm, restando apenas
a parte representada ao lado. 4x
• Quais são os possíveis valores de x para
os quais a área dessa parte restante da cartolina seja menor que 32 dm2 ?
Note que a largura e o comprimento do retângulo original, em decímetro, eram x e 4x res-
pectivamente, e portanto a área do retângulo, em decímetro quadrado, era 4x2. Como desse re-
tângulo foram retirados quatro quadrados de área 1 dm2, a área A(x) remanescente, em decíme-
tro quadrado, é dada por: A(x) 5 4x2 2 4.
Queremos determinar os possíveis valores de x para os quais a área dessa parte restante seja
menor que 32 dm2, ou seja, devemos obter os valores de x para A(x) , 32:
4x2 2 4 , 32 ⇒ 4x2 2 36 , 0
Inequações como essa, 4x2 2 36 , 0, são chamadas de inequações polinomiais do 2‚ grau.

Chama-se inequação polinomial do 2‚ grau toda inequação que pode ser represen-
tada sob uma das formas abaixo, em que a, b e c são números reais e a  0:
• ax 2  bx  c . 0 • ax 2  bx  c , 0 • ax 2  bx  c  0
• ax  bx  c  0
2
• ax  bx  c < 0
2

A resolução de uma inequação polinomial do 2‚ grau é fundamentada no estudo da variação


de sinal de uma função quadrática, conforme mostram os exercícios resolvidos a seguir.

Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática Capítulo 7 147

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(145a153).indd 147 06.03.10 15:26:23


Exercícios resolvidos

R.9 Resolver, no conjunto dos números reais, a inequa- 2(23))   ±   4 9 3   ±  7


ção 4x2  36 , 0.    x  5  5 
2   1 2
Resolução    x  5 5 ou
u x 5 22
Estudando a variação de sinal da função
f (x) 5 4x2 2 36, temos: • Gráfico de f :
A parábola de equação f (x) 5 x 2 2 3x 210 in-
• Raízes de f : tercepta o eixo Ox nos pontos de abscissas 5
4x2 2 36 5 0 ⇒ x 5 23 ou x 5 3 e 22.
• Gráfico de f : Como o coeficiente de x 2 é positivo (a . 0),
A parábola intercepta o eixo Ox nos pontos de essa parábola tem concavidade voltada para
abscissas 23 e 3. Como o coeficiente de x2 é po- cima.
sitivo, a parábola tem concavidade voltada para Portanto, a variação de sinal de f é representada por:
cima.
f
Assim, esquematizamos:

� �
iLustRAções: fAustino

�2 5 x
� �

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
�3 x

• Raízes de g:
2x 2  9 5 0 ⇒ x 2 5 9
O conjunto solução S da inequação proposta é for-  x 5 3 ou x 5 23
mado por todos os valores reais de x para os quais • Gráfico de g:
f (x) , 0, isto é: S 5 {x  R | 23 , x , 3} A parábola de equação g (x) 5 2x 2  9 intercepta
o eixo Ox nos pontos de abscissas 3 e 23.
R.10 Retomar a situação da folha retangular de cartoli- Como o coeficiente de x 2 é negativo (a , 0), essa
na, com x dm de largura (x . 2) e comprimento parábola tem concavidade voltada para baixo.
igual ao quádruplo da largura, da qual foram retira- Portanto, a variação de sinal de g é representada por:
dos quatro quadrados de lado 1 dm, e determinar
g
os possíveis valores de x para os quais a área da par-
te restante da cartolina seja menor que 32 dm2. �

Resolução
�3 3 x
Já vimos que, para determinarmos os possíveis va- � �
lores de x para os quais a área da parte restante seja
menor que 32 dm2, devemos resolver a inequação
4x2 2 36 , 0.
As soluções dessa inequação são todos os números Representando a variação de sinal de f, g e f  g em
reais x tais que 23 , x , 3. Porém, no contexto do um quadro de sinais, temos:
problema, a variável x deve obedecer à condição
x . 2; concluímos, então, que a área da figura será �3 �2 3 5
menor que 32 dm2 para qualquer número real x tal x
f � � � � �
que 2 , x , 3.
g � � � � �

R.11 Resolver em R a inequação-produto:


f�g � � � � �
(x 2  3x  10) (x 2  9)  0
�3 �2 3 5 x
Resolução
Inicialmente estudamos a variação de sinal das fun- Os sinais da última linha foram obtidos pela re-
ções f (x) 5 x 2 2 3x 210 e g (x) 5 2x 2  9. gra de sinais para o produto f  g. Como nos inte-
• Raízes de f : ressa que o produto seja positivo ou nulo, ou seja,
(x 2 2 3x 2 10) (2x 2  9)  0, temos como conjun-
x 2  2 3 x  2 1
100  5 0 to solução:
  5 ((23)2  2  4
4  1
1  (21
100 ) 5 49 S 5 {x  R | 23 < x < 22 ou 3 < x < 5}

148 Capítulo 7 Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(145a153).indd 148 06.03.10 15:26:31


R.12 Resolver em R a inequação-quociente: Como o coeficiente de x é positivo, a função g é
x 2   6 x   8 crescente e, portanto, a variação de sinal de g
   0 é representada por:
3 x   6
Resolução
Condição de existência: �
3x 2 6  0 ⇒ x  2
Estudando a variação de sinal das funções 2 x

f (x) 5 x 2 2 6x  8 e g (x) 5 3x 2 6, temos:
• Raízes de f :
x 2  2 6 x   8
8 5 0 f

iLustRAções: fAustino
Representando a variação de sinal de f , g e em
  5 ((26)2  2  4 4  11  8
8 5  4 g
um quadro de sinais, temos:
− ( − 6) 
)  ±   4 6 ±  2
 x5  5 
2   1 2 2 4
   x  5  4 ou x  5 2 f
x
� � �
• Gráfico de f :
A parábola intercepta o eixo Ox nos pontos de g � � �

abscissas 4 e 2. f � � �
Como o coeficiente de x 2 é positivo (a . 0), a g
parábola tem concavidade voltada para cima. x
2 4
Portanto, a variação de sinal de f é representada por:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Os sinais da última linha foram obtidos através


f
� �
da regra de sinais para o quociente . Como
g
queremos que esse quociente seja negativo ou
2 4 x
� x 2  2 6 x   8
nulo, ou seja,   0, e lembrando que
3 x  2 6
• Raiz de g:
a condição para que esse quociente exista é x  2,
3x 2 6 5 0 ⇒ x 5 2
temos como conjunto solução:
Logo, a reta intercepta o eixo Ox no ponto de
abscissa 2. S 5 {x  R | x < 4 e x  2}

Exercícios propostos

15 Discuta a variação de sinal de cada uma das funções: g) (x2 2 1)(x2  x  1) < 0 S 5 {{xx  ® | 21 < x < 1}
2
x x  2 1
2
a) f (x) 5 x 2  6x 2 8 d) h ( x ) 5 2    x  2 1 h)   0 S 5 {{xx  ® | 21 < x < 1 ou 2 , x , 4}
4 2
x  2 6 x   8
b) y 5 2x 2 2 2x  3 e) y 5 3x 2
2
x2 Ver resoluções no Suplemento ( x  2 3)( x 2 9) 
c) g ( x ) 5   2  2 x 
x   3 com orientações para o professor
professor.. i) 2  . 0
3 x  2 2 x  2 3 S 5 {{xx  ® | 23 , x , 21 ou x . 3}

16 Para que valores reais de m a função 18 O atual saldo bancário de um cliente é R$ 2.000,00.
f (x) 5 3x 2  2x  m 2 1 é positiva para qualquer Iniciando a contagem do tempo a partir deste ins-
x, com x real? m  .  4 tante (portanto, associamos o tempo zero a este
3
instante), a cada dia, num período de 30 dias, a
17 Resolva em R as inequações: conta desse cliente receberá, em real, um crédito de
a) x 2  3x 2 10 . 0 S 5 {{xx  ® | x , 25 ou x . 2} 100t e um débito de 10t 2, sendo que t representa o
b) 22x 2  7x 2 3  0 S  5 x   ® | 1    x   3 tempo em dias.
 3   2 
S  5   c) 4x 2 2 12x  9 < 0
 2  a) Dê o saldo S desse cliente em função do tempo t,
2 S = –10t2  100t  2.000, com
3x 3x 2x  2 5  nesse período. t  n e 0 < t < 30
d)  2      21 S  5 x   ® |    x   
5 2 5  3 2  b) Daqui a quantos dias o saldo desse cliente
2 2 atingirá o maior valor, nesse período? Daqui a 5 dias.
x x 2x 5
e)    x  .        S5 c) Para que valores de t o saldo S é positivo? 0 < t , 20
3 2 3 6
d) Considerando a ordem crescente, qual é o
f) (x2 2 9)(x2 2 7x  10) , 0 S 5 {{xx  ® | 23 , x , 2 primeiro valor de t em que S , 0? 21
ou 3 , x , 5}

Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática Capítulo 7 149

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(145a153).indd 149 06.03.10 15:26:56


3. b) Espera-se que os alunos respondam que o vértice V da parábola que representa graficamente a função polinomial do 2‚ grau f (x)
x 5 ax2  bx  c,
x) c
com a . 0, é chamado de ponto mínimo da função, sendo sua ordenada o valor mínimo de f.

19 Um pequeno agricultor estima que, para o próximo

RoGÉRio Reis/PuLsAR iMAGens

deLfiM MARtins/tYBA
ano, as produções de arroz e soja de seu sítio totali-
zem x toneladas de grãos. A previsão é de que o cus-
to de produção da tonelada de arroz seja
120
202    reais e que o da tonelada de soja
x   10
40
seja 204    reais. Determine a quantidade x de
x
toneladas de grãos que deve ser produzida nesse sí-
tio no próximo ano para que o custo de produção da
tonelada de soja seja menor que o custo de produção
da tonelada de arroz. Plantação de arroz. Plantação de soja.
Qualquer valor entre 10 e 20 toneladas.
3. d) Espera-se que os alunos respondam que o vértice V da parábola que Resolva a questão 4 do Roteiro de trabalho.
2‚ grau f (x) 5 ax2  bx  c,
representa graficamente a função polinomial do 2‚
com a , 0, é chamado de ponto máximo da função, sendo sua ordenada o
valor máximo de f.f 1. Espera-se que os alunos respondam que toda função do tipo y 5 ax2  bx  c,
com a, b e c números reais e a não nulo, é denominada função polinomial do
2‚ grau ou função quadrática. E as funções desse tipo recebem esse nome pois
Roteiro de trabalho são representadas por um polinômio de 2‚ grau.

1 Junte-se a um colega e escrevam com suas palavras b) Escrevam com suas palavras a definição de valor

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
o que é uma função polinomial do 2‚ grau e por que mínimo de uma função quadrática.
essas funções recebem esse nome. c) Descrevam situações do dia a dia em que esteja
presente o conceito de valor máximo. Resposta
pessoal.
2 Quanto à parábola que é gráfico da função d) Escrevam com suas palavras a definição de valor
f (x) 5 ax2  bx  c, com a, b e c reais e a  0, junte-se máximo de uma função quadrática.
Ver Suplemento
em grupo e descrevam as possibilidades da concavida- com orientações
de e do número de pontos comuns à parábola e ao eixo 4 Junte-se a um colega e façam o que se pede: para o professor.
das abscissas, de acordo com o coeficiente a e com o a) Descrevam as possibilidades de variação de sinal
sinal do discriminante da equação f (x) 5 0. de uma função quadrática qualquer
Ver Suplemento com orientações para o professor. f (x) 5 ax2  bx  c.
3 Em grupos, respondam aos itens: b) Escrevam com suas próprias palavras o que é uma
a) Descrevam situações do dia a dia em que esteja inequação do 2º grau.
presente o conceito de valor mínimo. Resposta Chama-se inequação do 2‚ grau toda inequação que pode ser
pessoal. representada das seguintes formas, em que {a, b, c}  ® e a  0:
ax2  bx  c . 0, ax2  bx  c , 0, ax2  bx  c  0, ax2  bx  c < 0
e ax2  bx  c  0.

Exercícios complementares

1 (UFMS) Em um laboratório, três tipos de bactéria, Então, é correto afirmar que:


tipo A, tipo B e tipo C, estão sendo pesquisados. Para (01) foram colocadas 900 bactérias do tipo B na lâ-
uma das experiências, foram preparadas três lâminas, mina 2.
que ficaram em observação por um período de três
dias. Em cada lâmina, no mesmo instante, foram co- (02) desconhecendo o valor do número real m, não é
locadas culturas dos três tipos de bactéria, de acordo possível determinar o número de bactérias do
com o seguinte quadro: tipo C que foram colocadas na lâmina 3.
(04) antes de completar 24 horas de experiência, a
lâmina 1: cultura de bactérias do tipo A cultura da lâmina 1 e a cultura da lâmina 2 apre-
lâmina 2: cultura de bactérias do tipo B sentaram, num mesmo instante, o mesmo nú-
mero de bactérias.
lâmina 3: cultura de bactérias do tipo C
(08) a população máxima da cultura da lâmina 1 foi
de 16.000 bactérias.
Sabe-se que o número de bactérias em cada lâmina,
em função do tempo t, em hora, durante o período da (16) se o valor de m é negativo, então a cultura da
experiência é dado pelas funções definidas por: lâmina 3 sempre teve uma população menor do
• bactérias do tipo A: a (t) 5 210 t 2  800 t  2.000; que a inicial.
• bactérias do tipo B: b (t) 5 210 t 2  900 t  100;
• bactérias do tipo C: c (t) 5 50 (mt  60), em que m • Qual é a soma dos números que antecedem as al-
é um número real fixo. ternativas corretas? 04  16 5 20

150 Capítulo 7 Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(145a153).indd 150 06.03.10 15:27:06


2 (UFMT) No final do século XX, fez-se uma previsão 3 Uma editora estabelece que, para x livros adquiridos por
indicando que a temperatura média global no perío- x
um cliente, o preço de venda de cada um é 20  2 
do 2000-2010 aumentaria em até 4 °C. Todavia, novas 5
pesquisas sugeriram uma hipótese mais pessimista: reais, tal que, a partir de 50 livros adquiridos pelo
no mesmo período, o aumento da temperatura média comprador, o preço de cada um se estabiliza. O gráfi-
global poderá ser de até 6 °C. A figura abaixo apresen- co da função f (x) que expressa o valor recebido pela
ta as duas previsões de elevação da temperatura mé- editora na venda de x livros a um cliente, qualquer
dia do planeta no período citado. que seja a quantidade x, é: alternativa a
a) y (R$)
Previsão de elevação da temperatura global
Previsão inicial em 1996
Previsão recente (HAIA, 2000) 600
Aumento da temperatura global (°C)

500
6 6 °C

5
g(x)
4 4 °C
fAustino

50 60 x (número
3 de livros)
f (x)
2
b) y (R$)
1

0 600
0 2 4 6 8 10 500
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Intervalo de tempo de 2000 a 2010 (indicado)

iLustRAções: fAustino
0 representa o ano 2000
10 representa o ano 2010

Adaptado de: <www.clubemundo.com.br>. 50 60 x (número


Acesso em: 21 ago. 2005. de livros)

Admitindo que f (x) e g (x) sejam funções quadráticas


c) y (R$)
reais de variáveis reais, então h (x) 5 g (x) 2 f (x) é
dada por: alternativa b

7x 2 x
a) h ( x ) 5     500
60 120

x2 7x
b) h ( x ) 5    
120 60
5x 2 13 x 50 x (número
c) h ( x ) 5     de livros)
90 60
d) y (R$)
x2 7x
d) h ( x ) 5    
40 20

x2 7x 500
e) h ( x ) 5    
60 30
dAnieL BAdRA/AGÊnCiA estAdo

50 x (número
de livros)

4 (UFG-GO) Um posto de combustíveis vende em mé-


dia 2.140 litros de álcool, por dia, a R$ 1,75 por litro.
O proprietário constatou que, ao reduzir o preço do
litro, ocorre um aumento no volume de combustível
vendido, na proporção de 20 litros vendidos a mais
por dia, para cada centavo de redução no preço do
litro. Com base no exposto:
a) obtenha uma expressão que descreva o número N
No período de 2004 a 2006, Rio Grande do Sul, Paraná e de litros vendidos em um dia em função do preço
Santa Catarina passaram por estiagens muito intensas. p, para p < 1,75; N(p) 5 5.640 2 2.000p
Temperaturas extremas vêm sendo observadas com bastante b) calcule o preço p para que a receita obtida com a
frequência. Foto de Santana do Livramento, RS. (2006) venda de álcool, em um dia, seja máxima.
R$ 1,41 por litro

Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática Capítulo 7 151

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(145a153).indd 151 06.03.10 15:27:21


5 Um triângulo ABC, retângulo em A, possui os catetos 9 Quando a temperatura interna de uma câmara de re-
tAB e tAC medindo, respectivamente, 4 cm e 8 cm. Um frigeração atinge 6 °C, uma máquina é ligada automa-
retângulo ADEF é inscrito nesse triângulo, de modo ticamente diminuindo a temperatura segundo a fun-
que os pontos D, E e F pertençam, respectivamente, ção f (t) 5 2t 2 2 8 t  6, em que f (t) representa a
aos lados tAC, tCB e tAB. Calcule a área máxima que temperatura em grau Celsius e t representa o tempo de
pode ter esse retângulo. 8 cm2 funcionamento da máquina em hora. Quando a tem-
peratura atinge o valor mínimo de f, a máquina é des-
B
ligada automaticamente e, a partir de então, a tempe-
ratura aumenta segundo a mesma função f, até atingir
fAustino

4 cm F E 6 °C, quando a máquina é religada, e assim por diante.


Sabendo que, à zero hora de cada dia, a máquina é li-
gada automaticamente.
C a) Construa o gráfico da função f, considerando o
A D
8 cm intervalo de tempo decorrido desde a zero hora
até o primeiro instante da madrugada em que a
(Sugestões: Faça EF 5 x ; pela semelhança entre os triân- máquina é desligada. Ver Suplemento com orientações
gulos ABC e DEC, determine, em função de x, a me- para o professor
professor..
b) No intervalo de tempo considerado no item a,
dida do lado tDE; calcule a área S do retângulo, em durante quanto tempo a temperatura interna da
função de x.) câmara esteve positiva? 1 hora
c) No intervalo de tempo considerado no item a,
6 (UFPE) Suponha que o consumo de um carro, para durante quanto tempo a temperatura na câmara
percorrer 100 km com velocidade de x km/h, seja esteve negativa? 1 hora
dado por C (x) 5 0,006x 2 2 0,6x  25. Para qual velo- d) Qual é a menor temperatura registrada na câmara? 22 °C
cidade esse consumo é mínimo? 50 km/h

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e) Durante quanto tempo por dia a máquina perma-
RePRoduçÃo

nece ligada? 12 horas

10 O custo C da construção de um edif ício de 31 aparta-


mentos foi de 600 mil dólares. O construtor espera
que a receita R, em milhar de dólar, apurada pela ven-
da dos apartamentos cresça de acordo com a função
Anunciado em novembro
R 5 2x 2  62 x, em que x é o número de apartamen-
de 2008, o Programa tos vendidos. A função lucro L é a diferença entre a
Brasileiro de Etiquetagem receita R e o custo C da obra, nessa ordem, isto é:
Veicular permite ao L 5 2x 2  62 x 2 600
consumidor comparar
a) O gráfico da função L é formado por pontos
características de
isolados da parábola abaixo (não é considerada
eficiência energética e
consumo de combustível
toda a parábola, porque a variável x assume apenas
dos carros. valores naturais, com 0 < x < 31). Determine as
abscissas x1 e x2 e a ordenada k dos pontos comuns
7 (Uespi) Um comerciante comprou a unidade de certo ao gráfico e aos eixos coordenados.
x1 5 12; x2 5 50; k 5 2600
artigo por R$ 20,00, e calculou que, se o comerciali-
y
zasse por x reais cada, venderia por dia (60 – x) uni-
dades desses artigos. Considerando 0 , x , 60 e que
o lucro é a diferença entre o preço de venda e o de
compra, nessa ordem, nas condições apresentadas, x1 x2 x
podemos concluir que, para maximizar seu lucro, o
comerciante terá de vender: alternativa a
fAustino

a) 20 artigos, cada um ao custo de R$ 40,00;


b) 25 artigos, cada um ao custo de R$ 20,00;
c) 30 artigos, cada um ao custo de R$ 30,00; k
d) 35 artigos, cada um ao custo de R$ 35,00;
e) 40 artigos, cada um ao custo de R$ 30,00.

8 Uma agência de turismo fretou um ônibus de 40 pol-


tronas para uma viagem. Cada passageiro irá pagar
R$ 20,00 mais uma taxa de R$ 2,00 por poltrona que
não for ocupada. b) De acordo com o gráfico do item a, qual é o menor
a) Qual é a receita máxima que a agência pode número de apartamentos que devem ser vendidos
arrecadar com essa viagem? R$ 1.250,00 para que a função lucro passe a ser positiva? 13
b) Qual deve ser o número de passageiros para que a c) Depois de todos os apartamentos vendidos, qual
receita seja máxima? 25 será a porcentagem de lucro sobre o custo da obra?
aproximadamente 60,1%

152 Capítulo 7 Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(145a153).indd 152 06.03.10 15:27:27


Matemática sem fronteiras

O paraboloide
Ao girar uma parábola em torno de seu eixo de si- Algumas centrais solares térmicas utilizam discos para-
metria, obtemos uma figura chamada paraboloide de bólicos para a captação da energia do Sol. Esses discos cole-
revolução. tam a radiação solar armazenando-a em um receptor locali-
zado no foco. Essa energia é conduzida a uma central que
pode transformá-la em energia elétrica.

nAdiA MACkenZie/ALAMY/otHeR iMAGes


fAustino

Nos objetos do cotidiano com a forma de um paraboloi-


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

de, os raios de luz que atingem a superfície côncava, parale-


lamente ao eixo de simetria, refletem-se passando por um
ponto chamado foco da paraboloide e, reciprocamente, os
raios de luz gerados no foco são refletidos pela superfície
côncava paralelamente ao eixo de simetria. Essa propriedade
dos paraboloides vale também para outros tipos de onda. Discos parabólicos usados para captar energia solar em centrais
térmicas, na Austrália. (2003)

O mesmo princípio explica o funcionamento das antenas


fAustino

parabólicas receptoras, que captam ondas eletromagnéticas


e as refletem para um receptor, localizado no foco, que as
transforma em sinais elétricos e os envia a um decodificador.
Este, por sua vez, transforma os sinais elétricos em imagem
ou som.
Nos faróis dos automóveis, a lâmpada está localizada no Há palcos construídos dentro de uma concha acústica
foco de um espelho parabólico. Assim, os raios de luz emer- parabólica. Assim, o som produzido no foco, ou em suas
gentes da lâmpada são refletidos pelo espelho paralelamen- proximidades, é refletido pela concha, atingindo todos os
te ao eixo de simetria do paraboloide. pontos do auditório.
eduARdo ALeJAndRo

Função polinomial do 2‚ grau ou função quadrática Capítulo 7 153

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C07(145a153).indd 153 06.03.10 15:27:45


MAT – PAIVA – PNLEM – Vol.1 – Cap. 08 – 2.ª Prova (FORMATO ☎ 2618-1009 • 3569-1878)

CAPÍTULO Função modular

8
AnDReW HoLt/GettY iMAGes

Além da teoria Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

O lago artificial de um parque florestal tem a forma de um círcu-


lo com 120 m de raio. Um praticante de paraglider aterrissou em um
ponto P cuja distância, em metro, ao centro do lago é | 150  x |.

Para que valores de x o ponto P pertence à margem do lago?

Para que valores de x o ponto P pertence ao exterior do lago?

Para que valores de x o ponto P pertence ao interior do lago?


Espera-se que os alunos encontrem as respostas pelo método de tentativa e erro.
Se achar conveniente, sugerir esse método aos alunos.

Neste capítulo, você aprenderá funções, equações e


Paraglider em Governador Valadares, Minas Gerais. (2005)
inequações modulares e poderá resolver este e outros
problemas que envolvem o módulo de um número.

154 Capítulo 8 Função modular

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C08(154a162).indd 154 06.03.10 15:42:15


78)

1 Distância entre dois pontos do


eixo real
Luís, que trabalha como motoboy, entregou pizzas em três residências, A, B e C, localizadas
na mesma avenida da pizzaria O. Associando um eixo real a essa avenida, conforme mostra a
figura, os pontos O, A, B e C têm abscissas 0, 5, 9 e 25, em quilômetro, respectivamente.

fAustino
O
C O A B

�5 �4 �3 �2 �1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Na primeira entrega, Luís deslocou-se de O até A; na segunda entrega, de A até B; e na terceira


de B até C, voltando, finalmente, ao ponto O. Que distância o rapaz percorreu nesse trajeto?
Para responder a essa questão, vamos calcular a distância, em quilômetro, percorrida por Luís,
em cada deslocamento.
• Para ir de O até A, o rapaz percorreu 5 km. A distância, em quilômetro, entre O e A pode
ser calculada por 5 2 0.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

• Para ir de A até B, o rapaz percorreu 4 km. A distância, em quilômetro, entre A e B pode ser
calculada por 9 2 5.
• Para ir de B até C, o rapaz percorreu 14 km. A distância, em quilômetro, entre B e C pode
ser calculada por 9 2 (25).
• No retorno, de C até O, o rapaz percorreu 5 km. A distância, em quilômetro, entre C e O
pode ser calculada por 0 2 (25).
Concluímos, então, que a distância, em quilômetro, percorrida por Luís nesse trajeto é dada
por: 5 1 4 1 14 1 5, ou seja, 28 km.
Note que a distância entre dois pontos distintos do eixo real é a diferença entre suas abscissas: a
maior menos a menor. Se dois pontos coincidem, então a distância entre eles é zero.
Assim, definimos:

Sejam A e B dois pontos do eixo real com abscissas xA e xB , respectivamente, com xB > xA.
A B
xA xB

Chama-se distância entre os pontos A e B, que indicaremos por dAB ou dBA , a diferença
xB 2 xA:
dAB 5 xB 2 xA

Notas:
1. Observe, na definição, que xB > xA ; logo, xB 2 xA > 0, isto é, a distância entre dois pontos
é um número real positivo ou nulo.
2. A distância entre os pontos A e B também pode ser indicada por AB ou por BA.

2 Módulo, equações e inequações


modulares
Módulo de um número real
Em uma pista reta AB de atletismo há um fiscal em um ponto C, a 60 m do ponto A de largada,
sendo o comprimento da pista maior que 60 m. Após a largada, um atleta percorreu uma distância
x, em metro. Qual é a distância entre esse atleta e o fiscal?
Como a distância deve ser representada por um número não negativo, devemos analisar as duas
possibilidades: x , 60 ou x > 60

Função modular Capítulo 8 155

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C08(154a162).indd 155 06.03.10 15:42:27


• x , 60 (nesse caso, o atleta ainda não atingiu o ponto C onde está o fiscal):

A B
C
x

iLustRAções: fAustino
60

Nessa possibilidade, a distância, em metro, entre o atleta e o fiscal é 60 2 x.


• x > 60 (nesse caso, o atleta ou está emparelhado com o fiscal ou já passou por ele):

A B
C
60
x

Nessa possibilidade, a distância, em metro, entre o atleta e o fiscal é x 2 60.

Resumindo, a distância d entre o atleta e o fiscal é dada por:

60 2 x , se x  , 60
d =
x 2 60, se x > 60
Neste item, veremos que essas duas sentenças que descrevem a distância d podem ser sinte-
tizadas em um única sentença:
d 5 |60 2 x|
que é lida como “d é igual ao módulo de 60 2 x ”. O módulo de 60 2 x deve ser entendido como
a distância entre os pontos de abscissas 60 e x no eixo real. A seguir, definimos esse conceito.

Consideremos, no eixo real de origem O, um ponto A de abscissa x.


Note que, como | x |
é a distância entre O A
dois pontos, | x | é um
0 x
número positivo ou
nulo para qualquer
número real x. Chama-se módulo de x, que indicaremos por | x |, a distância entre os pontos A e O.

Exemplos
O A
a) 0 5 |5| 5 dAO 5 5 2 0 ⇒ |5| 5 5
B O
b) �5 0
|25| 5 dBO 5 0 2 (25) ⇒ |25| 5 5
O
c) 0 |0| 5 dOO 5 0 2 0 ⇒ |0| 5 0
O C
d) x |x| 5 dCO 5 x 2 0 ⇒ |x| 5 x
0
(sendo x . 0)
D O
e) x 0
|x| 5 dDO 5 0 2 x ⇒ |x| 5 2x

(sendo x , 0)

(Atenção: Neste caso, o número 2x é positivo, pois x é negativo.)

Os exemplos c, d e e podem ser resumidos para qualquer número real x através da definição:

 x , se x   0
| x || 5 
2x , se x  , 0

156 Capítulo 8 Função modular

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C08(154a162).indd 156 06.03.10 15:42:39


Exemplos
a) | 9 | 5 9, pois, por definição, o módulo de um número positivo é o próprio número;
b) | 0 | 5 0, pois, por definição, o módulo de zero é o próprio zero;
3 3
c) 2  5  , pois, por definição, o módulo de um número negativo é o oposto desse
5 5
número;
d) 7  2 2  5  7  2 2, pois, como 7  . 2, temos 7  2 2 . 0; e o módulo de um número
positivo é o próprio número;

e) 7  2 5  5 5 2  7 , pois, como 7  , 5, temos 7  2 5 , 0; e o módulo de um número


negativo é o oposto desse número.

Exercício resolvido

R.1 (UFRN) Um posto de gasolina está localizado Resolução


no km 100 de uma estrada retilínea. Um automó- Como a distância deve ser um valor não negativo,
vel parte do km 0, no sentido indicado na figu- temos duas possibilidades:
ra abaixo, dirigindo-se a uma cidade a 250 km • desde o ponto de partida até chegar ao posto, ou
do ponto de partida. Num dado instante, x de- seja, 0 < x < 100, a distância entre o automóvel e
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

nota a distância (em quilômetro) do automóvel o posto é 100 2 x;


ao km 0. Nesse instante, a distância (em quilô-
• depois de passar pelo posto, ou seja, x . 100, a
metro) do veículo ao posto de gasolina é:
distância entre o automóvel e o posto é
a) | 100  x | c) 100  x
x 2 100.
b) x  100 d) | x  100 |
Por essas possibilidades, concluímos que, para qual-
fAustino

888:88:00
888:88:00 quer posição do automóvel no trecho considerado,
Gas
a distância entre ele e o posto é dada por | x 2 100 |.
km 0 km 100 km 250 Logo, a alternativa d é a correta.

Exercícios propostos

1 Classifique no caderno como verdadeira ou falsa a) Chama-se desvio absoluto de uma nota x em rela-
cada uma das sentenças. ção à nota média m o número obtido por | x 2 m |.
a) | 7 | 5 7 verdadeira e) | 3  2  2 || 5  2  2  3 verdadeira Calcule o desvio absoluto de cada uma das cinco
notas desses alunos. 1,9; 0,6; 0,2; 0,6 e 2,1.
b) | 0 | 5 0 verdadeira f ) |23  2  7 || 5 |3  1  7 | verdadeira
(Nota: O desvio absoluto de cada nota mede, em
c) | 23 | 5 3 verdadeira g) | π 2 3 | 5 π 2 3 verdadeira valor absoluto, o afastamento da nota em rela-
d) | 3  2  2|| 5  3  2 2 h) | π 2 3,14 | 5 π 2 3,14 ção à nota média.)
falsa verdadeira
b) Chama-se desvio absoluto médio dessas cinco
2 Calcule o valor de cada expressão a seguir. notas a média aritmética entre os desvios abso-
a) 10 2 11 1 10 11
lutos das cinco notas.
Calcule o desvio absoluto médio das notas des-
b) 7 2 5 2 5 2 7 0 ses cinco alunos. 1,08
(Nota: O desvio absoluto médio mede, em valor
3 Em uma prova de Matemática, as notas de cinco absoluto, o afastamento médio das notas em re-
alunos foram: 5,5; 6,8; 7,2; 8 e 9,5. lação à nota média.)
A nota média desses alunos é a média aritmética m
dessas cinco notas, que é calculada por:
4 Se x  [4, 5], represente a expressão
5, 5 1 6 , 8  1 7, 2  1 8  1 9 , 5 | x 2 1 | 1 | x 2 6 | por outra equivalente que não
m 5   5 7, 4
5 contenha os símbolos de módulo. 5

Resolva a questão 1 do Roteiro de trabalho.

Função modular Capítulo 8 157

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C08(154a162).indd 157 06.03.10 15:43:01


Propriedades do módulo

P1. Para qualquer número real x: | x | > 0


P2. | x | 5 0 ⇔ x 5 0
P3. Sendo d um número real positivo: | x | 5 d ⇔ x 5 ± d

A propriedade P1 decorre imediatamente da definição de módulo, pois, sendo uma distância


entre dois pontos, o módulo de um número real é positivo ou nulo.
A propriedade P2 decorre do fato de existir um único ponto do eixo real que dista zero uni-
dade da origem O. É o próprio ponto O.
A propriedade P3 decorre do fato de que pontos associados aos números opostos d e 2d, com
d real positivo, distam igualmente d unidades da origem O.
Exemplo
A igualdade | x | 5 6 afirma que as abscissas x estão associadas a pontos que distam 6 unidades
da origem O do eixo real; logo, essas abscissas são 6 e 26. Ou seja:
fAustino

O
�6 0 6

|x| 5 6 ⇔ x 5 ±6

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
P4. Para quaisquer números reais x e y:
|x| 5 |y| ⇔ x 5 ±y

A justificativa da propriedade P4 é análoga à anterior: sendo números de mesmo módulo, x e y


estão à mesma distância da origem O do eixo real; logo, esses números ou são iguais ou são opostos.
Exemplo
| 2x 1 1 | 5 | x 2 1 | ⇔ 2x 1 1 5 x 2 1 ou 2x 1 1 5 2x 1 1, e, portanto, x 5 22 ou x 5 0.

A propriedade P5 po-
de ser estendida pa- P5. Para quaisquer números reais x e y:
ra uma multiplicação |x  y| 5 |x|  |y|
com mais de dois fa-
tores.
Ou seja, o módulo do produto de dois números é igual ao produto dos módulos desses nú-
meros.
Podemos justificar essa propriedade observando que:
• se x é um número real positivo ou nulo: x 2  5  x ;
• se x é um número real negativo: x 2  5 2x .
Assim, para qualquer número real x:
x 2  5 |x |
Aplicando essa última relação, temos:

(x   y )
2
|x   y | 5   5  x 2   y 2  5  x 2    y 2  5 |x |   |y |

Exemplos
a) | 23  4 | 5 | 23 |  | 4 | 5 3  4 5 12 b) | 2x | 5 | 2 |  | x | 5 2| x |

P6. Para quaisquer números reais x e y, com y  0:

x |x|
 5 
y |y |

158 Capítulo 8 Função modular

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C08(154a162).indd 158 06.03.10 15:43:07


Ou seja, o módulo do quociente de dois números é igual ao quociente dos módulos desses
números.
Vamos justificar a propriedade P6 de modo análogo à justificativa da propriedade anterior.
Temos:
2
x  x x2 x2 |x |
 5     5  2  5  2  5 
y y y y | y|

Exemplos
−7 |2 7| 7 x |x| |x |
a)  5   5  b)  5   5 
2 |2| 2 2 |2| 2

P7.  Dado um número real x:


| x |n 5 xn ⇔ n é um número natural par

Note que essa propriedade decorre imediatamente de P5, pois:


• para n 5 0, temos | x |0 5 1 5 x 0;
• para n natural par e n  0, temos: Dê um contraexem-
n n
| x |  5 | x |  | x |  | x |  ...  | x |  5 | x    x    x   ...   x | 5 | x |   (I) plo justificando por

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

que essa proprieda-


n fatores de não vale para n


extensão
de P5 ímpar. |23|3 5 33 5 27 e
(23)3 5 227
Como n é par, temos x > 0; logo, | x  | 5 x .   (II)
n n n

Por (I) e (II), concluímos que: | x |n 5 x n, para n natural par.

Nota:
1
Lembrando que | x |2k  5  ,  para qualquer número inteiro k e qualquer número real x não
| x |k
nulo, podemos estender a P7 da seguinte maneira:
| x |k 5 x k ⇔ k é um número inteiro par

P8.  Para qualquer número real positivo d:

| x | < d ⇔ 2d < x < d

A justificativa para a propriedade P8 pode ser: os números reais x são aqueles que distam, no
máximo, a distância d da origem O do eixo real. Esses números são todos os que pertencem ao
intervalo [2d, d ].

Exemplo
Vamos determinar todos os números reais x tais que | x | < 3. Esses números devem distar, no
máximo, 3 unidades da origem O do eixo real. Então, esses números pertencem ao intervalo
[23, 3].
faustino

O
�3 3

Assim: | x | < 3 ⇔ 23 < x < 3

P9.  Para qualquer número real positivo d:

| x | , d ⇔ 2d , x , d

A justificativa para a propriedade P9 é semelhante à da propriedade P8.

Função modular Capítulo 8 159

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C08(154a162).indd 159 06.03.10 15:43:13


Exemplo
Vamos determinar todos os números reais x tais que | x | , 4. Em relação à origem O do eixo
real, esses números devem ficar a uma distância menor que 4. Então, esses números perten-
cem ao intervalo ]24, 4 [.
O
�4 4

Assim:
| x | , 4 ⇔ 24 , x , 4

P10.  Para qualquer número real positivo d:


| x | > d ⇔ x < 2d ou x > d

Podemos justificar a propriedade P10 do seguinte modo: os números reais x tais que | x | > d
são aqueles que distam, no mínimo, a distância d da origem O do eixo real. Esses números são
ilustrações: faustino

todos os que pertencem à seguinte união de intervalos: ]2, 2d ]  [d, 1[.
O
�d d

Exemplo

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Vamos determinar todos os números reais x tais que | x | > 5. Esses números devem distar, no
mínimo, 5 unidades da origem O do eixo real. Então, esses números pertencem à seguinte
união de intervalos: ]2, 25]  [5, 1[.
O
�5 5

Assim:
| x | > 5 ⇔ x < 25 ou x > 5

P11.  Para qualquer número real positivo d:

| x | . d ⇔ x , 2d ou x . d

Podemos justificar a propriedade P11 de modo semelhante à justificativa dada à propriedade


anterior.
O
�d d

Exemplo
ilustrações: faustino

Vamos determinar todos os números reais x tais que | x | . 5. Esses números devem distar, da
origem O do eixo real, uma distância maior que 5. Então, esses números pertencem à seguin-
te união de intervalos: ]2, 25[  ]5, 1 [.
O
�5 5

Assim:
| x | . 5 ⇔ x , 25 ou x . 5

Equações e inequações modulares


No problema apresentado na abertura deste capítulo temos que um praticante de paraglider
aterrissou a |x − 150| metros do centro de um lago de raio 120 m.
• Quais são os valores de x para que o praticante de paraglider aterrisse na beira do lago?
Podemos equacionar essa situação por |x 2 150| 5 120, que representa uma equação modular.
As equações que apresentam o módulo de pelo menos uma expressão que contenha a incóg-
nita são chamadas de equações modulares.

160 Capítulo 8 Função modular

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C08(154a162).indd 160 06.03.10 15:43:18


Exemplos
a) |31  x |  65
b) 3x 2  5|x|  1  0
c) |4x  12|  |x 2  9|
1
d)  x  |x  1|
2
• E quais são os valores de x para que o praticante de paraglider aterrisse fora do lago?

Nessa situação os valores de x são obtidos por |x − 150|  120, que representa uma inequa-
ção modular.
As inequações que apresentam o módulo de pelo menos uma expressão que contenha a in-
cógnita são chamadas de inequações modulares.
Exemplos
3 1
a) |−x  17|  10 b)  x  2x  c) |2x 2 − 2 | > |x|
10 2

Exercícios resolvidos

R.2 Resolver, em R, a equação |x  3|  4. As posições ocupadas por eles, em metro, em re-


lação ao ponto de partida, são descritas pelas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Resolução
funções SI  5t, SII  4t e SIII  t 2  2t, respecti-
Pela propriedade P3, sabemos que existem dois, e
vamente, em que o tempo t é medido em segun-
somente dois, números reais cujo módulo é igual a
do, a partir do instante da largada.
4. São eles: 4 e 4. Logo, temos:
|x  3|  4 ⇒ x  3  4 ou x  3  4 Sabendo que a prova durou mais de 4 s, podemos
 x  7 ou x  1 concluir que, após a largada, o número de vezes em
Logo: S  {7, 1} que a distância entre os corredores I e II foi igual à
distância entre os corredores II e III é:
R.3 Resolver, em R, a equação x2  3|x|  4  0. a) 1 d) 4
b) 2 e) 5
Resolução c) 3
Pela propriedade P7, temos: x2  |x|2. Logo, a equa-
ção pode ser escrita na forma: Resolução
|x|2  3|x|  4  0 Em qualquer instante da prova, a distância entre os
Fazendo |x|  t, temos: t 2  3t  4  0 ⇒ t  4 ou corredores I e II é | 5t  4t | e a distância entre II e
t  1 III é | t 2  2t  4t |. Assim, devemos ter:
Assim: |x|  4 ⇒ x  ± 4; ou |x|  1 ⇒ e x | 5t  4t |  | t 2  2t  4t | ⇒ | t |  | t 2  2t |
Logo: S  {4, 4}  t  t 2  2t ou t  t 2  2t
 t 2  3t  0 ou t 2  t  0
R.4 Três corredores, I, II e III, disputaram uma prova
de 100 metros rasos, partindo simultaneamente  t  0 ou t  3 ou t  1
de um mesmo ponto e correndo em um mesmo Como devemos considerar os instantes após a larga-
sentido sobre uma pista retilínea. da, não nos interessa o instante t  0. Assim, a dis-
ANDREW WONG/GETTY IMAGES

tância entre os corredores I e II foi igual à distância


entre II e III nos instantes 1 s e 3 s após a largada.
Logo, a alternativa b é a correta.

R.5 Resolver em R as inequações.


a) | 4 x  3 |  13 b) | 5x  1 |  21
Resolução
a) Pela propriedade P8, temos:
| 4x  3 |  13 ⇔ 13  4x  3  13
Essa dupla desigualdade é equivalente a:
À esquerda, o atleta brasileiro Yohansson Nascimento; ao
4x  3  13 e 4x  3  13
centro, David Roos, da África do Sul, e Godwin Joseph
Mbakara, da Nigéria, durante a final dos 100 metros dos 5
 x  4 (I) e x   (II)
Jogos Paraolímpicos de Beijing, China. (2008) 2

Função modular Capítulo 8 161

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C08(154a162).indd 161 4/20/10 3:40:19 PM


O conectivo “e” indica a intersecção dos conjun- R.6 Em um período de eleições, uma pesquisa revelou
tos solução dessas últimas inequações, ou seja: que um candidato A tinha 28% das intenções de voto.

4 Intenções de voto

fAustino
(I)
5 x

2 A
(II)
x 28%
E
(I) � (II) 35%
5 4 x
iLustRAções: fAustino


2 B
22%
D
 5  C
Logo: S  5   x    R | 2    x   4
10%
5%
 2 
Dados fictícios.
b) Pela propriedade P11, temos: Se a margem de erro da pesquisa era de três pontos
| 5x 1 1 | . 21 ⇔ 5x 1 1 , 221 ou 5x 1 1 . 21 percentuais, para mais ou para menos, e x é o per-
centual de votos que efetivamente teria esse candi-
22 dato na época da pesquisa, podemos afirmar que:
   x  ,
  2 (I) ou x . 4 (II)
5 a) x  28%  3% d) | x  28% | , 3%
O conectivo “ou” indica a união dos conjuntos b) x  28% < 3% e) | x  28% | < 3%
solução dessas últimas inequações, ou seja: c) | x  28% |  3%
22
Resolução

5 Como a margem de erro da pesquisa é de três pontos

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(I)
x percentuais para mais ou para menos, o percentual x
4
(II) de votos do candidato pode variar de 28% 2 3% a
x
28% 1 3%, ou seja, 25% < x < 31%. Subtraindo 28%
(I) � (II)
22 4 x de cada membro dessa desigualdade, obtemos:

5 25% 2 28% < x 2 28% < 31% 2 28% ⇒
⇒ 23% < x 2 28% < 3%
 22 
Logo: S  5   x    R | x  , 2  ou x  . 4  | x 2 28% | < 3%
 5  Logo, a alternativa e é a correta.

Exercícios propostos

5 Resolva em R as equações. 7 Em uma competição, a cada x flechas consecutivas


S 5 {11, 5} a)
|x 2 8| 5 3 c) x2 – 3|x| 5 0 S 5 {0, 3, 23} atiradas em um alvo por um atleta, a distância, em
b) | 3x 2 1 | 5 24 S 5  milímetro, entre a mosca (centro do alvo) e o ponto
de impacto da última dessas flechas no alvo foi
6 Dois móveis, A e B, percorrem um trecho reto, com | x 2 2 44 x 1 480 |.
velocidades constantes, sendo a velocidade de B o
CAio GuAteLLi/foLHA iMAGeM

dobro da velocidade de A. Para o estudo do movi-


mento desses móveis fixou-se um eixo real na traje-
tória, adotando-se o quilômetro como unidade. Em
dado instante, o móvel A estava no ponto de abscis-
sa 213, e B estava no ponto de abscissa 7. Sabendo
que oito minutos depois, os dois móveis estavam à
mesma distância da origem O do eixo real, determi-
ne a abscissa do ponto em que estava cada móvel.
(Nota: O sinal da velocidade escalar do móvel indi-
ca apenas o sentido do movimento: se o sentido do
movimento coincidir com o sentido adotado do eixo a) Quantas vezes a mosca foi atingida, nos 25 pri-
real, então a velocidade é positiva; e se o sentido meiros lançamentos? 2 vezes
do movimento for contrário ao sentido do eixo real, b) Quantas flechas foram lançadas para que a mos-
então a velocidade é negativa. Como o enunciado ca fosse atingida pela primeira vez? 20 flechas
desse problema afirma que a velocidade de B é o c) Depois de ter acertado a mosca pela primeira vez,
dobro da velocidade de A, conclui-se que elas têm qual foi a maior distância entre a mosca e o ponto
o mesmo sinal e, portanto, os móveis se movimen- de impacto de uma das flechas no alvo, conside-
tam em um mesmo sentido.) xou A
5 233 e xB 5 233
x 5 211 e x 5 11
rando apenas os 25 primeiros lançamentos?
A B 25‚ lançamento.
A maior distância foi de 5 milímetros no 25‚
Se achar conveniente, este exercício poderá ser trabalhado junto com o professor de Física.

162 Capítulo 8 Função modular

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C08(154a162).indd 162 06.03.10 15:43:38


 6   4 
8. a) S   x   ® | x   4 ou  x     b) S   x   ® |     x   4
 5   3 

8 Resolva em R as inequações. 10 Um metalúrgico precisa fabricar um eixo de aço


a) | 5x  7 |  13 c) 3x 1 1 cujo diâmetro deve ter 5 cm. O torno pode provo-
     
4 2 5 car um pequeno erro x em centímetro nessa medi-
b) | 3x  4 |  8 
S   x   ® | 
14
   x   
6 
15

15  da, com | x |  0,008. Qual a maior medida que se

9 Se x  [3, 3], podemos afirmar que: alternativa b pode esperar para o diâmetro dessa peça depois de
a) | x |  3 c) | x  3 |  3 pronta? E a menor?
b) | x |  3 d) | x |  3 O menor diâmetro é 4,992 cm e o maior é 5,008 cm.

Resolva as questões 2, 3 e 4 do Roteiro de trabalho.

3 Função modular

Vimos que cada número real x tem um único módulo, definido por:
| x |  x, se x  0 e | x |  x, se x  0

Logo, podemos definir uma função f : ® → ®, que associa cada número real x ao seu módulo,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

isto é, f (x)  | x |. Essa função, chamada de função modular, pode ser apresentada desta forma:

x  se x   0


f (x)  | x | ⇔ f ( x )  
x  se x   0

Para esboçar o gráfico da função f, estudamos cada uma de suas sentenças separadamente.

I. f (x)  x para x  0 II. f (x)  x para x  0

x f (x) x f (x)
0 0 0 0
1 1 1 1

y y

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

1 1

0 x �1 0 x
1

A reunião dos gráficos obtidos em I e II é o gráfico da função modular f (x)  | x |.

�1 1 x

O domínio e o conjunto imagem de f são, respectivamente, D (f )  ® e Im (f )  ®.

Função modular Capítulo 8 163

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C08(163a167).indd 163 06.03.10 15:51:32


Exercício resolvido

R.7 Construir o gráfico da função f (x)  | x  1 | e determinar o seu domínio e conjunto


imagem.
Resolução
Para construir o gráfico de f, vamos transformá-la numa função dada por duas sentenças.
 x   1  se   xx   1
f ( x )   
x   1  se   xx   1
Assim, temos o gráfico:
y

O domínio e o conjunto imagem de f são


FAUSTINO

f
1
respectivamente:
D( f )  R e Im( f )  [0, [
0 1 2 x

Outra forma de construir gráficos

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Seja g a função que possui o seguinte gráfico:
y

x
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

Para construirmos o gráfico da função f (x)  | g (x) | podemos representar f (x) da seguinte
forma:
 g ( x )  se g ( x )  0
f (x)  | g(x) | ⇔ f ( x )  
g ( x )  se g ( x )  0

Observe que, da equivalência acima, concluímos:


• quando g (x)  0, o gráfico de | g(x) | é o próprio gráfico de g(x);
• quando g(x)  0, o gráfico de | g(x) | é o gráfico de g(x), que é simétrico ao gráfico de g(x)
em relação ao eixo das abscissas.
Assim, conservando os pontos de ordenadas não negativas do gráfico da função g e transfor-
mando os pontos de ordenadas negativas em seus simétricos em relação ao eixo das abscissas,
obtém-se o gráfico da função f.
y

164 Capítulo 8 Função modular

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C08(163a167).indd 164 06.03.10 15:51:38


Exercício resolvido

R.8 Construir o gráfico e determinar o domínio e o A seguir, no gráfico de g, conservamos os pontos de


conjunto imagem da função f (x)  | x 2  9 |. ordenadas não negativas e transformamos os de or-
Resolução denadas negativas em seus simétricos em relação
ao eixo das abscissas, obtendo assim o gráfico de f .
Inicialmente construímos o gráfico da função
y
g (x)  x 2  9.
9 f
y

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
g

�3 3 x

�3 3 x

O domínio e o conjunto imagem de f são, respecti-


�9
vamente, D ( f )  R e Im ( f )  R.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

12. b) Espera-se que os alunos respondam que inicialmente se deve esboçar o gráfico da
função g(x)  | 2x  6 | e, a seguir, transladá-lo paralelamente ao eixo Oy três unidades
para cima; isso porque somamos três unidades à ordenada de cada ponto de g.
Exercícios propostos

11 Construa o gráfico de cada uma das funções e de- 13 Construa o gráfico da função f (x)  | x2  4 |  1 e
termine seu domínio e conjunto imagem: determine seu domínio e conjunto imagem.
a) y  | 2x  1 | c) f (x)  | 3x  1 | Ver Suplemento com orientações para o professor
professor..
b) f (x)  | 2x2  4x | Ver resolução no Suplemento com 14 De um ponto P, a 20 m de altura em relação à su-
orientações para o professor
professor..
perf ície de um lago com 10 m de profundidade, cai
12 Junte-se a um colega e sendo f (x)  | 2x  6 |  3: uma pedra que atinge o fundo do lago. Consideran-
a) construam o gráfico de f . Ver Suplemento com orientações
para o professor
professor.. do toda a trajetória da pedra, seja x a distância, em
b) expliquem o procedimento que vocês utilizaram
metro, da pedra ao ponto P.
para construir o gráfico de f .
c) determinem os pontos do gráfico de f que têm a) Obtenha uma equação que expresse, em função
ordenada 5. (2, 5); (4, 5) de x, a distância d entre a pedra e a superf ície do
d) determinem as abscissas dos pontos do gráfico lago. d  | x  20 | ou d  | 20  x |, com 0  x  30
de f que têm ordenada menor que 5. 2  x  4 b) Construa o gráfico da função d obtida no item a.
Ver Suplemento com orientações para o professor
professor..

Resolva a questão 5 do Roteiro de trabalho.

1. Espera-se que os alunos definam o módulo de um número real associado a um


ponto A do eixo real de origem O como a distância OA. E, em seguida, generalizem
x , se   x   0
o resultado fazendo: | x |  
Roteiro de trabalho x , se   x   0

3. Espera-se que os alunos observem que x  4 e x  4 são números simétricos,


1 Reúna-se com um colega e redijam um texto explicando e que dois números simétricos têm o mesmo módulo.
o conceito de módulo de um número real. Lembrem-se 4 Forme um grupo com colegas e deem exemplos de
de que esse conceito pode ser interpretado algebrica- inequações modulares que tenham:
mente e geometricamente.
a) infinitas raízes reais; Respostas possíveis:
2 A sentença x 2   |x| é verdadeira para qualquer valor a) | x |  1  0
b) nenhuma raiz real; b) | x  4 |  2
real de x, enquanto a sentença x 2    x só é verdadeira c) | 3x  5 |  0
para valores reais não negativos de x. Juntamente com c) uma única raiz real.
um colega, expliquem essas afirmações.
Ver Suplemento com orientações para o professor.
3 A sentença | x  4 |  | x  4 | é verdadeira para 5 Depois de discutir o assunto com colegas, redija um
qualquer valor real de x. Reúna-se com um colega e texto explicando de duas maneiras diferentes a cons-
expliquem essa afirmação. trução do gráfico da função f (x)  | x  4 |.
5. Espera-se que os alunos concluam que o gráfico de f pode ser construído a partir de uma função definida por duas sentenças:
x   4, se   x   4
f ( x )   ou a partir do gráfico da função g (x)  x  4 e, conservar nesse gráfico os pontos de ordenadas
x   4, se   x   4
não negativas e transformar os pontos de ordenadas negativas em seus simétricos em relação ao eixo das abscissas. Função modular Capítulo 8 165

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C08(163a167).indd 165 09.03.10 18:26:25


Exercícios complementares

1 Calcule os valores dos módulos a seguir. 9 Para medir os possíveis desvios causados pelo vento
a) 1   2    2    2 1
em um corpo em queda livre, em determinado local,
uma esfera de raio 5 cm foi abandonada em queda
b) π   3, 14    π   3, 15 0,01 livre a 30 cm de distância de uma reta vertical r.
A experiência mostrou que a esfera pode atingir o
2 (UFC-CE) A soma dos valores reais de x que satisfa- solo a qualquer distância x da reta r, em centímetro,
3   |x   1| tal que | x  30 |  12.
zem a igualdade   1 é: alternativa a a) Qual é a máxima distância que se pode esperar en-
|x   1|
5 tre a reta r e a esfera no momento em que esta
a)  c) 5 e) n.d.a. atinge o solo? E a mínima? A maior distância entre a
2 esfera e a reta é de 42 cm e a menor é 18 cm.
3 b) Qual é o máximo desvio sofrido pela esfera? E o
b)  d) 3 mínimo? O maior desvio é 12 cm, e o menor, zero.
2

3 (FEI-SP) Se | 2x  1 |  3, então: alternativa a 10 (Faap-SP) A produção diária x estimada por uma refi-
a) x  1 ou x  2 d) 1  x  2 naria é dada por | x  200.000 |  125.000, em que x
b) x  3 e) 2  x  1 é medida em barris de petróleo. Os níveis de produ-
1 ção x são tais que: alternativa c
c) x  a) 175.000  x  225.000
2
b) 75.000  x  125.000

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
4 (Mackenzie-SP) O conjunto solução de 1  | x  3 |  4 c) 75.000  x  325.000
é o conjunto dos números x tais que: alternativa a
d) 125.000  x  200.000
a) 4  x  7 ou 1  x  2
e) x  125.000 ou x  200.000
b) 1  x  7 ou 3  x  1
c) 1  x  7 ou 2  x  4
11 Em um pleito para a eleição da diretoria de um clube,
d) 0  x  4
os componentes da chapa Renovação estimam que
e) 1  x  4 ou 2  x  7
terão x votos. A margem de erro dessa estimativa, em
5 Construa o gráfico de cada uma das funções e deter- 3 x  6 . 000
número de votos, é    200, para mais ou
mine seu domínio e conjunto imagem. 1 .000
a) f (x)  3| 2x  4 | para menos, com 1.000  x  5.000.
b) f (x)  3  | 2x  1 |  2

THINKSTOCK IMAGES/JUPITER IMAGES/GETTY IMAGES


c) f (x)  | x  1 |  | x  1 |  4
Ver resolução no Suplemento com orientações para o professor.
6 (Faap-SP) Construa no caderno o gráfico da função:
|x| Ver Suplemento com orientações para o professor.
f (x)  Se achar conveniente, sugerir aos alunos dois
x métodos de resolução: por tabela de valores e
pela definição de módulo.
7 Quais são o maior e o menor valor que a expressão
1
pode assumir se x assume todos os valores
|x|   2
1 1
reais do intervalo [7, 4]. ; 
2 9

8 Dois objetos, A e B, foram abandonados ao mesmo


tempo em queda livre, aproximadamente em uma
mesma vertical, a partir de dois pontos, Oe O’ respec-
tivamente, de alturas diferentes em relação ao solo. A
partir do início da queda, as distâncias dos objetos A Votar garante os direitos democráticos.
e B ao solo, em metro, diminuíram em função do tem-
a) Esboce o gráfico da função
po t, em segundo, de acordo com as funções
f (t)  80  5 t 2 e g (t)  60  6t 2 respectivamente. 3 x  6 . 000
f (x)     200 para 1.000  x  5.000.
a) Quanto tempo depois de iniciada a queda a distân- 1 . 000
Ver Suplemento com orientações para o professor.
cia entre os objetos era de 24 m? 2 s b) Admitindo que esteja correta a estimativa, qual o
b) Quanto tempo depois de iniciada a queda a distân- número máximo de votos que pode receber a cha-
cia entre os objetos era igual à distância do objeto pa Renovação, para 1.000  x  5.000? 5.209
A ao solo? Depois de 10 s. c) Admitindo que esteja correta a estimativa, qual o
(Nota: Para calcular a distância entre os objetos, número mínimo de votos que pode receber a cha-
considere-os em uma mesma vertical.) pa Renovação, para 1.000  x  5.000? 797

166 Capítulo 8 Função modular

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C08(163a167).indd 166 06.03.10 15:52:02


Matemática sem fronteiras

Empate técnico
Observe o início de uma notícia das eleições municipais de 2008:

WAGNER WILLIAN
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Disponível em: <http://g1.globo.com>. Acesso em: 29 set. 2009.

O que é empate técnico? Como dois candidatos podem estar tecnicamente

NELSON JR./ASICS/TSE
empatados em uma pesquisa de opinião?

Leia o texto a seguir e responda às questões no caderno.


Suponha que em uma eleição presidencial, uma pesquisa de opinião revelou
que o candidato A tinha 33% das intenções de voto e o candidato B tinha 28%.
A pesquisa informava ainda que a margem de erro era de três pontos percentuais
para mais ou para menos e, portanto, esses dois candidatos estavam tecnica-
mente empatados na preferência do eleitorado.
Para entender o porquê dessa conclusão, considere que x e t sejam os percentuais de votos O voto na urna eletrônica
que efetivamente terão os candidatos A e B, respectivamente. Considerando que a margem de foi implantado a partir das
eleições municipais de
erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos, devemos ter:
1996, mas apenas em
| x  33% |  3% e | t  28% |  3% alguns municípios. Só em
2000 as eleições foram
Resolvendo essas inequações, obtemos: informatizadas em 100%
do território nacional.
30
% 
 
x  
 36
 %  e  25

%  t  

 31
%
I II

Como a intersecção dos conjuntos de valores I e II é não vazia, pois é formada pelos valores
que vão de 30% a 31%, conclui-se que há um empate técnico entre os candidatos A e B (se a
intersecção fosse o conjunto vazio, então o candidato A estaria à frente do candidato B).

Atividades

1 Explique com suas palavras o que é empate técnico. Resposta pessoal.

2 Explique com suas palavras o que é margem de erro. Resposta pessoal.

3 Um instituto divulgou uma pesquisa eleitoral, estimando que um candidato teria um percen-
tual p de votos, com margem de erro t, em pontos percentuais. De acordo com essa pesquisa,
o candidato teria o mínimo de 45% e o máximo de 51% dos votos. Quais são os percentuais
p e t? p  48%; t  3%

Função modular Capítulo 8 167

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C08(163a167).indd 167 06.03.10 15:52:10


CAPÍTULO Função exponencial

9
Cassio VasConCELLos/saMBaPHoto

Reprodução proibida. art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Pico das Prateleiras, 2.548 m, localizado
no Parque Nacional do Itatiaia, primeiro
parque nacional do Brasil criado como
reserva ecológica por Getúlio Vargas
em 1937.

Além da teoria

Nas proximidades da superfície terrestre, a pressão atmos-


férica P é dada em função da altitude h por P (h)  (0,9)h.

Calcule a pressão atmosférica para h  1, h  2 e h  3.


0,9; 0,81; 0,729
Essa função é crescente ou decrescente?
decrescente

Neste capítulo, você aprenderá o conceito de


função exponencial, com o qual poderá
resolver problemas como este, que
envolvem funções exponenciais.

168 Capítulo 9 Função exponencial

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(168a177).indd 168 06.03.10 16:24:12


1 Introdução

Várias situações do nosso cotidiano ou do universo científico, tais como juro em aplicações
financeiras ou empréstimos, crescimento populacional, depreciação de um bem, decaimento
radioativo etc., podem ser estudadas com o auxílio das funções exponenciais.
Para apresentar a função exponencial, vamos partir da situação a seguir, mostrando a relação
entre essa função e uma forma de crescimento de grandezas.
A maioria das bactérias reproduz-se por bipartição, isto é, cada uma delas se divide em duas
ao atingir determinado tamanho.
CnRi/sCiEnCE PHoto LiBRaRY/LatinstoCK

Bactéria E. coli em processo


de bipartição, colorizada
artificialmente, aumentada
Reprodução proibida. art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

23.100 vezes.

Em uma cultura laboratorial, vamos considerar determinada bactéria, que se dividirá em duas,
dando origem à primeira geração; cada bactéria da primeira geração sofrerá bipartição, dando
origem à segunda geração, e assim por diante. A tabela abaixo mostra o crescimento do número
de bactérias, a partir de uma bactéria, admitindo-se que todas sobrevivam a cada geração.

Número de
bactérias
inicial

Inicial 1 (20)

1· geração 2 (21)
1· geração

faustino
2· geração 4 (2 ) 2

2· geração

3· geração 8 (23)

4· geração 16 (24)
3· geração

 

Note que a coluna onde se registra o número de bactérias apresenta as potências 20, 21, 22, 23,
24, ... Assim, o número y de indivíduos gerados por uma bactéria será, na geração x, expresso pela
função:
y 5 2x
Admitindo que essas bactérias se bipartissem a cada 20 minutos, após uma hora teríamos três
gerações e, em apenas um dia, haveria 72 gerações. Admitindo, ainda, que todas sobrevivessem,
observe o número de bactérias apenas na 72· geração:
272 5 4.722.366.482.869.645.213.696
Ao final do dia, o número de bactérias seria: 20 1 21 1 22 1 ... 1 272
Essa soma, que aprenderemos a calcular no estudo de progressões geométricas, é igual ao
número “descomunal”:
9.444.732.965.739.290.427.391
Essa situação mostra o crescimento assustador da função f(x) 5 2x. Igualmente espantoso é o
x
 1
decrescimento de g ( x ) 5   .
 2
Funções como essas, chamadas de funções exponenciais, serão estudadas neste capítulo.
Os pré-requisitos para esse estudo são os conceitos e as propriedades envolvidas na potenciação
e na radiciação no conjunto dos reais, que revisaremos a seguir.

Função exponencial Capítulo 9 169

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(168a177).indd 169 06.03.10 16:24:24


2 Potenciação e radiciação

Potência de expoente inteiro


Sendo a um número real e n um número inteiro, definimos:

a 0  5 1 se a   0
Não há unanimida- a 1 5 a
de entre os matemá-
ticos quanto à ado-
a n  5 a 
 a   
a    a  se n  . 1
 ...  
ção do valor 1 para n fatores
a potência 00; por 2n 1
a  5  n  se a   0
isso, excluímos essa a
possibilidade na de-
finição a 0 5 1.
Na potência a n, o número a é chamado de base da potência e o número n é chamado de
expoente.

Exemplos
3 0
Para agilizar o cálculo a) (22) 5 (22)  (22)  (22) 5 28 e) 7 5 1
22
 7 4
b) (22) 5 (22)  (22)  (22)  (22) 5 16 f) (25) 5 1
0
de   , podemos

Reprodução proibida. art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
 3 3
inverter a base e tro-  5 5 5 5 125 1 1
c) g) 422  5   5 
car o sinal do expo-  2   5  2    2    2  5  8 4 2
16
ente, isto é: 22
1 7 1 1 9
7
22
 3
2
9
d) 8 5 8 h)    5   5   5 
 5    5   3 7
2
49 49
 3   
7 49  3  9

Propriedades das potências de expoente inteiro


Dados os números reais a e b e os números inteiros m e n e obedecidas as condições para que
existam as potências, temos:

P1. a m  a n 5 a m 1 n P4. (ab)n 5 a n  b n


P2. a m  a n 5 a m 2 n a
n
an
P3. (a m)n 5 a mn P5.    5  n
b b

Exemplos
2 3 213 5 4 6 426 22 3 3 3 3
a) 7  7 5 7 57 c) 3 : 3 5 3 53 e) (2x) 5 2  x 5 8x
2
5 3 523 2 3 43 12 7 72 49
b) 2  2 5 2 52 d) (54) 5 5 55 f)    5  2  5 
1. a) (54)3 5 54  54  54 5 54 1 4 1 4 5 54  3  5  5 25
b) (2x)3 5 (2x) (2x) (2x) 5 23  x3
2
7 7 7 72
c)    5      5  2
Exercícios propostos  5  5  5 5

1 Podemos justificar o procedimento de conservar a base de conservar a base e subtrair os expoentes no cál-
e adicionar os expoentes no cálculo 7 2  7 3 5 7 2 1 3 culo 25 : 23 5 25 2 3 do seguinte modo:
do seguinte modo: 25 2   2    2    2
2    2
25    23  5   5  5 2 5  2   3
▲ 23 2    2    2
 ê
trr
s fatores
 
 Justifique no caderno os procedimentos nos cál-
72   7 3  5  7
  7    7   7   7  5 7
 
 7
 
 7  
  7  5 7 2 1  3 5
 7   culos abaixo.
dois cinco ffa
atores 2
fatores  7 72
▲ a) (54)3 5 5 4  3 c)    5  2
 5 5
Analogamente, podemos justificar o procedimento b) (2x)3 5 2 3  x3

170 Capítulo 9 Função exponencial

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(168a177).indd 170 06.03.10 16:24:39


2 Calcule o valor das potências. 4 Obedecidas as condições de existência, efetue.
22
2 0  5 4
a) (25) 25 d) 9 1 g) 2  a) x 5  x 3 x8
b) 252 225 e) 143 1  2 25
1 b) y 6 : y 2 y4
c) (22)3 28 f) (21)13 21 h) (22)23 2
8
3 4
 2 xy 5   xz 3 
3 Efetue, admitindo que sejam obedecidas as condi- c)  2      8x 7y 11z 6
 z   y 
ções de existência. 3
 ab 3  a 3b 9
a) (5x)3 125
125xx 3 d)  2  6  3a 2b 3 
3
 3 ab 4 
22
 3c  27c d)   
   3a 4bc
bcdd3
22  cd   c 2 d 3 
 2x3  25y 2 z 4
b) (x 2)4 x8 e) 
 5 yz 2  4x 6

c) (24x 2y 3) 16xx 4y 6
16

Resolva a questão 1 do Roteiro de trabalho.

Notação científica
Os números que fazem parte do dia a dia expressam grandezas como o preço de um produto,
o tempo de duração de um filme, o custo de um carro etc. Esses números, por serem representa-
dos com poucos algarismos, não apresentam grande dificuldade de entendimento. Porém, no
Reprodução proibida. art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

âmbito científico, convive-se com números “gigantescos” ou “minúsculos” em relação aos que
estamos habituados. Por exemplo:
• A massa da Lua é estimada em: • O vírus da poliomielite, que é o menor
73.400.000.000.000.000.000.000 kg vírus que pode infectar o ser humano,
mede cerca de: 0,00000002 m
nasa

tPG iMaGEs/aGB PHoto

A Lua é um dos maiores Aglomerado de partículas


satélites do sistema solar. do vírus da poliomielite,
A massa da Lua é 81 vezes colorizado artificialmente,
menor que a massa da Terra. aumentado 150.000 vezes.

A dificuldade em trabalhar com esses números levou os cientistas a estabelecer uma notação
simplificada para representá-los: a notação científica. Para entender essa notação, observe que
o número 73.400.000.000.000.000.000.000 é o produto:
7 , 34   10
  10
 
 10   10   10   10   10   1 0   10   10   10
   10   10   10   10   10   10   10   10   10   10   
 10
22 fatores
Assim, a massa da Lua expressa em notação científica é 7,34  1022 kg.
Analogamente, observando que
2 2 2
0,00000002 5   5   5  8 ,
100.000.000 10  10  10   10  10  10  10  10 10
podemos representar o comprimento do vírus da poliomielite, em notação científica, por 2  1028 m.
De maneira geral, temos:

Todo número real não nulo, com expressão decimal finita, pode ser representado sob a
forma:
k  10 m,
em que m é um número inteiro e k é um número real com módulo menor que 10 e maior
ou igual a 1.
Essa forma de representação é denominada notação científica.

Função exponencial Capítulo 9 171

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(168a177).indd 171 06.03.10 16:25:00


Exercício resolvido

R.1 Sabendo que a massa de cada átomo de


magnésio (Mg) é estimada em 4,0  1023 g,

ENVISION/CORBIS/LATINSTOCK
conclui-se que o número de átomos que
compõem 48 g de magnésio é:
a) 1,2  10 22 d) 4,8  10 22
23
b) 1,2  10 e) 4,8  10 23
24
c) 1,2  10
Resolução
Podemos calcular o número n de átomos
que compõem 48 g de magnésio por uma
regra de três:
O magnésio é encontrado em cereais inte-
nº de átomos massa (em grama) grais, leguminosas (feijões, lentilhas etc.),
1 4,0  1023 hortaliças de folha verde (espinafre, brócolis
n 48 etc.), frutos oleaginosos (avelã, amêndoa etc.),
sementes (girassol, abóbora etc.) e frutas.
48 4 , 8   10
 n   23
     
4 , 0   10 4 , 0   1023

4, 8 10
      1, 2   101  (23 )
4 , 0 1023

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
  n   1, 2   10 24
Logo, a alternativa c é a correta.

Exercícios propostos

5 Estima-se que o número de moléculas que compõem 1 cm3 de ar atmosférico seja algo em
torno de 27.000.000.000.000.000.000.
a) Represente esse número usando a notação científica. 2,7  1019
b) Expresse em notação científica o número de moléculas que compõem 1 dm3 de ar
atmosférico. 2,7  1022

6 Você já deve ter ouvido falar em lixo atômico. Esse lixo é formado por substâncias ra-
diotivas de longa vida, altamente perigosas. Para se ter ideia do tempo que podem
durar essas substâncias, armazenando-se um pedaço de plutônio, depois de duzentos
anos ele terá ainda 98% da massa original.
LUCIANA WHITAKER/OLHAR IMAGEM

Depósito de rejeitos
radioativos na usina
nuclear Angra 2, em
Angra dos Reis, Rio de
Janeiro. (2007)

a) Armazenando-se um pedaço de plutônio de (4,5  103) kg, qual será a massa remanes-
cente após duzentos anos? Dê a resposta em quilograma, usando a notação científica.3
4,41  10 kg
b) Armazenando-se um pedaço de plutônio com massa igual ao quíntuplo da massa do
pedaço mencionado no item a, qual será a massa remanescente depois de duzentos
anos? Dê a resposta em grama, usando a notação científica. 2,205  105 g

Resolva a questão 2 do Roteiro de trabalho.

172 Capítulo 9 Função exponencial

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(168a177).indd 172 08.03.10 19:34:38


Radiciação no conjunto dos reais
Acompanhe os procedimentos a seguir.
(I) Conhecendo a medida 5 do lado de um quadrado, sabemos que a área desse quadrado é a
potência 5 2.

faustino
5 A 5 5 2 5 25

(II) Conhecendo a área 25 de um quadrado, sabemos que a medida do lado desse quadrado é a
base positiva da potência x 2 tal que x 2 5 25. Logo, x 5 5.

Nesses procedimentos, são realizadas operações inversas: em (I), é conhecida a base da po-
tência 5 2 e calcula-se o valor dessa potência; em (II), é conhecido o valor da potência x 2 e calcula-
se a base x da potência. A operação efetuada em (II), que é a inversa da potenciação, é chamada
de radiciação.

Vamos separar a definição de radiciação em dois casos.


1‚ caso

Sendo n um número natural não nulo, dizemos que a raiz n-ésima de um número real
não negativo a é o número real não negativo b se, e somente se, b n 5 a.

Em símbolos, sendo n  n9 e a  ®1, temos:


Em um radical de
n
a 5 b ⇔ b n 5 a, com b  ®1 índice 2, o índice
No radical  n a  o número n é chamado índice do radical e o número a é chamado de radi- não precisa ser escri-
to, pois fica suben-
cando.
tendido. Por exem-
Exemplos plo, o símbolo 9
deve ser entendido
8  5 2,  pois 2 5 8 e 2  ®1 c)  1 5  5 5,  pois 51 5 5 e 5  ®1
3 3
a) como 2 9 .
b) 16  5  2 16  5 4,  pois 4 2 5 16 e 4  ®1 d)  5 0  5 0,  pois 0 5 5 0 e 0  ®1

Notas:
1. Se n é um número natural par não nulo, existem dois números opostos, b e 2b, com b . 0,
tais que b n 5 a e (2b)n 5 a. Por convenção, adota-se apenas o número positivo b como
valor de  n a .  Por exemplo, embora 4 2 5 16 e (24) 2 5 16, apenas o número positivo 4 é a
raiz quadrada de 16. Assim,  16  5 4.
2. De acordo com a nota 1, para qualquer x real temos  x 2  5 |x |,  pois a sentença  x 2  5  x  é
falsa se x for negativo.

3. Os símbolos  1 ,  2 ,  3 ,  4 ,  5 , ...,  n
 devem ser lidos, respectivamente, como: raiz
primeira, raiz quadrada (ou segunda), raiz cúbica (ou terceira), raiz quarta, raiz quinta, ...,
raiz n-ésima (ou enésima).
2‚ caso

Se n é um número natural ímpar, dizemos que a raiz n-ésima de um número real nega-
tivo a é o número real negativo b se, e somente se, bn 5 a.

Em símbolos, sendo n  n com n ímpar, e a  ®8, temos: n


a 5 b ⇔ b n 5 a
Nessa definição, b é obrigatoriamente negativo.
Exemplos
3 3
a) 28  5 22, pois (22)  5 28

b) 5 21  5 21, pois (21) 5 5 21

Função exponencial Capítulo 9 173

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(168a177).indd 173 06.03.10 16:25:22


Observe que não existe, no conjunto dos números reais, radicais de índice par com radicando
negativo. Por exemplo, 9 seria o número real cujo quadrado é 9, o que é absurdo, pois o
quadrado de qualquer número real é positivo ou nulo.
Também é importante observar que, se a é um número real qualquer e n um número natural
ímpar, temos:
n
a   n a

Por exemplo: 3 8   3 8   2

Propriedades dos radicais com radicandos não negativos

Sendo a e b números reais não negativos e n, k e p números naturais não nulos, temos:

( a )    a q , com q  ®
q
n n
P1. a    n b    n a   b P4. n

n
a a
P2. n    n , com b  0 P5. n k
a   nk a
b b

nk
P3. a kp    n a p

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplos
a) 3
7    3 2    3 7   2    3 14

4
15 15
b) 4    4    4 5
3 3

c) 15
56    5 52

( )
5
3
d) 85    3 8   25   32

3
e) 5    6 5

Exercícios propostos

7 Apenas uma das alternativas abaixo apresenta uma • No segundo radical, multiplicamos o índice 4 e o
proposição falsa. Qual é essa alternativa? alternativa d expoente 1 do radicando por 3, obtendo:
1     3
a) 3
5    3 4  3 20 d) 5 5  4 25
4
51   4     3 5  12 53
Note, portanto, que os radicais assim obtidos têm o
15 2
mesmo índice 12.
b)  3 e) 3
5    6 5
5 Aplicando essa ideia, efetue as seguintes operações
( 3) de radicais de índices diferentes:
4
c) 5
81  5

4
2
a) 3
2  2 6
25 b) 6
12
2
8 Aplicando a propriedade P3, podemos reduzir ra- 2
dicais ao mesmo índice. Por exemplo, para obter 9 Para o cálculo de 5 em uma calculadora, digitam-
dois radicais de mesmo índice, respectivamente -se as teclas: 5 , √ e � , nessa ordem. Analo-
FAUSTINO

equivalentes a 3 2 e  4 5 , podemos agir do seguinte gamente, obtém-se, nessa calculadora, a raiz quadra-
modo. da de qualquer número real não negativo x. Usando
• No primeiro radical, multiplicamos o índice 3 e o apenas as teclas numéricas e as teclas √ e � ,
expoente 1 do radicando por 4, obtendo: descreva um processo para o cálculo de:
3
21  3     4 2
1     4
 12 2 4 a) 4
5 b) 8
5

5 √ √ � 5 √ √ √� �

174 Capítulo 9 Função exponencial

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(168a177).indd 174 4/23/10 11:33:12 AM


Simplificação de radicais
Para facilitar o trabalho com radicais, é conveniente transformá-los, por meio das propriedades estudadas, na forma
mais simples possível.

Exemplos

a) Para simplificar o radical 3 16 , decompomos o b) Para simplificar o radical 160 , decompomos o ra-
radicando em fatores primos: dicando em fatores primos:

16 2 160 2
8 2 80 2
4 2 ⇒ 16 5 2 4 40 2
2 2 20 2 ⇒ 160 5 25   5
1 10 2
5 5
Assim, temos: 1
3
16  5  3 2 4  5  3 23   2  5  3 23    3 2  5 2 3 2
Logo:
160  5  25   5  5  2 4   2  5  5
5 2 4    2  5  5 22    10  5 4 10

Operações com radicais


Reprodução proibida. art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Para operar com radicais, aplicamos suas propriedades e as propriedades operatórias da adição e multiplicação de
números reais.

Exemplos
a) 4 2  1 6 2  2 3 2  5  
2 ( 4 1 6 2 3) 5 7 2

fator comum
em evidência

b) 4 12  1 6 75  5 4  2 3  1 6  5 3  5 8 3  1 30 3  5 38 3

( ) (
c) 6 5 3   4 5 2  5  6  4    5 3    5 2  5 24 5 6 ) Se achar conveniente,
retomar com os alunos
12 3 10 12 3 10 10 racionalização de
d) 12 3 10   4 3 5  5   5     3  5 3   3  5 3 3 2 denominadores.
4 5
3
4 5 5

Exercícios propostos

10 Calcule. 12 Efetue.
a) 3
125 5 d) 3
1 1 g) 3
2125 25 a) 4 3  1 6 3  2  2 3 8 3

b) 4
81 3 e) 7
0 0 h) 5
232 22 b) 2 50
5  1  125  2 6 5 10 2  2  5
c) 49 7 f) 1
12 12 i) 9
21 21
c) 4 3 16
1 6  1  2 3 54  1  3 128 18 3 2

11 Simplifique os radicais. d) 4 5 3    2 5 4 851


122

a) 12 2 3 e) 40 2 10
10 e) 12 3 4   6 3 2 144

b) 18 f) 48 4 3
3 2 f) 6 10
1 0    2 5 3 2
25 5

81 33 3
g) 12 3 16   6 3 2 4
c) 3
24 23 3 g) 3
8 2
d) 4 32 24 2

Função exponencial Capítulo 9 175

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(168a177).indd 175 06.03.10 16:26:24


Potência de expoente racional
A propriedade P3 dos radicais afirma que, para {n, k, p}  n9 e a  ®1, temos:
nk
a kp  5  n a p
Vamos estender essa propriedade admitindo a existência de potência com qualquer expoente racio-
nal. Por exemplo, dividindo por 5 o índice do radical e o expoente do radicando de 5 3 2 , obtemos:
2
1
5
32  5  3 5
Como a raiz primeira de qualquer número real é esse próprio número, concluímos:
2
5
32  5 3 5
Esse procedimento sugere que uma potência de expoente racional seja definida como um
radical, do seguinte modo:

Se os números intei- Sendo a um número real positivo e os números inteiros k e n, com n  1, definimos:
k
ros k e n forem am-
bos positivos, define- a n  5  n a k
k
-se: 0 n  5  n 0k  5 0
Exemplos
7 21
1 1
a) 3 4  5  4 37 c) 16 −0 ,25  5 16 4  5  4 1621  5  4  5 
16 2

Reprodução proibida. art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1
b) 90 ,5  5 9 2  5  9  5 3
As propriedades de P1 a P5 das potências para expoentes inteiros continuam válidas para
expoentes racionais.
Exemplos
1 1
3 1 3 1 7 1 1
 1 
2
2      2 3123
a) 7   7  5 7
2 4 2 4
 5 7 4
c) (5 )  5 5 2 5 5 2
e)    5  1
 5
3 3 3
53
4
b) 30,9 : 30,4 5 30,9 2 0,4 5 30,5 d) (2x )  5 2    x  (com  x   0)
4 4

Exercício resolvido

1 0 ,25
 1 
R.2 Calcular o valor da expressão: E   810 ,5   125 3    
 16 
Resolução
Podemos resolver essa questão de dois modos diferentes.
1º modo 1
A expressão é equivalente a: E  5 ((3 4 )0 ,5  1 (
 (53 ) 3  1 ((2 4 )0 ,25
Aplicando as propriedades das potências de expoente racional, temos:
• (34)0,5 5 34  0,5 5 32 5 9 • (2 4 )0 ,25  5  2 4     0 ,,25  5  21  5  2
1 1
3    
• (53 ) 3  5 5 3  5 51  5 5
Logo: E 5 9 1 5 1 2 5 16
2º modo
Podemos calcular o valor da expressão E aplicando a definição de potência de expoente
racional, isto é:
1
• 810 ,5  5 81 2  5  81  5 9
1
• 125 3  5  3 125  5 5
1
• 160 ,225  5 16 4  5  4 16  5  2
Logo: E 5 9 1 5 1 2 5 16

176 Capítulo 9 Função exponencial

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(168a177).indd 176 06.03.10 16:26:43


Potência de expoente irracional
Como poderíamos definir a potência 3 2 ?
Sabemos que 2  5 1, 41421356... .Assim, definimos 3 2 como o número para o qual conver-
gem os valores nas duas colunas da tabela a seguir, em que, na primeira coluna, os expoentes de 3
são aproximações de 2 por falta, e crescem indefinidamente; e, na segunda, os expoentes de
3 são aproximações de 2 por excesso, e decrescem indefinidamente.

2
Valores aproximados de 3 Valores aproximados de 3
2

(aproximações por falta) (aproximações por excesso)


31,4 5 4,655536722 31,5 5 5,196152423
31,41 5 4,706965002 31,42 5 4,758961394
31,414 5 4,727695035 31,415 5 4,732891793
3 1,4142
5 4,72873393 31,4143 5 4,729253463
 

Observe que, até onde fomos nas duas colunas, podemos garantir que:
2
4,72873393  3  4,729253463
De maneira análoga, define-se qualquer potência de expoente irracional e base a, com a  ®*.
Para a base 0 (zero) e o expoente t irracional positivo, define-se: 0t 5 0. Por exemplo, 0 3  5 0.
Reprodução proibida. art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Demonstra-se que as propriedades de P1 a P5 das potências para expoentes inteiros continuam


válidas para expoentes irracionais.
Exemplos
2 2 2
a) 4 3   45 3  5 4 3  1  5 3
 5 46 3
d) (6x )  5 6    x  (com  x   0)
7
 4 4 7
b) 73 π   7 π  5 73 π  2  π  5 7 2 π e)    5 
 5 5 7

c) (2 5 ) 5
 5 2 5     5
 5 25  5 32

Exercícios propostos

13 Represente as potências sob a forma de radical. 1 2 1


2 1 15 Resolva a expressão: E  5 36 2  1 64 3  1 625 4 27
a) 9 5 5
81 b) 6 2
6 c) 7 0,5 7 d) 3 0,75 4
27
16 Calcule o valor de:
14 Represente os radicais sob a forma de potência. 2
a)  3 ( ) 
2
1
3 c) 1 5  1 0 π 1
a) 5
2 25  
2

b) 3
a 2 (com a  0) a3 b) (3 3    2 27
) 3
13.824

Resolva a questão 3 do Roteiro de trabalho.

3 A função exponencial

As aplicações financeiras em instituições bancárias têm rendimento diário e operam em regi-


me de juro composto, isto é, ao final de cada dia o juro é acrescido ao montante do dia anterior.
Se um capital de R$ 2.000,00 for investido em uma dessas aplicações financeiras, cuja taxa diária
de juro seja de 0,04%, qual será o montante acumulado em t dias?
Para responder a essa questão, vamos rever um conceito estudado no capítulo 2: se um capi-
tal inicial C é aplicado em regime de juro composto à taxa constante i por unidade de tempo (dia,
mês, ano etc.), então o montante M acumulado em t unidades de tempo é dado por:
M = C(1 1 i)t

Função exponencial Capítulo 9 177

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(168a177).indd 177 06.03.10 16:27:05


Assim, o montante acumulado em t dias pela aplicação de R$ 2.000,00 à taxa diária de juro
Lembre-se de que: composto de 0,04% é dado pela função:
0, 04
0, 04% 5  5 M 5 2.000(1 1 0,0004)t, ou seja,
100
5 0, 0004 M 5 2.000(1,0004)t
Essa função, por apresentar a variável t como expoente de uma constante positiva e diferente
de 1, é chamada de função exponencial. Embora, nesse caso, a variável t só possa assumir
valores naturais, pois o juro só é acrescido ao montante anterior no final de cada dia, podemos
conceituar esse tipo de função com domínio ®, conforme a definição a seguir.

Chama-se função exponencial toda função f: ® → ®* , tal que f(x) 5 ax, com a  ®*
e a  1.

Exemplos
x
 1
a) f (x) 5 2 x
b)  g (x) 5 5
x
c)  h ( x ) 5  
 4

Gráfico da função exponencial


Vamos esboçar o gráfico de funções exponenciais a partir de alguns pontos obtidos por meio
de uma tabela, conforme mostram os exemplos a seguir.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplos
a) f (x) 5 2x Atribuindo a x os infinitos valores reais, obtemos o gráfico:
y
x f (x)

1 f
23 8
8
1 • D (f ) 5 ®
22
4 • Im (f ) 5 ®*
• f é crescente em todo
1
21 4 seu domínio.
2
0 1
2
1 2
1
2 4
ilustrações: faustino

1
3 8 �3 �2 �1 0 2 3 x
1
2
1
4 Se achar conveniente, ressaltar que,
1 nesses gráficos, a curva se aproxima
8 cada vez mais do eixo Ox, sem tocá-lo.
x
 1
b) g ( x ) 5   Atribuindo a x os infinitos valores reais, obtemos o gráfico:
 2
y
g
8
x g (x)
8
• D (g) 5 ®
• Im (g) 5 ®*
23
22 4
• g é decrescente em todo
21 2 seu domínio.
4
0 1
1
1 2
2
1
1
2
4 �3 �2 �1 0 1 2 3 x
1 1
3 2
8 1
4 1
8

178 Capítulo 9 Função exponencial

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(178a187).indd 178 06.03.10 16:42:35


Propriedades da função exponencial
A propriedade P1
decorre do fato de a
P1. Sendo a . 0 e a  1, tem se:  a x 5 a y ⇔ x 5 y função exponencial
ser uma correspon-
dência biunívoca.
P2. A função exponencial f (x) 5 ax é crescente em todo seu domínio se, e somente se, a . 1.

y
f (x) � a x (com a � 1)

a x2

a x1

0 x1 x2 x

ilustrações: faustino
Tem-se, então: a x2 . a x1 ⇔ x2 . x1, para qualquer a real maior que 1

P3. A função exponencial f (x) 5 a x é decrescente em todo seu domínio se, e somente se,
0 , a , 1.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

y
f (x)  a x (com 0 a 1)

a x2

a x1

1
x2 x1 0 x

Tem-se, então: a x2 . a x1 ⇔ x2 , x1, para qualquer a real com 0 , a , 1


Exemplo
Na situação apresentada na abertura do capítulo, a pressão atmosférica P em função da alti-
tude h é dada por P(h) 5 (0,9)h. Como 0 , 0,9 , 1, concluímos que a função é decrescente;
ou seja, quanto maior a altitude, menor será a pressão atmosférica.

Exercícios resolvidos

R.3 Uma amostra de 4 kg de uma substância radioati- Assim, a amostra de 4 kg que se desintegra à ra-
va se desintegra à razão de 0,25% ao ano. zão de 0,25% ao ano terá daqui a t anos a massa
a) Qual é a equação que expressa a massa M des- M, em quilograma, dada por:
sa amostra, em quilograma, em função do M 5 4(1 2 0,0025)t, ou seja, M 5 4(0,9975)t
tempo t, em ano?
Note que adotamos a taxa negativa, pois ela re-
b) Com o auxílio de uma calculadora científica, cal-
presenta uma taxa de decrescimento.
cular a massa dessa amostra daqui a trinta anos.
b) Para calcular a massa da amostra, em quilogra-
Resolução ma, daqui a trinta anos, basta substituir por 30 a
a) Raciocinando do mesmo modo como no cálculo variável t da função obtida no item a:
do montante a juro composto, temos que o valor M 5 4(0,9975)30
M de uma grandeza qualquer a partir de seu va-
lor inicial C, do tempo t e da taxa constante i de Usando uma calculadora científica, obtemos:
crescimento pode ser calculado pela fórmula: (0,9975)30 < 0,93 e, portanto:
M 5 C(1 1 i)t, M < 4 ? 0,93 ⇒ M < 3,72
em que t e i se referem à mesma unidade de Assim, daqui a trinta anos a amostra terá 3,72 kg,
tempo. aproximadamente.

Função exponencial Capítulo 9 179

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(178a187).indd 179 06.03.10 16:42:39


R.4 A figura abaixo apresenta o gráfico da função • a ordenada do ponto C é f(3), obtida atribuindo-
2x -se o valor 3 à variável x da função f:
f(x)  e um triângulo retângulo ABC cujos
5 23 8
f (3) 5 
5  5 1, 6
vértices B e C pertencem ao gráfico de f. Calcular 5 5
a área desse triângulo. Assim, podemos calcular as medidas dos seg-
mentos tAB e tAC:
y y
f f

iLustRAções fAustino
C C
1,6

B B S
A 0,8 A

2 3 x x
2 3

Resolução AB 5 3 2 2 5 1
Temos que: AC 5 1,6 2 0,8 5 0,8
• a ordenada do ponto B é f(2), obtida atribuindo-se Concluímos, então, que a área S do triângulo é
o valor 2 à variável x da função f: dada por:
22 AB  ?  AC 1 ? 0, 8

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
4
f (2) 5  5  5 0, 8 S5 ⇒S5 5 0, 4
5 5 2 2

Exercícios propostos

17 Construa no caderno o gráfico e determine o domí- a) Se hoje o valor do imóvel é de R$ 200.000,00, escreva
nio e o conjunto imagem das funções. Ver construções uma equação que expresse o valor do imóvel V,
x x no Suplemento
 5  4 com orientações em real, em função do tempo t, em ano, para os
a) f ( x ) 5    b) g ( x ) 5    para o professor
professor.. próximos 4 anos. V 5 200.000 ? (0,9)t, com 0  t  4
 4  5
D (f ) 5 ® e Im (f ) 5 ®* D ( g) 5 ® e Im ( g ) 5 ®* b) Qual será seu valor daqui a quatro anos?
R$ 131.220,00
18 Um investidor da bolsa de valores observou que
21 Um pesquisador observou que uma população de
durante um período de t dias consecutivos de que-
bactérias cresce 20% ao dia.
da no valor de uma ação, o percentual de desvalori-
a) Se atualmente a população é de 10.000 indivíduos,
zação foi o mesmo a cada dia e que o valor da ação,
escreva uma equação que expresse o número P de
que era R$ 20,00 no início desse período, passou a
indivíduos em função do tempo t, em dia. Pcom 5 10.000 ? (1,2)t,
t0
ser 20(1,4 1 k)t reais ao final desse período. Esse
b) Qual será a população daqui a cinco dias? [Dado:
texto permite concluir que: alternativa b
(1,2)5 < 2,49.] aproximadamente 24.900 indivíduos
a) 21 , k , 01 d) 0,2 , k , 0,8
b) 21,4 , k , 20,4 e) 0,1 , k , 0,6 22 (UFMG) Na figura a seguir está representado o grá-
c) 20,2 , k , 20,8 fico de f(x) 5 kax, sendo k e a constantes reais posi-
tivas, com a  1.
19 (PUC-RS) A cada balanço anual, uma firma tem y
apresentado um aumento de 10% de seu capital. 12
Considerando Q0 o seu capital inicial, a expressão
fAustino

que fornece esse capital C, ao final de cada ano (t)


em que essas condições permanecerem, é: alternativa a
a) C 5 Q0 (1,1) t d) C 5 C (0,1) t 3
t
b) C 5 C (1,1) e) C 5 Q0 (10) t 2
t
c) C 5 Q0 (0,1) �3 0 x

20 Devido ao declínio da qualidade de vida em um bair- O valor de f(2) é: alternativa a


ro, prevê-se que, durante os próximos quatro anos, 3 1 3
a) b) c) d) 1
um imóvel sofrerá desvalorização de 10% ao ano. 8 2 4

Resolva a questão 4 do Roteiro de trabalho.

180 Capítulo 9 Função exponencial

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(178a187).indd 180 06.03.10 16:42:53


4 Equação exponencial

Acompanhe o problema a seguir.


Por quanto tempo deve permanecer aplicado um capital de R$ 10.000,00, à taxa de juro
composto de 10% ao ano, para que o montante atinja R$ 14.641,00?
Indicando por t o tempo, em ano, aplicamos a fórmula M 5 C (1 1 i ) t, obtendo:
14.641 5 10.000 (1 1 0,1)t ⇒ 14.641 5 10.000 (1,1)t
 (1,1)t 5 1,4641
Note que essa resolução conduziu a uma equação cuja incógnita encontra-se no expoente de
uma potência de base positiva e diferente de 1. Esse tipo de equação é chamada de equação
exponencial.
Os métodos de resolução desse tipo de equação, que estudaremos a seguir, permitem determinar
o valor de t nesse exemplo, que é 4. Assim, o capital deve permanecer aplicado por quatro anos.
Definimos:

Equação exponencial é toda equação que apresenta a incógnita no expoente de


uma ou mais potências de base positiva e diferente de 1.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Exemplos
a) 5 x 5 25 b) 9 x 2 3 x 5 6 c) 2 x 1 1 5 0,5

Exercícios resolvidos

R.5 Resolver em R a equação 64 x 5 32. R.7 Resolver em R a equação 7 x 5 5 x.


Resolução Resolução
Decompondo em fatores primos os números 64 e Dividindo por 5 x ambos os membros da equação,
32, obtemos uma igualdade de potências de mesma temos: x
7x 5x  7
base positiva e diferente de 1.  5    ⇒      5 1
5x 5x  5
0
64 2 32 2  7
O número 1 pode ser representado por   .
32 2 16 2  5
16 2 8 2 Assim:
x 0
8 2 ⇒  64  5  26 4 5 25
2 ⇒  32 5  7  7
 5   5   5   ⇒   x  5 0
4 2 2 2
2 2 1 Portanto, o conjunto solução da equação é: S 5 {0}
1
R.8 Resolver em R a equação 3 x  2  3 x  1 5 84.
Assim: 64x 5 32 ⇒ (26) x 5 2 5 ∴ 2 6x 5 2 5
Resolução
Pela propriedade P1 das funções exponenciais,
3 x   +   2   +  3 x   −  1   =  84  ⇒ 3 x  ? 3 2   +  3  :  3 1   = 8 4
x
temos:
26 x  5  25  ⇒   6
6 x  5 5 x 3x
  9  ? 3  1   5 84
5 3
   x  5 Fazendo a mudança de variável 3 x 5 k, temos:
6
5 k
Logo, o conjunto solução da equação é: S  5    9k  1   5 84  ⇒   27k  1  k  5  252
6 3
R.6 Resolver em R a equação 3 x 5 1.    28k
28k  5 252
Resolução    k  5 9
O número 1 pode ser representado por 30. Assim, a Retornamos à variável original x, substituindo k
equação proposta é equivalente a 3 x 5 30. por 3 x:
Pela propriedade P1 das funções exponenciais, temos: 3x 5 9 ⇒ 3x 5 32
x 0
3 53 ⇒x50  x52
Portanto, o conjunto solução da equação é: S 5 {0} Logo: S 5 {2}

Função exponencial Capítulo 9 181

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(178a187).indd 181 06.03.10 16:43:08


Exercícios propostos

23 Resolva, em R, as equações. 27 (FGV) Uma instituição financeira oferece um tipo de


 1
 4 
S  5   a) 64 5 256
x
d) 52x 2 1 5 1 S  5   aplicação tal que, após t meses, o montante M, relati-
2
 3  b) 25x 1 2 5 125x 1 5 S 5 {211} e) 7x 5 8x S 5 {0}   vo ao capital C aplicado, é dado por M 5 C ? 2 0,04t, em
2x 2 1 2x que C . 0.
    O menor tempo possível para quadruplicar certa
 3  8 25
S  5   c)   5  f) 3
25 x 5 5  3  quantia investida nesse tipo de aplicação é de: alternativa c
 10   125   4  S  5  
 4  a) 5 meses d) 6 anos e 4 meses
b) 2 anos e 6 meses e) 8 anos e 5 meses
24 Nas proximidades da superf ície terrestre, a pressão
c) 4 anos e 2 meses
atmosférica P, em atmosfera (atm), é dada em fun-
ção da altitude h, em quilômetro, aproximadamen- 28 Suponha que as populações de dois vilarejos, A e B, va-
te por P (h) 5 (0,9) h. riam de acordo com as funções f (t) 5 2 t 1 2 1 75 e
Se, no topo de uma montanha, a pressão é 0,729 atm, g (t) 5 2 t 1 1 1 139, em que t é o tempo, em ano, e as
conclui-se que a altitude desse topo é: alternativa e expressões f (t) e g (t) representam o número de in-
a) 6 km c) 5 km e) 3 km divíduos desses vilarejos respectivamente.
b) 5,2 km d) 4 km a) Considerando o instante atual como instante zero,
os gráficos de f (t) e g (t) são formados por pontos
25 Determine o conjunto dos valores reais de x que das curvas indicadas a seguir por f e g,
respectivamente (essas curvas não são os próprios
satisfazem cada uma das equações.
gráficos das funções, porque f (t) e g (t) só podem
a) 2x 1 1 1 2x 2 1 5 20 b) 3x 1 1 2 3x 1 2 5 254
assumir valores naturais). Determine a e b na

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
S 5 {3} S 5 {2}
26 (UFMG) A população de uma colônia da bactéria figura, coordenadas do ponto comum a f e g.
a 5 5; b 5 203
E. coli dobra a cada 20 minutos.
f
steve gsCHmeissneR/sCienCe
PHoto LiBRARY/LAtinstoCK

g
b
Número de indivíduos

fAustino
141

A E. coli (colorizada artificialmente e aumentada 2.574 79


vezes), responsável pela maioria das infecções alimentares,
é uma das bactérias presentes no intestino. Em contato
com a corrente sanguínea, pode causar problemas.

Em um experimento, colocou-se, inicialmente, em 0 a t (tempo


um tubo de ensaio, uma amostra com 1.000 bacté- em anos)
rias por mililitro. b) Daqui a quantos anos os dois vilarejos terão o mes-
No final do experimento, obteve-se um total de mo número de indivíduos? Daqui a cinco anos.
4,096 ? 10 6 bactérias por mililitro. c) Daqui a sete anos, qual será o número de
Assim, o tempo do experimento foi de: alternativa d indivíduos do vilarejo A? 587 indivíduos
a) 3 horas e 40 minutos c) 3 horas e 20 minutos d) Calcule a taxa média de variação de cada uma das
b) 3 horas d) 4 horas funções f e g, quando t varia de dois a quatro anos.
f 5 24; g 5 12

5 Inequação exponencial
Número de eleitores
fAustino

400.000
Um partido político, avaliando as possibilidades de
seu candidato A vencer as eleições, realizou uma pes- 300.000 candidato B
quisa e concluiu que o número de eleitores do candi- candidato A
200.000
dato A e o do seu adversário, o candidato B, variam em
função do tempo, em mês, a partir de um mesmo ins- 100.000
tante, de acordo com o gráfico representado ao lado.
1 2 3 4
Mês

Dados fictícios.

182 Capítulo 9 Função exponencial

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(178a187).indd 182 06.03.10 16:43:21


Por meio de uma análise, percebeu-se que os gráficos do número de eleitores dos candidatos A
t
e B podiam ser aproximados, respectivamente, pelos gráficos das funções A(t) 5 2 ? 105 ? (1, 6) 12
t
e B(t) 5 4 ? 105 ? (0, 4) 12 .
Notamos que, se a tendência descrita nos gráficos se mantiver, o candidato A irá ultrapassar
o candidato B em número de votos.
Para determinar por quanto tempo o candidato A estará em desvantagem em relação a B,
basta resolver a inequação: t t

2 ? 105 ? (1, 6) 12 , 4 ? 105 ? (0, 4) 12

Esse tipo de inequação, por apresentar a variável no expoente de potências de base positiva e
diferente de 1, é chamada de inequação exponencial. Os métodos de resolução desse tipo de
inequação, que estudaremos a seguir, permitem concluir que t , 6, isto é, o candidato A estará
em desvantagem em relação ao candidato B por seis meses.
Definimos:

Inequação exponencial é toda inequação que apresenta a variável no expoente de


uma ou mais potências de base positiva e diferente de 1.

Exemplos
a) 2 x  8 b) 5 x 1 5 x 2 2  26 c) 27 x 1 2 . 9 x 1 5 d) (0,5) 4x 1 3  (0,25) x 1 5
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Exercícios resolvidos

R.9 Resolver em R a inequação 27 x  2 . 9 x  5. R.10 Resolver em R a inequação (0,5) 4x  3  (0,25) x  5.


Resolução Resolução
x  1   5
(0, 5)4 x  1  3   (0, 2 5) x  1 5  5  ⇒   ((0, 5)4 x  1  3   (0, 5) 
x12 x15
2
3 x12 2 x15
27 .9 ⇒ (3 ) . (3 )
 
4 x  1   3 2 x  1  1
100
 3 3x 1 6 . 3 2x 1 10   (0, 5)   ((0, 5)
Como a base (0,5) das potências é um número en-
Como a base (3) das potências é maior que 1, pela
tre 0 e 1, pela propriedade P3 da função exponen-
propriedade P2 da função exponencial, sabemos
cial, sabemos que o “sentido” da desigualdade () é
que o “sentido” da desigualdade (.) se mantém
invertido para os expoentes, isto é:
para os expoentes, isto é:
(0, 5)4 xx 11  3   
 (0, 5)2xx  11 1100  ⇒   4 xx 1
 ( 1 3  
   2xx1
 1 1
100
3 3x 1 6 . 3 2x 1 10 ⇒ 3x 1 6 . 2x 1 10 7
   2 x   7  ⇒   x  
x.4 2
Logo, o conjunto solução da inequação é:
Logo, o conjunto solução da inequação é:
 7
S 5 {x  R | x . 4} S  5   x    R   x   
 2

 19   5 
29. a) S  5 x   ® | x  .   d) S  5 x   ® | x    
 6   6 

 1   1 
b) S  5 x   ® | x     e) S  5 x   ® | x  , 2 
Exercícios propostos  2   3 

29 Resolva, em R, as inequações. números f (t) e g(t) de indivíduos de A e B, respecti-


( 2) vamente, eram dados por f (t) 5 300 ? 2 t 2 1 1 900 e
3x 2 1
a) 163x 2 1 . 82x 1 5 d)    4 8
g (t) 5 70 ? 2 t 1 2 2 140.
3x 2 1 2x 2x 2 1
 1  1  1 a) Qual era o número de indivíduos de cada
b)       e)    . 3 x 1 2 população no início do estudo? A: 1.050; B: 140
 9  3  3
b) Durante quanto tempo desse estudo o número
c) (0,3)4x 2 5 . (0,3)2x f ) 3x 1 1 1 2 ? 3x 2 1  11 de indivíduos da população A permaneceu
S 5 {{xx  ® | x , 3} S 5 {{xx  ® | x  1}
maior ou igual ao número de indivíduos da
30 A partir de determinado instante, que denominou população B? 3 meses
instante zero (t 5 0), um biólogo começou a estudar o
crescimento de duas populações, A e B, de cupins. 31 Um capital de R$ 1.000,00 foi aplicado à taxa de
Após o estudo, o cientista concluiu que em t meses os juro composto de 10% ao ano.

Função exponencial Capítulo 9 183

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(178a187).indd 183 06.03.10 16:43:41


a) Escreva uma equação que expresse o montante dessa substância seja de 1.000 g:
acumulado em função do tempo t, em ano. M 5 1.000 ? 1,1t a) determine uma equação que expresse a massa m
b) Durante quanto tempo dessa aplicação o montan- dessa substância, em grama, em função do
te acumulado não será superior a R$ 1.331,00? Durante três anos. tempo t, em mês; m 5 1.000 ? 0,4t
b) para que valores de t, da função do item a, a
32 Uma substância perde 60% de sua massa a cada massa m da substância será menor que 64 g?
mês. Considerando que, nesse momento, a massa t.3

3. Verdadeira, pois 20 ,5  5 2 2  5  2 , que é um número irracional e, portanto, tem infinitas casas
decimais e não é periódico. Como o visor da calculadora apresenta um número finito de casas

Roteiro de trabalho decimais, obtemos uma aproximação de 2 quando acionamos as teclas 2 , √ e � .

2. m deve ser um número inteiro e k deve ser um número real


1. Ver respostas no Suplemento com orientações para o professor.
com módulo menor que 10 e maior ou igual a 1.
1 Reúna-se com um colega e façam o que se pede. 2 Seja a um número real com representação decimal fini-
a) Qual o resultado de uma potência com base não ta e a 5 k ? 10m. Quais as condições sobre os números
nula e expoente zero? k e m para que a representação k ? 10m seja a notação

fAustino
científica do número a?
b) Qual o resultado de uma potência de base qualquer
e expoente 1? 3 Em uma calculadora científica, ao pressionar as teclas
c) Escrevam com suas palavras como se calcula uma 3 , yx , 2 e  , aparecerá no visor o valor da
potência de expoente inteiro positivo, maior que 1. potência 3 2, isto é, 9.
Exemplifiquem. Porém, nenhuma sequência de teclas fará surgir no vi-
d) Escrevam com suas palavras como se calcula uma sor o valor correto de 2 0,5. Essa afirmação é verdadeira

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
potência de base não nula e expoente inteiro ou falsa? Em grupo, redijam um texto justificando sua
negativo. Exemplifiquem. resposta.
e) Revejam as propriedades da página 172 e as 4 Em duplas, descrevam uma situação em que esteja
exemplifiquem. presente o conceito de: Respostas pessoais
a) função exponencial crescente;
b) função exponencial decrescente.

Exercícios complementares
b) Ver Suplemento com orientações para o professor.
1 Em 27 g de alumínio há 6 ? 1023 átomos, aproximada- 6 Um biólogo constatou que, à temperatura de 21 °C, a
mente. Usando a notação científica, represente o nú- população de uma cultura de fungos era estimada em
mero de átomos que compõem 67,5 g de alumínio. 4.000 indivíduos e que, a cada grau Celsius de aumen-
1,5 ? 1024
to na temperatura, morriam 75% dos indivíduos.
2 Sabendo que 1 mm de sangue3
a) Indicando por f (x) a população remanescente, em
miCRo DisCoveRY/CoRBis/
LAtinstoCK

tem cerca de 5.000.000 de gló- milhar de indivíduos, à temperatura de x grau


bulos vermelhos, represente em Celsius, escreva a equação que relaciona f (x) e x.
notação científica o número de b) Esboce o gráfico da função exponencial que
glóbulos vermelhos de:
contém os pares ordenados (x, f (x)). x
a) 1 mm3 de sangue; 5 ? 106  1
a) f ( x ) 5 4.000 ?  
b) 1 mL de sangue. 5 ? 109  4
Imagem de glóbulos vermelhos 7 (Vunesp) Duas funções f (t) e g(t) fornecem o número
humanos, ampliada 1.200 vezes. de ratos e o número de habitantes de uma certa cida-
3 Usando uma calculadora científica, obtenha um valor de em função do tempo t (em anos), respectivamente,
aproximado do expoente ao qual se deve elevar o nú- num período de 0 a 5 anos.
mero 10 para se obter o resultado 2.
ARDeA/DiomeDiA

Suponha que no tempo ini-


(Sugestão: Encontre esse número por tentativa.)
cial (t 5 0) existiam nessa
< 0,302
cidade 100.000 ratos e
4 Com uma calculadora científica, sem usar as teclas que
apresentam símbolo de radical, obtenha uma aproxi- 70.000 habitantes, que o
mação com quatro casas decimais para cada um dos número de ratos dobra a
radicais a seguir. cada ano e que a popula-
a) 3 1,7321 b) 4 7 1,6266 c) 5 9 1,5518 ção humana cresce 2.000 habitantes por ano.
Encontre:
5 Usando uma calculadora científica, obtenha uma f (t) 5 100.000 ? 2t; g(t) 5 70.000 1 2.000t
aproximação, com duas casas decimais para cada a) as expressões matemáticas das funções f (t) e g(t);
uma das potências. b) o número de ratos que haverá por habitante, após
a) 2 π 8,82 b) 5 2 9,74 cinco anos. 40 ratos/habitante

184 Capítulo 9 Função exponencial

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(178a187).indd 184 06.03.10 16:43:54


8 Uma planta aquática cobre, atualmente, uma área de 13 (Enem) A duração do efeito de alguns fármacos está
580 m2 de um lago. Se a área coberta pela planta cres- relacionada à sua meia-vida, tempo necessário para
ce à taxa de 5% ao dia, qual será a área coberta do lago que a quantidade original do fármaco no organismo
daqui a dez dias? (Dado: 1,0510  1,629).  944,82 m2 se reduza à metade. A cada intervalo de tempo cor-
respondente a uma meia-vida, a quantidade de fár-
cícero viegas/isuzu imagens
maco existente no organismo no final do intervalo é
igual a 50% da quantidade no início desse intervalo.
y

100

Porcentagem de fármaco no organismo


90

80

70

faustino
60

50

40
A vitória-régia é uma planta aquática típica da região 30
amazônica. Sua folha pode medir até 1,80 m de diâmetro.
20
(Belém do Pará, 2002)
10

9 (U. Amazonas) Em pesquisa realizada, constatou-se


1 2 3 4 5 6 7 x
que a população (P) de determinada bactéria cresce
número de meias-vidas
segundo a expressão P(t) 5 25 ? 2t, em que t represen-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

ta o tempo em horas. Para atingir uma população de O gráfico acima representa, de forma genérica, o que
400 bactérias, será necessário um tempo de: acontece com a quantidade de fármaco no organismo
a) 4 horas d)  2 horas alternativa a humano ao longo do tempo.
b) 3 horas e)  1 hora Fonte: F. D. Fuchs e Cher I. Wannma. Farmacologia clínica.
c) 2 horas e 30 minutos Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1992, p. 40.

A meia-vida do antibiótico amoxicilina é de 1 hora.


10 (Ceeteps-SP) Qualquer quantidade de massa do
Assim, se uma dose desse antibiótico for injetada às
chumbo 210 diminui em função do tempo devido à
12 h em um paciente, o percentual dessa dose que
desintegração radioativa. Essa variação pode ser des-
restará em seu organismo às 13 h 30 min será apro-
crita pela função exponencial dada por mt 5 m0 ? 22kt. ximadamente de: alternativa d
Nessa sentença, mt é a massa (em grama) no tempo a) 10% c) 25% e) 50%
t (em ano), m0 é a massa inicial e k é uma constante real. b) 15% d) 35%
1
Sabendo-se que, após 66 anos, tem-se apenas da
8 14 Pesquisas empíricas provam que se a divulgação de
massa inicial, o valor de k é: alternativa d
1 1 1 um produto, através de campanhas publicitárias, for
a)  23   b)     c)  222   d)     e) 
3 22 8 interrompida e as demais condições de mercado não
forem alteradas, então, a cada instante t, as vendas do
11 (Unicamp-SP) Suponha que o número de indivíduos produto vão decrescer exponencialmente em função
de uma determinada população seja dado pela função do tempo, segundo a equação: V(t) 5 V0 ? e2kt, em que
f (t) 5 a ? 22bt , em que a variável t é dada em ano e a e V0 e V representam, respectivamente, o número de
b são constantes. unidades vendidas no momento da interrupção da
a) Encontre as constantes a e b de modo que a publicidade e o número de unidades vendidas no ins-
população inicial (t 5 0) seja igual a 1.024 indivíduos tante t, após a interrupção; k é uma constante positiva
e a população após dez anos seja a metade da que depende do tipo de produto, do tempo de esfor-
1
população inicial. a 5 1.024; b 5  ços promocionais anteriores, do número de produtos
10
b) Qual o tempo mínimo para que a população se concorrentes etc.; e a constante e é o número irracio-
1 nal que vale, aproximadamente, 2,7. Para simplificar,
reduza a   da população inicial? 30 anos
8 adotaremos e 5 3 na situação a seguir.
c) Esboce o gráfico da função f (t) para t [ [0, 40]. As publicidades sobre dois produtos, A e B, foram
Ver Suplemento com orientações para o professor. interrompidas no mesmo instante t 5 0, quando o
12 A cada dia, o organismo humano elimina 25% da quan- produto A vendia 24.000 unidades mensais e B ven-
tidade de uma determinada substância presente no dia 8.000 unidades mensais. Os números de unida-
sangue. Um teste mostrou que, em certo momento, um des vendidas mensalmente de A e B, a partir do ins-
atleta apresenta 16 mg dessa substância no sangue. tante da interrupção das propagandas, podem ser
a) Depois de três dias, após o teste, qual era a descritos, respectivamente, por: VA(t) 5 24.000 ? 325t
quantidade dessa substância no sangue do atleta? 6,75 mg e VB(t) 5 8.000 ? 322t
b) Em quanto tempo, após o teste, a quantidade dessa Durante quanto tempo, a partir do instante t 5 0, as
substância no sangue desse atleta ficou inferior a vendas do produto A não serão inferiores às vendas
1
9 mg? 2 dias do produto B? durante   do mês subsequente
3

Função exponencial Capítulo 9 185

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(178a187).indd 185 08.03.10 19:36:27


MAT – PAIVA – PNLEM – Vol.1 – Cap. 01 – 2.ª Prova (FORMATO ☎ 2618-1009 • 3569-1878)

Matemática sem fronteiras

A idade dos fósseis


Em Arqueologia, é muito importante conhecer métodos de datação, ou seja, métodos que
permitem estimar a idade dos materiais encontrados, como fósseis ou vestígios de civilizações
antigas, como tumbas, pinturas, ferramentas, instrumentos musicais, corpos mumificados etc.
Um dos métodos mais conhecidos e usados para isso é a datação por carbono 14 (C14), des-
coberto por Williard Frank Libby, em 1947, que permite conhecer a idade de materiais orgânicos
a partir da quantidade de C14 presente neles.
Os seres vivos, ou seja, animais e plantas, absorvem e perdem C14 ao longo da vida, manten-
do constante a quantidade desse elemento em seu organismo. A morte põe fim a esse equilíbrio,
pois, a partir de então, só há perda de carbono ao longo do tempo. Essa perda é dada por meio
de decaimento radioativo, ou seja, ao decair, o carbono libera partículas e se transforma em outro
elemento. Isto é, quanto mais tempo transcorre após a morte do organismo, menos C14 esse
organismo contém.
Um parâmetro usado na datação é a meia-vida do elemento, que é o tempo necessário para que
a massa de uma substância radioativa se reduza à metade. Sabe-se que a meia-vida do C14 é de,

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
aproximadamente, 5.730 anos, ou seja, em 5.730 anos sua massa se reduz pela metade. Usando a
fórmula M 5 C(1 1 i)t, podemos relacionar a massa M com a massa inicial M0:
t
 1
M 5 M0 ?   , em que t é o número de meias-vidas
 2

Massa de C14

100%
fAustino

curva exponencial de decaimento


50%

25%

12,5%

0 1 2 3 Número de
meias-vidas
transcorridas

5.730 anos 11.460 anos 22.920 anos

A técnica de datação por carbono 14 permite estimar a idade de materiais orgânicos de até
50.000 anos. A partir disso, a quantidade remanescente do C14 torna-se muito baixa para ser
detectada com precisão suficiente, mas existem outras técnicas que permitem a datação de fós-
seis mais antigos.

186 Capítulo 9 Função exponencial

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C09(178a187).indd 186 06.03.10 16:44:12


A datação por C14 foi usada, por exemplo, para estimar a idade das flautas de osso encontra-
das no sítio arqueológico de Jiahu, no leste da China.

INSTITUTO DAS RELÍQUIAS CULTURAIS E ARQUEOLOGIA, HENAN PROVINCE, ZHENGZHOU, CHINA


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

As seis flautas de Jiahu, feitas com ossos de pássaro, são os mais antigos instrumentos musicais de que se tem notícia.

Com instrumentos apropriados, pesquisadores constataram que a massa de C14 presente nos
instrumentos era 32,8% da massa que conteriam se tivessem sido confeccionados com ossos de
animais mortos recentemente e, por meio dessa informação, descobriram que as flautas de Jiahu
têm mais de 8.000 anos. Essa descoberta revelou que o conhecimento musical é mais antigo do
que se imaginava.

t
 1
1. a) 32,8%  C  C    ⇒ 0,328  (0,5)t
 2
Atividade

1 De acordo com informações do texto e usando a fórmula dada, faça o que se pede.
a) Escreva uma equação que os pesquisadores poderiam ter usado para descobrir a idade
das flautas de Jiahu.
b) Com uma calculadora científica, calcule o valor de (0,5)t para t  1, t  1,5 e t  2. (0,5)1  0,5; (0,5)1,5  0,35; (0,5)2  0,25

c) Com base no item anterior, determine um intervalo que contenha 0,328. 0,25  0,328  0,35 ou, ainda: (0,5)2  0,358  (0,5)1,5

d) Agora, estabeleça o intervalo que contém t, ou seja, quantas meias-vidas haviam se


passado quando descobriram as flautas de Jiahu. 1,5  t  2, ou seja, entre 1,5 e 2 meias-vidas
e) Com base no item d,, determine o intervalo em que as flautas foram confeccionadas.
entre 8.595 e 11.460 anos
f ) Teste mais valores para (0,5)t (com uma calculadora científica) e estabeleça um intervalo
mais preciso para a idade das flautas de Jiahu.
Resposta possível: Como (0,5)1,6  0,3299, as flautas de Jiahu têm entre 8.595 e 9.168 anos.

Pesquisadores apontaram
como 9.000 anos a idade
aproximada das flautas.

Função exponencial Capítulo 9 187

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CAPÍTULO Função logarítmica

10
Além da teoria

Estudos sobre desertificação de uma região mostraram que esse processo avança a uma taxa de 2,4%
ao ano. Atualmente, estima-se que 6.100 km2 desse local já estejam desertificados.

Qual será a área desertificada daqui a um ano? E daqui a cinco anos? 6.246,4 km2;  6.868 km2

Em quantos anos essa área será de 6.710 km2? (Considere: 1,0244  1,1)
Espera-se que os alunos resolvam este exercício pelo método de tentativa e erro.
Após quanto tempo essa área dobrará? (Se necessário utilize uma calculadora científica.)
Espera-se que os alunos resolvam pelo método de tentativa e erro. Se julgar necessário, orientar os alunos para que eles encontrem
a equação (1.024)x 5 2.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Com os conteúdos deste capítulo, você poderá resolver este e outros problemas que
envolvem o conceito de logaritmo.
JARbAs oLiveiRA/foLhA imAgem

Região de Gilbués, em 2004 (município localizado


na região sul do Piauí), que tem um dos maiores
índices de desertificação do país. A mineração foi
o fator predominante para o desencadeamento
do processo de degradação do solo.

188 Capítulo 10 Função logarítmica

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 188 06.03.10 17:14:16


1 Os fundamentos da teoria
dos logaritmos
Em que estágio estaria hoje o conhecimento astronômico se o matemático e astrônomo ale-
mão Johannes Kepler (1571-1630) tivesse à sua disposição uma dessas modernas calculadoras
eletrônicas, tão comuns no nosso dia a dia?
Essa questão provoca algumas reflexões interessantes, por exemplo: o tempo despendido por
Kepler em cálculos desgastantes como 3,25694 ? 1,78090 ou 3,25694 : 1,78090, tão frequentes
em estudos astronômicos, poderia ter sido empregado em pesquisas e, talvez, tivéssemos hoje uma
quarta lei de Kepler.
Até o século XVII, cálculos envolvendo multiplicações ou divisões eram bastante incômodos,
não só na Astronomia mas em toda ciência que tratasse de medidas. O escocês John Napier (1550-
-1617), também conhecido como Neper, preocupou-se seriamente em simplificar esses cálculos e,

huLton ARChive/getty imAges


após vinte anos de pesquisa, publicou, em 1614, o resultado de seus estudos, apresentando ao
mundo a teoria dos logaritmos. O princípio básico dos logaritmos é: transformar uma mul-
tiplicação em adição ou uma divisão em subtração, pois adicionar ou subtrair números é
normalmente mais rápido que multiplicá-los ou dividi-los.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

A ideia de Neper é relativamente simples: representam-se os números positivos como potências de


um mesmo número. Por exemplo, cada coluna da tabela abaixo apresenta um número e a respectiva
representação como potência de base 10. Assim, na primeira coluna, temos 1,78090 5 100,25064.

Número 1,78090 1,82881 3,25694 5,80029 John Napier, criador


Potência de base 10 10 0,25064
100,26217
10 0,51281
100,76345 dos logaritmos.
Gravura, cerca de 1600.
Com essa tabela, podem-se calcular:
1· coluna da tabela 4· coluna da tabela

• 3,25694 ? 1,78090 5 100,51281 ? 100,25064 5 100,51281 1 0,25064 5 100,76345 5 5,80029



conserva-se a base 10 e
3· coluna da tabela adicionam-se os expoentes

Observe que o produto foi calculado pela soma dos expoentes das potências de dez.

• 3,25694 : 1,78090 5 100,51281 : 100,25064 5 100,51281 2 0,25064 5 100,26217 5 1,82881

Observe que o quociente foi calculado pela diferença dos expoentes das potências de dez.
Nota:
O vocábulo logarithmus foi criado por Neper das palavras gregas: logos, que significa
“razão” ou “cálculo”, e arithmós, que significa “número”.

2 O conceito de logaritmo

Para desmistificar desde já a palavra logaritmo, saiba que esse nome foi criado por Neper
para substituir a palavra “expoente”. Isso mesmo, logaritmo significa expoente, conforme explica-
mos a seguir.
Considere uma potência qualquer de base positiva e diferente de 1, por exemplo:

34 5 81
Ao expoente dessa potência damos o nome de logaritmo. Dizemos que 4 é o logaritmo de
81 na base 3. Em símbolos, escrevemos:
34 5 81 ⇔ log3 81 5 4

Função logarítmica Capítulo 10 189

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 189 06.03.10 17:14:22


Exemplos 3
 1 1 1
a) 2 4 5 16 ⇔ log2 16 5 4 c)    5   ⇔   log 1  5 3
 5 125 5
125
1 1
b) 322  5   ⇔  log3  5 2 2
9 9
Definimos:

Sendo a e b números reais positivos, com b  1, chama-se logaritmo de a na base b o


expoente x tal que b x 5 a.
logb a 5 x ⇔ b x 5 a

Na sentença logb a 5 x:
• a é o logaritmando;
• b é a base do logaritmo;
• x é o logaritmo de a na base b.
Exemplos
a) log5 25 é o expoente x da potência de base 5 tal que 5x 5 25.
Então:
5x 5 25 ⇔ 5x 5 52
x52

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Assim: log5 25 5 2
1 1
b) log2    é o expoente x da potência de base 2 tal que 2 x  5  .
32 32
Então:
1
2 x  5   ⇔  2 x  5 22 5
32
   x  5 2 5
1
Assim: log2    5 2 5 .
32
c) log 3 1 é o expoente x da potência de base 3 tal que 3 x 5 1.
Então:
3x 5 1 ⇔ 3x 5 30
x50
Assim: log3 1 5 0

d) log7 5 7 2  é o expoente x da potência de base 7 tal que 7 x  5  5 7 2 .


Então: 2
7 x  5  5 7 2  ⇔  7 x  5 7 5
2
   x  5 
5
2
Assim: log7 5 7 2  5  .
5

Notas:
1. A existência e unicidade de log b a é garantida pelas condições: a . 0, b . 0 e b  1. Ou
seja, se alguma dessas restrições não for obedecida, não estará garantida a existência ou a
unicidade do logaritmo. Por exemplo, de acordo com a definição:
• log2 (24) deveria ser um único número x tal que 2x 5 24, o que é impossível, pois qual-
quer potência de base positiva é positiva.
• log1 2 deveria ser um único número x tal que 1x 5 2, o que é impossível, pois qualquer
potência de base 1 é igual a 1.
• log 1 1 deveria ser um único número x tal que 1x 5 1, porém existem infinitos valores de
x que satisfazem essa igualdade.
2. É importante observar a estreita ligação entre o logaritmo e a função exponencial. Por
exemplo, o cálculo de um logaritmo recai na resolução de uma equação exponencial. Mais
adiante, no estudo da função logarítmica, vamos detalhar melhor essa relação.

190 Capítulo 10 Função logarítmica

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 190 06.03.10 17:14:29


Logaritmo decimal

historic photo archive/getty images


Abandonando uma pequena pedra sobre a
superfície terrestre, ocorrerá uma liberação de
energia que fará a superfície vibrar levemente. Se,
no lugar da pedra, for abandonado um tijolo, a
energia liberada fará vibrar mais intensamente
essa superfície. Imagine um cubo maciço de gra-
nito com 2 km de aresta abandonado de uma al-
tura de 280 km: a energia liberada será equivalen-
te a 200 trilhões de quilowatt-hora (kWh). Essa foi
a medida da energia liberada pelo terremoto
ocorrido em São Francisco, Califórnia, em 1906.
Mais violento ainda foi o terremoto que arrasou
Lisboa em 1755, liberando energia equivalente a
350 trilhões de kWh.
Vista da cidade de São Francisco, no estado da Califórnia, após
A intensidade de um terremoto pode ser me-
terremoto em 1906.
dida através da escala Richter, criada pelo sismó-
logo norte-americano Charles Francis Richter

nyt/the new york times/latinstock


(1900-1985). Nessa escala a intensidade I de um
terremoto, em função da energia E liberada pelo
terremoto, em quilowatt-hora, é dada por:
2  E 
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

I  5  log   ,
3  E0 
em que E0 5 7 ? 1023 kWh e o logaritmo é de-
cimal, isto é, tem base 10.

Em janeiro de 2010, o terremoto que atingiu o Haiti teve intensidade


7,0 na escala Richter.

Chama-se logaritmo decimal aquele cuja base é 10.


Indica-se o logaritmo decimal de um número a simplesmente por log a (a base 10 fica
subentendida).

Exemplo
log 100 é o expoente x da potência de base 10 tal que 10 x 5 100.
Temos:
10 x 5 100 ⇔ 10 x 5 102
x52
Assim: log 100 5 2

Propriedades dos logaritmos


Aplicando as propriedades estudadas na função exponencial, obtemos as seguintes proprie-
dades dos logaritmos, para quaisquer números reais positivos a e b, com b  1:

P1.  logb b 5 1

De fato, indicando logb b por x, temos:


logb b 5 x ⇔ b x 5 b
x51
Assim: logb b 5 1

Função logarítmica Capítulo 10 191

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 191 06.03.10 17:14:37


P2. log b 1 5 0

De fato, indicando logb 1 por x, temos:


logb 1 5 x ⇔ b x 5 1
 bx 5 b0 ⇒ x 5 0
Assim: logb 1 5 0

P3. logb a y 5 y ? logb a (para qualquer número real y)

De fato, indicando logb a por x, temos:


logb a 5 x ⇔ b x 5 a
Elevando ao expoente y ambos os membros da última igualdade, temos:
y
(b x ) 5 a y ⇔ b yx 5 a y
E, pela definição de logaritmo:
b xy 5 a y ⇔ yx 5 logb a y
Como x representa o logb a, concluímos:
y ? logb a 5 logb a y

P4. logb b x 5 x (para qualquer número real x)

De fato, pelas propriedades P3 e P1, temos:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
logb b x 5 x ? logb b 5 x ? 1 5 x

P5. b log b a 5 a

De fato, indicando logb a por x, temos:


logb a 5 x ⇔ b x 5 a
Como x representa o logb a, concluímos:
b log b a 5 a

Exercícios resolvidos

R.1 Calcular os logaritmos. c) log  3 10 . 000  5  x   ⇔  10 x  5  3 10 .000


.
9
a) log 32 64 d) log
g7  4
49
3   10 x  5  3 10 4  ⇒  10 x  5 10 3
1
b) log 25 e) log 0,1 0,0001 4
125    x  5
3
c) log  3 10.000 4
Assim: log  3 10 . 000  5
3
Resolução
a) log 32 64 5 x ⇔ 32 x 5 64 9
x
 7 9
Decompomos em fatores primos as bases 32 e 64: d) logg 7    5  x   ⇔     5 
3
49  3 49
(25 ) x  5  26  ⇒   25 x  5  26 x 2 x 22
6  7  3  7  7
  5 x  5 6  ⇒   x  5       5    ⇒      5   
5  3  7  3  3
6    x  5 2 2
Assim: logg 32  64   5 
5
9
1 1 Assim: logg 7    5 2 2
b) logg 25    5  x   ⇔   25 x  5  49
125 125 3

  5 2 x  5 5 − 3  ⇒   2 x  5 2 3 e) log 0,1 0,0001 5 x ⇔ 0,1x 5 0,0001


3
   x  5 2  10 21 ? x 5 1024 ⇒ 2x 5 24
2
x54
1 3
Assim: logg 25    5 2 Assim: log 0,1 0,0001 5 4
125 2

192 Capítulo 10 Função logarítmica

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 192 06.03.10 17:14:56


R.2 Dado log 2 5  2,32, calcular log 2 125. Resolução
Resolução Pela propriedade P5: 7 log 7 6 5 6
Por P1: log 4 4 5 1
log 2 125 5 log 2 53 5 3 ? log 2 5 5 3 ? 2,32 5 6,96
Por P2: log 3 1 5 0

propriedade P3
Assim:
E56211055

O valor 2,32 é um valor aproximado do log 2 5. R.4 Determinar o valor da expressão E  35log3 2.
Com o intuito de simplificar os enunciados e as
resoluções, em outras questões também adota- Resolução
remos valores aproximados como se fossem va- Por P3: 5 log 3 2 5 log3 2 5 5 log 3 32
lores exatos de logaritmos.
Portanto:
E 5 3 5log3 2 5 3 log3 32 5 32

R.3 Determinar o valor da expressão


propriedade P5
E  7log 7 6  log 4 4  log3 1.

Exercícios propostos
x
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

1 Calcule os logaritmos. 5 (Mackenzie-SP) Se x 5 log 3 2, então 9 2 x  1 8


81 2 é
7
a) log 2 256 8 f) log 256 128 8
igual a: alternativa b
1 16 4
a) 12 b) 20 c) 18 d) 36 e) 48
b) logg 7   22 g) logg 8
 
49 27
81 3

125 2 6 (Unirio-RJ) Um médico, após estudar o crescimen-


c) logg 5   3 h) log  5 100 5 to médio das crianças de determinada cidade, com
2
8
idades que variam de 1 a 12 anos, obteve a fórmula
d) logg 3  
16
81
24 i) log 0,5 0,125 3 ( )
h  5  lo g  10 0 ,7  ?  i , em que h é a altura, em metro,
2 e i é a idade, em ano. Pela fórmula, uma criança de
e) log 10.000 4 10 anos dessa cidade terá a altura de: alternativa a
a) 120 cm
2 Usando a tabela quando necessário, determine o va- b) 123 cm
lor da incógnita em cada um dos itens a seguir. c) 125 cm
d) 128 cm
x 2x 3x 10 x e) 130 cm
1,6 3,0314 5,7995 39,8107
2,3214 4,9981 12,8111 209,6042 7 O tempo n, em ano, para que um capital de
R$ 1.000,00 aplicado à taxa de juro composto de
10 1.024 59.049 10.000.000.000
10% ao ano produza o montante de R$ 1.430,00 é:
a) log 2 y 5 2,3214 4,9981 c) log 3 59.049 5 r 10 a) n 5 log 1,43 1,1 d) n 5 log 1,1 1,1
b) log 3 t 5 2,3214 d) log 39,8107 5 s 1,6 b) n 5 log 1,1 1,43 e) n 5 log 1,1 (1,43)2
12,8111 c) n 5 log 1,43 1 alternativa b
3 Calcule os logaritmos a seguir sabendo que
log 3 2 5 0,63. 8 Como vimos no capítulo anterior, todo número
a) log 3 8 1,89 c) logg 3   4 3
0,42 real não nulo pode ser representado sob a forma
k ? 10m, em que k é um número real, com 1  | k |  10,
1
b) logg 3   22,52 e m é um número inteiro. Essa forma de represen-
16
tação é conhecida como notação científica. Por
exemplo:
4 Calcule o valor de 5 7 usando os valores apresenta-
dos na tabela: 1,48 32.920.000 5 3,292 ? 107
0,00458 5 4,58 ? 1023
x log x
7,00 0,85 Reúnam-se em grupo e representem sob a notação
científica o número 8105, sabendo que log 2 5 0,3 e
1,48 0,17
log 3,2 5 0,5. 3,2 ? 1094

Resolva as questões 1 e 2 do Roteiro de trabalho.

Função logarítmica Capítulo 10 193

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 193 06.03.10 17:15:10


Outras propriedades dos logaritmos
Em um dos itens do problema apresentado na página de abertura deste capítulo, queríamos
determinar o tempo x, em ano, para que a área em processo de desertificação dobrasse, conside-
rando que a taxa de crescimento dessa área é de 2,4% ao ano.
Equacionando essa situação temos:
6.100 ? (1,024)x 5 12.200 ⇒ (1,024)x 5 2
Para resolver equações do tipo (1,024)x 5 2, utilizaremos mais algumas propriedades do lo-
garitmo, apresentadas a seguir.
Sendo a, b e c números reais positivos, com b  1, temos:

P6. log b ac 5 log b a 1 log b c

De fato, sendo (logb a 5 x ⇔ b x 5 a) e (logb c 5 y ⇔ b y 5 c), podemos afirmar que


b x ? b y 5 a ? c, o que equivale a b x 1 y 5 ac.
Pela definição de logaritmo, temos:
b x 1 y 5 ac ⇔ x 1 y 5 log b ac
E portanto:
log b a 1 log b c 5 log b ac

Exemplos

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) log3 (9 ? 3) 5 log3 9 1 log3 3 b) log2 (32 ? 4) 5 log2 32 1 log2 4

a
P7. log
gb  5 logb  a  2 logb c
c

bx a
De fato, sendo (logb a 5 x ⇔ b x 5 a) e (logb c 5 y ⇔ b y 5 c), podemos afirmar que y  5  , o
b c
a
que é equivalente a b x  2  y  5  .
c
Pela definição de logaritmo, temos:
a a
b x  2  y  5   ⇔  x  2 y  5 logb  
c c
E portanto:
a
logb  a  2 logb  c  5 logb  
c

Exemplos
25 64
a) log5    5 log5 25 2 log5 5 b) log2    5 log2  64 2 log2  4
5 4

log
gk  a
P8. Mudança de base: log
gb  a  5 
log
gk  b
(para qualquer número real k, positivo e diferente de 1)

De fato, sendo (logb a 5 x ⇔ b x 5 a), (logk a 5 y ⇔ k y 5 a) e (logk b 5 z ⇔ k z 5 b), podemos


afirmar que: b x 5 a 5 k y ⇒ b x 5 k y
Como b 5 k z, temos:
( )
x
b x  5 k y  ⇒   k z  5 k y
  k zx  5 k y  ⇒  zx  5 y
y
   x  5 
z
logk  a
E portanto: logb  a  5 
logk  b

194 Capítulo 10 Função logarítmica

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 194 06.03.10 17:15:18


Exemplos
log3  81 log2  16
a) log27  81 5  b) log32  16 5 
log3  27 log2  32
Nota:
O principal objetivo de Neper, criador dos logaritmos, foi atingido com as propriedades P6 e
P7, pois com elas as multiplicações e divisões são transformadas em adições e subtrações,
respectivamente. Com isso, a partir da publicação dos logaritmos, em 1614, os cientistas tive-
ram seu trabalho com cálculos significativamente atenuado. O surgimento das calculadoras
eletrônicas eliminou por definitivo as dificuldades de cálculos.

Exercícios resolvidos

R.5 Dados log 5 7  1,21 e log 5 2  0,43, calcular:


a) log 5 14 c) log 2 7 e) log 5 0,7
b) log 5 3,5 d) log 5 28 f) log
g 14   7
Resolução
a) logg 5  14  5 lo
  log
lo g 5 (7
(7  ?  2) 5  lo g 5  7  1 lo
  lo
logg 5   2  5 1, 21 1 0, 4 3  5 1, 64

propriedade P6

7
b) logg 5  3, 5 5 log
 l og 5    5  lo g 5  7  2 lo
  lo
logg 5   2  5 1, 2 1 2 0, 4 3  5 0, 78
2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

propriedade P7

logg 5  7 1, 2 1
c) logg 2  7  5   5     2, 8 1
logg 5   2 0, 4 3

propriedade P8

d) log 5 28 5 log 5 (22 ? 7) 5 log 5 22 1 log 5 7 5 2log 5 2 1 log 5 7 5 2 ? 0,43 1 1,21 5 2,07
7
e) logg 5  0, 7  5 log
 l og 5    5 log 5 7  2 lo
  log
lo g 5 1 0  5 log 5 7  2  lo g 5 (2
2 ? 5) 5
10
 l og 5  7  2 (l og 5   2  1 log 5 5) 5 1, 21 2 (0, 4 3  1 1)) 5 2 0, 2 2
5 log
1 1 1
logg 5   7 logg 5  7 2  ? log
lo g 5  7
log  ? 1, 2
21 0, 605
f) logg 14   7 5 5 5 2 5 2 5  0, 3 7
logg 5  14 logg 5   ((2  ? 7) logg 5   2  1  lo g 5  7 0, 43
4 3  1 1, 2 1 1, 6 4
▲ ▲

propriedade P8
propriedades P3 e P6

R.6 Sabendo que log15 9  a, calcular log 15 5 em função de a.


Resolução
log 15 9 5 a ⇔ log 15 3 2 5 a
Pela propriedade P3, podemos escrever:
a
2 ? log15 3 5 a, ou seja, logg 15  3
   5 
2
Então:
15 a 2  2  a

logg 15  5 5 log
lo g 15    5  logg 15  15 2 logg 15  3  5 1 2   5 
log
3 2 2

propriedade P7

R.7 (UFMG) O pH de uma solução aquosa é definido pela expressão pH  log [H], em
que [H] indica a concentração, em mol/L, de íons de hidrogênio na solução e log, o
logaritmo na base 10. Ao analisar determinada solução, um pesquisador verificou
que, nela, a concentração de íons de hidrogênio era [H]  5,4 ? 108 mol/L.
Para calcular o pH dessa solução, ele usou os valores aproximados de 0,30 para log 2 e
de 0,48 para log 3.
Então, o valor que o pesquisador obteve para o pH dessa solução foi:
a) 7,26 b) 7,32 c) 7,58 d) 7,74

Função logarítmica Capítulo 10 195

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 195 06.03.10 17:15:35


Resolução
pH 5 2log (5,4 ? 10 28) 5 2log (54 ? 10 29) 5 2log (3 3 ? 2 ? 10 29)
 pH 5 2(log 3 3 1 log 2 1 log 10 29) 5 2(3log 3 1 log 2 2 9log 10)
 pH 5 2(3 ? 0,48 1 0,30 2 9 ? 1) 5 7,26
Portanto, a alternativa a é a correta.

R.8 Um empresário infrator foi pena-

ed feRReiRA/AgÊnCiA estAdo
lizado pelo Ibama com uma multa
de R$ 3.000,00 com vencimento
no último dia do ano. Caso o pa-
gamento não fosse efetivado até
31 de dezembro, o valor seria rea-
justado à taxa de juro composto
de 0,05% ao dia. Sabendo que o
empresário pagou R$ 3.019,50
por essa multa, em que dia e mês
foi efetuado o pagamento?
(Adotar: log 10.065  4,0028;
log 10.005  4,0002.) Apreensão de madeira ilegal em serrarias de Tailândia,
Resolução no sul do Pará, em 2008.
Indicando por C, M, i e t o valor nominal da multa, o valor pago pela multa, a taxa ao dia

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e o tempo, em dia, respectivamente, esquematizamos:
C 5 3.000
M 5 3.019,50
i 5 0,05% 5 0,0005
t5?
Aplicando a fórmula M 5 C (1 1 i)t, obtemos:
3.019,50 5 3.000(1 1 0,0005)t ⇒ (1,0005)t 5 1,0065
 t 5 log1,0005 1,0065
Pela propriedade da mudança de base, transformamos o logaritmo para a base 10:
10 . 065
log 
log 1, 0065 10 . 000  5  log 1
100 . 065 2 log 10 4
t  5 log
lo g 1,0005  1
log  1, 0065 5 5
log 1, 0005 10 . 005 log 10 . 005 2 log 10 4
log 
10 . 000
4 , 0028  2 4 0, 0028
  t  5  5   5 14
4 , 0002  2 4 0, 0002
Portanto, a multa foi paga com 14 dias de atraso, no dia 14 de janeiro.

R.9 Uma caixa-d’água com 5.000 L de capacidade tem, internamente, a x 10x


forma de um cubo.
0,20 1,58
Adotando o valor log 5  0,69 e os valores da tabela ao lado, calcu-
lar a medida, em metro, de cada aresta do cubo. 0,21 1,62

Resolução 0,22 1,66

Como 1 L 5 1 dm3, então: 5.000 L 5 5.000 dm3 5 5 m3 0,23 1,70

Assim, indicando por a a medida, em metro, da aresta do cubo, ob- 0,24 1,74
temos: 0,25 1,78
a3 5 5 ⇒ 3 5 loga 5
Pela propriedade da mudança de base, transformamos o logaritmo para a base 10:
log 5
5  ⇒  3  5 
3  5  lo g a  5
log  a
log 5 0, 6 9
  log   a  5 5 5 1 0 0 ,2 3
 5 0, 2 3  ⇒   a   5
3 3
Observando a tabela, concluímos que: a 5 1,70
Logo, cada aresta do cubo mede 1,70 m.

196 Capítulo 10 Função logarítmica

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 196 06.03.10 17:15:45


Exercícios propostos

9 Sabendo que log 6 11  1,34 e log 6 2  0,37, 16 Ao perceber uma mancha de óleo no mar, o capi-
calcule. tão de um navio petroleiro comunicou imediata-
a) log 6 22 1,71 d) log 2 11  3,62 mente à Capitania dos Portos o vazamento em seu
navio.
2
b) logg 6   0,97 e) log 11 2  0,28
11

GENILSON ARAÚJO/AGÊNCIA O GLOBO


c) log 6 5,5 0,97 f) log 6 16 1,48

10 Sabendo que log 5  0,69 e log 3  0,48, calcule


log 6. 0,79

11 Dado log 2  0,301, como podemos calcular o va-


Espera-se que os alunos resolvam através das
lor de log 5? propriedades do logaritmo, fazendo:
10
log 5  lo
log 
g   log 10  log 2  1  0,301  0,699
2
12 Determine x tal que x  log 7 25  log 5 7.
x2

13 Dado que 5 a  3, tem-se que log 3 75 é igual a: Vista aérea de uma enorme mancha de óleo na Baía de
2  a 2 a alternativa a Guanabara, Rio de Janeiro. (2008)
a) d)
a 1   a
Algum tempo depois, os técnicos da Defesa Am-
a 2   1 1   2a
2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

b) e) biental constataram que a mancha de óleo cobria


a a 12 km2 da superf ície do mar e crescia 2% por hora;
a concluíram também que, no momento do comuni-
c)
1  a cado à Capitania dos Portos, a área da mancha de
óleo era 10 km2. Supondo que a taxa de crescimen-
14 (Vunesp) A expectativa de vida, em ano, em uma to tenha sido constante até o momento da medição,
região, de uma pessoa que nasceu a partir de 1900 quanto tempo decorreu desde o momento do co-
no ano x (x  1900) é dada por municado à Capitania dos Portos até a conclusão
L(x)  12(199 log x  651). Considerando log 2  0,3, da medição da área da mancha de óleo?
uma pessoa dessa região que nasceu no ano 2000 (Use: log 2  0,30; log 3  0,48; log 17  1,23) 8 horas
tem expectativa de viver: alternativa d
17 Um capital C, aplicado durante n anos à taxa de juro
DAVID YOUNG-WOLFF/GETTY IMAGES

composto de 20% ao ano, produzirá um montante M


(capital  juro) dado por M  C (1,2)n.
O gráfico a seguir descreve a variação de M em fun-
ção de n. Determine os valores x, y e z que represen-
tam as abscissas dos pontos E, F e G, dados
log 2  0,30 e log 3  0,47.
M
2C G
30
x  1; y  2; z   
7
1,44C
FAUSTINO
F
1,2C
C E

Segundo o IBGE, em 2050, seremos 259,8 milhões de


brasileiros e nossa expectativa de vida, ao nascer, será de
81,3 anos.
0 x y z n
a) 48,7 anos d) 68,4 anos
b) 54,6 anos e) 72,3 anos a) Em quanto tempo o capital aplicado será dupli-
c) 64,5 anos cado?  4,3 anos
b) Embora a parte do gráfico que liga os pontos E e
15 Uma cultura de micro-organismos, que cresce 20% F não seja um segmento de reta, podemos
por hora, apresentava 100.000 indivíduos no início de aproximá-lo pelo segmento de reta tEF. Com
um estudo. Adotando log 2  0,30 e log 3  0,48, essa aproximação, calcule o montante produzido
calcule o tempo necessário, a partir do início desse em 1,5 mês. 1,32 C
estudo, para que a cultura atinja 300.000 indivíduos. (Sugestão: Aplique o teorema de Tales.)
6 horas

Função logarítmica Capítulo 10 197

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 197 4/20/10 3:49:18 PM


3 Função logarítmica

Vimos, neste capítulo e no anterior, que vários problemas do cotidiano ou do universo cientí-
fico relacionam grandezas que crescem ou decrescem através do produto por taxas constantes:
juros em aplicações financeiras, crescimento populacional, decaimento radioativo, depreciação
de um bem etc. O estudo desses problemas exige o conhecimento das funções exponencial e
logarítmica, com as quais economistas fazem projeções, geógrafos estudam populações, biólo-
gos avaliam crescimento de culturas bacteriológicas ou químicos estimam o tempo de duração
de substâncias radioativas.
RAymond foRbes/mAsteRfiLe/otheR imAges

Espectrômetro de massa, aparelho que


mede a massa atômica dos elementos

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
químicos presentes em uma amostra.

Para exemplificar, vamos considerar uma amostra de 1 kg de plutônio, elemento químico


que perde 0,4% de sua massa a cada século.
Aplicando a fórmula do montante, com taxa negativa, obtemos a função que descreve o
tempo t, em século, em função da massa remanescente M dessa amostra, em quilograma:
M 5 1(1 2 0,004)t ⇒ M 5 (0,996)t
∴ t 5 log0,996 M

Neste capítulo estudaremos funções desse tipo, chamadas de funções logarítmicas.

Chama-se função logarítmica toda função f : ®* → ® tal que f (x) 5 logb x, em


que b é um número real, positivo e diferente de 1.

Exemplos
a) f (x) 5 log2 x é uma função logarítmica. Por meio de uma tabela, podemos obter alguns
pontos dessa função e, a partir deles, esboçar o gráfico de f :
y
x log2 x
f
1 3
23
8
2
1 1
22 4
4 1
1 1
1
fAustino

21 8 2
2
0 1 2 4 8 x
1 0
�1
2 1

4 2 �2

8 3 �3

• D(f ) 5 ®*
• Im(f ) 5 ®
• f (x) 5 log2 x é uma função crescente em todo o seu domínio

198 Capítulo 10 Função logarítmica

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 198 06.03.10 17:16:15


b) g ( x ) 5 log 1   x é uma função logarítmica. Esboçando o gráfico, temos:
2
y
x log1 x
2 3

1
3 2
8
1 1
2
4

fAustino
0 2 4 8
1
1 1 1 1 x
2 8 2
1 0 1 �1
4
2 21 �2
4 22
�3
8 23 g

• D(g) 5 ®*
• Im(g) 5 ®
• g ( x )  =  log 1 x é uma função decrescente em todo o seu domínio
2

Propriedades da função logarítmica


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

P1. logb x 5 logb y ⇔ x 5 y, para quaisquer números reais positivos x, y e b com b  1

P2. A função logarítmica f (x) 5 logb x é crescente em todo seu domínio se, e somente
se, b . 1.

y
logb x2 f (x) � logb x, com b � 1

logb x1

1
0 x1 x2 x
iLustRAÇÕes: fAustino

Tem-se, então:
logb x2 . logb x1 ⇔ x2 . x1, para quaisquer números reais positivos x1, x2 e b, com b . 1

P3. A função logarítmica f (x) 5 logb x é decrescente em todo seu domínio se, e
somente se, 0  b  1.

y f (x) � logb x, com 0 � b � 1


x1 x2
0 1 x

logb x1

logb x2

Tem-se, então:
logb x2  logb x1 ⇔ x2 . x1, para quaisquer números reais positivos x1, x2 e b, com b  1

Função logarítmica Capítulo 10 199

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 199 06.03.10 17:16:23


A função logarítmica e a função exponencial
Dado um número real qualquer b, positivo e diferente de 1, temos:
I. Para todo número real positivo x, existe um único número real y tal que y 5 logb x.
II. Para todo número real y existe um único número real positivo x tal que y 5 logb x.
As condições (I) e (II) mostram que a função y 5 logb x é uma correspondência biunívoca
entre os conjuntos ®* e ® e, portanto, essa função admite inversa, que podemos encontrar subs-
tituindo x por y e y por x, obtendo:
x 5 logb y
E, em seguida, isolamos a variável y, obtendo:
x 5 logb y ⇒ y 5 bx

Exemplo
A figura 1, abaixo, apresenta os gráficos das funções inversas f (x) 5 log2 x e f 21(x) 5 2x; e a
x
 1
figura 2, os gráficos das funções inversas f ( x ) 5 log 1   x e f 2 1( x ) 5   .
2
 2

Note, em cada figura, a simetria dos gráficos em relação à reta r, bissetriz dos quadrantes
ímpares.
y y
y � 2x r x
r

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1
y�
2 2
2

1 y � log 2 x
iLustRAÇÕes: fAustino

1
0,5
0,5
�1 1 2 x �1 1 2 x

�1 �1
y � log1 x
2

figura 1 figura 2

Exercícios resolvidos

R.10 Determinar o domínio da função Em seguida isolamos a variável y:


f (x)  log 4 (2x  12).
x 5 log 2 (2y 1 1) ⇒ 2x 5 2y 1 1, ou seja,
Resolução
2 x  2 1
A condição de existência de qualquer log b a é y  5 
2
{a, b}  R* e b  1.
2 x  2 1
Como na função f a base (4) do logaritmo é positiva Logo, a inversa de y 5 log 2 (2x 1 1) é: y  5 
2
e diferente de 1, basta impor a condição sobre o lo-
garitmando, isto é: R.12 Determinar a inversa da função y  2  5 x  1.

2x 2 12 . 0 ⇒ x . 6 Resolução
• Substitui-se x por y e y por x:
Logo: D ( f ) 5 {x  R | x . 6} x 5 2 1 5y11
• Isola-se a variável y:
R.11 Obter a inversa da função y  log 2 (2x  1). x 2 2 5 5 y 1 1 ⇒ y 1 1 5 log 5 (x 2 2), ou seja,
Resolução y 5 21 1 log 5 (x 2 2)
Inicialmente trocamos x por y e y por x: Logo, a inversa de y 5 2 1 5 x 1 1 é:
x 5 log 2 (2y 1 1) y 5 21 1 log 5 (x 2 2)

200 Capítulo 10 Função logarítmica

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 200 06.03.10 17:16:30


Exercícios propostos

18 Construa no caderno o gráfico de cada função. 25 (Ufac) A inversa da função


a) f (x)  log 3 x f ( x )   =  log   2   +  lo
lo g 3  2
log lo g 3   (( x   +  6) é:
  log alternativa c
Ver construções no Suplemento
com orientações para o professor
professor.. 3 x    2
b) f (x)  logg 1   x
a) f 1 ( x )   
3 6
19 Classifique, no caderno, como crescente ou decres-
cente cada uma das funções. 12 x    3
b) f 1 ( x )   
a) f (x)  log 9 x c) h( x )   logg π   x 6
crescente crescente 3
b) g (x)  log 0,4 x d) t ( x )   logg π   x 3x
c) f 1 ( x )      6
decrescente decrescente 4 2

20 Classifique, no caderno, como verdadeira ou falsa 6 x   3


d) f 1 ( x )   
as afirmações seguintes, sendo a e b números reais 2
positivos.
e) f 1(x)  3x  12
a) log 3 x  log 3 5 ⇔ x  5 verdadeira

b) log 3 a  log 3 b ⇔ a  b verdadeira


26 No final de junho de 2009, estudos do IBGE estima-
c) logg 1   a   lo
lo g 1   b   ⇔   a    b
  log falsa vam a população brasileira em 191,5 milhões de
3 3 habitantes e em 1,1% a taxa de crescimento dessa
d) log 0,7 a  log 0,7 b ⇔ a  b população até o ano 2025.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

verdadeira
Comentar que esse mapa
e) logg 1, 5
  a   lo
  log
lo g 1, 5
  b   ⇔   a    b verdadeira é meramente ilustrativo.

RUBBERBALL/LATINSTOCK
21 Determine o domínio das funções.
 6
a) f (x)  log 7 (5x  6) D (f )  x   ® | x    
 5 
b) g (x)  log (x 2  5x  6) D(g)  {{xx  ® | x  2 ou x  3}

2 x 
x   6
c) t ( x )   logg 5   D(t)  {{xx  ® | x  2 ou x  3}
x    2

22 Reúna-se com um colega e descrevam as condições


de existência da função f (x)  logx  5 (x2  4x). Em
seguida, determinem o domínio dessa função.
D(f )  {{xx  ® | x  5 e x  6}

23 O gráfico abaixo representa a função f (x)  log 3 x.


Calcule a área do trapézio sombreado. 9
Segundo o IBGE, espera-se que a
y f população brasileira atinja o
chamado "crescimento zero" por
FAUSTINO

volta de 2062, apresentando, a


partir daí, taxas de crescimento
3 9 x negativas.

a) Dado que (1,011)16  1,19, obtenha um valor


24 Em um certo país, cuja unidade monetária é o dená- aproximado da população brasileira ao final de
rio (D$), a inflação é de 100% ao ano, ou seja, os pre- junho de 2025. 227,9 milhões de habitantes
ços médios dos produtos aumentam 100% ao ano. b) No período considerado, adote como instante 0
a) Calcule os preços médios (em D$) de um pro- (zero) o momento em que a população era 191,5
duto correspondente aos anos: 0, 1, 2, 3, y, sa- milhões de habitantes e obtenha uma equação
bendo que o preço médio atual (tempo zero) é que expresse a população brasileira y, em
D$ 1,00. Em seguida, construa uma tabela para milhões de habitantes, em função do tempo x,
registrar o tempo (em ano) e o preço médio (em em ano. y  191,5  (1,011)x
D$) obtidos. c) A partir da equação obtida no item b, obtenha
b) Indicando por x o preço, em denário, desse pro- uma equação que expresse o tempo, em ano, em
duto daqui a y anos, obtenha uma equação que função da população brasileira, em milhão de
y
expresse y em função de x. y  log2 x habitantes. x   lo
 log
g1,011  
191, 5
c) Construa o gráfico da função do item b. d) Qual é a inversa da função obtida no item b?
x
24. a) Tempo (ano) Preço (D$) 24. c) y y   lo
 logg1,011  
191, 5
0 1 3
Resolva as questões 3 e 4 do Roteiro de trabalho.
1 2 2
FAUSTINO

2 4 1
3 8
y 2y 1 2 4 8 x Função logarítmica Capítulo 10 201

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 201 4/20/10 4:10:55 PM


4 Equações logarítmicas

A medida N do nível sonoro, em decibel (dB), em função da potência I de som, em watt (W)
10
 I 
por centímetro quadrado, é dada por N   log   16  .
 10 

GUGA MATOS/AGÊNCIA ESTADO

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A banda inglesa Motörhead fez o fechamento da primeira noite da 17· edição do Abril Pro Rock, realizado na
cidade de Recife (PE), em abril de 2009.

Em certo show de rock, constatou-se que a medida do nível sonoro (em decibel) correspondia
a uma vez e meia a medida do nível sonoro obtida no centro da cidade de São Paulo na hora de
trânsito intenso, em que a potência era 108 W/cm2. Para determinar a potência I do som, no
momento da medição do nível sonoro nesse show de rock, devemos resolver a equação:
10 10
 I   108 
log  16    1, 5  log  16 
 10   10 

Equações como essa, que têm a incógnita no logaritmando ou na base de um logaritmo, são
chamadas de equações logarítmicas. Os métodos de resolução desse tipo de equação, que
estudaremos a seguir, permitem determinar o valor de I, que é 104. Assim, a potência do som
naquele show de rock era 104 W/cm2.
Definimos:

Equação logarítmica é toda equação que apresenta a incógnita no logaritmando ou


na base de um logaritmo.

Exemplos
a) log6 (3x  1)  log6 (x  7) c) logx (x  1)  logx 9  logx 2  2
b) log2 (x  1)  log2 (x  1)  3

A resolução de uma equação logarítmica baseia-se na propriedade P1 das funções logarítmi-


cas, ou seja:

logb x  logb y ⇔ x  y, para quaisquer números reais positivos x, y e b, com b  1

202 Capítulo 10 Função logarítmica

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 202 4/20/10 3:49:56 PM


Exercícios resolvidos

R.13 Resolver em R a equação log 6 (3x  1)  log 6 (x  7). • Resolução da equação:


Resolução Pela propriedade P1 das funções logarítmicas,
temos:
• Condição de existência:
log 2 (x 2 2 1) 5 log 2 8 ⇒ x 2 2 1 5 8
 1
 3 x  2 1
1 . 0  x  .     (I)  x 2 5 9 ⇒ x 5 3 ou x 5 23
  ⇒    3
 x  1 77  . 0  x  . 2 7   (II) Observando que apenas x 5 3 satisfaz a condição
de existência, concluímos que o conjunto solução
(I) da equação é: S 5 {3}
iLustRAÇÕes: fAustino

1 x
3
(II) R.15 (Unicamp-SP) As populações de duas cidades, A
�7 x
e B, são dadas em milhares de habitantes pelas
(I) � (II)
x
funções A(t)  log 8 (1  t) 6 e B(t)  log 2 (4t  4),
1
3 em que a variável t representa o tempo em ano.
1 a) Qual é a população de cada uma das cidades
Logo, a condição de existência se resume a: x .  nos instantes t  1 e t  7?
3
• Resolução da equação: b) Após certo instante t, a população de uma
Pela propriedade P1 das funções logarítmicas, dessas cidades é sempre maior que a da outra.
temos: Determinar esse instante t e especificar a cida-
log 6 (3x 2 1) 5 log 6 (x 1 7) ⇔ 3x 2 1 5 x 1 7 de cuja população é maior após esse instante.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

x54 Resolução
Observando que x 5 4 satisfaz a condição de exis- a) A(1) 5 log 8 (1 1 1)6 5 log 8 26 5 log 8 (2 3) 2 5
tência, concluímos que o conjunto solução da 5 log 8 8 2 5 2log 8 8 5 2 ? 1 5 2
equação é: S 5 {4} A(7) 5 log 8 (1 1 7)6 5 log 8 8 6 5 6 log 8 8 5 6 ? 1 5 6

R.14 Resolver em R a equação Logo, nos instantes t 5 1 e t 5 7, a população da


log 2 (x  1)  log 2 (x  1)  3. cidade A era, respectivamente, 2 mil e 6 mil ha-
bitantes.
Resolução
B(1) 5 log 2 (4 ? 1 1 4) 5 log 2 8 5 log 2 2 3 5
• Condição de existência:
5 3 log 2 2 5 3 ? 1 5 3
 x  1 1 . 0  x  . 2 1  (I) B(7) 5 log 2 (4 ? 7 1 4) 5 log 2 32 5 log 2 25 5
  ⇒   
 x  2 1 . 0  x  . 1     (II) 5 5 log 2 2 5 5 ? 1 5 5
(I) Logo, nos instantes t 5 1 e t 5 7, a população da
�1 x
cidade B era, respectivamente, 3 mil e 5 mil ha-
(II)
1 x
bitantes.
b) Nas funções que representam as populações de A
(I) � (II)
1 x e B, as bases dos logaritmos são maiores que 1 e,
portanto, ambas são funções crescentes. No item a
Logo, a condição de existência é: x . 1
obtivemos A(1)  B(1) e A(7) . B(7); isso significa
• Preparação da equação: que, para certo instante t entre 1 e 7, B(t) 5 A(t)
Transformamos os dois membros da igualdade e, a partir desse instante, a população da cidade
em logaritmos de mesma base. O número 3 pode A é sempre maior que a da cidade B. Para deter-
ser representado como logaritmo de base 2 do minar o instante t, basta resolver a equação
seguinte modo: abaixo, para t . 0:
3  5 3  ?  lo g 2   2 5 l og 2 23 log 8 (1 1 t)6 5 log 2 (4t 1 4)
   ▲

Pela propriedade da mudança de base, transforma-


propriedade P3
mos o logaritmo do primeiro membro para a base 2:
Assim: log 2 (x 1 1) 1 log 2 (x 2 1) 5 3 ⇔
logg 2   ((1 1 t )6
⇔ log 2 (x 1 1) 1 log 2 (x 2 1) 5 log 2 23 ou lo g 2   ((4 t  1  4 ) ⇒
 5 log
log
logg 2  8
log 2 (x 1 1) 1 log 2 (x 2 1) 5 log 2 8
logg 2   (1 1 t )6
Aplicamos a propriedade P6 dos logaritmos, ⇒  5 log
lo g 2   ((4 t  1  4 )
log
obtendo: 3
log 2 (x 1 1) 1 log 2 (x 2 1) 5 log 2 8 ⇒   log 2  (1 1 t )6  5 3 log
lo g 2   ((4 t  1  4 ) ⇒
⇒ log 2 (x 1 1)(x 2 1) 5 log 2 8 ou ⇒ logg 2   ((1 1 t )6  5 lo
lo g 2   ((4 t 1  4 )3
  log
log 2 (x 2 2 1) 5 log 2 8   (1 1 t )6  5 (4 t  1  4 )3  ⇒  (1 1 t )6  5 4 3  ?  (1 1 t )3

Função logarítmica Capítulo 10 203

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 203 06.03.10 17:17:20


Como 1 1 t  0, pois t . 0, podemos dividir • Preparação da equação:
ambos os membros dessa igualdade por (1 1 t)3 : log x (x 2 1) 1 log x 9 2 log x 2 5 2 ⇒
(1 1 t) 3 5 4 3 ⇒ t 5 3 ⇒ log x (x 2 1) 1 log x 9 2 log x 2 5 log x x 2

Concluímos que, no instante t igual a 3 anos, as Aplicamos as propriedades P6 e P7 dos logarit-


populações das duas cidades eram iguais e, a 9( x  2 1)
mos, obtendo: logg x    5 logg x   x 2
partir desse instante, a população de A foi sem- 2
pre maior que a população de B.
• Resolução da equação:
Pela propriedade P1 das funções logarítmicas,
R.16 Resolver em R a equação temos:
logx (x  1)  logx 9  logx 2  2.
9( x  2 1) 9( x  2 1)
Resolução logg x    5 logg x   x 2  ⇒    5  x 2
2 2
• Condição de existência:
Ou seja:
 x  2 1 . 0  x  . 1      (II ) 2x 2 2 9x 1 9 5 0
 
 x  .  0     ⇒      x  . 0       (II)
 x   1  x   1       (III)   5  (2 9)2  2  4  ?  2  ? 9  5 9
 
)  ±   9
2(2 9)  3
x  5  ⇒   x  5 3  ou x  5 
(I) 2  ?  2 2
1 x
(II) 3
Observando que x  5 3 e xx 5  satisfazem a con-
fAustino

0 x
2

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(III)
1 x dição de existência, concluímos que o conjunto
(I) � (II) � (III)
1 x
 3
solução da equação é: S  5  3,  
Logo, a condição de existência é: x . 1  2

Exercícios propostos

27 Resolva em R as equações. • altura: H(t) 5 1 1 (0,8) ? log 2 (t 1 1)


a) log 3 (5x 2 6) 5 2 S 5 {3} t
 5  • diâmetro do tronco: D(t) 5 (0, 1) ? 2 7 com H(t) e
b) log 7 (9x 2 1) 5 log 7 (4 2 2x) S  5  
 11 D(t) em metro e t em ano.
c) log 3 (8x 1 1) 2 log 3 (x 2 1) 5 2 S 5 {10}
d) log 1,5 (x 2 0,5) 1 log 1,5 (x 1 0,25) 5 a) Determine as medidas aproximadas da altura, em
5 log 1,5 (x 2 2 1,75) 1 1 S 5 {2} metro, e do diâmetro do tronco, em centímetro,
e) log 2 (x 2 2) 1 2log 4 x 5 3 log 8 (2x) S 5 {4} das árvores no momento em que são plantadas.
1 m; 10 cm
f) log x (3x) 1 log x (x 2 2) 5 log x (x 1 6) S 5  b) A altura de uma árvore é 3,4 m. Determine o
diâmetro aproximado do tronco dessa árvore,
28 (Vunesp) Numa plantação de certa espécie de ár- em centímetro. 20 cm
vore, as medidas aproximadas da altura e do diâ-
metro do tronco, desde o instante em que as árvo-
29 Um investidor aplicou, durante o mesmo tempo,
res são plantadas até completarem dez anos, são
32 mil reais em um fundo A e 16 mil reais em um
dadas respectivamente pelas funções:
fundo B. As taxas mensais de juro composto dos
fundos A e B foram 1% e 2% respectivamente. Sa-
RiCARdo AzouRy/PuLsAR
imAgens

bendo que log1,01 1,02 5 2, conclui-se que os mon-


tantes MA e MB acumulados pelas aplicações A e B,
respectivamente, são tais que:
a) MA 5 6MB d) M A  5 8  ?  MB

Viveiro e estufas de mudas para reflorestamento na b) MA 5 4MB e) M A  5  4  ?  3 MB


Fazenda Bulcão – Instituto Terra, Mata Atlântica, no
município de Aimorés, em Minas Gerais. (2004) c) M A  5 6  ?  4 MB alternativa d

Resolva a questão 5 do Roteiro de trabalho.

204 Capítulo 10 Função logarítmica

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 204 06.03.10 17:17:43


5 Inequações logarítmicas

Uma queimada em uma floresta saiu da área de controle e já devastou 2.000 ha (hectares) e,
pela ação dos ventos, a área destruída cresce à taxa de 10% ao dia.

dAnieL beLtRA/getty imAges


Queimada em Alta Floresta, Pará. (2002)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Essas informações permitem estabelecer uma equação que expresse a área devastada y, em
hectare, em função do tempo t, em dia:
y 5 2.000 (1 1 0,1) t ⇒ y 5 2.000 (1,1)t
Podemos assim obter t em função de y:
y
t  5 log1, 1 
2 . 000

Com essa expressão matemática, é possível prever o que acontecerá em relação à área devas-
tada se o fogo não for contido em determinado tempo. Por exemplo, se os bombeiros demora-
rem mais de cinco dias para controlar o incêndio, por certo a área devastada y será tal que:
y
log1, 1   . 5
2 . 000

Inequações como essa, que têm a variável no logaritmando ou na base de um logaritmo, são
chamadas de inequações logarítmicas. Os métodos de resolução desse tipo de inequação,
que estudaremos a seguir, permitem determinar, na questão apresentada, que y . 3.221,02.
Assim, se o tempo para conter o incêndio for superior a cinco dias, a área devastada será maior
que 3.221,02 ha.

Inequação logarítmica é toda inequação que apresenta a variável no logaritmando


ou na base de um logaritmo.

Exemplos
a) log2 (3x 2 6) . 4 c) log3 (x 2 8) 1 log3 x  2
b) log0,7 (2x 2 1)  log0,7 (x 1 9) d) log 1 ( x  1 1) 2 log 1   x  . log 1  3
2 2 2

A resolução de uma inequação logarítmica baseia-se em pelo menos uma das propriedades,
P2 ou P3, das funções logarítmicas, que relembramos aqui.

P2. logb x2 . logb x1 ⇔ x2 . x1, com b . 1


P3. logb x2 . logb x1 ⇔ x2  x1, com b  1

Em que x1, x2 e b são números reais positivos.

Função logarítmica Capítulo 10 205

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 205 06.03.10 17:17:51


Exercícios resolvidos

R.17 Resolver em R a inequação log 2 (3x  6) . 4. O conjunto solução S da inequação proposta é a


intersecção do conjunto S1 dos reais x tais que
Resolução
1
• Condição de existência: x. (condição de existência) com o conjunto
2
3x 2 6 . 0 ⇒ x . 2
S2 dos reais x tais que x  10:
• Preparação da inequação:
Representamos o número 4 como logaritmo de S1
1 x
base 2, isto é: 2
4 5 4 ? log 2 2 5 log 2 24 5 log 2 16 S2
10 x
Assim, a inequação proposta é equivalente a:
log 2 (3x 2 6) . log 2 16 S1 � S2
10 x
• Resolução da inequação:
Como a base (2) dos logaritmos é maior que 1, o Portanto: S 5 {x  R | x  10}
sentido da desigualdade (.) mantém-se para os
logaritmandos, conforme a propriedade P2 das
R.19 Resolver em R a inequação log 3 (x  8)  log 3 x  2.
funções logarítmicas, ou seja:
log 2 (3x 2 6) . log 2 16 ⇒ 3x 2 6 . 16 Resolução
• Condição de existência:
22
∴ x . 
 x  2 8  . 0  x  . 8   (I)

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3 ⇒ 

O conjunto solução S da inequação proposta é a  x  .  0  x  . 0   (II)
intersecção do conjunto S1 dos reais x tais que
x . 2 (condição de existência) com o conjunto S2 A intersecção dos conjuntos solução de (I) e (II)
22 resulta na condição de existência: x . 8
dos reais x tais que x .  :
3
• Preparação da inequação:
S1 Representamos o número 2 como logaritmo de
iLustRAÇÕes: fAustino

2 x
base 3, isto é:
S2
22 x
2 5 2 ? log 3 3 5 log 3 3 2 5 log 3 9
3
S1 � S2
Assim, a inequação proposta é equivalente a:
22 x log 3 (x 2 8) 1 log 3 x  log 3 9
3
Pela propriedade P6 dos logaritmos, temos:
 22  log 3 (x 2 8) 1 log 3 x  log 3 9 ⇒
Portanto: S  5   x    R | x  . 
 3  ⇒ log 3 [(x 2 8) ? x]  log 3 9 ou
log 3 (x 2 2 8x)  log 3 9
R.18 Resolver em R a inequação
log 0,7 (2x  1)  log 0,7 (x  9). • Resolução da inequação:
Como a base (3) dos logaritmos é maior que 1, o
Resolução sentido da desigualdade () mantém-se para os
• Condição de existência: logaritmandos, conforme a propriedade P2 das
 1 funções logarítmicas, ou seja:
 2 x  2 1
1 . 0  x  .     (I)
    ⇒     2 log 3 (x 2 2 8x)  log 3 9 ⇒ x 2 2 8x  9
 x  1 99  . 0  x  . 2 9   (II)
 x 2 2 8x 2 9  0

A intersecção dos conjuntos solução de (I) e (II) Estudando o sinal da função f (x) 5 x 2 2 8x 2 9,
temos:
1
resulta na condição de existência: x . 
2
• Resolução da inequação:
Como a base (0,7) dos logaritmos está entre 0 e 1,
� �
o sentido da desigualdade () é invertido para os
logaritmandos, conforme a propriedade P3 das �1 � 9 x
funções logarítmicas, ou seja:
log 0,7 (2x 2 1)  log 0,7 (x 1 9) ⇒
⇒2 x 2 1  x 1 9 Logo:
∴ x  10 x 2 2 8x 2 9  0 ⇒ 21  x  9

206 Capítulo 10 Função logarítmica

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 206 06.03.10 17:18:05


O conjunto solução S da inequação proposta é a os logaritmandos, conforme a propriedade P3
intersecção do conjunto S1 dos reais x tais que das funções logarítmicas, ou seja:
x . 8 (condição de existência) com o conjunto S2 x  1
1 1 x  1
1 1
logg 1    .
.  log  3  ⇒  
lo g 1  3    3 ou
dos reais x tais que 21  x  9: x x
2 2

S1 x  1 1 1 2  2 x
8 x  2 3   0  ⇒     0
x x
S2
�1 9 x Estudando o sinal das funções f (x) 5 1 2 2x e
S1 � S2 g (x) 5 x, temos:
8 9 x 1
0 2

Concluindo: S 5 {x  R | 8  x  9}

iLustRAÇÕes: fAustino
x
f � � �

R.20 Resolver em R a inequação g � � �


log log 1   x  >  lo
g 1   (( x   1))   lo
 log log
g 1 3.
f
2 2 2 � � �
g
Resolução 0 1 x
• Condição de existência: 2
1
 x  1 1 . 0  x  . 2 1  (I) Logo: x  0 ou x . 
  ⇒    2
 x  . 0  x  . 0      ( II)
O conjunto solução S da inequação proposta é a in-
A intersecção dos conjuntos solução de (I) e (II) tersecção do conjunto S1 dos reais x tais que x . 0
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

resulta na condição de existência: x . 0 (condição de existência) com o conjunto S2 dos


• Preparação da inequação: 1
reais x tais que x  0 ou x .  :
Pela propriedade P7 dos logaritmos, temos: 2
logg 1   (( x  1 1))  2 lo
  log   logg 1  3 ⇒
lo g 1   x  . lo S1
0 x
2 2 2

x  1 1 S2
⇒  log 1  . logg 1  3 0 1 x
2
x 2 2
S1 � S2
• Resolução da inequação: 1 x
2
 1
Como a base   dos logaritmos está entre 0 e
 2  1
Concluindo: S  5   x    R | x  . 
1, o sentido da desigualdade (.) é invertido para  2

Exercícios propostos

30 Resolva em R as inequações. 32 Quando o PIB (Produto Interno Bruto) de um país


  era de 300 bilhões de dólares, um economista estimou
a) log 3 (3x 2 1) . 2 S  5 x   ® | x  .  10 
 3  que, depois de n anos, esse PIB alcançaria o valor de
b) log 0,8 (5 2 2x)  log 0,8 (x 2 1) S 5 {{xx  ® | 1  x  2} 300 ? (1,04)n bilhões de dólares. Se a previsão estiver
c) log 4 (x 2 1) 1 log 4 (3x 2 1)  2 S 5 {{xx  ® | x  3} correta, esse PIB ultrapassará 600 bilhões de dóla-
res para todo n tal que: alternativa b
d) logg 1   (( x  1 1))  2 lo
  log
lo g 1   (( x  2 1)) . logg 1  3 S 5 {{xx  ® | x . 2}
2 2 2
a) n  log 1,04 2

31 (Fuvest-SP) O conjunto dos números reais x que satis- log  2


b) n . 
fazem a inequação log 2 (2x 1 5) 2 log 2 (3x 2 1) . 1 é 2 2  1  l og 104
o intervalo: alternativa d
c) n . log 2 1,04
 5  5   1
a)  2 , 2  c)  2 , 0  e)  0,  
 2  2   3 d) log 1,04  n  log 2

7  1 7 log 1, 0 4
b)  , 1  d)  ,   e) n . 
 4  3 4 1 1 lo
  log 
g  2

Resolva a questão 6 do Roteiro de trabalho.

Função logarítmica Capítulo 10 207

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 207 06.03.10 17:18:37


3. Espera-se que os alunos estabeleçam que, se b  1, a função logarítmica é crescente. Já, se 0  b  1, a função logarítmica é decrescente.

1. Espera-se que os alunos associem a criação do logaritmo com a simplificação nos


Roteiro de trabalho cálculos que envolvem multiplicação, divisão, potenciação e radiciação.

5. Espera-se que os alunos percebam que a conclusão é incorreta, pois pela condição
1 A partir dos textos do capítulo e de outras fontes de em relação a uma reta do plano cartesiano. Em duplas,
consulta, junte-se a um colega e respondam: qual foi respondam: qual é essa reta? Por que existe simetria?
de existência x deve ser positivo. Assim a única resposta correta é x  2 2 .
a motivação para a criação dos logaritmos?
5 Um aluno resolveu uma equação logarítmica do se-
2 Em grupos, redijam um texto justificando por que não guinte modo:
se define logaritmo de base 1. Ver Suplemento com orientações logx 8  2 ⇒ x2  8  x  2 2 ou x  2 2
para o professor. Essa conclusão está correta? Junte-se a um colega e
3 Em grupos, redijam um texto explicando a influência redijam um texto justificando sua resposta.
da base b na variação da função logarítmica de base b.
6 Em grupos, redijam um texto explicando por que é
falsa a sentença log 4 x1   log 4 x 2 ⇔ x1  x2, em que
4 Os gráficos das funções f (x)  logb x e g (x)  bx, em que 5 5
b é um número real positivo com b  1, são simétricos x1 e x2 são números reais positivos. Espera-se que os alunos
4. Espera-se que os alunos percebam que a reta é o gráfico de y  x, e que 4
ocorre a simetria porque a função exponencial é a inversa da função percebam que  1. Assim a função y  log 4 x é decrescente. Logo o
5
logarítmica. 5

correto é log 4 x1  log 4 x2 ⇔ x1  x2, ou log 4 x1  log 4 x2 ⇔ x1  x2.

Exercícios complementares
5 5 5 5

1 (Fuvest-SP) A intensidade I de um terremoto, medida De acordo com a expressão dada e a tabela, pode-se
na escala Richter, é um número que varia de I  0 até concluir que a intensidade do som de uma orquestra é:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
I  8,9 para o maior terremoto conhecido. I é dado a) 1.000 vezes a intensidade de uma conversação normal.
pela fórmula: b) 200 vezes a intensidade de uma conversação normal.
2  E  c) 100 vezes a intensidade de uma conversação normal.
I      log 10    ,
3  E  0
d) 2.000 vezes a intensidade de uma conversação normal.
alternativa a
em que E é a energia liberada no terremoto em 3 (Cefet-SP) Em um piano bem afi-

DORLING
KINDERSLEY/
GETTY IMAGES
quilowatt-hora e E0  7  103 kWh.
nado, a frequência de cada nota é
a) Qual é a energia liberada num terremoto de inten- 12
2 vezes a frequência da nota
sidade 8 na escala Richter? 7  109 kWh
b) Aumentando em uma unidade a intensidade de imediatamente abaixo dela. Ado-
um terremoto, por 3quanto fica multiplicada a tando-se log 2  0,3, e utilizando-se algum dado da
energia liberada? 10 2 ou  31,6 tabela, é correto dizer que o aumento percentual da
frequência entre duas notas consecutivas de um pia-
2 (UFRN) A escala decibel de som é definida pela se- no afinado é: alternativa c
guinte expressão: a) 1,1%
 I  x log x
B   10 log    b) 2,5%
 I0  c) 5,9% 1,025 0,011
Nessa expressão, B é o nível do som, em decibel (dB), d) 11,0% 1,059 0,025
de um ruído de intensidade f ísica I, e I0 é a intensidade e) 25,0%
de referência associada ao som mais fraco percebido
pelo ouvido humano. 4 (Vunesp) Os átomos de um elemento químico radioati-
vo têm a tendência natural de se desintegrar (emitindo
Som Nível do som (dB) partículas e transformando-se em outro elemento). As-
Som mínimo 0 sim, com o passar do tempo, a quantidade original desse
Raspagem de folhas 10 elemento diminui. Suponhamos que certa quantidade
Sussurro 20 de um elemento radioativo, com inicialmente m0 gra-
Conversação normal 60 mas de massa, decomponha-se conforme a equação
t
Banda de rock 80 
matemática m(t )   m0   10 70 , em que m(t) é a quan-
Orquestra 90
tidade de massa radioativa restante no tempo t (em ano).
Máximo suportável 120 Usando a aproximação log 2  0,3, determine:
a) log 8 0,9
MÔNICA IMBUZEIRO/
AGÊNCIA O GLOBO

b) quantos anos demorará para que esse elemento se


decomponha até atingir um oitavo da massa inicial.
63 anos

5 (Uerj) Um fabricante de equipamentos de informáti-


ca anuncia um disco rígido de 30 gigabytes. Na lin-
Orquestra Sinfônica Brasileira durante concerto especial guagem usual da computação, essa medida corres-
no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. (2006) ponde a p  230 bytes.

208 Capítulo 10 Função logarítmica

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 208 08.03.10 19:39:04


Calcule o valor de p considerando a tabela de logarit- 8 (Vunesp) Em uma experiência para se obter cloreto
mos a seguir e que 1 gigabyte equivale a 10 9 bytes. de sódio (sal de cozinha), coloca-se num recipiente
p 5 101,447
certa quantidade de água do mar e expõe-se o reci-
x log x piente a uma fonte de calor para que a água evapore
2,0 0,301 lentamente. A experiência termina quando toda a
2,2 0,342 água se evapora. Em cada instante t, a quantidade de
2,4 0,380
água existente no recipiente (em litro) é dada pela ex-
2,6 0,415
2,8 0,447 10k
pressão: Q(t) 5 log  , sendo k uma constante po-
3,0 0,477 t11
sitiva e t em hora.
6 (UCS-RS) Um explorador descobriu na selva amazônica a) Sabendo que havia inicialmente 1 litro de água no
uma nova espécie de planta. Pesquisando-a durante recipiente, determine a constante k. k 5 1
anos, comprovou que seu crescimento médio variava de b) Ao fim de quanto tempo a experiência terminará?
9 horas
acordo com a fórmula A 5 40 ? (1,1)t, em que a altura 9 A pressão p do vapor-d’água no interior de uma panela de
média A é medida em centímetro e o tempo t em ano. pressão, em newton por centímetro quadrado (N/cm2),
varia em função da temperatura t, em grau Celsius (°C),
luiz cláudio marigo/tyba

de acordo com a função  f(t) 5 7 ? (1,04)t 2 90 , quando t


varia de 90 °C a 130 °C, conforme mostra o gráfico:
P

33,61
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

faustino
15,33

7,00

Floresta Amazônica, proximidades de Manaus. (2006)


90 k 130 t

Verificou também que seu crescimento estacionava,


após os 20 anos, abaixo dos 3 metros. Sabendo que
Conhecendo os valores log 219 5 2,34 e log 104 5 2,02,
log 2  0,30 e log 11  1,04, então a idade, em ano, na qual
concluímos que, quando a pressão interna do vapor-
a planta tem uma altura média de 1,6 metro é igual a:
-d’água é 15,33 N/cm2, a temperatura no interior da
a)  15 anos   b)  10 anos   c)  9 anos   d)  5 anos
panela é igual a: alternativa d
alternativa a
a)  110 °C c)  108 °C e)  106 °C
7 (Ufes) Um pesquisador constata que, em um dado b)  109 °C d)  107 °C
instante, existem 400 tartarugas da espécie A e 200
tartarugas da espécie B em uma reserva marinha. 10 (UFPA) As populações A e B de duas cidades são de-
Nessa reserva, a população de tartarugas da espécie A terminadas em milhar de habitantes pelas funções:
diminui à taxa de 20% ao ano, enquanto a população A(t) 5 log 4 (2 1 t)5 e B(t) 5 log 2 (2t 1 4)2, nas quais a va-
da espécie B aumenta à taxa de 10%, também ao ano. riável t representa o tempo em ano. Essas cidades terão o
Determine, usando duas casas decimais, quanto tem- mesmo número de habitantes no ano t, que é igual a:
po é necessário, a partir desse instante, para que as a)  6    b)  8    c)  10    d)  12    e)  14
populações sejam iguais. alternativa e
(Considere: log10 11 5 1,04; log10 2 5 0,30.)  2,14 anos 11 (FGV) Um instituto de pesquisa publicou os dados
abaixo, referentes ao número de usuários da internet
Andre seale/pulsar imagens

(por 10 mil habitantes) no ano de 2008.


País Internet (2008): usuários por 10 mil habitantes
A 284,5
B 728,32

Especialistas avaliam que, a partir de 2008, o número


de usuários por 10 mil habitantes crescerá à taxa de
10% ao ano no país B e de 20% ao ano no país A.
Baseado nessa estimativa, calcule o número mínimo de
Tartaruga-verde (Chelonea mydas), espécie ameaçada, é a anos completos para que o número de usuários (por
mais conhecida das tartarugas marinhas. Concentra-se para 10.000 habitantes) do país A supere o do país B.
desovar na Ilha de Trindade (ES), no Atol das Rocas (RN) e (Use: log 2 5 0,3; log 3 5 0,48; log 11 5 1,04; sendo
em Fernando de Noronha (PE). log k o logaritmo de k na base 10.) 11 anos

Função logarítmica Capítulo 10 209

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 209 4/20/10 3:50:19 PM


MAT – PAIVA – PNLEM – Vol.1 – Cap. 01 – 1.ª Prova (FORMATO ☎ 2618-1009 • 3569-1878)

Matemática sem fronteiras

Cobiça e pecuária ameaçam floresta


[...]
Se até o início desta década a extração ilegal de mogno tirava o sono das entidades de defesa da
maior floresta do planeta, hoje é a criação extensiva de bois que deixa ambientalistas de cabelo em
pé. “A Terra do Meio é a ponta da expansão da pecuária no Pará”, define Maria do Carmo Américo,
pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
De fato, não há como negar que a atividade esteja penetrando na região. O principal eixo desse
avanço se dá em torno da chamada Transiriri, uma precária estrada de quase 350 quilômetros que
liga os municípios de São Félix do Xingu a Altamira – neste último, situa-se a maior parte da Terra
do Meio. O caminho nem consta do mapa rodoviário oficial do Departamento Nacional de Infraes-
trutura de Transportes (Dnit), mas atravessa toda a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do
Xingu, outra unidade de conservação criada pelo governo estadual em 2006, e é a principal via de
acesso terrestre à região.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
vALteR CAmPAnAto/AbR

CARLos JuLiAno bARRos


Gado apreendido durante a
Operação Boi Pirata, do Ibama, na
Terra do Meio. (2008)

Transiriri, precária estrada que


liga os municípios de São Félix do
Xingu e Altamira, no Pará. (2003)

Alguns dados mostram o preocupante vigor da pecuária nessa parte do Pará. De acordo com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município de São Félix do Xingu possuía
exatas 147.862 cabeças de gado em 1996. Apenas dez anos depois, esse número atingiu a incrível
soma de 1,6 milhão de animais – segundo maior rebanho de todo o país, atrás apenas do de Corum-
bá (MS). Já em Altamira o aumento foi um pouco mais modesto. Nesse mesmo período, o contin-
gente apenas triplicou, totalizando atualmente 365 mil bovinos.

210 Capítulo 10 Função logarítmica

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 210 06.03.10 17:19:27


78) MAT – PAIVA – PNLEM – Vol.1 – Cap. 01 – 1.ª Prova (FORMATO ☎ 2618-1009 • 3569-1878)

feRnAndo JosÉ feRReiRA

Terra do Meio (PA) is rios


Entre do
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ntre os ri
d a b a si c amente e re e n de
Situa eio comp
e Ir ir i, a Terra do M d e a c or-
Xingu hectares,
a d e 8 m ilhões de ie n ta l (IS A).
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-s e so b re as áreas p e d e A l-
Estende do Xingu
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

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Outras unidades
T ra e pela
X in

de conservação O L
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R 2 30) e do
gu

a (B
samazônic
Terras indígenas
R 163).
S
ntarém (B
Cuiabá-Sa
APA Triunfo do Xingu 80 km

”O crescimento do rebanho é escandaloso“, afirma Mugiatti. Ainda mais se for levado em conta
que entidades ambientalistas e órgãos do próprio governo estimam que 70% das áreas queimadas
na Amazônia sejam destinadas à abertura de pastos. Não por acaso, São Félix do Xingu e Altamira
lideram o ranking dos municípios paraenses onde mais tombou mata nativa. Somente entre janeiro
e setembro de 2008, por exemplo, juntos eles perderam quase 400 quilômetros quadrados de flo-
resta – o equivalente a um quarto do território da cidade de São Paulo. Relação mais do que eviden-
te entre desmatamento e pecuária.
[...]
BARROS, C. J. “Cobiça e pecuária ameaçam floresta”. Problemas brasileiros, n. 391, jan.-fev. 2009.

Atividades

1 Qual foi o aumento percentual da população de gado de 1996 a 2006 em São Félix do
Xingu?  982%

2 Com o auxílio de uma calculadora científica, calcule a taxa anual x equivalente à taxa
decenal obtida no item 1. (A taxa equivalente x é a taxa constante que aplicada ano a ano
no cálculo do rebanho, a partir de 1996, produz a mesma taxa de crescimento decenal
obtida no item 1.)  26,9%

3 Supondo que a taxa obtida no item 2 tenha sido constante ao longo do período considerado,
calcule, usando uma calculadora científica, o tempo transcorrido para o rebanho passar
de 147.826 para 1.000.000 de cabeças.  8 anos

Função logarítmica Capítulo 10 211

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C10(188a211).indd 211 06.03.10 17:19:37


CAPÍTULO Sequências

11

MARtin sunDbeRG/CoRbis/LAtinstoCk
Além da teoria

Na fase de preparação de uma atleta, o


treinador estabeleceu que no primeiro dia ela
deveria correr 10 km e, em cada um dos dias
seguintes, deveria correr 2 km a mais que no

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
dia anterior.

Quantos quilômetros a atleta percorreu no


segundo dia? E no sexto? 12 km; 20 km
Sabendo que a fase de preparação dessa
atleta é de 12 dias, como você calcularia o
total de quilômetros que ela percorreu em
sua fase de preparação?

Com os conteúdos abordados neste


capítulo você poderá resolver essa e
outras situações que envolvem
sequências.

Ao iniciar a prática de uma atividade física é


fundamental tomar alguns cuidados, por
exemplo: fazer uma avaliação médica para
verificar seu estado de saúde e procurar
orientação com um profissional da área de
educação física. Também é importante: beber
líquido (de preferência água) antes, durante e
após a atividade física; escolher locais arejados,
bem ventilados; usar roupas leves que permitam
a troca de calor entre o corpo e o ambiente e não
exceder seus limites para não causar lesões.

212 Capítulo 11 Sequências

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(212a229).indd 212 06.03.10 17:41:42


1 O conceito de sequência

Em setembro de 2009, o Brasil sediou a VI Copa América de basquete feminino, realizada


na cidade de Cuiabá (MT). O time feminino do Brasil venceu essa competição, ganhando a
medalha de ouro.
Oito países participaram da competição feminina de basquete, obtendo as seguintes clas-
sificações:

eDson RoDRiGues/seCoM-Mt
Classificação final da VI Copa América
de basquete feminino
Posição País

1 Brasil

2 Argentina

3 Canadá
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

4 Cuba

5 Porto Rico

6 Chile

7 Venezuela

8 República Dominicana

Disponível em: <http://www.cbb.com.br>. Acesso em: 13 out. 2009. Jogadoras brasileiras na VI Copa América de basquete feminino.

Observe que a classificação é apresentada associando-se cada número natural de 1 a 8 ao


nome de um país. Essa associação determina uma sequência, em que:
• o número 1 corresponde ao primeiro elemento da sequência;
• o número 2 corresponde ao segundo elemento da sequência;
• o número 3 corresponde ao terceiro elemento da sequência;
...
• o número 8 corresponde ao oitavo elemento da sequência.
Vamos representar essa associação em um diagrama de flechas, indicando por A o conjunto
de números naturais de 1 a 8 e por B o conjunto dos países participantes do torneio:

A B
fAustino

1 Brasil
2 Argentina
3 Canadá
4 Cuba
5 Porto Rico
6 Chile
7 Venezuela
8 República
Dominicana

Note que cada elemento de A está associado a um único elemento de B. Dessa forma, temos
uma função de A em B. Essa situação é um exemplo de sequência finita.

Sequências Capítulo 11 213

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(212a229).indd 213 06.03.10 17:41:58


Podemos definir, de modo geral, que:

Sequência finita é toda função de domínio A 5 {1, 2, 3, ..., n}, com A  n9, e con-
tradomínio B, sendo B um conjunto qualquer não vazio.

Exemplos

a) Consideremos a função g descrita pelo diagrama:

g
C D
1 5
faustino

2
√7
3
2
4
5
5
3
6

Essa função descreve uma sequência finita, que pode ser representada simplesmente por:

 2 
 5,  7 ,  7 ,  5 , 3, 3

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Nessa forma de representação da sequência, os parênteses indicam que a ordem em que
se apresentam os elementos deve ser mantida, isto é, se trocarmos a ordem de pelo me-
nos dois elementos, obteremos outra sequência, por exemplo:

 2   2 
 5,  7 ,  7 ,  5 , 3, 3    7 , 5,  7 ,  5 , 3, 3

b) Sendo A 5 {1, 2, 3, 4, ..., 40}, a função h : A → ® tal que h (n) 5 3n 2 1 representa a
2

sequência finita (h (1), h (2), h (3), ..., h (40)), em que:


2
h (1) 5 3 ? 1 2 1 5 2
2
h (2) 5 3 ? 2 2 1 5 11
2
h (3) 5 3 ? 3 2 1 5 26
2
h (4) 5 3 ? 4 2 1 5 47

...
2
h (40) 5 3 ? 40 2 1 5 4.799
Portanto, a sequência representada pela função h é: (2, 11, 26, 47, ..., 4.799)

Podemos definir sequência infinita do seguinte modo:

Sequência infinita é toda função de domínio n9 5 {1, 2, 3, 4, ...} e contradomínio B,


sendo B um conjunto qualquer não vazio.

Exemplos
a) Seja a função f : n9 → ® tal que f (n) 5 2n. Essa função é a sequência infinita dos núme-
ros naturais pares não nulos e pode ser representada por:

(2, 4, 6, 8, ...)

b) Seja a função g: n9 → ® tal que g (n) 5 (21) . Essa é a sequência infinita:


n

(21, 1, 21, 1, 21, 1, 21, 1, ...)

214 Capítulo 11 Sequências

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Termos de uma sequência
Cada elemento de uma sequência também é chamado de termo da sequência. Em uma
sequência, o termo que ocupa a posição de número n é indicado pelo símbolo an , isto é:
a1 indica o primeiro termo da sequência;
a2 indica o segundo termo da sequência;
a3 indica o terceiro termo da sequência;
a4 indica o quarto termo da sequência;
...
an indica o n-ésimo termo da sequência.
Exemplo
Na sequência (7, 3, 8, 10, ...), temos: a1 5 7, a2 5 3, a3 5 8, a4 5 10, ...
Notas:
1. Uma sequência (a1, a2, a3, ..., an, ...) pode ser representada abreviadamente por (an )n  N9
ou, simplesmente, (an ).
2. Em uma sequência finita (a1, a2, a3, ..., an), os termos a1 e an são chamados de extremos da
sequência. Dois termos, ai e aj , são equidistantes dos extremos se, e somente se, a
quantidade de termos que precedem ai é igual à quantidade de termos que sucedem a j .
3. Um termo am é chamado de termo médio de uma sequência com número ímpar de
termos se, e somente se, a quantidade de termos que antecedem am é igual à quantidade
de termos que o sucedem.
Exemplo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Na sequência (a1, a2, a3, a4, ..., a58, a59, a60, a61), os extremos são a1 e a61. Os termos a4 e a58
são equidistantes dos extremos. E o termo médio da sequência é a31.

2 Lei de formação de uma sequência

Um conjunto de informações capazes de determinar todos os termos de uma sequência e a


ordem em que se apresentam é chamado de lei de formação da sequência.
Exemplos
 a1 5 3
a) Seja (an ) a sequência tal que: 
 an  1 1 5 4 1 an
As informações a1 5 3 e an 1 1 5 4 1 an , para todo número natural n, não nulo, determi-
nam todos os elementos da sequência e a ordem em que se apresentam. Observe:
• o primeiro termo da sequência é 3, isto é, a1 5 3;
• na igualdade an 1 1 5 4 1 an , atribuindo-se a n os valores 1, 2, 3, ..., obtemos os demais
termos da sequência, isto é:
n 5 1 ⇒ a2 5 4 1 a1 5 4 1 3 5 7
n 5 2 ⇒ a3 5 4 1 a2 5 4 1 7 5 11
n 5 3 ⇒ a4 5 4 1 a3 5 4 1 11 5 15
n 5 4 ⇒ a5 5 4 1 a4 5 4 1 15 5 19
...
Portanto, a sequência é (3, 7, 11, 15, 19, ...).
b) Considere a sequência (an ) tal que an 5 n 2 2 1. Para determinar os termos dessa sequên-
cia, basta atribuir a n os valores 1, 2, 3, 4, ... na igualdade an 5 n 2 2 1. Observe:
2
n 5 1 ⇒ a1 5 1 2 1 5 0
2
n 5 2 ⇒ a2 5 2 2 1 5 3
2
n 5 3 ⇒ a3 5 3 2 1 5 8
2
n 5 4 ⇒ a4 5 4 2 1 5 15
...
Portanto, a sequência é (0, 3, 8, 15, ...).
c) A sequência dos números primos positivos, em ordem crescente, é (2, 3, 5, 7, 11, ...).
Observe que a lei de formação dessa sequência não foi expressa por uma equação, mas
pela propriedade de que os números sejam primos positivos e estejam em ordem crescente.
Esse exemplo mostra que a lei de formação de uma sequência pode não ser uma equação.

Sequências Capítulo 11 215

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(212a229).indd 215 06.03.10 17:42:04


Exercícios propostos

b) Considerando infinita a sequência de Fibonacci,


1 Na sequência (5, 24, 8, 3 , 6, 6, 6, ...) identifique
dê sua lei de formação.
os termos a1, a2, a3, a4, a5, a6 e a7. a
a1 5 5, a2 5 24, a3 5 8, a4 5 3 , a5 5 6, a6 5 6 e a7 5 6 (Na sequência (an) de Fibonacci, a razão n  1 1 ten-
an
2 Escreva sob a forma (a1, a2, a3, a4, ...) cada uma das
de ao número 1,61803..., quando n aumenta indefi-
sequências abaixo.
nidamente. Esse número é conhecido como núme-
 a  5  4 ro de ouro.)a1  5 a2 = 1
a) ( an ) tal que   1 (4, 9, 14, 19, ...) , pa ra  t od o  n
 n  natura l, com n
n   3
 an  1 1  5 5 1  an an = an  2 1
 1
 1 an  2 2
5 Com azulejos quadrados brancos e pretos, todos do
b) (an) tal que an 5 2n 1 5 (7, 9, 11, 13, ...) mesmo tamanho, construímos os seguintes mosaicos:
c) (an) tal que an 5 n2 1 n (2, 6, 12, 20, ...)

fAustino
3 Uma livraria faz a seguinte promoção:
Agora, responda:

seRRALHeiRo
a) Um cliente que pos- A regra para se construir esses mosaicos é a seguinte:
sui 23 livros já lidos inicialmente formamos um quadrado com 1 azulejo
pretende aprovei- branco cercado por azulejos pretos; e, em seguida, ou-
tar ao máximo essa tro quadrado, este com 4 azulejos brancos, também
promoção. Quantos cercado por azulejos pretos, e assim sucessivamente.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
livros novos ele Considerando a sequência de mosaicos com núme-
pode ler dessa livra- ro crescente de azulejos, responda:
ria, sem nenhum a) Quantos azulejos brancos terá o 15º mosaico
custo, supondo que dessa sequência? 225 azulejos brancos
a promoção não b) Quantos azulejos brancos terá o n-ésimo mosai-
termine? 7 livros co dessa sequência? n2 azulejos
c) Quantos azulejos pretos terá o 20º mosaico des-
b) Um cliente possui 505 livros já lidos e, em cada
sa sequência? 84 azulejos pretos
troca dessa promoção, ele retira o maior núme-
d) Quantos azulejos pretos terá o n-ésimo mosaico
ro possível de livros novos. Escreva a sequência
dessa sequência? 4n 1 4 azulejos
(an), em que an é o número de livros novos reti-
rados na n-ésima troca. (126, 31, 8, 2, 1) 6 (UFPB) O total de indivíduos, na n-ésima geração,
de duas populações, P e Q, é dado, respectivamen-
s
4 Leonardo de Pisa, mais conhe- te n n
te, por P (n) 5 4 e Q (n) 5 2 . Sabe-se que, quando
fA

cido como Fibonacci, retra-


no

P (n )
  1 . 024 , a população Q estará ameaçada de
biA

tado em 1200, foi um mate- Q (n )


nCHe

mático italiano que viveu extinção. Com base nessas informações, essa amea-
tti/CoR

de 1180 a 1250, aproxima- ça de extinção ocorrerá a partir da:


damente. Em 1202, ele pro-
bis
/LA

fÁbio CoLoMbini

pôs em sua obra Liber abaci


ti
n

st
oC
(Livro dos cálculos) o problema a
k

seguir, de grande repercussão por ter aplicações


em várias áreas do conhecimento, como Econo-
mia, Biologia, Física etc.
“Admitindo-se que cada casal de coelhos só procrie
pela primeira vez aos dois meses, exatamente, após
o seu nascimento e que, a partir de então, gere um
casal a cada mês, quantos casais haverá ao final de
doze meses, partindo-se de um único casal de coe-
lhos recém-nascidos?”
Filhotes de tartaruga-cabeçuda, espécie ameaçada de
A sequência formada pelo número de coelhos em
extinção, na praia do Forte (BA). (2002)
cada mês ficou conhecida como sequência de Fibo-
nacci. Agora, em grupos, resolvam os itens abaixo. a) décima geração d) sétima geração
a) Representem os doze primeiros termos da b) nona geração e) sexta geração
sequência de Fibonacci. 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, c) oitava geração alternativa a
89, 144

Resolva a questão 1 do Roteiro de trabalho.

216 Capítulo 11 Sequências

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(212a229).indd 216 06.03.10 17:42:26


3 Progressão aritmética

Uma nova linha do metrô, ainda em construção, tinha 12 km no início de janeiro do ano
passado. De lá para cá, essa linha cresceu 0,5 km ao mês.
A sequência a seguir apresenta os comprimentos, em quilômetro, dessa linha do metrô, mês
a mês, a partir do início de janeiro do ano passado:
(12; 12,5; 13; 13,5; 14; 14,5; ...)
Essa sequência numérica é chamada de progressão aritmética, porque, adicionando a
cada um de seus termos uma mesma constante, obtemos o termo seguinte; nesse caso, adicio-
namos 0,5 a cada termo.
bRuno GonZALeZ/futuRA PRess
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Construção do metrô, no Rio de Janeiro, em 2008.

Podemos definir, de modo geral, que:

Progressão aritmética (P.A.) é toda sequência numérica em que cada termo, a partir
do segundo, é igual à soma do termo precedente (anterior) com uma constante r.
O número r é chamado de razão da progressão aritmética.

Exemplos
a) A sequência (4, 9, 14, 19, 24, 29, 34, 39) é uma P.A. finita de razão r 5 5.
b) (18, 10, 2, 26, 214, ...) é uma P.A. infinita de razão r 5 28.
c) (4, 4, 4, 4, 4, ...) é uma P.A. infinita de razão r 5 0.

Classificação das progressões aritméticas


Podemos classificar as progressões aritméticas em crescente, decrescente ou constante.
• Crescente: uma P.A. é crescente quando cada termo, a partir do segundo, é maior que o
antecedente. Para que isso ocorra é necessário e suficiente que ela tenha razão positiva.
Exemplo
(6, 10, 14, 18, ...) é uma P.A. crescente. Note que sua razão é positiva: r 5 4.
• Decrescente: uma P.A. é decrescente quando cada termo, a partir do segundo, é menor que
o antecedente. Para que isso ocorra é necessário e suficiente que ela tenha razão negativa.
Exemplo
(13, 8, 3, 22, 27, ...) é uma P.A. decrescente. Note que sua razão é negativa: r 5 25.
• Constante: uma P.A. é constante quando todos os seus termos são iguais. Para que isso
ocorra é necessário e suficiente que ela tenha razão nula.
Exemplo
5 5 5 5 
 2 ,  2 ,  2 ,  2 , ... é uma P.A. constante. Note que sua razão é nula: r 5 0.

Sequências Capítulo 11 217

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(212a229).indd 217 06.03.10 17:42:31


Exercícios propostos

7 Verifique se cada sequência é ou não uma progressão aritmética:


a) (a1, a2, a3, ..., a6) tal que an 5 5n 1 1, para todo n natural não nulo, com n  6
(6, 11, 16, 21, 26, 31) é P.A.
b) (a
( 1, a2, a3, ..., a9) tal que an 5 n2, para todo n natural não nulo, com n  9
(1, 4, 9, 16, 25, 36, 49, 64, 81) não é P.A.
n
c) ((a1, a2, a3, ..., a8) tal que an 5 1 1, para todo n natural não nulo, com n  8
 4 5 6 7 8 9 10 11 3
 3 ,  3 ,  3 ,  3 ,  3 ,  3 ,  3 ,  3   é
 é P.A
 P.A
A..
A
8 Classifique, no caderno, cada uma das seguintes progressões aritméticas como crescen-
te, decrescente ou constante:
 a  5 10
a) (an)n  N9 tal que an 5 8 2 3n c) (an)n  N9 tal que  1
decrescente
n 2  2 9 crescente  an  1 1  5  an  1 8
b) (an)n  N9 tal que an 5  2 n
constante
n  1 3

9 Determine o número real x, de modo que a sequência (1 2 x, x 2 2, 2x 2 1) seja P.A. 4

Fórmula do termo geral de uma progressão


aritmética

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Voltando à situação descrita na apresentação de progressão aritmética, vimos que a P.A.
(12; 12,5; 13; 13,5; 14; 14,5; ...)
apresenta os comprimentos, em quilômetro, de uma nova linha de metrô, ainda em construção,
que tinha 12 km no início de janeiro do ano passado.
Observe que podemos calcular o comprimento ao final de cada mês de construção adicionan-
do ao comprimento inicial um número da forma k ? 0,5, com k  n. Por exemplo, para calcular
o comprimento no mês de fevereiro, basta efetuar 12 1 0,5, obtendo-se o segundo termo da
P.A.; para calcular o comprimento no mês de março, basta efetuar 12 1 2 ? 0,5, obtendo-se o
terceiro termo da P.A., e assim por diante.
De modo geral, numa progressão aritmética, um termo qualquer pode ser ex-
eDuARDo ALeJAnDRo

presso em função da razão (r) e do primeiro termo (a1) por uma fórmula matemáti-
ca. Para entender essa fórmula, imagine uma escada que une dois pisos de um edi-
fício. Ao piso inferior, associamos um número a1 que indica a altura desse piso em
relação ao nível da calçada. Associamos aos patamares dos degraus as alturas a2, a3,
a4, a5, ..., an , ..., em relação ao nível da calçada, conforme mostra a figura ao lado.
Sendo r a altura de cada degrau, a sequência (a1, a2, a3, a4, a5, ..., an , ...) é uma P.A.
• Se uma pessoa estiver no patamar de altura a1, quantos degraus deverá subir
para atingir o patamar de altura a7?
Observando a figura, constatamos que a pessoa deverá subir 6 degraus (6r).
Assim, a altura a7 é igual à soma a1 1 6r.
• Generalizando, se uma pessoa estiver no patamar de altura a1, quantos degraus
deverá subir para atingir o patamar de altura an?
No patamar de altura a2, a pessoa terá subido 1 degrau; no de altura a3, terá
subido 2 degraus; no de altura a4, terá subido 3 degraus; e assim por diante,
ou seja:
a1 5 a1 1 0r
a2 5 a1 1 1r
a3 5 a1 1 2r
a4 5 a1 1 3r
...
Observando que, em cada igualdade, o coeficiente de r tem uma unidade a menos
que o índice do termo à esquerda da igualdade, concluímos: an 5 a1 1 (n 2 1)r
De maneira geral:

Numa P.A. (a1, a2, a3, a4, a5, ..., an , ...) de razão r, temos:
an 5 a1 1 (n  1)r

218 Capítulo 11 Sequências

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Exercícios resolvidos

R.1 Determinar o 51º termo da P.A. (4, 10, 16, 22, ...).

ALeXAnDRe GuZAnsHe/o teMPo/


futuRA PRess
Resolução
Devemos determinar o termo an 5 a1 1 (n 2 1)r
dessa P.A. tal que: a1  5  4 ,  r  5 6
6  e   n  5 51
Logo:
a51 5 4 1 (51 2 1) ? 6 ⇒ a51 5 4 1 50 ? 6 5 304
Concluímos, assim, que o 51º termo da P.A. é 304.
Ginásio Jornalista Felipe Drummond, o Mineirinho, em
R.2 Obter a razão da P.A. (a1, a2, a3, ...) tal que Belo Horizonte (MG), durante a liga mundial de voleibol
a1  7 e a5  8. em 2008. O Mineirinho é o maior ginásio do Brasil, com
capacidade para 25.000 pessoas.
Resolução
Aplicando a fórmula do termo geral
an 5 a1 1 (n 2 1)r da P.A. para n 5 5, temos: a) Construir a sequência em que os termos repre-
sentem o número de pessoas no ginásio a cada
1 hora a partir do instante em que a contagem
a5  5 a1  1  4 r  ⇒  8  5 7  1  4 r  ∴  r  5 
4 das pessoas passou a ser feita por catracas.
1 b) Durante quantas horas as catracas estiveram
Concluímos que a razão da P.A. é .
4 em funcionamento?
R.3 Determinar o número de termos da P.A. Resolução
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

(2, 10, 18, ..., 250). a) A sequência é uma progressão aritmética finita
Resolução de razão 208, cujo primeiro e último termos são
Indicando por n o número de termos, devemos ob- 684 e 3.180, respectivamente, isto é:
ter o valor de n na expressão an 5 a1 1 (n 2 1)r tal (684, 892, 1.100, 1.308, ..., 3.180)
que: a1  5  2,  an  5  250  e   r  5 8
b) Observe na P.A. do item anterior que, após
Logo: 1 hora, havia a2 pessoas; após 2 horas, havia a3
250 5 2 1 (n 2 1) ? 8 ⇒ 250 5 2 1 8n 2 8 pessoas; assim, após n – 1 horas, havia an pes-
 256 5 8n ⇒ n 5 32 soas no ginásio.
Então, vamos calcular o número n de termos da
Concluímos, então, que a P.A. possui 32 termos.
P.A., em que a1 5 684, an 5 3.180 e r 5 208:
R.4 Qual é a razão da P.A. (an ) tal que a1  a5  26 e an 5 a1 1 (n – 1) ? r ⇒
a2  a9  46?
⇒ 3.180 5 684 1 (n 2 1) ? 208
Resolução
 n 5 13
Pela fórmula an 5 a1 1 (n 2 1)r, podemos repre-
sentar os termos a5, a2 e a9 por: Logo, as catracas estiveram em funcionamento
a5 5 a1 1 4r, a2 5 a1 1 r e a9 5 a1 1 8r durante 12 horas.

Assim:
R.6 Interpolar (inserir) 4 meios aritméticos entre 1 e
 a1  1  a5  5  26  a  1  a1 1  4 r  5 2 6 2, nessa ordem.
  ⇒    1
 a2  1  a9  5  46  a1  1  r  1  a1  1 8
 8r  5  4 6 Resolução
 2 a 1  4 r  5 2 6 Interpolar (ou inserir) 4 meios aritméticos entre 1 e
     1 2, nessa ordem, significa determinar a P.A. de pri-
 2 a1  1 9r  5  46
meiro termo 1 e último termo 2, havendo entre eles
Subtraindo, membro a membro, essas igualdades, quatro outros termos, isto é:
temos: 25r 5 220 ⇒ r 5 4 (1, _ , _ , _ , _ , 2)
Concluímos, então, que a razão da P.A. é 4. meios aritméticos

a1 a6
R.5 A partir do momento em que havia 684 pessoas
em um ginásio de esportes, a contagem dos tor- Pela fórmula do termo geral an 5 a1 1 (n 2 1)r,
cedores que entravam passou a ser feita por ca- temos:
tracas que registraram o ingresso de 208 pessoas 1
por hora, até completar a capacidade máxima do a6  5  a1  1 5r  ⇒   2  5 1 1 5r  ⇒   r  5 
5
ginásio, que é de 3.180 espectadores.
Ninguém saiu antes do jogo, que começou quan-  6 7 8 9 
Logo, a P.A. é  1,  ,  ,  ,  ,  2 .
do a capacidade máxima do ginásio foi atingida.  5 5 5 5 

Sequências Capítulo 11 219

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Exercícios propostos

10 Determine o 40 º termo da P.A. (2, 13, 24, 35, ...). Supondo que se manteve constante o ritmo de
431 desenvolvimento da população, o número de ví-
11 Obtenha o n-ésimo termo, an, da P.A. (2, 8, 14, 20, ...). rus no final de 1 hora era de: alternativa c
an 5 6
6n
n24 a) 241 c) 237 e) 232
12 Na P.A. (a1, a2, a3, ...) de razão r 5 2 2 k, temos que b) 238 d) 233
a11 5 29k 2 18, sendo k um número real. Determi-
18 Um trecho de serra de 13 km de uma rodovia que
ne a1. a1 5 39
39kk 2 38
liga o interior ao litoral possui duas faixas de trânsito
para a descida e duas faixas para a subida. Quando o
13 Quantos termos tem a P.A. (3, 7, 11, ..., 99)? fluxo de veículos para o litoral é muito intenso, é im-
25 termos
plantada a Operação Descida. Um dos procedimen-
14 Interpole 6 meios aritméticos entre 2 e 10, nessa tos dessa operação é limitar a apenas uma faixa de
ordem.  2,  22 ,  30 ,  38 ,  46 ,  54 ,  62 , 10 trânsito a subida de veículos e, consequentemente,
 7 7 7 7 7 7 
permitir a descida da serra por três faixas. Para isso,
15 Determine a razão da P.A. (an) em que a2 1 a3 5 11 e são colocados 261 cones sinalizadores ao longo de
5 toda a serra, sendo a distância entre dois cones con-
a 4 1 a 7 5 21.
3
secutivos quaisquer constante, e o primeiro e o últi-
16 Em uma P.A. (an) temos a20 5 5 e a32 5 8. Determine mo ficam exatamente no início e no fim da serra,
a razão dessa P.A. 1 respectivamente. Calcule a distância entre dois co-
4 nes consecutivos quaisquer. 0,05 km ou 50 m

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
17 (Vunesp) Num laboratório, foi feito um estudo so-
19 Em cada região especifi-

MARCo Antonio sÁ/kino


bre a evolução de uma população de vírus. Ao final cada pela Agência Nacio-
de um minuto do início das observações, existia 1 nal de Telecomunicações
elemento na população; ao final de dois minutos, (Anatel), as frequências
existiam 5, e assim por diante. A seguinte sequên- das emissoras de rádio
cia de figuras apresenta as populações do vírus (re- FM devem variar de 87,9
presentado por um círculo) ao final de cada um dos a 107,9 MHz, e a diferen- Torres retransmissoras
quatro primeiros minutos. ça entre duas frequências de rádio em Itapecerica,
consecutivas deve ser MG. (2009)
0,2 MHz. O número máximo de emissoras FM que
fAustino

podem funcionar em uma mesma região determina-


da pela Anatel é:
a) 99 b) 100 c) 101 d) 102 e) 103
alternativa c

Resolva a questão 2 do Roteiro de trabalho.

Propriedades das progressões aritméticas

P1. Em toda P.A. finita, a soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual à soma
dos extremos.

Demonstração

Seja a P.A. finita (a1, a2 , a3, ..., ak , ak 1 1, ..., an 2 k , ..., an) de razão r.
Os termos ak 1 1 e an 2 k são equidistantes dos extremos, pois antes de ak 1 1 existem k termos
e depois de an 2 k existem, também, k termos. Vamos demonstrar que: ak 1 1 1 an 2 k 5 a1 1 an
De fato:

  
ak  1 1 1 an  2 k  5 a1 1 (k  1 1 2 1)r  1 a1 1 (n  2 k  2 1)r  5 a1 1 kr  1 a1 1 (n  2 1)r  2 kr  5
   

5 a1 1 a1 1 (n  2 1)r  5 a1 1 an


  

220 Capítulo 11 Sequências

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Exemplo

(3, 8, 13, 18, 23, 28, 33, 38, 43, 48, 53, 58, 63)

28 1 38 5 66
23 1 43 5 66

18 1 48 5 66

13 1 53 5 66

8 1 58 5 66

3 1 63 5 66

P2. Uma sequência de três termos é P.A. se, e somente se, o termo médio é igual à média
aritmética entre os outros dois, isto é:
a  1 c
(a, b, c) é P.A. ⇔ b  5 
2

Demonstração
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Temos:
 (a , b , c ) é P.A. ⇔  b  2 a  5 c  2 b

 a  1 c
 b  2 a  5 c  2 b   ⇔  b  5  2

a  1 c
Logo: (a , b , c ) é P.A.   ⇔  b  5 
2

Consequência
Temos, como consequência da propriedade P2:

Em uma P.A. com número ímpar de termos, o termo médio é a média aritmética entre
os extremos.

Demonstração

Seja ak o termo médio de uma P.A. com número ímpar de termos:


(a1 , a2 , a3 , ..., ak 2 1, ak , ak 1 1, ..., an )

Temos que a sequência (ak 21, ak, ak 1 1) também é uma P.A.; logo, pela propriedade
anterior, temos:
a  1 ak  1 1
ak  5  k  2 1 (I)
2
Mas os termos ak 2 1 e ak 1 1 são equidistantes dos extremos e, portanto, por P1:
ak 21 1 ak 1 1 5 a1 1 an (II)
a1 1 an
Por (I) e (II), concluímos que: ak  5 
2

Exemplo

(2, 5, 8, 11, 14, 17, 20, 23, 26, 29, 32, 35, 38)

termo médio
2 1  38
20 5 
2

Sequências Capítulo 11 221

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(212a229).indd 221 06.03.10 17:43:08


Exercício resolvido

R.7 Determinar o número x de modo que a sequência (x  3, x  1, 1  2x) seja uma P.A.
Resolução
x  1 3  1 1 2  2 x
A sequência (x 1 3, x 2 1, 1 2 2x) é uma P.A. se, e somente se, x 2 1 5 , ou
2
seja, 2x 2 2 5 2x 1 4 ⇒ x 5 2

Exercícios propostos

20 Em uma P.A. finita, o termo médio é o quádruplo

VAnDeRLei ALMeiDA/AfP/Getty iMAGes


Tempo Distância ao
do primeiro termo. Sabendo que o último termo (segundo) ponto O (metro)
dessa P.A. é 42, determine o primeiro termo. 6
1 x 1 20

21 Obtenha x para que a sequência (2x 2 2, 3x 2 1, 2x 1 6) 2 3x 1 10


seja uma P.A. x 5 3 3 4x 1 30

22 Durante três segundos após a passagem por um pon-


Bandeirada no GP Brasil de Fórmula 1,
to O de uma pista, um carro de fórmula 1 manteve a
em outubro de 2009, no autódromo de

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
velocidade constante. Nesse período, a distância do
Interlagos, São Paulo.
veículo ao ponto O, em função do tempo, pode ser
descrita pela tabela a seguir. Qual era a distância do 23 Determine x de modo que a sequência
automóvel ao ponto O ao final dos três segundos? 150 m (x 2 1, x2 2 4, 3x 2 1) seja uma P.A. crescente.
x53

Representação genérica de uma progressão


aritmética
Para agilizar a resolução de certos problemas, convém representar uma P.A. de maneira gené-
rica. Mostramos a seguir algumas dessas representações:
• A sequência (x, x 1 r, x 1 2r) é uma P.A. de três termos e razão r, para quaisquer valores de
x e r.
• A sequência (x 2 r, x, x 1 r) é uma P.A. de três termos e razão r, para quaisquer valores de
x e r. Essa representação é mais adequada quando se pretende determinar uma P.A. de três
termos, conhecendo-se a soma deles.
• A sequência (x, x 1 r, x 1 2r, x 1 3r) é uma P.A. de quatro termos e razão r, para quaisquer
valores de x e r.
• A sequência (x 2 3r, x 2 r, x 1 r, x 1 3r) é uma P.A. de quatro termos e razão 2r, para
quaisquer valores de x e r. Essa representação é mais adequada quando se pretende deter-
minar uma P.A. de quatro termos, conhecendo-se a soma deles.

Exercício resolvido

R.8 Determinar a P.A. crescente de três termos, sabendo que a soma desses termos é 3 e
que o produto deles é 8.
Resolução
Quando se conhece a soma dos termos, a representação mais cômoda é (x 2 r, x, x 1 r).
Pelo enunciado, temos:
 x  2  r  1  x  1  x  1  r  5 3  ⇒  3 x  5 3  ∴  x  5 1 (I )

 ( x 2  r ))  ?  x  ? (( x  1  r )) 5 28 (I I )

Substituindo (I) em (II): (1 2 r) ? 1 ? (1 1 r) 5 28 ⇒ 1 2 r 2 5 28 ⇒ r 2 5 9 ⇒ r 5 ± 3


Como devemos ter uma P.A. crescente, só interessa a razão positiva, isto é, r 5 3.
Assim, a P.A. procurada (x 2 r, x, x 1 r) para x 5 1 e r 5 3 é (22, 1, 4).

222 Capítulo 11 Sequências

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(212a229).indd 222 06.03.10 17:43:16


Exercícios propostos

24 Numa P.A. decrescente de três termos, a soma des- a) 68° c) 76° e) 82°
ses termos é 6 e o produto é 224. Determine a P.A. b) 72° d) 80°
(6, 2, 22) alternativa d

25 (Faap-SP) As medidas dos ângulos internos de um 26 Durante três meses consecutivos, um investidor
triângulo, em ordem crescente, formam uma pro- aplicou em um fundo de capitais, perfazendo um
gressão aritmética. A medida do maior desses ân- total de R$ 2.790,00. Sabendo que as aplicações,
gulos é o dobro da medida do menor. O maior ân- mês a mês, formam uma progressão aritmética,
gulo interno desse triângulo mede: qual foi o valor aplicado no segundo mês? R$ 930,00

Soma dos n primeiros termos de uma


progressão aritmética k
C

o
st
No ano de 1785, em uma pequena escola do principado de Braunscheweig, na Alemanha, o

in
At
is/L
professor Büttner propôs a seus alunos que somassem os números naturais de 1 a 100. Apenas

oRb
três minutos depois, um menino de 8 anos aproximou-se da mesa do professor e apresentou o

bettMAnn/C
resultado pedido. O professor, assombrado, constatou que o resultado estava correto.
Aquele menino viria a ser um dos maiores matemáticos de todos os tempos: Carl Friedrich
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Gauss (1777-1855). O cálculo efetuado por Gauss foi simples e elegante; ele percebeu que:
• a soma do primeiro número com o último é: 1 1 100 5 101
• a soma do segundo número com o penúltimo é: 2 1 99 5 101
• a soma do terceiro número com o antepenúltimo é: 3 1 98 5 101
e assim por diante, ou seja, a soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos
Carl Friedrich Gauss
extremos, que é 101: (pintura de 1800).
Matemático, físico e
(1, 2, 3, 4, ..., 97, 98, 99, 100) astrônomo alemão de
4 1 97 5 101 extraordinária capacidade
intelectual. Realizou
3 1 98 5 101
importantes trabalhos em
2 1 99 5 101
várias áreas do
conhecimento,
1 1 100 5 101
notadamente em
Matemática.

Como no total são 50 somas iguais a 101, Gauss concluiu que:

1 1 2 1 3 1 4 1 . . . 1 97 1 98 1 99 1 100 5 50 ? 101 5 5.050

Esse raciocínio pode ser generalizado para o cálculo da soma dos n primeiros termos de uma
progressão aritmética qualquer pelo teorema a seguir.

A soma Sn dos n primeiros termos da P.A. (a1, a2, a3, a4, a5, ..., an , ...) é dada por:

(a1 1 an ) ? n
Sn  5 
2

Demonstração

Vamos descrever a soma Sn duas vezes, do seguinte modo:

Sn 5 a1 1 a2 1 a3 1 ... 1 an 2 2 1 an 2 1 1 an

Sn 5 an 1 an 2 1 1 an 2 2 1 ... 1 a3 1 a2 1 a1

Sequências Capítulo 11 223

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(212a229).indd 223 06.03.10 17:43:21


Somando, membro a membro, essas igualdades, temos:

2Sn 5 (a1 1 an ) 1 (a2 1 an 2 1) 1 (a3 1 an 2 2) 1 ... 1 (an 2 2 1 a3) 1 (an 2 1 1 a2) 1 (an 1 a1)

Observando que em cada expressão entre parênteses temos a soma dos extremos ou a
soma de dois termos equidistantes dos extremos, podemos escrever, pela proprie-
dade P1:

2Sn  5 (a1 1 an ) 1 (a1 1 an ) 1 (a1 1 an ) 1 . . . 1 (a1 1 an ) 1 (a1 1 an ) 1 (a1 1 an )


n parcelas iguais a (a1 1 an)
   2Sn  5 (a1 1 an ) ? n

   Sn  5 
(a  1 a ) ? n
1 n

Podemos interpretar geometricamente a fórmula da soma dos n primeiros termos de uma P.A.
Considerando n retângulos de bases unitárias (1) cujas medidas das alturas formam a P.A. cres-
cente (a1, a2, a3, a4, a5, ..., an). Como a base de cada retângulo mede 1 unidade, as áreas desses
retângulos são numericamente iguais aos termos dessa P.A. Colocando lado a lado esses retângu-
los, com as alturas em ordem crescente, obtemos a primeira figura a seguir.
Acima de cada retângulo, construímos outro tal que a soma de suas alturas seja igual a a1 1 an ,
conforme mostra a segunda figura.
D C

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a1
a2


an� 2
fAustino

an�1
an a1 � an

an�1 an an�1 an
… …
a2 a3 a2 a3
a1 a1
A
B
1 1 1 1 1 n

A área da região verde, Sn 5 a1 1 a2 1 a3 1 ... 1 an , é metade da área do retângulo ABCD,


isto é:
(a  1 an ) ? n
Sn  5  1
2

Exercícios resolvidos

R.9 Calcular a soma dos vinte primeiros termos da R.10 Calcular a soma dos n primeiros termos da P.A.
P.A. (3, 7, 11, 15, ...). (6, 10, 14, 18, ...).
Resolução Resolução
( a1  1  an )  ? n Temos a1 5 6 e an 5 6 1 (n 2 1) ? 4, ou seja,
Aplicando a fórmula Sn  5  para an 5 4n 1 2.
2 ( a  1  an )  ? n
n 5 20, temos: Pela fórmula Sn  5  1 , concluímos:
2
( a1  1  a2 0 )  ?  20 (6  1  4 n  1 
1  2)  ? n (8  1  4 n )  ? n
S 20  5  Sn  5   5   5  4 n 1 2n 2
2 2 2

Calculando a20 pela fórmula do termo geral, R.11 Uma escada de pedreiro será construída com de-
an 5 a1 1 (n 2 1)r, temos: graus paralelos pregados em dois caibros, que
serão os pés da escada. Os comprimentos dos de-
a20 5 a1 1 (20 2 1)r ⇒ a20 5 3 1 19 ? 4 5 79 graus formarão uma sequência decrescente de
primeiro termo igual a 60 cm e último igual a
(3  1 7
799)  ?  2
20 40 cm, e a distância entre dois degraus consecu-
Logo: S 20  5   5 820
2 tivos quaisquer será constante.

224 Capítulo 11 Sequências

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(212a229).indd 224 06.03.10 17:43:33


Sabendo que serão usados 450 cm de sarrafo na O degrau intermediário é base média de um tra-
construção de todos os degraus, calcular o núme- a  1  c
pézio e, portanto, b  5  .
ro de degraus que terá a escada. 2
Resolução Assim, deduzimos que a sequência decrescente dos
Esquematizando três degraus consecutivos quais- comprimentos dos degraus da escada é uma pro-
quer, de medidas a, b e c, em ordem decrescente, gressão aritmética de primeiro termo 60 cm e últi-
temos: mo 40 cm. Para calcular o número n de degraus,
aplicamos a fórmula da soma dos n primeiros ter-
c
mos da P.A., em que Sn 5 450 cm, a1 5 60 cm e
fAustino

an 5 40 cm:
b
( a  1  an )n (60  1  40 )n
Sn  5  1 ⇒ 450  5   ⇒  n  5 9
2 2
a Logo, a escada terá nove degraus.

Exercícios propostos

27 Calcule a soma dos trinta primeiros termos da P.A. 33 Estudos realizados em um município mostraram
(215, 211, 27, 23, ...). 1.290 que o desmatamento do cerrado cresce assustado-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

ramente. A cada dia são desmatados 4 ha (hectares)


28 Calcule a soma dos múltiplos positivos de 9, meno- a mais que a área desmatada no dia anterior.
res que 100. 594

PALÊ ZuPPAni/PuLsAR iMAGens


29 Determine a soma de todos os números naturais
que sejam múltiplos de 2 e 3, simultaneamente, e
que estejam compreendidos entre 100 e 700.
39.900

30 Dada a P.A. (2, 7, 12, 17, ...), determine:


a) o n-ésimo termo, isto é, an . 5n 2 3 2
5n  2 n
b) a soma dos n primeiros termos.
2

31 Calcule a soma dos n primeiros números naturais


ímpares. n 2

32 Com o objetivo de clarear um ambiente, um arqui- Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o desmatamento
teto projetou parte de uma parede com 820 tijolos do cerrado já atingiu 48,2% da cobertura original – quase
um milhão de quilômetros quadrados. A média é de 1%
de vidro. Esses tijolos devem ser dispostos sob a
de vegetação nativa a menos por ano. Na foto de 2009
forma de um triângulo, de modo que, a partir da vemos campo agrícola no município de Querência, em
segunda fileira, cada tijolo se apoie sobre dois tijo- Mato Grosso, estado com o maior número de municípios
na lista dos que mais desmataram o cerrado entre 2002
los da fileira inferior até a última, que terá apenas
e 2008.
um tijolo, conforme figura que apresenta as três úl-
timas fileiras. No primeiro dia de determinado mês foram des-
matados 50 ha.
a) Quantos hectares foram desmatados no 20º dia
desse mês? 126 ha
b) Quantos hectares foram desmatados nos 20
primeiros dias desse mês? 1.760 ha
fAustino

34 No projeto de uma sala de cinema, um arquiteto


desenhou a planta sob a forma de um trapézio isós-
celes com a tela sobre a base menor desse trapézio.
As poltronas serão dispostas em 16 fileiras parale-
O número de tijolos da primeira fileira deve ser: las às bases do trapézio, tendo 20 poltronas na pri-
a) 35 d) 45 meira fileira e, a partir da segunda, cada fileira terá
b) 38 e) 50 2 poltronas a mais que a fileira anterior. Calcule o
c) 40 alternativa c número de poltronas desse cinema. 560 poltronas

Sequências Capítulo 11 225

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(212a229).indd 225 06.03.10 17:43:44


A progressão aritmética e a função afim
Na situação apresentada na página de abertura deste capítulo, temos que, na fase de prepa-
ração de uma atleta, o treinador estabeleceu que no primeiro dia ela deveria percorrer 10 km e,
em cada um dos dias seguintes, deveria correr 2 km a mais que no dia anterior. Sabendo que a
fase de preparação dessa atleta é de 12 dias, podemos representar as distâncias percorridas, dia
a dia, em quilômetro, pela progressão aritmética:
(10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24, 26, 28, 30, 32)
A representação gráfica dessa P.A., cujo termo geral é an 5 10 1 (n 2 1) ? 2, ou seja, an 5 8 1 2n,
é formada pelos pontos (n, an ) do plano cartesiano:
an
32
30
28
26
24
n 5 1 ⇒ (1, 10) 22
n 5 2 ⇒ (2, 12) 20
n 5 3 ⇒ (3, 14) 18
n 5 4 ⇒ (4, 16) 16
n 5 5 ⇒ (5, 18) 14
... 12
n 5 12 ⇒ (12, 32)

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
10

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9101112 n
ilustrações: faustino

Observando que o termo geral an 5 8 1 2n é identificado como a função afim y 5 8 1 2x


quando x assume apenas valores naturais não nulos, concluímos que a representação gráfica da
P.A. (10, 12, 14, 16, ..., 32) é formada por pontos da reta de equação y 5 8 1 2x.
y y � 8 � 2x
32
30
28
26
24
22
20
18
16
14
12
10

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9101112 x

Generalizando, consideremos a P.A. (a1, a2, a3, ..., an, ...) de razão não nula r, cujo termo geral é
an 5 a1 1 (n 2 1) ? r. A representação gráfica dessa P.A. é formada por pontos do gráfico da fun-
ção afim y 5 a1 1 (x 2 1)r.
Dessa forma, algumas importantes propriedades da função afim podem ser aplicadas na reso-
lução de problemas envolvendo progressões aritméticas, como, por exemplo, a constância da
taxa de variação; isto é, dados dois termos, an e ak , de uma P.A., com n  k, a taxa de variação 
an  2 ak
 é constante.
n  2 k

226 Capítulo 11 Sequências

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(212a229).indd 226 06.03.10 17:43:48


4 Progressão geométrica

Problemas que envolvem grandezas que crescem ou decrescem através do produto por uma
taxa constante podem ser resolvidos com o auxílio da função exponencial, conforme estudamos
no capítulo 9.
Neste tópico, veremos que problemas como esses também podem ser resolvidos por meio de
um tipo de sequência chamada de progressão geométrica. Como exemplo, acompanhe a
situação seguinte.
Alguns gases utilizados na indústria, como os clorofluorcarbonetos (CFC), têm efeito devasta-
dor na camada de ozônio que protege a Terra contra um tipo nocivo de radiação solar. Esses
gases provocam falhas nessa camada, conhecidas como “buracos da camada de ozônio”.

KI TY
SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK

DO RS GE
ND IM
ET

RL LE S
E A
Produtos como

IN Y/
G
aerossóis usavam CFC.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Esta imagem, de 2008, mostra a situação do buraco na camada de ozônio (mancha


azul), que se localiza sobre a Antártida.

O Protocolo de Montreal, realizado por 31 países em 16 de setembro de 1987, estabeleceu


acordos para a eliminação do uso das substâncias que destroem a camada de ozônio. Atualmen-
te, cerca de 190 países já assinaram esse tratado.

Consumo de CFC no Brasil


14.000
Toneladas de potencial de

12.000
destruição do ozônio

10.000
FAUSTINO

8.000

6.000

4.000

2.000

0
1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008
Ano

Dados disponíveis em: <http://www.pnud.org.br>. Acesso em: 19 fev. 2010.

Sequências Capítulo 11 227

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(212a229).indd 227 5/4/10 1:33:19 PM


Previsões realistas estimam que, se o Protocolo de Montreal for obedecido, o buraco na camada
de ozônio terá uma redução média de 30% a cada década, a partir de 2005. Supondo que em
2
2005 o buraco tivesse uma extensão de x km , a sequência abaixo apresenta, década a década, a
extensão do buraco, em quilômetro quadrado, até 2065:

(   x  ; x ? 0,7 ; x ? (0,7)2 ; x ? (0,7)3 ; x ? (0,7)4 ; x ? (0,7)5 ; x ? (0,7)6 )


2005 2015 2025 2035 2045 2055 2065

2
Para se ter uma ideia concreta, em 2005 a extensão do buraco era de 27 milhões de km , portanto,
6
segundo essas previsões, em 2065 ainda haverá um buraco com a extensão de 27 ? (0,7) milhões
2 2
de km , ou seja, 3,18 milhões de km , aproximadamente.
A sequência numérica que aparece nessa situação é um exemplo de progressão geométrica,
assim chamada porque, multiplicando cada termo por uma mesma constante, obtemos o termo
seguinte. Nesse caso, multiplicamos cada termo da sequência pela constante 0,7.
Podemos definir, de modo geral, que:

Progressão geométrica (P.G.) é toda sequência numérica em que cada termo, a


partir do segundo, é igual ao produto do termo precedente (anterior) por uma constante
q. O número q é chamado de razão da progressão geométrica.

Exemplos

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) (1, 3, 9, 27, 81, 243) é uma progressão geométrica finita de razão q 5 3.
bsip/astier/keystone

b) (5, 210, 20, 240, 80, 2160) é uma progressão geométrica finita de razão q 5 22.
c) (7, 0, 0, 0, 0, ...) é uma progressão geométrica infinita de razão q 5 0.
d) (0, 0, 0, 0, 0, ...) é uma progressão geométrica infinita de razão indeterminada.
e) O iodo-131, utilizado em medicina nuclear para exames de tireoide, possui a meia-vida de
m
oito dias. Isso significa que a massa m de uma amostra de iodo-131 se reduz a   decorri-
2
 25 25 
dos oito dias. Por exemplo, a progressão geométrica   100, 50, 25,  ,  , ...  descreve
Exame de cintilografia da  2 4 
tireoide (colorido
a massa, em grama, de uma amostra de iodo-131 a cada período de oito dias, a partir de
artificialmente). O uso de
iodo-131 permite o
uma amostra de 100 g.
diagnóstico via imagem.

Classificação das progressões geométricas


As progressões geométricas podem ser classificadas como crescente, decrescente, constante,
oscilante ou quase nula.
• Crescente: uma P.G. é crescente quando cada termo, a partir do segundo, é maior que o
antecedente. Para que isso ocorra é necessário e suficiente que a1 . 0 e q . 1 ou a1 , 0 e
0 , q , 1.

Exemplos
a)  (1, 2, 4, 8, ...) é uma P.G. crescente de razão q 5 2.

 1 1  1
b)  2 2, 2 1, 2 , 2 , ...  é uma P.G. crescente de razão q 5  .
 2 4  2

• Decrescente: uma P.G. é decrescente quando cada termo, a partir do segundo, é menor
que o antecedente. Para que isso ocorra é necessário e suficiente que a1 . 0 e 0 , q , 1
ou a1 , 0 e q . 1.

Exemplos

 3 3  1
a)   12, 6, 3,  ,  , ...  é uma P.G. decrescente de razão q 5  .
 2 4  2

b)  (21, 23, 29, 227, ...) é uma P.G. decrescente de razão q 5 3.

228 Capítulo 11 Sequências

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(212a229).indd 228 5/4/10 1:35:04 PM


• Constante: uma P.G. é constante quando todos os seus termos são iguais. Para que isso ocor-
ra é necessário e suficiente que sua razão seja 1 ou que todos os seus termos sejam nulos.
Exemplos
a) (6, 6, 6, 6, 6, ...) é uma P.G. constante de razão q 5 1.
b) (0, 0, 0, 0, ...) é uma P.G. constante de razão indeterminada.

• Oscilante: uma P.G. é oscilante quando todos os seus termos são diferentes de zero e dois
termos consecutivos quaisquer têm sinais opostos. Para que isso ocorra é necessário e sufi-
ciente que a1  0 e q , 0.

Exemplos
a) (1, 22, 4, 28, 16, 232, ...) é uma P.G. oscilante de razão q 5 22.
 1 1  1
b) 2 8, 4, 2 2, 1, 2 ,  , ... é uma P.G. oscilante de razão q 5 2 .
 2 4  2

• Quase nula: uma P.G. é quase nula quando o primeiro termo é diferente de zero e os de-
mais são iguais a zero. Para que isso ocorra, é necessário e suficiente que a1  0 e q 5 0.

Exemplo
(4, 0, 0, 0, 0, 0, 0, ...) é uma P.G. quase nula.

Exercícios propostos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

35 Verifique se as sequências abaixo são progressões 36 Determine a razão da P.G. (an) tal que
1
geométricas. a38 5 15 e a39 5 5.
3
a) (a1, a2, a3, a4, a5, a6 ) tal que an 5 3 ? 2n 2 1,
com n natural não nulo e n  6 É P.G. 37 (UFRGS-RS) A cada balanço, uma firma tem apre-
b) (a1, a2, a3, a4, a5 ) tal que an 5 (n 2 1)2, sentado um aumento de 10% em seu capital. A ra-
com n natural não nulo e n  5 Não é P.G. zão da progressão formada pelos capitais nos ba-
22n
c) (a1, a2, a3, a4, a5, a6 ) tal que an 5 5 , lanços é:
10 1
a) 10 c) e)
com n natural não nulo e n  6 É P.G. 11 10
n n24
d) (a1, a2, a3, a4 ) tal que an 5 (21) ? 2 , 11 9
b) d) alternativa b
com n natural não nulo e n  4 É P.G. 10 10

Fórmula do termo geral de uma progressão geométrica


Um capital de R$ 10.000,00 é aplicado durante quatro anos à taxa de juro composto de 20%
ao ano. Lembrando que a taxa de juro composto incide sobre o montante acumulado ao final de
cada unidade de tempo, temos a P.G. que apresenta os montantes, em real, ano a ano, a partir
do início da aplicação:
(10.000, 12.000, 14.400, 17.280, 20.736)
Observe que podemos calcular o montante em cada ano, multiplicando o capital inicial por
potências de 1,2. Por exemplo, para calcular o 2‚ montante, basta efetuar: 10.000 ? (1,2)1. Note
que o resultado é o 2‚ termo da P.G. em que a1 5 10.000 e q 5 1,2, isto é: a2 5 a1 ? q1
Raciocinando de modo análogo, temos: a3 5 a1 ? q2; a4 5 a1 ? q3 e a5 5 a1 ? q4
Essa ideia pode ser generalizada para qualquer P.G., como veremos a seguir.
Consideremos a P.G. de razão q: (a1, a2, a3, a4, a5, …, an , …)
Qualquer termo dessa P.G. pode ser representado em função de a1 e q; observe:
(a1 ? q 0 , a1 ? q 1 , a1 ? q 2 , a1 ? q 3 , ...),
   
a1 a2 a3 a4

isto é, qualquer termo an é igual ao produto de a1 pela potência qn 2 1, ou seja, a fórmula do


termo geral da P.G. pode ser expressa por:

an 5 a1 ? q n 2 1

Sequências Capítulo 11 229

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(212a229).indd 229 06.03.10 17:44:28


Exercícios resolvidos

R.12 Determinar o 13º termo da P.G. (64, 32, 16, ...) Resolução
Resolução Sendo A a área total do município, a sequência das
áreas desertificadas desse município, década a déca-
Devemos determinar o termo an 5 a1q n 2 1 dessa da, a partir do momento atual até a desertificação
P.G. tal que: integral, é a progressão geométrica de razão 2, pri-
 a1  5 64 A
 meiro termo igual a e último termo A:
 1 1 . 024
 q  5 
 2
 A A A 
 n  5 13  1 . 024 ,  512 ,  256 , ..., A
Logo:
12 O número n de termos dessa P.G. pode ser determi-
 1 1 1 1
a13 5 a1q 5 64  ?     5  26  ?  12  5  6  5 
12 nado pela fórmula do termo geral, em que an 5 A,
 2 2 2 64
1
a1  5  e q 5 2, isto é:
R.13 Uma estimativa prevê um crescimento anual de 1 . 024
0,2% na população de uma cidade. Supondo que
A
essa estimativa esteja correta, calcular a popula- A 5   ?  2n  2 1  ⇒   2n  2 1  5 1 . 024
1 . 024
ção dessa cidade daqui a 14 anos, sabendo que a
população atual é de 480.000 habitantes. 2n  2 1 5 210

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Resolução
   n  2 1
 1 5 1
100  ⇒  n  5 1 1
A sequência crescente das populações, ano a ano,
dessa cidade, a partir do momento atual, é a pro- O número k pedido é igual a n 2 1, isto é, k 5 10 e,
gressão geométrica (an) de razão 1,002 e primeiro portanto, daqui a dez décadas, ou 100 anos, toda a
termo 480.000. O termo a15 dessa P.G. é a popula- área do município terá se desertificado.
ção da cidade daqui a 14 anos, isto é:
a15 5 480.000 ? (1,002)14 R.15 Calcular a razão da P.G. (an) tal que a3  a6  36
Com o auxílio de uma calculadora, obtemos: e a1  a4  144.
(1,002)14  1,02837 e, portanto:
Resolução
a15  480.000 ? 1,02837 ⇒ a15  493.618 Pela fórmula do termo geral an 5 a1q n 2 1, temos:
Logo, daqui a 14 anos a população da cidade será a3 5 a1q 2, a6 5 a1q 5 e a4 5 a1q 3 ; logo:
de 493.618 habitantes, aproximadamente.
 a3  1  a6  5 36  a q 2  1  a1q 5  5 36
R.14 Um estudo mostrou que a área desertificada de   ⇒    1
 a1  1  a4  5 144
3

um município dobra a cada década e que atual-  a1  1  a1q  5 144


1 Fatoramos o primeiro membro de cada uma das
mente essa área representa do município.
1.024 igualdades anteriores:
Se a conclusão desse estudo estiver correta e não
for tomada nenhuma providência, daqui a exata- (
 a1q 2 1 1  q 3  5 3 6 )

mente k décadas, todo o município terá se trans-
formado em deserto. Determinar k.
( 3
 a1 1 1  q  5 144 )
Dividimos, membro a membro, as duas igualdades
DELfiM MARtins/PuLsAR iMAGEns

anteriores:

(
a1q 2 1 1  q 3 )  5  36  ⇒ q 2
 5 
1
(
a1 1 1  q 3
) 144 4

1
    q  5  ±
2
Observe, portanto, que existem duas progressões
geométricas que satisfazem as condições desse
1
problema: uma de razão positiva, q 5  , e outra
2
Desertificação em Manoel Viana, Rio Grande do Sul. 1
de razão negativa, q 5 2 .
(2005) 2

230 Capítulo 11 Sequências

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(230a239).indd 230 06.03.10 17:58:07


R.16 Interpolar 5 meios geométricos entre 1 e 64, nes- Pela fórmula do termo geral an 5 a1q n 2 1, temos:
sa ordem.
a7  5  a1q 6  ⇒  64  5 1 ?  q 6
Resolução
Devemos determinar a P.G. de sete termos, com     q  5  ± 6 64  5  ± 2
a1 5 1 e a7 5 64. Chegamos, portanto, a duas interpolações pos-
(1, __ , __ , __ , __ , __ , 64) síveis:
• para q 5 2, temos a P.G. (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64)
meios geométricos
a1 a7 • para q 5 22, temos a P.G. (1, 22, 4, 28, 16, 232, 64)

Exercícios propostos

38 Determine o 14º termo da P.G. 3 46 (Fuvest-SP) Um biólogo está analisando a reprodu-


(1.536, 768, 384, 192, ...). 16 ção de uma população de bactérias, que se iniciou
com 100 indivíduos. Admite-se que a taxa de mor-
talidade das bactérias é nula. Os resultados obtidos,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

39 Obtenha o n-ésimo termo (an) da P.G. (3, 6, 12, 24, ...).


3 ? 2n 2 1 na primeira hora, são:
40 Considere a P.G. (an) de razão q 5 7
3 e a15 5 5.
Determine a1. 5 Tempo decorrido
Número de bactérias
9 (em minuto)
41 Obtenha a P.G. (an) de termos não nulos e razão
0 100
2  4 8 16 32 
q5 tal que a6 5 a1 ? a4. ,  ,  ,  , ...
 9 27 81 243 
3 20 200

42 Quantos termos tem a P.G. 40 400

 1  60 800
 243, 81,  27, ...,  310  ? 16 termos

Supondo-se que as condições de reprodução conti-


43 Interpole 4 meios geométricos entre 1 e 7, nessa nuem válidas nas horas que se seguem, após 4 ho-
ordem. (1,  5 7 , 5 7 2 ,  5 73 ,  5 7 4 , 7 ) ras do início do experimento a população de bacté-
rias será de: alternativa c
44 Determine a razão da P.G. oscilante ((an) em que a) 51.200 d) 819.200
1
a5 1 a8 5 9 e a7 1 a10 5 1. 2 b) 102.400 e) 1.638.400
3
c) 409.600
45 (Cefet-PR) Os pontos médios dos lados de um qua-
drado com 24 cm de perímetro são vértices de um
segundo quadrado. Os pontos médios dos lados des- 47 Cinco amigos resolveram trabalhar pela eleição de
se segundo quadrado são vértices de um terceiro um candidato a deputado federal. Para isso, cada
quadrado e assim, sucessivamente, até o décimo um enviou 10 e-mails a 10 outros amigos exaltando
quadrado. A área do décimo quadrado assim obtido, as qualidades do candidato e pedindo que cada des-
em centímetro quadrado, é igual a: tinatário enviasse 10 e-mails com os mesmos dize-
res a 10 novos destinatários. Suponha que cada
1 7
a) d) destinatário tenha recebido um único e-mail e te-
2 128
nha atendido ao pedido. Denominando por: 1ª ge-
3 9 ração de destinatários as pessoas que receberam os
b) e)
512 128 e-mails desses 5 amigos; 2ª geração de destinatários
as pessoas que receberam e-mails da 1ª geração; e
105 assim por diante, calcule o número de destinatários
c) alternativa e
1 . 024 da 6ª geração. 5 milhões

Resolva a questão 3 do Roteiro de trabalho.

Sequências Capítulo 11 231

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Propriedades da progressão geométrica

Uma sequência de três termos, em que o primeiro é diferente de zero, é uma P.G. se, e
somente se, o quadrado do termo médio é igual ao produto dos outros dois; isto é, sendo
a  0, temos:
2
(a, b, c) é P.G. ⇔ b 5 ac

Demonstração

Vamos analisar cada uma das hipóteses: b  0 ou b 5 0.


• 1· hipótese: b  0
 b c
 (a , b , c ) é P.G.  ⇔   a  5  b
Como a  0 e b  0, temos: 
 b  5  c   ⇔  b 2  5 ac
 a b
2
Logo, (a, b, c) é P.G. ⇔ b 5 ac
• 2· hipótese: b 5 0
Como a  0 e b 5 0, a P.G. (a, b, c) é (a, 0, 0) e, portanto, o quadrado do termo
2
médio (0 ) é igual ao produto dos outros dois termos (a ? 0).
2
Logo, (a, b, c) é P.G. ⇔ b 5 ac

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Consequência
Temos, como consequência imediata dessa propriedade:

Em uma P.G. com número ímpar de termos, o quadrado do termo médio é igual ao
produto dos extremos.

Exercício resolvido

R.17 Determinar x de modo que a sequência (3, x  2, 3x) seja uma P.G. crescente.
Resolução
A sequência de três termos tem o primeiro termo não nulo (3). Logo, essa sequência
é P.G. se, e somente se, (x 1 2)2 5 3 ? 3x, ou seja:
x 2 1 4x 1 4 5 9x ⇒ x 2 2 5x 1 4 5 0
  5  (2 5)2  2  4  ? 1 ?  4  5 9
2(2 5) )  ±   9 5   ±  3
x  5  5  ⇒   x  5  4  ou x   5
51
2  ? 1 2
• Para x 5 1 temos a P.G. (3, 1 1 2, 3 ? 1), que é a P.G. constante (3, 3, 3).
• Para x 5 4 temos a P.G. (3, 4 1 2, 3 ? 4), que é a P.G. crescente (3, 6, 12).
Concluímos, então, que a sequência apresentada é P.G. crescente apenas para x 5 4.

Exercícios propostos

48 Obtenha x para que a sequência (21, x 2 1, 4x 2 1) seja uma P.G. x 5 0 ou x 5 2

49 Determine x de modo que a sequência (x 1 1, 3x 2 2, 5x) seja uma P.G. crescente. x54

50 Para dois números positivos a e c, a sequência (a, 4, c) é P.A. e a sequência (c 1 2, 4, a) é P.G.


Determine a e c. a 5 8 e c 5 0 ou a 5 2 e c 5 6

232 Capítulo 11 Sequências

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(230a239).indd 232 06.03.10 17:58:26


51 Em uma P.G. finita e crescente de números reais, o termo médio é a raiz quadrada do primei-
ro termo. Determine o último termo dessa P.G. 1

52 A valorização percentual anual de um aparta-


Tempo Valor do imóvel
mento foi a mesma em dois anos consecutivos. A (ano) (milhares de real)
tabela ao lado mostra o valor do imóvel, em fun-
0 100
ção do tempo, em que o tempo zero corresponde
ao início desse período. Qual era o valor do apar- 1 x 1 30
tamento ao final desse período? R$ 121.000,00 2 2x 2 39

Representação genérica de uma progressão


geométrica
Como no estudo da P.A., é importante saber representar uma P.G. genericamente. Mostramos
a seguir algumas representações.
• A sequência (x, xq, xq 2) é uma P.G. de três termos e razão q, para quaisquer valores de x e q.
x 
• A sequência  ,  x ,  xq é uma P.G. de três termos e razão q, para quaisquer valores de x e q,
q 
com q  0. Essa representação é mais adequada quando se pretende determinar uma P.G.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

de três termos, conhecendo o produto deles.


• A sequência (x, xq, xq2, xq3) é uma P.G. de quatro termos e razão q, para quaisquer valores
de x e q.
 x x 
• A sequência  3 ,  ,  xq ,  xq 3  é uma P.G. de quatro termos e razão q2, para quaisquer
q q 
valores de x e q, com q  0. Essa representação é mais adequada quando se pretende de-
terminar uma P.G. de quatro termos, conhecendo-se o produto deles.

Exercício resolvido

R.18 Determinar a P.G. de três termos, sabendo que o produto desses termos é 8 e que a
soma do 2‚ com o 3‚ termo é 10.
Resolução
 x 
Quando se conhece o produto dos termos, a representação mais cômoda é  ,  x ,  xxq  .
Pelo enunciado temos:  q 

x
x q 5 8 ⇒ x 3 5 8 ∴ x 5 2     (I )
  ? xx  ?  xq
q
 x 1 xxqq 5 10     (II )

Substituindo (I) em (II): 2 1 2q 5 10 ⇒ q 5 4
 x   1 
Assim, para x 5 2 e q 5 4, a P.G.  ,  x ,  xxq  é igual a  ,  2, 8  .
 q   2 

Exercícios propostos

53 Determine a P.G. de três termos, sabendo que o nor, do cateto maior e da hipotenusa, formam
1 uma progressão geométrica. A razão q dessa P.G.
produto desses termos é e que a soma dos dois satisfaz a condição: alternativa c
8
primeiros é 2.  3 ,  1 ,  1 
 2 2 6  a) 0,7  q  0,9 d) 2  q  3
54 Em um triângulo retângulo, as medidas, numa b) 0,9  q  1 e) 3  q  3,2
mesma unidade de comprimento, do cateto me- c) 1  q  2

Sequências Capítulo 11 233

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(230a239).indd 233 06.03.10 17:58:36


Soma dos n primeiros termos de uma P.G.
A taxa de crescimento anual na produção de soja de um estado é de 5%. Para estimar o
total de soja produzida nesse estado em trinta anos, de 2001 a 2030, o secretário da agricultu-
ra supôs que essa taxa permaneça constante a partir da produção de 2001, que foi de 4 milhões
de toneladas. Essa estimativa é a soma dos termos da seguinte P.G., de trinta termos e razão
1,05: 4; 4,2; 4,41; ...; 4 ? (1,05)27; 4 ? (1,05)28; 4 ? (1,05)29 , em que cada termo representa a
quantidade de soja produzida anualmente, em milhões de toneladas.
Mesmo dispondo de uma calculadora, o secretário não somou os termos um a um, pois o
trabalho seria longo e tedioso. Ele usou a fórmula a seguir, que calcula a soma dos n primeiros
termos de uma P.G. não constante, com o primeiro termo a1 e a razão q:
a1 ? (1 2 q n )
Sn 5 
12 q
Observe a simplicidade do cálculo, que obviamente não dispensa o uso da calculadora.
4[1 2 (1, 05)30 ]
S30 5 
1 2 1, 05
Formalizamos esse procedimento pelo teorema:

A soma Sn dos n primeiros termos da P.G. não constante (a1, a2, a3, ..., an, ...) de razão
q é dada por:
a (1 2 q n )
Sn 5 1

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
12 q

Demonstração

Indicando por Sn a soma dos n primeiros termos da P.G. (a1, a2, a3, ..., an , ...), temos:
Sn 5 a1 1 a2 1 a3 1 ... 1 an 2 1 1 an , ou ainda,
Sn 5 a1 1 a1q 1 a1q 2 1 ... 1 a1q n 2 1 (I)

Multiplicando ambos os membros dessa igualdade pela razão q da P.G., obtemos:


qSn 5 a1q 1 a1q 2 1 a1q 3 1 ... 1 a1q n (II)

Subtraindo as igualdades (I) e (II), membro a membro, temos:


Sn 2 qSn 5 a1 2 a1q n ⇒ Sn (1 2 q) 5 a1(1 2 q n)

Como q  1, pois a P.G. não é constante, podemos dividir ambos os membros dessa
última igualdade por 1 2 q, concluindo:
a (1 2 q n )
Sn  5  1
1 2 q

Exercícios resolvidos

R.19 Calcular a soma dos onze primeiros termos da R.20 Desde a sua fundação, uma empresa já pagou um
 1 1  total de R$ 46.410,00 de impostos. Sabendo que,
P.G.  ,  , 1, 2, 
2 4 , ...  . a cada ano, os impostos pagos têm aumentado
 4 2 
10% em relação ao ano anterior e que no primei-
Resolução ro ano de funcionamento a empresa pagou
a1 (1 2  q n ) R$ 10.000,00 de impostos, calcular o tempo de
Aplicamos a fórmula Sn  5  para existência dessa empresa.
1 2  q
MARCELo Justo/foLHA iMAGEM

1
a1  5  ,q
q 5 2
2  e  n  5 1
111:
4
1 1
 ? ((1 2  211 )  ? ((2 2 . 047)
S11  5  4  5  4
1 2  2 21
2 . 047
∴  S11 5 
4
No Brasil, pagamos tributos municipais, estaduais e federais.

234 Capítulo 11 Sequências

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(230a239).indd 234 06.03.10 17:58:48


Resolução   2 0, 4641 5 1 2 ( , )n  ⇒   ((1, 1)n  5 1, 4641
  (1,1
A sequência dos impostos pagos por essa empresa, n
 11   14 . 641 
ano a ano, é uma progressão geométrica de primei-      5 
ro termo 10.000 e razão 1,1. O tempo de existência  10   1 0 . 000 
da empresa, em ano, é o número n de termos dessa
Decompondo em fatores primos o número 14.641,
P.G., e pode ser obtido pela fórmula da soma dos n 4
primeiros termos de uma P.G. não constante, em obtemos 11 e, portanto:
que: Sn 5 46.410,00, a1 5 10.000 e q 5 1,1, isto é: n 4
 11   11 
10 . 000  ? 1 − (1, 1) 
n  10   5   10   ⇒  n  5  4
46 . 410 5 ⇒
1 2 1 1, 1
Logo, a empresa tem quatro anos de existência.
1 2 ( , )n
  (1,1
⇒ 4 , 641 5 
2 0, 1

Exercícios propostos

55 Calcule a soma dos dez primeiros termos da P.G. (1, 2, 4, 8, 16, ...). 1.023
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

56 Dada a P.G. (1, 21, 1, 21, 1, 21, ...):


a) calcule a soma dos seus 50 primeiros termos. zero
b) calcule a soma dos seus 51 primeiros termos. 1

57 Em uma P.G. de razão 2, a soma dos oito primeiros termos é 765. Determine o primeiro
termo dessa P.G. 3

58 Em duplas, deem exemplos de progressões geométricas constantes. Agora, calculem a


soma dos 5 e dos 10 primeiros termos das P.G. Elaborem uma fórmula para calcular a
soma Sn dos n primeiros termos de uma P.G. constante em que o primeiro termo é a1.
Espera-se que os alunos respondam que, se a P.G. for constante (a1, a1, a1, ...), a soma dos n primeiros
termos será a soma de n parcelas iguais a a1 e, portanto, Sn 5 n ? a1.
59 Considerando seus pais como primeira geração anterior à sua, os pais deles como segunda
geração, os pais dos pais deles como terceira geração e assim por diante, o número dos seus
antepassados até a 20ª geração anterior à sua é: alternativa a
nAnCY nEY/CoRBis/LAtinstoCK

a) maior que 2.000.000.


b) maior que 1.900.000 e menor que
2.000.000.
c) maior que 1.800.000 e menor que
1.900.000.
d) maior que 1.700.000 e menor que
1.800.000.
e) menor que 1.800.000.

Três gerações de uma família.

60 Uma gravadora lançou no mercado um CD de música popular brasileira, e o departamento


de vendas fez uma pesquisa junto às distribuidoras para verificar o número de cópias ven-
didas. Na primeira semana, foram vendidas 20 cópias; na segunda semana, a venda dobrou
em relação à primeira semana; e, na terceira, dobrou em relação à segunda semana. O dire-
tor acredita que as vendas continuarão dobrando a cada semana.
Agora, responda:
a) Em que semana serão vendidas 10.240 cópias? 10 10·· semana
b) Até o final da semana indicada no item a, quantas cópias terão sido vendidas desde o
lançamento do CD? 20.460 cópias

Sequências Capítulo 11 235

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Soma dos infinitos termos de uma P.G.
Uma empresa reservou 1 milhão de reais para aplicar em obras sociais. No primeiro ano será
aplicada a metade dessa verba, e em cada ano seguinte será aplicada metade do que sobrou da
verba no ano anterior. A P.G. infinita a seguir representa os valores, em milhões de reais, aplicados
ano a ano:
1 1 1 1 1 
 2 ,  4 ,  8 ,  16 ,  32 , ...

Observe que, a cada ano que passa, o total aplicado em obras sociais aumenta e se aproxima
cada vez mais de 1 milhão de reais:

1 1 3
1 5  5 0, 75
2 4 4
1 1 1 7
1 1 5  5 0, 875
2 4 8 8
1 1 1 1 15
1 1 1 5  5 0, 9375
2 4 8 16 16
1 1 1 1 1 31
1 1 1 1 5  5 0, 96875
2 4 8 16 32 32
...

Por mais que adicionemos termos nessa P.G., jamais chegaremos à soma 1; porém, adicionan-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
do mais e mais parcelas, iremos nos aproximar de 1 tanto quanto quisermos. Por isso, dizemos
que 1 é o limite dessa soma.
Veremos, a seguir, que existe o limite da soma dos infinitos termos de qualquer P.G. cuja razão
q obedeça à condição: 21  q  1.

O limite S∞ da soma dos infinitos termos de uma P.G. (a1, a2, a3, …), de razão q,
com 21  q  1, é dado por:
a1
S∞ 5
12 q

Vamos justificar essa fórmula a partir da soma Sn dos n primeiros termos da P.G., isto é:
Existe o limite da so-
ma dos infinitos ter- a1(1 2 q n ) a 2 a1q n a1 a qn
mos de uma P.G. de Sn 5 ⇒ Sn 5 1 ⇒ Sn 5  2  1
razão q se, e somen- 12 q 12 q 12 q 12 q
te se, 21  q  1. O
limite da soma dos Quando o número de termos n aumenta indefinidamente (tende ao infinito), a potência qn se
infinitos termos de aproxima indefinidamente de zero (tende a zero), pois o número q está entre 21 e 1.
uma P.G. é chama- a1
do, simplesmente, de Assim, a expressão Sn se aproxima indefinidamente do limite . Indicando esse limite
12 q
soma dos infinitos por S∞, temos:
termos da P.G. a1
S∞ 5
12 q

Exercício resolvido
5 5
R.21 Calcular a soma dos infinitos termos da P.G. [5, , , ...] .
2 4
Resolução
5 1
Calculando a razão da P.G., obtemos: q 5  :  5 ⇒  q
  5
2 2
1
Como 21   1, então existe a soma S∞.
2
a1 5 5
Pela fórmula S∞ 5 , concluímos que: S∞ 5 ⇒ S∞ 5 ∴ S∞ 5 10
12q 1 1
12
2 2

236 Capítulo 11 Sequências

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Exercícios propostos

135
61 Calcule a soma dos infinitos termos da P.G. (45, 15, 5, …).
2
 
x x 5
62 A soma dos infinitos termos da P.G.  x ,  ,  , ...  é 5. Determine x. x  5 
 2 4  2

9
63 A soma dos infinitos termos da P.G. (a1, a2, a3, …) é . Determine a razão dessa P.G., sa-
1
2
bendo que a1 5 3. 3

64 Determine a geratriz da dízima periódica D 5 4,8888… 44


(Sugestão: D 5 4 1 0,8 1 0,08 1 0,008 1 0,0008 1 ...) 9

P.G. infinita de razão 0,1

65 Considere a sequência (A1B1C1, A2B2C2, A3B3C3, …), de infi- A1


nitos triângulos, sendo que os vértices de cada triângulo, a
partir do segundo, são os pontos médios dos lados do triân-

fAustino
gulo precedente (conforme a figura). Sendo 20 cm o perí- A2 C3 C2
metro do triângulo A1B1C1, calcule a soma dos perímetros
desses infinitos triângulos. A3 B3
(Sugestão: O segmento tA2C2 mede metade de tB1C1 , pois,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

pelo caso L.A.L. de semelhança de triângulos, temos B1


B2
C1
1
A1A2C2  A1B1C1 e a razão de semelhança é . Repita esse raciocínio para os demais
2
lados dos triângulos, a partir de A2B2C2.) 40 cm

66 Reúna-se com um colega para resolver o problema a seguir.


Um motorista de caminhão avista repentinamente uma grande pedra no meio da estrada e
aciona os freios a 100 m de distância da pedra. Após a freada, o veículo percorre 20 m no
1
primeiro segundo e, por mais alguns instantes, percorre em cada segundo da distância
4
percorrida no segundo anterior. Haverá o choque entre o caminhão e a pedra? Justifiquem
a sua resposta. Ver Suplemento com orientações para o professor
professor..

A progressão geométrica e a função exponencial


A representação gráfica da P.G. (2, 4, 8, 16, ...), cujo termo geral é an 5 2 ? 2n 2 1, ou seja,
an 5 2n, é formada pelos pontos (n, an ) do plano cartesiano:
an y

16 16

n 5 1 ⇒ (1, 2)
iLustRAÇÕEs: fAustino

n 5 2 ⇒ (2, 4)

n 5 3 ⇒ (3, 8) 8 8

n 5 4 ⇒ (4, 16)
4 4
n 5 5 ⇒ (5, 32)
2 2
...
1 2 3 4 n 1 2 3 4 x

Observando que o termo geral an 5 2n é identificado com a função exponencial y 5 2x quan-


do x assume apenas valores naturais não nulos, concluímos que a representação gráfica da P.G.
(2, 4, 8, 16, ...) é formada por pontos do gráfico da função exponencial y 5 2x.

Sequências Capítulo 11 237

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Generalizando, consideremos a P.G. não constante (a1, a2, a3, ..., an, ...) de razão positiva q.
a
Seu termo geral, an 5 a1 ? q n 2 1, é equivalente a an 5 1 ? qn e, portanto, a representação gráfica
q
a1
dessa P.G é formada por pontos da função y 5 ?q.
x
q
Dessa forma, algumas importantes propriedades da função exponencial podem ser aplicadas
na resolução de problemas envolvendo progressões geométricas.

Roteiro de trabalho
Ver respostas do Roteiro de trabalho no Suplemento com orientações para o professor.
1 Em dupla, definam com suas palavras sequência finita e sequência infinita. Escolham situações do dia a dia nas quais esteja
presente o conceito de sequência.

2 Reúna-se em grupo e discutam os itens a seguir:


a) Escolham uma situação prática em que esteja presente o conceito de progressão aritmética.
b) Expliquem com suas palavras como chegar à fórmula do termo geral de uma progressão aritmética.
c) Como se representa graficamente uma P.A. no plano cartesiano?

3 Em grupo, redijam um texto para cada item.


a) Descrevam uma situação do dia a dia em que esteja presente o conceito de progressão geométrica.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b) Como podemos representar o termo geral de uma P.G.? Explique como chegamos a essa fórmula.
c) Como se representa graficamente uma P.G. no plano cartesiano?

Exercícios complementares

1 (UEL-PR) Tome um quadrado de lado 20 cm (figura 1) 5 m/s em média, encontrasse um desses pontos a
e retire sua metade (figura 2). Retire depois um terço cada 10 minutos.
do que restou (figura 3). Continue o mesmo procedi- a) Quantos pontos de apoio serão montados se na
mento, retirando um quarto do que restou, depois um saída/chegada é montado um? 14 pontos
quinto do novo resto e assim por diante. b) Qual a distância, em metro, entre dois desses pon-
tos consecutivos? 3.000 m

RoGÉRio Gois/futuRA PREss


fAustino

figura 1 figura 2 figura 3


Desse modo, qual será a área da figura 100?
a) 0 cm2 c) 4 cm2 e) 40 cm2
b) 2 cm2
d) 10 cm 2

alternativa c

2 (UFJF-MG) José decidiu nadar, regularmente, de qua-


tro em quatro dias. Começou a fazê-lo em um sábado;
nadou pela segunda vez na quarta-feira seguinte e as-
sim por diante.
Nesse caso, na centésima vez em que José for nadar,
será: alternativa b Maratona Internacional de São Paulo, 2009, considerada
a maior prova de distância do país, com 42.195 metros.
a) terça-feira
b) quarta-feira 4 (UFSCar-SP) Um determinado corpo celeste é visível
c) quinta-feira da Terra a olho nu de 63 em 63 anos, tendo sido visto
d) sexta-feira pela última vez no ano de 1968. De acordo com o ca-
lendário atualmente em uso, o primeiro ano da era
3 (UFG-GO) Em uma maratona de 42 km, o ponto de Cristã em que esse corpo celeste esteve visível a olho
saída coincide com o de chegada. Os organizado- nu da Terra foi o ano: alternativa a
res da prova definiram que seriam montados pon- a) 15 c) 23 e) 31
tos de apoio para que um maratonista, que corre b) 19 d) 27

238 Capítulo 11 Sequências

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5 (PUC-PR) Há dois tipos de anos bissextos: os que são 10 O termo “fractal” foi criado em 1975 por Benoit Man-
múltiplos de 4, mas não de 100, e os que são múltiplos delbrot, pesquisador da IBM e autor de trabalhos pio-
de 400. O número de anos bissextos que o século XXI neiros sobre fractais. A característica principal de um
irá ter é: alternativa b fractal é a repetição de padrões. Por exemplo, partin-
a) 23 c) 25 e) 27 do de um triângulo equilátero, dividimos cada lado
b) 24 d) 26 em três partes iguais e desenhamos, externamente ao
triângulo original, um novo triângulo equilátero em
6 (OBM) O triângulo equilátero T a seguir tem lado 1. que um dos lados é o segmento central obtido dessa
Juntando triângulos congruentes a esse, podemos divisão; a seguir apagamos o segmento central. Repe-
formar outros triângulos equiláteros maiores, confor- timos esse procedimento para cada lado do polígono
me indicado no desenho abaixo. obtido com o primeiro procedimento, e assim por
diante. Consideremos todos os infinitos polígonos
obtidos dessa maneira, tal que a sequência formada
pelos números de lados seja crescente.
faustino

T
  

faustino
Qual é a medida do lado do triângulo equilátero for-
mado por 49 dos triângulos T? alternativa a
a) 7
b) 49
O número de lados do 6º polígono dessa sequência é:
c) 13
a) 192 b) 768 c) 1.264 d) 2.288 e) 3.072
d) 21 alternativa e
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

e) É impossível formar um triângulo equilátero com 11 Digitando em uma calculadora um número y, de-
esse número de triângulos T? pois a tecla yx , a seguir um número x e, finalmente,
a tecla 5 , obtemos como resultado o número y x.
7 (Uespi) Do dia primeiro ao dia vinte e um de junho do Um estudante necessita calcular o produto de to-
ano passado, o número de pessoas com gripe socorri- das as potências de base 2 e expoente natural n,
das num posto médico aumentou segundo uma pro- com 1 < n < 20, isto é, 21 ? 22 ? 22 ? 23 ? ... ? 220. Qual
gressão aritmética. Só nos 10 primeiros dias do mês, das alternativas a seguir apresenta uma sequência
290 pessoas gripadas foram atendidas e, no dia vinte e de teclas que devem ser acionadas na calculadora
um, o número de atendimentos diário alcançou seu para se obter esse resultado? alternativa c
valor máximo de 91 pacientes gripados. Entretanto,
no dia vinte e dois, o número de atendimentos dimi- a) 2 yx 6 0 �
nuiu de 10 pacientes gripados em relação ao dia ante- b) 2 yx 6 1 �

faustino
rior e, dessa forma, prosseguiu a diminuição diária
dos atendimentos de pacientes gripados, até o final de c) 2 y x
2 1 0 �
junho. Nessas condições, é correto afirmar que o total d) 2 yx 1 4 2 �
de pacientes com gripe, que foram atendidos nesse
posto médico durante todo o mês de junho, foi de: e) 2 y x
1 8 3 �
a) 1.220 c) 1.520 e) 1.660 12 (Fuvest-SP) Três números positivos, cuja soma é 30,
b) 1.440 d) 1.560 estão em progressão aritmética. Somando-se, respec-
alternativa b
tivamente, 4, 24 e 29 ao primeiro, segundo e terceiro
8 (Uespi) Certo dia um botânico descobriu que 8 km2 termos dessa progressão aritmética, obtemos três nú-
dos 472.392 km2 de uma reserva florestal haviam meros em progressão geométrica. Então, um dos ter-
sido infestados por um fungo que danificava as fo- mos da progressão aritmética é:
lhas das árvores. Sabe-se que o estudo sobre a proli- a) 9 b) 11 c) 12 d) 13 e) 15
alternativa c
feração desse tipo de fungo indica que, a cada mês,
ele triplica sua área de contaminação. Nessas condi- 13 (Ufes) O governo federal, ao efetuar a restituição de
impostos, permite que os contribuintes consumam
ções, caso não seja tomada nenhuma providência
mais. O gasto de cada contribuinte torna-se receita
para debelar a proliferação desse fungo, em quantos
para outros contribuintes, que, por sua vez, fazem no-
meses, a partir do instante da descoberta da conta-
vos gastos. Cada contribuinte poupa 10% de suas re-
2
minação, somente   da área dessa reserva florestal ceitas, gastando todo o resto.
3
O valor global, em bilhões de reais, do consumo dos
ainda não estará infestada? alternativa b
contribuintes a ser gerado por uma restituição de im-
a) 8 c) 10 e) 12 postos de 40 bilhões de reais é: alternativa d
b) 9 d) 11 a) 36 b) 40 c) 180 d) 360 e) 450

9 Os números x 1 5, x 1 2 e 4x 1 1, com x real, podem  25 


14 Mostre que a sequência   x 2 2, 5,   é P.G.
ser termos consecutivos de uma P.A., na ordem em  x 2 2 
que foram apresentados? Ver Suplemento com orientações
para o professor.
para qualquer valor real de x, com x  2.
Ver Suplemento com orientações para o professor.

Sequências Capítulo 11 239

PNLEM_Mat_Paiva_v1_C11(230a239).indd 239 06.03.10 17:59:40


Indicação de leituras complementares

O homem que calculava


REPRODUÇÃO

Malba Tahan
Rio de Janeiro: Record, 2001.
Malba Tahan é o pseudônimo do professor Júlio César de Mello e Souza, autor
de vários livros de contos e lendas orientais e criador da personagem Beremiz
Samir, o homem que calculava. O livro narra as aventuras de Beremiz, vividas
durante uma viagem a Bagdá, e suas habilidades matemáticas para resolver situa-
ções aparentemente sem solução, que, muitas vezes, livram o sábio e seu amigo
da morte certa. Um livro fundamental e divertido para todos os leitores.

O enigma de Sherazade e outros incríveis


problemas das Mil e uma noites à lógica moderna
REPRODUÇÃO

Raymond Smullyan
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
O autor põe Sherazade, famosa personagem que narra os contos das Mil e
uma noites, no centro de narrativas sobre enigmas, quebra-cabeças e problemas
de lógica que entretêm e divertem o leitor. O livro propõe charadas matemá-
ticas, adivinhações, enigmas e exercícios de verdade e de mentira cuja solução
exige raciocínio lógico e estratégias que divertem e surpreendem o leitor desde
a primeira página. Uma leitura original e cativante para todos os leitores.

O diabo dos números — um livro de cabeceira para


todos aqueles que têm medo de Matemática
REPRODUÇÃO

Hans Magnus Enzensberger


São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
A Matemática se resume a uma montanha de números? E os cálculos, para
que servem? O autor, um dos maiores poetas da língua alemã, escreveu esse
livro pensando em quem tem medo de Matemática e não gosta de estudá-la.
Robert, a personagem que conduz a história, também pensava que os números
eram monstruosos, absurdos e inúteis. Mas, um dia, ele começa a sonhar com
Teplotaxl, um senhor do tamanho de um gafanhoto com aparência de diabo que
brinca com os números e surpreende com seus conhecimentos matemáticos.
As situações sonhadas pelo menino apresentam vários assuntos vistos na escola,
como a relação de Euler, a sequência de Fibonacci e outros, de maneira curiosa
e divertida. A leitura amplia o universo de conhecimentos de qualquer leitor.

240 Indicação de leituras complementares

PNLEM_Mat_Paiva_v1_p240.indd 240 4/20/10 3:51:45 PM


Respostas

Capítulo 1 10. A B 21. I. verdadeira VI. verdadeira


12 1 11 II. verdadeira VII. falsa
3 III. falsa VIII. verdadeira

FAUSTINO
2 7
Exercícios propostos IV. verdadeira IX. falsa
5 8
1. a) A  {3, 2, 1, 0, 1, 2, 3} V. verdadeira X. verdadeira
b) B  {3, 3} 4 9C
5 38
c) C  {3} 22. a) d)
11. alternativa d
2 9
d) D  {9, 10, 11, 12, ..., 98, 99} 381 311
e) E  {55, 56, 57, 58, ...} b) e)
12. a) 18.730 d) 1.390 100 90
2. a) A  {..., 4, 3, 2, 1} (infinito) b) 18.730 e) 2.200 3
c)
b) B   (finito) c) 1.390 100
c) C  {0, 1, 2, 3, ...}  N (infinito) 23. a) irracional f) irracional
13. a) Não, porque o segundo mundo é forma-
d) D  {0} (finito) b) racional g)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

do por países socialistas ou de economia racional


3. alternativa b planificada e o Brasil é um país de econo- c) racional h) irracional
mia mista. d) irracional i) irracional
4. I. verdadeira VI. verdadeira
b) O Brasil estaria na intersecção das regiões e) irracional j) irracional
II.falsa VII. verdadeira
que designam os 1º e 3º mundos, porém
III.verdadeira VIII. verdadeira 5
fora da região que designa o 2º mundo, 24. a  0; b  9; c  ; d 7
IV. verdadeira IX. verdadeira 6
pois apresenta características de país
V. falsa
capitalista desenvolvido, mas, ao mesmo 25. O segmento t A E tem o comprimento da
5. Corretor tempo, apresenta características de sub- diagonal de um retângulo de dimensões 1 e
A B C 2, na unidade u.
Informação desenvolvimento.
1 X 26. a) ]9, 12] e) ], 0]  ]8, 14]
14. a) {1, 2, 9}
2 X X
b) {5, 7} b) [4, 19[ f) ]0, 19[
3 X X X
c) {5, 7} c) ]14, 19[ g) 
4 X X d) {1, 2, 3, 5, 7, 9} d) ], 9]
5 X e) {1, 2, 9}
f) {1, 2, 3, 9} 27. alternativa c
6. E  N  {0, 1, 2, 3, 4, ...} g) Não existe, pois G  F.
• Resposta possível: h) 
Represente, na forma tabular, o conjunto i) {1, 2, 3, 8, 6, 4, 9} Roteiro de trabalho
E, com E  N, que satisfaz as seguintes
condições: 15. a) A  B  {PR, SC, RS}
1. Situações possíveis:
I. 10 é o menor número que pertence a E; b) B  A  {SP, RJ, MG, ES}
II. Se x pertence a E, então x  1 também c) Não existem esses conjuntos, pois A  B a) no conjunto A dos nomes dos meses do
pertence a E. e B  A. ano, A  {janeiro, fevereiro, março, abril,
maio, junho, julho, agosto, setembro, ou-
7. a) A  B  {3, 2, 1, 0, 1, 2, 3} 16. a) Ay  {x  U | x é mulher} tubro, novembro, dezembro}, o nome de
b) A  B  {0, 1, 2} b) By  { y  U | y tem menos de 16 anos de cada mês é um elemento de A. Os nomes
c) A  D  {3, 2, 1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} idade} dos meses que compõem o primeiro se-
d) A  D   c) Cy  {z  U | z tem mais de 20 anos de mestre formam um subconjunto de A;
e) A  B  D  {3, 2, 1, 0, 1, 2, 3, 4, idade} b) ao estudar a fauna brasileira, o conjunto
5, 6, 7, 8}
t  C  { p  U | p tem menos de 16 anos
d) B universo é aquele formado por todos os
f) A  B  C  {0, 1, 2}
ou mais de 20 anos de idade} animais típicos do Brasil.
g) A  B  C  D  
h) (A  D)  (B  C)  {1, 0, 1, 2, 3, 4} e) By  Cy {q  U | q tem menos de 16 anos 2. Respostas possíveis:
i) (A  D)  (B  C)  {0, 1, 2, 3} ou mais de 20 anos de idade} a) • a união de A e B é formada pelos ele-
8. 17. 15 pessoas assistiram ao filme B mentos comuns e não comuns aos con-
A B
juntos A e B; caso A e B sejam vazios, a
FAUSTINO

3 2
9 18. 988 pessoas nunca estiveram em nenhuma união é o conjunto vazio;
5 das duas regiões • a intersecção de A e B é formada pelos
8
elementos comuns aos conjuntos A e B.
19. 18 alunos
9. a) {Igor, Carla, Tiago, Leandro, Janice} Caso A e B não tenham elementos co-
b) {Igor, Carla, Tiago} c)  20. alternativa b muns, a intersecção é o conjunto vazio;

Respostas 241

PNLEM_Mat_Paiva_v1_Respostas_(241a254).indd 241 06.03.10 18:33:31


b) a diferença entre os conjuntos A e B, nessa 4. alternativa c 8. a) S  {3, 4, 5, 6, ...}
ordem, é o conjunto cujos elementos são b) S  {3, 2, 1, 0, 1, 2, ...}
todos aqueles que pertencem a A e não 5. Um número par e um número ímpar, gené-
ricos, são, respectivamente, 2n e 2k  1, com c) S  {1, 2, 3, 4, ...}
pertencem a B.
{n, k}  Z. Assim, temos:  40 
9. a) S   x    R | x    
3. Situações possíveis: 2n  (2k  1)  2 ( 2nk   
n)  3 
 
a) o complementar do conjunto das garotas inteiro
 16 
de sua classe em relação ao conjunto de Como 2nk  n é inteiro, conclui-se que b) S  k   R | k    
2(2nk  n) é par.  37 
todos os alunos da classe é o conjunto de
garotos;  2
6. a) 5 c) 5 c) S  a    R | a    
b) número da página desse livro, número  3
b) 6 d) não existe
de alunos do colégio, número de grãos
de areia de uma praia; 7. alternativa c 10. É mais vantajoso alugar um carro na agência
A se o total de quilômetros rodados for
c) no painel que mostra os números dos
8. a) 5 superior a 100.
andares de um prédio, em um elevador,
b) 2,5
leem-se os números inteiros: 3, 2, 1, 11. a) S  {(8, 1)}
c) Sim, porque o produto de dois números
0, 1, 2, 3, 4, ..., 15. Os números negativos
racionais quaisquer é um número racio- b) S  {(1, 2)}
indicam os subsolos, o número zero indica
nal.  9 2  
o andar térreo e os números inteiros positi- c) S   ,   
vos indicam os andares acima do térreo; 9. Resposta possível: 1,42 e 1,43   23 23  
d) os saldos, em real, apresentados em um d) S  {(0, 1)}
10. alternativa e
extrato bancário são números racionais:
12. alternativa a
51,20; 30,50; 25,36 etc. 11. alternativa e
13. alternativa a
4. a) e b) Se, em sua forma decimal, um núme- 12. alternativa c

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ro só pode ser representado por um núme- 14. a) S  {5, 5}
13. alternativa a
ro infinito de casas decimais, dizemos que
b) S  {4, 4}
é um número com representação infinita. 14. alternativa b
c) S  {0, 7}
Nesse caso, dizemos que esse número é uma
dízima, de modo que: 15. a) 2.000 b) 700  2 
d) S   ,  0
• se, a partir de uma determinada casa 16. 3  5 
decimal para a direita, houver apenas  1
a repetição de uma mesma sequência 17. a) 148 b) 332 e) S  2 ,  
 3
finita de algarismos, esse número é 18. a) 78 c) 165 f) S  {3}
chamado de dízima periódica; b) 87 g) S  
• se, de qualquer casa decimal para a
direita, não houver apenas a repetição 19. I. alternativa d h) S  {3, 2}
de uma mesma sequência finita de II. alternativa b
9
algarismos, esse número é chamado de 15. m 
4
dízima não periódica. Matemática sem fronteiras 16. a) soma 5; produto 6; raízes 2 e 3
c) Resposta pessoal.
1. a) 23 c) 4.603 b) soma 9; produto 20; raízes 4 e 5
d) Sendo a e b números reais quaisquer, com
b) 200 c) soma 5; produto 6; raízes 2 e 3
a  b, os subconjuntos de R, representa-
d) soma 2; produto 8; raízes 4 e 2
dos a seguir, são chamados de intervalos 2. 100004; 20115; 11046
reais:
  3 7  
{x  R | a  x  b}, {x  R | a  x  b}, 3. a) 1100111 c) 1000000 17. a) S  (3, 1),   ,   
 2 2 
{x  R | a  x  b}, {x  R | a  x  b}, b) 1000111
{x  R | x  a}, {x  R | x  a}, b) S  {(5, 14), (2, 0)}
{x  R | x  a}, {x  R | x  a} e R. Capítulo 2 c) S  {(1, 1), (6, 16)}
e) O uso da bolinha vazia indica que o nú- 18. alternativa b
mero associado ao extremo, nesse caso 3 Exercícios propostos
e 7, não pertence ao intervalo. 19. a) R$ 22,50 b) 200 ventiladores
Não, pois não existe o primeiro número 7 63 3
1. a) 2 c)  20. a) ; 
real maior que 3 nem o último número 5 20 100
b) 3
real menor que 7. b) 0,0023; 0,46
 16   4
2. a) S    c) S   
 11   5 c) 0,3%; 132%
Exercícios complementares b) S  {6} d) 34%; 240%
1. oito professores 3. alternativa c 21. 1 5 � 1 0 0 � 4 8 � 7,2
FAUSTINO

0 � 1 5 � 4 8 � 7,2
2. A  {4, 5, 6, 7, ...} 4. 8.000 sacas 1 5 � 4 8 � 1 0 0 � 7,2
3. a) par e) ímpar 5. alternativa e 22. 51%
b) ímpar f) par
6. 20 km 23. R$ 64,00
c) ímpar g) ímpar
d) par 7. 28,4 litros 24. 10%

242 Respostas

PNLEM_Mat_Paiva_v1_Respostas_(241a254).indd 242 06.03.10 18:33:48


25. 32% 3. 71 convidados 3. Três aumentos sucessivos de 20% sobre um
preço x resultam no preço:
26. a) 2,5% b) 2,564% 4. 20
x  1,2  1,2  1,2  1,728x
27. a) R$ 204,00 b) R$ 544,00 5. a) R$ 20,00 por pneu e R$ 2.000,00 por toda Logo, o percentual de aumento é dado por:
a produção 1 , 728 x    x
28. R$ 864,00  0,728  72,8%
b) R$ 34,00 por pneu e R$ 1.020,00 por todo x
29. 12 meses o lote Concluímos, então, que a inflação acumu-
lada no trimestre foi de 72,8%.
30. R$ 50,88 c) R$ 30,00
6. 390 bilhões de dólares
31. 20% ao ano Capítulo 3
7. alternativa b
32. 14,2 meses, aproximadamente
Exercícios propostos
8. x  44,20; y  57,46; 30%
33. R$ 20.000,00, aproximadamente 1. 30°
9. alternativa e
34. R$ 80.800,00, aproximadamente 2. 130°
10. alternativa b
35. R$ 13.305,60 3. 48°
11. alternativa c
36. a) R$ 137.261,52 b) 37,26% 12. a) 9% b) 9,9% 4. a) Quadrilátero: 2  180°  360°; pentágono:
3  180°  540°; hexágono: 4  180°  720°.
37. a) R$ 46.075,00 b) 7,85% 13. 18%
b) Como a soma dos ângulos internos de
38. a) 0,81092p b) 18,908% 14. 1.000 dias cada triângulo é 180°, concluímos que a
soma dos ângulos internos de um polígo-
15. alternativa e no convexo de n lados (ou n vértices) é
16. alternativa d 180°  (n  2).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Roteiro de trabalho

17. Marcos pagou R$ 4.560,00 e Luís, 5. 40°


1. a) As equações polinomiais do 1º grau são
aquelas que podem ser representadas sob a R$ 4.641,00.
6. alternativa a
forma ax  b  0, em que a e b são cons- 18. alternativa c
tantes reais, com a  0, e x é a incógnita. 7. 1.260 m
b) Conjunto solução (ou conjunto verdade) 19. alternativa c
8. alternativa e
é aquele formado pelas raízes da equação 20. R$ 12.312,00
que pertençam ao conjunto universo. 9. 55°
c) Inequação polinomial do 1º grau na
variável x é toda desigualdade que pode 10. 9 cm
Matemática sem fronteiras
ser representada sob a forma ax  b  0
11. a) 6 c) 3 e) 7
(ou com as relações , ,  ou ), 1. Resposta pessoal
em que a e b são constantes reais, com b) 9 d) 6
a  0. 2. IPC Fipe  Índice de Preços ao Consumidor,
12. 4 km
d) Toda equação que pode ser representada calculado pela Fipe/USP, mede a variação
sob a forma ax2  bx  c  0, em que dos preços de produtos e serviços, no mu- 13. AE  12; AD  8
a, b e c são números reais, com a  0, nicípio de São Paulo. IPA  Índice de Preços
no Atacado, calculado pela FGV, mede a 14. x  14; y  24
é chamada de equação polinomial do
2º grau. variação dos preços no mercado atacadista. 15. alternativa d
e) Quando   0, a equação não possui raí- INCC – Índice Nacional do Custo da Cons-
zes reais. Quando   0, a equação possui trução, calculado pela FGV, mede a variação 16. 3,5 cm
duas raízes reais, sendo iguais quando de preços de uma cesta de produtos e servi-
17.  3,45  103 km
  0 ou distintas quando   0. ços atualizados pelo setor de construção
x civil. IPCA  Índice de Preços ao Consumi- 18. alternativa e
2. a) x% representa a razão , ou seja, dor Amplo é calculado pelo IBGE nas regiões
100
x metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto 19. a  5; h  2,4; m  1,8; n  3,2
x%  , para qualquer número real.
100 Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, 20. 3 cm
b) Anúncios de produtos, descontos etc. Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além
c) Empréstimos, cálculo de multas etc. do Distrito Federal e do município de Goiâ- 21. HC  28,8
d) Transações financeiras. nia e mede a variação nos preços de produ-
e) No juro simples, a taxa incide sempre so- 22. alternativa d
tos e serviços. ICV  Índice do Custo de
bre o capital inicial, enquanto no regime
Vida, calculado pelo Dieese (Departamento 23. 21 dm
de juro composto, a partir da segunda
Intersindical de Estatística e Estudos Socio-
unidade de tempo, a taxa de juro incide 24. 29 m
econômicos), mede a variação dos preços
sobre o montante acumulado na unidade
em quatro grupos: alimentação, transportes, 25. alternativa c
de tempo anterior.
saúde e habitação, do município de São
Paulo. ICVM – Índice do Custo de Vida da 5 6
26. cm
Exercícios complementares Classe Média, calculado pela Ordem dos 2
Economistas, mede o custo de vida do consu- 7 2
1. 130 m 27. km ou, aproximadamente, 4,9 km
midor que ganha entre 5 e 15 salários e recolhe 2
2. R$ 7.000,00 informações no município de São Paulo. 28. 5 m

Respostas 243

PNLEM_Mat_Paiva_v1_Respostas_(241a254).indd 243 06.03.10 18:33:56


12. a) 1.001, 1.002, 1.003, ..., 1.050
Roteiro de trabalho Matemática sem fronteiras
b) Não, pois a cada número de assento
1. a) Polígono regular é todo polígono convexo 1. Resposta pessoal. está associado mais de um número de
que possui todos os lados congruentes ônibus.
2. Os dois triângulos semelhantes são: HGP
entre si e todos os ângulos internos con-
e DCP. 13. a) Não é função.
gruentes entre si.
E são semelhantes nos três principais casos: b) É função.
b) Podemos classificar os triângulos quanto caso A.A (ângulo-ângulo), caso L.A.L (lado- c) Não é função.
aos ângulos (triângulo retângulo, triângu- -ângulo-lado), caso L.L.L (lado-lado-lado).
d) É função.
lo acutângulo e triângulo obtusângulo)
3. Resposta pessoal.
e quanto aos lados (triângulo equilátero, 14. y
triângulo isósceles e triângulo escaleno).
c) Porque qualquer outro polígono pode Capítulo 4

FAUSTINO
3
ser considerado uma composição de
Exercícios propostos 2
triângulos dispostos lado a lado.
1
1. y �4
2. Teorema da soma dos ângulos internos de 0
�2 2 4 x
um triângulo: “A soma das medidas dos C 5 �1
4 B
ângulos internos de um triângulo qualquer F
é 180°”; teorema do ângulo externo de um A
2
triângulo: “A medida de um ângulo externo
FAUSTINO

de um triângulo é igual à soma das medidas G �4 I 5


dos ângulos internos não adjacentes a ele”. �6 �2�1 0 2 4 x
�1
15. a)
Como qualquer outro polígono pode ser
E
�2 Temperatura Comprimento
D
considerado uma composição de triângulos (em grau da coluna

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
dispostos lado a lado, podemos decompor Celsius) (em milímetro)
um polígono de n vértices em n  2 triân- 0 40
�6 H 5 48
gulos, cuja soma dos ângulos internos de 10 56
cada um é 180°, concluímos assim que a 2. p7 15 64
soma dos ângulos internos de um polígono 3. k  3 ou k  3
de n lados é 180°  (n  2). 8x
b) y  40 
4. r2 5
3. Resposta pessoal.
8
5. 2  m  16. a) 5 c) 7
4. Dois triângulos são semelhantes quando 5
9
32 23 b) 2 d)
existe uma correspondência biunívoca, que 6. a ; b 2
associa os três vértices de um triângulo aos 5 5
17. 6 e 2
três vértices do outro, tal que ângulos com 9 3    3 x
7. y 18. a) 1 d) 0
vértices correspondentes são congruentes e 2
lados opostos a vértices correspondentes são b) 0 e) 9
8. a) 22 °C b) 31 °C
proporcionais. Não é necessário verificar se c) 3
todas as condições são obedecidas, existem 9. a)
Horas Ganho 19. a) 32 bactérias
casos de semelhança formados por uma
semanais pelas horas b) 85 bactérias
quantidade mínima de condições capazes
trabalhadas trabalhadas (R$) c) 98 bactérias
de garantir a semelhança entre dois triân-
20 240,00 d) aproximadamente 207 bactérias
gulos: caso ângulo-ângulo, caso lado-ângu-
lo-lado e caso lado-lado-lado. 32 384,00 20. alternativa d
44 528,00
46 559,20 21. a) 7 c) 12
Exercícios complementares 50 621,60 b) 1

1. 60° b) Sim, pois para cada número de horas se- 5 17


manais trabalhadas associa-se um único 22. a) c)
2 4
2. alternativa a valor ganho. 5 17
c) y  12x, com 0  x  44 b)  d) 
3. 15° 2 4
d) y  528  15,60(x  44), com x  44
4. alternativa a 23. a  5; b  2
10. a) R$ 14.580,00
5. 167 °F b) (0,9)x  20.000 24. a) verdadeira d) verdadeira
c) y  20.000  (0,9)x b) verdadeira e) verdadeira
6. 0,4 m d) Sim, pois, para cada tempo de uso (em c) falsa
ano), associa-se um único valor de mer-
7. 62,5 m 25. D( f )  ]1, 7]; Im( f )  [2, 8[
cado do automóvel.
8. 25,8 m 11. a) y  26x 26. D( f )  ]1, 6]; Im( f )  {2}  [0, 7]
9. alternativa b b) Sim, pois, para cada tempo decorrido,
associa-se um único volume de água 27. a) 52 dólares c) 50 sacas
10. 50 3 m despejada. b) 51 dólares

244 Respostas

PNLEM_Mat_Paiva_v1_Respostas_(241a254).indd 244 06.03.10 18:34:09


28. a) verdadeira d) falsa b) Não, pois o sinal da função para um 11. a) nenhum
b) falsa e) verdadeira elemento x do domínio é o sinal de f (x), b) 2
c) verdadeira e não o sinal de x. Por exemplo, dada a c) Não, pois o número zero de andar não
função f : R → R tal que f (x)  x2, temos está associado a nenhum número de
29. a) 7% que a função é positiva para x  2, pois apartamento.
b) 5% f (2)  4; veja que x tem sinal negativo,
c) 3% enquanto f (x) tem sinal positivo. 12. Im( f )  {0, 2, 4, 6, 8, ...}
d)
Mês Taxa de inflação(%) 4. a) O domínio de f é o conjunto das abscissas 13. a) 8 segundos

1 6 de todos os pontos do gráfico e o conjun- b) 5x  4y  40  0


2 8 to imagem de f é o conjunto das ordena-
14. a) 606 L/s c) 4.887.360 L
3 9 das de todos os pontos do gráfico.
b) 685 L/s d) sim
4 7 b) O gráfico não pode representar uma
função, pois, se (a, b) e (a, c), com b  c,
5 6 Matemática sem fronteiras
são pontos comuns ao gráfico e a uma
6 9
reta paralela ao eixo Oy, então o elemento
7 9 1. f (t)  0,058t  16
a possui mais de uma imagem através
8 9 da correspondência representada pelo 2. 21,8 °C
9 8 gráfico, o que contraria uma condição
10 6 necessária da definição da função. 3. Queimar o lixo, diminuir as queimadas das
11 5 florestas, redução da emissão de gases po-
12 9 luentes (carros, indústrias etc.), redução do
Exercícios complementares consumo, reciclagem, entre outras medidas.
e) Sim, pois a cada mês está associado um
único valor da taxa de inflação. 1. alternativa b
Capítulo 5
2. a) 30 cm
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

b) 5 cm Exercícios propostos
Roteiro de trabalho
c) primeira semana 1. a) D( f )  R
1. a) Pelo ponto de abscissa x, do eixo Ox,
traça-se a reta perpendicular a esse eixo;
d) Resposta possível: aproximadamente b) D( f )  R
e pelo ponto de ordenada y, do eixo Oy,
26,5 cm c) D( f )  R
traça-se a reta perpendicular a esse eixo. 3. a) 3.200 kWh d) D( f )  {x  R | x  3 e x  3}
O ponto comum a essas retas é o ponto e) D( f )  {x  R | x  2}
b) doze dias
(x, y). f) D( f )  R
c) C  600t
b) O abastecimento de um carro no posto g) D( f )  {x  R | x  2 e x  6}
de gasolina e a compra de alimentos que 4. L(x)  x2  148x  1.120 h) D( f )  R9
precisam ser pesados são situações do
5. a) 150 peças b) y  1,5x  150 2
cotidiano que envolvem o conceito de fun- 2. Não, pois, para x  5, teríamos f (5)  ,
ção, pois o preço da gasolina é função da 0
6. a) falsa d) falsa
quantidade de litros abastecidos e o preço que não é definido.
b) verdadeira e) verdadeira
do alimento é função da sua massa. 3. a) V(x)  (20  2x)  (10  2x)  x
c) falsa
2. a) É uma correspondência que associa cada b) D(V)  ]0, 5[
elemento do conjunto A a um único 7. a) 78.000 L c) 6 horas
b) 120.000 L d) 2 horas 4. a) 1 e 3
elemento do conjunto B.
b) Os conjuntos A e B são, respectivamente, 3
8. a) b) 
o domínio e o contradomínio da função f. 5
O subconjunto de B cujos elementos são Valor c) 3 e 3
os correspondentes dos elementos de A, Número Valor d) 0, 2 e 2
Número pago
por meio de f, é o conjunto imagem da de do
de por e) Não existem raízes.
função f. luga- frete do
passa- passa- f) 0, 2 e 4
c) Porque o símbolo f (x) representa a or- res ônibus
geiros geiro g) Não existem raízes.
denada do ponto de abscissa x, por isso vagos (R$)
(R$)
o símbolo f (x) pode ser substituído por y 5. 6, 3, 0, 3 e 6
20 20 90 1.800
e vice-versa.
30 10 70 2.100 6. a) 1 e 5
d) Significa que o ponto com aquelas coor-
35 5 60 2.100 b) 5
denadas da “bolinha vazia” não pertence
ao gráfico. 40 0 50 2.000
7. a) t  0 ou t  3
b) y  130x  2x2
3. a) Sendo f uma função de domínio D, dize- b) As raízes indicam os instantes em que
mos que: c) R$ 2.000,00
a altura da bola, em relação ao campo,
• f é positiva para um elemento x, com d) 36 ou 29 passageiros foi igual a zero. Assim, no momento do
x  D, se, e somente se, f (x)  0; 9. a) 48 minutos chute, t  0, e três segundos após o chute,
• f é negativa para um elemento x, com t  3, a bola esteve em contato com o
b) 5 horas e 12 minutos
x  D, se, e somente se, f (x)  0; campo.
• f é nula para um elemento x, com x  D, 10. a) 251,20 L c) 2,25 m
se, e somente se, f (x)  0. Nesse caso, di- b) 301,44 L d) Não, pois para h(t)  4 temos   0, logo
zemos que x é raiz (ou zero) da função. c) 50,24 L a equação não possui raiz real.

Respostas 245

PNLEM_Mat_Paiva_v1_Respostas_(241a254).indd 245 06.03.10 18:34:15


8. Resposta possível: y 18. Im( f 1)  {x  R | x  3} d) São simétricos em relação à reta de
equação y  x que é a reta bissetriz dos
Duas ou mais funções 19. a) f
A 1 B quadrantes ímpares.
podem ter as mesmas 2
�1 26. alternativa d
FAUSTINO

raízes, mesmo tendo


2 5
gráficos diferentes. �2 27. y
10

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
1
3
5
�3 5 x
2
b) f�1
3
B 1 A
9. Nos meses 3 e 9, ou seja, em março e se- 2 2
�1 f �1
tembro. 5 2
0 45°
�2
10. a) [1, 1] 10 �4 2 3 5 x
3
b) [3, 1] e [1, 3]
c) [3, 5] f
c) A correspondência f 1 não é função
11. a) f é constante porque há elemento do conjunto B que �4
b) g é crescente possui mais de uma imagem em A.
c) h é decrescente 20. Sim, pois ela é uma correspondência biuní-
D( f 1)  Im( f )  [ 4, 5] e
d) p é crescente durante o percurso e cons- voca entre os conjuntos A e B.
Im( f 1)  D( f )  [0, 3]
tante durante o almoço.
21. Não, pois o número de elementos de A é
12. alternativa e diferente do número de elementos de B e, 28. a) até 10 kg
portanto, não é possível estabelecer uma b) y  36x, com 0  x  10
13. alternativa d correspondência biunívoca entre os conjun-
x
tos A e B. c) y    , com 0°  x  360°
14. a) t1  t2 ⇒ 6t1  6t2 36

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
22. A função g, pois ela é uma correspondência d) As funções são inversas uma da outra.
 6t1  60  6t2  60 ⇒ v(t1)  v(t2)
biunívoca entre os conjuntos D e CD, e f não.
b) acelerado e) y
x   5
23. a) y   
15. a) t1  t2 ⇒ 10t1  10t2 3 360 y � 36 x
 90.000  10t1  90.000  10t2 ⇒ x    4
b) f 1 (x )  
⇒ v(t1)  v(t2) 8
b) esvaziada 2 x   3
c) y   
x   1
16. a) Se a diferença entre o salário médio dos
0 10 x
executivos e o salário médio dos outros 24. a) y
y�x
A
funcionários aumentar a cada mês. 5 y
b) Se a diferença entre o salário médio dos x
A� y�
3 10 36
executivos e o salário médio dos outros B
2
funcionários diminuir a cada mês. 0 360 x
�4 �3 2
c) Se a diferença entre o salário médio dos f) 234°
3 5 x
executivos e o salário médio dos outros g) 3,5 kg
funcionários permanecer constante.
C� �3
d) Sim, é possível. Para isso, basta que o
C B� Roteiro de trabalho
salário médio dos executivos aumente �4

menos que o salário dos outros fun-


b) O simétrico P’ de um ponto P(a, b) é o 1. Para obter o domínio de uma função
cionários. Assim, a diferença entre os
ponto P’(b, a), para quaisquer valores y  f (x), consideramos todas as possíveis
salários diminuirá e, portanto, a função
reais de a e b. condições de existência da função f para o
f irá decrescer.
valor de x, lembrando que f (x) deve ser um
25. a) y
17. a) y f
número real. Os valores de x que obedecem
a essas condições formam o domínio da
3
4 função f.

1 2. a) Raiz de uma função y  f (x) é todo valor


r do domínio de f tal que f (r)  0.
FAUSTINO

1 1 2 x
b) Graficamente, k é a abscissa de um ponto
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

�3 2 �1
de intersecção do gráfico de f com o eixo
�2 4 x
�1 x   1 Ox.
b) f 1 (x )  
�2 2 c) Resposta possível: f (x)  10
c) y d) Resposta possível:
f
b) D( f )  {2, 1, 1, 4} 3
y
Im( f )  {3, 2, 2, 4} 2 f�1
c) D( f 1)  {3, 2, 2, 4} 1 1
2
Im( f 1)  {2, 1, 1, 4}
�1 1 2 3 x x
d) Podemos observar que D( f )  Im( f 1) �1
1
e Im( f )  D( f 1). 2 3. Respostas pessoais.

246 Respostas

PNLEM_Mat_Paiva_v1_Respostas_(241a254).indd 246 06.03.10 18:34:34


4. a) Respostas possíveis: 2. a) e) y
função invertível: Área desmatada 1
Ano Período
f (em km2)
2001/2002 1 21.523 �3 x
2002/2003 2 25.396
2003/2004 3 27.772 2. a) a  2, b  1
função não invertível: 2004/2005 4 19.014 1
b) 
2005/2006 5 14.196 2
f
2006/2007 6 11.633
3. alternativa a
2007/2008 7 12.911
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

b) 4. alternativa d
área desmatada (km2)
9x
b) Respostas possíveis:
27.772 5. a) y     32 b) 20 °C
25.396 5
função invertível:
y 21.523 6. alternativa c
19.014
7. a)
14.196 Vendas (R$) Rendimento (R$)
12.911
11.633 Abril 8.350 327
x
função não invertível: 1 2 3 4 5 6 7 período Maio 10.200 364

y Junho k 160  0,02k


3. a) do período 1 ao 3 e do 6 ao 7
b) do período 3 ao 6 b) y  160  0,02x
y
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

x Capítulo 6 360
160
As funções invertíveis são correspon-
Exercícios propostos 10.000 x
dências biunívocas, enquanto as não

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
invertíveis não são. 1. a) c) R$ 0,02 para cada real de venda
y
5. Trocamos x por y e y por x. Depois, isolamos x
8. a) y   
a variável y. 3
b) y
2 x
Exercícios complementares 5
3
1. alternativa d 1
2. D(n)  {x  R | 2.000  x  8.400} �4 0 3 5 x
3. alternativa b c) Sim, pois:
b) y
4. duas horas I. Se x  0, então y  0
y
5. a) [0, 2] c) [2, 7] II. Se x  0, então    k , sendo k uma
x
b) [7, 10] �2 x  1
constante real  no caso , k     .
6. alternativa c  3

7. a) crescente: de 2000 a 2002 e de 2006 a 5x 55


ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

9. a) y      
2008 �4 3 3
decrescente: de 2002 a 2006 b) Nos dias 6 e 7 foram vendidas, aproxi-
b) 1,44%;  1,70% c) y madamente, 28 unidades e 30 unidades,
8. alternativa d respectivamente.
5
9. a) R$ 3,50 10. y
5 2
b) p    3    ; decrescente, pois, quanto 13
2n x
5
maior o número de horas, menor será o �3 A
custo de produção.
5 0 1 x
c) n    ; decrescente, pois, quanto
2 p   6
menor o custo de produção, maior será
d) y
o número de horas. �13

1
Matemática sem fronteiras 11. a) y  400  4x b) 4
0 x
1. Numericamente o desmatamento diminuiu. 10   se  0    x   10
Porém, de acordo com o texto, isso pode não   
20 se  10    x    20
ter ocorrido efetivamente, já que a medição 12. a) f (x )   35  s e   20    x    30
é feita por satélites e, às vezes, é prejudicada 70   se   30    x   60
pelas nuvens nas regiões, dificultando assim �5 
a detecção de pontos de desmatamento. 90   se   x   60

Respostas 247

PNLEM_Mat_Paiva_v1_Respostas_(241a254).indd 247 06.03.10 18:34:58


b) y c) y • A distância d percorrida por um auto-
90
móvel durante um tempo t com veloci-

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
5 dade constante v pode ser representada
70
3 pela função linear d(t)  vt.
1 2. a) Em toda função linear y  f(x), os valores
35
�1 2 6 x de y são diretamente proporcionais aos
20 4 correspondentes valores de x, pois a
10 �3
função pode ser expressa por y  kx, com
0 10 20 30
k  R9. Isso significa que, ao multiplicar
60 x

13. a) y qualquer valor de x pelo número real k, o


20 ,  se   0    x   1. 000 correspondente valor de y fica multiplica-

15. a) f (x)   x do por k. Por exemplo, ao dobrar, triplicar
5  50   se   x   1. 000
 ou quadruplicar um valor qualquer de x,
3
o correspondente valor de y dobra, tripli-
b) f(x) ca ou quadruplica, respectivamente.
24 b) Em qualquer função afim não linear
5 7 x 20
y  f (x), os valores de y não são direta-
D( f )  R 1.000 1.200 x mente proporcionais aos corresponden-
Im( f )  { y  R | y  3}
tes valores de x. A proporcionalidade
b) y
16. alternativa e ocorre entre as variações dos valores de
y (y) e as correspondentes variações
4 17. a) 4
3 de x (x).
x
c) É a constante obtida através da razão
y � �
entre uma variação qualquer dos valores

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
�3 1 x
de y (y) e a correspondente variação
D( f )  R b)
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

dos valores de x (x). Essa constante é


Im( f )  { y  R | y  4} � exatamente o coeficiente da variável x da
c) y 4 � x função afim y  ax  b.
9 3. As funções definidas por duas ou mais
7 18. a) 6 horas sentenças, descritas a seguir, resultam de
b) 1 hora situações do cotidiano:
c) 5 horas • Uma papelaria cobra 10 centavos de real
por cópia, até um total de 100 cópias.
19. alternativa d
A partir da 101ª cópia, o preço cai para
20. a) S  {x  R | 2  x  4} 8 centavos por cópia. Indicando por p(x)
�1 4 6 x
o valor, em centavo, cobrado por x cópias,
D( f )  R  13 1 
b) S   x    R |     x     ou   x   3
a função p pode ser descrita por:
Im( f )  R  4 2 
10 x se   x   100
d) y p(x )   
c) S  {x  R | x  2 ou 0  x  1 ou  8 x   se   x   100
5
4 • A tabela a seguir apresenta tarifas pro-
3 x } gressivas cobradas pela companhia de
3
saneamento básico de um estado, em
�1 2 4 6 x d) S  {x  R | 2  x  5} função do consumo de água das resi-
 2 dências.
D( f )  R e) S   x   R | x   1 ou   x    
3
Im( f )  R  Faixa de consumo Tarifa
21. alternativa d (em metro cúbico) (em real)
14. a) y
22. S  {k  R | 0  k  2}
7 11,94
até 10
(valor mínimo)
4 Roteiro de trabalho
mais de 10 até 20 1,86 por m3
2 1. a) Função afim ou função polinomial do
1º grau é toda função do tipo f (x)  ax  b, mais de 20 até 50 4,65 por m3
5 x com {a, b}  R e a  0. Quando b  0, a mais de 50 5,89 por m3
b) y função afim recebe o nome de função
linear, cujo gráfico é uma reta que passa Indicando por x o consumo, em metro
6 pela origem do sistema cartesiano. cúbico, e por f (x) a tarifa, em real, a função
5 f pode ser representada por:
b) As funções lineares descritas a seguir
resultam de situações do cotidiano:  11 , 94   se   x   10
2
• O preço p de uma quantidade k de 
 11 , 94   1 , 86 x  se  10    x   20
cadernos cujo preço unitário é x po- f (x )   
3 4 x
�1
de ser representado pela função linear 49 ,14    4 , 65 x   se   20    x   50
 281 , 64   5 , 89 x   se   x   50
p(x)  kx;

248 Respostas

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b) y 5. y
Exercícios complementares

1. alternativa a 6

2. alternativa c

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
4
6
3. a) y  0,25x  1,25 3
5
b) agosto: 3,25%; setembro: 3,5%
4. a) 4 b) 4
5. a) d  90t b) 90 km/h �2 1 2 x

6. (3, 0); (0, 15)


x 6. alternativa b
7. alternativa c �1
7. a) valor mínimo: 4
8. alternativa b
b) valor máximo: 16
9. 60 minutos D( f )  R c) valor mínimo: 2
12  se  0    x   10 Im( f )  { y  R | y  5}
 3
10. a) f (x )   2 x   8   se  10    x    20
0 d) valor máximo: 
c) y 4
3 x   28  se   x   20
 1
8. m
b) y 8
49
35 f 4 1
9. k
32 10 5
10. a) 16 cm2

b) A(x)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

25

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
�2 5 20
12 3 x
15
2
10

5
0 10 20 x D( f )  R
21
 49  0
Im( f )   y   R | y    
5 10 x
11. 1
 4 
12. S  {x  R | 1  x  0 ou x 1}
c) 25 cm2
d) y 11. a) mínimo
Matemática sem fronteiras b) 40 °C
c) 50
1. 1.600 km/s
�2 2 x 12. alternativa e
2. V(R)
16 13. alternativa d

14. curral quadrado: 225 m2; curral retangular:


�4 300 m2

15. a)

1 R D( f )  R
Im( f )  { y  R | y  4}
� �
3. aproximadamente, 40 trilhões de quilôme-
tros �3 � 17 x
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

x2 x �3 � 17
2. y         55 �
50 10
Capítulo 7
14
3. k   
3
Exercícios propostos b)
4. (1, 6); (3, 2)

1. a) y y �3 1
7 x
� �
6
5
1 4 7
0 x

2
c)

�9 �1 1 2 3 5 x � �

D( f )  R
1 3

4 2
Im( f )  { y  R | y  9} 3 x

Respostas 249

PNLEM_Mat_Paiva_v1_Respostas_(241a254).indd 249 06.03.10 18:35:38


d) 2 • Se   0 e a  0: a concavidade da pa- 4. a) N(p)  5.640  2.000p
x rábola é voltada para baixo e não existe b) R$ 1,41 por litro
� � ponto de intersecção da parábola com o
5. 8 cm2
eixo das abscissas.

3. a) Resposta pessoal. 6. 50 km/h


FAUSTINO

b) O vértice V da parábola que representa 7. alternativa a


e) graficamente a função polinomial do 2º
grau f (x)  ax2  bx  c, com a  0 é 8. a) R$ 1.250,00 b) 25
chamado de ponto mínimo da função,
� � 9. a) f(t)
sendo sua ordenada o valor mínimo de f.
c) Resposta pessoal
0 x 6
d) O vértice V da parábola que representa
4 graficamente a função polinomial do 2º
16. m 
3 grau f (x)  ax2  bx  c, com a  0 é
17. a) S  {x  R | x  5 ou x  2} chamado de ponto máximo da função,

FAUSTINO
sendo sua ordenada o valor máximo de f.
 1 
b) S   x    R |    x    3
 2  4. a) De maneira geral, a discussão da variação
de sinal de uma função quadrática qual-
3 2
c) S    quer, f (x)  ax2  bx  c, recai sempre
2 em um dos casos a seguir: 1 t

 2 5  Para   0 e a  0 a concavidade da
d) S   x  R x  parábola é voltada para cima e f (x) tem �2
 3 2 
como raízes x1 e x2, então:
e) S  
• se x  x1 ou x  x2, então f (x)  0; b) 1 hora
f) S  {x  R | 3  x  2 ou 3  x  5}

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• se x  x1 ou x  x2, então f (x)  0; c) 1 hora
g) S  {x  R | 1  x  1}
• se x1  x  x2, então f (x)  0. d) 2 °C
h) S  {x  R | 1  x  1 ou 2  x  4}
e) 12 horas
i) S  {x  R | 3  x  1 ou x  3} Para   0 e a  0 a concavidade da
parábola é voltada para cima e f (x) tem 10. a) x1  12; x2  50; k  600
18. a) S  10t2  100t  2.000, com t  N e
uma única raiz, sendo ela x1, então: b) 13
0  t  30
• se x  x1, então f (x)  0; c)  60,1%
b) Daqui a 5 dias. • se x  x1, então f (x)  0.
c) 0  t  20
d) 21
Para   0 e a  0 a concavidade da pa- Capítulo 8
rábola é voltada para cima e f (x) não terá
19. qualquer valor entre 10 e 20 toneladas raízes reais, então f (x) sempre assumirá Exercícios propostos
valores positivos.
1. a) verdadeira e) verdadeira
Para   0 e a  0 a concavidade da
Roteiro de trabalho parábola é voltada para baixo e f (x) tem b) verdadeira f) verdadeira
como raízes x1 e x2, então: c) verdadeira g) verdadeira
1. Toda função do tipo y  ax2  bx  c, com
• se x  x1 ou x  x2, então f (x)  0; d) falsa h) verdadeira
a, b e c números reais e a não nulo, é deno-
minada função polinomial do 2º grau ou • se x  x1 ou x  x2, então f (x)  0; 2. a) 11
função quadrática. E as funções desse tipo • se x1  x  x2, então f (x)  0. b) 0
recebem esse nome, pois são representadas Para   0 e a  0 a concavidade da
por um polinômio de 2º grau. 3. a) 1,9; 0,6; 0,2; 0,6; 2,1
parábola é voltada para baixo e f (x) tem
uma única raiz, sendo ela x1, então: b) 1,08
2. • Se   0 e a  0: a concavidade da pará- • se x  x1, então f (x)  0; 4. 5
bola é voltada para cima e existem dois
• se x  x1, então f (x)  0.
pontos de intersecção da parábola com o 5. a) S  {11, 5}
eixo das abscissas. Para   0 e a  0 a concavidade da pa-
rábola é voltada para baixo e f (x) não terá b) S  
• Se   0 e a  0: a concavidade da pará- raízes reais, então f (x) sempre assumirá c) S  {0, 3, 3}
bola é voltada para cima e existe somente valores negativos. 6. xA  33 e xB  33 ou xA  11 e
um ponto de intersecção da parábola com
b) Chama-se inequação do 2º grau toda xB  11
o eixo das abscissas.
inequação que pode ser representada das
• Se   0 e a  0: a concavidade da pa- 7. a) 2 vezes
seguintes formas, em que {a, b, c}  R e
rábola é voltada para cima e não existe b) 20 flechas
a  0: ax2  bx  c  0, ax2  bx  c  0,
ponto de intersecção da parábola com o c) A maior distância foi de 5 milímetros no
ax2  bx  c  0, ax2  bx  c  0 e
eixo das abscissas. 25º lançamento.
ax2  bx  c  0.
• Se   0 e a  0: a concavidade da pará-  6
bola é voltada para baixo e existem dois 8. a) S   x   R | x   4  ou   x    
 5
pontos de intersecção da parábola com o Exercícios complementares
eixo das abscissas.  4 
1. 04  16  20 b) S   x   R |     x    4
• Se   0 e a  0: a concavidade da pará-  3 
bola é voltada para baixo e existe apenas 2. alternativa b
 14 6 
um ponto de intersecção da parábola com c) S   x   R |     x    
3. alternativa a  15 15 
o eixo das abscissas.

250 Respostas

PNLEM_Mat_Paiva_v1_Respostas_(241a254).indd 250 06.03.10 18:35:53


9. alternativa b c) y
Roteiro de trabalho
10. O menor diâmetro é 4,992 cm e o maior é
1. Módulo de um número real é a distância �1 1
5,008 cm. OA. Associando um ponto A do eixo real de x
11. a) y origem O podemos generalizar o resultado
�3
fazendo:
f     x ,  se   x    0 �4

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
1 |x|  
x ,  se   x   0
D( f )  R; Im( f )  [4, [
1 1 x 2. O quadrado de qualquer número real é
2 sempre positivo, e a raiz quadrada de um 6. y

D( f )  R; Im( f )  [0, [ número positivo é sempre positivo.


b) y 1
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

3. x  4 e x  4 são números simétricos, e


f dois números simétricos têm o mesmo
2 x
módulo. �1

4. Respostas possíveis:
1 1
0 1 2 x a) | x |  1  0 7. ; 
2 9
b) | x  4 |  2
D( f )  R; Im( f )  [0, [ 8. a) 2 s
c) | 3x  5 |  0
c) y b) depois de 10 s
5. O gráfico de f pode ser construído a partir
1 9. a) A maior distância entre a esfera e a reta

3 de uma função definida por duas sentenças:
é 42 cm e a menor é 18 cm.
�1 x     x    4 ,  se   x    4
f (x)   b) O maior desvio é 12 cm, e o menor, zero.
�1 x    4 ,  se   x    4
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

10. alternativa c
�2 ou a partir do gráfico da função g (x)  x  4,
f
em que conservamos nesse gráfico os pontos 11. a) y

D( f )  R; Im( f )  ], 0] de ordenadas não negativas e transformamos


209
os pontos de ordenadas negativas em seus
12. a) y simétricos em relação ao eixo das abscissas.
203
f
9 200

Exercícios complementares
1.000 2.000 5.000 x
1. a) 1 b) 0,01
3 b) 5.209
2. alternativa a
c) 797
3. alternativa a
3 6 x
Matemática sem fronteiras
4. alternativa a
b) Esboce inicialmente o gráfico da função
g(x)  | 2x  6 | e, a seguir, translade-o, 5. a) y 1. Resposta pessoal.
paralelamente ao eixo Oy, três unidades 2. Resposta pessoal.
para cima; isso porque somamos três 12
unidades à ordenada de cada ponto de g. 3. p  48%; t  3%
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

c) (2, 5); (4, 5)


d) 2  x  4
Capítulo 9
13. y
Exercícios propostos
3 f
1. a) (54)3  54  54  54  54  4  4  54  3
b) (2x)3  (2x)(2x)(2x)  23  x3
2
 7  7 7 72
2 4 x c)            2
x  5  5  5 5
D( f )  R; Im( f )  [0, [ 2. a) 25 e) 1
�1
b) y b) 25 f) 1
D( f )  R; Im( f )  [1, [
4
c) 8 g)
14. a) d  |x  20| ou d  |20  x| 5 25
b) y 1
d) 1 h) 
2 8
20
15 a 3b9
3. a) 125x3 d)
d 1 x 27c 6
10
1
5 25 y 2 z 4
2 b) x8 e)
4 x6
0 5 10 15 20 25 30 x D( f )  R; Im( f )  [2, [ c) 16x4y6

Respostas 251

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4. a) x8 c) 8x7y11z6 22. alternativa b 4. a) Resposta pessoal.
b) y4 d) 3a4bcd3 4 1 b) Resposta pessoal.
23. a) S    d) S   
5. a) 2,7  109 b) 2,7  1022 3 2
b) S  {11} e) S  {0} Exercícios complementares
6. a) 4,41  103 kg b) 2,205  105 g
 3  3
c) S    f) S    1. 1,5  1024
7. alternativa d  10  4
2. a) 5  106 b) 5  109
8. a) 6 2 5 b) 12
2 24. alternativa e
3.  0,302
9. a) 5 √ √ 25. a) S  {3}
FAUSTINO


b) S  {2} 4. a) 1,7321 c) 1,5518
b) 5 √ √ √ �
b) 1,6266
10. a) 5 f) 12 26. alternativa d
5. a) 8,82 b) 9,74
b) 3 g) 5 27. alternativa c x
 1
c) 7 h) 2 6. a) f (x)  4.000   
d) 1 i) 1 28. a) a  5; b  203  4
e) 0 b) Daqui a cinco anos. b) y
c) 587 indivíduos
11. a) 2 3 e) 2 10
d)  f  24; g  12 4.000
4 3
b) 3 2 f)  19 
5 29. a) S   x    R | x    
 6 
33 3
c) 2 3 3 g)  1 1.000
2 b) S   x   R | x     250
 2
d) 2 2 4

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
�1 1 x
12. a) 8 3 e) 144 c) S  {x  R | x  3}
 5 7. a) f (t)  100.000  2t;
b) 10 2    5 f) 3 2 d) S   x   R | x     g (t)  70.000  2.000t
 6 
c) 18 3 2 g) 4
b) 40 ratos/habitante
d) 8 5 12  1
e) S   x   R | x     8.  944,82 m2
 3
13. a) 815
c) 7
f) S  {x  R | x  1} 9. alternativa a
b) 6 d) 4
27
1 2 10. alternativa d
14. a) 2 5 b) a 3 30. a) A: 1.050; B: 140
1
b) 3 meses 11. a) a  1.024; b 
15. 27 10
b) 30 anos
31. a) M  1.000  1,1t
16. a) 3 c) 1 c) f(t)
b) Durante três anos.
b) 13.824 1.024
32. a) m  1.000  0,4t
17. a) y
b) t  3

5 512
Roteiro de trabalho
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

4
1 4
5 1. a) 1 256
128
�1 1 x b) a  a
1
64
c) an  a
 
 a   
a  
  
 a , para n  1. 10 30 t
n fatores 20 40
D( f )  R; Im( f )  R* Resposta possível: 43  4  4  4  64. 12. a) 6,75 mg
b) y 1
d) an    n , para a  0. b) 2 dias
a
1 13. alternativa d
5 Resposta possível: 34    4   81.
4 3 1
14. durante do mês subsequente
4 1 e) Resposta pessoal. 3
5
2. m deve ser um número inteiro e k deve ser Matemática sem fronteiras
�1 1 x
um número real com módulo menor que 10
e maior ou igual a 1. 1. a) 0,328  (0,5)t
D( g)  R; Im( g)  R* 1
b) (0,5)1  0,5; (0,5)1,5  0,35; (0,5)2  0,25
3. Verdadeira, pois 20,5  2  2 , que é um
2
18. alternativa b c) 0,25  0,328  0,35, ou ainda,
número irracional e, portanto, tem infinitas
(0,5)2  0,358  (0,5)1,5
19. alternativa a casas decimais e não é periódico. Como o
d) 1,5  t  2, ou seja, entre 1,5 e 2 meias-
visor da calculadora apresenta um número
20. a) V  200.000  (0,9)t, com 0  t  4 -vidas
finito de casas decimais, obtemos uma
b) R$ 131.220,00 e) entre 8.595 e 11.460 anos
aproximação de 2 quando acionamos as
teclas: f) Resposta possível: Como (0,5)1,6  0,3299,
21. a) P  10.000  (1,2)t, com t  0 as flautas de Jiahu têm entre 8.595 e 9.168
b) 24.900 indivíduos 2 , √ e �
anos.

252 Respostas

PNLEM_Mat_Paiva_v1_Respostas_(241a254).indd 252 06.03.10 18:36:53


Capítulo 10 20. a) verdadeira d) verdadeira 3. Se b  1, a função logarítmica é crescente.
b) verdadeira e) verdadeira Já, se 0  b  1, a função logarítmica é
c) falsa decrescente.
Exercícios propostos
 6
7 21. a) D( f )   x    R | x     4. A reta é y  x, e a simetria vale pois a função
1. a) 8 f)  5 exponencial é a inversa da função logarít-
8
b) D( g)  {x  R | x  2 ou x  3} mica.
b) 2 g)
4 c) D(t)  {x  R | x  2 ou x  3}
3 5. Está incorreta, pois pela condição de exis-
2 22. D( f )  {x  R | x  5 e x  6} tência x deve ser positivo. Assim a única
c) 3 h)
5 resposta correta é x  2 2 .
23. 9
d) 4 i) 3 4
6. Como  1 temos que a função
24. a) Tempo (ano) Preço (D$) 5
e) 4
0 1 y  log 4 x é decrescente. Logo o correto
2. a) 4,9981 c) 10 1 2 5
é:
b) 12,8111 d) 1,6 2 4
3 8 log 4 x1  log 4 x2 ⇔ x1  x2 ou
3. a) 1,89 y 2y 5 5

b) 2,52 log 4 x1  log x2 ⇔ x1  x2


b) y  log2 x 4
c) 0,42 5 5
c) y
4. 1,48
3 Exercícios complementares
FAUSTINO

5. alternativa b 2
1. a) 7  109 kWh
6. alternativa a 1 3
b) 10 2 ou  31,6
7. alternativa b 1 2 4 8 x
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

2. alternativa a
8. 3,2  1094 25. alternativa c
3. alternativa c
9. a) 1,71 d)  3,62 26. a)  227,9 milhões de habitantes
b) 0,97 e)  0,28 b) y  191,5  (1,011)x 4. a) 0,9 b) 63 anos
c) 0,97 f) 1,48 y
c) x  log 1,011   5. p  101,447
191, 5
10. 0,79
x 6. alternativa a
10 d) y  log 1,011  
11. log 5  log  log 10  log 2  191, 5
2 7.  2,14 anos
 1  0,301  0,699 27. a) S  {3} d) S  {2}
8. a) k  1 b) 9 horas
 5
12. x  2 b) S    e) S  {4}
 11  9. alternativa d
13. alternativa a
c) S  {10} f) S   10. alternativa e
14. alternativa d
28. a) 1 m; 10 cm b) 20 cm 11. 11 anos
15. 6 horas
29. alternativa d Matemática sem fronteiras
16. 8 horas
30  10  1.  982%
17. x  1; y  2; z  30. a) S   x    R | x    
7  3  2.  26,9%
a)  4,3 anos b) 1,32C
b) S  {x  R | 1  x  2}
3.  8 anos
18. a) y c) S  {x  R | x  3}
1 d) S  {x  R | x  2}
3
31. alternativa d
Capítulo 11
1
32. alternativa b
Exercícios propostos
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

0 1 3 x
�1
1. a1  5; a2  4; a3  8; a4  3 ; a5  6;
Roteiro de trabalho
a6  6; a7  6
1. A simplificação nos cálculos que envolvem
b) y 2. a) (4, 9, 14, 19, ...)
multiplicação, divisão, potenciação e radi-
b) (7, 9, 11, 13, ...)
ciação foi a motivação para criação dos
c) (2, 6, 12, 20, ...)
1 logaritmos.
3 3. a) 7 livros
2. Pois não fica garantida a existência nem a
0 1 x b) (126, 31, 8, 2, 1)
unicidade do logaritmo.
�1
1 Por exemplo: 4. a) 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144
3 • x  log1 1 ⇒ 1x  1
a   a2   1
Que admite infinitas soluções, ou então: b)  1 , para todo n natural,
19. a) crescente c) crescente • x  log1 5 ⇒ 1x  5 an   an   1   an    2
b) decrescente d) decrescente Que é impossível. com n  3

Respostas 253

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5. a) 225 azulejos brancos
1 Roteiro de trabalho
36.
b) n2 azulejos 3
c) 84 azulejos pretos 37. alternativa b
1. Sequência finita é toda função de domínio
d) 4n  4 azulejos A  {1, 2, 3, ..., n}, com A  N9, e contra-
3 domínio B, sendo B um conjunto qualquer
38.
6. alternativa a 16 não vazio.
39. 3  2n  1 Sequência infinita é toda função de domínio
7. a) (6, 11, 16, 21, 26, 31) é P.A.
5 N9  {1, 2, 3, 4, ...} e contradomínio B,
b) (1, 4, 9, 16, 25, 36, 49, 64, 81) não é P.A. 40.
9 sendo B um conjunto qualquer não vazio.
 4 5 6 7 8 9 10 11  4 8 16 32  2. a) Resposta pessoal.
c)  ,  ,  ,  ,  ,  ,  ,    é P.A
A. 41.  ,  ,  ,  , ...
3 3 3 3 3 3 3 3  9 27 81 243  b) Resposta pessoal.
8. a) decrescente c) crescente c) A representação gráfica de uma P.A.
42. 16 termos
(a1, a2, a3, ..., an, ...) é formada por todos
b) constante

9. 4
43. (1,  5
7 ,  5 7 2 ,  5 7 3 ,  5 7 4 , 7 ) os pontos (n, an) do plano cartesiano.
Dada uma P.A. de termo geral an, a sua
1 representação gráfica no plano cartesiano
44. 
10. 431 3 é formada por pontos que pertencem à
45. alternativa e reta de equação y  a1  (x  1)  r.
11. an  6n  4
46. alternativa c 3. a) Resposta pessoal.
12. a1  39k  38
b) Resposta pessoal.
47. 5 milhões
13. 25 termos c) A representação gráfica de uma P.G.
 22 30 38 46 54 62  48. x  0 ou x  2 (a1, a2, a3, ..., an, ...) é formada por todos os
14.  2,  ,  ,  ,  ,  ,  , 10 pontos (n, an) do plano cartesiano. Dada
 7 7 7 7 7 7 

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
49. x  4 uma P.G. de termo geral an  a1  qn  1, a
5 sua representação gráfica no plano carte-
15. 50. (a  8 e c  0) ou (a  2 e c  6)
3 siano é formada por pontos do gráfico da
1 51. 1 a
16. função exponencial y    1   q x .
4 q
52. R$ 121.000,00
17. alternativa c
3 1 1 Exercícios complementares
18. 0,05 km ou 50 m 53.  ,  ,  
 2 2 6
19. alternativa c 1. alternativa c
54. alternativa c
20. 6 2. alternativa b
55. 1.023
21. x  3 3. a) 14 pontos
56. a) zero
22. 150 m b) 3.000 m
b) 1
23. x  3
4. alternativa a
57. 3

24. (6, 2, 2) 5. alternativa b


58. Se a P.G. for constante (a1, a1, a1, ...), a soma
25. alternativa d dos n primeiros termos será a soma de n 6. alternativa a
parcelas iguais a a1 e, portanto: Sn  n  a1
26. R$ 930,00 7. alternativa b
59. alternativa a
27. 1.290 8. alternativa b
60. a) 10ª semana
28. 594 9. sim
b) 20.460 cópias
29. 39.900 10. alternativa e
135
61.
30. a) 5n  3 2 11. alternativa c
5
5n 2   n 62. x   12. alternativa c
b) 2
2
1 13. alternativa d
31. n2 63.
3
14. A sequência de três termos tem o primeiro
32. alternativa c 44 termo não nulo, pois x  2. Logo, essa se-
64.
9 quência é P.G. se, e somente se:
33. a) 126 ha
65. 40 cm  25 
b) 1.760 ha
52    (x  2) ⇒ 25  25
66. Não, pois a distância percorrida pelo cami-  x  2 
34. 560 poltronas
nhão após a freada é de aproximadamente Concluímos, então, que a sequência apresen-
35. a) É P.G. c) É P.G. 26,66 m, que é menor do que 100 m, distân- tada é uma P.G. para qualquer número real
b) Não é P.G. d) É P.G. cia inicial entre a pedra e o caminhão. x, com x  2.

254 Respostas

PNLEM_Mat_Paiva_v1_Respostas_(241a254).indd 254 06.03.10 18:37:33


Lista de siglas

Ceeteps-SP: Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza Ufal: Universidade Federal de Alagoas
Cefet-PR: Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná UFC-CE: Universidade Federal do Ceará
Cefet-SP: Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo Ufes: Universidade Federal do Espírito Santo
Cesgranrio-RJ: Fundação Cesgranrio
UFG-GO: Universidade Federal de Goiás
Covest-PE: Comissão de Processos Seletivos e Treinamentos
UFJF-MG: Universidade Federal de Juiz de Fora
Enem: Exame Nacional do Ensino Médio
UFMA: Universidade Federal do Maranhão
Faap-SP: Fundação Armando Álvares Penteado
FEI-SP: Faculdade de Engenharia Industrial UFMG: Universidade Federal de Minas Gerais
FGV: Fundação Getulio Vargas UFMS: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
FUERN: Fundação Universidade do Estado do Rio Grande do UFMT: Universidade Federal de Mato Grosso
Norte Ufop-MG: Universidade Federal de Ouro Preto
Fuvest-SP: Fundação Universitária para o Vestibular
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

UFPA: Universidade Federal do Pará


Mackenzie-SP: Universidade Presbiteriana Mackenzie
UFPB: Universidade Federal da Paraíba
OBM: Olimpíada Brasileira de Matemática
UFPE: Universidade Federal de Pernambuco
PUC-MG: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
PUC-PR: Pontifícia Universidade Católica do Paraná UFPR: Universidade Federal do Paraná
PUC-RJ: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro UFRGS: Universidade Federal do Rio Grande do Sul
PUC-RS: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul UFRN: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
PUC/Campinas-SP: Pontifícia Universidade Católica de Campi- UFSC: Universidade Federal de Santa Catarina
nas, São Paulo
UFSCar-SP: Universidade Federal de São Carlos
UCS-RS: Universidade de Caxias do Sul
UFSm-RS: Universidade Federal de Santa Maria
UEL-PR: Universidade Estadual de Londrina
Unicamp-SP: Universidade Estadual de Campinas
UEMG: Universidade do Estado de Minas Gerais
Uenf-RJ: Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Unifap: Universidade Federal do Amapá
Uepa: Universidade do Estado do Pará Unir-RO: Universidade Federal de Rondônia
Uerj: Universidade Estadual do Rio de Janeiro Unirio-RJ: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Uespi: Universidade Estadual do Piauí Vunesp: Fundação para o Vestibular da Universidade
Ufac: Universidade Federal do Acre Estadual Paulista

255

PNLEM_Finais_(255a256).indd 255 4/20/10 3:52:36 PM


Bibliografia

ADAS, M. Geografia. São Paulo: Moderna, 1999, v. 3.


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IFRAH, G. História universal dos algarismos. Trad. Alberto Muñoz e Ana Beatriz Katinsky. Rio de Janeiro:
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KAPLAN, W. & LEWIS, D. J. Cálculo e Álgebra linear. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos & Editora
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KARSON, P. A magia dos números. Porto Alegre: Globo, 1961.
KASNER, E. & NEWMAN, J. Matemática e imaginação. Rio de Janeiro: Zahar, 1968.
LEME, R. A. da S. Curso de Estatística. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1969.
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MIORIN, M. Â. O ensino de Matemática: evolução e modernização. Faculdade de Educação da Unicamp,
1995. (Tese, Doutorado)
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PERUZZO, T. M. & CANTO, E. L. do. Química: na abordagem do cotidiano. São Paulo: Moderna, 1993.
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REVISTA DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA. São Paulo: Sociedade Brasileira de Matemática. Publicação
quadrimestral.
SCHOOL MATHEMATICS STUDY GROUP. Matemática: curso colegial. São Paulo: Edart, 1966.
SPIEGEL, M. R. Estatística. São Paulo: McGraw-Hill, 1961.
VERAS, L. L. Matemática aplicada à Economia. São Paulo: Atlas, 1995.

256

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suplemento
com orientações
para o professor

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Paiva Guia Parte comum(01a44).indd 2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

3/9/10 5:24:05 PM
sumário

1. A Matemática no Ensino Médio_________________________________ 5

2. A interdisciplinaridade e a Matemática___________________________ 6

3. Apresentação da obra_________________________________________ 7

4. Objetivos da obra_____________________________________________ 7

5. O trabalho com o livro ________________________________________ 7

6. Avaliação e reflexões_ _________________________________________ 7

7. Sugestões de leitura para o professor____________________________ 10

8. Sugestões de leitura para o aluno_______________________________ 14


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

9. Atividades para o desenvolvimento do pensamento científico_______ 14

10. Considerações sobre a organização do volume_ __________________ 19

11. Conteúdos e objetivos específicos dos capítulos___________________ 20

12. Sugestões para o desenvolvimento dos capítulos__________________ 24

13. Resolução dos exercícios_______________________________________ 45

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4

Paiva Guia Parte comum(01a44).indd 4


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

3/9/10 5:24:05 PM
adquiridos no Ensino Fundamental e visar ao pleno exercício da cidadania,
1. A MATEMÁTICA NO ENSINO MÉDIO
à preparação para o trabalho e ao prosseguimento dos estudos.
Para iniciar a abordagem sobre a Matemática no Ensino Médio, Não são apenas as estatísticas que desafiam a imaginação de analistas e
tomamos por base a apresentação do livro Ensino médio: ciência, formuladores de políticas. Ao lado da refutação de mitos – como o que atri-
cultura e trabalho, em que o secretário de Educação Média e
bui o fracasso escolar às condições socioeconômicas dos estudantes e o do
Tecnológica, Antonio Ibañez Ruiz, descreve o início de seu trabalho
reconhecimento de uma complementaridade possível entre trabalho e escola
nessa secretaria e destaca os problemas que caracterizam o Ensino
–, torna-se necessário rever muitas das representações e estereótipos sobre
Médio.
o jovem brasileiro. Considerar de forma mais ampla todas as dimensões de
O ano de 2003 foi, para a política de Ensino Médio, um período de
sua vida é um passo importante, e o recurso à categoria jovem indica uma
construção. Por princípio, a equipe que assumiu a Secretaria de Educação
mudança de perspectiva. Em outras palavras, o papel social de estudante não
Média e Tecnológica (Semtec) não iniciou mudanças sem, antes, equacionar
é tomado de forma absoluta como se fora suficiente para a análise de con-
a problemática que constitui o Ensino Médio. Para isso, principiou uma
textos e a definição de políticas. Há uma mudança de perspectiva, mas essa
discussão com a sociedade, identificando os limites e as possibilidades de
requer a realização de novas pesquisas que focalizem também o universo
ação e, a partir de então, desenvolveu uma proposta política consistente
simbólico. É necessária, por exemplo, uma indagação sobre a consistência
com as orientações de governo, respeitando a autonomia dos sistemas
da representação prevalecente, que acentua a ausência de bandeiras e utopias
de ensino.
entre a juventude. Tal perspectiva acaba por contribuir para a construção
Os problemas que caracterizam o Ensino Médio foram assim definidos: de um novo mito: a visibilidade e o protagonismo dos jovens ocorreriam
a identidade dessa etapa de ensino, expressa pelos objetivos de formação dos apenas em situações especiais e de extrema individualização, seja nos casos
sujeitos individuais e coletivos que a vivenciam – os jovens; a política cur- de sucesso no mundo das artes, seja em ações de violência.
ricular, a ser definida em coerência com uma concepção de conhecimentos
É significativo o fato de muitas vezes os jovens serem simplesmente
associada às relações político-pedagógicas que se instituem no interior da
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

apresentados como problema, tal como se pode ver em um documento


escola e entre a escola e a sociedade, a formação de professores, valorizando
da Cepal: “Outro setor que merece especial atenção são os jovens, atual-
esses sujeitos como construtores de conhecimentos e como profissionais
mente um problema comum a muitos países da região” (Cepal, 1993, cf.
eticamente reconhecidos; a gestão democrática da escola, considerando
MADEIRA, 1998, p. 248, grifo meu). Tal ponto de vista não se restringe
sua singularidade como instituição e sujeito social; o livro didático, visto
aos países latino-americanos. Tanto nos Estados Unidos como na Europa,
como instrumento de sistematização e veiculação de saberes, virtuoso em
multiplicam-se estudos sobre os dilemas para a incorporação dos jovens,
seu potencial de facilitar e ampliar o acesso ao conhecimento, porém restrito
seja aos sistemas educacionais, seja no mercado de trabalho. Seja qual for
quanto à riqueza de iniciativas, interpretação e criação que pode caracterizar
o peso demográfico, o reconhecimento público da importância da juventude
a relação professor-aluno no confronto com o conhecimento.
como fenômeno social e sua inadequada caracterização como problema
Frigotto, Gaudêncio; Ciavatta, Maria (Org.). Ensino Médio: ciência, cultura
e trabalho. Brasília: MEC; Semtec, 2004. político parecem ser hoje um fenômeno mundial.
Muito se tem discutido o impacto das mudanças no mundo do tra-
balho, a partir da adoção de políticas econômicas neoliberais na década
Como a discussão desses problemas é extensa e complexa,
de 1990. O que se tem observado é o fato de essas mudanças, ainda que
iremos nos deter, aqui, apenas ao início da reflexão sobre dois dos
atingindo toda a sociedade, repercutirem diferentemente para adultos e
problemas levantados na apresentação: a identidade do Ensino
jovens. Observa-se que, mesmo em situações de retomada de crescimento
Médio e o livro didático.
econômico, a oferta de empregos, ou mesmo de postos de trabalho, se dá
O início do Ensino Médio é, para todos os alunos, e em todas
de forma diferenciada, favorecendo a população adulta. Em síntese, deve se
as disciplinas, um momento de crescimento e de desafios. O aluno
reconhecer que a condição dos jovens se altera, bem como o significado a
que começa o Ensino Médio faz parte de um grande e heterogêneo
grupo, que, de forma mais intensa ou não, é pressionado por ques- ela atribuído, apreensível apenas quando se leva em conta o conjunto mais
tões que não são recentes, mas, nos dias de hoje, têm características amplo de transformações na sociedade.
Lima, Nísia Trindade. Juventude e Ensino Médio: de costas para o futuro? In:
específicas, como o trabalho e/ou o prosseguimento dos estudos
Frigotto, Gaudêncio; Ciavatta, Maria (Org.), Ensino Médio: ciência, cultura
num mundo globalizado. Em seu estudo Juventude e Ensino Médio: de e trabalho. Brasília: MEC; Semtec, 2004.
costas para o futuro?, a pesquisadora Nísia Trindade Lima apresenta
reflexões sobre esse sujeito: o aluno do Ensino Médio. Nesse universo, tão rico e paradoxal, será ao mesmo tempo um
desafio e uma condição para o professor desempenhar um bom
trabalho, conhecer e entender como seus alunos pensam, quais são
Uma “onda jovem” desafia conhecimentos estabelecidos e modos de
suas expectativas e seus questionamentos. É importante lembrar que,
olhar para a sociedade brasileira. O termo designa uma das mais importantes
embora as políticas educacionais sejam únicas e os recursos, como
modificações na pirâmide etária nesse início do século XXI: a geração de 20
o livro didático, limitados, caberá ao professor fazer as adaptações
a 24 anos é uma das maiores de nossa história (MADEIRA, 1998, p. 430).
necessárias para adequar sua aula e os instrumentos de que dispõe
Ao lado do fenômeno demográfico, chama a atenção o fato de apenas 37% (como o livro didático) à realidade de cada turma.
(aproximadamente 4 milhões) de adolescentes, jovens na faixa etária de 15 a
Por isso, neste Suplemento, além de textos para ajudar nas refle-
17 anos, estarem cursando o Ensino Médio. Considerando-se o contingente
xões de alguns temas, incluímos textos de aprofundamento teórico
de 1 milhão ainda cursando o Ensino Fundamental ou frequentando cursos e sugestões de atividades e de desenvolvimento do conteúdo na
nas modalidades Educação de Jovens e Adultos e profissionais, chega-se ao sala de aula e ainda diversas opções de trabalho para adequá-las a
número de cerca de 5 milhões de jovens fora da escola (documento-base cada realidade. Porém, mesmo com os recursos que apresentamos,
“Seminário Ensino Médio: Construção Política”). Ora, a superação dessa acreditamos que, devido à pluralidade de situações, vivências e aspi-
característica excludente do sistema de ensino requer uma melhor compreen- rações encontradas na população jovem, esses instrumentos podem
são sobre os jovens brasileiros e o papel a ser representado pela escola para não ser suficientes para um bom trabalho em sala de aula. Nesse
que se assegure a todos o objetivo do Ensino Médio tal como prescrito na Lei caso, é importante buscar informações em centros de formação de
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: consolidar os conhecimentos professores ou em universidades da região.

Paiva Guia Parte comum(01a44).indd 5 3/10/10 12:23:33 PM


Devemos ter em mente que o ensino da Matemática deverá Comunicação; a Língua e a Matemática entrelaçam-se nos jornais diários;
acompanhar e atender às exigências de uma sociedade de infor- a propaganda evidencia a flexibilidade das fronteiras entre a Psicologia e
mação globalizada. Os Parâmetros curriculares nacionais do Ensino a Sociologia, para citar apenas alguns exemplos.
Médio contemplaram a necessidade dessa adequação para o de- Em consequência, a ideia de interdisciplinaridade tende a transformar-
senvolvimento e a promoção de alunos às diferentes realidades, de -se em bandeira aglutinadora na busca de uma visão sintética, de uma
forma a criar condições para sua inserção em um mundo sempre reconstrução da unidade perdida, da interação e da complementaridade nas
em mudança. ações envolvendo diferentes disciplinas.
O estudo da Matemática deverá desenvolver no aluno diversas
Interdisciplinaridade: obstáculos
habilidades, como aquelas concernentes aos procedimentos, mas,
Este aparente consenso não deve, no entanto, minimizar certas dificul-
especialmente, as exigidas na elaboração de argumentação, na
validação de soluções, na apresentação de conclusões, na análise de dades renitentes na abordagem da interdisciplinaridade e que podem explicar
informações, na elaboração de estratégias e na tomada de decisões. em parte resultados tão pouco expressivos nas ações docentes, mesmo
Além disso, a Matemática do Ensino Médio deve auxiliar o aluno a originados em grupos que se debruçaram seriamente sobre o tema. Roland
estruturar o pensamento e o raciocínio dedutivo e também a adquirir Barthes, em O rumor da língua (1988), apreendeu com muita perspicácia
algumas ferramentas úteis à execução das atividades do dia a dia. algumas dessas dificuldades, ao afirmar:
Contudo, a Matemática do Ensino Médio não tem apenas caracterís-
O interdisciplinar de que tanto se fala não está em confrontar
ticas de formação e instrumentalização, posto que é estruturada como
ciência. Diante dessas concepções, é importante capacitar o estudante disciplinas já constituídas das quais, na realidade, nenhuma consente
a participar da vida social e produtiva, a utilizar as informações apren- em abandonar-se. Para se fazer interdisciplinaridade, não basta tomar
didas e as habilidades desenvolvidas para continuar aprendendo. um “assunto” (um tema) e convocar em torno duas ou três ciências. A
Nesse panorama, esta coleção destaca como objetivos gerais interdisciplinaridade consiste em criar um objeto novo que não pertença
alguns dos objetivos preconizados pelos Parâmetros curriculares a ninguém. O texto é, creio eu, um desses objetos. (p. 99)
nacionais do Ensino Médio. Dentre eles, citamos os que devem esti-
De fato, o confrontamento de docentes que não consentem em abando-
mular o aluno a:
nar seus objetivos e pontos de vista, ou a fixação de um tema gerador em
• desenvolver a compreensão dos conceitos e procedimentos e torno do qual borboletearão as diversas disciplinas pode ser a caracterização
a conhecer estratégias matemáticas para que ele possa conti- mais frequente, ainda que simplificada, das tentativas de implementação
nuar aprendendo e adquira conhecimentos para enriquecer de ações interdisciplinares, e isso parece claramente insuficiente. A solida-
sua formação científica;
riedade e as concessões necessárias para a constituição de um novo objeto
• conhecer situações em que os conhecimentos matemáticos ainda não são bastantes.
são aplicados e possa estender essa aplicação em situações Machado, Nílson José. Educação: projetos e valores. 5. ed. São Paulo:
diversas; Escrituras, 2004.

• desenvolver e aprimorar sua comunicação matemática,


descrevendo, representando e apresentando resultados com Conforme exposto pelo autor, de modo geral, o trabalho inter-
precisão, valorizando ainda a precisão das demonstrações; disciplinar é desenvolvido superficialmente, envolvendo um tema que
relaciona conhecimentos de duas ou três disciplinas. Essa superficia-
• reconhecer que um mesmo conceito pode ser apresentado lidade, muitas vezes justificada pela exiguidade de tempo disponível
de diferentes formas, relacionando os procedimentos corres- dos professores, dificulta o entendimento pelo aluno do que seja
pondentes a diferentes representações. um trabalho interdisciplinar. Para um trabalho desse tipo é preciso
pensar em um projeto que envolva a produção de um objeto de
aprendizagem que empregue os conhecimentos de outras áreas, mas
que seja único. Assim, a obra sugere propostas interdisciplinares, mas
2. a interdiscipliNaridade e a ressalte-se que compete a cada escola e equipe de profissionais definir
matemática o projeto que será desenvolvido de acordo com sua realidade.
Nesse sentido, cabe uma reflexão e discussão coletivas entre os
Nesse vasto panorama do processo de ensino-aprendizagem, a
profissionais da escola para que realizem um trabalho interdisciplinar
formação do aluno em Matemática não se restringe à construção
consistente e coerente com a proposta da escola. Há vários textos
do “edifício da Matemática”, mas está imbricada nas outras áreas
que apontam caminhos para esse trabalho, sugerimos o texto dos
de conhecimento. Então, esse ensino apenas será completo se hou-
Parâmetros curriculares nacionais de matemática do Ensino Médio:
ver um trabalho interdisciplinar na escola. Cabe aqui uma reflexão
“Rumos e desafios para o ensino na área”, p. 95-110.
sobre o trabalho interdisciplinar, de acordo com o professor Nílson
José Machado: Cabe ainda ressaltar que a Matemática, devido à sua univer-
salidade de quantificar e de expressar, entendida, portanto, como
Interdisciplinaridade: consenso
linguagem, incorpora uma característica única.
Já há algum tempo, no entanto, interdisciplinaridade tem sido uma
Nesse segmento de ensino, momento em que a abordagem das
palavra-chave na discussão da forma de organização do trabalho escolar
Ciências tem um caráter mais elaborado e abstrato, a Matemática
ou acadêmico. Dois fatos parecem estar diretamente relacionados com tal
fornece instrumentos que favorecem a compreensão de vários fe-
emergência. nômenos. Contudo, há Matemática impregnada em quase todas as
Em primeiro lugar, uma fragmentação crescente dos objetos do co- atividades da vida atual (na informática, na música, no comércio, na
nhecimento nas diversas áreas, sem a contrapartida do incremento de uma meteorologia, na medicina, nas comunicações etc.), permitindo às
visão de conjunto do saber instituído, tem-se revelado crescentemente pessoas codificar, ordenar, criar e analisar índices ou taxas, avaliar e
desorientadora, conduzindo certas especializações a um fechamento no interpretar dosagens etc.
discurso que constitui um óbice na comunicação e na ação. Também devemos considerar que a Matemática entendida
Em segundo lugar, parece cada vez mais difícil o enquadramento de como ciência desenvolve os processos de construção e validação
fenômenos que ocorrem fora da escola no âmbito de uma única disciplina. de conceitos, elaboração e refutação de argumentações, e as ha-
Hoje, a Física e a Química esmiúçam a estrutura da matéria; a entropia é um bilidades de generalizar, relacionar e concluir contribuindo para o
conceito fundamental na Termodinâmica, na Biologia e na Matemática da estabelecimento de relações e para a interpretação de fenômenos

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e informações. As competências formadas por essa disciplina, por- 5. O trabalho com o livro
tanto, não se limitam a descrever uma situação, mas abrangem a
elaboração de modelos, propondo soluções. No Ensino Fundamental, os alunos tiveram contato com vários
campos do conhecimento matemático. No Ensino Médio, espera-se
Isso posto, espera-se que o desenvolvimento da Matemática
que estejam em condições de utilizar e enriquecer esses conheci-
incorpore habilidades globais para o desenvolvimento do aluno, mas
mentos, desenvolvendo de modo mais amplo capacidades como
também compartilhe com as outras disciplinas a responsabilidade de
abstrair, investigar, analisar e compreender os fatos matemáticos e
desenvolver habilidades de raciocínio e expressão de pensamento.
interpretar a própria realidade.
Esse trabalho, feito de forma coordenada, permitirá que o aluno
desenvolva as competências que são esperadas. É importante ainda que percebam que as verdades matemáticas
(não sendo definição nem postulado) podem ser demonstradas.
Não defendemos que todos os teoremas devam ser demonstrados
3. apresentação DA obra em sala de aula, mas que alguns o sejam, para que o aluno com-
preenda o significado de uma demonstração e o método da ciência
Esta obra traz uma seleção de tópicos programáticos fundamen-
matemática.
tais à disciplina, utilizando uma linguagem clara, objetiva e fundada
no rigor conceitual. As atividades propostas nas seções Exercícios propostos e Exer-
cícios complementares, por serem bastante diversificadas, podem
Para começar cada novo capítulo, nas aberturas, apresentamos
ser desenvolvidas individualmente, em duplas ou em grupos, de
recursos visuais e textuais diferenciados para despertar o interesse do
acordo com a finalidade didática e características de cada turma. O
aluno, buscando ainda levantar seus conhecimentos prévios.
trabalho em grupo favorece a comunicação oral, a argumentação
A apresentação da teoria, a escolha das introduções, das ativi- e a troca de experiências.
dades e aplicações no desenvolvimento dos exercícios resolvidos, o
Para complementar o desenvolvimento do estudo e as atividades
estabelecimento gradual da terminologia matemática e de outros
propostas no livro do aluno, inserimos textos e atividades extras no
procedimentos visam facilitar a compreensão dos assuntos pelo alu-
Suplemento de cada volume. São jogos, textos informativos sobre
no. Isso, porém, não significa que optamos pela exclusão de situações
história da Matemática, estratégias e outros recursos a serem traba-
mais complexas, mas sim que sua inclusão foi criteriosa.
lhados em sala de aula a critério do professor.
Todos os capítulos trazem Exercícios propostos, distribuídos ao
Ainda, oferecemos ao professor textos que propõem uma refle-
longo do texto explicativo e, ao final, uma seção de Exercícios com-
xão metodológica, com exemplos, implicações e recursos práticos
plementares, para fixação e revisão dos conteúdos.
para o dia a dia, que objetivam dar suporte ao desenvolvimento do
Sugerimos, ainda, um Roteiro de trabalho, proposto para grupos
trabalho com cada turma, ainda que, certamente, não tenham a
de dois ou mais alunos, cujo objetivo é revisar os aspectos mais
pretensão de esgotar os assuntos.
importantes de cada tópico e o desenvolvimento da habilidade de
Outro aspecto importante trabalhado no livro do aluno refere-
comunicação em Matemática.
se à comunicação matemática, que pode ser apresentada como
Os Exercícios complementares podem ser desenvolvidos conforme
relato escrito ou oral, registro ou expressão. Pode-se também
as características de cada turma e as necessidades didáticas, por
explorar a seção Matemática sem fronteiras, trabalhando-a como
exemplo, como: tarefa extraclasse, revisão do conteúdo trabalhado,
tema de pesquisa ou como problematização do texto. Destacamos
fonte de exercícios para uma recuperação paralela ou reforço do con-
ainda a relevância de estimular os alunos a falar, ler e escrever
teúdo desenvolvido. Seu objetivo primordial, no entanto, é verificar o
sobre assuntos matemáticos. Um recurso adequado para isso é
aprendizado, pois permitem avaliar se os alunos compreenderam os
trabalhar com notícias de jornais, revistas ou retiradas de sites
conteúdos conceituais e assimilaram os procedimentos envolvidos.
da internet.
Alguns capítulos apresentam a seção Matemática sem fronteiras,
que traz um texto sobre uma aplicação prática do assunto desenvol-
vido no capítulo. Essa seção tem dois objetivos: primeiro, contex- 6. avaliação e refLexões
tualizar a teoria matemática por meio de situações reais; segundo,
despertar a curiosidade do aluno para aplicações mais elaboradas. A avaliação é um instrumento fundamental para se obter infor-
Se considerar os temas dessa seção relevantes para a comunidade mações sobre o andamento do processo de ensino-aprendizagem.
onde a escola se situa, sugerimos promover uma discussão com os E para avaliar esse processo, é preciso que os momentos de avaliação
alunos, levantando situações relacionadas que eles conheçam. não se restrinjam ao final de cada bimestre. Somente o diagnóstico
contínuo possibilita a reformulação de procedimentos e estratégias,
visando o sucesso efetivo do estudante.
4. Objetivos da obra Ao longo do curso, muitas oportunidades de observação e ava-
• Estabelecer ligações entre o estágio de aprendizado do liação surgem e podem ser aproveitadas para isso. A identificação
Ensino Médio e os conhecimentos adquiridos no Ensino do conhecimento prévio do aluno, proposto na abertura de cada
Fundamental. capítulo, por exemplo, pode ser um bom início de uma avaliação.
Além disso, no decorrer do trabalho com o conteúdo do capítulo,
• Apresentar os rudimentos do pensamento científico. pontuar, registrar e relatar procedimentos comuns, relevantes e
• Propiciar a compreensão da evolução do pensamento cientí- diferentes contribuem para melhor avaliar o aluno. Acompanhar
fico por meio da ampliação de conceitos e/ou da construção a resolução de atividades e as produções orais e escritas da turma
de objetos abstratos. possibilita a criação de perfis e a percepção sobre quais aspectos
• Ampliar as possibilidades de representações, por meio da devem ser reforçados no ensino, quais conteúdos e habilidades
linguagem matemática, exercitando: a construção de esque- convêm privilegiar e quais assuntos podem ser avançados.
mas, tabelas e gráficos; as argumentações lógicas; o uso de Para obter informações sobre a apreensão de conteúdos pelos
expressões algébricas etc. estudantes, pode-se observar: a compreensão conceitual, a leitura
e a interpretação do texto matemático e as atitudes (hesitante,
• Fornecer embasamento científico para a tomada de decisões,
alheio, preocupado com as questões sociais e ambientais, con-
por meio de análises de dados.
fiante, interessado etc.) na resolução das atividades. Também
• Exercitar a visão tridimensional. pode ser útil verificar se o aluno faz perguntas, se participa

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das atividades e trabalhos em grupo, se é cooperativo com os somente o que ele não sabe? Qualquer produção, seja aquela que apenas
colegas, se argumenta com justificativas coerentes para defender repete uma resolução-modelo, seja a que indica a criatividade do estudante,
suas opiniões. tem características que permitem detectar as maneiras como o aluno pensa
Além de empregar esses recursos, podem-se criar outras opor- e, mesmo, que influências ele traz de sua aprendizagem anterior, formal
tunidades de avaliação, por exemplo: ou informal. Assim, analisar as produções é uma atividade que traz para o
• solicitar que o aluno explique, na lousa ou oralmente, exer- professor e para os alunos a possibilidade de entender, mais de perto, como
cícios, resoluções de problemas ou ainda textos lidos em se dá a apropriação do saber pelos estudantes.
sala de aula; A análise das respostas, além de ser uma metodologia de pesquisa, pode
• propor que o aluno faça estimativas de cálculo para a solução ser também enfocada como metodologia de ensino, se for empregada em
de uma situação-problema; sala de aula como “trampolim para a aprendizagem” [...], partindo dos erros
detectados e levando os alunos a questionar suas respostas para construir
• propor que o aluno elabore, individualmente ou em grupo,
o próprio conhecimento.
uma atividade ou situação-problema para o colega resolver,
individualmente ou em grupo. Assim, a análise das produções dos estudantes não é um fato isolado
na prática do professor; ela é – ou deveria ser – um dos componentes dos
Essas estratégias auxiliam a avaliar a coerência da argumentação
planos pedagógicos das instituições e dos planos de aula dos docentes,
e do pensamento matemático do aluno, a adequação das situações-
-problema criadas e do que é exigido na sua resolução. levando em conta os objetivos do ensino de cada disciplina.
Muitos e importantes autores tratam do tema avaliação em seus
estudos pedagógicos. Em seu livro Avaliar para promover: as setas do Essa introdução às ideias da autora nos possibilita refletir um pou-
caminho (Porto Alegre: Mediação, 2001), Jussara Hoffmann discute co sobre o tratamento dado ao erro. Habitualmente, ele é associado
aspectos relacionados à avaliação do ensino e da aprendizagem. No ao fracasso escolar, mas seria mais apropriado abordá-lo como mais
capítulo 4, “Avaliação e mediação”, a autora afirma: um instrumento de aprendizagem e reflexão disponível ao professor.
Entre outras estratégias a serem empregadas para trabalhar com
o erro em sala de aula, podem-se propor discussões com a turma

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Quando se desenvolve um processo mediador de avaliação, não há como
sobre as causas de determinado tipo de erro ter aparecido com mais
prever todos os passos e tempos desse processo, pois as condições e ritmos frequência. Dessa maneira, estimula-se o levantamento de dúvidas
diferenciados de aprendizagem irão lhe conferir uma dinâmica própria. comuns entre os alunos e seu esclarecimento, favorecendo a apren-
As novas concepções de aprendizagem propõem fundamentalmente dizagem daquele conteúdo. Outro recurso seria dividir a turma em
situações de busca contínua de novos conhecimentos, questionamento e grupos, entregando a cada um algumas situações-problema resol-
crítica sobre as ideias em discussão, complementação através da leitura de vidas de maneira errada. Caberia aos alunos identificar o que está
diferentes portadores de texto, mobilização dos conhecimentos em variadas errado e fazer a correção. Em seguida, os grupos exporiam a situação-
situações-problema, expressão diversificada do pensamento do aprendiz. problema que receberam e sua solução. Caberia aos demais grupos
Nesse sentido, a visão do educador / avaliador ultrapassa a concepção de verificar a correção da resolução e propor outra, justificando-a, caso
alguém que simplesmente “observa” se o aluno acompanhou o processo a apresentada não estivesse correta. Essas atividades, de simples apli-
e alcançou resultados esperados, na direção de um educador que propõe cação em sala de aula, podem proporcionar resultados significativos
ações diversificadas e investiga, confronta, exige novas e melhores soluções para o processo de aprendizagem dos estudantes.
a cada momento. Dentro do exercício da docência, espera-se ainda que o professor,
ao analisar a frequência com que determinados erros vêm ocorrendo
(em um grupo de alunos ou, até mesmo, em várias turmas), reflita
Assim, pode-se afirmar que a avaliação deve ser um processo,
sobre sua prática docente e pense como poderá retomar e condu-
não uma série de obstáculos a serem vencidos. As provas escritas,
zir o desenvolvimento do conteúdo em que os alunos apresentam
quando atendem aos objetivos dos conteúdos, são meios adequados
dificuldades. É importante lembrar que o professor não está sozinho
para examinar o domínio dos procedimentos, a interpretação de
no processo de ensino-aprendizagem, e que há outros profissionais
texto, a compreensão conceitual e o entendimento de contextos.
na escola que poderão contribuir com um trabalho didático que
Mas mesmo esse tipo de avaliação, muito comum no cotidiano
auxilie os alunos e/ou as turmas a superar suas dúvidas, colaborando
escolar, pode ser utilizado como um momento de aprendizagem,
com visões e ideias diferentes, ou mesmo com uma proposta de
pois permite a percepção dos avanços e dificuldades dos alunos em
trabalho em conjunto.
relação ao conteúdo avaliado. Com esse propósito, também pode
ser bastante interessante promover a aplicação de provas elaboradas
pelos próprios alunos, em duplas ou em grupos. A correção dessas Autoavaliação
provas seria feita pelos próprios alunos, que trocariam de prova com Além do processo de avaliação promovido pelo professor, é de
o colega, sob a supervisão do professor. O fato de serem requisitados fundamental importância que o aluno realize, pelo menos, uma
a “trocar de lugar” com o professor pode proporcionar momentos autoavaliação bimestral. O objetivo desse instrumento de avaliação
produtivos de reflexão sobre o que eles esperam do curso de Ma- é verificar a visão que o aluno tem de si mesmo, como pensa seu
temática no Ensino Médio e como “se veem” como produtores de processo de aprendizagem e se consegue estabelecer estratégias para
conhecimento. avançar nos conteúdos. Deve-se ressaltar que cada aluno poderá
Outro ponto importante a ser discutido quando tratamos de obter ajuda, com o auxílio do professor e dos colegas.
avaliação é abordar o erro e seu papel no processo de aprendiza- A seguir, sugerem-se alguns modelos de ficha de autoavaliação,
gem. Conforme Helena de Noronha Cury, em seu livro Análise de que podem ser adaptadas de acordo com seu interesse.
erros: o que podemos aprender com as respostas dos alunos (Belo a) Ficha para acompanhamento da resolução de situações-
Horizonte: Autêntica, 2007): -problema.
Essa ficha pode ser preenchida em sala de aula, após verifi-
Ao corrigir qualquer prova, teste ou trabalho de Matemática, muitas car se os alunos compreenderam seu objetivo e os critérios
vezes, o professor costuma apontar os erros cometidos pelos alunos passando estabelecidos. É importante pedir à turma sugestões sobre
pelos acertos como se estes fossem esperados. Mas quem garante que os como um aluno pode melhorar seu desempenho no item
acertos mostram o que o aluno sabe? E quem diz que os erros evidenciam avaliado.

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Ficha de autoavaliação de resolução de problemas
Nome do aluno: Sempre Às vezes

Leio, compreendo o texto, identifico os dados principais do problema e consigo


resolvê-lo.

Tenho dificuldade para compreender o texto do problema, mas identifico os dados


principais e tento resolvê-lo, porém, se não consigo, procuro ajuda.

Tenho muita dificuldade para compreender o texto e identificar os dados principais do


problema. Só consigo resolvê-lo quando peço ajuda.

Tenho muita dificuldade para compreender o texto e identificar os dados principais do


problema e não peço ajuda para resolvê-lo.

Não compreendo o texto, não identifico os dados principais do problema e não me


interesso em pedir ajuda para resolvê-lo.

Observe quantas vezes você assinalou “Sempre” e “Às vezes”.


Como você analisa as respostas mais frequentes? O que elas representam para você?
Agora, escreva em uma folha avulsa se você está satisfeito com o seu desempenho na resolução de problemas e o que pretende fazer
para avançar na aprendizagem.

b) Ficha para acompanhamento de desenvolvimento de atitudes.


Uma ficha de autoavaliação para acompanhamento das atitudes diante do processo de aprendizagem também pode ser proposta
para os estudantes. É importante discutir com eles quais atitudes consideram mais adequadas para o processo de aprendizagem e
se uma mudança de conduta pode trazer benefícios para a produtividade de cada um.

Ficha de autoavaliação de atitudes diante do processo de aprendizagem


Nome do aluno: Sempre Às vezes

Presto atenção nas aulas e estudo em casa.

Presto atenção nas aulas, mas não vejo necessidade de estudar em casa.

Converso bastante com meus colegas, mas procuro estudar em casa.

Converso durante as aulas e não estudo em casa.

Gosto de desafios e procuro resolvê-los.

Verifico se a solução que encontrei para o exercício é a correta.

Tento resolver um exercício, mesmo que o considere difícil e trabalhoso.

Comparo minhas resoluções às dos colegas e gosto de conversar sobre como eles
resolvem os exercícios.

Resolvo os exercícios e não acho necessário saber como os colegas os resolvem.

Não tento resolver os exercícios, prefiro pedir ajuda.

Não tento resolver os exercícios e não peço ajuda.

Observe quantas vezes você assinalou “Sempre” e “Às vezes”.


Como você analisa as respostas mais frequentes? O que elas representam para você?
Agora, escreva em uma folha avulsa se você está satisfeito com as suas atitudes de aprendizagem e o que pretende fazer para mudá-las,
se julgar necessário.

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7. Sugestões de leitura para solucionar e seus desenvolvimentos sucessivos, por uma
o professor ótica mais abstrata e abrangente. Embora explore conquistas
da Matemática mais avançadas, boa parte do livro envolve
Conteúdo matemático conhecimentos mais básicos, desenvolvidos da mesma forma
aprofundada e envolvente.
BUSSAB, Wilton; MORETTIN, Pedro. Estatística básica. 5. ed. São
Paulo: Saraiva, 2003. LIMA, Elon Lages et al. A Matemática do Ensino Médio. Rio
O livro é voltado para diversos cursos do Ensino Superior. Há de Janeiro: Sociedade Brasileira de Matemática, 1996. v.1.
porém muitos tópicos que podem ser aproveitados para o (Coleção do Professor de Matemática.)
Ensino Médio. O livro é dividido em três partes: a primeira O livro refere-se ao programa do 1o ano do Ensino Médio e
trata da análise de dados unidimensionais e bidimensionais, aos tópicos preliminares. Aborda conjuntos, números e fun-
especialmente os métodos gráficos; a segunda explora os ções. A ideia central é mostrar como conceitos abstratos da
conceitos básicos de probabilidade e variáveis aleatórias; a Matemática servem de modelos para situações concretas.
terceira aborda tópicos especiais de inferência estatística. Segundo o autor: “as aplicações aqui sugeridas despertam
Para facilitar a fixação dos conceitos pelos estudantes, além o interesse, justificam o esforço, exibem a eficiência e a uti-
da inclusão de novos exemplos, as aplicações imediatas vêm lidade dos métodos da Matemática mas, por outro lado, só
logo após as seções teóricas. Em todos os capítulos há uma podem ser levadas a bom termo se contarem com uma base
seção que ensina a aplicar a teoria por meio de pacotes conceitual adequada”.
computacionais. LINDQUIST, M. M.; SHULTE, A. P. (Org.). Aprendendo e ensi-
CARIBÉ, Carlos; CARIBÉ, Roberto. Introdução à computação. São nando Geometria. São Paulo: Atual, 1994.
Paulo: FTD, 1996. Coletânea de 20 artigos, com muitas sugestões sobre tópi-
O livro trata da evolução do tratamento da informação e cos especiais de Geometria. Aborda modos de incentivar
mostra a trajetória de algumas inovações tecnológicas, como os alunos a resolver problemas associando essa área do

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
as primeiras máquinas de calcular e várias gerações de com- conhecimento matemático a outros conteúdos e outras
putadores. Aborda também o hardware, descrevendo a estru- ciências. A obra preocupa-se em explorar as dificulda-
tura associada ao funcionamento do computador, deten- des de aprendizagem que os alunos apresentam e o que
do-se em noções matemáticas, como o sistema binário e poderia ser feito para transformar em desafios instigantes
a álgebra de Boole. Explica o funcionamento do software, e agradáveis o que tem sido visto como barreiras penosas
apresentando diversas linguagens, como Fortran, COBOL, e desinteressantes.
Basic, e como são os softwares básicos, utilitários e aplicati- PARENTE, Eduardo; CARIBÉ, Roberto. Matemática comercial
vos, dedicando uma parte à internet. Trata ainda da progra- e financeira. São Paulo: FTD, 1992.
mação e de algoritmos e fluxogramas. Os autores salientam a importância prática da Matemática
CARVALHO, Maria Cecília Costa e Silva. Padrões numéricos e comercial e financeira na vida das pessoas e defendem que
sequências. São Paulo: Moderna, 1997. seu ensino não fique restrito às escolas técnicas e profissio-
nalizantes. O livro trata de números proporcionais, grande-
O livro valoriza a observação e a inferência sobre padrões,
zas proporcionais, sistema de capitalização simples e finan-
sejam aritméticos, algébricos, sejam geométricos. Apresenta
ciamentos. Cada capítulo apresenta a parte conceitual em
vasta gama de padrões presentes na natureza e nas cons-
pequenos textos, muitas vezes com situações do contexto
truções humanas. A exploração dos conteúdos matemáticos
social, seguidos de exercícios resolvidos e de exercícios pro-
associados é feita de modo adequado e consistente, como no
postos, com as respectivas respostas.
caso de sequências aritméticas finitas e infinitas, sequências
geométricas, números de Fibonacci. Aborda ainda conheci- Educação matemática
mentos históricos pertinentes e interessantes.
ARAÚJO, F. Ulisses. Temas transversais e a estratégia de proje-
CASTRUCCI, Benedito. Lições de Geometria plana. São Paulo: tos. São Paulo: Moderna, 2003.
Nobel, 1976. O livro trata da transversalidade e de sua relação com temá-
Livro didático sobre Geometria plana, usado no ensino supe- ticas que perpassam vários campos de conhecimento. Na
rior. Composto de quatro capítulos que abordam: o estudo escola, devem ser exploradas temáticas contextualizadas
da reta e os segmentos e postulados relacionados; retas, tri- de interesse da maioria dos alunos, vinculadas à busca de
ângulos, polígonos e equivalências; circunferência e seus ele- uma vida digna, abordando temas como saúde, ética, meio
mentos, posições relativas entre circunferências, entre retas e ambiente, entre outros. No último capítulo, o autor apresenta
circunferências, ângulos na circunferência e polígonos regu- um exemplo de um projeto desenvolvido em sala de aula de
lares; conceitos e resultados relativos a grandezas geométri- 4a série do Ensino Fundamental I (atual 5o ano), corporifi-
cas, segmentos proporcionais, polígonos semelhantes, áreas cando as ideias de transversalidades defendidas no livro.
poligonais. Inclui também relações métricas no triângulo,
CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos fundamentais da
na circunferência e nos polígonos regulares, comprimentos
Matemática. Lisboa: Sá da Costa, 1989.
e áreas no círculo. Traz também demonstrações.
No prefácio, o autor destaca dois aspectos usuais da aborda-
COURANT, Richard; ROBBINS, Herbert. O que é Matemática? gem da Matemática. Um é o dos livros didáticos, que enca-
Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2000. deiam os assuntos, ignorando as contradições – no caso, a
O livro faz uma ampla abordagem do conhecimento mate- Matemática é considerada como uma ciência à parte, des-
mático, incluindo tópicos sobre números, álgebra, constru- ligada da realidade. O outro é o do desenvolvimento histó-
ções geométricas, transformações geométricas, geometria rico, cujos fundamentos mergulham em problemas e neces-
não euclidiana, topologia, cálculo. Os autores situam com sidades da vida real. Na obra, o autor opta pela segunda
clareza as origens das teorias, os problemas que visavam abordagem, vinculada a problemas, investigações, hipóteses,

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experimentações, tentativas de contraexemplos e de provas tridimensional usual e curvo, explorando ainda o espaço
formais. curvo de quatro dimensões; trata ainda da relatividade entre
CARRAHER, David. Senso crítico. São Paulo: Pioneira, 1983. o espaço e o tempo; “Microcosmos”, que estuda a estru-
Embora o livro explore o senso crítico nas ciências sociais, tura intrínseca da matéria e a natureza das transformações
esse estudo pode ser extrapolado para outras áreas, pois é químicas, desvendando moléculas e átomos, discutindo
útil à formação dessa competência em todas as pessoas. Um também a natureza e as propriedades das partículas ele-
dos objetivos da obra é ajudar o estudante a pensar com cri- mentares, os processos de fusão e fissão; “Macrocosmos”,
ticidade, explicitando sua argumentação de maneira lógica. que discute as concepções antigas do universo. Desenvolve
O autor define como um indivíduo dotado de senso crítico conhecimentos sobre as galáxias, os limites do conheci-
aquele “que possui a capacidade de analisar e discutir proble- mento, as origens do universo, o caos inicial e o universo
mas inteligente e racionalmente, sem aceitar, de forma auto- em expansão.
mática, suas próprias opiniões ou opiniões alheias”. Também KRULIK, Stephen; REYS, Robert E. (Org.). A resolução de pro-
propõe exercícios ao leitor, que permitem exercitar sua com- blemas na Matemática escolar. São Paulo: Atual, 1997.
preensão das ideias desenvolvidas, com anexo de soluções. Trata-se de uma coletânea de 22 artigos. O primeiro, de
CARRAHER, Terezinha Nunes (Org.). Aprender pensando. 16. Polya, afirma que resolver problemas é a realização espe-
ed. Petrópolis: Vozes, 2002. cífica da inteligência humana, e que todo professor deveria
A finalidade do livro é propor estratégias para ensinar pen- fazer o máximo possível para desenvolver essa habilidade
sando. São apresentados cinco textos, de autores diferentes. em seus alunos. O segundo texto também apresenta uma
Quatro deles referem-se à aprendizagem da Matemática. O fundamentação para o tema, abordando a resolução de pro-
primeiro texto – “Educação tradicional e educação moderna” blemas como meta, processo e habilidade básica. O livro
– , de David William Carraher, faz uma contraposição entre apresenta também vários artigos propondo metodologias,
o ensino tradicional e o baseado no modelo cognitivo do incluindo sugestões e estratégias que capacitam melhor os
alunos a abordar, entender, formular e resolver problemas,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

conhecimento. O segundo texto, “O desenvolvimento


mental e o sistema numérico decimal”, de Terezinha Nunes usando linguagens ilustradas, calculadora e outros recursos;
Carraher, aponta certas ambiguidades em verbalizações traz ainda estratégias que exploram matemática recreativa,
numéricas e complicações do sistema decimal, valorizando simetrias na resolução de problemas etc.
métodos próprios de pensar e resolver dos alunos, antes de KUENZER, Acácia (Org.). Ensino Médio: construindo uma pro-
chegarem à sistematização da Matemática da sala de aula. posta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez,
O terceiro texto, “As operações concretas e a resolução de 2001.
problemas de Matemática”, de Analucia Dias Schliemann, O propósito da obra é apresentar elementos que permitam
dá ênfase às fases do desenvolvimento cognitivo. O quarto aos profissionais da educação construírem um novo projeto
texto, “Iniciação ao conceito de fração e o desenvolvi- político-pedagógico para o Ensino Médio. Os vários artigos
mento da conservação de quantidade”, de José Maurício de fazem uma abordagem panorâmica do ensino, enfocando
Figueiredo Lima, explora uma das origens da fração, situada também as mudanças no mundo do trabalho, que altera-
na divisão de terras no Egito. O autor opta pela abordagem ram a formação dos trabalhadores, tornando essencial uma
de divisão de figuras, enfatizando a conservação da área, sólida educação geral, cabendo ao Ensino Médio o desafio de
como pré-requisito à noção de fração. se democratizar e de articular as formações científica, sócio-­
CHERVEL, A. História das disciplinas escolares: reflexões -histórica e tecnológica.
sobre um campo de pesquisa. In: Teoria & Educação. LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar. São
n. 2. Porto Alegre: Pannonica, 1990. Paulo: Cortez, 2000.
O autor aborda a história das disciplinas e a questão da liber- O livro apresenta um panorama geral de contextos e abor-
dade pedagógica da escola e do professor, que, empenhado dagens relacionados à avaliação da aprendizagem, incluindo
em implantar as próprias formas de conhecimento, de racio- focos como a pedagogia de provas e exames; a avaliação
cínio, de expressão, vive em tensão com o grupo. Destaca articulada a concepções duais de educação, como conserva-
os aspectos de precaução e lentidão na instauração de uma dora ou transformadora, domesticadora ou humanizadora;
disciplina e discute a influência da transformação social e da e ainda o erro como fonte de castigo ou como diagnóstico
cultura do público escolar na escolha e evolução das disci- e propulsor de avanço, a articulação necessária entre: con-
plinas. A sociedade impõe à escola suas finalidades e influi cepção de educação, proposta pedagógica, planejamento,
na criação das disciplinas, que são embasadas nas políticas execução e avaliação. Desenvolve a ideia de avaliação não
educacionais e nos programas de estudo. As disciplinas são como um julgamento definitivo, mas destinada ao diagnós-
o meio de que a sociedade se serve para poder transmitir sua tico e à inclusão do aluno.
cultura no contexto da escola. MORAN, José Manuel; MASSETO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda
GAMOW, George. Um, dois, três... infinito. Rio de Janeiro: Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica.
Zahar, 1962. Campinas: Papirus, 2000.
O livro procura reunir os mais interessantes fatos e teorias Composto de três capítulos, um de cada autor. No pri-
da ciência moderna, dando ao leitor uma visão microscó- meiro, “Ensino e aprendizagem inovadores com tecnolo-
pica e macroscópica do universo. Organizado em quatro gias audiovisuais e telemáticas”, o autor aborda os proble-
partes: “Brincando com números”, que apresenta casos e mas do ensino e a educação com qualidade. O segundo,
histórias interessantes sobre o conhecimento e a magnitude “Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma
dos números naturais, as sucessivas ordens de infinito, os diferente”, destaca o papel da educação na formação de um
números imaginários etc.; “Espaço, tempo & Einstein”, que profissional competente e também de um cidadão crítico,
aborda dimensões e coordenadas, considerando o espaço autônomo e criativo. O terceiro, “Mediação pedagógica

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e o uso da tecnologia”, trata do uso da tecnologia como cuja referência fundamental foi a psicolinguística. Critica o
mediação pedagógica. uso do termo competência sem um conteúdo próprio. O
PERRENOUD, Phillipe. Dez novas competências para ensinar. livro ainda aborda a questão dos saberes e competências no
Porto Alegre: Artmed, 2000. mundo do trabalho, nas ciências cognitivas e a sociologia
O livro privilegia várias práticas utilizadas na escola, entre as das competências.
quais a prática reflexiva, a profissionalização, o trabalho em RUÉ, Joan. O que ensinar e por quê? Elaboração e desenvolvi-
equipe, as pedagogias diferenciadas. O autor define compe- mento de projetos. São Paulo: Moderna, 2003.
tência como uma capacidade de mobilizar diversos recursos O livro trata dos currículos escolares, da influência acadê-
cognitivos para enfrentar uma situação, desenvolvendo ideias mica que sofrem e de certa inadequação que apresentam
sobre competências profissionais para ensinar. São também diante do conhecimento e condições do mundo atual.
desenvolvidas considerações e sugestões para a administra- Perante a ampla oferta de informações de hoje, a proposta
ção da heterogeneidade de uma turma, incluindo coopera- institucional parece ser ainda bastante restrita. O autor arti-
ção entre os alunos e trocas de experiências de aprendiza- cula o problema com a atuação do professor, suas deci-
gem entre eles. sões e a margem disponível para isso. O autor defende que
PERRENOUD, Phillipe. Pedagogia diferenciada: das intenções à sejam oferecidas ao aluno mais experiências de aprendiza-
ação. Porto Alegre: Artmed, 2000. gem, incluindo diversificação e o mundo do trabalho. Nesse
O autor aborda as associações entre contextos ou entre sentido, o modelo gerador do planejamento de ensino deve
domínios, que são a base para a transferência de conheci- selecionar os conteúdos visando a promoção de oportuni-
mentos, devendo fazer parte dos conhecimentos transmi- dade de desenvolvimento pessoal.
tidos pela escola. O autor cita práticas que podem desen- TAILLE, Yves de L. A indisciplina e o sentimento de vergo-
volver a capacidade de transferência, entre elas: reconstruir nha”. In: AQUINO, Julio Groppa (Org.). Indisciplina na
objetivos, conteúdos e avaliação, aproximando-os de com- escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus,

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
petências utilizáveis; propor tarefas e situações que prepa- 1996.
rem e exercitem a transferência. Trata ainda da distância O autor trata da indisciplina sob o prisma da moralidade
cultural na relação com o saber. Discute o problema de e do sentimento de vergonha. Uma autoimagem positiva
transformar os programas, para diminuir a distância que os é uma tendência vital, sendo a vergonha sempre temida
separam das famílias populares, o que pode ser feito, por e motivadora de escolha de condutas. O autor discute a
exemplo, por situações de aprendizagem adequadas e per- relação entre vergonha, moral e conduta, uma abordagem
cursos individualizados, dependendo também da maneira relevante para os dias atuais, em que os limites entre público
como o professor encara e organiza o currículo e o traba- e privado se tornaram bastante tênues. Análises sobre nossa
lho escolar. sociedade apontam o declínio do homem público, a valori-
RIOS, Terezinha Azeredo. Compreender e ensinar: por uma zação individual da esfera íntima, interessando a cada um
docência da melhor qualidade. São Paulo: Cortez, 2001. mais seu grupo de amigos do que a sociedade, o que res-
tringe o espaço da moralidade. Existe sempre um vínculo
A autora destaca a prática educativa relacionando-a à
entre disciplina em sala de aula e moral. Ambas colocam
Filosofia — reflexão que busca compreender a realidade e a
em jogo a relação do indivíduo com um conjunto de
didática. Para a autora, a tarefa fundamental da educação,
normas. Vários atos de indisciplina centram-se no desrespeito
ao construir, reconstruir e socializar o conhecimento, é for-
– pelo colega, pelo professor, pela instituição e o espaço
mar cidadãos, pessoas que possam atuar criativamente no
escolar, fator que preocupa muito os educadores.
contexto social e exercer seus direitos com competência,
que pode ser definida como saber fazer bem o que é dese-
jável e necessário no espaço de cada profissão. A autora
História da Matemática
comenta as dimensões técnica, estética, ética e política da
competência. Por fim, associa cidadania à felicidade, usando BAUMGART, John K. Álgebra. São Paulo: Atual, 1992. (Tópicos
o termo “felicidadania”, afirmando que essa associação se de história da Matemática para uso em sala de aula. v. 4.)
dá à medida que o exercício da cidadania é possibilitador O livro divide a história da Álgebra em duas fases: Álgebra
da experiência da felicidade. antiga ou elementar, que é o estudo de equações e méto-
ROPÉ, F.; TANGUY, l. (Org.). Saberes e competências: o uso de tais dos de resolvê-las, e Álgebra moderna, também motivada
noções na escola e na empresa. Campinas: Papirus, 1997. por soluções de equações, mas que levou ao estudo das
As autoras partem das reformas escolares realizadas na estu- estruturas matemáticas, tais como grupos, anéis e corpos.
tura organizacional e no currículo, ocorridas na França por O livro inclui também pequenos textos detalhando resulta-
volta de 1980, motivadas pela evolução dos conhecimen- dos algébricos significativos na construção da história dessa
tos e de novas relações entre escola e sociedade. Com base ciência.
em alguns aspectos das escolas técnicas, deu-se relevância BOYER, Carl B. Cálculo. São Paulo: Atual, 1992. (Tópicos de his-
à pedagogia dos objetivos, que visa formar competências, tória da Matemática para uso em sala de aula. v. 6)
sendo destacado o papel da avaliação, no qual o instru- A coleção salienta que a Matemática sempre esteve entrela-
mento dos descritores visa definir resultados a serem atin- çada com a história da civilização, sendo uma das alavancas
gidos em cada série e ciclo do universo escolar, contendo principais das transformações humanas. A primeira parte do
uma visão democrática de igual chance para todos. No pri- texto apresenta uma visão ampla do desenvolvimento histó-
meiro texto, a autora pondera sobre os riscos de perda de rico do cálculo; a segunda é formada por episódios impor-
sentido inerentes a esses processos de racionalização. Outra tantes da história do cálculo.
autora explora a questão do ensino da língua materna, o BOYER, Carl B. História da Matemática. 2. ed. São Paulo:
francês, nessa trajetória escolar dos saberes à competência, Edgar Blücher, 1999.

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A apresentação menciona que todo o conhecimento dispo- -história, na Mesopotâmia, e são identificados nas primei-
nível atualmente, inclusive o que nos parece trivial, resultou ras sequências numéricas relacionando comprimentos de
de esforço, erros, tentativas, discussões e trocas de experiên- sombras com horas do dia (que constituem a forma embrio-
cias. É um livro destinado a leigos, professores e estudantes. nária do conceito de função). Na segunda parte do livro,
Em 28 capítulos, o desenvolvimento da Matemática é mos- composta de pequenos textos, são abordados, entre outros
trado e contextualizado historicamente desde suas origens temas, o Almagesto, do grego Ptolomeu, em 13 volumes,
até o século XX. tratando do sistema ptolomaico, duração do ano, movi-
DAVIS, Harold T. Computação. São Paulo: Atual, 1992. mento do Sol, eclipses e resultados matemáticos como uma
(Tópicos de história da Matemática para uso em sala de tábua de cordas (que é aproximadamente uma tábua de
aula. v. 2.) senos), para ângulos de ½° a 180°, e ainda fórmulas equi-
O título, Computação, refere-se a todas as maneiras de calcu- valentes ao seno de diferença de dois ângulos ou ao seno
lar usadas pela humanidade: objetos concretos, dedos, escri- do ângulo metade.
tas, ábacos, máquinas de calcular e computadores. O livro
Documentos oficiais
descreve as necessidades humanas por números e cálculos,
partindo de atividades da vida cotidiana e da astronomia, Os documentos oficiais citados trazem orientações sobre meto-
abordando a evolução desses cálculos. dologia, alternativas didático-pedagógicas e subsídios teóri-
EVES, Howard. Geometria. São Paulo: Atual, 1992. (Tópicos cos e práticos voltados à educação brasileira e ao ensino da
de história da Matemática para uso em sala de aula. v. 3.) Matemática, destacando as novas tendências para essa área do
As origens da Geometria são muito remotas, provenientes conhecimento. São documentos que proporcionam um con-
da capacidade humana de reconhecer e comparar formas e junto de reflexões que alimentam a prática docente no processo
tamanhos. No início, com a chamada Geometria subcons- de construção do conhecimento dos alunos.
ciente, incluíram-se a percepção de distâncias, de formas BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

planas e sólidas, de linhas retas e curvas. Em uma segunda Pesquisas Educacionais. Matrizes curriculares de referência do
etapa, chamada Geometria científica, inferiram-se certas pro- Saeb. 2. ed. Brasília: MEC/Inep, 1999.
priedades gerais. Já o desenvolvimento do cálculo deu ori-
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e
gem à Geometria diferencial, pois ele se presta ao estudo de
Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: Ensino Médio.
curvas e superfícies. As Geometrias não euclidianas surgiram
Brasília: MEC/Semtec, 2002.
da constatação de que o axioma das paralelas, de Euclides,
era independente dos demais. Entre os tópicos especiais que BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média
seguem essa visão histórica geral, encontramos problemas e Tecnológica. PCN + Ensino Médio: orientações educacio-
com régua e compasso, poliedros regulares, coordenadas nais complementares aos parâmetros curriculares nacionais.
polares. Ciência da Natureza, Matemática e suas tecnologias. Brasília:
MEC/Semtec, 2002.
GUNDLACH, Bernard H. Números e numerais. São Paulo:
Atual, 1992. (Tópicos de história da Matemática para uso Revistas
em sala de aula. v. 1.)
Gestos e figuras marcaram o registro inicial de quantidades, As revistas indicadas nessa seção propiciam a ampliação dos
que evoluiu com o uso de palavras faladas e, depois, com conhecimentos sobre conteúdos, estratégias e recursos didá-
os sistemas de numeração simbólicos. O autor destaca a ticos aplicáveis ao ensino de Matemática.
evolução do sistema de numeração entre as várias civiliza-
ções. Entre os tópicos especiais que sucedem essa visão his-
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EM REVISTA. São Paulo: Sociedade
tórica geral, encontramos detalhes sobre os vários sistemas
Brasileira de Educação Matemática (SBEM).
de numeração antigos, a infinitude de números primos, os
ternos pitagóricos, o último teorema de Fermat, números NOVA ESCOLA. São Paulo: Fundação Victor Civita.
algébricos e transcendentes. TEMAS E DEBATES. São Paulo: SBEM.
IFRAH, Georges. Os números: a história de uma grande inven- A Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM)
ção. São Paulo: Globo, 1989. tem como objetivos: buscar meios para desenvolver a for-
Muitas vezes, lemos que a numeração foi uma criação dos mação matemática, congregando profissionais e alunos
homens, ocorrendo em vários lugares e épocas, de modo envolvidos com a área de Educação Matemática ou com
descontínuo e hesitante, até que um sistema, passando áreas afins; promover o desenvolvimento desse ramo do
por transformações durante séculos, atingiu a perfeição e conhecimento científico, por meio do estímulo a atividades
sobrepôs-se aos outros, tornando-se universal. Essa história de pesquisa e de estudos acadêmicos; difundir informa-
é narrada com detalhes e de modo fascinante nesse livro. O ções e conhecimentos nas inúmeras vertentes da Educação
autor salienta se tratar de uma história anônima, feita pela Matemática.
e para a coletividade. Nem o inventor do zero ficou conhe- REVISTA DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA. São Paulo: Sociedade
cido. Segundo o autor, a história dos algarismos indica que Brasileira de Matemática (SBM).
a inteligência é universal e salienta seu papel no desenvol- A Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) tem o pro-
vimento mental, cultural e coletivo da humanidade. pósito de incentivar o desenvolvimento da pesquisa e do
KENNEDY, Edward. Trigonometria. São Paulo: Atual, 1992. ensino da Matemática no Brasil. Estimular o ensino de qua-
(Tópicos de história da Matemática para uso em sala de lidade em todos os níveis, através da produção e divulga-
aula. v. 5.) ção de textos matemáticos; promover reuniões científicas
Na primeira parte, o autor descreve um panorama da his- periódicas e incentivar o intercâmbio entre profissionais de
tória da trigonometria, cujos primórdios perdem-se na pré- Matemática.

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8. Sugestões de leitura para SAMPAIO, Fausto Arnaud. Matemágica: história, aplicações e
o aluno jogos matemáticos. Campinas: Papirus, 2009. v. II.
O autor aborda questões que muitas vezes nos intrigam: Como
ALENCAR Filho, Edgard de. Iniciação à lógica matemática. São os astrônomos calculam a distância entre a Terra e os outros
Paulo: Nobel, 2009. astros? O tempo de espera em uma fila de ônibus pode ser
O autor utiliza um texto didático e objetivo para introdu- estimado com base no uso da Matemática? Para descobrir a
zir o aluno de Ensino Médio no universo da lógica. A obra resposta para essas e outras questões basta ser curioso e se dei-
traz explicações básicas, bem elaboradas e funcionais para xar surpreender pelas situações que envolvem o mundo dos
aplicação em sala de aula. As situações são organizadas por números e as variadas formas de raciocínio. Uma leitura que
grau de dificuldade, possibilitando vencer um desafio antes enriquece o universo do aluno e possibilita diferentes aborda-
de enfrentar o próximo, o que facilita a compreensão das gens em sala de aula. Adequada a todas as faixas etárias, a obra
estratégias empregadas para solucionar cada situação. Traz é indicada para professores, alunos e seus pais, mas também
atividades e respostas. para o leitor curioso que deseja reencontrar a Matemática.
ARATANGY, Lídia Rosenberg; JAF, Ivan. Corpo: limites e cuidados. SMULLYAN, Raymond. O enigma de Sherazade e outros incrí-
São Paulo: Ática, 2006. veis problemas das Mil e uma noites à lógica moderna. Rio de
Nesse livro, a autora aborda temas de interesse de todos Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
os jovens, como respeito às pessoas com deficiência, ética O autor põe Sherazade, famosa personagem que narra os
no cotidiano, limites do corpo, uso de substâncias preju- contos das Mil e uma noites, no centro de narrativas que
diciais e outros. Por meio de textos ficcionais, várias ques- relatam enigmas, quebra-cabeças e problemas de lógica
tões são propostas e discutidas com o objetivo de solucio- que entretêm e divertem o leitor. O livro propõe charadas
nar muitas das inquietações e dúvidas apresentadas pelos matemáticas, adivinhações, enigmas e exercícios de ver-
jovens de hoje. É um livro fundamental para jovens, pais e dade e mentira cuja solução exige raciocínio lógico e estra-
professores. tégias que divertem e surpreendem o leitor desde a pri-
CONTI, José Bueno. Clima e meio ambiente. São Paulo: Atual, meira página. Uma leitura original e cativante para todos
2005. (Série Meio Ambiente.) os leitores.
Qual é a diferença entre tempo e clima? Como o clima TAHAN, Malba. O homem que calculava. Rio de Janeiro: Record,
influencia a preservação da vida – inclusive a humana – no 2001.
planeta Terra? Por que ocorrem enchentes devastadoras e Malba Tahan é o pseudônimo do professor Júlio César de
secas arrasadoras em regiões, muitas vezes, bastante próxi- Mello e Souza, autor de vários livros de contos e lendas
mas? Essas e outras questões, que nos interessam especial- orientais e criador da personagem Beremiz Samir, o homem
mente na época em que estamos vivendo, são discutidas que calculava. O livro narra as aventuras de Beremiz, vividas
nesse livro. Outro ponto positivo da obra é o texto bem orga- durante uma viagem a Bagdá, e suas habilidades matemáti-
nizado e objetivo e as atividades propostas, que auxiliam a cas para resolver situações aparentemente sem solução, que,
fundamentar e a compreender os assuntos abordados. muitas vezes, livram o sábio e seu amigo da morte certa. Um
ENZERNSBERGER, Hans Magnus. O diabo dos números: um livro fundamental e divertido para todos os leitores.
livro de cabeceira para todos aqueles que têm medo de
Matemática. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
A Matemática se resume a uma montanha de números?
E os cálculos, para que servem? O autor, um dos maiores 9. Atividades para o
poetas da língua alemã, escreveu esse livro pensando em desenvolvimento do
quem tem medo de Matemática e não gosta de estudá-la. pensamento científico
Robert, a personagem que conduz a história, também pen-
O estudante do Ensino Médio pode entender os três estágios
sava que os números eram monstruosos, absurdos e inúteis. do pensamento científico: concreto, concreto-abstrato e abstrato,
Mas, um dia, ele começa a sonhar com Teplotaxl, um senhor considerando-se a abstração como o pensamento sobre um objeto
do tamanho de um gafanhoto com aparência de diabo, que ausente, que pode existir concretamente ou não. Para exemplificar
brinca com os números e surpreende com seus conhecimen- esses estágios, pode-se realizar a experiência a seguir.
tos matemáticos. As situações sonhadas pelo menino apre-
sentam vários assuntos vistos na escola, como a relação de Estágio concreto
Euler, a sequência de Fibonacci e outros, de maneira curiosa Apresentando uma caixa sob a forma de um paralelepípedo reto-
e divertida. A leitura amplia o universo de conhecimentos -retângulo e 18 cubinhos “iguais”, em que cada um é considerado
de qualquer leitor. uma unidade de volume u, pede-se o volume da caixa na unidade
HELENE, Maria Elisa M.; MARCONDES, Beatriz. Evolução e u, explicando que esse volume é igual à quantidade de cubinhos,
dispostos face a face, necessários para encher completamente
diversidade: o que nós temos com isso? São Paulo: Scipione,
a caixa.
2003.
O que é biodiversidade? O livro abre a discussão sobre esse
tema, ampliando-o para outros como: destruição de habitats,
interferência e destruição da natureza pelas ações humanas e
FAUSTINO

soluções emergenciais que minimizem seus efeitos. O texto


é didático e objetivo, rico em gráficos e tabelas que possibi-
litam várias atividades matemáticas em sala de aula. Pode ser
u
trabalhado com Geografia e Biologia. Acompanha caderno
de atividades.

14

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Estágio concreto-abstrato Atividade I: Propor o uso do paralelepípedo reto-retângulo na
representação de retas e planos no espaço tridimensional como
Para calcular o volume da caixa, dispõe-se uma camada de
facilitador da visualização desses objetos e da compreensão das
15 cubinhos no fundo da caixa, conforme a figura, sobrando apenas
propriedades relacionadas a eles.
3 cubinhos fora da caixa.
Para representar na folha do caderno as retas e os planos do
espaço tridimensional, é conveniente esquematizar, inicialmente, um
paralelepípedo e, a partir dele, destacar os objetos que queremos
representar; por exemplo:
Planos paralelos
FAUSTINO

Observa-se que, embora não haja cubinhos suficientes para B


encher a caixa, é possível calcular o número de cubinhos necessá-
rios para isso. Inicia-se, então, um raciocínio concreto-abstrato: em
cada camada podem ser dispostos 15 cubinhos; como são possíveis
Planos perpendiculares
4 camadas, conclui-se que o volume da caixa é 60 u.

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
A
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

FAUSTINO

Estágio abstrato
Retas reversas
Propõe-se como atividade o cálculo do volume de uma caixa r
em forma de paralelepípedo reto-retângulo de dimensões 10 m por
6 m por 5 m, considerando como unidade u de volume um cubo
de 1 m de aresta.
A resolução desse problema exige a abstração dos objetos con-
cretos disponíveis anteriormente. Para a maioria dos alunos surge
aí a necessidade de uma representação esquemática do objeto. É o
momento oportuno para falar da importância das representações.
s
Pode-se exemplificar mostrando representações esquemáticas
na Geometria e na Álgebra.
Os paralelepípedos auxiliares não devem ser apagados do dese-
• Na Geometria representamos o ponto, a reta e o plano, nho. Sua presença contribui para um estudo posterior.
respectivamente, por uma pequena marca feita com a ponta
A utilização do paralelepípedo na representação de retas e
do lápis; por um traço feito com o auxílio de uma régua; e
planos no espaço vai além da simples representação; ela auxilia no
por um paralelogramo.
entendimento de propriedades e na resolução de problemas que
envolvem retas e planos no espaço tridimensional.
Por exemplo, considere a figura a seguir representando uma reta
r perpendicular ao plano a em A; uma reta s contida em a e passando
FAUSTINO

por A; uma reta t contida em a e perpendicular a s em B, com B não


coincidente a A; e uma reta u passando por B e concorrente com r.
Prove que u é perpendicular a t.

• Na Álgebra, também são utilizadas representações esquemá- r


u
ticas como as equações, por exemplo.
“Equacionar significa traduzir um determinado problema
para a linguagem algébrica, ou seja, para a linguagem das t
fórmulas matemáticas.” (Isaac Newton)
FAUSTINO

Esse tipo de representação esquemática é trabalhado,


por exemplo, no capítulo 2 do volume 1. A
B s
Apresentamos a seguir algumas sugestões de procedi- A
mentos e atividades que podem auxiliar o desenvolvimento
do pensamento científico.

15

Paiva Guia Parte comum(01a44).indd 15 3/9/10 5:24:07 PM


Vamos utilizar um paralelepípedo auxiliar para nos ajudar nessa
1
prova:
1
r
u
x

x 1
t
FAUSTINO

B
1

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
A Completando um quadrado de lado medindo x 1 2, temos:
A B s

1
1
A reta t é perpendicular ao plano b (pois contém uma aresta x x2
do paralelepípedo perpendicular a b); logo, qualquer reta de b que
concorra com t é perpendicular a t. Como u y b e u concorre com x 1
t, concluímos que u é perpendicular a t. 1

Atividade II: Propor a construção ou a interpretação de desenhos


que esquematizem situações descritas em enunciados de problemas,
A área dessa nova figura, que é expressa por (x 1 2)2, é igual à
teoremas ou propriedades.
área da figura anterior (12) mais 4 unidades, isto é:
Vejamos dois exemplos.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(x 1 2)2 5 16, ou seja,
1) No projeto de uma estrada, um engenheiro prevê que uma
 x 1 2 5 64, portanto,
curva terá o formato de um arco de circunferência AB, de raio
500 m. Com essa curva, a estrada muda de direção em 30°. x 5 2 ou x 5 26
a) Faça um desenho que esquematize essa situação. Embora apenas a raiz positiva possa ser considerada como a
b) Calcule o comprimento da curva. medida do lado do quadrado, o processo ofereceu também a raiz
No item a, espera-se que o aluno construa o esquema: negativa da equação. (Aqui cabe a famosa frase de D’Alembert:
“A álgebra é generosa; frequentemente ela dá mais do que se lhe
pediu.”).
30°
B Por outro lado, nem sempre uma equação do 2º- grau admite
A uma raiz positiva, portanto, não se pode interpretá-la como no caso
anterior. Por exemplo, na equação x2 1 6x 1 8 5 0 não podemos
interpretar a expressão x2 1 6x como uma soma de áreas, pois temos
500 m
uma soma negativa: x2 1 6x 5 28; por isso recorremos ao registro
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

algébrico, abstraindo da figura que nos auxiliou anteriormente.


A Completamos um trinômio quadrado perfeito no primeiro membro,
adicionando 9 a ambos os membros:

O x2 1 6x 1 9 5 28 1 9, ou seja,
A
2) O triângulo ABC a seguir é isós- (x 1 3)2 5 1, ou, ainda,
celes de base BC e M é ponto x 1 3 5 61, portanto,
35°
médio da base. Determine a x 5 22 ou x 5 24
medida x, descrevendo o seu
raciocínio. x Atividade IV: Ao estudar um objeto em um determinado registro
B C (numérico, algébrico ou geométrico), apresentar diferentes pontos
M
de vista.
Espera-se que o aluno redija um texto como: Por exemplo, a inequação x2 2 5x 1 6 . 0 pode ser resolvida,
A mediana AM coincide com a bissetriz interna relativaao vértice no conjunto dos reais, dos dois modos a seguir.
A e coincide

com a altura relativa a esse vértice; logo, m(BAM) 5 35° 1o modo: Fatorando o polinômio x2 2 5x 1 6 e resolvendo a
e m(AMB) 5 90°. Assim, temos: inequação-produto (x 2 2)(x 2 3) . 0:

x 1 90° 1 35° 5 180° Æ x 5 55°


2 3
Atividade III: Transitar pelos campos numérico, algébrico e x
f � � �
geométrico, apresentando pelo menos dois registros na represen-
NEIDE TOYOTA

tação de um objeto.
g � � �
Vejamos um exemplo da aplicação de mais de um registro para
o entendimento de um objeto. f�g � � �
Para resolver a equação do 2º- grau x2 1 4x 2 12 5 0, que
2 3 x
é equivalente a x2 1 4x 5 12, podemos considerar a expressão
x2 1 4x como a soma da área de um quadrado de lado medindo x
com as áreas de quatro retângulos de dimensões x e 1: Logo: S 5 {x Ñ R [ x , 2 ou x . 3}

16

Paiva Guia Parte comum(01a44).indd 16 3/9/10 5:24:08 PM


2o modo: Estudando a variação de sinal da função Nessas condições, 32 dominós cobrem totalmente o tabuleiro.
Retirando-se duas casas diagonalmente opostas desse tabuleiro,
f(x) 5 x2 2 5x 1 6 por meio do seu gráfico:
conforme a figura a seguir, pode-se afirmar que 31 dominós cobrem
totalmente essa parte remanescente?
FAUSTINO

+ +
2 – 3 x

Logo: S 5 {x Ñ R [ x , 2 ou x . 3}

Atividade V: Apresentar os assuntos de modo que os alunos

FAUSTINO
façam suas próprias descobertas.
Veja o exemplo.
Escrevendo na lousa a expressão 2x2 1 6x, o professor propõe um
jogo: cada um de nós vai atribuir um valor a x. O vencedor será aquele
que conseguir o maior valor numérico para essa expressão.
Espera-se que algum aluno perceba que basta atribuir a x a abscissa
do vértice da parábola. Se nenhum aluno perceber, então o professor
atribui o valor e vence o jogo. Provavelmente algum aluno vai tentar resolver esse problema
desenhando 31 dominós sobre a figura e, constatando a impos-
A seguir, o professor desafia a classe, dizendo que vai dar uma
sibilidade, vai afirmar que 31 dominós não cobrem essa parte do
nova chance. Escreve no quadro a expressão 2x2 1 8x e recomeça
tabuleiro. Nesse momento, o professor pergunta ao aluno: você
o jogo, só que dessa vez desenha o gráfico e, a cada valor atribuído
tentou todas as disposições possíveis? Não é porque a disposição
a x pelos alunos, marca a abscissa x sugerida e a ordenada corres-
escolhida não cobriu a figura que se pode garantir que não exista
pondente y 5 2x2 1 8x, por exemplo (2, 12).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

uma que a cubra.


y Há duas maneiras de resolver esse problema: a primeira é testar,
uma a uma, todas as disposições possíveis dos 31 dominós sobre
essa parte do tabuleiro, até encontrar uma disposição que cubra a
12 figura ou até esgotar todas as disposições possíveis sem encontrar
uma que cubra a figura; a segunda maneira é por meio de uma
demonstração (uma argumentação lógica) que, apesar de não testar
FAUSTINO

todas as disposições, garanta a possibilidade ou a impossibilidade


da cobertura.
Para resolver esse problema por meio de uma demonstração,
podemos raciocinar do seguinte modo: cada dominó cobre exata-
mente uma casa branca e uma preta; portanto, 31 dominós cobririam
0 x
2 8 31 casas brancas e 31 casas pretas. Como foram retiradas do tabuleiro
2 casas pretas, a parte remanescente ficou com 30 casas pretas e
32 brancas, conclui-se então que 31 dominós não cobrem essa parte
Com essa discussão, espera-se que o aluno descubra sozinho remanescente do tabuleiro.
que o valor máximo da função é obtido ao se atribuir a x a abscissa
Atividade VII: Provocar questionamentos.
do vértice da parábola.
Quando o professor provoca uma dúvida, está utilizando um
Atividade VI: Trabalhar atividades lúdicas com o propósito de dos recursos mais eficientes no processo de ensino e aprendizagem.
estudar um conceito matemático. Por exemplo, ao iniciar o estudo das inequações-produto (antes do
As atividades lúdicas sempre fazem sucesso em sala de aula, por estudo da função polinomial do 2º- grau), o professor escreve na lousa
isso deve-se aproveitá-las. É necessário, porém, selecionar aquelas a expressão (2x 2 10)(2x 1 3) e pergunta à classe:
que tenham consequências relevantes no pensamento matemático. • Para x 5 5 esse produto é positivo, negativo ou nulo?
A seguir, apresentamos um exemplo. • Para x 5 2 esse produto é positivo, negativo ou nulo?
Para que o aluno compreenda o que é uma demonstração mate- • Para x 5 4 esse produto é positivo, negativo ou nulo?
mática, o professor pode propor o seguinte problema: um tabuleiro
Até esse momento, o aluno substitui a variável x pelo valor
de xadrez é composto de 64 casas quadradas, 32 pretas e 32 brancas.
numérico e efetua a multiplicação, respondendo sem dificuldade.
Cada dominó cobre exatamente duas casas adjacentes, podendo ser
Então, o professor começa a provocar os primeiros questionamentos,
colocado com um lado paralelo a qualquer lado do tabuleiro.
com as seguintes perguntas:
• Para x 5 53 esse produto é positivo ou negativo?
5
• Para x 5 esse produto é positivo ou negativo?
71
As questões que surgirão nesse momento fazem parte do
FAUSTINO

processo. O professor deve orientar a discussão para que os alunos


percebam que não é necessário efetuar o produto; basta verificar o
sinal de cada fator e aplicar a regra de sinais.
A discussão deverá ficar ainda mais acalorada quando o professor
pedir aos alunos que determinem todos os valores reais de x para
os quais esse produto é positivo.

17

Paiva Guia Parte comum(01a44).indd 17 3/9/10 5:24:09 PM


Podem surgir questões como: os valores devem ser testados III. Desdobra-se o triângulo
um por um? da figura 2, retornando-
Depois de discutir as dificuldades levantadas, o professor apre- -se ao paralelogramo da CA
senta uma maneira de resolver o problema por meio dos gráficos figura 1. A seguir, dobra- B
das funções f(x) 5 2x 2 10 e g(x) 5 2x 1 3. -se o paralelogramo de

PAULO MANZI/CID
Veja essa resolução no item 5 do capítulo 6, no volume 1. modo que o ponto C
coincinda com o ponto M
Em seguida, o professor apresenta o algoritmo (quadro de sinais)
A, observando-se que o
para a resolução desse tipo de inequação.
segmento MC coincide
Atividade VIII: Estimular o uso da intuição e ao mesmo tempo com o segmento MA; D Figura 3
questioná-la. com o que se conclui
Grande parte das descobertas matemáticas necessitou de uma que M é ponto médio da
boa dose de intuição, porém a intuição deve vir acompanhada de diagonal AC (figura 3).
uma argumentação lógica que a sustente. Pierre de Fermat, mate-
Constata-se, então, que o ponto comum às diagonais de
mático dotado de uma intuição invejável, tropeçou ao confiar apenas
um paralelogramo é ponto médio de cada diagonal.
na intuição e conjecturar, por volta de 1630, que todo número da
n
forma 22 1 1 é primo para qualquer número natural n. Um século • Propriedades das diagonais A
mais tarde, o matemático Leonhard Euler provou que para n 5 5 de um losango
esse número é composto, ou seja, não é primo.
É importante apresentar alguns exercícios que contrariem a I. Recorta-se um losango
intuição. Por exemplo: qualquer ABCD em uma
Uma fita de 1 m de comprimento é cortada em três pedaços folha de papel translú-
iguais. cido e desenham-se as
diagonais AC e DB, cujo D B

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
M
a) Dê o número na forma decimal que representa a medida,
ponto comum é M (figu-
em metro, de cada pedaço.
ra 1).
b) Qual é a soma desses números que representam as medidas,
em metro, dos três pedaços?
Figura 1
O item b contraria a intuição e, por isso, merece uma argumen-
tação capaz de convencer o aluno de que 0,9999... é igual a 1. Um C
1 A
argumento possível é: cada pedaço representa da fita; logo, a
3
1 1 1 II. Dobra-se o losango de
soma dos três pedaços é: 1 1 51
3 3 3 modo que o ponto D

FOTOS: PAULO MANZI/CID


coincida com o ponto B
Atividade IX: Propor seminários. (figura 2), e dobra-se o
O seminário oferece a oportunidade do trabalho em grupo, o M BD
triângulo assim obtido
que favorece a discussão e a reflexão sobre diferentes ideias a res- de modo que C coincida
peito do mesmo objeto. O discurso social é essencial para mudar com A (figura 3).
ou reforçar conceitos.
Os resultados são realmente significativos, em termos de apren- Figura 2
dizagem, quando o seminário estimula a criatividade dos estudantes C
no sentido da representação de objetos matemáticos por meio de
construções de objetos concretos.
III. Após o procedimento II, AC
Para exemplificar, vamos citar algumas experiências realizadas
observa-se que:
por meio de dobraduras:
– o segmento MD coin-
• Propriedade das diagonais de um paralelogramo
cide com o segmen-
I. Recorta-se um paralelo- A to MB, e MC coincide
B
gramo qualquer ABCD com MA; com o que se
em uma folha de papel conclui que M é ponto
M BD
translúcido e desenham- médio das diagonais
-se as diagonais AC e DB, M DB e AC. Figura 3
cujo ponto comum é M
– os ângulos AM
c c
B, AM c
D, CM c
B e CMD coincidem e, como
(figura 1).
FOTOS: PAULO MANZI/CID

D C a soma das medidas desses ângulos é 360°, concluímos


que cada um deles mede 90°.
II. Dobra-se o paralelo- Figura 1
gramo de modo que o – os ângulos MAcB, MAcD, MCcB e MCcD coincidem, com
ponto D coincida com A BD
o que concluímos que as diagonais do losango estão
o ponto B, observando- contidas nas bissetrizes dos ângulos internos.
-se que o segmento MD Constata-se, então, que as diagonais de um losango
coincide com o segmen- interceptam-se perpendicularmente no ponto médio de cada
M
to MB; com o que se uma e estão contidas nas bissetrizes dos ângulos internos.
conclui que M é ponto
médio da diagonal DB • Construção de uma parábola
C I. Desenha-se em uma folha de papel translúcido uma reta
(figura 2).
Figura 2 e um ponto que não pertence a ela. (Essa reta e esse

18

Paiva Guia Parte comum(01a44).indd 18 3/9/10 5:24:09 PM


ponto são chamados, respectivamente, de diretriz e foco 10. Considerações sobre a
da parábola.) organização do volume
Com o objetivo de apresentar uma visão sistêmica da Matemá-
PAULO MANZI/CID
tica, os capítulos desta obra foram organizados com a finalidade
de proporcionar ao estudante uma transição do Ensino Funda-
mental para o Ensino Médio sem contrastes muito acentuados.
Procuramos oferecer os rudimentos do pensamento científico,
refinando a linguagem e apresentando o método matemático por
meio de conceitos primitivos, definições, postulados e teoremas.
Sob essa orientação, organizamos os capítulos deste volume da
seguinte forma:
Os três primeiros capítulos têm por objetivo apresentar a ciência
Matemática embasada nas habilidades adquiridas no Ensino Funda-
mental, sistematizando:

• A linguagem dos conjuntos e a classificação dos números. A


primeira oferecendo o ferramental mínimo para a aquisição
da escrita matemática e da percepção desta como linguagem,
e a segunda aprofundando o estudo dos números reais.

• Os temas básicos da Álgebra em interface com a matemática


II. Dobra-se a folha em torno de um vinco de modo que a
financeira. Na parte inicial, resgatando o estudo das equações
semirreta dobrada passe pelo ponto.
do 1º- e do 2º- graus e das inequações do 1º- grau, no campo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

dos números reais, e na segunda estudando os conceitos


PAULO MANZI/CID

fundamentais utilizados em transações financeiras.

• A Geometria plana, na retomada de conceitos com o propó-


sito de aprofundar essas ideias e apresentar algumas demons-
trações para que o aluno comece a compreender a necessida-
de e o significado de uma demonstração, entendendo como
a Matemática apresenta e valida suas proposições.

Os capítulos 4 a 10 tratam das funções, um dos temas centrais


do Ensino Médio.
Introduz-se o estudo do assunto enfatizando a necessidade de
tabelas, gráficos ou fórmulas matemáticas para descrever as relações
funcionais presentes no dia a dia.
O estudo das funções permite ao aluno iniciar-se na linguagem
das ciências, expressando relações entre grandezas dentro e fora
da Matemática.
No capítulo 11 são apresentadas as sequências. Com base em
• Desdobra-se a folha e faz-se outra dobra em torno de outro uma situação do cotidiano do aluno, formalizamos o conceito de
vinco, de modo que a semirreta dobrada passe pelo ponto. sequência como uma função. Situações práticas procuram motivar
Repetimos esse procedimento várias vezes. Esses vincos serão o estudo das progressões aritmética e geométrica.
tangentes a uma parábola. Quanto mais dobras forem feitas,
mais visível ficará a parábola.
PAULO MANZI/CID

19

Paiva Guia Parte comum(01a44).indd 19 3/9/10 5:24:11 PM


11. conteúdos e objetivos específicos dos capítulos

Capítulo 1 – Uma introdução à linguagem dos conjuntos


Conteúdo Objetivos

1. A Matemática é concebida entre Ao final do capítulo, o aluno deve estar preparado para:
quatro paredes? • representar um conjunto na forma tabular (tabela), ou por diagramas, ou por meio
2. C onceitos primitivos de uma propriedade que determine os seus elementos;
3. R epresentação de um conjunto • classificar um conjunto como unitário ou vazio, bem como finito ou infinito;
4. C onjunto unitário e conjunto
• relacionar elemento e conjunto, e relacionar subconjunto e conjunto;
vazio
5. C onjunto finito e conjunto • reconhecer conjuntos iguais;
infinito • identificar conjunto universo;
6. S ubconjunto
• operar com conjuntos (união, intersecção, diferença e complementar);
7. Igualdade de conjuntos
8. Conjunto universo • aplicar os conceitos da teoria dos conjuntos na resolução de problemas sobre
9. Operações entre conjuntos quantidade de elementos de conjuntos finitos;
10. Conjunto diferença • classificar um número como natural, inteiro, racional, irracional ou real;
11. Conjunto complementar • relacionar os conjuntos numéricos por meio da relação de inclusão;
12. P roblemas sobre quantidades de
• representar genericamente um número par e um número ímpar;
elementos de conjuntos finitos
13. Conjuntos numéricos • representar genericamente dois números inteiros consecutivos;

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
14. O eixo real • demonstrar teoremas simples envolvendo números pares, ímpares ou consecutivos;
• obter a geratriz de uma dízima periódica;
• demonstrar teoremas simples envolvendo números racionais ou irracionais;
• representar no eixo real todos os tipos de intervalos;
• justificar a necessidade da representação “bolinha vazia” no extremo aberto de um
intervalo real;
• operar com intervalos (união e intersecção);
• representar gráfica e algebricamente os intervalos reais.

Capítulo 2 – Temas básicos da Álgebra e matemática financeira


Conteúdo Objetivos

1. E quações polinomiais do 1º- grau Ao final do capítulo, o aluno deve estar preparado para:
2. Inequações polinomiais do • resolver equações e inequações polinomiais do 1º- grau;
1º- grau • resolver, pelos métodos da substituição e da adição, sistemas de equações
3. S istemas de equações polinomiais do 1º- grau com duas equações e duas incógnitas;
polinomiais do 1º- grau
• equacionar problemas do 1º- grau com duas incógnitas;
4. E quações polinomiais do 2º- grau
5. M atemática financeira • resolver equações do 2º- grau;
• analisar uma equação do 2º- grau;
• resolver equações do 2º- grau de raízes racionais, através das relações de soma e
produto das raízes;
• fatorar um trinômio do 2º- grau;
• representar uma taxa percentual sob a forma decimal ou fracionária;
• resolver problemas que relacionem percentual/parte/todo;
• resolver problemas que envolvem juro simples, taxa de juro, unidades de tempo,
prazo e montante;
• resolver problemas envolvendo juro composto.

20

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Capítulo 3 – Geometria plana: triângulos e proporcionalidade
Conteúdo Objetivos

1. As origens da Geometria Ao final do capítulo, o aluno deve estar preparado para:


2. Polígonos • identificar um polígono e reconhecer seus elementos;
3. Triângulos • nomear os polígonos pelo número de lados (número de vértices);
4. Propriedade dos triângulos
• diferenciar polígonos convexos e não convexos;
5. Teorema de Tales
6. Semelhança de figuras planas • identificar polígonos regulares;
7. Semelhança de triângulos • classificar os triângulos;
8. R
 elações métricas no triângulo
• reconhecer os elementos de um triângulo;
retângulo
• resolver problemas que envolvam: soma das medidas dos ângulos internos, medida
de um ângulo externo de um triângulo e que explorem as propriedades dos
triângulos isósceles, equilátero, retângulo;
• aplicar o teorema de Tales na resolução de problemas;
• identificar figuras planas semelhantes;
• reconhecer triângulos semelhantes através dos casos de semelhança;
• resolver problemas por meio da semelhança de triângulos;
• identificar as relações métricas no triângulo retângulo e aplicá-las na resolução de
problemas variados;
• calcular a medida da diagonal de um quadrado e a da altura de um triângulo
equilátero em função da medida de um lado.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Capítulo 4 – A linguagem das funções


Conteúdo Objetivos

1. Sistemas de coordenadas Ao final do capítulo, o aluno deve estar preparado para:


2. O conceito de função • representar pontos no plano cartesiano;
3. F ormas de representação de • reconhecer uma função em situações do cotidiano;
uma função
• formalizar o conceito de função;
4. Imagem de x pela função f
5. Análise gráfica • reconhecer o domínio, o conjunto imagem e o contradomínio de uma função;
• determinar a imagem de um elemento através do diagrama, da lei y = f (x) e do
gráfico de uma função;
• reconhecer uma função por meio da análise gráfica;
• estudar o sinal de uma função a partir do seu gráfico, conhecidas as abscissas dos
pontos de intersecção com o eixo Ox;
• determinar o domínio e o conjunto imagem de uma função através do gráfico.

Capítulo 5 – Função real de variável real e inversão de funções


Conteúdo Objetivos

1. Função real de variável real Ao final do capítulo, o aluno deve estar preparado para:
2. Zero (ou raiz) de uma função • determinar o domínio de uma função quando esta é apresentada simplesmente
3. Variação de uma função pela lei y = f (x);
4. Funções inversas • determinar os zeros de uma função;
• determinar os intervalos em que uma função é crescente, decrescente ou
constante;
• definir e exemplificar a inversão de funções;
• obter a inversa de uma função, com base na lei de associação.

21

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Capítulo 6 – Função polinomial do 1º- grau ou função afim
Conteúdo Objetivos

1. A função afim Ao final do capítulo, o aluno deve estar preparado para:


2. G ráfico da função afim • construir o gráfico de uma função afim a partir da lei de associação;
3. F unções definidas por mais de • determinar a lei de associação a partir do gráfico da função afim;
uma sentença
• dar exemplos de funções afins no cotidiano;
4. Variação de sinal da função afim
5. Inequação-produto • reconhecer por estimativa a reta tendência;
6. Inequação-quociente • determinar a taxa média de variação de uma função;
• construir o gráfico de uma função dada por mais de uma sentença;
• discutir a variação de sinal de uma função polinomial do 1º- grau, algébrica e grafi-
camente;
• resolver inequações-produto e inequações-quociente que envolvam função afim.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Capítulo 7 – Função polinomial do 2º- grau ou função quadrática
Conteúdo Objetivos

1. A função quadrática Ao final do capítulo, o aluno deve estar preparado para:


2. G ráfico da função quadrática • esboçar o gráfico de uma função quadrática a partir da lei de associação;
3. M áximo e mínimo da função • determinar a lei de associação com base no gráfico da função quadrática;
quadrática
• determinar os pontos notáveis da parábola (intersecções com os eixos coordenados
4. V ariação de sinal da função
e vértice);
quadrática
5. Inequações polinomiais do • determinar o domínio e o conjunto imagem de uma função quadrática ou de uma
2º- grau restrição desse tipo de função;
• determinar o máximo ou o mínimo de uma função quadrática;
• aplicar os conceitos de máximo ou mínimo de uma função quadrática na resolução
de problemas;
• discutir a variação de sinal de uma função quadrática e aplicar na resolução de
problemas;
• resolver inequações do 2º- grau;
• resolver inequações-produto ou inequações-quociente envolvendo funções poli-
nomiais do 1º- ou do 2º- grau.

Capítulo 8 – Função modular


Conteúdo Objetivos

1. D
 istância entre dois pontos do Ao final do capítulo, o aluno deve estar preparado para:
eixo real • calcular a distância entre dois pontos do eixo real, conhecendo suas abscissas;
2. M
 ódulo, equações e inequações • definir módulo de um número real;
modulares
• calcular o módulo de um número real;
3. Função modular
• aplicar as propriedades de módulo na resolução de equações e inequações
modulares;
• conceituar função modular e determinar seu domínio e conjunto imagem;
• construir gráficos de funções modulares.

22

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Capítulo 9 – Função exponencial
Conteúdo Objetivos

1. Introdução Ao final do capítulo, o aluno deve estar preparado para:


2. P
 otenciação e radiciação • reconhecer situações em que são aplicadas as funções exponenciais;
3. A função exponencial • definir e calcular potência de expoente inteiro e de expoente racional;
4. Equação exponencial
• aplicar as propriedades de potências;
5. Inequação exponencial
• representar um número sob a notação científica;
• calcular raízes exatas, através da definição e das propriedades de radicais;
• operar com radicais, simplificando-os quando possível;
• aproximar potências de expoente irracional;
• definir função exponencial, construir seu gráfico e classificá-la como crescente ou
decrescente;
• aplicar o conceito da função exponencial na resolução de problemas;
• reconhecer uma equação exponencial;
• aplicar as propriedades da função exponencial na resolução de equações e
inequações exponenciais;
• resolver problemas usando equações e inequações exponenciais.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Capítulo 10 – Função logarítmica


Conteúdo Objetivos

1. O
 s fundamentos da teoria dos Ao final do capítulo, o aluno deve estar preparado para:
logaritmos • calcular logaritmos através da definição;
2. O conceito de logaritmo • calcular logaritmos aplicando propriedades;
3. Função logarítmica
• aplicar o conceito de logaritmo na resolução de problemas;
4. Equações logarítmicas
5. Inequações logarítmicas • construir o gráfico de uma função logarítmica e classificá-la como crescente ou
decrescente;
• determinar a inversa da função logarítmica;
• determinar o domínio de uma função logarítmica;
• aplicar as propriedades de logaritmos na resolução de equações e inequações loga-
rítmicas;
• resolver problemas usando equações e inequações logarítmicas.

Capítulo 11 – Sequências
Conteúdo Objetivos

1. O conceito de sequência Ao final do capítulo, o aluno deve estar preparado para:


2. L ei de formação de uma • diferenciar os conceitos de sequência e conjunto;
sequência • determinar os termos de uma sequência a partir da lei de formação;
3. Progressão aritmética
• reconhecer uma progressão aritmética;
4. Progressão geométrica
• classificar uma progressão aritmética como crescente, decrescente ou constante;
• determinar um termo qualquer de uma progressão aritmética, a partir do primeiro
termo e da razão;
• representar genericamente uma P.A.
• calcular a soma dos n primeiros termos de uma P.A.;
• reconhecer uma progressão geométrica;
• classificar uma progressão geométrica como crescente, decrescente, constante,
oscilante ou quase nula;
• determinar um termo qualquer de uma progressão geométrica, a partir do
primeiro termo e da razão;
• representar genericamente uma P.G.;
• calcular a soma dos n primeiros termos de uma P.G.;
• calcular a soma dos infinitos termos de uma P.G. de razão q, com 21 , q , 1.

23

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12. sugEsTõEs pArA o III. Alguns alunos têm dificuldade em visualizar o diagrama
DEsENvolvimENTo Dos abaixo, em especial o conjunto dos números irracionais
CApíTulos (Qî).
R

Capítulo 1

 Conjuntos

NEIDE TOYOTA
I. Discutir com os alunos o texto da p. 7 do livro do aluno,
concluindo que, além da definição de infinito e de muitas
N
outras contribuições, a teoria dos conjuntos uniformizou
Z
a linguagem em todos os ramos da Matemática. Em Geo-
metria, por exemplo, dizemos que um ponto pertence a Q Q�
uma reta, que uma reta está contida em um plano, que a
intersecção de dois planos secantes é uma reta. Explicar a
necessidade dos conceitos primitivos. Um recurso que pode ajudar é pedir que esses alunos colo-
II. O exercício 13, da página 16 do livro do aluno, poderá quem os seguintes números nos lugares adequados: 0; 4;
ser desenvolvido em uma atividade interdisciplinar com 3
Geografia. O exercício traz a questão da regionalização 23; ; 23,22222...; √ 5
8
do espaço mundial, que, durante o período da Guerra
IV. Uma dúvida muito comum diz respeito à igualdade
Fria, dividia o mundo em “três mundos”: primeiro mundo
0,999999... 5 1. Pode-se questionar:
(países capitalistas desenvolvidos), segundo mundo (países
socialistas) e terceiro mundo (países subdesenvolvidos). Esse • Se 0,999999... fosse menor que 1, então existiriam infi-
exercício poderá ser aprofundado, já que essa divisão era nitos números reais entre 0,999999... e 1. Determinem

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
feita no período da Guerra Fria, sendo abandonada após o um número real entre 0,999999... e 1.
fim da União Soviética e a queda do Muro de Berlim. Outras Resposta: Não existe.
regionalizações já foram adotadas, de acordo com critérios • Considerem uma fita de 1 m de comprimento. Cortando
geopolíticos e econômicos. Por exemplo: essa fita em três partes de mesmo comprimento, qual é o
• Países desenvolvidos e países subdesenvolvidos: divisão número na forma decimal que representa a medida, em
feita com base em critérios econômicos e também no metro, de cada pedaço?
grau de influência das nações no sistema econômico Resposta: 0,333333...
mundial. Existe ainda uma variação no subdesenvolvi- • Qual é a soma dos três números na forma decimal que
mento, surgindo assim a seguinte regionalização: países representam as medidas desses pedaços?
subdesenvolvidos industrializados ou em desenvolvimento. Resposta: 0,999999...
• Países do Norte e países do Sul: os países desenvolvidos Portanto: 0,999999 5 1
são os “países do Norte” e os países subdesenvolvidos,
os “países do Sul”. Essa divisão não considera a linha do V. Vale a pena enfatizar o método para obter uma aproximação
Equador como marco divisório, mas as condições socio- de √ 2 , apresentado na p. 29 do livro do aluno.
econômicas dos países. Pode-se propor como exercício o cálculo, por tentativa
• Regionalização de acordo com o IDH: o Índice de De- e erro, da melhor aproximação por falta, com uma casa
senvolvimento Humano varia de zero a um. Quanto decimal, dos números: √ 3 , √ 5 , √ 6 , e √ 10 .
mais próximo de um for o índice de desenvolvimento Resolução: Temos (1,7)2 5 2,89 e (1,8)2 5 3,24;
humano, maior o desenvolvimento humano do país. É logo, a melhor aproximação para √ 3 é 1,7.
uma avaliação relativa, pois não leva em conta um fator
Analogamente, temos √ 5 ≈ 2,2; √ 6 ≈ 2,4 e √ 10 ≈ 3,1.
muito importante: a distribuição da renda.

 Conjuntos numéricos:
 Para auxiliá-lo no trabalho deste capítulo, sugere-se a leitura
dos seguintes textos:
I. A introdução aos conjuntos numéricos pode ser feita discu-
tindo-se a ideia de número e as necessidades de ampliação
dos conjuntos numéricos. Texto 1 Conjuntos
II. Apresentar uma particularidade capaz de determinar a Recomendações gerais
classificação de um número. Não é necessária uma definição A adoção da linguagem e da notação de conjuntos em
formal. Por exemplo: Matemática só se tornou uma prática universal a partir
• número natural é aquele que resulta de contagem de da terceira ou quarta década do século XX. Esse uso,
unidades; responsável pelos elevados graus de precisão, generali-
• número inteiro é qualquer número natural ou o oposto dade e clareza nos enunciados, raciocínios e definições,
desse número; provocou uma grande revolução nos métodos, no alcan-
• número racional é todo aquele que pode ser represen- ce e na profundidade dos resultados matemáticos. No
tado sob a forma decimal finita ou infinita periódica, final do século XIX, muitos matemáticos ilustres viam
isto é, como quociente de dois números inteiros, como com séria desconfiança as novas ideias lançadas nos
divisor não nulo; trabalhos pioneiros de G. Cantor. Mas, lenta e segura-
• número irracional é todo aquele que pode ser represen- mente, esse ponto de vista se impôs e, no dizer de D.
tado sob a forma decimal infinita não periódica; Hilbert, com sua extraordinária autoridade, “ninguém
• número real é todo aquele que pode ser representado nos expulsará desse paraíso que Cantor nos doou”.
sob a forma decimal, finita ou infinita. Portanto, se queremos iniciar os jovens em Matemática,

24

Paiva Guia Parte comum(01a44).indd 24 3/9/10 5:24:12 PM


é necessário que os familiarizemos com os rudimentos da
linguagem e da notação dos conjuntos. Isso, inclusive, 1• •a
vai facilitar nosso próprio trabalho, pois a precisão dos
2• •e

NEIDE TOYOTA
conceitos é uma ajuda indispensável para a clareza das
ideias. Mas, na sala de aula, há alguns cuidados a tomar. 3• •i
O principal deles refere-se ao comedimento, ao equilíbrio,
4• •o
à moderação. Isso consiste em evitar o pedantismo e
os exageros que conduziram ao descrédito da onda de 5• •u
“Matemática Moderna”. Não convém insistir em questões A B
do tipo {Ö} i {{Ö}} [...].
Procure, sempre que possível, ilustrar seus conceitos com b) Suponha que cada carteira da sala de aula esteja ocupada
exemplos de conjuntos dentro da Matemática. Além de por um único aluno e que não haja aluno sem carteira.
contribuir para implantar a linguagem de conjuntos, esse A correspondência que associa cada aluno à sua carteira é
procedimento pode também ajudar a relembrar, ou até biunívoca, pois a cada aluno correponde uma só carteira
mesmo aprender, fatos interessantes sobre Geometria, e a cada carteira corresponde um só aluno.
Aritmética etc.
c) A figura 1 a seguir mostra os segmentos de reta AB e CD,
Seja cuidadoso, a fim de evitar cometer erros. A autocrítica
sendo a reta AC paralela à reta BD. Considere todas as
é o maior aliado do bom professor. Em cada aula, trate
retas paralelas a AC que interceptam AB e CD; algumas
a si mesmo como um aluno cujo trabalho está sendo
dessas retas são mostradas na figura 2.
examinado. Pense antes no que vai dizer mas critique-
-se também depois: será que falei bobagem? Se achar A C
que falou, não hesite em corrigir-se em público. Longe
de desprestigiar, esse hábito fortalecerá a confiança dos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

alunos no seu mestre.


[...]
LIMA, Elon Lages et al. A Matemática do ensino médio. Rio de Janeiro:
Sociedade Brasileira de Matemática, 1996. v. 1. p. 18-20. (Coleção do B D

ILUSTRAÇÕES: NEIDE TOYOTA


Professor de Matemática.)
Figura 1

A C
Texto 2 Conjunto finito e
conjunto infinito
E F
• •
O conjunto dos números naturais
Dizemos que um número resulta de uma contagem quando
ele representa uma quantidade qualquer de unidades, inclu-
sive nenhuma unidade. De acordo com essa conceituação, B D
até quanto é possível contar? Figura 2
Não existe limite para a contagem, pois, para qualquer
número x atingido na contagem, existirão números A correspondência que associa um ponto qualquer de AB
maiores que x que ainda poderão ser contados. Por isso, a um ponto de CD, tal que esses dois pontos pertençam
dizemos que os números que resultam de contagens são a uma mesma paralela a AC, é biunívoca, pois a cada
infinitos e formam um conjunto infinito, chamado de ponto de AB corresponde um único ponto de CD e a
conjunto dos números naturais, que representaremos cada ponto de CD corresponde um único ponto de AB.
por N, isto é:
Conjunto finito
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, ...}
Quantos elementos tem o conjunto das vogais do alfabeto
Pela ideia de número natural, podemos definir conjunto fi- da língua portuguesa?
nito e conjunto infinito para elementos de outras naturezas. Para contar as vogais, observamos a correspondência biuní-
Para isso, necessitamos do conceito de correspondência voca entre os conjuntos {a, e, i, o, u} e {1 ,2, 3, 4, 5}:
biunívoca:
a e i o u
    
Uma correspondência estabelecida entre dois conjun- 1 2 3 4 5
tos não vazios, A e B, é biunívoca se, e somente se, a
cada elemento de A corresponde um único elemento O maior número atingido na contagem foi 5; logo, o
em B e a cada elemento de B corresponde um único conjunto das vogais tem cinco elementos. Como existe o
elemento em A. maior número que se pode atingir na contagem das vogais,
dizemos que o conjunto das vogais é finito.
Essa ideia pode ser formalizada da seguinte maneira:
Exemplos
a) A correspondência estabelecida pelas setas entre os Um conjunto A é finito se, e somente se, for vazio
conjuntos A e B, a seguir, é biunívoca, pois a cada ele- ou existir uma correspondência biunívoca entre A
mento de A corresponde um único elemento em B, e e um subconjunto dos números naturais na forma
a cada elemento de B corresponde um único elemento B = {1, 2, 3, ..., n}.
em A.

25

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Exemplos Após a discussão, enfatizar que essa resolução equivale a
a) O conjunto L das letras do alfabeto é finito, pois, contan- determinar o valor desconhecido na sentença:
do as letras uma a uma, existe o maior número atingido x 1 12 8 84,50 = 1.234
nessa contagem, que é 26. Em linguagem mais precisa, II. Pedir aos alunos outros exemplos do cotidiano que exijam
dizemos que o conjunto L das letras do alfabeto é finito, a determinação de um valor desconhecido (resolução de
pois existe uma correspondência biunívoca entre L e o equações).
conjunto {1, 2, 3, ..., 26}.
 inequações polinomiais do 1º- grau
b) O conjunto B das pessoas brasileiras é finito, pois, para
algum número natural n, existe uma correspondência I. Conceituar inequação com base no exemplo apresentado no
biunívoca entre B e o conjunto {1, 2, 3, ..., n}. livro do aluno; a solução deve ser discutida com os alunos.
Apresentar mais exemplos; observe a situação a seguir.
c) O conjunto C das páginas de um livro é finito, pois existe
uma correspondência biunívoca entre C e o conjunto • No dia 1º- de julho, João aplicou R$ 3.000,00 em um
{1, 2, 3, ..., n}, em que n é o número da última página fundo de investimento A e R$ 3.012,00 em um fundo B.
do livro. Em cada dia de julho o fundo A rendeu R$ 1,80 ao dia, e
o fundo B rendeu R$ 1,20 ao dia. Em que dias de julho o
d) A representação do conjunto A = {x Ñ N | x , 200}
montante do fundo A foi superior ao do fundo B?
na forma tabular é A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ..., 199}. Esse
conjunto é finito, pois existe uma correspondência biuní- Resolução: Sendo x o número dos dias em que o dinheiro
voca entre A e o conjunto {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ..., 199}. esteve aplicado, vamos determinar os valores de x que
satisfaçam a condição:
3.000 1 1,80x . 3.012 1 1,20x
Conjunto infinito
Resolvendo essa inequação, obtém-se x . 20; logo, o
Se um conjunto não é finito, dizemos que ele é infinito.
montante do fundo A foi maior que o do fundo B de 21 a
Podemos definir esse conceito da seguinte maneira:
31 de julho.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
II. Pedir aos alunos outros exemplos do cotidiano que exijam
Um conjunto não vazio A é infinito se, e somente
a resolução de uma inequação.
se, não é possível estabelecer uma correspondência
biunívoca entre A e um subconjunto dos números  sistemas de equações polinomiais do
naturais na forma B = {1, 2, 3, ..., n}. 1º- grau
Pode-se conceituar sistema de equações polinomiais a partir
Exemplos
dos exemplos:
a) O conjunto P dos números naturais pares é infinito, pois
• Um retângulo com perímetro de 28 cm tem na base 2 cm a
não é possível estabelecer uma correspondência biuní-
mais do que na altura. Qual é a medida da base e a da altura
voca entre P e um subconjunto dos números naturais na
desse retângulo?
forma B = {1, 2, 3, ..., n}. Representamos o conjunto P
• Em um treino para uma corrida de Fórmula 1, um piloto deu
por: P = {0, 2, 4, 6, ...}
duas voltas em um circuito: a primeira volta em 5,04 minutos
b) O conjunto F das frações de numerador 1 e denomi-
e a segunda em 4,5 minutos. Na segunda volta, sua velocidade
nador natural não nulo é infinito, pois não é possível
média aumentou 30 km/h em relação à primeira volta. Qual
estabelecer uma correspondência biunívoca entre F
a extensão desse circuito, em quilômetro?
e um subconjunto dos números naturais na forma B
Resolução: Sabendo que 30 km/h equivalem a 0,5 km/min, e
= {1, 2, 3, ..., n}. Representamos o conjunto F por:
indicando por d a extensão do circuito e por v a velocidade
F=  11 , 12 , 13 , 14 , ... média na primeira volta, temos:

Propriedade 
5,04v 5 d
4,5(v 1 0,5) 5 d
Resolvendo o sistema, obtém-se d igual a 21; logo, o circuito
Se A está contido em B (A y B) e A é um conjunto tem 21 km de extensão.
infinito, então B é um conjunto infinito.
 Equações polinomiais do 2º- grau
Exemplo Apresentar outros problemas, além da situação da p. 46 do livro
O conjunto Z = {..., 24, 23, 22, 21, 0, 1, 2, 3, 4, ...} é do aluno, cuja solução exija a resolução de uma equação do
chamado de conjunto dos número inteiros. Ele é formado 2º- grau, como, por exemplo: uma classe de 30 alunos decidiu
por todos os números naturais e por todos os números comprar uniformes para a equipe de basquetebol que represen-
inteiros negativos. Como N y Z e N é infinito, temos, pela tará a classe no campeonato interno do colégio. O custo dos
propriedade anterior, que Z é infinito. uniformes, que foi de R$ 480,00, seria dividido em partes iguais
entre os 30 alunos da classe. Porém, alguns alunos não puderam
pagar e, por isso, a quantia que corresponderia a esses alunos
foi dividida em partes iguais entre os demais. Sabendo que cada
aluno pagante contribuiu com R$ 0,80 por aluno não pagante,
Capítulo 2
calcule o número de alunos que não puderam pagar.
 Equações polinomiais do 1º- grau Resolução: Indicando por x o número de alunos não pagantes,
o número de alunos pagantes será 30 2 x. Como cada aluno
I. Iniciar o assunto a partir do problema proposto na p. 41 do
pagante desembolsou 16 1 0,80x, temos:
livro do aluno. Perguntar aos alunos se é possível descobrir
o valor da entrada. Espera-se que algum aluno multiplique o (30 2 x)(16 1 0,80x) 5 480 V 0,80x2 2 8x 5 0
número de prestações pelo valor de cada prestação e subtraia s x 5 10 ou x 5 0 (não convém)
do preço total do refrigerador o valor total das parcelas. Logo, 10 alunos não puderam pagar.

26

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 porcentagem  A seguir, apresentamos um texto para enriquecer o conteúdo
I. Mostrar alguns problemas de porcentagem, destacando os desse capítulo.
cuidados necessários na sua resolução. Por exemplo:
• Aumentando-se em 10% cada lado de um quadrado, em Texto resolução geométrica de
quanto por cento aumenta o seu perímetro? uma equação polinomial do
Resolução: Como a porcentagem é um valor relativo, 2º- grau
podemos resolver o problema com um quadrado
As representações na Matemática ocupam uma posição
particular. Por exemplo:
de destaque, pois os objetos matemáticos, não existindo
fisicamente, são, obrigatoriamente, representados por
modelos, que são aproximações do objeto representado.
FAUSTINO

10 A B 11 Como aproximação do objeto, os modelos têm limitações,


que podem ser contornadas representando-se o objeto por
10 meio de dois ou mais modelos, de modo que a carência de
11
um seja suprida por outro.
O perímetro do quadrado A é 40 e o perímetro do qua-
Importantes estudos sobre esse tema foram realizados
drado B é 44; logo, de A para B, o perímetro aumenta
no Instituto de Pesquisa em Educação Matemática (Irem)
em 10%.
de Estrasburgo, na França, por Raymond Duval, que
Um erro comum na resolução desse problema é somar enfatiza:
as porcentagens, concluindo que o perímetro aumenta
em 40%. A coordenação de vários registros de representação se-
• Um piso de 36 m2 será revestido com lajotas. Sabendo-se miótica aparece como fundamental para uma apreensão
que há 10% de perda na sua colocação, devido a cortes conceitual dos objetos.
e quebras, quantos metros quadrados de lajotas devem (Raymond Duval)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

ser comprados?
Esse tema já havia sido estudado, antes de Duval, em relação
Resolução: Sendo x a quantidade de metro quadrado de a toda forma de representação, não necessariamente ligada
lajotas que deve ser comprada, temos: à Matemática, pelo linguista estruturalista francês Émile
x 2 0,1x 5 36 V x 5 40 Benveniste, para quem:
Logo, devem ser comprados 40 m2 de lajotas.
A pluralidade dos sistemas semióticos permite uma di-
Um erro comum na resolução desse problema é calcular a quan-
versificação de representações de um mesmo objeto, que
tidade de metro quadrado de lajotas por: 36 1 0,1 8 36
aumenta as capacidades cognitivas dos sujeitos e, conse-
II. Na página 55 do livro do aluno, o exercício complementar 6 quentemente, suas representações mentais.
aborda o tema de combate à pobreza. É adequado explicar (Émile Benveniste)
para os alunos que a África é um continente que sofre até
Na Matemática, um exemplo notável desse fato é a Geo-
hoje os efeitos do Neocolonialismo posto em prática pelas
metria analítica, que permitiu, através da mudança de
potências europeias, envolvendo também interesses norte-
registro (de figuras geométricas para equações), a solução
-americanos, que perdurou das últimas décadas do século
de questões em aberto há milênios sobre a Geometria
XIX até grande parte do século XX. Nesse processo, nações
clássica, como é o caso da definição da reta tangente a
foram submetidas a governos coloniais que substituíram os
uma curva.
governos locais, Estados foram criados com a alteração de
fronteiras de acordo com os interesses europeus, relações Por tudo isso, ao ensinar Matemática, é recomendável
de trabalho de semiescravidão foram instituídas, aldeias insistir na diversificação de representações de um mesmo
inteiras foram massacradas ou deslocadas para regiões objeto.
estranhas, etnias milenarmente inimigas foram reunidas na A seguir, sugerimos uma mudança de registro na resolução
mesma região. Muitos dos conflitos vivenciados até hoje no de uma equação do 2o grau.
continente africano resultam de situações originadas durante Considere a figura (I), formada por um quadrado de lado
esse período. Além disso, a herança política dos governos medindo x e por quatro retângulos de lados medindo x
coloniais resultou muitas vezes em governos ditatoriais e e 1.
corrupção. Mas a África não se resume simplesmente a
problemas e pobreza, é um continente riquíssimo cultu- 1
x 1
ralmente, com uma história, ainda pouco conhecida, de
NEIDE TOYOTA

civilizações, política e economicamente organizadas, que


viveram séculos de apogeu até a chegada dos europeus e x x (I)
o início do tráfico negreiro no século XVI. A arte africana é
referência estética até hoje, representativa de uma grande
diversidade humana, étnica, cultural e linguística. Muitos dos 1 x
1
locais turísticos mais interessantes do mundo localizam-se
em países africanos. Mas grande parte desses países ainda
depende da exportação de um número reduzido de produ- Observe que a área dessa figura é x2 1 4x. Qual deve ser o
tos primários e suas populações tentam levar a vida em meio valor de x para que essa área seja igual a 21?
a uma sucessão de intermináveis e violentos conflitos civis,
Para responder a essa pergunta, temos que resolver a
que dificultam, ou até mesmo impedem, os investimentos
equação: x2 1 4x = 21
em infraestrutura econômica e social. Um desses países é a
A resolução dessa equação pode ser feita com o auxílio da
Nigéria, que apresenta um dos mais baixos IDH (158o lugar
Geometria, da maneira que apresentamos a seguir.
entre os 182 países e territórios classificados).

27

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Completamos o quadrado de lado x 1 2 na figura (I), mial do 2o grau. Consideremos a equação na incógnita x:
obtendo a figura (II): ax2 1 bx 1 c 5 0, com a, b e c reais e a i 0. Para resolvê-la,
vamos usar a técnica de completar o quadrado.
1 x 1
Inicialmente, isolamos os termos em x, obtendo:
1 1
ax2 1 bx 5 2c
NEIDE TOYOTA

Para facilitar a formação do quadrado perfeito no primeiro


x x (II) membro, dividimos por a ambos os membros:
b c
x2 1 x=2
a a
1 1
b2
1 x 1
Adicionamos a ambos os membros, com o que forma-
4a2
mos um quadrado perfeito no primeiro membro:
Para que a área da figura (I) seja 21, a área da figura (II) deve
ser 25, pois acrescentamos à figura (I) quatro quadrados b b2 c b2
x2 1 x1 =2 1
de área 1, isto é: a 4a2 a 4a2
Área da figura (II) = 25 X x2 1 4x 1 4 = 21 1 4 Temos, então:
Observando que o primeiro membro dessa igualdade é um 2

x 1 2a  5 b 24a4ac
b 2

trinômio quadrado perfeito, podemos fatorá-lo, obtendo: 2

(x 1 2)2 5 25
Portanto:
Assim, temos:
b2 2 4ac

b
x1255 ou x 1 2 5 25 x1 56
2a 4a2

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x5522 x 5 25 2 2
ou, ainda:
x53 x 5 27
b 6  b2 2 4ac
Como x representa a medida do lado de um quadrado, x1 5
2a 2a
seu valor não pode ser negativo. Portanto, a resposta que
nos interessa é x = 3. e, finalmente:
A técnica de completar o quadrado utilizada nesse exem- 2b 6  b2 2 4ac
plo é estendida para todas as equações que podem ser x=
2a
representadas sob a forma:

ax2 1 bx 1 c 5 0,
sendo a, b e c números reais e a i 0. Esse tipo de equação Capítulo 3
é chamado de equação do 2o grau.
Embora nem sempre exista uma representação geométrica  Ângulos em um triângulo
para uma equação do 2o grau, pois as duas raízes podem I. Antes de demonstrar que a soma das medidas dos ângulos
ser negativas, a técnica de completar o quadrado pode ser internos de um triângulo é 180°, pode-se realizar a seguinte
usada de uma maneira puramente algébrica. experiência em grupos.
Exemplo • Pede-se aos alunos que recortem um triângulo qualquer
Para resolver a equação do 2o grau x2 1 4x 1 3 = 0 usando em uma folha de papel, desenhando, nesse triângulo,
a técnica de completar o quadrado, inicialmente isolamos arcos de mesmo raio centrados nos vértices. A seguir,
os termos em x. Veja: recortar os “bicos” do triângulo e colocá-los lado a lado,
mostrando que os três arcos formam meia circunferência
x2 1 4x 5 23 e, portanto, 180°.
A seguir, adicionamos 4 aos dois membros da igualdade
para completar um quadrado perfeito no primeiro
membro: b
b
a c a c
x 1 4x 1 4 5 23 1 4
2
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

Observando que o primeiro membro é um trinômio qua-


drado perfeito, podemos fatorá-lo, obtendo: II. Uma experiência análoga à anterior pode ser feita antes da
demonstração do teorema do ângulo externo, como mostra
(x 1 2) 5 1
2
a figura a seguir:
Assim, temos:
x1251 ou x 1 2 5 21
x5122 x 5 21 2 2 b
b
x 5 21 x 5 23 e
a c c a
Nesse caso, x pode ser qualquer número real. Logo,
x = 21 ou x = 23.
Para estreitar mais a ligação entre o registro algébrico e  semelhança de triângulos
o geométrico, seria interessante aplicar essa técnica na Apresentar os casos de semelhança a partir da seguinte expe-
demonstração da fórmula resolutiva da equação polino- riência:

28

n
a

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• Mostram-se dois triângulos semelhantes, porém um deles Ressaltando que essa experiência mostra que as condições
com o dobro das medidas do lado do outro, recortados em A.A. são suficientes para garantir a semelhança dos triângulos,
cartolina, e, sobrepondo ângulos, mostra-se que dois ângulos conclui-se que qualquer conjunto formado por uma quanti-
Ac e Bc de um triângulo são congruentes a dois ângulos D
c
e Ec dade mínima de condições capazes de garantir a semelhança
do outro, respectivamente. de dois triângulos é chamado de caso de semelhança.
D
A
 A seguir, apresentamos um texto que aborda ideias interessantes
A para trabalhar nesse capítulo.
A
FAUSTINO

x Texto A face cultural / A parte


B C y
B F matemática da cultura /
B
prestação e cachê /
E proporcionalidade
A seguir, pergunta-se:
[...]
a) Que relação existe entre as medidas dos outros dois ângulos
A FACE CULTURAL: Para identificar a face cultural – tema
Cc e Fc desses triângulos?
central deste capítulo – faremos como Bontempo*. Ele usa
Resposta: São iguais.
tudo que a vida pode oferecer e que de alguma maneira se
Justificativa relacione com Matemática. Esse é o caso do fato a seguir,

 V x5y
a 1 b 1 x 5 180° amplamente noticiado em jornais com circulação na região
a 1 b 1 y 5 180° metropolitana do Rio de Janeiro.
Trata-se de uma polêmica sobre a remuneração de artistas
b) Se o lado AB cabe duas vezes no lado DE, quantas vezes o que participaram dos festejos de Ano-Novo no Rio de Janei-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

lado AC cabe no lado DF? ro, em 31 de dezembro de 1995. Um dos artistas reclamou
Resposta: duas vezes do seu cachê da ordem de 36.000 dólares, porque este era
cerca de três vezes menor que os de outros artistas.
c) E quantas vezes o lado BC cabe no lado EF? Ao relembrar esses fatos, a primeira pergunta que nos
Resposta: duas vezes ocorre é: “Eles têm alguma coisa a ver com a Matemática?”.
Justificativa Os alunos de Bontempo sabem que a resposta é afirmativa.
AD Afinal, eles estão acostumados com as discussões sobre os
mais diversos temas, que ao fim levam a alguma noção
matemática.
Para fazer isso, Bontempo levou para a sala de aula alguns
C recortes de jornal que falavam sobre a polêmica dos ca-
FAUSTINO

B chês e, junto com os alunos, constatou que em momento


algum foi dito que o cachê era pequeno. Em negociações
anteriores, o artista concordara com o valor. A reclamação
foi feita posteriormente, ante a constatação de que havia
F
cachês cerca de três vezes maiores.
E Isto é, Bontempo e seus alunos viram que o desconten-
tamento decorreu da remuneração ter sido proprocional-
Os ângulos correspondentes BEcF e ABcC são congruentes; logo,
mente pequena. O artista deixou isso muito claro e quem
AB AC , acompanhou o desenrolar dos acontecimentos entendeu
5
BC // EF . Assim, pelo teorema de Tales, temos
DE DF isso muito bem, independente de concordar ou não com
AB 1, AC 1, o ponto de vista do reclamante.
mas, como 5 concluímos que 5 ou seja,
DE 2 DF 2 Mas, se o artista não tivesse um mínimo de formação
o lado AC cabe duas vezes no lado DF. matemática, seria capaz de manifestar sua insatisfação?
Mudando as posições dos triângulos, conforme a figura a Certamente não. Da mesma maneira, o grande público
seguir, e repetindo o raciocínio, temos, pelo teorema de Tales, que acompanhou os acontecimentos só foi capaz de
entendê-los porque tinha um mínimo de formação ma-
BC AC , AC 1 BC 1
5 mas, como 5 , concluímos que 5 , temática.
EF DF DF 2 EF 2
Esses raciocínios levaram a turma a identificar na base da
ou seja, BC cabe duas vezes em EF. reclamação a proporcionalidade, que é uma das noções mais
ricas da Matemática. Todos entenderam como esta noção
D influenciou os acontecimentos. Depois disso, sempre que a
proporcionalidade aparecesse em alguma aula, Bontempo
teria à sua disposição o episódio dos cachês que, se fosse
A conveniente, poderia ser usado para complementar a ma-
téria em estudo. Tal como Bontempo faz em suas aulas, no
FAUSTINO

decorrer deste livro voltaremos a um assunto já abordado,


sempre que isto for oportuno.

FC * Bontempo: nome de um professor de Matemática, personagem


B criada pelo autor.
E

29

Paiva Guia Parte comum(01a44).indd 29 3/9/10 5:24:14 PM


A PARTE MATEMÁTICA DA CULTURA: Usando o exemplo envolvem desconto, comissão, juros, longevidade, mapas,
acima, vemos que a formação matemática básica ajuda plantas de imóveis, maquetes, fotografias, radiografias,
na compreensão de acontecimentos da vida. No decurso economia de escala, lucro, imposto, desenho, esquema
deste livro veremos que, além disso, o pensamento ma- gráfico, apreciações estéticas, amostra, pesquisa de opinião,
temático implícito a essa formação básica ultrapassa os densidade e ampliação, dentre muitas outras.
limites dos fatos mais simples e nos ajuda a compreender No tempo da inflação galopante o cidadão médio lidava
acontecimentos mais complexos. Posto isso, vemos que a de forma rotineira com juros, correção monetária, multas,
formação matemática básica incorpora-se à vida do cidadão descontos, overnight, caderneta de poupança, conta remu-
como uma cultura matemática constituída por um acervo de nerada, reajustes e índices diversos. Em tudo isso a noção
conhecimentos. Em muitas situações este acervo ultrapassa de proporcionalidade estava presente. Ainda bem que havia
os limites da cultura, dando origem a conhecimentos mais cultura matemática para conviver com aquilo tudo.
especializados, sobre os quais falaremos em capítulos pos- Sob o ponto de vista matemático, a proporcionalidade é
teriores. Por ora, nos limitaremos à cultura matemática que abordada através de diversos caminhos, como o das noções
pode ser vista como uma parte da cultura básica adquirida geométricas de inclinação, ângulo, semelhança, ou ainda
na escola e que ajuda o cidadão a viver melhor. através da divisão e seus inúmeros desdobramentos, como
[...] a escala, a porcentagem, os números racionais, as frações
PRESTAÇÃO E CACHÊ: A propaganda de um modelo e as médias.
de carro veiculada pela TV juntava às muitas qualidades [...]
anunciadas o custo muito pequeno com que o comprador VALLADARES, Renato J. Costa. O jeito matemático de pensar. Rio de
teria que arcar... por dia. É isso mesmo! Em vez do valor Janeiro: Ciência Moderna, 2003. p. 6-7, 10-11.
da prestação mensal, o anúncio apresentava o custo diário
desta prestação que, naturalmente, fora obtido dividindo
por 30 o montante da prestação mensal. Uma emissora

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de TV a cabo valeu-se de recurso similar na propaganda
Capítulos 4 e 5
de seus serviços. Desse modo, os anunciantes passavam a
impressão de que os produtos anunciados eram muito ba-
 sistemas de coordenadas
ratos, o que sem dúvida constituía-se em um forte estímulo
para o seu consumo. Nem sempre a posição de um ponto é determinada apenas por
um número, às vezes é necessária mais de uma informação. Por
Em um primeiro momento, pode parecer que, para con-
exemplo, a localização de uma cadeira em um teatro é deter-
ceber uma propaganda nesse estilo, basta saber dividir. Se
minada por uma letra e um número (fila G, cadeira 12). Pedir
fosse assim, a mídia certamente estaria repleta desse tipo
outros exemplos aos alunos e, depois, mostrar como localizar
de publicidade, e agora talvez estivéssemos falando da
um ponto no plano através do sistema ortogonal de coordena-
saturação deste recurso. Como, pelo contrário, trata-se de
das cartesianas.
um recurso interessante e pouco frequente, somos levados
a pensar no assunto e tentar descobrir o que está por trás o conceito de função
de sua concepção.
Antes da formalização do conceito de função, é importante
Para isso, vale lembrar do episódio dos cachês abordado
que o aluno observe algumas situações envolvendo funções no
anteriomente, no qual o reclamante dividiu outros cachês
cotidiano. Após o exemplo introdutório apresentado na p. 83
para compará-lo com o seu e evidenciar que este fora
do livro do aluno, podem-se citar outros exemplos:
pequeno. O publicitário dividiu o valor da prestação para,
• o comprimento de um fio de cabelo em função do tempo;
igualmente, mostrar que esta era pequena. Embora as
situações sejam completamente diferentes, a noção mate- • o consumo de combustível de um automóvel em função da
mática usada em ambas é a mesma. Isto é, tal como nos distância percorrida;
cachês, a noção que está por trás do recurso publicitário é • o faturamento de uma empresa em função do número de
a proporcionalidade. unidades vendidas.
Curiosamente, essa noção foi usada com propósitos in- Pedir outros exemplos aos alunos.
teiramente diferentes em cada situação. O artista, para
convencer as pessoas de que fora mal pago, deixou de lado
 Análise gráfica
o valor absoluto de sua remuneração (que era grande) e Um modo sugestivo de apresentar esse assunto é desenhar na
a comparou com outras remunerações, obtendo um valor lousa os gráficos de duas correspondências:
proporcional pequeno. Já nas mensagens publicitárias,
aconteceu diferente. O valor proporcional do preço conti- f : [3, 7] " R g : [3, 7] " R
nuava o mesmo, tanto no cálculo mensal como no cálculo y y
diário. Entretanto, o valor absoluto do custo diário é muito
menor que o do custo mensal. Assim, para convencer as
9
pessoas de que o produto era barato, quem concebeu a
propaganda usou a noção de proporcionalidade para deter-
7
minar o custo diário. A seguir, o caráter proporcional deste
custo deixou de ser enfatizado e o anúncio concentrou-se
5 5
no seu pequeno valor absoluto para convencer as pessoas
FAUSTINO

de que o custo era pequeno.


PROPORCIONALIDADE: Acabamos de ver que duas peças
publicitárias e o episódio dos cachês envolviam a pro-
porcionalidade. Essa noção matemática está literalmente
0 3 7 x 0 3 7 x
impregnada no cotidiano das pessoas, nas situações que

30

Paiva Guia Parte comum(01a44).indd 30 3/9/10 5:24:14 PM


Depois, perguntar: explorar conteúdos matemáticos (o conceito de função é
• O elemento 6 possui quantas imagens através de f? propício a esse trabalho) e o segundo propõe um jogo a ser
• O elemento 6 possui quantas imagens através de g? explorado antes do conceito de plano cartesiano.
• Cada elemento do intervalo [3, 7] possui quantas imagens
através de g?
• A correspondência f é função? Por quê?
• A correspondência g é função? Por quê? Texto A imprensa como recurso
na aula de matemática
Após essa discussão, pode-se mostrar que: um gráfico representa
uma função de A em B se, e somente se, qualquer reta paralela Vivemos no século da comunicação. Qualquer pessoa pode
ao eixo Oy, passando por um ponto qualquer de abscissa x, ser um cidadão dessa Aldeia Global da qual falava Marshall
x Ñ A, intercepta o gráfico em um único ponto. MacLuhan. Graças à rádio, à televisão ou à internet, pode-
Esse é o momento oportuno para apresentar a determinação mos ter informação sobre acontecimentos que se produzem
do domínio e do conjunto imagem de uma função através do nesse mesmo momento em qualquer lugar do planeta.
gráfico. Os meios de comunicação são tão poderosos e estão tão
imersos nas nossas vidas, que nos influenciam e modificam
 função constante, função crescente e a nossa linguagem, o nosso aspecto [...], os nossos gostos
função decrescente e, em geral, os nossos costumes.
Antes de formalizar os conceitos de função constante, função A Unesco informa que aproximadamente 80% da infor-
crescente e função decrescente, mostrar exemplos concretos, mação que recebem os nossos alunos provém de agentes
tais como: externos à escola, e não devemos pensar que os escassos
20%, pelos quais nós somos responsáveis, são os que
• De janeiro a junho do ano de 2011, o preço de um determi-
resistem mais tempo na memória. Por isso, a Educação
nado automóvel era de R$ 26.780,00, não sofrendo alteração
não deve voltar as costas aos meios de comunicação nem
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

nesse período; por isso, dizemos que a função f que expressa


tentar opor-se-lhes. A Unesco tem aconselhado, nas últimas
o preço desse automóvel em função do tempo t é constante
décadas, que se deve ensinar os alunos a ser consumidores
no período de janeiro a junho de 2011.
críticos desses meios e, evidentemente, esse papel não
• Uma torneira fornece água para uma piscina. A função que
compete aos próprios meios de comunicação. Se o traba-
expressa o volume de água contida na piscina em função do
lho da Escola é preparar os alunos para se desenvolverem
tempo, desde a abertura da torneira até o final do trabalho,
na sociedade da qual farão parte, não podemos excluir os
é crescente, pois, quanto maior o tempo decorrido, maior
meios de comunicação das nossas aulas.
será o volume de água na piscina.
O estudo e uso dos meios de comunicação no ensino pode
• Um ralo escoa a água de uma piscina. A função que expressa
fazer-se de diversas maneiras. Neste artigo, queremos res-
o volume de água contida na piscina em função do tempo,
saltar a sua capacidade como recurso didático nas nossas
desde a abertura do ralo até o esvaziamento total, é decres-
aulas de Matemática.
cente, pois, quanto maior o tempo decorrido, menor será o
[...]
volume de água na piscina.
Uma das principais características dos meios de comunica-
 funções inversas ção é a sua escassez de espaço, quer temporal (na rádio ou
I. Explorar o exemplo introdutório, apresentado na p. 108 do televisão) quer físico (na imprensa ou internet), tendo como
livro do aluno, enfatizando que: consequência a necessidade de ser conciso nas mensagens
que se emitem. Neste último aspecto costumam ter um
• o gráfico 1 representa uma função de domínio
poderoso aliado na Matemática.
A 5 {0, 1, 2, 3, 4} e imagem B 5 {300, 500, 700, 900};
O relatório Cockcroft indica: “... a utilidade da Matemática
• o gráfico 2 representa uma função de domínio
advém do fato de esta proporcionar um meio de comu-
B 5 {300, 500, 700, 900} e imagem A 5 {0, 1, 2, 3, 4}; nicação que é poderoso, conciso e sem ambiguidades”. E
• se um número b é imagem de um número a em um dos acrescente: “A Matemática também expressa a informação
gráficos, então a é imagem de b no outro; por exemplo, de um modo mais preciso e concreto que normalmente
no gráfico 1, o número 900 é imagem de 4 e, no gráfico a palavra escrita ou falada”. Por isso não admira que a
2, o número 4 é imagem de 900. linguagem matemática seja muito utilizada nos meios de
Essas condições garantem que as funções representadas por comunicação sobretudo quando é preciso dizer muito
esses gráficos sejam inversas uma da outra. em pouco espaço como costuma suceder na publicidade
II. Ressaltar a condição necessária e suficiente para que uma (Muñoz, 1998).
função admita inversa: uma função f : A " B é invertível
As características do recurso imprensa
se, e somente se, f é uma correspondência biunívoca entre
Neste artigo vamos abordar a imprensa, dentre todos os
A e B.
meios de comunicação, por ser o de mais fácil utilização
III. Pedir aos alunos que justifiquem o procedimento a seguir
pelos professores nas suas aulas. Vamos referir, nestas pá-
para a obtenção da função inversa: se a função real de
ginas, a sua utilização como recurso educativo.
variável real y 5 f(x) é invertível, sua inversa é obtida do
Quando procuramos um material concreto que nos possa
seguinte modo:
servir como recurso nas nossas aulas, costumamos fixar-nos
• trocamos x por y e y por x, escrevendo x 5 f (y);
em diversos aspectos que tornam atrativa ou interessante a
• isolamos a variável y após a mudança de variáveis, obtendo sua utilização. Vamos desenvolver, agora, aqueles que nos
y 5 f 21(x). pareceram atrativos para aproveitar nas nossas aulas.
 Paraauxiliá-lo no trabalho deste capítulo, sugere-se a leitura As vantagens que, em nossa opinião, possuem os jornais
de dois textos, o primeiro estimula a utilização do jornal para para o nosso trabalho educativo são as seguintes:

31

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1. São econômicos jornais. Enquanto que podemos trabalhar as operações com
Um jornal é um material bastante efêmero. O jornal do dia potências e a notação científica, a partir das notícias sobre
anterior fica desatualizado pelo que, na maioria dos casos, o universo que apareçam (especialmente dos satélites que
acaba no lixo. Por isso, não é complicado conseguir jornais nos mandam informação sobre o espaço), é muito difícil
atrasados para trabalhar na aula. [...] encontrar números irracionais na imprensa.
[...]
2. Renovam-se constantemente
Alguns exemplos de referências na imprensa, que podem
Aparece, regularmente, nova informação que vem substituir
ser explorados na aula de Matemática:
ou completar informações anteriores. [...]
• preços;
3. São motivadores
• loteria;
Os jornais costumam ter tantas seções, que é raro o aluno
• dados de publicidade;
que não tem interesse por alguma (desportiva, de espetá-
• lista de telefones úteis;
culos, local etc.). Isso faz com que possa trabalhar com um
tipo de material que lhe é atraente e além disso comprovar • Orçamento Geral do Estado;
que a Matemática é realmente útil. • tabela do mercado de divisas e valores;
• índices e cotações da Bolsa;
4. São de livre uso por parte dos alunos
• tabelas de temperaturas;
Os alunos podem usar os jornais sem necessidade duma
• subidas e descidas na: imposição fiscal, produtividade,
supervisão constante do professor. [...]
inflação,...
5. De fácil transporte
• tabelas numéricas;
[...]
• histogramas, pictogramas, diagramas circulares;
6. São imediatos [...]
Nos jornais podemos encontrar a atualidade do dia a dia, SANTONJA, José M.; CAMPANHÃ, Eneida. “A imprensa como

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ou reportagens sobre aspectos que estão na moda nesses recurso na aula de Matemática”. Lisboa, Educação e Matemática, n. 57,
momentos, o que nos permite introduzir na aula o mundo março/abril de 2000.
que nos rodeia. Os alunos veem, assim, que a Matemática
não é uma ciência isolada da realidade, mas sim que o mun-
do em que vivemos utiliza conceitos, linguagens, cálculos jogo resgate cartesiano
próprios da Matemática e que portanto, para poderem
Objetivo pedagógico: esse jogo é disputado entre dois
desenvolver-se adequadamente nesse mundo, têm que
adversários e visa a marcação de pontos no plano cartesiano
aprender a referida disciplina. Deste modo, relacionamos a
e o estudo das retas horizontal e vertical.
Matemática com a vida cotidiana dos nossos alunos.
Preparação do jogo: cada um dos adversários desenha em
7. Permitem um trabalho interdisciplinar
uma folha do caderno um sistema cartesiano xOy, adotando
Trabalhar com a atualidade que a imprensa acarreta consigo
o centímetro como unidade em cada eixo. A seguir, cada
permite-nos trabalhar conjuntamente com colegas de outras
um desenha em sua folha um quadrado de lado 7 cm, de
disciplinas. [...] para que os nossos alunos percam a ideia
modo que:
de que as disciplinas que estudam são compartimentos es-
• dois lados do quadrado sejam paralelos ao eixo Ox e,
tanques, que não se podem relacionar umas com as outras.
consequentemente, os outros dois sejam paralelos ao
8. Estão impregnados de Matemática eixo Oy;
Ainda que à primeira vista, inclusive para os nossos colegas, • a posição do quadrado seja a mesma nos dois planos
a Matemática não tenha relação com os meios de comuni- cartesianos, o que deve ser combinado previamente entre
cação, depois de trabalhar criticamente com este material, os adversários;
todos se espantam com a quantidade de informação que • os vértices do quadrado tenham como coordenadas
possuem os jornais: porcentagens, tabelas, gráficos, estu- números inteiros;
dos estatísticos, aspectos geométricos, escalas, câmbios de
• sejam representados sobre os lados do quadrado ou em
unidades etc. [...]
seu interior todos os 64 pontos cujas coordenadas são
9. Promovem a aprendizagem números inteiros.
A nossa experiência diz-nos que, após trabalharmos com Por exemplo, cada adversário desenha o seguinte
a imprensa na aula, aspectos que se trabalharam ali conti- quadrado:
nuam a influenciar os alunos quando saem da Escola. [...] y
Por exemplo, depois de trabalhar os movimentos no plano
com os logotipos das marcas publicitárias, os alunos encon- 9
tram regularidades em novos logotipos, estando, assim, a 8
fazer matemática sem que ninguém lhe tenha pedido.
7
Por tudo o que expusemos anteriormente, o trabalho com
6
os jornais na aula é, para nós, muito motivador. Vemos
NEIDE TOYOTA

como os alunos acolhem esse meio de comunicação com 5


novo interesse e encontram um lugar para a Matemática 4
na sua vida normal. 3
Mas não queremos deixar aqui a ideia de que este meio 2
é a solução milagrosa para o ensino. Em primeiro lugar,
1
como acontece como qualquer recurso, não se pode
abusar dele, pois os alunos cansam-se [...] Por último, há 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 x
conceitos matemáticos que dificilmente se encontram nos

32

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• Cada participante desenha nesse quadriculado as figuras Professor,
a seguir, em que cada “bolinha” é marcada em um dos Uma variação que aumenta o nível de dificuldade desse jogo
64 pontos assinalados no quadriculado, de modo que é admitir uma figura, por exemplo um sexteto, formado
duas bolinhas consecutivas de uma mesma figura sejam por seis pontos tais que dois consecutivos sejam extremos
representadas em pontos consecutivos de uma mesma de uma diagonal de uma quadrícula.
horizontal ou de uma mesma vertical desse quadriculado e
não haja uma bolinha comum a duas figuras representadas.

Sozinho
Capítulo 6
Duplas
 função polinomial do 1º- grau ou
função afim
Trios
Observar que, quando o gráfico da função polinomial do
1º- grau passa pela origem do sistema (função linear), os valores
Quartetos de y são diretamente proporcionais aos correspondentes valo-
ILUSTRAÇÕES: NEIDE TOYOTA

res de x; como na função y 5 2x. Por exemplo:


Quintetos
2 4 6
5 5
Por exemplo, uma possibilidade de distribuição dessas 1 2 3
12 figuras é:
 funções definidas por mais de uma
y sentença

9 Após a apresentação das funções definidas por mais de uma


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

sentença, através do exemplo da p. 126, apresentar outros.


8
Por exemplo:
7
• A distribuidora de energia elétrica de um estado cobra uma
6 taxa mínima de R$ 10,00 de cada consumidor. Além dessa
5 taxa, cada cliente paga R$ 0,07 por quilowatt-hora, pelos
4 30 primeiros quilowatt-hora consumidos; e R$ 0,10 por
quilowatt-hora pelo que ultrapassar 30 kWh de consumo.
3
O valor f (x), em real, pago em função do consumo x, em
2 quilowatt-hora, de cada cliente é descrito pela função:
1

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 x
f (x) 5  10 1 0,07x se x < 30
12,10 1 0,10x se x . 30
cujo gráfico é:

Regras do jogo: y (R$)

• O quadriculado representa uma região alagada e cada


bolinha das figuras representadas simboliza uma pessoa 16,10
que deve ser resgatada.
12,10

FAUSTINO
• Cada participante distribui as doze figuras em seu plano car-
10
tesiano, sem que o adversário veja a disposição escolhida.
• Alternadamente, cada participante faz uma tentativa de
resgate pronunciando em voz alta as coordenadas do
0 30 40 x (kWh)
ponto onde acha que há uma pessoa a ser resgatada,
representada por uma bolinha. Após esse pronuncia-
mento, o adversário avisa sobre o sucesso ou fracasso da
tentativa. Em caso de sucesso, esse adversário descreve  inequações
o tipo de figura onde foi feito o resgate; por exemplo,
I. Antes de apresentar o texto do livro, discutir com os alunos
foi resgatado o “sozinho”, foi resgatada uma pessoa de
a questão: sendo a e b números reais:
uma dupla, foi resgatada uma pessoa de um trio etc.
a) sob que condições tem-se a 8 b . 0?
• O jogo é concluído quando todas as pessoas de um dos
Resposta: a . 0 e b . 0 ou a , 0 e b , 0
quadriculados forem resgatadas.
b) sob que condições tem-se a 8 b , 0?
• Os dois participantes têm direito ao mesmo número de
tentativas, por isso, não importa quem inicie o jogo. Se o Resposta: a . 0 e b , 0 ou a , 0 e b . 0
jogador A iniciar, a última tentativa será do jogador B. a
c) sob que condições tem-se . 0?
• O jogo pode ter um vencedor ou terminar em empate: b
Resposta: a . 0 e b . 0 ou a , 0 e b , 0
– haverá vencedor se, esgotadas todas as tentativas de
cada participante, apenas um tenha resgatado todas as a
d) sob que condições tem-se , 0?
pessoas (este será o vencedor); b
– haverá empate caso o jogador A, que iniciou o jogo, Resposta: a . 0 e b , 0 ou a , 0 e b . 0
resgate todas as pessoas e na última jogada a que tem II. Em seguida, discutir com os alunos a resolução da inequação:
direito o jogador B, este também conclua o resgate de (x 2 2)(2x 2 8) . 0, de acordo com a resposta obtida na
todas as pessoas. pergunta a.

33

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Como o produto é positivo, temos duas possibilidades:  inequacões

 x22.0
2x 2 8 . 0
ou
 x22,0
2x 2 8 , 0
O aluno já trabalhou com inequações-produto e inequações-
-quociente envolvendo funções polinomiais do 1º- grau.
O objetivo, agora, é ampliar um pouco essa ideia.
de onde se obtém o conjunto solução:
Apresentar os gráficos das funções:
S 5 {x Ñ R [ x , 2 ou x . 4}. x2
f (x) 5 4 2 x e g(x) 5 21
Comentar que o estudo do sinal do produto das funções f(x) 9
5 x 2 2 e g(x) 5 2x 2 8 também pode ser feito a partir
dos gráficos dessas funções: y

y
f 4
g

FAUSTINO
2 4 x
FAUSTINO

–3 0 3 4 x
–1

 x9 2 1
2

• À esquerda de 2, as duas funções assumem valores nega- A seguir, montar a expressão: (4 2 x)


tivos e, portanto, o produto delas é positivo. Propor as perguntas a seguir.
• Entre 2 e 4, f assume valores positivos e g assume valores
• Se atribuirmos o valor 5 para x, essa expressão será positiva

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
negativos e, portanto, o produto f 8 g é negativo.
ou negativa?
• À direita de 4, as duas funções assumem valores positivos
• Se atribuirmos o valor 26 para x, essa expressão será positiva
e, portanto, o produto delas é positivo.
ou negativa?
Concluímos, assim, que f 8 g . 0 se, e somente se, x , 2 1
• Se atribuirmos o valor para x, essa expressão será positiva
ou x . 4. ou negativa? 129
Mostrar também que esse estudo pode ser feito com um • Se atribuirmos o valor 17.953 para x, essa expressão será
quadro confeccionado da seguinte maneira: positiva ou negativa?
• Marcam-se no eixo real as raízes das funções f e g, indi- Verificar se algum aluno percebeu a técnica para descobrir o
cando a variação de sinal de cada uma: sinal da expressão somente observando os gráficos. Se nin-
2 4 guém descobriu, insistir com novas perguntas. Isso faz com
que toda a classe pense no assunto. O desfecho é a resolução
x
f � � � da inequação-produto:

 x9 2 1 . 0
2
g � � � (4 2 x)
ILUSTRAÇÕES: NEIDE TOYOTA

2 4 x
Observando os gráficos, temos:
• A seguir, indica-se a variação de sinal do produto das duas • para todo x à esquerda de 23, as duas funções f e g assumem
funções: valores positivos, portanto f 8 g . 0;
2 4 • para todo x entre 23 e 3, a função f assume valores positivos,
e a função g assume valores negativos, portanto f 8 g , 0;
x
f � � � • para todo x entre 3 e 4, as duas funções f e g assumem valores
positivos, portanto f 8 g . 0;
g � � � • para todo x à direita de 4, a função f assume valores negativos,
e a função g assume valores positivos, portanto f 8 g , 0.
f�g � � �
Concluímos, então, que o conjunto solução da inequação é:
2 4 x
S 5 {x Ñ R [ x , 23 ou 3 , x , 4}
Como queremos f 8 g . 0, devemos ter x , 2 ou x . 4.
 Os textos a seguir podem ser usados para enriquecer o assunto
abordado em sala de aula. O primeiro apresenta estratégias
interessantes e o segundo, um jogo.

Capítulo 7

 função polinomial do 2o grau ou função Texto Assumir a melhor postura


quadrática profissional
Apresentar a função polinomial do 2º- grau a partir do problema Comecemos pela história dos pedreiros que estavam assen-
comentado na p. 136 do livro do aluno. tando tijolos numa construção, quando foram indagados
Discutir com os alunos como se obtém a igualdade: por um estranho “o que vocês estão fazendo?”; enquanto
alguns responderam: “estamos assentando tijolos”, ou-
f (x) 5 x 50 2 x
1.000

Æ f (x) 5 2
x2
1.000
1 50x tros disseram: “estamos construindo uma catedral”. Essa

34

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história, que se encontra em Megid (2002, p. 67), ilustra “Duas pessoas tentaram percorrer uma mesma distância:
o fato de que podemos dar significados diferentes a uma 3
enquanto a primeira percorreu , a segunda percorreu
mesma situação. 5
5
Também muito própria para esse assunto é a metáfora da distância. Como fazer para descobrir qual pessoa
7
apresentada por Rubem Alves (1985, p. 12), personificada percorreu mais?”. É bem possível que surjam indagações,
pelo jequitibá e o eucalipto. O autor ressalta que o jequi- tais como: “elas partiram do mesmo ponto? Seguiram o
tibá é a árvore que se distingue das demais por ser única mesmo caminho? As velocidades de ambas eram iguais?
e altaneira, enquanto o eucalipto não consegue chamar a As duas pessoas têm passos do mesmo tamanho?”. Inda-
atenção porque sua identidade fica perdida na semelhança gações como essas constituem um excelente material para
com muitas outras. auxiliar o desenvolvimento do pensamento dos alunos; a
Ambas as histórias se reportam às duas opções que nós, análise delas permitirá a eles perceberem quais fatores ou
professores, temos com vistas às nossas atividades profis- informações influem na solução procurada, e essa percep-
sionais: a de darmos aulas e/ou a de formarmos pessoas; a ção, de certo modo, é mais importante do que a resposta
primeira corresponde a uma questão de oportunidade e a correta à pergunta do problema.
segunda, a uma vocação. Outro exemplo que pode ilustrar uma postura metodoló-
Qualquer que seja a escolhida, dificuldades surgirão no gica facilitadora de aprendizagem com significado pode
exercício do magistério, pois, magistério é a arte com re- ser encontrado em Gomes (1998), como produto de uma
flexão, isto é, além de ser artista, o professor precisa refletir pesquisa realizada com pessoas de diferentes idades e es-
sobre sua própria prática pedagógica. Aqui é impossível colaridades (alunos, professores, operários, licenciandos em
não mencionar dois livros fundamentais à formação de Matemática), referente ao conceito de proporcionalidade.
professores: A arte do magistério, de Pullias e Young (1976) Em vez de propor na forma de exercício, “calcule x tal que
e, o outro, A arte de ser um perfeito mau professor, de Malba 3 x
5 ”, a questão foi proposta de modo semelhante a
Tahan (1966). 5 7
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Lembrando que existem inúmeras maneiras de interpre- que fizera Noelting (1980): “foram feitas duas limonadas,
tar o passado, o profissional que desejar se tornar um uma usando três limões para cinco copos de água e outra
professor reflexivo pode começar descobrindo o que usando cinco limões para sete copos de água. Qual delas
seus alunos pensam de suas aulas e, também, tentando ficou mais forte?”.
responder questões, tais como: “em minhas aulas, tenho Note que essa questão fornece um referencial concreto e,
valorizado demasiadamente procedimentos (exercícios, ainda, trata de um assunto que as pessoas provavelmente
fórmulas, regras e algoritmos)? Tenho proposto atividades já vivenciaram. Talvez por isso, elas apresentaram diferentes
matemáticas que requerem a compreensão de conceitos estratégias de raciocínio para resolver a questão, a saber:
e que evidenciam significados? Essas atividades se referem
a) Transformação de frações em números decimais
a situações do contexto de vida de meus alunos? Eles se
sentem desafiados? Elas possibilitam que os alunos realizem
descobertas? Como os alunos percebem o progresso deles
3
5
5 0,6 e
5
7 
5 0,7 e comparação dos resultados.

em Matemática? Como foram minhas aulas hoje? O que b) Representação dos dados por tiras ou barras subdivididas
posso fazer para melhorar minhas aulas? Que formação e comparação dos resultados.
matemática desejo aos meus alunos? Quais conhecimentos c) Transformação dos dados em volumes e comparação
matemáticos são relevantes e quais são dispensáveis aos das concentrações: supondo que cada limão tenha
meus alunos? Como posso melhorar o desenvolvimento 50 mL e que cada copo contenha 200 mL de água, en-
dos meus alunos? Qual é a minha concepção da educação tão a primeira limonada ficou com 1.000 mL de água e
matemática? Como posso melhorar minha competência 150 mL de suco, o que significa 13% de concentração,
matemática e pedagógica? Que valores tenho transmitido referente ao volume total (1.000 mL 1 150 mL); de
aos meus alunos?”. modo semelhante, a segunda ficou com 1.650 mL
Essas questões referem-se à metodologia do ensino, à de água para cada 250 mL de limão, isto é, 15%. Logo,
epistemologia, à Matemática, à hierarquia de valores de esta ficou mais forte.
cada professor. Vamos nos restringir à primeira e à última d) Emprego do conceito de proporcionalidade:
delas. 3 5
5 V 3x 5 25 V x 5 8,3
Muitos alunos já enfrentaram a aridez do exercício seguin- 5 x
3 5
te: “qual é a fração maior: ou ?”. O procedimento Se a segunda tivesse utilizado 8,3 copos de água, as duas
5 7 limonadas seriam iguais. No entanto, como foram utiliza-
imposto aos alunos era: calcular o mmc dos denomina-
dos só 7 copos, a segunda ficou mais forte.
dores, transformar as frações dadas em suas equivalentes,
3 5
comparar os numeradores e escolher a de maior numera- e) Emprego do conceito de proporcionalidade: = V
x 7
dor. Desse modo, a tarefa do aluno se reduzia a um mero
V x 5 4,2. Como foram utilizados mais de 4,2 copos de
exercício de aplicação de regra, sem compreensão do
significado de seu procedimento. E mais, tempos depois, água, a primeira ficou mais fraca.
a vida provavelmente permitirá a esses alunos desco- Essas cinco estratégias apresentadas pelas pessoas indaga-
3 5 das mostram a riqueza de informações que podem tornar
brirem que pode ser menor, igual ou maior que ,
5 7 qualquer aula mais interessante, inteligente e formativa que
dependendo do contexto, do referencial de comparação aquela que se resumiu simplesmente na aplicação da regra
(por exemplo, a metade do salário de algumas pessoas 3 5
para decidir: “qual fração é maior: ou ?”.
é maior que o salário inteiro de outras). No entanto, em 5 7
vez de ensinar regras aos alunos, essa mesma questão Além da diversificação de estratégias apresentadas, elas
pode ser apresentada, por exemplo, na forma seguinte: merecem os seguintes comentários:

35

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• Em a, a opção de transformar frações em números Assim, ser reflexivo é uma exigência ao professor que per-
decimais indica que, para algumas pessoas, números segue uma melhor postura profissional.
decimais expressam mais claramente seus significados Houve um tempo em que a escolaridade e o diploma eram
que as frações, isto é, é mais fácil comparar 0,6 com 0,7 garantia de competência, emprego e sucesso ou, pelo
3 5 menos, prestígio social. Atualmente, por estarmos na era
do que com .
5 7 da informação, temos de acompanhar o progresso que
• Em b, as duas tiras ou barras que foram desenhadas por
está acontecendo em nossa área profissional, sob pena de
alguns alunos tinham um mesmo comprimento; ambas
termos alunos que conheçam mais que nós mesmos. Em
foram divididas completamente; em cada uma, a divisão
outras palavras, precisamos de constante atualização e,
foi feita em partes iguais (quintos e sétimos). Esse procedi-
portanto, nossa formação deve ser contínua, isto é, deve
mento revela compreensão correta do conceito de fração
ser continuada pelos meios disponíveis a cada um, sejam
em Matemática. No entanto, tendo em vista que o volume
eles cursos, internet ou livros.
de sete copos é maior que o de cinco copos, ao repre-
Em resumo, para assumir uma melhor postura, é preciso
sentar esses diferentes volumes por barras ou tiras, estas
reflexão sobre as aulas dadas e uma constante atualização
poderiam ter sido apresentadas pelos alunos em diferentes
para a formação.
comprimentos. Embora esta estratégia seja inadequada,
ela também conduz a um resultado correto. Alguns autores recomendam que, além dessas duas con-
dições, o professor deve ser um pesquisador. Talvez essa
• A ideia de relação entre dois números pode se apresentar
terceira condição seja tão ideal quanto utópica ante a nossa
em modos diferentes, tais como: fração, número decimal,
realidade. Para se tornar um pesquisador é preciso apren-
concentração, porcentagem, razão e função.
der a fazer pesquisa, o que só ocorre em alguns cursos de
• Sabemos que a comparação entre duas quantidades,
mestrado ou doutorado. Apesar de haver grande interesse
para ter validade, precisa ser realizada em um mesmo
por parte dos professores, esses cursos nem sempre estão
referencial; alguns alunos mostram ter percebido isso
disponíveis na região, ou nem sempre são acessíveis, devido
quando usaram o sinal de igual entre duas razões e

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a custos e carga horária.
quando indagaram à professora se todos os limões ou
Assim, se o professor conseguir refletir sobre suas aulas e se
copos eram do mesmo tamanho.
mantiver atualizado, certamente já terá uma boa postura
• Dando abertura para que nossos alunos apresentem suas
profissional.
estratégias e suas justificativas, é provável que crianças
[...]
mais jovens assim raciocinem:
Convém frisar que tanto o “jequitibá” como a “catedral”
“A segunda limonada é mais forte porque tem mais
demandam tempo e energia para que sejam formados
limão.”
e, mesmo assim, de tempos em tempos passarão por
“A segunda limonada é mais fraca porque tem mais
renovações, por reparos. No nosso caso, de professores,
água.”
tempo e energia estarão representados em vontade,
“As duas limonadas são iguais porque os aumentos foram decisão, estudo, dedicação, reformulação e constante
iguais”, isto é, uma utilizou três limões e a outra, cinco reflexão. Afinal, os alunos têm o direito e precisam de
(diferença igual a dois) e, referente à água, também há bons professores, o que já é um forte argumento para que
diferença de dois copos. Isso indica que, num primeiro melhoremos constantemente nossa prática docente, em
estágio, a proporcionalidade pode ser percebida como especial aquela que intencionalmente realizamos em sala
comparação entre diferenças constantes e só mais tarde de aula. Sem essa atuação, a aprendizagem dos nossos
como quocientes constantes. alunos não melhorará em Matemática; de nada adiantarão
novos livros didáticos, Parâmetros Curriculares Nacionais
Essas formas de pensamentos revelam que nem todas as (PCNs), cursos de pós-graduação ou de aprimoramento,
pessoas chegaram ao conceito correto de proporcionalida- materiais manipuláveis, jogos etc.
de. Justamente por isso, elas são também valiosas balizas
E mais: se você não fizer, provavelmente seus alunos ou os
de orientação para o trabalho docente.
pais deles nem perceberão. No entanto, se você optar por
O exemplo didático anterior, mostrando as diferenças levar até a sua própria prática pedagógica uma contribuição
entre aplicação de regra, coleta e discussão de estratégias para aprimorar o ensino-aprendizagem da Matemática,
propostas pelos alunos, pode sugerir-nos que é mais fácil certamente sentirá a satisfação do dever cumprido, melho-
exercitar nossos alunos por meio de algoritmos do que lhes rando inclusive sua autoimagem. Você decide!
apresentar desafios que despertem curiosidade e possibili-
O que diriam seus alunos, se a eles fosse dado o direito de
tem a proposta de diferentes soluções. Mas, visando uma
decidir por você?
melhor formação do aluno, é preciso optar pela alternati-
Essa decisão diz respeito à autonomia de cada profissional,
va mais difícil ao professor. Mais difícil porque exige um
mas também é um imperativo ético, e não um favor que
planejamento mais minucioso e, também, porque expõe
pode ser feito, como ressalta Freire (2000, p. 66).
o professor ao inesperado, às vezes, até ao desconhecido,
mesmo porque estamos acostumados a receber progra- Considerando que cada professor é o principal protago-
mações e demais orientações completamente prontas, nista de seu desenvolvimento profissional, a questão se
elaboradas pela Secretaria de Educação, pelo Ministério resume em verificar se você deseja ser protagonista da ação
da Educação (MEC) ou pelos autores de livros didáticos, educativa necessária (quase sempre possível), ou se pre-
cabendo a nós apenas segui-las. fere ser objeto de inevitáveis transformações que causam
sensações de desequilíbrio. Alguns preferem ver a banda
A falta de reflexões do professor sobre sua prática peda-
passar, mas, quem sabe, não esperam acontecer.
gógica pode garantir a repetição de um ensino destituído
de significado para os alunos, mesmo porque somos um LORENZATO, Sérgio. Para aprender Matemática. Campinas:
Autores Associados, 2006. p. 121-129.
país de dimensões continentais que, como tal, apresenta
diferentes demandas regionais.

36

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jogo família de funções 1. Quais das características apresentadas a seguir estão rela-
cionadas à função f (x) 5 2x2 1 2x 2 1?
Este jogo possibilita que os alunos identifiquem caracterís-
a) o gráfico da função intercepta o eixo y no ponto de
ticas de funções do 1o e 2o graus e da função constante,
ordenada 21;
bem como trabalhem as habilidades de leitura e análise
de gráficos. b) o gráfico de f (x) passa pelo ponto (21, 0);
Organização da classe: em trios. c) a função f (x) é decrescente em ]2, 1] e crescente
Recursos necessários: 37 cartas com expressões algébricas em [1, 1[;
de funções, esboços de gráficos, características das funções d) a função possui concavidade para baixo.
e 2 cartas com o termo FUNÇÃO.
2. Indique as cartas que fazem parte da mesma família que
Oriente seus alunos quanto às regras:
a carta a seguir:
1. O objetivo do jogo é formar famílias de quatro cartas.
Cada família é formada pela expressão algébrica da fun-
ção, pelo esboço de seu gráfico e por duas outras cartas
que contêm propriedades da função, a saber: pontos
importantes do gráfico, comportamento do sinal da y  3x2
função. É possível formar, no máximo, dez famílias.
2. Embaralham-se as cartas e coloca-se o baralho sobre a
mesa, virado para baixo.
3. Um dos jogadores tira uma das cartas do baralho e a
coloca sobre a mesa com a face virada para cima. 3. Na sua vez de jogar, Rita observou a mesa e percebeu que
4. O próximo a jogar procede do mesmo modo. faltava apenas uma carta para formar uma das famílias.
Veja:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

5. Se a carta tirada por um dos jogadores pertence à mesma


família de uma das cartas já viradas, coloca-se a carta re-
tirada abaixo da carta de mesma família. Caso contrário, x x x
coloca-se a carta sobre a mesa sem aproximar de outras 4

cartas. 3 �1 1
y y
6. Se um dos jogadores colocar uma das cartas na família

ILUSTRAÇÕES: NEIDE TOYOTA


errada ele perde a vez de jogar, e essa carta é colocada �1 1 y
�3
no fim do baralho.
7. Se a carta tirada por um jogador for uma carta FUNÇÃO,
ele poderá utilizá-la em qualquer momento do jogo para
formar uma família.
8. O jogo termina quando não for possível formar mais É uma função
do 2º grau y é crescente
famílias. em ], 0] e
y  2x  x
2
que não
decrescente
9. Ganha o jogo quem tiver maior pontuação, de acordo possui
em [0, [
com as seguintes regras: raízes reais.

• Sempre que um dos jogadores retirar uma carta que


pertence à mesma família de uma das cartas da mesa,
coloca a carta retirada ao lado da carta de mesma
família e ganha 1 ponto.
• O jogador que completar uma das famílias ganha 5
O gráfico
pontos. da função
passa pelo
Algumas explorações possíveis: ponto (0, 0).
Trabalhe esse jogo quando seus alunos tiverem estudado
os conceitos relacionados à função constante, afim e
quadrática.
Algumas sugestões para apresentar o jogo: em grupo, os Rita conseguiria formar a família se retirasse do monte a
alunos leem as regras e jogam; você lê as regras com a carta:
classe, simula algumas situações de jogo, e depois deixa
que joguem sozinhos; entrega aos grupos as cartas, propõe
a análise e a escrita coletiva das regras para, em seguida, O gráfico
apresentá-las. intercepta
o eixo y no
Se perceber que seus alunos não estão compreendendo
ponto de
como compor as famílias (gráfico, forma algébrica e duas ordenada
características), peça que façam uma organização prévia zero.
das famílias para conhecer todas as cartas para depois
realizar o jogo.
Após jogar algumas vezes com a classe, apresente alguns
Comunicando a aprendizagem:
problemas para explorar melhor as características das fun-
Propor que os grupos criem novos problemas a partir do
ções envolvidas no jogo. Veja algumas sugestões:
jogo e troquem-nos entre si para resolvê-los. É interessante

37

Paiva Guia Parte comum(01a44).indd 37 3/9/10 5:24:19 PM


aproveitar esse trabalho para discutir com os grupos a
estrutura dos problemas criados, o tipo de problema e as y y y

formas de resolução. 2 2
3
Cartas: FUNÇÃO x x
2 x

ILUSTRAÇÕES: NEIDE TOYOTA


�4

1
y 2 y  4 y x 1 y  x  2
3 4 2
y y y y

�2 1 1

x x x 1 x
�1
�1 �1 �1
2 2

y  2x  1 yx1 y  x2  2x 1 y  3x2


y y y

1 1 4
�1 1 4 2
3
x �1 x
8
�1 1 x

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
�3

2
y
3 2 é raiz
y  2x2  x y  x2  3 para qualquer SMOLE, Kátia Stocco et. al. “Família de funções”. In: Jogos de
da função.
x do domínio. Matemática: de 1o a 3o ano. Porto Alegre: Artmed, 2008.

y0 Capítulo 8
quando
x  1 1 é coeficiente É uma
Possui  módulo de um número real
2 concavidade
angular e linear função afim Utilizando o exemplo da p. 155 do livro do aluno, continuar
y0 para baixo e
da função. decrescente.
f(0) = 1. formulando questões, por exemplo:
quando
x  1 • Se essa pessoa se deslocar do ponto C até o ponto D de abs-
2
cissa 21, que distância percorrerá? Como você calcula essa
distância, usando as abscissas de C e D?
Resposta: 21 2 (24) 5 3
Após essa discussão, formalizar os conceitos de distância entre
A função é O gráfico
crescente y  4 para da função O gráfico dois pontos e de módulo de um número real.
em ], 0] qualquer x intercepta o eixo passa pelo
e decrescente do domínio. y no ponto de ponto (0,0). Leia o texto a seguir e reflita sobre sua aplicabilidade.
em [0, [. ordenada 4.

Texto Ensinar com conhecimento

Dar aulas é diferente de ensinar. Ensinar é dar condições


O gráfico é para que o aluno construa seu próprio conhecimento. Vale
uma reta que O gráfico O gráfico da salientar a concepção de que há ensino somente quando,
intercepta O ponto (0, 1)
intercepta o eixo função y não
o eixo y no pertence ao em decorrência dele, houver aprendizagem. Note que é
x no ponto da intercepta o
ponto de gráfico. possível dar aula sem conhecer, entretanto não é possível
1 eixo x.
abscissa  . ordenada zero.
2 ensinar sem conhecer. Mas conhecer o quê? Tanto o con-
teúdo (matemático) com o modo de ensinar (didática); e
ainda sabemos que ambos não são suficientes para uma
aprendizagem significativa.
Considerando que ninguém consegue ensinar o que não
O gráfico sabe, decorre que ninguém aprende com aquele que dá
O gráfico
O gráfico da função é aulas sobre o que não conhece. Mesmo quando os alunos
passa pela
passa pelo uma reta que FUNÇÃO
origem do plano
passa por (0,2)
conhecem menos que um professor que dá aulas sem do-
ponto (0, 1).
cartesiano. mínio do assunto, eles percebem, no mínimo, a insegurança
e (0,2).
do professor. Qual seria nossa reação num aeroporto, ao
tomarmos conhecimento de que o piloto de nosso voo não
conhece bem como nos conduzir? Qual seria sua reação, ao

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Paiva Guia Parte comum(01a44).indd 38 3/9/10 5:24:24 PM


chegar ao pronto-socorro de um hospital com seu filho em ensiná-la por se sentirem inseguros; não conhecer o
seus braços e saber que lá, de plantão naquele horário, só assunto a ser ensinado não gera direitos ao professor, e
há veterinários? O que os pais esperam de nós, professores, sim, o inevitável dever de aprender ainda mais.
quando nos entregam seus filhos para que estes aprendam
Aqui surge uma questão que não poderia faltar quando se
Matemática?
pensa a respeito do conhecimento docente: qual Mate-
Reconhecemos que o educando tem o direito de receber mática o professor deve conhecer? A resposta óbvia seria:
do professor um correto conteúdo tratado com clareza, no mínimo, aquela que o professor terá que ensinar. No
e, para que isso possa acontecer, é fundamental que o entanto, aqueles que cursaram a licenciatura em Mate-
professor conheça a Matemática e sua didática. Poderia mática sabem que nela estudaram Matemática superior,
um professor que não conhece Matemática sentir a beleza com seus laplacianos, jacobianos, divergentes, gradientes,
dessa disciplina? Poderia ele sentir o prazer de ensiná-la? rotacionais, cortes de Dedekind, intervalos encaixantes de
Conseguiria dar aulas com paixão e deslumbrar seus Cauchy, topologia algébrica, Geometria diferencial, entre
alunos? outros conteúdos, e sempre pelo método dedutivo, repleto
Também sabemos que a falta de compreensão dos alunos de demonstrações. Por isso, receberam um diploma que
os conduz a acreditarem que a Matemática é difícil e que lhes deu direito de lecionar o conteúdo matemático que
eles não são inteligentes, entre inúmeras outras consequên- consta dos programas de ensino fundamental e médio, e
cias maléficas. Pesquisas comprovam o que a experiência que deve ser ensinado de modo intuitivo, repleto de ativi-
de vida já mostrava: as causas, entre elas o professor, são dades experimentais. Tal discrepância explica, em parte,
esquecidas no tempo, mas as consequências, sejam elas os nossos elevados índices nacionais de reprovação em
cognitivas ou afetivas, acompanharão os alunos para sempre Matemática, bem como as péssimas classificações do Brasil
(LORENZATO, 2003). nas olimpíadas internacionais (LORENZATO, 2004).
Por razões de ética e de responsabilidade, independente- A permissão para alguém dar aulas mesmo sem conhecer
mente de sua remuneração, todo professor tem o dever de o assunto também atinge a pós-graduação, quando cursos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

conhecer o que vai ensinar. Sobre isso, vamos fazer uma de formação continuada a professores são ministrados por
experiência. Leia com atenção o texto seguinte: matemáticos que, apesar de conhecerem profundamente o
campo que escolheram para fazer seus doutorados, nunca
Um jornal é melhor do que uma revista. Um cume ou
encosta é melhor do que uma rua. No início parece que é lecionaram para crianças ou jovens, nem apresentam afini-
melhor correr do que andar. É preciso experimentar várias dade com a arte de ensinar e desconhecem as contribuições
vezes. Prega várias partidas, mas é fácil de aprender. Mesmo do campo da educação matemática.
as crianças podem achá-lo divertido. Uma vez com sucesso,
LORENZATO, Sérgio. Para aprender Matemática. Campinas:
as complicações são minimizadas. Os pássaros raramente se Autores Associados, 2006. p. 3-6.
aproximam. Muitas pessoas, às vezes, fazem-nos ao mesmo
tempo, contudo isso pode causar problemas. É preciso
muito espaço. É necessário ter cuidado com a chuva, pois
destrói tudo. Se não houver complicações, pode ser muito Capítulo 9
agradável. Uma pedra pode servir de âncora. Se alguma coisa
se partir, perdemo-lo e não teremos uma segunda chance
[Levine, 1994].
 função exponencial
I. Apresentar a função exponencial a partir de um problema,
Mesmo relendo-o, você ficará inseguro, com dúvidas e se como, por exemplo, o cálculo do montante acumulado em
perguntando: “do que se trata?”, “a que isso se refere?”. uma aplicação financeira a juro composto.
Agora, releia o texto, mas colocando nele o título “A pipa”. • Um capital de 1 milhão de reais foi aplicado à taxa de juro
Você perceberá que o texto passa a ter significado. composto de 30% ao ano. O crescimento do montante
Será que muitos dos nossos alunos sentem dificuldade em acumulado (capital 1 juro) é descrito pela tabela:
aprender porque omitimos informações básicas para eles,
as quais, às vezes, nem nós conhecemos? Uma maneira de Capital juro
montante
Ano (milhão (milhão
dar aula sem conhecer é repetir exatamente aquilo que o de real) de real)
(milhão de real)
aluno encontra no livro didático, o que pode conduzir o
1 1 0,3 1 1 0,3 5 1,3
aluno a conceber o professor com um objeto desnecessário
à sua aprendizagem. 2 1,3 0,3 8 1,3 1 1 0,3 8 1,3 5 1,3 8 (1 1 0,3) 5 (1,3)2

Em contrapartida, o professor que ensina com conhecimen- 3 (1,3)2 0,3 8 (1,3)2 (1,3)2 1 0,3 8 (1,3)2 5 (1,3)2 8 (1 1 0,3) 5 (1,3)3
to conquista respeito, confiança e admiração de seus alunos.
4 (1,3)2 0,3 8 (1,3)3 (1,3)3 1 0,3 8 (1,3)3 5 (1,3)3 8 (1 1 0,3) 5 (1,3)4
Na verdade, “ensinar com conhecimento” aqui tem a cono-
tação de que “quem não conhece não consegue ensinar”, ... ... ... ...

ou então de que “ninguém ensina o que não conhece”. Na t ... ... (1,3)t
prática, essa questão envolve outras, tais como:
• a respeito de cada assunto a ser ensinado, todo professor Note, portanto, que o montante M é função do tempo t, pois
precisa conhecer mais do que ensinar... e deve ensinar M 5 (1,3)t. Funções como essa, em que a variável está no
somente aquilo que o aluno precisa ou pode aprender; expoente de uma constante positiva e diferente de 1, são
• o professor não tem a obrigação de a tudo saber respon- chamadas de funções exponenciais.
der corretamente, no momento da indagação, mas deve II. Comentar que as medidas de grandezas que crescem ou
ter a humildade de dizer “não sei”, mostrar disposição de decrescem através do produto por uma taxa constante
procurar uma resposta adequada à questão e de informá- (juro composto, crescimento populacional, decaimento
-la aos alunos; radioativo, valorização ou depreciação de um bem etc.)
• geralmente se referindo ao ensino da Geometria, é podem ser estudadas por meio das progressões geométricas
comum professores se dizerem com o direito de não ou por meio da função exponencial. Por exemplo, a idade

39

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dos fósseis é determinada por fórmulas matemáticas que (1 1 8) 9
prazo médio será de 5 5 4,5 meses, que passa
envolvem a função exponencial, relacionando o tempo de 2 2
desintegração dos isótopos radioativos com a quantidade a ser considerado como sendo o tempo t. A partir daí,
de tais isótopos presente num certo resíduo de matéria usa-se a fórmula da taxa para juros simples, i 5 100j/ct,
orgânica.
obtendo a estimativa:
III. Após essa introdução, construir, com a participação dos

  100 3 165,80
1 x 16.580
alunos, os gráficos das funções f(x) 5 2x e g(x) 5 j5 5 = 3,022...,
2 1.219 3 4,5 5.485,5
enfatizando que a primeira é crescente, porque a base é
o que mostra que a taxa cobrada é de aproximadamente
maior do que 1, e que a segunda é decrescente, porque a
3% ao mês.
base está entre 0 e 1. Observando que os gráficos dessas
Voltamos à propaganda, procuramos onde estão explicita-
funções se aproximam indefinidamente do eixo Ox, ressaltar
das as condições de venda e lá estão as taxas: 3% ao mês
que nenhuma delas se anula.
e 42,57% ao ano. Nesse caso, a estimativa foi muito
boa.
 Se achar interessante, após o trabalho com o conteúdo desse
capítulo, explorar com os alunos o texto a seguir, que apresenta Examinemos agora um forno de micro-ondas que custa
a aplicação do conceito em uma situação de prestações R$ 239,00 e está anunciado por 13 parcelas de R$ 26,53,
e juros. sendo a primeira delas paga no ato da compra. O preço
a prazo é de (13 3 26,535) R$ 344,89 e os juros de
j 5 (344,89 2 239) 5 R$ 105,89. Como é cobrada uma
Texto uma estimativa para os juros entrada de R$ 26,53, o capital será de (239 2 26,535)
R$ 212,47. A primeira prestação será paga em um mês
Os juros das prestações: Abrimos os jornais e lá estão e a última em 12 meses, logo, o prazo médio será de
propagandas de diversas lojas oferecendo produtos a (1 1 12)

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
t5 5 6,5 meses. Usando a fórmula da taxa para
serem pagos a prazo ou à vista. Nas ofertas a prazo uma 2
pequena estrela indica que em algum ponto estratégico juros simples, teremos a estimativa:
da mensagem existem informações adicionais sobre as
100 3 105,89 10.589
condições de pagamento. Procuramos e descobrimos as i5 5 5 7,66...,
taxas de juros mensais e anuais. Numa propaganda está 212,47 3 6,5 1.381,055
escrito que as taxas são de 3% ao mês ou de 42,57% ao o que mostra que a taxa estimada é de 7,6% ao mês. Voltan-
ano. Outra diz que os juros são de 6,9 por cento ao mês do ao anúncio, vemos que a taxa mensal era de 6,9%. Dessa
ou de 122,71% ao ano. Uma terceira propaganda oferece vez, a estimativa não foi tão boa. Entretanto, cabe ponderar
juros de 3,8% ao mês ou 56,45% ao ano. Por mais diferen- que para a ordem de grandeza dos dados do problema
ciadas que sejam as taxas, uma coisa elas têm em comum. trata-se de uma estimativa razoável que possibilita que
A taxa anual é maior que 12 vezes a taxa mensal. De fato, um comprador tome uma decisão mais consciente sobre
junto com a taxa de 3 por cento ao mês aparece a taxa a conveniência de comprar imediatamente o aparelho ou
de 42,57% ao ano, e não (12 3 3 5) 36 por cento. Com de esperar uns meses e econominar os juros. [...]
a taxa mensal de 6,9% em vez de (12 3 6,9 5) 82,8 por Para finalizar esta seção, vamos examinar um telefone celu-
cento, surge 122,71% ao ano. Da mesma forma, quando lar que custava R$ 299,00 e era oferecido sem entrada, por
a taxa é de 3,8% ao mês, aparece 56,45% ao ano, em vez sete parcelas de R$ 49,69, perfazendo um total a prazo de
de (12 3 3,8 5) 45,6%. R$ 347,83. Neste caso, os juros eram j 5 48,83 e, como não
A razão disso é que se trata de juros compostos capitalizados havia entrada, c 5 299. Como a primeira prestação vencia
mês a mês. Isto é, os juros cobrados em um determinado
em um mês e a última em sete meses, o prazo médio era
mês somam-se ao capital e sobre esta soma são calculados
117
os juros do mês seguinte. Isso permite entender que juros de 5 4 meses, o que nos leva à estimativa:
2
de 3% ao mês terminem dando origem a juros maiores
(12 3 3 5) 36% ao ano. Fica ainda evidente que o cál- 4.883
i5 5 4,08...,
culo dos juros compostos não pode ser feito pela fórmula 1.196
j 5 cit/100. [...]. Por ora, vamos desenvolver métodos que que mostra que a taxa é de aproximadamente 4% ao mês.
permitam estimar os juros cobrados numa compra a prazo, Obtivemos uma estimativa razoável para a taxa real, que
com uma precisão razoável para as ordens de grandeza era de 3,8% ao mês.
envolvidas nos exemplos abordados.
VALLADARES, Renato J. Costa. O jeito matemático de pensar.
A estimativa do prazo médio: Uma boa maneira de estimar Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2003. p. 159-161.
os juros cobrados em uma venda a prazo é o recurso do
prazo médio que veremos a seguir:
No encarte de um jornal, uma geladeira que custa
R$ 1.219,00 à vista é anunciada por 8 parcelas de
R$ 173,10, sendo que o primeiro pagamento só é feito Capítulo 10
um mês depois da compra. O preço a prazo será de
(8 3 173,10 5) R$ 1.384,80 e os juros cobrados são de  logaritmos
j 5 (1.384,80 2 1.219,00) 5 R$ 165,80. Como não há Pode-se introduzir o conceito de logaritmo com base no seguinte
nenhum pagamento no ato da compra, a parte financiada problema:
coincidirá com o preço à vista e o capital sobre o qual incide • Um capital de 1 milhão de reais foi aplicado à taxa de juro
a cobrança de juros é c 5 R$ 1.219,00. Como a primeira composto de 30% ao ano. Qual o tempo necessário para que
prestação será paga em 1 mês e a última em 8 meses, o o montante acumulado atinja 1,6 milhão de reais?

40

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Vimos que o montante M acumulado em t anos é dado por constante de proporcionalidade é igual a 1, de modo que
M 5 (1,3)t e, portanto, a resposta a essa pergunta é a raiz da [log (x 1 h) 2 log x]
equação 1,6 5 (1,3)t. o quociente , para valores pequenos
h
Para determinar o valor de t, vamos desenvolver uma teoria 1
de h, é aproximadamente igual a . Daqui em diante,
criada por John Napier, por volta de 1610. O valor de t será x
chamado de logaritmo de 1,6 na base 1,3, ou abreviadamente falaremos apenas de logaritmos naturais.
t 5 log1,3 1,6.
A inversa da função logaritmo y = log x é a função ex-
 O texto a seguir apresenta o desenvolvimento do conceito de ponencial x = e y, ou x = exp y. Portanto log (exp y) =
logaritmo e algumas de suas aplicações.
y para todo y Ñ R e exp (log x) = x para todo x . 0.
Quanto atribuímos ao número y = log x um pequeno
acréscimo k, o novo valor y 1 k passa a ser o logaritmo de
Texto sobre a evolução de um número x 1 h, próximo de x. Podemos então escrever
algumas ideias matemáticas
y 1 k = log (x 1 h), y 5 log x e k = log (x 1 h) 2 log x.
Vários conceitos básicos da Matemática, criados para Fazendo estas substituições, obtemos
atender a certas necessidades e resolver problemas es-
pecíficos, revelaram posteriormente uma utilidade bem exp (y 1 k) 2 exp y exp (log (x 1 h)) 2 exp log x
= =
mais ampla do que a inicialmente pensada e vieram, com k log (x 1 h) 2 log x
a evolução das ideias e o desenvolvimento das teorias, a h
adquirir uma posição definitiva de grande relevância nesta =  x = exp y,
log (x 1 h) 2 log x
Ciência. Em alguns casos, a utilidade original foi, com o
tempo, superada por novas técnicas mas a relevância onde  significa “aproximadamente igual”.
teórica se manteve.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Ilustraremos essa observação com três exemplos.* exp (y 1 k) 2 exp y


Assim, a razão é, para pequenos
k
* Neste Suplemento, inserimos apenas o exemplo de logaritmo. valores de k, aproximadamente igual a exp y.
Mas geralmente, se considerarmos a função f (y) = exp (cy),
1. Logaritmos onde c é uma constante, teremos, para pequenos valores
Os logaritmos foram inventados no início do século 17, de k:
a fim de simplificar as trabalhosas operações artiméticas
dos astrônomos, com vistas à elaboração de tabelas de f (y 1 k) 2 f (y) exp (cy 1 ck) 2 exp (cy)
= 8c
navegação. k ck
Com efeito, a regra log (xy) = log x 1 log y e suas
 c 8 exp (cy) 5 c 8 f(y).
conse quên cias, tais como log  
x
y
= log x 2 log y,
As observações acima se traduzem, em termos matemáti-
(log x) cos, pelas afirmações de que a derivada da função y = log
log (x ) 5 n 8 log x, log  x =
n n
, permitem reduzir
n
cada operação aritmética (exceto, naturalmente, a adição x é igual a
1
x 
isto é, y  =
1
x 
e que a derivada da função
e a subtração) a uma operação mais simples, efetuada com
os logaritmos. Esta maravilhosa utilidade prática dos loga- x = exp (cy) é x  = c 8 x.
ritmos perdurou até recentemente, quando foi vastamente Daí resulta a grande importância da função exponencial
superada pelo uso das calculadoras eletrônicas. (e consequentemente da sua inversa, a função logaritmo)
A função logaritmo, entretanto, juntamente com sua para descrever as grandezas cuja taxa de variação seja, em
inversa, a função exponencial, permanece como uma das cada momento, proporcional ao valor daquela grandeza
mais importantes na Matemática, por uma série de razões naquele momento. Exemplos de grandezas com essa pro-
que vão muito além da sua utilidade como instrumento priedade são: um capital empregado a juros compostos,
de cálculo aritmético. Por exemplo, a própria identidade uma população (de animais ou bactérias), a radioatividade
log (xy) = log x 1 log y, a par do seu grande apelo estéti- de uma substância, ou um capital que sofre desconto. Nos
co, serve para mostrar que não existe diferença estrutural dois últimos exemplos, a grandeza diminui com o tempo,
(intrínseca) entre as operações de adição de números de modo que sua lei de variação é da forma x = a 8 exp (bt),
reais e a mutiplicação de números reais positivos. Mas a com a = valor inicial, t = tempo e b , 0.
principal razão da relevância dos logaritmos (ou, o que é
Resumindo: um matemático ou astrônomo do século 17
o mesmo, das exponenciais) provém de uma propriedade
achava os logaritmos importantes porque eles lhe permitiam
que já havia sido observada há cerca de 300 anos, sobre
efetuar cálculos com rapidez e eficiência. Um matemático
a qual diremos algumas palavras agora.
de hoje acha que a função logaritmo e sua inversa, a fun-
As primeiras pessoas que se ocuparam da elaboração de
ção exponencial, ocupam uma posição central na Análise
tábuas de logaritmos não podem ter deixado de notar que,
Matemática por causa de suas propriedades funcionais,
[log (x 1 h) 2 log x] muito especialmente a equação diferencial x = c 8 x, a
para pequenos valores de h, a razão
h qual descreve a evolução de grandezas que, em cada
entre o acréscimo de log x e o acréscimo h dado a x é, instante, sofrem uma variação proporcional ao seu valor
1 naquele instante.
aproximadamente, proporcional a . Quando se usam os
x LIMA, Elon Lages. Meu professor de Matemática. Rio de Janeiro:
logaritmos naturais (que têm como base o número “e”) a Instituto de Matemática Pura e Aplicada, 1991. p. 28-31.

41

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Resolução:
Capítulo 11
Para responder a essa pergunta, vamos construir a sequência
 Sequências formada pelos quilogramas perdidos nesse período:

4, 2, 1, 12 , 14 , 18 , 161 , 321 , 641 


I. Conceituar intuitivamente sequência, mostrando algumas
aplicações no cotidiano: lista de chamada, código de barras,
ordem alfabética das palavras em um dicionário, ordem 1
crescente na numeração das páginas de um livro etc. Note que essa sequência é uma P.G. de razão .
2
II. Na fala dos humanos, ocorrem sequências de palavras, Indiquemos por S9 a soma de seus nove termos:
e na formação de palavras há sequências de fonemas.
A música é um modo de comunicação que também 1 1 1 1 1 1
S9 5 4 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 (I)
apresenta sequências: sequências de notas musicais. De 2 4 8 16 32 64
modo geral, qualquer sistema de códigos é formado por Para calcular essa soma, poderíamos reduzir as frações ao
sequências: de símbolos, sons, cores etc. mesmo denominador, porém vamos aplicar outra técnica.
1
Inicialmente, multiplicamos por ambos os membros da
 Progressão aritmética 2
I. Iniciar o estudo das progressões aritméticas a partir da igualdade (I):
sequência apresentada na p. 217 do livro do aluno. Ressal-
S9 1 1 1 1 1
tar que cada termo dessa sequência, a partir do segundo, 52111 1 1 1 1 1
2 2 4 8 16 32
é a soma do termo anterior com a constante 0,5 e, por
isso, a sequência de números é chamada de progressão 1 1
1 1 (II)
aritmética (P.A.) de razão 0,5. Pedir outros exemplos aos 64 128
alunos. Subtraindo as igualdades (I) e (II), membro a membro,
II. Para motivar o estudo da soma dos n primeiros termos de obtemos:
uma P.A., também pode-se propor, antes da apresentação da
fórmula, o problema: No mês de junho de 2002, a seleção
brasileira de futebol sagrou-se pentacampeã mundial. Nesse
S9 2
S9
2 
5 412111
1
2
1
1
4
1
1
8
1
1
16
1

período, foi registrada a maior venda de todos os tempos


de camisas da seleção. Para se ter uma ideia, durante uma
entrevista, o dono de uma loja especializada em artigos
1
1
32
1
1
64  
2 2111
1
2
1
1
4
1
1
8
1
1
16
1
1
32
1

esportivos afirmou que vendeu 80 camisas da seleção no


primeiro dia de junho e, em cada um dos demais dias desse
mês, vendeu 20 camisas a mais que no dia anterior. Quantas
1
1
64
1
1
128 
camisas foram vendidas por essa loja nos trinta dias do mês S9 1 S 511
s 542 V 9 5
de junho? 2 128 2 128
Resposta: 11.100
511
s S9 5
64
 Progressão geométrica
511
I. Iniciar o estudo das progressões geométricas a partir da Logo, Carlos emagreceu kg, ou seja, aproximadamente
64
sequência apresentada na p. 227 do livro do aluno. Ressal- 8 kg.
tar que cada termo dessa sequência, a partir do segundo,
A técnica de cálculo mostrada nesse exemplo pode ser
é o produto do termo anterior pela constante 0,7 e, por
generalizada para qualquer P.G. não constante.
isso, a sequência de números é chamada de progressão
geométrica (P.G.) de razão 0,7. Pedir outros exemplos aos  Para acrescentar, em sala de aula, outras situações para o con-
alunos. teúdo trabalhado, segue texto anexo.
Veja outros exemplos:
• Uma população de bactérias, que hoje é de 1.000
indivíduos, dobra a cada dia. A sequência que representa Texto As progressões geométricas
essa população, dia a dia, é a P.G. (1.000, 2.000, 4.000, no cálculo financeiro*
8.000, 16.000, ...) de razão 2. Com a imensa publicidade que se faz hoje em dia ao crédito
• Uma porção de substância radioativa de 10.000 g desin- ao consumo, a que com certeza os estudantes não serão
tegra-se à taxa constante de 2% ao século. As medidas, alheios, não devemos deixar passar em claro a importância
em grama, das massas remanescentes desse pedaço, das progressões também no cálculo financeiro. Este artigo
século a século, é a P.G. (10.000, 9.800, 9.604, ...) de refere apenas algumas situações reais que nos podem levar
razão 0,98. a fazer diversos trabalhos com os alunos.
II. Para motivar o estudo da soma dos n primeiros termos de
uma P.G., também pode-se propor, antes da apresentação Exemplo 1: Depósitos a prazo
da fórmula, o problema: Carlos fez um regime alimentar Depositando uma quantia D, quanto é que se terá daqui
durante nove meses. No primeiro mês, emagreceu 4 kg e, a n períodos? (em muitos bancos, o período é diário ou
em cada um dos demais meses, emagreceu metade do que mensal). Seja An o saldo após n períodos (suponha-se anos)
emagrecera no mês anterior. Quantos quilogramas Carlos e T a taxa de juros composta nesse período (isto é, juros
capitalizáveis). Então:
perdeu nesses nove meses?

42

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A1 5 D 1 DT 5 D(1 1 T) A2 5 A1 1 A1T 1 D 5 D 1 D(1 1 T ) " quantia que se tem
no 2º- mês (mês anterior e seus juros 1 depósito)
A2 5 A1 1 A1T 5 D(1 1 T) 1 [D(1 1 T)]T = D(1 1 T) 2

A3 5 A2 1 A2T 1 D 5 D 1 D(1 1 T ) 1 D(1 1 T)2 ", ...,


A3 5 A2 1 A2T 5...5 D(1 1 T)3
An 5 D 1 D(1 1 T) 1 D(1 1 T)2 1...1 D(1 1 T )n 2 1 = (soma
...
de n termos consecutivos de uma P.G. de razão
An 5 D(1 1 T)n
1 2 (1 1 T )n D
(1 1 T) = D logo, An 5 [(1 1 T)n 2 1].
s An 5 D 1 DT 1 DT(1 1 T) 1 DT(1 1 T)2 1...1 DT(1 1 T)n 21 1 2 (1 1 T ) T
soma de n termos consecutivos de uma P.G. de razão 1 1 T Assim, se depositarmos todos os meses, por exemplo,
50 contos num depósito poupança habitação, com juros
Curiosidade 1
10
A senhora Gaudência deposita 500 contos a prazo à taxa anuais de 10% (e, portanto, juros mensais iguais a %),
12
anual nominal de 10%. Que quantia terá daqui a um ano?
teremos ao fim de um ano:
Pelas contas da senhora Gaudência,
A1 5 500(1 1 0,1)1 = 550 contos. 12

No entanto, a taxa nominal é a taxa composta mensalmente,


A12 5
50
0,1 
8 11
0,1
12  
2 1  628,3 contos

12
sT=
10
12
% e, assim, A1 5 500 1 1
0,1
12
, quantia após o   Curiosidade
Até há sensivelmente 2 anos, o depósito poupança habi-
1º- mês, A2 5 A1 1 1  0,1
12 
, quantia após o 2º- mês etc., e tação não estava abrangido pelo “bônus” de 20% de IRS,
ou seja, a taxa bruta era igual à taxa líquida.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Assim, e considerando o exemplo anterior, teremos não,


finalmente A12 5 A11 1 1  0,1
12 
, quantia após o 12º- mês, isto
T=
0,1
, mas sim
12
12
é, A12 5 500 1 1  0,1
12   552.357$00. Portanto, é (um
T=
0,1
8 80% =
0,08
pouco) melhor quando os juros são compostos mensalmen- 12 12
te. E se fossem compostos diariamente? Teríamos: s A12  622,5 contos
365 (ou seja, quase 6 contos a entrarem para os cofres do
A365 5 500 1 1  0,1
365   552.579$00 Estado).

Claro que estes períodos pequenos só interessam para Exemplo 3: Investimento, crédito ao consumo,
quantias elevadas que sejam depositadas. De qualquer empréstimo para a habitação etc.
maneira, para períodos cada vez mais pequenos, iremos Investe-se uma determinada quantia C (que foi herdada
ter a sucessão ou foi ganha no totoloto etc.) de modo a poder recebê-la
n (numa quantia fixa A) durante n períodos (suponhamos
An 5 500 1 1 0,1
n  V 500e 0,1
 552.586$00 meses) juntamente com os respectivos juros. Ora, deposi-
tar agora C é o mesmo que, em cada mês que se recebe
A, depositar uma certa quantia necessária para receber A,
(e poderia ser assim a introdução do nº- de Neper)
ou seja.

Curiosidade 2 C 5 D1 1 D2 1...+ Dn sendo Dk o investimento necessário


para assegurar a quantia A no mês k, k Ñ {1, 2, ..., n}.
A taxa nominal, como já foi dito, é a taxa composta
Tem-se:
mensalmente. A que é igual uma taxa anual efetiva T em
função da taxa nominal J para um depósito inicial D? Ora, A 5 D(1 1 T ) " quantia que se recebe ao fim do 1º- mês
T e J geram, de maneiras diferentes, a mesma quantia de
A 5 D(1 1 T )2 " quantia que se recebe ao fim do 2º- mês
dinheiro, portanto:
12 12 A 5 D(1 1 T )k " quantia que se recebe ao fim do k-ésimo
D(1 1 T) 5 D 1 1
J
12   XT= 11
J
12   21 mês
A
Assim, quando se fala em, por exemplo, uma taxa anual no- s Dk =
(1 1 T )k
minal de 16%, está-se a considerar a taxa anual efetiva de
12 A A A
sC= 1 1...1 " quantia inves-
T= 11  0,16
12  2 1  17,23% 11T (1 1 T )2 (1 1 T)n

tida (soma de n termos de uma P.G. de razão


Exemplo 2: Depósito poupança habitação, poupança n

reforma etc. 12  1 11 T 
Depositando regularmente (digamos, no início de cada mês)
uma quantia D, quanto é que se terá daqui a n meses?
 1 11 T  = 1 1A T 8 12
1
Seja An o saldo no n-ésimo mês e T a taxa de juros composta 11T
mensalmente. n

A1 5 D " quantia que se tem no 1º- mês


e finalmente C =
A
T  
12
1
11T  . Por exemplo, se qui-

43

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12
sermos receber todos os meses 100 contos durante 2 anos,
com juros nominais de 11%, devemos investir:

11
0,2507
12  2 1  28,16% (bem diferente dos 16%

  
24 anunciados). Refazendo as contas, o sr. Joseiro afinal pagará
100 1
C= 8 12  2.145,6 contos.
0,11 0,11 por mês (nos tais 3 anos):
11
12 12 0,2816
8 1.000
Outro exemplo é quando o banco investe num cliente que 12
A5  41.452$00

 
36
pede um empréstimo para compra de casa. Se o cliente
pedir 10.000 contos a uma taxa anual de 12% (1% mensal), 1
12
a prestação (fixa) a pagar em 20 anos será: 0,2816
11
12
0,01 8 10.000
A=  110 contos
240

12  1
1,01  Curiosidade 2
No exemplo sobre o empréstimo para compra de habita-
ção, é curioso verificar que, nos tais 20 anos de duração do
Curiosidade 1
empréstimo, o cliente pagará
Às vezes, a publicidade bem pode enganar. Por exemplo,
o sr. Joseiro pretende comprar um automóvel e repara que 110 8 240 = 26.400 contos
a taxa mais baixa para concessão de crédito é de 16% no isto é, mais 164% em relação à quantia que pediu. Isto não
Banco Interior Luso. Portanto, pelas contas do sr. Joseiro tem nada de anormal visto que, no primeiro mês, dos 110
(cuja intenção é a de conseguir um empréstimo de 1.000 contos a pagar, 100 são correspondentes aos juros:
contos), deveria pagar (em 3 anos).
10.000 8 0,01 5 100 contos

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
0,16
8 1.000 Por isso, no 1º- mês, o cliente apenas amortiza aproxima-
12
 35.157$00 por mês damente 10 contos dos 10 mil que pediu emprestado. Por

 
36
sua vez, no 2º- mês vai pagar juros de 9.990 contos e assim
1
12 sucessivamente.
0,16
11 OLIVEIRA, Roberto. “As progressões geométricas
12 no cálculo financeiro”. Lisboa, Educação e Matemática. n. 36,
Contudo, o sr. Joseiro foi informado pelo banco que a taxa 4º- trimestre de 1995.
de juros a considerar é a taxa anual efetiva de encargos glo-
bal que, entre outras taxas menores, é preciso ter em conta * Este texto foi escrito em português de Portugal, portanto os
os impostos de selo sobre o capital (7%) e sobre os juros exemplos referem-se àquela realidade. Para trabalhar o conteúdo
(9%). Nestas condições, a taxa anual nominal passa a ser do texto com seus alunos, adaptar os valores em contos para
(16% 1 7%) 8 1,09 = 25,07% e a taxa anual efetiva será valores em reais.

44

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13. resolução de exercícios 9.
• Leandro
P
Capítulo 1 • Tiago
• Igor
V
Exercícios propostos • Carla

1. a) A 5 {23, 22, 21, 0, 1, 2, 3} • Janice


b) B 5 {23, 3} S
c) C 5 {3}
d) D 5 {9, 10, 11, 12, …, 98, 99}
e) E 5 {55, 56, 57, 58, …} Sendo P o conjunto de pessoas que tocam piano, V o conjunto de
pessoas que tocam violão e S o conjunto de pessoas que tocam
2. a) A 5 {…, 24, 23, 22, 21} (infinito)
saxofone, temos:
b) B 5  (finito) a) {Igor, Carla, Tiago, Janice, Leandro}
c) C 5 {0, 1, 2, 3, …} 5 N (infinito) b) {Igor, Carla, Tiago}
d) D 5 {0} (finito) c) 
3. alternativa b
Dois conjuntos são iguais se, e somente se, têm os mesmos 10.
A 12 11 B
elementos. Assim: {1, 2, 3} 5 {1, x, y} X x 5 2 e y 5 3 ou 1

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
x 5 3 e y 5 2.
7
4. I. verdadeira IV. verdadeira VII. verdadeira 3 2
II. falsa V. falsa VIII. verdadeira
5 8
III. verdadeira VI. verdadeira IX. verdadeira
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

5. Corretor
A B C 4 9
Informação
C
1 x
11. alternativa d
2 x x
Para calcular n(A  B) não basta adicionar n(A) a n(B), pois,
3 x x x nessa soma, cada elemento da intersecção está sendo contado
duas vezes:
4 x x
A B
5 x

6. A condição I garante que 0  E.


Como 0  E, a condição II garante que 1  E.
Como 1  E, a condição II garante que 2  E.
Como 2  E, a condição II garante que 3  E.
E assim por diante. Para corrigir esse "erro", devemos subtrair dessa soma o número
Concluímos, então, que todos os números naturais pertencem a E, de elementos da intersecção, isto é:
isto é, N  E; mas, por hipótese, temos que E  N e, portanto, n(A  B) 5 n(A) 1 n(B) 2 n(A  B)
E 5 N 5 {0, 1, 2, 3, 4, …}. Note que essa igualdade vale, também, quando A e B são
• Resposta possível: disjuntos.
Represente, na forma tabular, o conjunto E, com E  N, que
12. a) Como A e B não têm elementos comuns, temos que:
satisfaz as seguintes condições:
n(M) 5 n(A) 1 n(B) 5 18.400 1 330 5 18.730
I. 10 é o menor número que pertence a E;
b) Observando que N 5 M, temos:
II. Se x pertence a E, então x 1 1 também pertence a E.
n(N) 5 n(M) 5 18.730
7. A 5 {23, 22, 21, 0, 1, 2} c) O conjunto P é formado pelas pessoas desempregadas do sexo
B 5 {0, 1, 2, 3} feminino, logo:
C 5 {21, 0, 1, 2, 3, 4} n(P) 5 1.390
D 5 {3, 4, 5, 6, 7, 8} d) Observando que Q 5 P, temos:
n(Q) 5 n(P) 5 1.390
a) A  B 5 {23, 22, 21, 0, 1, 2, 3}
e) Observando que S 5 R, temos:
b) A  B 5 {0, 1, 2}
n(S) 5 n(R) 5 2.200
c) A  D 5 {23, 22, 21, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
d) A  D 5 Ö 13. a) Não, porque o segundo mundo é formado por países socialistas ou
e) A  B  D 5 {23, 22, 21, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} de economia planificada e o Brasil é um país de economia mista.
f ) A  B  C 5 {0, 1, 2} • Economia planificada: O Estado controla os diversos
g) A  B  C  D 5 Ö setores da produção, determinando seus objetivos e prazos,
h) (A  D)  (B  C) 5 {21, 0, 1, 2, 3, 4} controla de forma rígida os custos e preços dos produtos, os
i) (A  D)  (B  C) 5 {0, 1, 2, 3} mecanismos da distribuição e dimensiona o consumo, ou seja,
tudo é planificado e centralizado pelo Estado.
8.
A • Economia mista: Sistema econômico em que uma parte
B
3 dos meios de produção pertence ao Estado e a outra, a em-
2 9 presários particulares. Existe em muitos países capitalistas,
FAUSTINO

5 particularmente nos de regime social-democrata.


8 SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de economia.
São Paulo: Best Seller, 1999.

45

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 45 3/9/10 5:29:58 PM


b) O Brasil estaria na intersecção das regiões que designam os 20. alternativa b
1o e 3o mundos, porém fora da região que designa o 2o mundo,
pois o nosso país apresenta características de país capitalista N E U
desenvolvido, mas, ao mesmo tempo, apresenta características
300 120 100
de subdesenvolvimento.
100

FAUSTINO
14. a) {1, 2, 9} f ) {1, 2, 3, 9}
700 80
b) {5, 7} g) Não existe, pois G _ F.
c) (5, 7) h) 
200
d) {1, 2, 3, 5, 7, 9} i) {1, 2, 3, 8, 6, 4, 9} H
e) {1, 2, 9} x
15. a) Temos que: 300 1 120 1 100 1 700 1 100 1 80 1 200 1 x 5 1.800 ⇒ x 5 200
A 2 B 5 { p | p é estado da região Sul do Brasil} 5 {PR, SC, RS} Logo, 200 pessoas da comunidade não assistem a nenhum desses
b) Temos que: B 2 A 5 {q | q é estado da região Sudeste do Brasil} 5 programas.
5 {SP, RJ, MG, ES}
c) Não existem esses conjuntos, pois A  B e B  A. 21. I. verdadeira VI. verdadeira
II. verdadeira VII. falsa
16. a) A 5 {x  U | x é mulher} III. falsa VIII. verdadeira
b) B 5 {y  U | y tem menos de 16 anos de idade} IV. verdadeira IX. falsa
c) C 5 {z  U | z tem mais de 20 anos de idade} V. verdadeira X. verdadeira
d) B  C 5 {p  U | p tem menos de 16 anos ou mais de 20 anos 25 5 381 3
22. a) 2,5 5 5 b) 3,81 5 c) 0,03 5
de idade} 10 2 100 100
e) B  C 5 {q  U | q tem menos de 16 anos ou mais de 20 anos d) Indicando por g a geratriz da dízima, temos que:


de idade}
17. Sendo:


 g 5 4,222...
10 g 5 42,222...

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• U o conjunto das 29 pessoas que discutiam sobre os filmes A e B; Subtraindo, membro a membro, essas igualdades, obtemos:
• A o conjunto das pessoas que assistiram ao filme A; 38
10 g 2 g 5 38 ⇒ g 5
• B o conjunto das pessoas que assistiram ao filme B. 9
Temos: e) Indicando por g a geratriz da dízima, temos que:

A B U


10 g 5 34,555...
100 g 5 345,555...
Subtraindo, membro a membro, essas igualdades, obtemos:
8 5 x 311
100 g 2 10 g 5 311 ⇒ g 5
90
6 23. a) irracional e) irracional i) irracional
b) racional f ) irracional j) irracional
8 1 5 1 x 1 6 5 29 ⇒ x 5 10 c) racional g) racional
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

Logo, 15 pessoas (10 1 5) assistiram ao filme B. d) irracional h) irracional


18. Sendo:
24. a 5 0; b 5 29; c 5
5 ; d 5  7 
• U o conjunto das 2.200 pessoas entrevistadas; 6
• A o conjunto das pessoas que já estiveram na região Nordeste 25. Seja um retângulo em que um dos lados é o segmento AB e o
do Brasil; lado BC tem comprimento 2u:
• B o conjunto das pessoas que já estiveram na região Norte do D C
Brasil.
Temos:
2u
A B U

610 206 396


A u B

Pelo Teorema de Pitágoras, temos que a diagonal AC mede  5 u;


x
utilizando um compasso, com a ponta-seca em A e raio AC, dese-
� �
nhamos o arco que intercepta a semirreta AB no ponto E:
x 1 610 1 206 1 396 5 2.200 ⇒ x 5 988
Logo, 988 pessoas entrevistadas nunca estiveram em nenhuma D C
das duas regiões.
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

19. Sendo:
• U o conjunto dos alunos que opinaram;
• J o conjunto dos alunos que leem jornal;
• R o conjunto dos alunos que leem revista.
Temos: A B E

Assim, temos que o comprimento de AE é  5 u.


J R U
26. a) 4 12
A
24  x x 30  x x

B
5 9 19 x

A�B
24 2 x 1 x 1 30 2 x 1 5 5 41 ⇒ x 5 18 9 12 x
Logo, 18 alunos leem jornal e revista. Logo: A  B 5 ]9, 12]

46

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 46 3/10/10 12:24:59 PM


4 12 11
b) A (I)
x x
9 19

FAUSTINO
B (II)
x �3 x
A�B (I) � (II)
4 19 x x
�3 11

Logo: A  B 5 [4, 19[


S 5 [23, 11[

9 19
c) B
x
14
CC Roteiro de trabalho
D
x 1. Situações possíveis:
a) no conjunto A dos nomes dos meses do ano, A 5 {janeiro,
B�D
14 19 x fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro,
outubro, novembro, dezembro}, o nome de cada mês é um
Logo: B 2 D 5 ]14, 19[ elemento de A. Os nomes dos meses que compõem o primeiro
semestre formam um subconjunto de A;
b) ao estudar a fauna brasileira, o conjunto universo é aquele
9 19 formado por todos os animais típicos do Brasil.
d) B
x 2. a) Espera-se que os alunos elaborem uma explicação para as
14
D definições de união e intersecção de dois conjuntos A e B. Por
x exemplo:
D�B • a união de A e B é formada pelos elementos comuns e não
9 x comuns aos conjuntos A e B; caso A e B sejam vazios, a união
é o conjunto vazio;
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

Logo: D 2 B 5 ]2, 9]
• a intersecção de A e B é formada pelos elementos comuns aos
conjuntos A e B. Caso A e B não tenham elementos comuns,
e) C a intersecção é o conjunto vazio.
0 8 x b) Espera-se que os alunos elaborem uma explicação para a
14 definição de diferença de dois conjuntos, por exemplo, a
D diferença entre os conjuntos A e B, nessa ordem, é o conjunto
x
cujos elementos são todos aqueles que pertencem a A e não
�C pertencem a B.
D 0 8 14 x
3. Situações possíveis:
Logo: bC 5 ]2 , 0]  ]8, 14] a) o complementar do conjunto das garotas de sua classe em
D relação ao conjunto de todos os alunos da classe é o conjunto
de garotos;
4 12
b) número da página deste livro, número de alunos do colégio,
f ) A número de grãos de areia de uma praia;
x c) no painel que mostra os números dos andares de um prédio,
9 19
B em um elevador, leem-se os números inteiros: 23, 22, 21, 0,
x 1, 2, 3, 4, …, 15. Os números negativos indicam os subsolos,
0 8 o número zero indica o andar térreo e os números inteiros
C
x positivos indicam os andares acima do térreo;
d) os saldos, em real, apresentados em um extrato bancário são
A�B�C
0 19 x números racionais: 51,20; 30,50; 225,36 etc.
4. a) e b) Se, em sua forma decimal, um número só pode ser repre-
Logo: A  B  C 5 ]0, 19[ sentado por um número infinito de casas decimais, dizemos que
é um número com representação infinita. Nesse caso, dizemos
que esse número é uma dízima, de modo que:
g) 4 12
A • se, a partir de uma determinada casa decimal para a direita,
x
houver apenas a repetição de uma mesma sequência finita de
B algarismos, esse número é chamado de dízima periódica;
9 19 x • se, de qualquer casa decimal para a direita, não houver apenas
a repetição de uma mesma sequência finita de algarismos, esse
C
0 8 x número é chamado de dízima não periódica.
� c) Resposta pessoal.
A�B�C d) Sendo a e b números reais quaisquer, com a , b, os sub-
x
conjuntos de R, representados a seguir, são chamados de
Logo: A  B  C 5  intervalos reais:
{x  R | a < x < b}, {x  R | a , x , b}, {x  R | a < x , b},
{x  R | a , x < b}, {x  R | x > a}, {x  R | x . a},
27. alternativa c
{x  R | x < a}, {x  R | x , a} e R.
 3x 2 9 , 2x 1 2

x , 11 (I)
5x < 6x 1 3 x > 2 3 (II)
 e) O uso da bolinha vazia indica que o número associado
ao extremo, nesse caso 3 e 7, não pertence ao intervalo.
O conjunto solução S do sistema é a intersecção dos conjuntos Não, pois não existe o primeiro número real maior que 3 nem
solução das inequações (I) e (II), isto é: o último número real menor que 7.

47

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 47 4/19/10 3:39:37 PM


CC Exercícios complementares 9. Uma resposta possível é 1,42 e 1,43, pois:

1. Sendo: 2 , 1,422 , 3 e 2 , 1,432 , 3


U o universo dos professores da escola; 10. alternativa e
A o conjunto dos professores que lecionam no prédio A; Todo número decimal com infinitas casas decimais é racional se for
B o conjunto dos professores que lecionam no prédio B; dízima periódica ou é irracional se for dízima não periódica.
C o conjunto dos professores que lecionam no prédio C;
temos: 11. alternativa e
Como 7 3  . 12,11, temos que os números pares compreendidos
U
A B entre 7 e 7 3  são 8, 10 e 12, ou seja, são aqueles da forma 2n,
com n [ Z e 4 < n < 6.
x  3 17  x x
12. alternativa c
FAUSTINO

x
Temos A  B 5 ]5, 9]. Logo, o único intervalo apresentado nas
18  x 13  x alternativas ao qual x não pode pertencer é [10, 15].
x2 13. alternativa a

C I. Como x  ]21, 2[, temos que x é elemento do conjunto:


A 5 ]2, 21]  [2, 1[
II. Como x , 0 ou x . 3, temos que x é elemento do conjunto:
x 2 3 1 x 1 x 2 2 1 x 1 17 2 x 1 18 2 x 1 13 2 x 5 51 ⇒ x 5 8 B 5 ]2, 0[  ]3, 1[
Logo, 8 professores lecionam nos três prédios. Por I e II, concluímos que x é elemento do conjunto:
A  B 5 ]2, 21]  ]3, 1[, ou seja, x < 21 ou x . 3
2. Temos:
• A  N 14. alternativa b
• 4 é o menor número que pertence a A Sejam:
• 4  A ⇒ 5  A; U o conjunto de 20 estudantes;

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
5  A ⇒ 6  A; F o conjunto dos estudantes que jogam futebol;
6  A ⇒ 7  A; V o conjunto dos estudantes que jogam voleibol.
e assim por diante. Todos os números naturais maiores que 3
pertencem a A. U
Logo: A 5 {4, 5, 6, 7, ...}
F V
3. a) par c) ímpar e) ímpar g) ímpar
b) ímpar d) par f ) par
16 � x x 12 � x
4. alternativa c
Sendo n o número de notas de R$ 5,00 e k o número de notas
de R$ 10,00, temos:
5n 1 10k 5 100 2
Dividindo por 5, ambos os membros, chegamos a:
n 1 2k 5 20, ou, ainda, a n 5 20 2 2k 2 1 16 2 x 1 x 1 12 2 x 5 20 ⇒ x 5 10
Como 20 e 2k são números pares, temos que 20 2 2k é par. Assim, obtemos:
Logo, o número de notas (n) de R$ 5,00 é par. 16 2 x 5 16 2 10 5 6
5. Um número par e um número ímpar, genéricos, são, respectiva-
Portanto, 6 alunos jogam apenas futebol.
mente, 2n e 2k 1 1, com {n, k}  Z. Assim, temos: 15. Sejam:
2n ? (2k 1 1) 5 2(2nk 1 n) • A conjunto dos candidatos com notas superiores ou iguais a 4,0;

inteiro • B conjunto dos candidatos com notas inferiores ou iguais a 6,0.


Como (2nk 1 1) é inteiro, conclui-se que (2nk 1 n) é par. n(A) 5 2.300; n(B) 5 2.700; n(A  B) 5 3.000

6. a) O menor número natural x tal que x > 5 é o próprio número 5. a) n(A  B) 5 n(A) 1 n(B) 2 n(A  B)
Logo, o menor elemento do conjunto A é 5.  n(A  B) 5 2.300 1 2.700 2 3.000 5 2.000
b) O menor número inteiro x tal que x . 5 é o número 6. ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

Logo, o menor elemento do conjunto B é 6. B


c) O menor número racional x tal que x > 5 é o próprio número 5. A
Logo, o menor elemento do conjunto C é 5.
d) Para qualquer número racional x, com x . 5, existem infinitos
outros racionais entre 5 e x.
Logo, não existe o menor elemento do conjunto D.
7. alternativa c A�B
Indicando por g a dízima periódica 3,2222..., temos:
g 5 3,2222...

10g 5 32,222...
Logo, 2.000 candidatos obtiveram notas maiores ou iguais a
4,0 e menores ou iguais a 6,0.
Subtraímos, membro a membro, essas igualdades, obtendo:
29 b) x 5 n(B) 2 n(A  B) 5 2.700 2 2.000 5 700
10g 2 g 5 29 ⇒ g 5
9
B
Logo, a soma pedida é:
A
8 29 37
1 5 x
9 9 9
8. a) Um valor possível é 5, pois: 5 ? 1,8 5 9
b) Um valor possível é 2,5, pois: 2,5 ? 3 5 7,5
c) Sim, porque o produto de dois números racionais quaisquer
é um número racional. Logo, 700 candidatos obtiveram notas menores que 4.

48

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16. Representando o diagrama, temos: Assim, concluímos:
a) o número de pessoas entrevistadas que frequentam apenas
uma livraria é dado por:
A B
28 1 26 1 24, ou seja, 78 pessoas
b) o número de pessoas entrevistadas que frequentam pelo
10 x 2 menos duas livrarias é dado por:
29 1 8 1 25 1 25, ou seja, 87 pessoas
c) o total de pessoas ouvidas nessa pesquisa é dado por:
78 1 87, ou seja, 165 pessoas
19. I. alternativa d
n(A  B) 5 15 ⇒ 10 1 x 1 2 5 15
Adotando o ano de 365 dias e indicando por x o tempo, em ano,
x53
temos a regra de três:
Logo, 3 pessoas utilizam os produtos A e B.
Anos Horas
17. Sejam: 4,5  109 45  365  24
• U o conjunto dos 1.210 alunos do Ensino Médio do colégio; x 1
• M o conjunto dos alunos que leram Memórias póstumas de 4,5  109
 x5 anos  11.415 anos
Brás Cubas; 45  365  24
• D o conjunto dos alunos que leram Dom Casmurro;
II. alternativa b
• Q o conjunto dos alunos que leram Quincas Borba.
Indicando por y o tempo, em ano, temos a regra de três:
De acordo com o enunciado, temos:
Anos Anos
n(M  D  Q) 5 150
4,5  109 45
n(M  D) 5 235; n(M  Q) 5 222; n(D  Q) 5 216
15  109 y
n(M) 5 487; n(D) 5 449; n(Q) 5 465
4,5  15  109
y5 anos 5 150 anos
U 4,5  109
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

M D
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

85
CC Matemática sem fronteiras
m d
1. a) 101112 5 1  24 1 0  23 1 1  22 1 1  21 1 1  20 5 23
150 b) 211023 5 2  34 1 1  33 1 1  32 1 0  31 1 2  30 5 200
72 66 c) 1214035 5 1  55 1 2  54 1 1  53 1 4  52 1 0  51 1 3  50 5 4.603

x 2. • Base 4
q
Q 256 4
0 64 4
0 16 4
0 4 4
a) d 1 85 1 150 1 66 5 449 ⇒ d 5 148
Logo, 148 alunos leram apenas o romance Dom Casmurro. 0 1
b) m 1 85 1 150 1 72 5 487 ⇒ m 5 180 256 5 1  44 1 0  43 1 0  42 1 0  41 1 0  40 ⇒ 256 5 100004
q 1 72 1 150 1 66 5 465 ⇒ q 5 177
n(M  D  Q) 5 n(M) 1 d 1 q 1 66 • Base 5
 n(M  D  Q) 5 878 256 5
Sabemos que: x 5 n(U ) 2 n(M  D  Q)
1 51 5
x 5 1.210 2 878 ⇒ x 5 332
Logo, 332 alunos responderam “não” às três perguntas. 1 10 5
0 2
18. Sejam:
• U o grupo de pessoas entrevistadas; 256 5 2  53 1 0  52 1 1  51 1 1  50 ⇒ 256 5 20115
• A o conjunto das pessoas entrevistadas que frequentam a
• Base 6
livraria A;
• B o conjunto das pessoas entrevistadas que frequentam a 256 6
livraria B; 4 42 6
• C o conjunto das pessoas entrevistadas que frequentam a 0 7 6
livraria C. 1 1
U 256 5 2  63 1 1  62 1 0  61 1 4  60 ⇒ 256 5 11046

3. a) O caractere g é associado ao número 103, transformando esse


A B
número para base binária, temos:
28 x 26 103 2
1 51 2
8
1 25 2
1 12 2
90 � (28 � x � 8) 84 � (26 � x � 8) 0 6 2
24
0 3 2
C
1 1

103 5 1  26 1 1  25 1 0  24 1 0  23 1 1  22 1 1  21 1 1  20 ⇒
Como 86 pessoas entrevistadas frequentam a livraria C, temos: ⇒ 103 5 11001112
54 2 x 1 8 1 50 2 x 1 24 5 86 ⇒ x 5 25 Assim, o caractere g é associado ao número binário 11001112.

49

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 49 3/9/10 5:30:02 PM


b) O caractere G é associado ao número 71, transformando esse 6. Temos:
número para base binária, temos: distância, em quilômetro, percorrida na segunda hora 5 d;
distância, em quilômetro, percorrida na primeira hora 5 d 1 5;
71 2
d15
1 35 2 distância, em quilômetro, percorrida na terceira hora 5 .
3
1 17 2 d15
Logo: d 1 d 1 5 1 5 135 ⇒ d 5 55
1 8 2 3
0 4 2 Assim, concluímos que o ciclista percorreu 20 km na terceira
hora.
0 2 2
0 1 7. Temos:
o visor do total a pagar 5 2,55x;
71 5 1  26 1 0  25 1 0  24 1 0  23 1 1  22 1 1  21 1 1  20 ⇒ o visor do total de litros 5 x;
⇒ 71 5 10001112 diferença entre os dois visores 5 44,02.
Assim, o caractere G é associado ao número binário 10001112. Logo: 2,55x 2 x 5 44,02 ⇒ x 5 28,4
Assim, concluímos que o motorista abasteceu o carro com 28,4 L
c) O caractere @ é associado ao número 64, transformando esse de combustível.
número para base binária, temos:
8. a) 9x 2 5(3 2 2x) . 7x 1 9 ⇒ 9x 1 10x 2 7x . 9 1 15

64 2  x . 2
Logo: S 5 {3, 4, 5, 6, ...}
0 32 2
0 16 2 b) 4y 2 5 , 2(y 1 3) 1 5y ⇒ 4y 2 2y 2 5y , 6 1 5
0 8 2 11
 y . 2
0 4 2 3
Logo: S 5 {23, 22, 21, 0, 1, 2, ...}
0 2 2
c) 6t 2 (5t 1 8) < 1 2 2(5 2 t ) ⇒ 6t 2 5t 2 8 < 1 2 10 1 2t
0 1

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
 t>1
64 5 1  26 1 0  25 1 0  24 1 0  23 1 0  22 1 0  21 1 0  20 ⇒ Logo: S 5 {1, 2, 3, 4, ...}
⇒ 64 5 10000002 9. a) Multiplicando por 40 ambos os membros, obtemos:
Assim, o caractere @ é associado ao número binário 10000002. 40
16x 2 40 > 4x 1 15x ⇒ x < 2
3


Logo: S 5 x  R u x < 2
40
3

Capítulo 2 b) Multiplicando por 4 ambos os membros, obtemos:
16
16k 2 3(k 1 2) , 2 1 8(1 2 3k) ⇒ k ,

 
CC Exercícios propostos 37
16
Logo: S 5 k  R u k ,
1. a) 10x 2 8 5 3x 1 6 ⇒ 7x 5 14 ⇒ x 5 2 37
b) 5 1 2(3y 2 1) 5 7y 1 6 ⇒ 5 1 6y 2 2 5 7y 1 6 c) Multiplicando por 2 ambos os membros, obtemos:
 y 5 23 2
c) 4t 2 (2t 2 5) 5 3 2 4(2t 1 3) ⇒ 10t 5 214 4a 2 (a 2 4)  2 ⇒ a  2
3
t 52
7
5 
Logo: S 5 a  R u a  2
2
3

2. a) Multiplicando por 24 ambos os membros, obtemos:
10. Sendo x o número de quilômetros rodados, a opção pela agência
16 A será mais vantajosa do que pela agência B se:
3x 2 48 5 12x 1 24x 2 96 ⇒ x 5

 
11 80 1 0,92x , 74 1 0,98x
16
Logo: S 5 ou seja:
11
80 2 74 , 0,98x 2 0,92x ⇒ 6 , 0,06x
b) Mutiplicando por 12 ambos os membros, obtemos:  x . 100
4n 1 3n 1 6 5 48 ⇒ n 5 6 Assim, concluímos que é mais vantajoso alugar um carro na
Logo: S 5 {6} agência A se o total de quilômetros for superior a 100 km.


c) Multiplicando por 6 ambos os membros, obtemos: 11. a) x 5 3 2 5y (I)
4
3(2k 1 1) 2 (k 2 3) 5 2 ⇒ k 5 2 2x 1 3y 5 13 (II)
5
Logo: S 5 2  
4
5



Substitui-se (I) em (II):
2(3 2 5y) 1 3y 5 13 ⇒ y 5 21
Substitui-se y por 21 em qualquer uma das equações
3. alternativa c
(I) ou (II); por exemplo, em (I): x 5 3 2 5 ? (21) ⇒ x 5 8
Indicando por d a distância procurada, em quilômetro, temos:
Logo: S 5 {(8, 21)}
4,18 1 0,83 ? d 5 14,14 ⇒ d 5 12
4. Temos:
total de sacas de feijão 5 x;

b) 5x 1 3y 5 11 (I)
y 5 6x 2 4 (II)
Substitui-se (II) em (I): 5x 1 3(6x 2 4) 5 11 ⇒ x 5 1
total de sacas de café 5 4x;
Substitui-se x por 1 em qualquer uma das equações (I) ou (II);
total de sacas de milho 5 x 1 2.400.
por exemplo, em (II): y 5 6 ? 1 2 4 ⇒ y 5 2
Logo: x 1 4x 1 x 1 2.400 5 14.400 ⇒ x 5 2.000
Logo: S 5 {(1, 2)}
Assim, concluímos que o fazendeiro colheu 8.000 sacas de café.

 
3
c) 3x 2 2y 5 1 4
12x 2 8y 54 (I)
5. alternativa e V
3
Indicando por x a quantia, em real, recebida por João, temos que 4x 1 5y 5 2 23 212x 2 15y 5 26 (II)
a quantia recebida por Paulo é x 1 30. Assim, temos: Adicionam-se, membro a membro, as equações:
x 1 x 1 30 5 630 ⇒ x 5 300 2
223y 5 22 ⇒ y 5
Logo, João recebeu R$ 300,00 e Paulo recebeu R$ 330,00. 23

50

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2 g) a 5 2, b 5 23 e c 5 2
Substitui-se y porem (I) ou (II); por exemplo, em (I):
23  5 (23)2 2 4 ? 2 ? 2 5 27
2 9 2(23)   27 
12x 2 8 ? 54⇒x5 y5
23 23 4
Logo: S 5  9
,
23 23
2
 Como  27  R, concluímos que a equação não possui raiz


real.
8x 2 3y 5 3
d) O sistema é equivalente a: Logo: S 5 
23x 2 2y 5 2
Multiplicando por 3 a primeira equação, e por 8 a segunda, h) Multiplicando por 10 ambos os membros da equação, temos:
obtemos:
x2 3x 30 1 x


24x 2 9y 5 9 (I) 10
2 
1
5
5 10
10   
224x 2 16y 5 16 (II)
5x2 1 6x 5 30 1 x ⇒ 5x2 1 5x 2 30 5 0
Adicionam-se, membro a membro, as equações:
Dividindo por 5 ambos os membros, temos:
225y 5 25 ⇒ y 5 21
x2 1 x 2 6 5 0
Substitui-se y por 21 em (I) ou (II); por exemplo, em (I):
a 5 1, b 5 1 e c 5 26
24x 2 9 ? (21) 5 9 ⇒ x 5 0
 5 12 2 4 ? 1 ? (26) 5 25
Logo: S 5 {(0, 21)}
21   25  21  5
12. alternativa a x5 5 ⇒ x 5 2 ou x 5 23
21 2
Temos:
Logo: S 5 {23, 2}
quantidade de gasolina no reservatório A 5 x;
quantidade de gasolina no reservatório B 5 y; 15. A equação não admite raízes reais se, e somente se, D , 0, isto é:
quantidade de gasolina nos dois reservatórios 5 1.100 L. 9
9 2 4m , 0 ⇒ m .
y y 4
x 1 100 5 ⇒x5 2100
2 2 16. a) S 5 5 e P 5 6 ⇒ x 5 2 ou x 5 3
b) S 5 9 e P 5 20 ⇒ y 5 4 ou y 5 5

x 1 y 5 1.100 (I)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Logo: y c) S 5 25 e P 5 6 ⇒ x 5 22 ou x 5 23
x5 2100 (II)
2 d) S 5 22 e P 5 28 ⇒ t 5 24 ou t 5 2


Substitui-se (II) em (I): x 5 2 1 y (I)
y 17. a)
2 
2100 1 y 5 1.100 ⇒ y 5 800 x2 1 y2 1 y 5 11 (II)
Substituindo (I) em (II), temos: (2 1 y)2 1 y2 1 y 5 11
Logo, o reservatório B contém 800 L. 7
ou seja, 2y2 1 5y 2 7 5 0 ⇒ y 5 1 ou y 5 2
13. alternativa a 2
Substituindo y por 1 em (I), obtemos: x 5 3
Temos: 7 3
quantidade de CDs com 12 músicas 5 x; Substituindo y por 2 em (I), obtemos: x 52
2 2
quantidade de CDs com 13 músicas 5 y;
3 7
quantidade total de músicas 5 187;
quantidade total de CDs 5 15.

Logo: S 5 (3, 1), 2 , 2
2 2  
Logo: b) 
y 5 4 2 2x
x2 1 x 2 y 5 6
(I)
(II)
 12x 
x 1 y 5 15 3
212 ⇒ 212x 212y 5 2180 (I)
1 13y 5 187 12x 1 13y 5187 (II) Substituindo (I) em (II), temos: x2 1 x 2(4 2 2x) 5 6
ou seja, x2 1 3x 2 10 5 0 ⇒ x 5 2 ou x 5 25
Adicionando membro a membro as questões, temos: y 5 7 Substituindo x por 2 em (I), obtemos: y 5 0
Substitui-se y por 7 em (I) ou (II); por exemplo, em (II): Substituindo x por 25 em (I), obtemos: y 5 14
12x 1 13  7 5 187 ⇒ x 5 8 Logo: S 5 {(2, 0), (25, 14)}


Logo, 8 CDs da coleção contêm 12 músicas cada um.
14. a) x 2 25 5 0 ⇒ x 5 25 e, portanto, x 5 65
2 2
c) 
y 5 3x 2 2 (I)
x2 2 2y 2 x 5 2 2 (II)
Logo: S 5 {5, 25} Substituindo (I) em (II), temos: x2 2 2(3x 2 2) 2 x 5 22
b) 3t 2 2 48 5 0 ⇒ t 2 5 16 e, portanto, t 5 64 ou seja, x2 2 7x 1 6 5 0 ⇒ x 5 1 ou x 5 6
Logo: S 5 {4, 24} Substituindo x por 1 em (I), obtemos: y 5 1
Substituindo x por 6 em (I), obtemos: y 5 16
c) x(x 2 7) 5 0 ⇒ x 5 0 ou x 2 7 5 0 e, portanto, x 5 0 ou x 5 7
Logo: S 5 {(1, 1), (6, 16)}
Logo: S 5 {0, 7}
d) y(5y 1 2) 5 0 ⇒ y 5 0 ou 5y 1 2 5 0 18. alternativa b
2 2 x2 2 14x 1 24 2( x 2 3)(x 2 4) 2 x 2 8
 y 5 0 ou y 5 2 5 5
5 x2 2 9 ( x 2 3)( x 1 3) x13

Logo: S 5 2 , 0 
2
5
 19. Temos:
quantidade de ventiladores fabricados por dia 5 x;
x
e) a 5 3, b 5 5 e c 5 22 custo da produção de cada ventilador 5 30 2 ;
40
 5 52 2 4  3  (22) 5 25 1 24 5 49
produção máxima de ventiladores por dia 5 300.
25   49  25  7 1 a) O custo y de produção de cada ventilador, quando x 5 300, é
 x5 5 ⇒ x5 ou x 5 22
23 6 3 300
dado por: y 5 30 2 5 22,50
 
1 40
Logo: S 5 22, Então, quando a produção é máxima, o custo de cada ventilador
3
é R$ 22,50.
f ) a 5 1, b 5 26 e c 5 9
 5 (26)2 2 4 ? 1 ? 9 5 36 2 36 5 0
2(26)   0  60
b) x  30 2  x
40 
5 5.000 ⇒ 2x2 1 1.200 x 2200.000 5 0
t5 5 ⇒ t 53
21 2 a 5 21, b 5 1.200 e c 5 2200.000
Logo: S 5 {3}  5 (1.200)2 2 4  (21)  (2200.000) 5 640.000

51

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 51 3/9/10 5:30:03 PM


21.200 6  640.000 21.200 6 800 29. 378 5 1.260 ? 0,025t ⇒ t 5 12
x5 52 ⇒
2  (21) 22 Logo, o capital esteve aplicado durante 12 meses.

⇒ x 5 1.000 ou x 5 200 30. A multa é o juro simples J produzido pelo capital R$ 50,00 apli-
cado durante oito dias à taxa de 0,22% ao dia, ou seja:
Como a produção máxima diária de ventiladores é 300, para
alcançarmos o custo de R$ 5.000,00, devem ser feitos 200 venti- J 5 50 ? 0,0022 ? 8 5 0,88
ladores, pois 1.000 seria impossível. Logo, o contribuinte pagou R$ 50,88.

315 63 3 31. C 5 R$ 1.000,00 M 5 R$ 1.728,00


20. a) 315% 5 5 ; 3% 5 t 5 3 anos i 5 ? (taxa anual)
100 20 100
0,23 46 M 5 C(1 1 i)t ⇒ 1.728 5 1.000(1 1 i)3
b) 0,23% 5 5 0,0023; 46% 5 5 0,46  i 5 0,2
100 100
Logo, a taxa é de 20% ao ano.
0,003  100 0,3 1,32  100
c) 0,003 5 5 5 0,3%; 1,32 5 5 32. t 5 ? (meses) i 5 5% ao mês
100 100 100
Capital 5 C M 5 2C
132
5 5 132% M 5 C(1 1 i)t ⇒ 2C 5 C(1 1 0,05)t
100  2 5 (1,05)t ⇒ t 5 14,2
17 0,34  100 34 12 Logo, o tempo necessário é, aproximadamente, 14,2 meses, ou seja,
d) 5 0,34 5 5 5 34%; 5 2,4 5 aproximadamente, 14 meses e 6 dias.
50 100 100 5
2,4  100 240 33. C 5 ? t 5 7 anos
5 5 5 240%
100 100 i 5 9% ao ano M 5 R$ 36.400,00
M 5 C(1 1 i)t ⇒ 36.400 5 C(1 1 0,09)7
21. Espera-se que os alunos percebam que para calcular 15% de 48
podemos fazer:  C 5 20.000
Logo, o capital aplicado foi R$ 20.000,00, aproximadamente.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1 5 � 1 0 0 � 4 8 � 7,2
34. C 5 R$ 20.000,00 t 5 2 anos 5 24 meses
FAUSTINO

0 � 1 5 � 4 8 � 7,2
i 5 6% ao mês M5?
1 5 � 4 8 � 1 0 0 � 7,2
M 5 C(1 1 i)t ⇒ M 5 20.000(1 1 0,06)24
 M 5 80.800
Verificar com os alunos se eles encontraram outra forma.
Logo, o montante será R$ 80.800,00, aproximadamente.
22. Devemos calcular 75% de 68%: 35. C 5 R$ 10.000,00 i2 5 12% no segundo ano
75 68 5.100 t 5 3 anos i3 5 8% no terceiro ano
75%  68% 5  5 5 0,51 5 51%
100 100 10.000 i1 5 10% no primeiro ano M5?
23. Sendo c o preço de custo, temos: M 5 C(1 1 i1)(1 1 i2)(1 1 i3) ⇒
89,60 5 c 1 0,4c ⇒ 89,60 5 1,4c ⇒ M 5 10.000(1 1 0,1)(1 1 0,12)(1 1 0,08)
89,60  M 5 13.305,6
c5 5 64 Logo, o montante foi R$ 13.305,60.
1,4
Logo, o preço de custo foi R$ 64,00. 36. C 5 R$ 100.000,00 i3 5 9% no terceiro mês
i1 5 10% no primeiro mês i4 5 6% no quarto mês
24. O prejuízo por unidade é dado por: 2,00 2 1,80 5 0,20 i2 5 8% no segundo mês
Logo, o percentual de prejuízo é dado por: a) M 5 C(1 1 i1)(1 1 i2)(1 1 i3)(1 1 i4) ⇒
0,20 ⇒ M 5 100.000(1 1 0,1)(1 1 0,08)(1 1 0,09)(1 1 0,06)
5 0,1 5 10%
2,00  M 5 137.261,52
Logo, o preço do terreno deve ser R$ 137.261,52.
25. Os descontos sucessivos de 20% e de 15% sobre um preço x
b) O percentual p de valorização é dado por:
resultam no preço:
x  0,8  0,85 5 0,68x 137.261,52 2 100.000
p5  37,26%
Logo, o percentual de desconto acumulado nessas duas semanas 100.000
é dado por: 37. C 5 R$ 50.000,00
x 2 0,68x i1 5 25% no primeiro mês
5 0,32 5 32%
x i2 5 23% no segundo mês
a) M 5 C(1 1 i1)(1 1 i2) ⇒ M 5 50.000(1 2 0,05)(1 2 0,03)
26. a) O percentual de desvalorização é dado por:
2,00 2 1,95  M 5 46.075
5 0,025 5 2,5% Logo, o preço do imóvel foi R$ 46.075,00.
2
1 1 b) O percentual p de prejuízo é dado por:
b) 1 real valia dólar e passou a valer dólar.
2 1,95 50.000 2 46.075
Logo, o percentual de valorização é dado por: p5 5 7,85%
50.000
1 1 100 1 5 38. C 5 p
2 2 i1 5 212%
1,95 2 195 2 390 1
5 5 5  0,2564 5 2,564% i2 5 25%
1 1 1 39
i3 5 23%
2 2 2
a) M 5 C(1 1 i1)(1 1 i2)(1 1 i3) ⇒
27. a) J 5 340 ? 0,03 ? 20 5 204
⇒ M 5 p(1 2 0,12)(1 2 0,05) (1 2 0,03)
Logo, o juro simples produzido foi R$ 204,00.  M 5 0,81092  p
b) M 5 340 1 204 5 544
Logo, o preço final foi 0,81092 ? p.
Logo, o montante acumulado foi R$ 544,00.
b) O percentual d de desconto é dado por:
28. J 5 1.200 ? 0,04 ? 18 5 864
p 2 0,81092 ? p
Logo, o juro simples produzido foi R$ 864,00. d 5 5 18,908%
p

52

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 52 3/9/10 5:30:04 PM


CC Roteiro de trabalho Considerando que o ano tem 52 semanas de 5 dias úteis:
1.500.000.000  5  52 5 390.000.000.000
1. a) As equações de 1 grau são aquelas que podem ser represen-
o
O montante anual que poderia ser recolhido é 390 bilhões de
tadas sob a forma ax 1 b 5 0, em que a e b são constantes dólares.
reais, com a  0, e x é a incógnita.
7. alternativa b
b) Conjunto solução (ou conjunto verdade) é aquele formado pe- 1,5
A razão de dióxido de urânio puro para o minério total é .
las raízes da equação que pertençam ao conjunto universo. 1.000
c) Inequação polinomial do 1o grau na variável x é toda desi- Transformando essa razão em taxa percentual, temos:
gualdade que pode ser representada sob a forma ax 1 b , 0 0,15
1,5
(ou com as relações ., >, < ou ), em que a e b são constantes 5 5 0,15%
1.000 100
reais, com a  0.
d) Toda equação que pode ser representada sob a forma 8. A balança comercial, em bilhão de dólar, é dada por:
ax2 1 bx 1 c 5 0 em que a, b e c são números reais, com x 5 135,40 2 91,20 5 44,20
a  0, é chamada de equação polinomial do 2o grau. y 5 152,28 2 94,82 5 57,46
e) Quando D , 0, a equação não possui raízes reais. Quando Logo, o crescimento da balança comercial de 2010 para 2011 foi
D > 0, a equação possui duas raízes reais, sendo iguais quando de: 57,46 2 44,20 5 13,26
D 5 0 ou distintas quando D . 0. A razão do crecimento da balança comercial para a balança
x x comercial em 2010 é:
2. a) x% representa a razão , ou seja, x % 5 , para qualquer
100 100 30
número real. 13,26 0,3  100
5 0,3 5 5 5 30%
b) Anúncios de produtos, descontos etc. 57,46 100 100
c) Empréstimos, cálculo de multas etc. 9. alternativa e
d) Transações financeiras.
O número de fumantes é dado por:
e) No juro simples, a taxa incide sempre sobre o capital inicial, 0,9  1.500 1 0,8  500 5 1.750
enquanto no regime de juro composto, a partir da segunda
unidade de tempo, a taxa de juro incide sobre o montante 10. Alternativa b
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

acumulado na unidade de tempo anterior. Preço


inicial p
CC Exercícios complementares após o 1o aumento 1,1p
1. Sendo x o comprimento do trem, em metro, temos que o com- após o 2o aumento 1,2 ? 1,1p
primento do túnel é 3x 1 260, logo:
3x 1 260 1 x 5 780 ⇒ x 5 130 Logo, o preço final da mercadoria foi 1,32p e, portanto, o aumento
Concluímos, então, que o comprimento do trem é 130 m. percentual em relação ao preço inicial foi de 32%.

2. Valor recebido pela filha 5 4x; 11. alternativa c

valor recebido pelo filho 5 3x; Os descontos sucessivos de 16% e p% sobre R$ 125,00 resultam
valor das heranças 5 2(4x 1 3x) 5 14x; em R$ 81,90.
valor recebido pela viúva 5 2  3x 5 6x;
valor recebido pelo cozinheiro 5 R$ 500,00.
Logo: 125  0,84 1 2 p
100 
5 81,90 ⇒ p 5 22%

Logo:
12. a) O euro desvalorizou-se R$ 0,27 e, portanto, o percentual de
4x 1 3x 1 6x 1 500 5 14x ⇒ x 5 500
desvalorização é dado por:
Concluímos então que o valor, em real, da herança é:
0,27
14x 5 14  500, ou seja, R$ 7.000.00 5 0,09 5 9%
3
3. Sendo m o número de mesas e c o número de convidados, 1 1
b) O real valia do euro e passou a valer do euro.
temos: 3 2,73

3m 1 20 5 c
4m 1 3 5 c
⇒ 4m 1 3 5 3m 1 20 Logo, o percentual de valorização é dado por:

1 1 100 1 9
 m 5 17 2 2
Substituindo m por 17 em qualquer equação do sistema, obte- 2,73 3 273 3 273 27
5 5 5 ≈ 0,099 5 9,9%
mos c 5 71. 1 1 1 273
Logo, havia 71 convidados na festa. 3 3 3
4. n(n 1 1) 5 420 ⇒ n2 1 n 2 420 5 0 13. C 5 R$ 26.000,00
 n 5 221 (não convém) ou n 5 20 i 5 ? (anual)
t 5 3 anos
5. a) Para x 5 100, temos que o preço unitário u e o preço total p,
J 5 R$ 14.040,00
em reais, são dados por:
J 5 C ? i ? t ⇒ 14.040 5 26.000 ? i ? 3
100  i 5 0,18 5 18%
u 5 40 2 5 20 e p 5 100  20 5 2.000
5
14. Capital 5 C
b) Para x 5 30, temos que o preço unitário u e o preço total p,
em real, são dados por: t 5 ? (dias)
30 i 5 0,1% ao dia
u 5 40 2 5 34 e p 5 30 ? 34 5 1.020 J5C
5
x J 5 C ? i ? t ⇒ C 5 C ? 0,001 ? t

c) x 40 2
5 5 1.500 ⇒ x 5 50 ou x 5 150 (não convém)  t 5 1.000 dias
Logo, o preço unitário u, em real, é dado por: 15. alternativa e
50
u 5 40 2 , ou seja, R$ 30,00 C 5 R$ 1.000,00
5 i 5 15% ao ano
6. Devemos calcular 0,1% de 1,5 trilhão de dólares.
t 5 n anos
0,1
0,1%  1.500.000.000.000 5  1.500.000.000.000 5 M5?
100
5 1.500.000.000 M 5 C(1 1 i)t ⇒ M 5 1.000(1 1 0,15)n 5 1.000 ? (1,15)n

53

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 53 3/9/10 5:30:04 PM


16. alternativa d 2.
C 5 25.000 A
i 5 10% ao ano
t 5 20 anos
100°
M5?
M 5 C(1 1 i)t ⇒ M 5 25.000(1 1 0,1)20 5 25.000 ? (1,1)20
2x + 70°
17. O juro JM , em real, pago por Marcos foi:
X
JM 5 10.000 ? 0,114 ? 4 5 4.560 B C
O juro JL , em real, pago por Luiz foi:

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
JL 5 M 2 10.000, em que M 5 10.000(1 1 0,1)4 5 14.641 2x 1 70° 5 x 1 100° ⇒ x 5 30°
Logo, o ângulo externo relativo ao vértice C mede:
Logo, JL 5 4.641. 2  30° 1 70° 5 130°
A
18. alternativa c
Aplicando a fórmula do montante para juro composto e taxa cons- 3. No triângulo QAB, temos:
tante, M 5 C(1 1 i)t, para M 5 2C, temos: y 1 x 1 60° 5 180° � y
2C 5 C(1,5)t ⇒ (1,5)t 5 2 y 5 120° 2 x (I) 4
Pela tabela oferecida, concluímos que t 5 1,72 ano e, portanto, t
é igual a 1 ano, 8 meses e 19 dias, aproximadamente. No triângulo PAB, temos:
a
19. alternativa c a1 1 y 1 x 5 180°
4 x
Aplicando a fórmula do montante para juro composto e taxa � 60°
variável, M 5 C(1 1 i1)(1 1 i2)(1 1 i3)  ...  (1 1 it ), temos: P B
Q
M 5 p(1 1 0,05)(1 1 0,03)(1 2 0,04) 5 Substituindo y por 120° 2 x, temos:
5 p ? 1,05 ? 1,03 ? 0,96
a
a1 1 120° 2 x 1 x 5 180° ⇒ 5a 5 240°
20. Aplicando a fórmula do montante para juro composto e taxa 4
variável, M 5 C(1 1 i1)(1 1 i2)(1 1 i3) ? ... ? (1 1 it ), temos:  a 5 48°

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
M 5 18.000(1 2 0,2)(1 2 0,1)(1 2 0,05) 5 12.312
Logo, após os três anos, o valor do automóvel era R$ 12.312,00. Assim, a 5 48°.
4. a) Quadrilátero: 2 ? 180° 5 360°; pentágono: 3 ? 180° 5 540°;
CC Matemática sem fronteiras hexágono: 4 ? 180° 5 720°
1. Resposta pessoal b) Espera-se que os alunos percebam que um polígono de n
vértices pode ser decomposto em n 2 2 triângulos. Como a
2. IPC Fipe – Índice de Preços ao Consumidor, calculado pela Fipe/USP,
soma dos ângulos internos em cada um é 180°, concluímos
mede a variação dos preços de produtos e serviços, no município de
que a soma dos ângulos internos de um polígono convexo de
São Paulo. IPA – Índice de Preços no Atacado, calculado pela FGV,
n lados (ou n vértices) é: 180 ? (n 2 2)
mede a variação dos preços no mercado atacadista. INCC – Índice
Nacional do Custo da Construção, calculado pela FGV, mede a 5. Como o triângulo ABC é isósceles de base BC, temos que:
variação de preços de uma cesta de produtos e serviços atualizados m(ABcC) 5 m(ACcB)
pelo setor de construção civil. IPCA – Índice de Preços ao Consu-
A
midor Amplo é calculado pelo IBGE nas regiões metropolitanas
do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo,
Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e x
do município de Goiânia, mede a variação nos preços de produtos
e serviços. ICV – Índice do Custo de Vida, calculado pelo Dieese
(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconô-
micos), mede a variação dos preços em quatro grupos: alimentação, 110°
70° 70°
transportes, saúde e habitação, do município de São Paulo. ICVM
B C
– Índice do Custo de Vida da Classe Média, calculado pela Ordem

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
dos Economistas, mede o custo do consumidor que ganha entre 5 Logo:
e 15 salários e recolhe informações no município de São Paulo. x 1 70° 1 70° 5 180° ⇒ x 5 40°
3. Três aumentos sucessivos de 20% sobre um preço x resultam no
preço: 6. alternativa a
x  1,2  1,2  1,2 5 1,728 x r
Logo, o percentual de aumento é dado por:
1,728 x 2 x
5 0,728 5 72,8%
x x + 30° x + 30°
Concluímos, então, que a inflação acumulada no trimestre foi O
de 72,8%.
x

Capítulo 3
A B
CC Exercícios propostos

1. x 1 2x 1 3x 5 180° x 1 x 1 30° 1 x 1 30° 5 360° ⇒ x 5 100°


6x 5 180° No triângulo isósceles OAB, temos:
x 5 30° 3x

 100° 1 m(OA B) 1 m(OB A) 5 180°


m(OB A) 5 m(OA B)
c c

c c
FAUSTINO

x 2x Logo: m(OB A) 5 40°


c

Concluímos, então, que os ângulos internos do triângulo medem 7. O triângulo ABC é isósceles, pois m(BC
c
A) 5 m(CBcA) 5 45°
30°, 60° e 90°. Portanto, o menor ângulo mede 30°. Logo: AB 5 AC 5 1.260 m

54

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 54 3/9/10 5:30:05 PM


8. alternativa e e)
A D t
60° 45° 6 4
45°
60°
r
ILUSTRAÇÕES: NEIDE TOYOTA

x+2 x–1
75°
60° 60° 45°
B E C s

I. Verdadeira, pois CDE tem dois ângulos internos con-


6 4
gruentes. 5 ⇒ 4x 1 8 5 6x 2 6
II. Verdadeira, pois ABE tem os três ângulos internos con- x12 x21
gruentes. x57
III. Verdadeira, pois BAcE r EAcD.
9 12
9. 12. 5 ⇒ FC 5 4
A 3 FC
Logo, a distância FC é de 4 km.

35° 35° 13.


A

18
x 12
B M C E D
66
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

A mediana AM coincide com a bissetriz interna relativa ao vértice


A e coincide com a altura relativa a esse vértice, logo: B
9 C
m(BAcM) 5 35° e m(AM
c
B) 5 90° I. Ac é ângulo comum aos triângulos ABC e AED
Assim, temos que: x 1 90° 1 35° 5 180° ⇒ x 5 55° II. ABcC  AEcD (correspondentes)
10.
As condições I e II caracterizam o caso AA; logo,
B ABC  AED.
Assim temos:

ILUSTRAÇÕES: NEIDE TOYOTA


60° AE AD 6 2
5 5 5 ⇒ 3 ? AE 5 36 e 3 ? AD 5 24
18 12 9 3
3 cm 60° M
 AE 5 12 e AD 5 8
60°
14. I. AB
c
C  CD
c
E (alternos)
30° 16
II. BAcC  CEcD (alternos) A B
A C
As condições I e II
• 30° 1 m(MAcB) 5 90° ⇒ m(MAcB) 5 60° (I) caracterizam o caso AA, logo: 8 x
• AM 5 BM 5 CM ⇒ ABM é isósceles de base AB e, portanto, ABC  EDC
C
m(MBcA) 5 m(MAcB); logo, por (I): m(MBcA) 5 60° (II) Assim temos:
• Do triângulo ABM, temos: x 16 8 2
5 5 5 ⇒ 21 12
m(MAcB) 1 m(MBcA) 1 m(AM c
B) 5 180° e, por (I) e (II): 21 y 12 3
m(AM c
B) 5 60° (III)
⇒ 3x 5 42 e 2y 5 48
• Por (I), (II) e (III) concluímos que o triângulo ABM é equilátero.
 x 5 14 e y 5 24 D E
Como AB 5 3 cm, temos que o perímetro do triângulo equi- y
látero ABM é 9 cm.
9 x 15. alternativa d
11. a) 5 ⇒ 12x 5 72 A
12 8
x56
12 8
b) 5 ⇒ 8x 5 72
x 6
x59
x+5
x12 10
c) 5 ⇒ 10x 1 10 5 8x 1 16
x11 8
x53

d) B
C 10
r
x 9 D

t 5
x 4

s
C 10 B
x 9
5 ⇒ x2 5 36
4 x x15 10
ABC  BDC ⇒ 5 e, portanto: x 5 15
 x 5 6 ou x 5 26 (não convém) 10 5

55

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16. Sendo h a altura procurada, temos que: :ABC ∏:EDC e que a 22. alternativa d
razão de semelhança é a razão entre dois comprimentos corres- Sendo x o comprimento, em centímetro, da parte inclinada do
pondentes quaisquer. corrimão, temos:
A 30
ILUSTRAÇÕES: NEIDE TOYOTA

1,75 m 3m C 6 cm
h x
90

E
B 30
3 1,75
Assim: 5 ⇒ h 5 3,5 120
6 h
Logo, a altura da imagem projetada é 3,5 cm. x 5 90 1 120 ⇒ x 5 150
2 2 2

Assim, o comprimento total do corrimão é dado por:


17. Indicando por A o olho do observador e por BC e DE os diâmetros
(30 1 50 1 30) cm 5 210 cm, que equivale a 2,1 m.
da moeda e da Lua, respectivamente, temos:
290 2,5 23. Sabendo que OA e OB representam o mesmo cabo, portanto
ABC ∏ ADE ⇒ 5 ⇒   3,45 ? 103 medem 2,9 m, temos:
4 ? 105 
2,9 m
D x
B O B’ A
A 2,5 cm �
C

ILUSTRAÇÕES: NEIDE TOYOTA


290 cm E 2m

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2,
4 � 105 km 9
m

Logo, o diâmetro da Lua encontrado foi, aproximadamente,


3,45  103 km. B
18. alternativa e
OB2 5 OB'2 1 BB'2 ⇒ 2,92 5 x2 1 22
POA  PBC  x 5 2,1 m, que equivale a 21 dm
Sabendo que BP 5 OP 1 BO, temos: Logo, a medida horizontal da embarcação ao cais é 21 dm.
BP OP
5 24.
BC OA A

30 1 x x
5 ⇒ x 5 50
40 25
D E
3m
P 2,5
m

C B
x M x N x P x
x

AN DM 3 DM
O 25 A DMC  ANC: 5 ⇒ 5
NC MC 2x x
 DM 5 1,5
30
No DMN, o valor de x é dado por:
40
(DN)2 5 (DM)2 1 (MN)2 ⇒ 6,25 5 2,25 1 x2
B C x52
No ACN, temos:
Logo, a distância de O até P é 50 m.
(AC)2 5 (AN)2 1 (CN)2 ⇒ AC2 5 32 1 42
19. • a2 5 32 1 42 5 25 ⇒ a 5 5  AC 5 5
Como a metragem linear l dos caibros é dada por:
• 5h 5 3 ? 4 ⇒ h 5 2,4
l 5 AB 1 BC 1 AC 1 AN 1 DN 1 DM 1 EP 1 EN , com DN 5 EN,
• 32 5 5m ⇒ m 5 1,8
DM 5 EP e AB 5 AC, temos:
• 1,8 1 n 5 5 ⇒ n 5 3,2 l 5 (5 1 8 1 5 1 3 1 2,5 1 1,5 1 1,5 1 2,5) m 5 29 m
Logo, a metragem linear de caibro necessária é 29 m.
20.
A 25. alternativa c
B 40 C
5 cm 5 cm Sendo O o ponto onde
h
h deve ser construída
20 x
a estação e x a distância
B 4 cm M 4 cm C em quilômetrossuu dor 40 � x O
40 M x 40
ponto O à reta DC
A altura AM coincide com a mediana relativa à base BC. e aos vértices A e B, temos: 20 x
Indicando por h a medida dessa altura, temos:
h2 1 42 5 52 ⇒ h2 5 9
h53 No AOM, temos: A 40 D
Logo, a altura mede 3 cm. x2 5 202 1 (40 2 x)2 ⇒ x 5 25
Logo, a estação deve ser construída perpendicularmente à estrada
21. Sendo HC 5 n, temos: 122 5 5n ⇒ n 5 28,8 que liga C e D passando por seu ponto médio, a 25 km da estrada.

56

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26. A diagonal do quadrado, cuja medida é 5 2  cm, é um dos lados CC Exercícios complementares
do triângulo equilátero.
Logo, a medida h da altura desse triângulo é: 1.
B
5  2 ?  3 5  6  2x + 10°
h5 cm 5 cm
2 2 x + 5°

27. A x + 5°
C B
C
45° 2x 1 10° 1 x 1 5° 5 180° ⇒ x 5 55°
h 7 km
Logo, o ângulo Ac mede 60°.
ILUSTRAÇÕES: NEIDE TOYOTA

2. Alternativa a
E
B A D
ABCB' é um quadrado. y
x
Indicando por h a altura em que se encontra o avião, temos:
7 7  2 
h  2  5 7 ⇒ h 5 5 5 3,5  2 
 2  2 x 2x 2x
Concluímos, então, que o avião está à altura de 3,5  2  km ou, A B C
aproximadamente, 4,9 km.
EDC é ângulo externo do triângulo ACD. Logo:
c

28. B y 5 x 1 2x ⇒ y 5 3x
3. Sendo x a medida do ângulo pedido, temos:
10 m B
h
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

30°
A
30°

30o 45o
C C A
O triângulo ABC é equilátero cujo lado mede 10 m. x 1 45° 1 30° 1 90° 5 180° ⇒ x 5 15°

ILUSTRAÇÕES: NEIDE TOYOTA


Logo, h 5 5 m.
4. alternativa a C

CC Roteiro de trabalho
1. a) Polígono regular é todo polígono convexo que possui todos
os lados congruentes entre si e todos os ângulos internos H
congruentes entre si. M
b) Podemos classificar os triângulos quanto aos ângulos (triân-
gulo retângulo, triângulo acutângulo e triângulo obtusângulo)
x
e quanto aos lados (triângulo equilátero, triângulo isósceles e
triângulo escaleno).
40° 40°
c) Porque qualquer outro polígono pode ser considerado uma
composição de triângulos dispostos lado a lado. B A
A mediana AM mede metade da hipotenusa, isto é,
2. Teorema da soma dos ângulos internos de um triângulo: "A soma AM 5 BM 5 CM; logo, o triângulo ABM é isósceles de base AB
das medidas dos ângulos internos de um triângulo qualquer é e, portanto: m(BAcM) 5 m(ABcM) 5 40°
180°"; teorema do ângulo externo de um triângulo: "A medida de No triângulo ABH, temos:
um ângulo externo de um triângulo é igual à soma das medidas 40° 1 90° 1 40° 1 x 5 180° ⇒ x 5 10°
dos ângulos internos não adjacentes a ele". Espera-se que os
alunos percebam que, como qualquer outro polígono, pode ser MP M'P' 100 2 0 212 2 32
5. 5 ⇒ 5
considerado como uma composição de triângulos dispostos lado NP N'P' 75 2 0 x 2 32
a lado: podemos decompor um polígono de n vértices em n 2 2  x 5 167
triângulos, cuja soma dos ângulos internos de cada um é 180°. Logo, 75 °C equivale a 167 °F.
Concluímos assim que a soma dos ângulos internos de um po-
6.
lígono de n lados é 180°(n 2 2).
m
3. Espera-se que os alunos escolham situações em que as figuras 0,5
tenham a mesma forma, não importando se têm ou não o mesmo 2m
tamanho.
4. Dois triângulos são semelhantes quando existe uma correspon-
dência biunívoca, que associa os três vértices de um triângulo
aos três vértices do outro, tal que ângulos com vértices corres-
pondentes são congruentes e lados opostos a vértices correspon-
x
dentes são proporcionais. Não é necessário verificar se todas as
condições são obedecidas; existem casos de semelhança formados 1,6 m
por uma quantidade mínima de condições capazes de garantir 2 1,6
5 ⇒ x 5 0,4
a semelhança entre dois triângulos: caso ângulo-ângulo, caso 0,5 x
lado-ângulo-lado e o caso lado-lado-lado. Logo, a sombra percorreu 0,4 m.

57

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 57 3/9/10 5:30:09 PM


7. B

DELFIM MARTINS/PULSAR IMAGENS


D

0,2 m A h
ILUSTRAÇÕES: NEIDE TOYOTA

0,16 m
C

50 m

0,2 0,16
ABC  ADE ⇒ 5
h 50
 h 5 62,5

Logo, a altura do prédio é 62,5 m.


8. A

5m 5m
h

x x

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
B 4m M 4m C

h2 1 42 5 52 ⇒ h 5 3
5x 5 4 ? 3 ⇒ x 5 2,4
Logo, o total de metros de viga usados nessa peça foi:
5 1 5 1 4 1 4 1 2,4 1 2,4 1 3, ou seja, 25,8 m
9. alternativa b
C

JEAN-PIERRE LESCOURRET/CORBIS/LATINSTOCK
80
60

A B
AB2 5 AC2 1 BC2 ⇒ AB2 5 602 1 802
 AB 5 100
Logo, o comprimento do túnel será 100 m.
10.
A

30° 30°

60° 60°
D 50 m B 50 m C

100  3
ABC é equilátero ⇒ AB 5 m 5 50 3 m
2
Logo, o navio se encontra a 50  3 m do cais.

CC Matemática sem fronteiras

1.
2. Resposta possível: Chamando o ponto de fuga (PF ) de P, os dois
triângulos semelhantes são: HGP e DCP
Os triângulos são semelhantes nos três principais casos:
caso A.A. (ângulo-ângulo), pois: H
c
rDc
e Pc r Pc

HP GP
caso L.A.L. (lado-ângulo-lado), pois: 5 e Pc r Pc
DP CP
NICK RAINS/CORBIS/

HP HG GP
caso L.L.L. (lado-lado-lado), pois: 5 5
LATINSTOCK

DP DC CP

3. Resposta pessoal.

58

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 58 3/9/10 5:30:10 PM


10. a) (0,9)3  20.000 5 14.580
Capítulo 4
b) (0,9)x  20.000
c) y 5 20.000  (0,9)x
CC Exercícios propostos d) Sim, pois para cada tempo de uso (em ano) associa-se um
1.
único valor de mercado do automóvel.
y
11. Tempo Volume
6
(min) (L)
C 5
B 1 26
F 4 x y
3  y 5 26 x
A
2
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

b) Sim, pois para cada tempo decorrido associa-se um único


1 volume de água despejada.
G �4 O I 5
�6 �5 �3 �2 �1 0 1 2 3 4 6 x 12. a) 1.001, 1.002, 1.003, …, 1.050
�1 b) Não, pois cada número de assento está associado a mais de
E
�2
D um número de ônibus.
�3
13. a)
�4
1 1 B
A
�5
0 0
�6 H 1
1 2
2 3
2. A Ñ Oy X p 2 7 5 0 e, portanto, p 5 7 5
8
3. B Ñ Ox X 4k2 2 36 5 0 e, portanto, k 5 3 ou k 5 23
Não é função de A em B.
4. C Ñ IQ X r 2 2 . 0 e, portanto, r . 2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


b)
5. C Ñ IIQ X
m 1 2 . 0 
5m 2 8 , 0
e, portanto, 22 , m ,
8
5
A 1
0
1
0 B

6. 
3a 2 2b 5 10 X a 5 32 e b 5 23
a 1 b 5 11 5 5 2
1 2
1

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
3
7. D C 5
8
É função de A em B.

6 c)
3 1
A
1
0 0 B
1
1 2
2 3
A x E B 5
EB  AD 8
Sendo S a área do triângulo BDE, temos: S 5  
2 Não é função de A em B.
Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo ABD, temos:
d)
(AB)2 5 (BD)2 2 (AD)2 5 62 2 32 5 27 1
A
1
 AB 5  27  5 3 3  0 0 B
1
Como EB 5 AB 2 AE ⇒ EB 5 3 3  2 x 1 2
Logo: 2 3
3 3  2 x  3 5
S 5 y 5   8
2
9 3  2 3x É função de A em B.
 y 5    
2 14.
8. a) 8,5 1 0,75  TA 5 25 ⇒ 0,75  TA 5 16,5
x  1 2
 TA 5 22 °C x
b) TE 5 8,5 1 0,75  30 2
 TE 5 31 °C 24 21
9. a) 22 0 y
Horas semanais Ganho pelas horas
trabalhadas trabalhadas (R$) 0 1
20 240,00 2 2 3

32 384,00 4 3 2
44 528,00 1
4
46 559,20
2 0 2 4 x
50 621,60 1
b) Sim, pois para cada número de horas semanais trabalhadas
associa-se um único valor ganho.
c) y 5 12x, com 0 < x < 44
d) y 5 12  44 1 15,60  (x 2 44), com x . 44 ⇒ D(f ) 5 {24, 22, 0, 2, 4};
⇒ y 5 528 1 15,60(x 2 44), com x . 44 Im(f ) 5 {21, 0, 1, 2, 3}

59

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15. a) Analogamente, as retas paralelas ao eixo Oy���
pelos
� pontos A,
Temperatura Comprimento da
B e C concorrem com as transversais Ox e AB . Assim, pelo
(em grau Celsius) coluna (em milímetro)
teorema de Tales, temos:
0 40
AC 5,2 2 5
5 48 5 (II)
AB 625
10 56
De (I) e (II) concluímos:
15 64
n 2 190 5,2 2 5 n 2 190 0,2
5 ⇒ 5
x20 5 8x 275 2 190 625 85 1
b) 5 ⇒ y 5 40 1
y 2 40 8 5  n 2 190 5 17 ⇒ n 5 207
16. a) f (0) 5 5 2 0 5 5 c) f (22) 5 5 2 (22) 5 7 Logo, 5 horas e 12 minutos após o início da contagem havia,
aproximadamente, 207 indivíduos na cultura de bactérias.
1 1 9
b) f (3) 5 5 2 3 5 2 d) f  2  552 2
5
2 20. alternativa d

x2 2 12 Na viagem de ida, de A para B, consideremos a função f, que


17. 5 4 ⇒ x2 2 4x 2 12 5 0 representa a distância d entre o automóvel e o ponto de partida
x
da cidade A em função do tempo t, em que adotamos o instante
 x 5 6 ou x 5 22 da partida (8 horas) como instante zero. Um possível gráfico de
Portanto, os elementos do domínio de f que têm imagem 4 são f é representado abaixo.
os números 6 e 22. Na viagem de volta, de B para A, consideremos a função g, que
representa a distância d entre o automóvel e o ponto de partida
18. a) (21, 1) Ñ f ⇒ f (21) 5 1 da cidade B em função do tempo t, em que adotamos o instante
b) (0, 0) Ñ f ⇒ f (0) 5 0 da partida (8 horas) como instante zero. Um possível gráfico da
função g é representado abaixo.
c) (1, 23) Ñ f ⇒ f (1) 5 23

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
d) (2, 0) Ñ f ⇒ f (2) 5 0 d
(distância)
3f (1) 3  (23)
e) 5 5 29 d
f (2) 1 f (21) 011
g f

NEIDE TOYOTA
19. a) (0, 32) é um ponto do gráfico; logo, no instante zero havia 32
bactérias.
b) 275 2 190 5 85 d0
Logo, da 5a para a 6a hora, a população aumentou de 85
bactérias.
c) 190 2 92 5 98
Logo, da 3a para a 5a hora, a população aumentou de 98 0 t0 t1 t 2 t
bactérias. (tempo)
d) O número n de bactérias no instante 5 h 12 min, que equivale
a 5,2 h, pode ser obtido aproximando-se o gráfico por um seg- Observando que esses gráficos têm um ponto comum (t0, d0),
mento de reta unindo os pontos de abscissas 5 e 6, conforme concluímos que no horário (8 1 t0) horas o automóvel estava a
mostra a figura: uma distância d0 tanto na viagem de ida quanto na de volta. Logo,
na viagem de volta há um ponto do caminho por onde o homem
Número de passou no mesmo horário do dia anterior.
bactérias
21. a)  f (22) 5 27
B
275 b)  f (0) 5 21
c)  f (3) 1  f (5) 5 6 1 6 5 12

1 1 22 5
22. a)  f (2) 5 5
n 2 2
C
190
A 1 1 (22)2 5
b)  f (22) 5   5  2 
22 2
NEIDE TOYOTA

132 1 1
4
2
11 11 
1 16 17
 
c) f     5 
4 1
5 
1
5 
4
4
92
4

65 1 1
 4
2
47 11 2 11 
1 16 17
32
 
d) f   2 5 
4 1
5 
1
5 2 
4
2 2
4 4
0 1 2 3 4 5 6 Tempo
(hora)
 ff (21)
(2) 5 a  2 1 b  2 5 16
2
5,2 23.
5 a  (21) 1 b  (21) 5 7
2

As retas paralelas ao eixo Ox


����pelos pontos A, B e C concorrem Temos, portanto, o sistema:
com as transversais Oy e AB . Assim, pelo teorema de Tales,
temos:
AC n 2 190
 a4a21b 2b 55 167
5 (I)
AB 275 2 190 Resolvendo-o, obtemos: a 5 5 e b 5 22

60

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3 3
24. a) verdadeira, pois  f (3) 5   5  ; CC Roteiro de trabalho
32 1 1 10
3
   3,  10  pertence ao gráfico de  f 1. a) Pelo ponto de abscissa x, do eixo Ox, traça-se a reta perpen-
dicular a esse eixo; e pelo ponto de ordenada y, do eixo Oy,
0 traça-se a reta perpendicular a esse eixo. O ponto comum
b) verdadeira, pois  f (0) 5   5 0;
02 1 1 a essas retas é o ponto (x, y).
 (0, 0) pertence ao gráfico de  f
b) O abastecimento de um carro no posto de gasolina e a com-
1 1 pra de alimentos que precisam ser pesados são situações do
c) falsa, pois  f (1) 5    5  ;  
12 1 1 2 cotidiano que envolvem o conceito de função, pois o preço
 (1, 2) não pertence ao gráfico de  f da gasolina é função da quantidade de litro e o preço do
alimento é função da sua massa.
a
d) verdadeira, pois  f (a) 5 2 ⇒ 52
a2 1 1 2. a) É uma correspondência que associa cada elemento do
 2a2 2 a 1 2 5 0 conjunto A a um único elemento do conjunto B.
1   215  b) Os conjuntos A e B são, respectivamente, o domínio e
  a 5 ÉR o contradomínio da função f. O subconjunto de B cujos
4
elementos são os correspondentes dos elementos de A, por
Portanto, não existe número a real tal que  f (a) 5 2.
meio de f, é o conjunto imagem da função f.
2 k 2
e) verdadeira, pois  f (k) 5  ⇒ 2  5   c) O símbolo f (x) representa a ordenada do ponto de abscissa x,
5 k 11 5 por isso o símbolo f (x) pode ser substituído por y e vice-
 2k 2 5k 1 2 5 0
2
-versa.

5   9  1 d) Significa que o ponto, com aquelas coordenadas da "bolinha


 k5  ⇒ k 5 2 ou  k 5   vazia", não pertence ao gráfico.
4 2
Então, existem exatamente dois números reais k 3. a) Sendo f uma função de domínio D, dizemos que:
2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

tais que  f (k) 5     . • f é positiva para um elemento x, com x Ñ D, se, e somente
5
se, f (x) . 0;
  25. D( f ) 5 ]1, 7]; Im( f ) 5 [22, 8[
• f é negativa para um elemento x, com x Ñ D, se, e somente
26. D( f ) 5 ]21, 6]; Im( f ) 5 {22} < [0, 7] se, f (x) , 0;

27. a) Para x 5 100, temos: • f é nula para um elemento x, com x Ñ D, se, e somente se, f
200 (x) 5 0. Nesse caso, dizemos que x é raiz (ou zero) da função.
P 5 50 1 5 52
100 b) Não, pois o sinal da função para um elemento x do domínio é
Logo, o comprador deve pagar 52 dólares por saca.
o sinal de f (x), e não o sinal de x. Por exemplo, dada a função
b) Para x 5 200, temos: f : R " R tal que f (x) 5 x2, temos que a função é positiva para
200 x 5 22, pois f (22) 5 4; veja que x tem sinal negativo, enquanto
P 5 50 1 5 51
200 f (x) tem sinal positivo.
Logo, o comprador deve pagar 51 dólares por saca.
c) Para P 5 54, temos: 4. a) O domínio de f é o conjunto das abscissas de todos os pontos
200 do gráfico e o conjunto imagem de f é o conjunto das ordena-
54 5 50 1 ⇒ x 5 50
x das de todos os pontos do gráfico.
Logo, o comprador adquiriu 50 sacas. b) O gráfico não pode representar uma função, pois se (a, b) e (a, c),
28. a) verdadeira d) falsa com b  c, são pontos comuns ao gráfico e a uma reta paralela
b) falsa e) verdadeira ao eixo Oy, então o elemento a possui mais de uma imagem
c) verdadeira através da correspondência representada pelo gráfico, o que
contraria uma condição necessária da definição da função.
29. a) 7%
b) 5%
c) 3%
d) CC Exercícios complementares
Mês Taxa de inflação (%)
1. alternativa b
 1 6
A reta horizontal que intercepta o gráfico no ponto da abscissa
 2 8 1975 também o intercepta no ponto de abscissa 1963 (aproxi-
 3 9 madamente).

 4 7 2. Indicando por h(t) a altura da planta, em centímetro, ao final de


t semanas, temos:
 5 6
a) A altura da planta ao final da terceira semana era h(3), ou seja,
 6 9
30 cm.
 7 9 b) O crescimento da planta durante a terceira semana foi:
 8 9 h(3) 2 h(2) 5 5 cm

 9 8 c) Observando que h(1) 2 h(0) . h(2) 2 h(1) . h(3) 2 h(2),


concluímos que o maior desenvolvimento da planta ocorreu
10 6 na primeira semana.
11 5 d) A altura h da planta no instante 2,3 semanas pode ser obtida
12 9 aproximando-se o gráfico por um segmento de reta unindo
os pontos de abscissas 2 e 3, onde y é a altura da planta, em
e) Sim, pois a cada mês está associado um único valor da taxa de centímetro, e x é o tempo de crescimento da planta, em
inflação. semanas, conforme mostra a figura:

61

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 61 3/9/10 5:30:13 PM


y b) V(0) 5 22  03 2 8  0 1 120
 V (0) 5 120
Logo, a capacidade do reservatório é 120.000 L.
30
B c) V(t) 5 0 ⇒ 22t2 2 8t 1 120 5 0
h 24   256 
25 C
A
 t2 1 4t 2 60 5 0 ⇒ t 5  
2
 t 5 6 ou t 5 210 (não convém)
NEIDE TOYOTA

Logo, serão necessárias 6 horas.


15 d) 80% de 120 5 96
V (t) 5 96 ⇒ 22t2 2 8t 1 120 5 96
 t 2 1 4t 2 12 5 0

24   64 
t 5 
2
 t 5 2 ou t 5 26 (não convém)
0 1 2 2,3 3 x Logo, os técnicos deverão realizar o conserto em 2 horas.

8. a)
As retas paralelas ao eixo Ox Valor pago Valor do frete
����pelos pontos A, B e C concorrem Número de Número de
por passageiro do ônibus
com as transversais Oy e AB . Assim, pelo teorema de Tales, passageiros lugares vagos
(R$) (R$)
temos:
AC h 2 25
5 (I) 20 20 90 1.800
AB 30 2 25
Analogamente, as retas paralelas ao eixo Oy���
pelos
� pontos A,

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
30 10 70 2.100
B e C concorrem com as transversais Ox e AB . Assim, pelo
teorema de Tales, temos: 35 5 60 2.100
AC 2,3 2 2
5 (II)
AB 322 40 0 50 2.000
De (I) e (II) concluímos:
h 2 25 2,3 2 2 h 2 25 0,3 b) Valor do frete: y 5 [50 1 2(40 2 x)]x
5 ⇒ 5  y 5 130x 2 2x2
30 2 25 322 5 1
c)  f (25) 5 130  25 2 2  252 5 2.000
 h 2 25 5 1,5 ⇒ h 5 26,5
Logo, após 2,3 semanas, a altura da planta era 26,5 cm, d) 130x 2 2x2 5 2.088 ⇒ x2 2 65x 1 1.044 5 0
aproximadamente. 65   49 
 x 5    ⇒ x 5 36  ou  x 5 29
3. a) Em oito dias o consumo é: 2
C 5 400  8 5 3.200 Logo, deverão viajar 36 ou 29 passageiros.
Logo, o consumo em oito dias é 3.200 kWh.
b) 400t 5 4.800 ⇒ t 5 12 9. a) 0,8  60 5 48
Serão necessários 12 dias. Logo, decorrerão 48 minutos.
c) A equação C 5 400t mostra que o consumo diário é de b) 6 2 0,8 5 5,2
400 kWh. Logo, o analgésico permanecerá por 5,2 horas ou 5 horas e
Adicionando 200 kWh por dia, a nova equação é: 12 minutos.
C 5 600t 10. De acordo com o gráfico:
4.
Custo total: 8(140 2 x)
Total arrecadado: x(140 2 x)
a) 251,20 L
b) 301,44 L
c) A variação será de: 301,44 L 2 251,20 L 5 50,24 L
Como o lucro é a diferença entre o total arrecadado e o custo,
temos: 11. 0 1

L(x) 5 x  (140 2 x) 2 8(140 2 x) 5 140x 2 x2 2 1.120 1 8x 1 2


 L(x) 5 2x2 1 148x 2 1.120 2 3


5. a) 1,5x 2 150 5 75 ⇒ 1,5x 5 225 3 4


 x 5 150  
b) y 5 1,5x 2 150 a) nenhum
b) 2
6. Se x peças são produzidas e vendidas em um mês, temos: c) Não, pois o número zero de andar não está associado a nenhum
custo total 5 800 1 6x
montante da venda 5 10x
12.
número de apartamento.

a) falsa, pois R(x) 5 10x x f (x) 5 2x


b) verdadeira, pois L(x) 5 10x 2(800 1 6x) 5 4x 2 800 0 0
c) falsa, pois L(500) 5 4  500 2 800 5 1.200
d) falsa, pois 2.500 5 4x 2 800 ⇒ 4x 5 3.300 1 2
 x 5 285 2 4
e) verdadeira, pois 4x 2 800  0 ⇒ 4x  800
 x  200; mínimo de 200 peças 3 6

7. a) V(3) 5 22  32 2 8  3 1 120  
 V(3) 5 78 Im( f ) 5 {0, 2, 4, 6, 8, ...}
Logo, após três horas, restaram 78.000 L. Portanto, Im( f ) é o conjunto dos números naturais pares.

62

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13. y (litro) 3.

40
P
y
10 � 2x
NEIDE TOYOTA

Q
20
x

ILUSTRAÇÕES: NEIDE TOYOTA


10
20 � 2x x

a) V (x)5 (20 2 2x)  (10 2 2x)  x


0 xQ x 24 x (segundo)

 
20 2 2x  0 x  10 (I)
b) 10 2 2x  0 ⇒ x  5 (II)
xQ 2 0 20 2 10 xQ 1 x0 x  0 (III)
a)  5   ⇒  5 
24 2 xQ 40 2 20 24 2 xQ 2
(I)
 xQ 5 8 10 x
Logo, a torneira ficou aberta durante 8 segundos.
(II)
x20 24 2 0 x 5 x
24
b)  5   ⇒  5 
y 2 10 40 2 10 y 210 30 (III)
0 x
 30x 5 24y 2 240 ) 30x 2 24y 1 240 5 0
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

 5x 2 4y 1 40 5 0 (I) � (II) � (III)


0 5 x
14. a) 606 L/s
Logo: D(V )5 ]0, 5[
b) 685 L/s
c) 678,8 L/s 5 (678,8  3.600) L/h 5 2.443.680 L/h 4. a) x2 2 4x 1 3 5 0 ⇒ x 5 1 ou x 5 3
Logo, a vazão total nessas duas horas será 4.887.360 L. Logo, as raízes de f são 1 e 3.
d) 678,8 L/s 5 (678,8  60) L/min 5 40.728 L/min 3
b) 5x 1 3 5 0 ⇒ x 5 2
Haverá enchente, pois a vazão é maior que o limite de 5
3
40.000 L/min. Logo, a única raiz da função é 2 .
5
c)  x 2 9  5 0 ⇒ x2 2 9 5 0
2

 x 5 3 ou x 5 23
CC Matemática sem fronteiras Logo, as raízes de f são 3 e 23.

1. A cada tempo t, em ano, f associa a uma única temperatura


d) x4 2 4x2 5 0 ⇒ x2(x2 2 4) 5 0
0,058t 1 16, então temos: f (t) 5 0,058t 1 16  x 5 0 ou x 5 2 ou x 5 22
Logo, as raízes de f são 0, 2 e 22.
2. Temos: e) x2 1 1 5 0 ⇒ x2 5 2 1
f (t) 5 0,058t 1 16 Logo, a função não tem raiz real, pois nenhum número real
f (100) 5 0,058  100 1 16 ⇒ f (100) 5 21,8 ao quadrado é igual a um número negativo.
Logo, a temperatura do planeta daqui a 100 anos será 21,8 °C.
f ) x3 2 6x2 1 8x 5 0 ⇒ x(x2 2 6x 1 8) 5 0.
3. Queimar o lixo, diminuir as queimadas das florestas, redução da Logo, as raízes de f são 0, 2 e 4.
emissão de gases poluentes (carros, indústrias etc.), redução do g) y 5 23 é uma função constante, isto é, paralela ao eixo das
consumo, reciclagem, entre outras medidas. abscissas.
Logo, a função não tem raiz, pois á f(x) 5 0.
5.  f (26) 5 0, f (23) 5 0, f (0) 5 0, f (3) 5 0 e f (6) 5 0
As raízes de f são: 26, 23, 0, 3 e 6.
Capítulo 5 6. a) As abscissas dos pontos onde o gráfico intercepta o eixo Ox
são as raízes da função f , que são as raízes da equação
CC Exercícios propostos x2 2 6x 1 5 5 0, ou seja, x 5 1 ou x 5 5.
b) A ordenada do ponto onde o gráfico intercepta o eixo Oy é
1. a) Condição de existência: x > 0. Logo: D( f ) 5 R1 f (0), ou seja: f (0) 5 02 2 6  0 1 5 5 5
b) Existe f(x) para qualquer x real. Logo: D( f ) 5 R
7. a) As raízes de h são as raízes da equação h(t) 5 0, ou seja:
c) Existe f(x) para qualquer x real. Logo: D( f ) 5 R 3t 2 t2 5 0 ⇒ t(3 2 t) 5 0
d) Condição de existência: x  3 e x  23.  t 5 0 ou t 5 3
Logo: D( f ) 5 {x Ñ R  x  3 e x  23} Como t representa o tempo e, portanto, t > 0, temos que as
e) Condição de existência: x > 2. Logo: D( f ) 5 {x Ñ R  x > 2} duas raízes são admitidas no contexto do problema.
b) As raízes indicam os instantes em que a altura da bola, em
f ) Existe f(x) para qualquer x real. Logo: D( f ) 5 R
relação ao campo, foi igual a zero. Assim, no momento do
g) Condição de existência: x  6 e x  26 e x > 2 chute, t 5 0, e três segundos após o chute, t 5 3, a bola esteve
Essa condição pode ser expressa, simplesmente, por x > 2 e em contato com o campo.
x  6. Logo: D( f ) 5 {x Ñ R  x > 2 e x  6} c) A altura da bola, em metro, 1,5 segundo após o chute é dada
h) Condição de existência: x  0. Logo: D( f ) 5 R* por: h(1,5) 5 3  1,5 2 (1,5)2 5 4,5 2 2,25 5 2,25
2 Logo, 1,5 segundo após o chute, a bola estava a 2,25 m de
2. Não, pois para x 5 5, teríamos f (5) 5 , que não é definido. altura em relação ao campo.
0

63

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 63 3/9/10 5:30:14 PM


d) Para responder a essa pergunta, basta resolver a equação 17. a) y
h(t) 5 4, isto é: 3t 2 t2 5 4 ⇒ t2 2 3t 1 4 5 0
Calculando o discriminante dessa equação do segundo grau, 4
temos: D 5 (23)2 2 4 ? 1 ? 4 5 2 7

NEIDE TOYOTA
Como D  0, concluímos que a equação não possui raiz real.
Logo, na trajetória descrita pela função h, a bola não atingiu
4 m de altura, em relação ao campo. 1
8. Resposta possível: �3 2
�2 4 x
y �1

�2


b) D(f ) 5 {22, 21, 1, 4}; Im(f ) 5 {23, 22, 2, 4}
c) Im(f 21) 5 {22, 21, 1, 4}; D(f 21) 5 {23, 22, 2, 4}
NEIDE TOYOTA

d) Podemos observar que D(f ) 5 Im(f 21) e Im(f ) 5 D(f 21).

18. A condição de existência da função f é x 2 3 i 0, ou seja, x i 3.


Assim, o domínio de f é o conjunto: D(f ) 5 {x  R  x  3}
Como a imagem da função f 21 é igual ao domínio da função f,
x concluímos que: Im(f 21) 5 {x  R  x  3}
�3 1 5
2 19. a)
A 1 f
2 B
1
5

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2
Espera-se que os alunos percebam que duas ou mais funções 2 10

ILUSTRAÇÕES: NEIDE TOYOTA


podem ter as mesmas raízes, mesmo tendo gráficos diferentes. 3
9. As raízes da função f (t) 5 t3 2 9t 2 9t2 1 81 são dadas por:
t3 2 9t 2 9t2 1 81 5 0 ⇒ t(t2 2 9) 29(t2 2 9) 5 0 b)
B f –1 1 A
 (t 2 9)  (t2 2 9) 5 0 ⇒ t 5 9 ou t 5 3 ou t 5 23 2
Como o domínio da função é 1  t  12, concluímos que o nível 1
da água do rio esteve em seu valor médio nos meses 3 e 9, ou 5 2
seja, em março e setembro. 2
10
3
10. a)  f é crescente em [21, 1].
b)   f é decrescente em [23, 21] e [1, 3].
c)  f é constante em [3, 5]. c) A correspondência f 21 não é função porque há elemento do
11. a)  f  é constante;
conjunto B que possui mais de uma imagem em A.
b) g é crescente; 20. Temos:
c) h é decrescente;
f
d) p é crescente durante o percurso e constante durante o almoço. A 1 –4 B
12. alternativa e 2
3
Observando o gráfico, percebe-se que o número de animais 7
4
silvestres manteve-se constante no intervalo de 9 a 12 anos. 2
Nesse intervalo, o número de nascimentos foi igual ao número 7 6
de mortes.
13. alternativa d Concluímos que f é invertível porque ela é uma correspondência
I. falsa biunívoca entre os conjuntos A e B.
II. verdadeira 21. Não, pois o número de elementos de A é diferente do número
III. verdadeira de elementos de B e, portanto, não é possível estabelecer uma
IV. verdadeira correspondência biunívoca entre os conjuntos A e B.
Logo, apenas a afirmação I é falsa.
22. A função g, pois ela é uma correspondência biunívoca entre os
14. a) t1  t2 ⇒ 6t1  6t2
conjuntos D e CD e f , não.
 6t1 1 60  6t2 1 60 ⇒ v(t1)  v(t2)
b) acelerado 23. a) x 5 3y 2 5 ⇒ x 1 5 5 3y
x15
15. a) t1  t2 ⇒ 210t1  210t2  y 5
3 x15
 90.000 2 10t1  90.000 2 10t2 ⇒ v(t1)  v(t2) Logo, a inversa da função y 5 3x 2 5 é a função y 5 .
b) esvaziada 3
b) x 5 8y 1 4 ⇒ x 2 4 5 8y
16. a) Se a diferença entre o salário médio dos executivos e o salário x24
médio dos outros funcionários aumentar a cada mês.  y 5
8 x24
b) Se a diferença entre o salário médio dos executivos e o salário Logo, a inversa da função f é a função f 21(x) 5 .
8
médio dos outros funcionários diminuir a cada mês.
y13
c) Se a diferença entre o salário médio dos executivos e o salário c) x 5 ⇒ xy 2 2x 5y 1 3
y22
médio dos outros funcionários permanecer constante.
2x 1 3
d) Sim, é possível. Para isso, basta que o salário médio dos exe-  y(x 2 1) 5 2x 1 3 ⇒ y 5
x21
cutivos aumente menos que o salário dos outros funcionários.
Assim, a diferença entre os salários diminuirá e, portanto, a x13 2x 1 3
Logo, a inversa da função y 5 é a função: y 5
função f irá decrescer. x22 x21

64

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24. a) A reta r que contém as bissetrizes dos quadrantes I e III é o 27. O gráfico de f 21 é simétrico ao gráfico de f em relação à reta
gráfico da função y 5 x. Consideremos o quadrado de vértices suporte das bissetrizes dos quadrantes ímpares.
(3, 3), (3, 5), (5, 5) e (5, 3): Logo, o gráfico de f 21 é:
y y

5
A r: y = x
5

3
2

FAUSTINO
f �1
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

3 A�
0 45°

�4 2 3 5 x

45° f

3 5 x
�4

Como as diagonais do quadrado são perpendiculares entre si, e


Observe que: D(f 21) 5 Im(f) 5 [24, 5] e Im(f 21) 5 D(f) = [0,3]
o ponto comum a elas é o ponto médio de cada uma, concluí-
mos que o ponto A’(5, 3) é o simétrico do ponto A em relação 28. a) Sabendo que o ponteiro da balança descreve 36° para cada 1 kg
à reta r. de massa, temos:
Raciocinando de modo análogo, concluímos que os simétricos Massa (kg) Deslocamento ()
dos pontos B(–4, 2) e C(–3, –4) são, respectivamente, os pontos 1 36
B’(2, –4) e C ’(–4, –3). x 360
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

y ⇒ 36x 5 360
 x 5 10
y�x Logo, a balança consegue pesar até 10 kg.
5 A
b) Massa (kg) Deslocamento ()
3 A’ 1 36
B 2 x y
⇒ y 5 36x, com 0  x  10
�4 �3 2 c) Permutando as variáveis x e y da equação do item a, obtemos:
3 5 x x 5 36y
x
Logo: y 5 , com 0°  x  360°
36
C’ �3
d) As funções obtidas são inversas uma da outra.
B’ e) y
C �4

360

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
b) Generalizando o raciocínio aplicado no item anterior, pode- y 5 36x
y
x
mos concluir que o simétrico de um ponto P(a, b) é o ponto y5
36
P ’(b, a), para quaisquer valores reais de a e b. 10
25. a) e c) y 0 360 x
f
3
0 10 x
2 f �1
f ) Substituindo x por 6,5 em y = 36x, obtemos:
1 y 5 36 ? 6,5 5 234
1 Logo, o deslocamento é 234°.
2 x
g) Substituindo x por 126 em y 5 , obtemos:
�1 1 1 2 3 x 36
126
2 y5 5 3,5
�1 36
Logo, a massa é 3,5 kg.

b) f (x) 5 2x 2 1, trocando x por y e y por x, temos: x 5 2y 2 1

Isolando y: y 5 f 21(x) 5
x11 CC Roteiro de trabalho
2
1. Para obter o domínio de uma função y 5 f(x), consideramos todas
d) Os gráficos de f e f 21 são simétricos em relação à reta de equa-
as possíveis condições de existência da função f para o valor de x,
ção y 5 x, que é a reta bissetriz dos quadrantes ímpares.
lembrando que f(x) deve ser um número real. Os valores de x que
26. alternativa d obedecem a essas condições formam o domínio da função f.
Temos que (x, y) é ponto do gráfico de f se, e somente se, (y, x) é
2. a) Raiz de uma função y 5 f(x) é todo valor r do domínio de f tal
ponto do gráfico de f 21. Pelos exercícios 24 e 25 temos que cada
que f(r) 5 0.
ponto (x, y) é o simétrico do ponto (y, x) em relação à reta r que
contém as bissetrizes dos quadrantes ímpares. b) Graficamente, k é a abscissa de um ponto de intersecção do
Logo, os gráficos de f e f 21 são simétricos em relação a r. gráfico de f com o eixo Ox.

65

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 65 3/9/10 5:30:17 PM


c) Resposta possível: f(x) 5 10 4. O tempo durante o qual o medicamento esteve concentrado no
d) Resposta possível: soro sanguíneo é aquele transcorrido desde o instante t 5 0 até
o instante em que C(t) 5 0.
y
As raízes da função C são dadas por: 2t 2 2 3t 1 10 5 0
2(23)  49 
FAUSTINO

t5 ⇒ t 5 2 ou t 5 23 (não convém)


2 ? (21)
Concluímos, então, que durante 2 horas o medicamento esteve
concentrado no soro sanguíneo.
x 5. a) [0, 2]
b) [7, 10]
c) [2, 7]
3. Respostas pessoais
6. alternativa c
4. a) Respostas possíveis:
A leitura do gráfico nos permite concluir que, de 0 a 10.000 anos,
função invertível função não invertível a espessura da camada hidratada aumenta 5 mícrons, aproxima-
f damente, e de 100.000 a 120.000 anos, o aumento da espessura da
f
camada hidratada é de 1 mícron, aproximadamente. Assim, em
pedras mais jovens, o aumento da espessura é mais rápido.
7. a) A função foi crescente nos períodos: de 2000 a 2002 e de 2006
a 2008; a função foi decrescente no período: de 2002 a 2006.
b) Temos que a inflação de 2007 foi 4,46% e a de 2008 foi 5,90%.
Logo, a variação da taxa de inflação deste período foi:
b) Respostas possíveis: 5,90% 2 4,46% 5 1,44%
função invertível função não invertível A inflação de 2003 foi 9,30% e a de 2004 foi 7,60%. Então, a
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
variação da taxa de inflação deste período foi:
y y 7,60% 2 9,30% 5 21,70%
8. alternativa d
De 1994 a 1995 o desmatamento cresceu mais de 10 mil km2, e
de 1997 a 1998 o crescimento foi menor do que isso.
9. a) n 5 5 ⇒ q 5 200 ? 5 5 1.000
500
x x q 5 1.000 ⇒ p 5 3 1 5 3,5
1.000
Logo, o custo de produção será R$ 3,50.
As funções invertíveis são correspondências biunívocas, enquanto


as não invertíveis não são. b) q 5 200 n (I)
500
5. Trocamos x por y e y por x. Depois, isolamos a variável y. p 5 3 1 (II)
q
Substituindo (I) em (II), temos:
CC Exercícios complementares 5 6n 1 5
p 5 3 1 ⇒ p5
2n 2n
A função é decrescente, pois, quanto maior o número de horas,
1. alternativa d
menor será o custo de produção.
1 5 5
 5 2 x  1 ÑR X x Ñ R e 5 2 x > 0 e x 1 1 . 0 c) p 5 3 1 ⇒ n5
 x 1 1  2n 2p 2 6

(I) (II)
A função é decrescente, pois, quanto menor o custo de pro-
dução, maior será o número de horas.
(I)
5 x

(II)
�1 x

(I) � (II)
CC Matemática sem fronteiras
�1 5 x
1. Espera-se que os alunos respondam que numericamente o desma-
tamento diminuiu. Porém, de acordo com o texto isso pode não
D 5 {x Ñ R | 21 , x  5} 5 ]21, 5]
ter ocorrido efetivamente, já que a medição é feita por satélites
2. No contexto do problema, devemos ter: e às vezes é prejudicada pelas nuvens nas regiões, dificultando
assim a detecção de pontos de desmatamento.

 
n(x) > 0 80 2  8.400 2 x  > 0 (I)
x Ñ N ⇒ x Ñ N (II) 2. a)
Área desmatada
8.400 2 x > 0 8.400 2 x > 0 (III) Ano Período
(em km2)
De (I), temos:
2001/2002 1 21.523
80 >  8.400 2 x ⇒ 6.400 > 8.400 2 x
2002/2003 2 25.396
 x > 2.000
De (III), temos: 8.400 2 x > 0 ⇒ x < 8.400 2003/2004 3 27.772
Concluímos, então, que as condições (I), (II) e (III) determinam 2004/2005 4 19.014
o domínio: D(n) 5 {x Ñ N | 2.000 < x < 8.400}
2005/2006 5 14.196
3. alternativa b
2006/2007 6 11.633
f(1) 5 0 ⇒ 13 1 a ? 12 1 b ? 1 1 3 5 0
2007/2008 7 12.911
 1 1 a 1 b 1 3 5 0 ⇒ a 1 b 5 24

66

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 66 3/9/10 5:30:18 PM


b) e) y
x y
área desmatada
0 1

FAUSTINO
(km2) 1
23 0
27.772
FAUSTINO

–3 x

25.396

2. a) Os pontos (1, 3) e (0, 1) pertencem ao gráfico, logo, temos:


21.523

19.014

 13 55 aa ?? 01 11 b b ⇒ 31 55 ab 1 b
Logo: b 5 1 e a 5 2
1
b) Fazendo 2x 1 1 5 0, temos x 5 2 , que é a raiz da função
2
y 5 2x 1 1.
14.196
12.911 3. alternativa a
11.633 A lei que associa x e y é do tipo y 5 ax 1 b, com {a, b} y R e a i 0.
Assim, temos que:

1 2 3 4 5 6 7 período 100 5 20a 1 b


40 5 50a 1 b
⇒ a 5 22 e b 5 140

Logo: y 5 22x 1 140


Atribuindo-se o valor 40 à variável x, obtém-se o preço, unitário,
3. a) A função foi crescente nos períodos 1 a 3 e 6 a 7. em real: y 5 22  40 1 140 5 60
b) A função foi descrescente no período 3 a 6. 4. alternativa d
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

A reta que passa pelos pontos (2010; 3,5) e (2030, 5) é gráfico de


Capítulo 6 uma função do tipo y 5 ax 1 b, com {a, b} y R e a i 0.
Assim:
• para x 5 2010 e y 5 3,5, obtemos: 3,5 5 2010a 1 b
CC Exercícios propostos • para x 5 2030 e y 5 5, obtemos: 5 5 2030a 1 b
y
1. a)
x y

Resolvendo o sistema: 2010 a 1 b 5 3,5
2030 a 1 b 5 5
0 24 obtemos: a 5 0,075 e b 5 2147,25
Portanto: y 5 0,075x 2 147,25
2 0
Finalmente, atribuindo o valor 2020 à variável x, temos uma
2 x
estimativa para a população urbana em 2020:
y 5 0,075  2020 2 147,25 ⇒ y 5 4,25
–4 Logo, a população urbana em 2020 será 4,25 bilhões de pessoas,
aproximadamente.
5. a) A lei que associa a abscissa x à ordenada y é do tipo y 5 ax 1 b .
y Como (0, 32) e (100, 212) pertencem ao gráfico, temos:
b)

x y 32 5 a  0 1 b 9
⇒ a5 e b 5 32
212 5 a  100 1 b 5
0 24 9x
Logo: y 5 1 32
22 0 –2 x 5 9x
b) Para y 5 24, temos: 24 5 1 32 ⇒ x 5 220
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

5
–4 Logo, a temperatura 24 °F corresponde a 220 °C.
6. alternativa c
Um gráfico cartesiano que descreve essa situação é:

y Preço (R$)
c)
x y 5
9.000
FAUSTINO

0 0
1 5


0 1 x 4.000

4 Tempo de uso
(anos)
y
d) A lei que determina esse gráfico é da forma y 5 ax 1 b com a e b
x y
reais e a i 0. Como os pontos (0, 9.000) e (4, 4.000) pertencem
0 0 ao gráfico, temos:
1 25 0 1 x
9.000 5 a  0 1 b
4.000 5 a  4 1 b
⇒ b 5 9.000 e a 5 21.250
Assim, temos a lei: y 5 21.250 x 1 9.000
Atribuindo o valor 1 para x, obtemos y 5 7.750, ou seja, o valor
–5 do carro com um ano de uso é R$ 7.750,00.

67

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 67 3/9/10 5:30:19 PM


7. a)
5x 55
Venda (R$) Rendimento (R$) b) A partir da equação y 5 1 , podemos estimar o número
3 3
Abril 8.350 327 de unidades que serão vendidas nos 2 próximos dias:
• para o dia 6, o número y estimado é:
Maio 10.200 364
5 55 85
Junho k 160 1 0,02k y 5 61 5 ≈ 28
3 3 3
Abril: 160 1 0,02 ? 8.350 5 327 • para o dia 7, o número y estimado é:
Maio: 160 1 0,02 ? 10.200 5 364 5 55 90
y 5 71 5 5 30
Junho: 160 1 0,02k 3 3 3
b) y 10. Como a taxa de variação da função afim é o coeficiente de x,
temos: y 5 5x 1 b. Como o ponto A(2, 23) pertence ao gráfico
da função, temos, também: 23 5 5  2 1 b ⇒ b 5 213
Logo a lei de associação da função é: y 5 5x 2 13
360 cujo gráfico é:
y
160

x
10.000

FAUSTINO
2
y 5 160 1 0,02x
13 x
Note que o gráfico é uma semirreta.
�3 5
Dy 160 1 0,02 ? 1.000 2 (160 1 0,02 ? 500) A
c) 5 5 0,02
Dx 1.000 2 500
Logo, a taxa média de variação é de R$ 0,02 para cada real de
venda.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

�13
8. a)
B

A
4 12
11. a) No período de esvaziamento do reservatório, a vazão do regis-
tro foi de 4 litros por segundo. Portanto, em x segundos desse
período foram vazados 4x litros de água. Assim, a quantidade,
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

em litros de água, contida no reservatório nesse período pode


rB 5 3  rA ser expressa por: y 5 400 2 4x
 CB 5 3  CA
b) Em qualquer função afim, a taxa de variação é o coeficiente
Número de voltas Número de voltas de x. Assim, na função afim do item a, a taxa de variação
da polia A da polia B é 24. Essa taxa indica que vazam 4 litros de água por segundo
3 1 do reservatório.
x y
12. a) De acordo com a tabela, temos:
3 1 x
5 ⇒y5


x y 3 10 se 0 < x < 10
b) y 20 se 10 , x < 20
f (x) 5 35 se 20 , x < 30
70 se 30 , x < 60
5
3 90 se x . 60
1
b) O gráfico de f é dado por:
y
0 3 5 x

c) Sim, pois:
I. Se x 5 0, então y 5 0. 90
y
II. Se x i 0, então 5 k, sendo k uma constante real
x


no caso, k 5
1
3
. 
9. a) Resposta possível: 70
FAUSTINO

Como a reta que passa pelos pontos (1, 20) e (4, 25): é gráfico
de uma função do tipo y 5 ax 1 b, com {a, b}  R e a  0,
temos:
• para x 5 1 e y 5 20 temos a equação 20 5 a  1 1 b 35
• para x 5 4 e y 5 25 temos a equação 25 5 a  4 1 b 20


Resolvendo o sistema: 1a 1 b 5 20
4a 1 b 5 25
10

0 10 20 30 60 x
5 55
Obtemos: a 5 eb5
3 3
5x 55
Assim, a equação da reta r é: y 5 1
3 3

68

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 68 3/9/10 5:30:21 PM


y
13. a) b) y 17. a) Os pontos (1, 21) e (2, 2) pertencem ao gráfico.
Logo, temos:

5 U
 21 5 a  1 1 b
25a21b
⇒ a 5 3 e b 5 24

3 4 U Assim, temos a lei: y 5 3x 2 4


U U
4
U A raiz da função é e, observando o gráfico, temos:
5 7 x –3 1 x 3
4
3
y   x
D( f ) 5 R; D( f ) 5 R;
Im( f ) 5 {y Ñ R $ y > 3} Im( f ) 5 {y Ñ R $ y < 4} b)
x y 5 ax 1 b
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

y
c) d) y 0 2
2 1
9 U

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
7 U y 122 1
5 U a5 5 52
x 220 2
3 U U Pelo gráfico do enunciado, temos: b 5 2
x
U Logo, a equação da reta é: y 5 2 1 2
–1U 4 6 x –1 2 4 6 x x 2
Raiz de f : 2 1 2 5 0 ⇒ x 5 4
2
Então, observando o gráfico, temos:
D( f ) 5 R; D( f ) 5 R;
Im( f ) 5 R Im( f ) 5 R

14. a) c)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

y y
4 � x

7 U
4 5 U 18. O gráfico é parte da reta de equação y 5 ax 1 b, que passa pelos
U
3 pontos (5, 22) e (11, 10), logo:
2
1
5 x –1
–3 U
U
2 4 6
x 22 5 a  5 1 b
10 5 a  11 1 b
⇒ a 5 2 e b 5 212

Assim, a temperatura y em função do horário x é dada por:


y 5 2x 2 12
a) Para y 5 0, temos: 2x 212 5 0 ⇒ x 5 6
b)
y Logo, às 6 horas a temperatura atingiu 0 °C.
b) Para y , 0, temos: 2x 212 , 0 ⇒ x , 6

Logo, no período considerado, a temperatura esteve negativa
6 durante 1 hora, no intervalo 5 , x , 6.
U
5 c) Para y . 0, temos: 2x 212 . 0 ⇒ x . 6
2 U Logo, no período considerado, a temperatura esteve positiva
durante 5 horas, no intervalo 6 , x , 11.
–1 U 34 x
19. alternativa d
Analisando os gráficos, temos:
I. • 0 < x < 2
g(x) 5 1

 
20, se 0 < x < 1.000 x
15. a) f (x) 5 x x f (x) 5 1 1 (função crescente)
, se x . 1.000 h(x) 5 2 2
50 2
• 2 < x < 4
x


b) f(x) g(x) 5 2 1 2
2
f (x) 5 2x 1 4 (função decrescente)
x
h(x) 5 22
2
II. f (2) 5 g (2) 2 h(2) ⇒ f (2) 5 1 2 (21)
24
20  f (2) 5 2 i 0
III. f (3) 5 23 1 4 ⇒  f (3) 5 1 . 0
0 De acordo com esses resultados, concluímos que apenas a afirmação
1.000 1.200 x
I está correta.
20. a) Sendo f (x) 5 2x 28 e g(x) 5 2 2 x, temos:
2 4
16. alternativa e
• Se x < 300, f(x) 5 x x
f   
Se x . 300, f(x) 5 300 1 0,8  (x 2 300) 5 300 1 0,8x 2 240
FAUSTINO

4x g   
 f(x) 5 60 1
5
x, se x < 300


f�g  � 
Logo: f(x) 5 4x
60 1 , se x . 300 2 4 x
5
Logo: S 5 {x  R | 2 , x , 4}

69

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 69 3/9/10 5:30:22 PM


b) Sendo f (x) 5 4x 1 13, g(x) 5 3 2 x e h(x) 5 2x 2 1, temos: 21. alternativa d
f(x)
Vamos escrever a inequação na forma , 0:
13 1 g(x)

4 2 3 x21
21,0⇒ x212x ,0
x x x
f � � � �
21
 ,0
g � � � � x
Condição de existência: x  0
h � � � �
21
Como o numerador de é negativo, a função será negativa se,
x
f�g�h � � � �
e somente se, o denominador for positivo, ou seja, x . 0.
13 1 3 x
� Logo: S 5 {x  R | x . 0}
4 2
22. Condição de existência: k  0
13 1

Logo: S 5 x  R | 2
4
< x < ou x > 3
2  Sendo f (k) 5 2 2 k e g(k) 5 k, temos:

0 2
c) Sendo f (x) 5 x, g(x) 5 3x 2 4, h(x) 5 x 1 2 e p(x) 5 1 2 x, x
temos: f � � �

FAUSTINO
4
�2 0 1 3 g � � �
x
f � � � � � f
� � �
g

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
g � � � � � 0 2 x

Logo, a taxa de variação dessa função é positiva quando k satisfaz:


h � � � � � S 5 {k  R | 0 , k , 2}

p � � � � �
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

CC Roteiro de trabalho
f�g�h�p � � � � �
1. a) Função afim ou função polinomial do 1o grau é toda função
�2 0 1 4 x do tipo f (x) 5 ax 1 b, com {a, b}  R e a  0. Quando
3 b 5 0, a função afim recebe o nome de função linear, cujo gráfi-
4 co é uma reta que passa pela origem do sistema cartesiano.

Logo: S 5 x Ñ R | x , 22 ou 0 , x , 1 ou x 
3  b) As funções lineares descritas a seguir resultam de situações
do cotidiano:
d) Condição de existência: 5 2 x 5 0 ⇒ x i 5 • O preço p de uma quantidade k de cadernos cujo preço
Sendo f (x) 5 3x 2 6 e g(x) 5 5 2 x, temos: unitário é x pode ser representado pela função linear
p(x) 5 kx;
2 5 • A distância d percorrida por um automóvel durante um
x tempo t com velocidade constante v pode ser representada
f � � �
pela função linear d(t) 5 vt.

g � � � 2. a) Em toda função linear y 5 f (x), os valores de y são diretamente


proporcionais aos correspondentes valores de x, pois a função
f
� � � pode ser expressa por y 5 kx, com k  R*. Isso significa que,
g ao multiplicar qualquer valor de x pelo número real k, o cor-
2 5 x respondente valor de y fica multiplicado por k. Por exemplo,
ao dobrar, triplicar ou quadruplicar um valor qualquer de x,
Logo: S 5 {x  R | 2 , x , 5} o correspondente valor de y dobra, triplica ou quadruplica,
respectivamente.
2 b) Em qualquer função afim não linear y 5 f (x), os valores de y
e) Condição de existência: 2 2 3x i 0 ⇒ x i
3 não são diretamente proporcionais aos correspondentes va-
Sendo f (x) 5 x 1 1 e g(x) 5 2 2 3x, temos: lores de x. A proporcionalidade ocorre entre as variações dos
valores de y (y) e as correspondentes variações de x (x).
2
�1 3 c) É a constante obtida através da razão entre uma variação
qualquer dos valores de y (y) e a correspondente variação dos
x
f � � � valores de x (x). Essa constante é exatamente o coeficiente
da variável x da função afim y 5 ax 1 b.
g � � � 3. As funções definidas por duas ou mais sentenças, descritas a
seguir, resultam de situações do cotidiano:
f
� � � • Uma papelaria cobra 10 centavos de real por cópia, até um
g
x total de 100 cópias. A partir da 101a cópia, o preço cai para 8
�1 2
3 centavos por cópia. Indicando por p(x), em centavo, cobrado
por x cópias, a função p pode ser descrita por:


Logo: S 5 x  R | x < 21 ou x .
2
3  p(x) 5  10x, se x < 100
8x, se x . 100

70

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 70 3/9/10 5:30:24 PM


• A tabela a seguir apresenta tarifas progressivas cobradas pela Assim, sua equação reduzida é:
companhia de saneamento básico de um estado, em função do y 2 1,5 5 0,25 (x 2 1) ⇒ y 5 0,25x 1 1,25
consumo de água das residências:
b) • Para x 5 8, y 5 0,25  8 1 1,25 5 3,25
Faixa de consumo Tarifa (em real) • Para x 5 9, y 5 0,25  9 1 1,25 5 3,5
Logo, de acordo com a estimativa, os índices inflacionários
até 10 m3 11,94 (valor mínimo) nos meses de agosto e setembro serão 3,25% e 3,5%, respec-
tivamente.
mais de 10 m3 até 20 m3 1,86 por m3
y 4  9 1 5 2 (4  3 1 5)
4. a) 5 54
mais de 20 m até 50 m
3 3
4,65 por m 3 x 923
y 4  10 1 5 2 (4  7 1 5)
mais de 50 m 3
5,89 por m3 b) 5 54
x 10 2 7
Indicando por x o consumo, em metro cúbico, e por f (x) a tarifa,
em real, a função f pode ser representada por: 5. a) d 5 90t
d 90  4 2 90  1


11,94, se x < 10 b) 5 5 90
11,94 1 1,86x, se 10 , x < 20 t 421
f (x) 5
49,14 1 4,65x, se 20 , x < 50 Logo, a taxa média de variação foi de 90 km/h.
281,64 1 5,89x, se x . 50
6. Se a taxa média de variação de y em relação a x é constante para
qualquer variação de x, a função y 5 f (x) é afim.
CC Exercícios complementares Então, a função é da forma y 5 ax 1 b.
1. alternativa a
Como a 5 5 e o ponto A(4, 5) pertence ao gráfico dessa função,
k14 devemos ter: 5 5 5  4 1 b ⇒ b 5 215
De acordo com a figura: Atrapézio 5  6 5 3k 1 12
2 Logo: y 5 5x 2 15
Logo: 3k 1 12 5 60 ⇒ k 5 16 Intersecções do gráfico de f :
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Assim, os pontos (0, 4) e (6, 16) pertencem à reta • com o eixo Ox


r: y 5 ax 1 b. y 5 0 ⇒ 5x 2 15 5 0
x53
Cálculo da taxa de variação a:
16 2 4 • com o eixo Oy
a5 52 x 5 0 ⇒ y 5 5  0 2 15
620
Então: y 5 2x 1 b  x 5 215
Como (0, 4) pertence à reta r, devemos ter: Portanto, os pontos de intersecção desse gráfico com os eixos
45201b⇒b54 coordenados são (3, 0) e (0, 215). 
Portanto, a equação da reta r é: y 5 2x 1 4
7. alternativa c
2. alternativa c
Como o IDH brasileiro varia linearmente com a variação do  C:x: número
custo mensal em real.
de unidades produzidas por mês.
tempo, podemos concluir que a equação que representa essa C 5 ax 1 b
variação será do tipo y 5 ax 1 b, em que y equivale ao IDH e x
equivale ao tempo, em ano.
De acordo com a tabela do enunciado, obtemos:
 35.000 5 a  1.000 1 b
65.000 5 a  2.000 1 b
y 0,792 2 0,790 Resolvendo esse sistema, obtemos a 5 30 e b 5 5.000.
a5 5 5 0,002 Logo: C 5 30x 1 5.000
x 2005 2 2004
Substituindo a 5 0,002 em y 5 ax 1 b, temos: Se x 5 0, então: C 5 30  0 1 5.000 5 5.000
y 5 0,002  x 1 b Portanto, o custo de produção de 0 (zero) unidade é R$ 5.000,00.
Para x 5 2004 e y 5 0,790, temos: 8. alternativa b
0,790 5 0,002  2004 1 b ⇒ b 5 23,218 V 5 valor do terreno (em real); t 5 tempo (em ano).
Logo: y 5 0,002x 2 3,218 Admitindo V 5 at 1 b, resulta:
Se y 5 0,863, então:
 40.000 5a01b
FAUSTINO

0,002x 2 3,218 5 0,863 ⇒ x 5 2040,5 42.000 5 a  4 1 b


Portanto, o IDH brasileiro atingirá 0,863 no ano 2040.
Resolvendo esse sistema, obtemos a 5 500 e b 5 40.000.
3. a) Associando a essa figura um sistema cartesiano de eixos Então: V 5 500t 1 40.000
ortogonais, temos o seguinte gráfico: 19
• t 5 6 anos e 4 meses 5 anos
y 3
19
V 5 500  1 40.000 ⇒ V 5 43.166
3
3,5 Logo, daqui a 6 anos e 4 meses, o valor do terreno será, aproxi-
3,0 madamente, R$ 43.166,00.
2,8
2,5 9. Seja y a concentração (mg/mL) e x o tempo (h).
De acordo com o enunciado, y 5 ax 1 b, em que a e b são
2,0
constantes, tais que:
1,5
 8a12a11b b551 0,2
Resolvendo esse sistema, obtemos a 5 20,2 e b 5 2,6.
Então: y 5 20,2x 1 2,6
Se a concentração é zero, temos:
0 1 2 3 4 5 6 7 x
20,2x 1 2,6 5 0 ⇒ x 5 13
Logo, isso acontece às 13 horas e o tempo decorrido a partir das
Seguindo apenas a intuição, uma reta próxima dos sete pon-
12 horas será: 13 h 2 12 h 5 1 h 5 60 min
tos do gráfico é a reta que passa pelos pontos (1; 1,5) e (7, 3).
Portanto, a concentração da droga será zero após 60 minutos
3 2 1,5
O coeficiente angular dessa reta é: m 5 5 0,25 contados a partir das 12 h.
721

71

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 71 3/9/10 5:30:24 PM


10. a) Como para cada faixa de consumo é cobrada uma tarifa, CC Matemática sem fronteiras
temos de representar a função por mais de uma sentença.
Ressaltamos que o maior valor pago na segunda faixa é dado 1. Temos que R 5 100, então:
por 12 1 (20 2 10)  2, isto é, R$ 32,00. Assim, indicando por V(R) 5 16  R
x a quantidade de água consumida, em metro cúbico, e por V(100) 5 1.600


f (x) a tarifa em real, temos: Logo, a velocidade de afastamento da galáxia em relação à Terra
12, se 0 < x < 10 é 1.600 km/s.
f (x) 5 12 1 2(x 2 10), se 10 , x < 20 ⇒ 2.
32 1 3(x 2 20), se x . 20 V(R)


12, se 0 < x < 10 16
⇒ f (x) 5 2x 2 8, se 10 , x < 20
3x 2 28, se x . 20
b) Para esboçar o gráfico da função, analisamos cada sentença:
I. f (x) 5 12 se 0 < x < 10. Logo, essa parte do gráfico é um

FAUSTINO
segmento de reta com extremos (0, 12) e (10, 12).
II. f (x) 5 2x 2 8 se 10 , x < 20. Logo, essa parte do gráfico
é um segmento de reta com um extremo aberto (10, 12) e
um extremo fechado (20, 32).
III. f (x) 5 3x 2 28 se x . 20. Logo, essa parte do gráfico é a
semirreta de origem aberta em (20, 32) e que passa pelo
ponto (21, 35).
A reunião dos gráficos deduzidos em I, II, III é o gráfico da
função f : y
35
32 1 R
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3. Temos que 1 ano-luz 5 9,463  1012 km.
12 Então:
4,2  9,463  1012 5 39.744.600.000.000
Logo, a distância, em quilômetro, entre essa estrela e a Terra é
0 10 20 x aproximadamente 40 trilhões de quilômetros.
21
É claro que, na prática, há um limite para o consumo de água. Po-
rém, por ser teoricamente ilimitado esse consumo, representamos Capítulo 7
por uma semirreta o gráfico determinado no item III.
11. (x 2 3)(3x 1 1) , 2x 1 3 X (x 2 3)(3x 1 1) 1 x 2 3 , 0 CC Exercícios propostos
Fatorando o 1o membro, temos: (x 2 3)(3x 1 2) , 0
1. a) y 5 x2 2 8x 1 7
�2 • Fazendo y 5 0, temos: x2 2 8x 1 7 5 0 ⇒ x 5 7 ou x 5 1
3 3 Logo, a parábola intercepta o eixo Ox nos pontos A(1, 0) e
x B(7, 0).
f � � �
• Fazendo x 5 0, temos: y 5 7
Logo, a parábola intercepta o eixo Oy no ponto C (0, 7).
g � � �
 
b D
• O vértice V é dado por  V  2 , 2 , então:
2a 4a
f�g � � �
 
8 36
V ,2 ⇒ V(4, 29)
x 2 4
�2 3
3 Então, esboçando o gráfico, temos:
y
2

S 5 x Ñ R$2
3
,x,3 
Note que o menor número inteiro positivo que pertence a S é 7 C
o número 1.
1 x2 2 1
12. x . X .0
x x
FAUSTINO

Fatorando o numerador, temos:


(x 1 1)(x 2 1)
.0
x
�1 0 1 1 4 7
x 0 A B x
f � � � �

g � � � �
D(f) 5 R
h � � � � Im(f) 5 {y  R$y  29}

f�g � � � �
h
�1 0 1 x
�9
S 5 {x Ñ R$21 , x , 0 ou x . 1} V

72

Guia_Mat_Paiva_CAP1a6(045a072).indd 72 3/9/10 5:30:25 PM


b)  f (x) 5 x2 1 2x 1 6 2. Sendo y 5 ax2 1 bx 1 c a função quadrática que corresponde ao
• Fazendo y 5 0, temos: x2 1 2x 1 6 5 0 ⇒  5 220  0 gráfico, temos que os pontos (0, 55), (50, 0) e (30, 34) pertencem
Como   0, a parábola não intercepta o eixo Ox. ao gráfico do enunciado e, portanto, obtemos o sistema:
• Fazendo x 5 0, temos: y 5 6


55 5 c
Logo, a parábola intercepta o eixo Oy no ponto C(0, 6). 0 5 2.500a 1 50b 1 c
• Calculando as coordenadas do vértice V, temos: 34 5 900a 1 30b 1 c

 
2 20
V 2 , ⇒ V(21, 5) Os valores de a, b e c são obtidos através do sistema:
2 4


c 5 55
Então, esboçando o gráfico, temos: 2.500a 1 50b 1 c 5 0 (I)
y
900a 1 30b 1 c 5 34 (II)

Substituindo c 5 55 em (I) e (II), temos:


6 C 2.500a 1 50b 1 55 5 0 ⇒ 500a 1 10b 5 211 (i)
V
5  900a 1 30b 1 55 5 34 
2300a 2 10b 5 7 (ii)

D(f) 5 R Somando (i) e (ii), temos:


Im(f) 5 {y  R$y  5} 1
200a 5 24 ⇒ a 5 2 
50
1
 b 5  2 
10
x
x2 x
�1 Logo: y 5  2  2  1 55
50 10

c) y 5 2x2 1 3x 1 10
• Fazendo y 5 0, temos:
3. Para que  f (x) 5 3x2 1 2x 1 k 1 5 não tenha ponto em comum com
o eixo das abscissas,  deve ser negativo.
2x2 1 3x 1 10 5 0 ⇒ x 5 22 ou x 5 5
Logo, a parábola intercepta o eixo Ox nos pontos A(22, 0) Então, temos:
22 2 4  3(k 1 5)  0 ⇒ 4 2 12k 2 60  0
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

e B(5, 0).
• Fazendo x 5 0, temos: y 5 10 56
 212k  56 ⇒ k   2 
Logo, a parábola intercepta o eixo Oy no ponto C(0, 10). 12
• Calculando as coordenadas do vértice V, temos: 14
 k  2 
3
   
23 249 3 49 14
V , ⇒V , Logo, os valores possíveis de k são k  2  .
22 24 2 4 3
Então, esboçando o gráfico, temos: 4. Na função y 5 x2 2 3x 1 2:
y I. • Fazemos y 5 0. Assim, temos:

V x2 2 3x 1 2 5 0 ⇒ x 5 2 ou x 5 1
49
Logo, o gráfico da função y 5 x2 2 3x 1 2 intercepta o eixo
4
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

Ox nos pontos (2, 0) e (1, 0).


• Para x 5 0, temos: y 5 2
10 C
Logo, o gráfico da função y 5 x2 23x 1 2 intercepta o eixo
Oy no ponto (0, 2).
• Calculando as coordenadas do vértice V, temos:

 
3 1
V ,2
2 4

D(f) 5 R II. Sendo y 5 2x 1 5, temos:


49

Im(f) 5 y  R$y 
4
• Para y 5 0 ⇒ x 5 5
Logo, o gráfico da função y 5 2x 1 5 intercepta o eixo Ox
no ponto (5, 0).
• Para x 5 0 ⇒ y 5 5
�2 A B 5
Logo, o gráfico da função y 5 2x 1 5 intercepta o eixo Oy
3 x
no ponto (0, 5).
2
III. Os pontos de intersecção dos gráficos são as soluções do
sistema:
d) y 5 x2 2 4 y 5 x2 2 3x 1 2
• Fazendo y 5 0, temos: x2 2 4 5 0 ⇒ x 5 2  ou  x 5 22  y 5 2x 1 5
⇒ x2 2 3x 1 2 5 2x 1 5
Logo, a parábola intercepta o eixo Oy nos pontos A(22, 0)  x 2 2x 2 3 5 0 ⇒ x 5 3  ou  x 5 21
2

e B(2, 0). Para x 5 3 ⇒ y 5 2.


• Fazendo x 5 0, temos: y 5 24 Para x 5 21 ⇒ y 5 6.
Logo, a parábola intercepta o eixo Ox no ponto C (0, 24). Logo, as funções se interceptam nos pontos (21, 6) e (3, 2).
• Calculando as coordenadas do vértice V, temos: Assim, obtemos o gráfico:

 
16 y
V  0, 2 ⇒ V (0, 24)
4
Então, esboçando o gráfico, temos:
y 6
5
FAUSTINO

A B

�2 2 x D(f) 5 R
2
Im(f) 5 { y  R | y  24} 3
2
�1 1 2 3 5 x
�4 V
1 V

4

73

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 73 3/9/10 5:30:57 PM


5.     2x2 1 4, se x  1 8.  f (x) 5 2x2 1 x 1 m 1 1

f (x) 5
3x, se x  1 Pelo enunciado, temos que o valor mínimo de  f é yV 5   ,
3
4
I. • 2x2 1 4 5 0 ⇒ x 5 2  ou  x 5 22 que é a ordenada y do vértice V de  f , por isso:
Logo, a parábola de equação y 5 2x2 1 4 intercepta o eixo D 3 21 1 8m 1 8 3
Ox nos pontos (2, 0) e (22, 0). 2  5   ⇒    5  
4a 4 8 4
Porém, neste caso o ponto (2, 0) não convém, pois 2 , 1.  21 1 8m 1 8 5 6 ⇒ 8m 5 21
• Para x 5 0, temos: y 5 4 1
Logo, a parábola intercepta o eixo Oy no ponto (0, 4).  m 5 2   
8
• Calculando as coordenadas do vértice V da parábola, temos: 1
Logo: m 5  2 
 
216
V  0,  ⇒ V(0, 4) 8
24 9. A função admite valor mínimo positivo se k . 0 e
• Para x 5 1, temos: y 5 3 D , 0, ou seja:


k.0
Logo, a função  f  é da forma  f  (x) 5 2x2 1 4, com x < 1, até
o ponto (1, 3). k . 0
4 2 20k , 0

k . 
1
5

II. Sendo y 5 3x a equação de uma reta com x  1, temos: 1


para x 5 2 ⇒ y 5 6 Logo: k .  
5
para x 5 1 ⇒ y 5 3
10. a) Sendo x e y as dimensões, em centímetro, de um desses re-
Note que o ponto (1, 3) é um extremo aberto do gráfico.
tângulos, temos: 2x 1 2y 5 20
Então, obtemos o gráfico:
Para x 5 8 cm, temos:
y 2  8 1 2y 5 20 ⇒ y 5 2 cm
Sendo A área do retângulo, concluímos:
A 5 x  y 5 8  2 ⇒ A 5 16 cm2
6
Logo, a área do retângulo com 8 cm de base é 16 cm2.
FAUSTINO

b) Utilizando a equação do item a deste exercício que representa


4 V
todos os retângulos com 20 cm de perímetro, podemos con-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3 cluir que, se x é a medida da base, a altura mede 10 2 x.
Então:
A(x) 5 x(10 2 x) 5 2x2 1 10x
Para construir o gráfico vamos supor, momentaneamente, que
�2 1 2 x x pudesse assumir todos os valores reais.
Fazendo A(x) 5 0, temos: 2x2 1 10x 5 0 ⇒ x 5 0 ou x 5 10
Logo, a função A(x) intercepta o eixo Ox nos pontos (0, 0) e
6. alternativa b (10, 0).
Para 9 aparelhos produzidos, o custo é dado por: Fazendo x 5 0, temos: y 5 0
c(9) 5 5 1 9(12 2 9) 5 32 Logo, a função A(x) intercepta o eixo Oy no ponto (0, 0).
Logo, o custo unitário para 9 aparelhos produzidos é R$ 32,00. Calculando o vértice V, temos:
Para 15 aparelhos produzidos, o custo é dado por:
c(15) 5 2  
3 ? 15
1 40 5 17,5
  V  210 2100
22 24
,  ⇒ V (5, 25)
2
Logo, o custo unitário para 15 aparelhos produzidos é R$ 17,50. Concluímos, construindo o gráfico para 0 , x , 10:
Então, a diferença entre o maior e o menor custo, em real, é:
c(9) 2 c(15) 5 32,00 2 17,50 5 14,50 A(x)
7. a) f (x) 5 x2 1 2x 2 3 V
25
Como  f (x) tem como gráfico uma parábola com a concavidade
para cima, calculando a coordenada yV do seu vértice V, obtemos
20
seu valor mínimo:

FAUSTINO
216
• yV 5 5 24 15
4
Logo, o valor mínimo de  f é: yV 5 24
10
b) y 5 2x2 1 2x 1 15
Como y 5 2x2 1 2x 1 15 tem como gráfico uma parábola
5
com a concavidade para baixo, calculando a coordenada yV
do seu vértice V, obtemos seu valor máximo:
264 0 5 10 x
• yV 5 5 16
24
Logo, o valor máximo de y 5 2x2 1 2x 1 15 é: yV 5 16
c) Como podemos observar no gráfico do item b deste exercício,
c) y 5 x2 1 2x 1 3
a área máxima que pode ter um desses retângulos é 25 cm2.
Como y 5 x2 1 2x 1 3 tem como gráfico uma parábola com
a concavidade para cima, calculando a coordenada yV do seu 11. a) Como N(T ) 5 (0,1)T 2 2 4T 1 90 representa uma parábola
vértice V, obtemos seu valor mínimo: de concavidade para cima, temos que essa função possui
8 mínimo.
• yV 5 52
4 b) Para N 5 90, temos:
Logo, o valor mínimo de y 5 x2 1 2x 1 3 é: yV 5 2 90 5 0,1T  2 2 4T 1 90 ⇒ 0,1T 2 2 4T 5 0
d) g (x) 5 2x2 1 3x 2 3  T (0,1T 2 4) 5 0 ⇒ T 5 0 °C ou T 5 40 °C
Como g (x) tem como gráfico uma parábola com a concavi- Como T 5 0 °C não convém, concluímos que o número de
dade para baixo, calculando a coordenada yV do seu vértice V, batimentos cardíacos por minuto de uma pessoa sadia e em
obtemos seu valor máximo: repouso será 90 quando T 5 40 °C.
3 c) Para T 5 20 °C, temos:
• yV 5 2
4 N(20) 5 40 2 80 1 90 5 50
3
Logo, o valor máximo de g é: yV 5  2
4 Logo, o número de batimentos por minuto neste caso é 50.

74

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 74 3/9/10 5:30:58 PM


12. alternativa e 15. a) f (x) 5 x2 1 6x 2 8
Como d(v) representa uma parábola de concavidade para baixo, • Raízes de  f :
temos que a maior economia de combustível se dará na velocidade x2 2 6x 1 8 5 0 ⇒ x 5 23 2 17 ou x 5 23 1 17 
calculada na abscissa xV do vértice V dessa parábola: Logo, a parábola intercepta o eixo Ox nos pontos de abscissas
16 23 2 17  e 23 1 17 .
2  • Concavidade voltada para cima, pois o coeficiente de x2 é
15
xV 5  5 80 positivo.
2
2 Esquematizando, temos:
150
Logo, a maior economia de combustível se dá à velocidade de
80 km/h.
13. alternativa d � �
Sendo  f (x) 5 ax2 1 bx 1 c a função que determina esse gráfico,
temos: x
� 3 � 17 � 3 � 17
(0, 0)   f ⇒ c 5 0 �
(80, 16)   f ⇒ a  6.400 1 b  80 1 c 5 16
(100, 0)   f ⇒ a  10.000 1 b  100 1 c 5 0
Logo:
Assim, para encontrar o valor de a, b e c devemos resolver o
seguinte sistema: Se x 5 23 2 17  ou x 5 23 1 17 , então  f (x) 5 0;
Se 23 2 17   x  23 1 17 , então  f (x)  0;


c 5 0 (I)
Se x  23 2 17  ou x  23 1 17 , então  f (x)  0.
6.400a 1 80b 1 c 5 16 (II)
10.000a 1 100b 1 c 5 0 (III) b) y 5 2x2 2 2x 1 3
• Raízes de  f :
Substituindo c 5 0 em (II) e (III), temos: 2x2 2 2x 1 3 5 0 ⇒ x 5 23 ou x 5 1
6.400a 1 80b 5 16 (ii) Logo, a parábola intercepta o eixo Ox nos pontos de abscissa
 10.000a 1 100b 5 0 ⇒ b 5 2100a
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

(i) 23 e 1.
Substituindo (i) em (ii), temos: • Concavidade voltada para baixo, pois o coeficiente de x2 é
negativo.
1
1.600a 5 216 ⇒ a 5 2  Esquematizando, temos:
100
 b51
1
Então, a 5 2  , b 5 1 e c 5 0.
100

1 �3 1
Logo:  f (x) 5   2  x2 1 x
100 x
� �
Como a função  f  é uma parábola de concavidade para baixo, a

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
altura máxima atingida pela pedra pode ser obtida calculando o
valor da ordenada yV do vértice V:
21
yV 5  5 25
 
1 Logo:
4? 2
100 Se x 5 23 ou x 5 1, então  f (x) 5 0;
Se 23  x  1, então  f (x)  0;
Logo, a altura máxima atingida pela pedra foi 25 m.
Se x  23 ou x  1, então  f (x)  0.
14. Sendo x a medida dos lados do quadrado, y a largura do retângulo x2
e 3y o comprimento do retângulo, temos: c) g (x) 5  2 2x 1 3
3
35 2 x • Raízes de  f :
4x 1 8y 5 140 ⇒ y 5  (I)
2 x2
2 2x 1 3 5 0 ⇒ x 5 3
Considerando S(x) a soma das áreas dos currais, temos: 3
S(x) 5 x2 1 3y2  (II)  Logo, a parábola intercepta o eixo Ox no ponto de abscissa 3.
Substituindo (I) em (II): • Concavidade voltada para cima, pois o coeficiente de x2 é
positivo.

 
2
35 2 x Esquematizando, temos:
S(x) 5 x2 1 3 
2

7x2 210x 3.675


S(x) 5 1 1 
4 4 4
Como S(x) representa uma parábola de concavidade para cima, � �
encontramos o valor do lado do quadrado calculando o valor da
abscissa xV do vértice V :
3 x
210
2 
4 Logo:
xV 5   5 15 Se x 5 3, então  f (x) 5 0;
7
2? Se x  3, então  f (x)  0.
4
x2
Logo, o lado do quadrado mede 15 m. d) h(x) 5 2    1 x 2 1
4
Sendo assim, pela equação (I) temos que y 5 10 m. • Raízes de  f :
Portanto: x2
A área do curral quadrado é 225 m2 e a área do curral retangular   2 1x2150⇒x52
4
é 300 m2.  Logo, a parábola intercepta o eixo Ox no ponto de abscissa 2.

75

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 75 3/9/10 5:30:59 PM


• Concavidade voltada para baixo, pois o coeficiente de Esquematizando, temos:
x 2 é negativo.
Esquematizando, temos:
1 �
2 2 3
x x
� �
� �

1

Logo: S 5 x  R |   
2

  x  3

Logo: c) 4x 2 12x 1 9  0
2
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

Se x 5 2, então  f (x) 5 0; f (x) 5 4x2 2 12x 1 9


Se x  2, então  f (x)  0.
• Raízes de  f :
e) y 5 3x2 3
4x2 2 12x 1 9 5 0 ⇒ x 5
• Raízes de  f : 2
3x2 5 0 ⇒ x 5 0 Logo, a parábola tangencia o eixo Ox no ponto de
3
Logo, a parábola intercepta o eixo Ox no ponto de abscissa 0. abscissa   .
2
• Concavidade voltada para cima, pois o coeficiente de x2 é • Concavidade voltada para cima, pois o coeficiente de x2 é
positivo. positivo.
Esquematizando, temos: Esquematizando, temos:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
� �
� �

3 x
0 x
2
Logo:
Se x 5 0, então  f (x) 5 0; Como  f (x) nunca é negativo, o conjunto solução é:
Se x  0, então  f (x)  0. 3
S5 2
16. Sendo  f (x) 5 3x 1 2x 1 m 2 1 uma parábola, temos:
2

3x2 3x 2x
 f (x)  0, x se   0 d)   2  21 ⇒ 6x2 2 15x  4x 2 10
Calculando m para   0: 5 2 5
4  6x2 2 19x 1 10  0
 5 16 2 12m  0 ⇒ m   f (x) 5 6x2 2 19x 1 10
3
4 • Raízes de  f :
Logo,  f (x)  0 para m    . 5 2
3 6x2 2 19x 1 10 5 0 ⇒ x 5     ou x 5
17. a) x2 1 3x 2 10  0
2 3
Logo, a parábola intercepta o eixo Ox nos pontos de abscissa
f (x) 5 x2 1 3x 2 10
5 2
• Raízes de  f :     e .
2 3
x2 1 3x 2 10 5 0 ⇒ x 5 25 ou x 5 2
• Concavidade voltada para cima, pois o coeficiente de x2 é
 Logo, a parábola intercepta o eixo Ox nos pontos de abscissa
25 e 2. positivo.
• Concavidade voltada para cima, pois o coeficiente de x2 é Esquematizando, temos:
positivo.
Esquematizando, temos:

� �

2 5 x
3 � 2
� �

�5 2 x

2 5
Então:  f (x)  0 ⇒ x
3 2
2 5
Logo: S 5 {x  R | x  25 ou x  2}

Logo: S 5 x  R |     
3
x
2

b) 22x2 1 7x 23  0
x2 x2 2x 5
f (x) 5 22x2 1 7x 2 3 e) 1x 1 1 ⇒
• Raízes de  f : 3 2 3 6
1 ⇒ 2x 1 6x  3x 1 4x 1 5
2 2
22x2 1 7x 2 3 5 0 ⇒ x 5     ou x 5 3
2  2x2 1 2x 2 5  0
Logo, a parábola intercepta o eixo Ox nos pontos de abscissa     f (x) 5 2x2 1 2x 2 5
1
  e 3. • Raízes de  f :
2 2x2 1 2x 2 5 5 0 ⇒   0
• Concavidade voltada para baixo, pois o coeficiente de x2 é Logo, a equação não tem raiz real e, portanto, a parábola
negativo. não intercepta o eixo Ox.

76

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 76 3/9/10 5:31:01 PM


• Concavidade voltada para baixo, pois o coeficiente de x2 é Portanto, a variação de sinal de  f  é representada por:
negativo.
Esquematizando, temos:
� �
� x
�1 1 x

• Raízes de g :
x2 1 x 1 1 5 0 ⇒   0
Então,  f (x) é sempre negativa. Logo, o gráfico de g é uma parábola que não intercepta o
Logo: S   eixo Ox, pois não possui raízes reais.
f ) (x2 2 9)(x2 2 7x 1 10)  0 • Concavidade voltada para cima, pois o coeficiente de x2 é
Estudando a variação de sinal das funções  f (x) 5 x2 2 9 e positivo.
g (x) 5 x2 2 7x  10, temos: Portanto, a variação de sinal de g é representada por:
• Raízes de  f :
x2 2 9 5 0 ⇒ x 5 23 ou x 5 3
 Logo, o gráfico de  f  é uma parábola que intercepta o eixo
Ox nos pontos de abscissa 23 e 3.
• Concavidade voltada para cima, pois o coeficiente de x2 é �
positivo. x
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

Portanto, a variação de sinal de  f  é representada por: Representando a variação de sinal de  f , g e  f  g em um
quadro de sinais, temos:
�1 1

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
x
f �
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

� � � �

�3 3 x
g � � �

f�g � � �
• Raízes de g :
�1 1 x
x2 2 7x 1 10 5 0 ⇒ x 5 2 ou x 5 5
Logo, o gráfico de g é uma parábola que intercepta o eixo Os sinais da última linha foram obtidos através da regra de
Ox nos pontos de abscissa 2 e 5. sinais para o produto  f  g. Como nos interessa que o produto
• Concavidade voltada para cima, pois o coeficiente de x2 é seja negativo ou nulo, temos como conjunto solução:
positivo. S 5 {x  R | 21  x  1}
 Portanto, a variação de sinal de g é representada por:
x2 2 1
h) 0
x 2 6x 1 8
2

Condição de existência:
x2 2 6x 1 8  0 ⇒ x  4  ou  x  2
� �
Estudando a variação de sinal das funções f (x) 5 x2 2 1 e
5
g (x)5 x2 2 6x  8, temos:
2 x
� • Raízes de  f :
x2 2 1 5 0 ⇒ x 5 21  ou  x 5 1
Logo, o gráfico de  f é uma parábola que intercepta o eixo
Representando a variação de sinal de  f, g e  f  g em um quadro Ox nos pontos de abscissa 21 e 1.
de sinais, temos: • Concavidade voltada para cima, pois o coeficiente de x2 é
positivo.
�3 2 3 5 Portanto, a variação de sinal de  f  é representada por:

f � � � � � x

g � � � � � �

�1 1 x
f�g � � � � �

�3 2 3 5 x
• Raízes de g :
Os sinais da última linha foram obtidos através da regra de x2 2 6x 1 8 5 0 ⇒ x 5 2  ou  x 5 4
sinais para o produto  f  g. Como nos interessa que o produto Logo, o gráfico de g é uma parábola que intercepta o eixo
seja estritamente negativo, temos como conjunto solução: Ox nos pontos de abscissa 2 e 4.
S 5 {x  R | 23  x  2  ou  3  x  5} • Concavidade voltada para cima, pois o coeficiente de x2 é
positivo.
g) (x2 2 1)(x2 1 x 1 1)  0
Portanto, a variação de sinal de g é representada por:
Estudando a variação de sinal das funções 
f (x) 5 x2 2 1 e g (x) 5 x2 1 x 1 1, temos:
• Raízes de  f :
x2 2 1 5 0 ⇒ x 5 21 ou x 5 1 � �
Logo, o gráfico de f é uma parábola que intercepta o eixo
Ox nos pontos de abscissa 21 e 1. 2 4 x
• Concavidade voltada para cima, pois o coeficiente de x2 é �
positivo.

77

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f f?g
Representando a variação de sinal de  f , g e   em um quadro Representando a variação de sinal de f , g, h e em um
g h
de sinais, temos: quadro de sinais, temos:
�3 �1 3
�1 1 2 4
x
x f � � � �
f � � � � �

g � � � � � g � � � �
f �
� � � � h � � � �
g

�1 1 2 4 x f�g
� � � �
h
Os sinais da última linha foram obtidos através da regra
f �3 �1 3 x
de sinais para o quociente . Como queremos que esse
g
quociente seja negativo ou nulo, e lembrando que a con- Os sinais da última linha foram obtidos através da regra de
f?g
dição para que ele exista é x  4 ou x  2, temos como sinais para o quociente e o produto . Como queremos
h
conjunto solução: (x 2 3)( x 2 9)
2
que seja estritamente positivo, e lembrando
S 5 {x  R | 21  x  1  ou  2  x  4} x2 2 2x 2 3
que a condição para que esse quociente exista é x  21 ou
(x 2 3)( x2 2 9) x  3, temos como conjunto solução:
i) 0 S 5 {x  R | 23  x  21  ou  x  3}
x2 2 2x 2 3
Condição de existência: 18. a) S 5 2.000 1 100t 2 10t 2, com t  N e 0 < t < 30
x2 2 2x 2 3  0 ⇒ x  21  ou  x  3 b) Daqui a x dias o saldo desse cliente atingirá o maior valor.
Estudando a variação de sinal das funções f (x) 5 (x 2 3), b
Esse x pode ser calculado fazendo-se x 5 2  ; logo, x 5 5 dias.
2a

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
g (x) 5 x2 2 9  e h(x) 5 x2 2 2x 2 3, temos:
c) Raízes de S:
• Raízes de  f :
2.000 1 100t 2 10t 2 5 0 ⇒ t 5 2 10 ou t 5 20
x 2 3 5 0 ⇒ x  3
O gráfico é formado por pontos isolados da curva abaixo, pois
Logo, a reta intercepta o eixo Ox no ponto de abscissa 3.
t  N.
• f  é uma função crescente, pois o coeficiente de x é positivo. y

Portanto, a variação de sinal de  f  é representada por:
2.000


ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
� 3 x
30
20 x

• Raízes de g :
x2 2 9 5 0 ⇒ x 5 23  ou  x 5 3
Logo, a parábola intercepta o eixo Ox nos pontos de abscissa
23 e 3.
• Concavidade voltada para cima, pois o coeficiente de x2 é
positivo.
Portanto, a variação de sinal de g é representada por:

� �
4.000
�3 3 x

O saldo S é positivo para 0 < t , 20.
d) t 5 21

• Raízes de h: 19. Sendo CA o custo de produção de cada tonelada de arroz e CS
x2 2 2x 2 3 5 0 ⇒ x 5 21  ou  x 5 3
o custo de produção de cada tonelada de soja, temos:
Logo, a parábola intercepta o eixo Ox nos pontos de abscissa 40 120
21 e 3. CS  CA ⇒ 204 1    202 1 
x x 1 10
• Concavidade voltada para cima, pois o coeficiente de x2 é
2x(x 1 10) 1 40(x 1 10) 2 120x
positivo.  0⇒
Portanto, a variação de sinal de h é representada por: x(x 1 10)
2x2 2 60x 1 400
⇒  0
x2 1 10x
Vamos resolver essa inequação no universo R e só no final
� � considerar que x > 0, pois x representa o número de toneladas
produzidas.
�1 3 x Condição de existência:
� x2 1 10x  0 ⇒ x  0  ou  x  210
Estudando a variação de sinal das funções  f (x) 5 2x2 2 60x 1 400
e g (x) 5 x2 1 10x, temos:

78

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• Raízes de f :
2x2 2 60x 1 400 5 0 ⇒ x 5 10  ou  x 5 20
Logo, a parábola intercepta o eixo Ox nos pontos de abscissa 10 e 20.
• Concavidade voltada para cima, pois o coeficiente de x2 é positivo. Portanto, a variação de sinal de  f  é repre-
sentada por:

� �

10 20 x

• Raízes de g :
x2 1 10x 5 0 ⇒ x 5 210 ou x 5 0
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

Logo, a parábola intercepta o eixo Ox nos pontos de abscissa 0 e 10.


• Concavidade voltada para cima, pois o coeficiente de x2 é positivo. Portanto, a variação de sinal de g é repre-
sentada por:

� �

�10 0 x

f
Representando a variação de sinal de  f , g e    em um quadro de sinais, temos:
g
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

�10 0 10 20

f � � � � � x

g � � � � �

f �
� � � �
g
�10 0 10 20 x
O intervalo 210  x  0 não convém, pois x se refere às toneladas de grãos que devem ser produzidas no sítio.
Portanto, de acordo com o quadro de sinais, a quantidade para que o custo da produção de soja seja menor
que o custo da produção de arroz é qualquer valor entre 10 e 20 toneladas.

CC Roteiro de trabalho

1. Espera-se que os alunos respondam que toda função do tipo y 5 ax2 1 bx 1 c, com a, b e c números reais e a
não nulo é denominada função polinomial do 2o grau ou função quadrática. E as funções desse tipo recebem
esse nome pois são representadas por um polinômio de 2o grau.

2.

D.0 D50 D,0

a.0
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

x1 x2 x x1 � x2 x x

x1 x2 x1 � x2
x x x
a,0

3. a) Resposta pessoal
b) Espera-se que os alunos respondam que o vértice V da parábola que representa graficamente a função
polinomial do 2o grau f(x) 5 ax2 1 bx 1 c, com a . 0, é chamado de ponto mínimo da função, sendo sua
ordenada o valor mínimo de f.
c) Resposta pessoal
d) Espera-se que os alunos respondam que o vértice V da parábola que representa graficamente a função
polinomial do 2o grau f(x) 5 ax2 1 bx 1 c, com a , 0, é chamado de ponto máximo da função, sendo sua
ordenada o valor máximo de f.

79

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 79 3/9/10 5:31:06 PM


4. a)

D.0 D50 D,0

� �
a.0

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
� �
x1 x2 x


x1 � x2 x
x

x1 � x2 � x
x
� � �
x1 x2
a,0 x
� �

b) Chama-se inequação do 2o grau toda inequação que pode ser representada das seguintes formas, em que {a, b, c} y R e
a  0: ax2 1 bx 1 c  0, ax2 1 bx 1 c  0, ax2 1 bx 1 c  0, ax2 1 bx 1 c  0 e ax2 1 bx 1 c  0.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CC Exercícios complementares Os valores de a, b e c são obtidos através do sistema:


  c 50
1. (01) Incorreta
36a 1 6b 1 c 5 2 (I)
b(0) 5 100 100a 1 10b 1 c 5 4 (II)
Logo, foram colocadas 100 bactérias do tipo B na lâmina 2.
(02) Incorreta Substituindo c 5 0 em (I) e (II), temos:
c(0) 5 3.000   36a 1 6b 5 2 2180a 2 30b 5 210 (i)
Logo, é possível determinar o número de bactérias do tipo 
100a 1 10b 5 4

 300a 1 30b 5 12 (ii)
C que foram colocadas na lâmina 3.
Somando (i) e (ii), temos:
(04) Correta 1
a(t ) 5 b(t ) ⇒ 120a 5 2 ⇒ a 5 
60
⇒ 210t2 1 800t 1 2.000 5 210t2 1 900t 1 100 7
 b 5  
 2100t 5 21.900 ⇒ t 5 19 30
x2 7x
Logo, a cultura da lâmina 1 e a cultura da lâmina 2 apresentam Logo:  f (x) 5    1    
60 30
o mesmo número de bactérias no instante t 5 19 horas.
Sendo a função da previsão recente (HAIA, 2000) uma função
(08) Incorreta do tipo g (x) 5 dx2 1 ex 1  f , temos:
a(t) 5 210t2 1 800t 1 2.000
A população máxima da cultura da lâmina 1 é o valor da (0, 0)  g ⇒ 0 5  f
ordenada yV do vértice V da parábola de equação a(t): (6, 3)  g ⇒ 3 5 36d 1 6e 1  f
2 720.000 (10, 6)  g ⇒ 6 5 100d 1 10e 1  f
yV 5   5 18.000
240 Os valores de d, e e  f  são obtidos através do sistema:
(16) Correta


   f 50
Se m  0, temos: 36d 1 6e 1 f 5 3 (I)
c(t) 5 50mt 1 3.000, uma função decrescente. Portanto, a 100d 1 10e 1 f 5 6 (II)
cultura da lâmina 3 sempre teve uma população menor que
a inicial, após o instante t 5 0. Substituindo  f  5 0 em (I) e (II), temos:
• A soma é: 04 1 16 5 20    36d 1 6e 5 3 ⇒ 180d 2 30e 5 215 (i)
Nota:

100d 1 10e 5 6 
300d 1 30e 5 18 (ii)
No item (16), a comparação é feita com o instante inicial, por Somando (i) e (ii), temos:
isso entendemos que a palavra “sempre” se refere aos instantes 1
120d 5 3 ⇒ d 5   
posteriores ao instante inicial, o que torna correta a afirmação. 40
Porém, trata-se de uma questão interpretativa, e isso certamente 7
 e 5    
gerou dúvidas nos candidatos, pois não é errado admitir que a 20
x2 7x
palavra “sempre” inclui o instante inicial, o que torna a afirmação Logo: g (x) 5 1    
falsa. É interessante discutir esses comentários com os alunos, 40 20
para mostrar que não é raro aparecerem nos vestibulares questões Concluímos, então, que:
dúbias como essa. h(x) 5 g (x) 2  f (x) ⇒
2. alternativa b

 40 2 60 x 1   20 2 30 x
1 1 7 7
Sendo a função da previsão inicial em 1996 uma função do ⇒ h(x) 5  2

tipo  f (x) 5 ax2 1 bx 1 c, temos:


(0, 0)  f ⇒ 0 5 c
(6, 2)  f ⇒ 2 5 36a 1 6b x2 7x
 h(x) 5 1    
(10, 4)  f ⇒ 4 5 100a 1 10b 120 60

80

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 80 3/9/10 5:31:08 PM


3. alternativa a 7. alternativa a
Seja R(x) o valor recebido pela editora pela venda de x livros. Sendo c(x) o preço da compra, v(x) o preço da venda e L(x) o
Assim, temos: lucro, pelo enunciado, temos:


c(x) 5 20(60 2 x) e v(x) 5 x(60 2 x)
 5 , se x  50
x
  x ?   20 2 Então:
R(x) 5 ⇒ L(x) 5 v(x) 2 c(x) ⇒ L(x) 5 x(60 2 x) 2 20(60 2 x)
x ?  20 2
5 
50  L(x) 5 2x2 1 80x 2 1.200
, se x  50
A quantidade de artigos que o comerciante terá de vender para
obter lucro máximo é o valor da abscissa xV do vértice da parábola
x2 de equação L(x):
⇒ R(x) 5

2  
5

1 20x, se x  50

10x, se x  50
xV 5
2 80
22
 5 40

Calculando as coordenadas xV e yV do vértice V da parábola de Pelo enunciado, temos que a quantidade n de artigos vendidos
x2 por dia é:
equação  f (x) 5 2    1 20x, temos: n 5 60 2 x ⇒ n 5 60 2 40 5 20
5
220 Logo, o comerciante terá que vender 20 artigos, cada um ao custo
xV 5  5 50 de R$ 40,00, para obter lucro máximo.
1
2? 2
5  8. a) Sendo x o número de passageiros, temos que 40 2 x é o
número de poltronas vazias.
2400
yV 5   5 500 Assim, cada passageiro pagará 20 1 2(40 2 x) reais. Portanto,
1
4? 2  5 a receita R(x) arrecadada será:
R(x) 5 x (20 1 2(40 2 x)) ⇒ R(x) 5 22x2 1 100x
Logo, V (50, 500). A receita máxima é o valor, em real, da ordenada RV do vértice
Assim, o gráfico da função R é formado pelo arco de parábola  f , com da parábola de equação R(x):
x < 50, e pela semirreta determinada por g(x) 5 10x, com x . 50. 2 10.000
RV 5  5 1.250
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

4. a) Sendo x o número de centavos de desconto por litro, temos que


28
Logo, a receita máxima obtida com essa viagem é R$ 1.250,00.
o preço p, em real, por litro, e o número N de litros vendidos
b) O número de passageiros para que a receita seja máxima é o
por dia são dados por:
valor da abscissa xV do vértice da parábola de equação R(x):
p 5 1,75 2 0,01x e N 5 2.140 1 20x 2 100
xV 5     5 25
Logo: 24
20(1,75 2 p) Logo, o número de passageiros deve ser 25.
N(p) 5 2.140 1     ⇒ N( p) 5 5.640 2 2.000p
0,01
b) Sendo R a receita obtida com a venda do álcool, temos: 9. a) O gráfico de  f  está contido em uma parábola .
R 5 N(p)  p ⇒ R 5 22.000p2 2 5.640p • Fazendo  f (t) 5 0, temos:
A receita máxima é o valor, em real, da abscissa xV do vértice V 2t2 2 8t 1 6 5 0 ⇒ t 5 3  ou  t 5 1
da parábola de equação R: Logo, a parábola  intercepta o eixo Ox nos pontos de
25.640 abscissas 1 e 3.
xV 5     5 1,41 • Fazendo t 5 0, temos: f (o) 5 6
24.000
Logo, a parábola  intercepta o eixo Oy no ponto de orde-
Logo, o preço para que a receita seja máxima é R$ 1,41 por
nada 6.
litro de álcool.
• Calculando as coordenadas do vértice V da parábola ,
5. ABC  DEC temos:

 
4 8 8 16
 5 V ,2 5 (2, 22)
y 82x 4 8
82x O gráfico de  f  é o arco da parábola , para 0 < t < 2:
y5
2 f(t)

B
6

4 cm x E
F
FAUSTINO

y
FAUSTINO

A x D 8x C

8 cm 2
Indicando por S(x) a área do retângulo ADEF, temos: 0 1 t
82x
S(x) 5 xy ⇒ S(x) 5 x 
2   �2
x2
 S(x) 5 2 1 4x
2
D 16 b) De acordo com o gráfico do item a, podemos observar que a
O máximo valor possível de S(x) é: 2 52 58
4a (22) temperatura interna da câmara esteve positiva no intervalo
A área máxima que o retângulo pode ter é 8 cm2. 0  t , 1.
Logo, esteve positiva por 1 hora.
6. Para obter a velocidade para qual este consumo é mínimo, c) De acordo com o gráfico do item a, podemos observar que a
basta calcular o valor xV da abscissa do vértice V da parábola temperatura interna da câmara esteve negativa no intervalo
de equação c(x): 1  t < 2.
0,6 Logo, esteve negativa por 1 hora.
xV 5  . 5 50
2 ? 0,006 d) Pelo gráfico do item a, podemos observar que a menor tem-
Logo, o consumo é mínimo à velocidade de 50 km/h. peratura atingida na câmara é 22 °C.

81

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e) Como a máquina fica ligada por 2 horas até ser desligada e b) Seja o desvio absoluto médio representado por m; então:
fica desligada por 2 horas até ser ligada, concluímos que em
1 1 2 1 3 1 4 1 5
24 horas a máquina permanece ligada por 12 horas. m 5
5
10. a) Fazendo L 5 0, temos:
1,9 1 0,6 1 0,2 1 0,6 1 2,1
2x2 2 62x 2 600 5 0 ⇒ x1 5 12  ou  x2 5 50 m 5   5 1,08
5
Logo, os valores das abscissas x1 e x2 são 12 e 50, respectivamente.
Fazendo x 5 0, temos y 5 2600. Logo, o desvio absoluto médio é 1,08.
Logo, o valor da ordenada k é 2600.
b) O menor número de apartamentos que devem ser vendidos 4. Se 4 < x < 5,
para que a função lucro passe a ser positiva é o número ime- |x 2 1| 5 x 2 1
diatamente maior que x1, ou seja, 13. |x 2 6| 5 6 2 x  ⇒ |x 2 1| 1 |x 2 6| 5 x 2 1 1 6 2 x 5 5
c) L(31) 5 2312 1 62  31 2 600 5 361
5. a) x 2 8 5 23 ou x 2 8 5 3 ⇒ x 5 5 ou x 5 11
Sendo p a porcentagem de lucro sobre o custo da obra, temos:
361 Logo: S 5 {5, 11}
p 5      60,1% b) |3x 2 1| 5 24 ⇒ á x
600
Logo: S 5 Ö
Logo, a porcentagem de lucro sobre o custo da obra foi de,
c) Temos que x2 5 |x|2. Logo a equação pode ser escrita na forma:
aproximadamente, 60,1%.
|x|2 2 3 |x| 5 0
Fazendo |x| 5 t, temos: t2 2 3t 5 0 ⇒ t 5 0 ou t 5 3
Assim: |x| 5 3 ⇒ x 5 63; ou |x| 5 0 ⇒ x 5 0
Capítulo 8 Logo: S 5 {0, 23, 3}
6. Sendo v a velocidade do móvel A, temos que a velocidade do
móvel B é 2v. Assim, as abscissas xA e xB dos móveis A e B, res-
CC Exercícios propostos
pectivamente, são dadas por:
1. a) Verdadeira, pois 7 . 0 e o módulo de um número positivo é xA 5 213 1 vt e xB 5 7 1 2vt
o próprio número. No instante em que os móveis estão à mesma distância da origem

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b) Verdadeira, pois o módulo de zero é o próprio zero. O, temos: |213 1 vt| 5 |7 1 2vt| ⇒ vt 5 2 ou vt 5 220
c) Verdadeira, pois 23 , 0 e o módulo de um número negativo • Para vt 5 2, obtemos: xA 5 211 e xB 5 11;
é o oposto desse número. • Para vt 5 220, obtemos: xA 5 233 e xB 5 233
Logo, há duas respostas possíveis: o móvel A estava no ponto de
d) Falsa, pois, como  3  , 2, temos que  3  2 2 , 0; e o módulo
abscissa 211 e B no ponto de abscissa 11, ou ambos estavam no
de um número negativo é o oposto desse número, então temos
ponto de abscissa 233.
que: [  3  2 2 [ 5 2 2  3 
e) Verdadeira, pois, como  3  , 2, temos que   3  2 2 , 0; e o 7. a) Seja d a distância, em milímetro, entre a mosca e o ponto de
módulo de um número negativo é o oposto desse número. impacto da última flecha ativada no alvo; então:
 f) Verdadeira, pois 23 2 7  , 0 e, portanto, |23 2 7  | 5 3 1 7  d 5 |x2 2 44x 1 480|
3 1 7  . 0 e, portanto, |3 1 7  | 5 3 1 7  Logo, para saber quantas vezes a mosca foi atingida, basta
g) Verdadeira, pois, como π . 3, temos que π 2 3 . 0; e o módulo fazer d 5 0. Então:
de um número positivo é o próprio número. |x2 2 44x 1 480| 5 0
Pela propriedade P2, temos:
h) Verdadeira, pois, como π . 3,14, temos que π 2 3,14 . 0; e o
x2 2 44x 1 480 5 0 ⇒ x 5 24 ou x 5 20
módulo de um número positivo é o próprio número.
Portanto, a mosca foi atingida duas vezes, nos 25 primeiros
2. a) [ 10  2  11  [ 5  11  2  10  , pois, como  10  ,  11  , temos lançamentos.
b) De acordo com o resultado encontrado no item a deste exercí-
 10  2  11  , 0; e o módulo de um número negativo é o
cio, podemos concluir que a mosca foi atingida pela primeira
oposto desse número. Então: vez depois que 20 flechas foram lançadas.
[ 10  2  11  [ 1  10  5  11  2  10  1  10  5  11  c) Para x 5 21, então:
d 5 |212 2 44  21 1 480| 5 3
b) [ 7  2  5  [ 5  7  2  5  , pois, como  7  .  5 , temos Para x 5 22, então:
 7  2  5  . 0; e o módulo de um número positivo é o pró- d 5 |222 2 44  22 1 480| 5 4
prio número. Para x 5 23, então:
[ 5  2  7 [ 5  7  2  5  , pois, como  5  ,  7  , temos d 5 |232 2 44  23 1 480| 5 3
Para x 5 25, então:
 5  2  7  , 0; e o módulo de um número negativo é o oposto
d 5 |252 2 44  25 1 480| 5 5
desse número. Então:
Logo, a maior distância entre a mosca e o ponto de impacto
[ 7  2  5  [ 2 [ 5  2  7  [ 5  7  2  5  2  7  2  5   5 0 de uma das flechas no alvo depois de ter acertado a mosca
3. a) O desvio absoluto da nota do 1o aluno é dado por pela 1a vez foi 5 milímetros.
1 5 |x1 2 m|, em que x1 5 5,5 e 1 é o desvio absoluto; então: 8. a) |5x 1 7| > 13
1 5 |5,5 2 7,4| 5 1,9 Pela propriedade P10, temos:
O desvio absoluto da nota do 2o aluno é dado por |5x 1 7| > 13 ⇔ 5x 1 7 < 213  ou  5x 1 7 > 13
6
2 5 |x2 2 m|, em que x2 5 6,8 e 2 é o desvio absoluto; então:  x < 24  ou  x >
5 6
2 5 |6,8 2 7,4| 5 0,6
O desvio absoluto da nota do 3o aluno é dado por

Logo: S 5 x  R | x < 24  ou  x >   
5 
3 5 |x3 2 m|, em que x3 5 7,2 e 3 é o desvio absoluto; então: b) |3x 2 4| , 8
3 5 |7,2 2 7,4| 5 0,2 Pela propriedade P9, temos:
O desvio absoluto da nota do 4o aluno é dado por |3x 2 4| , 8 ⇔ 28 , 3x 2 4 , 8
4 5 |x4 2 m|, em que x4 5 8 e 4 é o desvio absoluto; então: Essa dupla desigualdade é equivalente a:
3x 2 4 , 8  e  3x 2 4 . 2 8
4 5 |8 2 7,4| 5 0,6
4
O desvio absoluto da nota do 5o aluno é dado por  x , 4  e  x . 2   
3
5 5 |x5 2 m|, em que x5 5 9,5 e 5 é o desvio absoluto; então: 4
5 5 |9,5 2 7,4| 5 2,1 
Logo: S 5 x  R | 2 , x , 4
3 

82

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 82 3/9/10 5:31:09 PM


3x
4 |
c)
1
1
2

1
5 |
Pela propriedade P8, temos:
3o passo: f (x) 5 2|3x 1 1|


1
y

3

3x
4 |
1
1
2
1
5 |
   ⇔  2 
1
5
3x
4
1
1
2

1
5
Essa dupla desigualdade é equivalente a:
–1

–1
x

3x 1 1 3x 1 1
  1  e  1 2
4 2 5 4 2 5 f
–2
6 14
 x   2 e x2   
5 5 D( f ) 5 R; Im ( f ) 5 ]2Ü, 0]
14 6
Logo: S 5 x  R |2 15
   x  2
15
  
12. a) 1o passo: g (x) 5 2x 2 6
9. alternativa b
y
Pela propriedade P8, temos: g
|x|  3 ⇔ 23  x  3
10. De acordo com o enunciado, temos:
0 3 x
|x|  0,008
Pela propriedade P8:
20,008  x  0,008
Logo, a maior medida é dada pela soma do diâmetro ideal da

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
peça com 0,008; então:
5 1 0,008 5 5,008 –6
E a menor medida é dada pelo diâmetro ideal da peça menos
0,008; então:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

5 2 0,008 5 4,992
Assim, o menor diâmetro é 4,992 cm e o maior 5,008 cm. 2o passo: h(x) 5 |2x 2 6|

11. a) g (x) 5 2x 2 1 f (x) 5 |2x 2 1| y


y y
h
6
g
f
1
1 x

2
–1 1 1 x

2
0 3 6 x
D( f ) 5 R ; Im ( f ) 5 [0, 1Ü[

b) g (x) 5 2x2 2 4x f (x) 5 |2x2 2 4x| 3o passo: f (x) 5 |2x 2 6| 1 3


y y
g f y
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

2 f

0 1 2 x 9

2 0 1 2 x

D( f ) 5 R; Im( f ) 5 [0, 1Ü[
3
c) 1o passo: g (x) 5 3x 1 1
y
0 3 6 x
1

1 x D( f ) 5 R; Im( f ) 5 [3, 1Ü[



3

g b) Espera-se que os alunos respondam que inicialmente se


deve esboçar o gráfico da função g(x) 5 |2x 2 6| e, a seguir,
2 passo: h(x) 5 |3x 1 1|
o
transladá-lo paralelamente ao eixo Oy três unidades para
y cima; isso porque somamos três unidades à ordenada de cada
2 h ponto de g.
c) |2x 2 6| 1 3 5 5 Æ |2x 2 6| 5 2 e, portanto, 2x 2 6 5 2
ou 2x 2 6 5 22, ou seja, x 5 4 ou x 5 2.
1
Logo, os pontos do gráfico de f que têm ordenada 5 são:
(4, 5) e (2, 5)
–1 1 x d) |2x 2 6| 1 3 , 5 ⇒ |2x 2 6| , 2 e, portanto,

3 22 , 2x 2 6 , 2, ou seja, 2 , x , 4.

83

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 83 3/9/10 5:31:11 PM


13. 1o passo: g(x) 5 x2 2 4 4. Respostas possíveis:
y a) |x| 21 , 0
b) |x 2 4| , 22
g
c) |3x 2 5|  0
5. Espera-se que os alunos concluam que o gráfico de f pode ser
construído a partir de uma função definida por duas sentenças
x 2 4, se x > 4
–2 2 x
f (x) 5
2x 1 4, se x , 4;
ou a partir do gráfico da função g(x) 5 2x 1 4, conservando nesse
gráfico os pontos de ordenadas não negativas e transformando os
pontos de ordenadas negativas em seus simétricos em relação ao
eixo das abscissas.
–4
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

CC Exercícios complementares
2o passo: h(x) 5 |x2 2 4|
y 1. a) ||1 2  2  |1 |2 2  2  || 5 | 2  2 1 1 2 2  2  |5 |1| 5 1
b) ||p 2 3,14| 1 |p 2 3,15|| 5 |p 2 3,14 1 3, 15 2 p| 5
4 h
5 |0,01| 5 0,01
2. alternativa a
Condição de existência: x  1
3|x 1 1|
5 1 ⇒ |3x 1 3| 5 |x 2 1|
–2 2 x |x 2 1|
 3x 1 3 5 x 2 1 ou 3x 1 3 5 2x 1 1
1

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
 x 5 22 ou x 5 2
2
3o passo: f (x) 5 |x2 2 4| 2 1
Como esses dois valores satisfazem a condição de existência,
y concluímos que ambos são raízes da equação.

  522
f 1 5
3 Logo, a soma das raízes é: 22 1 2
2
3. alternativa a
|2x 2 1| > 3 ⇒ 2x 2 1 < 23 ou 2x 2 1 > 3
x  x < 21 ou x > 2
–1
Logo: S 5 {x [ R | x < 21 ou x > 2}
4. alternativa a
D( f ) 5 R; Im( f ) 5 [21, 1Ü[ 1 , |x 2 3| , 4 ⇒ |x 2 3| , 4 e |x 2 3| . 1,
|x 2 3| , 4 (I)
14. a) Sabendo que o ponto P está a 20 m de altura em relação à
superf ície do lago, temos:
ou seja,

|x 2 3| . 1 (II)

d(x) 5 |20 2 x| ou d(x) 5 |x 2 20|, com 0  x  30 Resolução da inequação I:


b) Para construir o gráfico de d, vamos transformá-la numa 24 , x 2 3 , 4 ⇒ x 2 3 , 4 e x 2 3 . 24
função dada por duas sentenças:  21 , x , 7
Assim: SI 5 {x [ R |21 , x , 7}


d(x) 5 
20 2 x, se 0  x  20
220 1 x, se 20 , x  30 Resolução da inequação II:
x 2 3 , 2 1 ou x 2 3 . 1
y  x , 2 ou x . 4
Assim: SII 5 {x [ R |x , 2 ou x . 4}
20 O conjunto solução S do sistema é dado por SI } SII, ou seja:
S 5 {x [ R |21 , x , 2 ou 4 , x , 7}
15
5. a) f (x) 5 3|2x 2 4| ⇒ f (x) 5 |6x 2 12|
10 Logo, o gráfico de f é:
5 y

12
0 5 10 15 20 25 30 x

CC Roteiro de trabalho
FAUSTINO

1. Espera-se que os alunos definam o módulo de um número real


associado a um ponto A do eixo real de origem O como a dis-
tância OA. E, em seguida, generalizem o resultado:
| x | 5 x, se x > 0

2x, se x , 0
2. Espera-se que os alunos concluam que o quadrado de qualquer
número real é sempre positivo e que a raiz quadrada de um
número positivo é sempre positiva.
2 4 x
3. Espera-se que os alunos observem que 2x 1 4 e x 2 4 são números
simétricos e que dois números simétricos têm o mesmo módulo. D( f ) 5 R; Im( f ) 5 [0, 1Ü[

84

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b) f (x) 5 3 |2x 2 1| 1 2 ⇒ f (x) 5 |6x 2 3| 1 2 Pela propriedade P3 deste capítulo, temos:
Logo, o gráfico de f é: |t 2 1 20| 5 24 ⇔ t 2 1 20 5 24 ou t 2 1 20 5 224
y  t 5 2  ou  t 5 22
Como estamos tratando de unidade de tempo, descartamos
os valores negativos.
Logo, depois de 2 segundos a distância entre os objetos
era 24 m.
5
b) Do item a deste exercício, temos que a distância entre os
objetos é dada por |t 2 1 20|.
Para saber quanto tempo depois de iniciada a queda a distân-
cia entre os objetos é igual à distância do objeto A ao solo,
2 precisamos resolver:
|t 2 1 20| 5 80 2 5t 2
Pela propriedade P3 deste capítulo, temos:
1 1 x |t 2 1 20| 5 80 2 5t 2 ⇔ t 2 1 20 5 80 2 5t 2 ou
2 t 2 1 20 5 280 1 5t 2
 t 5  10 ou  t 5 2 10 ou  t 5 5 ou  t 5 25
Como estamos tratando de unidade de tempo, descartamos
D( f ) 5 R; Im( f ) 5 [2, 1Ü[ os valores negativos para t. Descartamos também o valor
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

t 5 5, pois  f (5) , 0, o que é absurdo, pois  f (t) indica uma


distância.
c) f (x) 5 |x 1 1| ? |x 2 1| 2 4 ⇒ f (x) 5 |x2 21| 2 4
Concluímos, então, que a distância entre os objetos foi igual
Logo, o gráfico de f é:
à distância do objeto A ao solo, depois de   10 s do início
y da queda.
9. a) Pelo enunciado temos: |x 2 30|  12
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Pela propriedade P8 deste capítulo, temos:


1 1 |x 2 30|  12 ⇔ 212  x 2 30  12
0 x
 18  x  42
Logo, a máxima distância que se pode esperar entre a reta r
3 e a esfera é 42 cm e a mínima distância que se pode esperar
entre a reta r e a esfera é 18 cm.
4 b) Seja s a reta vertical que passa pelo ponto de onde foi aban-
donada a esfera. O desvio da esfera, em cada instante, após o
início da queda, é a distância entre a esfera e a reta s. Assim, a
expressão |x 2 30| representa todos os desvios possíveis. Como
D( f ) 5 R; Im( f ) 5 [24, 1Ü[ |x 2 30| < 12, concluímos que o desvio máximo é 12 cm e o
mínimo é 0 cm.
6. Para x . 0, temos y 5 1, para x , 0, temos y 5 21 e para x 5 0
não está definida a função.
y x

x � 30
x

FAUSTINO
1
30 � x
x
s r
1 30

10. alternativa c
Do enunciado, temos que |x 2 200.000|  125.000.
Então, pela propriedade P8 deste capítulo, temos:
D( f ) 5 RÇ; Im( f ) 5 {1, 21} |x 2 200.000|  125.000 ⇔
1 ⇔ 2125.000  x 2 200.000  125.000
7. A expressão assume seu maior valor quando o deno-  75.000  x  325.000
|x| 1 2
minador for mínimo. Isso ocorre para x 5 0: Logo, os níveis de produção x são tais que 75.000  x  325.000.
1 1
|0| 1 2
5
2
1
11. a) f (x) 5
| 3x 2 6.000
1.000 |
1 200 ⇔ f (x) 5  

3x
3x
1.000| |
2 6 1 200

A expressão assume seu menor valor quando o deno-


|x| 1 2 Para x > 2.000, temos:  f (x) 5   2 6 1 200
1.000
minador for máximo. Isso ocorre para x 5 27:
1 1 3x
5 Para x , 2.000, temos:  f (x) 5 2 1 6  1 200
|27| 1 2 9 1.000
Logo:


8. a) A distância entre os objetos é dada por: 3x
1 194 se 2.000  x  5.000
| f (x) 2 g(x)| 5 |80 2 5t 2 2 60 1 6t 2| 5 |t 2 1 20| f (x) 5 1.000
Como queremos que essa distância seja 24, fazemos: 3x
2 1 206 se 1.000  x , 2.000
|t 2 1 20| 5 24 1.000

85

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 85 3/9/10 5:31:12 PM


Assim, temos o gráfico de  f : 5. a) 27.000.000.000.000.000.000 5 2,7 ? 1019
b) Como 1 dm3 5 1.000 cm3, basta multiplicar por 103 o resultado
y
do item a, obtendo-se 2,7 ? 1022.
209 6. a) 0,98 ? 4,5 ? 1023 kg 5 4,41 ? 1023 kg
Logo, após duzentos anos a massa remanescente será
FAUSTINO

203 4,41 ? 1023 kg.


200 b) 0,98 ? 5 ? 4,5 ? 1023 kg 5 22,05 ? 1023 kg 5 22,05 ? 1023 ? 1023 g 5
5 22,05 ? 1026 g 5 2,205 ? 1025 g
Logo, após duzentos anos a massa remanescente será
1.000 2.000 5.000 x 2,205 ? 1025 g.
b) Pelo gráfico do item a, temos que para a estimativa de 5.000 7. alternativa d
votos a margem de erro é 209 votos para mais ou para menos.
Logo, o número máximo de votos que pode receber a chapa 5 5 
4
 125   
4
 25 
Renovação é 5.209.
8. a) 
3
 2  ?  2  5 32
 212  ? 23 213  5 6 22 ? 23 5 6 25  
c) Pelo gráfico do item a, temos que para a estimativa de 1.000
4 �3
votos a margem de erro é 203 votos para mais ou para menos. 4
2 21�3 23
b) � � 12 � 12 2
Logo, o número mínimo de votos que pode receber a chapa 6
2 6� 2
2 1�2 22
Renovação é 797.
9. a) 5 =
CC Matemática sem fronteiras b) 5 =
1. Resposta pessoal
10. a)  
3
 125 5 5 f ) 
1
 12 5 12
2. Resposta pessoal
b)  81 5 3
4
g)  
3
 2125 5 2 
3
 125    5 25
3. O percentual p é dado por: c)  49 5 7 h)   
5
 232 5 2
5
 32 522

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
51% 1 45%
p5 5 48% d)  
3
 1 5 1 i)   
9
 21  5 2
9
 1   5 21
2
O percentual t é dado por: e)  0  5 0
7

t 5 |48% 2 51%| 5 |51% 2 48%| 5 3%


11. a)  12 5  2 ? 3   5  2 3 
2

b)   18 5  2 ? 32   5  3 2    
c)   
3
 24  5   2 ? 3 5  2 
3 3 3
 3 
Capítulo 9
d)  
4
 32 5   2 ? 2   5   2 
4 4 4
 2 

CC Exercícios propostos e)   40 5  23 ? 5  5  22 ? 10  5   2 10 

 48   42 ? 3 4 3 




3
1. a) (54) 5 54  54  54 5 54 1 4 1 4 5 54  3 f ) 5   5   
25  52  5
b) (2x)3 5 (2x)(2x)(2x) 5 23  x3
 81   3 ? 3 3 3
3
3
 3
7 2 7 7 72 g)    5   5
    
3
c) 5    5 2 8  2   3 3
2
5 5 5 5
2
2. a) (25) 5 (25)(25) 5 25 12. a)  4 3  1  6 3   2 2 3 5  3 (4 1 6 2 2) 5  8 3 

b) 252 5 2(5  5) 5 225 b)  2 50  1  125  2  6 5  5 2  52 ? 2  1  52 ? 5  2 6 5   5


c) (22)3 5 (22)(22)(22) 5 28 5 2   5 2   1  5 5   2 6 5  5  10 2  2   5 
d) 90 5 1
c) 4 
3
 16  1  2 
3
 54   1  
3
 128  5
e) 143 5 1
5 4  2 ? 2  1 2 
3 3
 3 ? 2  1  
3 3
 4 ? 2 5
3 3
f ) (21)13 5 21
5 4   2  
3
 2 1 2  3   
3
 2 1 4 
3
 2   5
5 22
4 2 2
g) 2 2  25

5 2  5 5 5   8 
3
 2  1 6 
3
 2   1 4 
3
 2   5  18 
3
 2  
1 1 1 3 1
  d) 4   3    2   4  5 4  2     3 ? 4  5  8   12
5 5 5 5
h) (22)23 5  52 ou (22)23 5  2  5 2
(22)3 8 2 8
e) 12 
3
 4    6 
3
 2 5 72   
3
 4 ? 2 5 72    2  5 144
3 3
3
3. a) (5x) 5 53  x3 5 125x3
6  10   10  
b) (x2)4 5 x2  4 5 x8 f )  6 10  :  2 5  5 
2  5
   5 3  
5
 5  3 2 
c) (24x2y3)2 5 (24)2 x2  2 y3  2 5 16x4y6
12  16  16  
2
3

ab3
3
a3b3 ? 3 a3b9 g) 12 
3
 16  :  6 
3
 2 5    5  2 3 5  2 
3
 8  5 2  2 5 4
  6  2 
3
d) 5  3 2 ? 3  5  
3c2 3c 27c6 2 1
13. a) 9 5 5  9 5 
5 2 5
 81 c) 70,5 5 7 2 5  7 
2x3
22
(5yz2)2 25y2z4
e) 
5yz2  5 
(2x )
3 2
 5   
4x6
1
b) 6 2 5  6 
3
d) 30,75 5 3 4 5  3 5 
4 3 4
 27
1 2
4. a) x5  x3 5 x5 1 3 5 x8 14. a)  
5
 2  5 2 5 b)   a   5 a 3
3 2

b) y6 : y2 5 y6 2 2 5 y4 1 2 1

3 3 4
15. E 5 36 2 1 64 3 1 625 4
2xy 5
xz 8x y
3 15
xz
4 12
c)  z2    y  5   z6
    4
y
 5 8x7y11z6 E 5  36  1 
3
 642 1 
4
 625
3 E561  2 1 
3 12
 5
4 4
3a2b3 3ab4
22
27a6b9 c4d6
d)  cd
: 
c2d3   5  3 3     2 8  53a4bcd3
c d 9a b E 5 6 1 16 1 5 5 27

86

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 86 3/10/10 12:27:33 PM


2 22. alternativa a
�� 3 � � 5� 3�
2 2 2 2
16. a) 5 3   5 3

 
f (23) 5 12 ka23 5 12
3
b) �3 3
�2 27
� 53 3� 3
?2 27 � 3
5 33 ? 29 5 3 ⇒ 3
f (0) 5 ka0 5
5 27 ? 512 5 13.824 2 2

c) 1 5
1 0p 5 1 1 0 5 1 3 1
 k5 ea5
2 2
5 x
3 1 x
17. a) 4 Logo: f (x) 5
2
?
2  
3 1 2
3
x y
y Assim, temos que: f (2) 5
2
? 2 5
8
23. a) 64x 5 256 ⇒ (26)x 5 28, ou seja, 26x 5 28 ⇒ 6x 5 8
4 5
21 4
5 4  x5
1 4 3
0 1 5 4
3
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

Logo: S 5
5 �1 1 x
1
4 b) 25x 1 2 5 125x 1 5 ⇒ (52)x 1 2 5 (53)x 1 5, ou seja,

D(f ) 5 R; Im(f ) 5 RÇ1 2x 1 4 5 3x 1 15 ⇒ x 5 2 11


Logo: S 5 {211}
3 2x 2 1 2 2x
4 x

 5    2   , ou seja,
8 25 2 5
 
2x 2 1 2x
b)
5
c)  125  5 4 ⇒ 5

y 3
6x 2 3 5 24x ⇒ x 5
10
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

x y
3
21
5 5 Logo: S 5  10 
4 4 1
4 1 d) 52x 2 1 5 1 ⇒ 52x 2 1 5 50 e, portanto, 2x 2 1 5 0, ou seja, x 5 .
0 1 2
5 1
1
4
�1 1 x
Logo: S 5
2  
5 7x 8x 7 x 7 x 7 0
e) 7x 5 8x ⇒ x 5 x , ou seja,
8 8 8
51⇒
8  5
8    
D(g) 5 R; Im(g) 5 RÇ1 x50
Logo: S 5 {0}
18. alternativa b
x 1
Como durante o período considerado a função M 5 20(1,4 1k)t f )  
3
 25x 5  5  ⇒ 25 3 5 5 2 , ou seja,
foi decrescente, temos, pela propriedade P3 das funções expo- 2x 1
2x 1
nenciais, que 0 , 1,4 1 k , 1. 5 3
5 52 ⇒ 5
Concluímos, então, que: 21,4 , k , 2 0,4 3 2
3
 x5
19. alternativa a 4
3
Sabemos que a taxa anual é i 5 10% 5 0,1. Assim, aplicando a fór-
mula C 5 Qo(1 1 i)t, temos: C 5 Qo(1 1 0,1)t ⇒ C 5 Qo(1,1)t
Logo: S 5 4
24. alternativa e
20. 0 < t < 4
Substituindo P(h) por 0,729 na equação P(h) 5 (0,9)h, temos:
i 5 210% 5 20,1 (taxa anual) 0,729 5 (0,9)h ⇒ 36  1023 5 (0,9)h
C 5 200.000  (32)3(1021)3 5 (0,9)h ⇒ (0,9)3 5 (0,9)h
M5?  h53
a) Aplicando a fórmula M 5 C(1 1 i)t, temos: 2x 1
M 5 200.000(1 2 0,1)t ⇒ M 5 200.000(0,9)t, com 0  t  4 25. a) 2x ? 2 1
2
5 20 Æ 2x  2 1
2 
5 20, ou seja, 2x 5 8; 
b) Substituindo t por 4, temos: logo, x 5 3.
M 5 200.000(0,9)4 ⇒ M 5 200.000 ? 0,6561 Portanto: S 5 {3}
 M 5 131.220
b) 3x ? 31 2 3x ? 32 5 254 Æ 3x ? (3 2 9) 5 254, ou seja,
Logo, o valor do imóvel daqui a 4 anos será R$ 131.220,00.
3x 5 9; logo, x 5 2.
21. Sendo I a população inicial, i a taxa diária de crescimento, t o Portanto: S 5 {2}
tempo decorrido em dias e P a população final, temos: 26. alternativa d.
I 5 10.000 Considerando 20 minutos uma unidade de tempo, aplicamos a
i 5 20% 5 0,2 (taxa diária) fórmula M 5 C(1 1 i)t para:
t>0 M 5 4,096 ? 106, C 5 1.000 e i 5 100% 5 1:
(1,2)5 ≈ 2,49 4,096 ? 106 5 1.000(1 1 1)t ⇒ 4.096 5 2t
P5?  212 5 2t ⇒ t 5 12
a) Nessa situação, podemos empregar a fórmula do montante Assim, t equivale a 12 ? 20 min 5 240 min, ou seja, t 5 4 horas.
para taxa constante. Assim:
27. alternativa c
P 5 I(1 1 i)t ⇒ P 5 10.000(1 1 0,2)t
 P 5 10.000 ? (1,2)t, com t  0 Para quadruplicar a quantia aplicada, devemos ter
M 5 4C. Substituindo esse valor na fórmula M 5 C  20,04t, temos:
b) Substituindo t por 5, temos:
4C 5 C  20,04t ⇒ 22 5 20,04t
P 5 10.000 ? (1,2)5 ≈ 10.000 ? 2,49 ⇒ P ≈ 24.900
2
Logo, daqui a 5 dias a população será de, aproximadamente,  2 5 0,04t ⇒ t 5   5 50
0,04
24.900 indivíduos.
Logo, o menor tempo possível é 50 meses ou, ainda, 4 anos e 2 meses.

87

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 87 3/9/10 5:31:16 PM


28. a) O ponto comum aos gráficos é a solução do sistema b) Para o montante não ser superior a R$ 1.331,00, devemos ter:


b 5 2a 1 2 1 75 (I)
b 5 2a 1 1 1 139 (II)
1.000(1,1)t < 1.331 ⇒ 1,1t < 1,331
 1,1t < (1,1)3
Assim:  t<3
2a 1 2 1 75 5 2a 1 1 1 139 ⇒ 2a  4 1 75 2 2a  2 2 139 5 0 Logo, o montante não será superior a R$ 1.331,00 durante três
 2  2a 5 64 ⇒ 2a 5 32 anos.
 2a 5 25 ⇒ a 5 5
32. a) C 5 1.000; i 5 260% 5 20,6
Substituindo a por 5 em (I), concluímos:
Aplicando a fórmula m 5 C(1 1 i)t, temos:
b 5 27 1 75 5 203
m 5 1.000(1 2 0,6)t ⇒ m 5 1.000  0,4t
Logo: a 5 5  e  b 5 203
b) Para a massa ser menor que 64 g, devemos ter:
b) Pelo item anterior, concluímos que os dois vilarejos terão o
mesmo número de indivíduos daqui a 5 anos. 64
1.000  0,4t  64 ⇒ 0,4t  
c) f (7) 5 27 1 2 1 75 5 587 1.000
43
O número de indivíduos do vilarejo A daqui a 7 anos será  0,4t    3  ⇒ 0,4t  (0,4)3
587. 10
 t3
f (4) 2 f (2) 139 2 91 Assim, a massa será menor que 64 g para t  3.
d)  f  5     5      5 24
422 2
g(4) 2 g(2) 171 2 147
 g 5     5    5 12 CC Roteiro de trabalho
422 2
29. a) 163x 2 1 . 82x 1 5 ⇒ (24)3x 2 1 . (23)2x 1 5, ou seja, 1. a) 1
19 b) a1 5 a
12x 2 4 . 6x 1 15 ⇒ x . c) an 5 a ? a ? a ?... ? a, para n  1
6


Logo: S 5 x [ R | x .19
6
 n fatores
Resposta possível: 43 5 4 ? 4 ? 4 5 64

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2 3x 2 1 1
 3  
1 1 2x 1 6x 2 2 1 2x
b) < 3 ⇒ 3 < 3 d) a2n 5 n , para a  0
a
1
1 Resposta possível: 324 5 4 5 81
 6x 2 2 > 2x ⇒ x > 3
2 e) Resposta pessoal

Logo: S 5 x [ R | x > 1
2
 2. O m deve ser um número inteiro e k deve ser um número real
com módulo menor que 10 e maior ou igual a 1.
c) (0, 3) 4x 2 5
. (0, 3) 2x 1 1
⇒ 4x 2 5 , 2x 1 1 1
3. Verdadeira, pois 20,5 5 2 2 5  2 , que é um número irracional e,
x,3
portanto, tem infinitas casas decimais e não é periódico. Como
Logo: S 5 {x [ R | x , 3} o visor da calculadora apresenta um número finito de casas de-
1
3 x�1 1 3x21 3 cimais, obtemos uma aproximação de  2  quando acionamos as
d) � 2 2 � < 84 ⇒2 2 < 24
teclas: 2 , e �
3x 2 1 3 5
    < ⇒ x<
2 4 6 4. Respostas pessoais

Logo: S 5 x [ R | x < 5
6

1
e) 322x 1 1 . 3x 1 2 ⇒ 22x 1 1 . x 1 2; logo, x , 2 . CC Exercícios complementares
3

Logo: S 5 x [ R | x , 2
1
3
 1. massa (g) número de átomos
2  3x 27 6  1023
f ) 3x 1 1 1 2 ? 3x 2 1 > 11 ⇒ 3x ? 3 1    > 11 67,5 x
3
Fazendo y 5 3x :
9y 1 2y > 33 ⇒ 11y > 33 67,5  6  1023
 x 5 5 1,5  1024
 y>3 27
ou seja: 3x > 31 ⇒ x > 1
Logo: S 5 {x [ R | x > 1} Logo: x 5 1,5 ? 1024

30. Pelo enunciado: f (t) 5 300 ? 2t 2 1 1 900


2. a) 5.000.000 5 5 ? 106

g(t) 5 70 ? 2t 1 2 2 140 b) Transformando 1 mL em mm3, temos:


1 mL 5 0,001 L 5 0,001 dm3 5 1023 dm3 5 1023 ? 106 mm3
a) Para t 5 0: f (0) 5 150 1 900 5 1.050
 1 mL 5 103 mm3
g(0) 5 280 2 140 5 140
Por meio de uma regra de três, encontramos o número x de
Logo, no instante zero, a população A era de 1.050 cupins e a
glóbulos vermelhos de 1mL de sangue:
B era de 140 cupins.
5  106 1 mm3 ⇒ x 5 5  106  103
b) A população A permaneceu maior ou igual à B para f(t) > g(t). 103 mm3
x
Assim: 300  2t
300 ? 2t 2 1 1 900 > 70 ? 2t 1 2 2 140 ⇒ 2 70 ? 2t ? 2 >  x 5 5  109
2
> 2140 2 900 x
3. Sabemos que 100 5 1 e 101 5 10. Logo, 0  x  1, tal que 10 5 2.
 150 ? 2t 2 280 ? 2t > 21.040 ⇒ 2130 ? 2t > 21.040 Fazendo algumas tentativas:
 2t < 8 ⇒ t 5 3 100,5  3,16
Logo, durante 3 meses, o número de indivíduos da população 100,4  2,51
A permaneceu maior ou igual ao número de indivíduos da 100,3  1,99
população B. 100,31  2,04
31. a) C 5 1.000; i 5 10% 5 0,1 100,305  2,02
Aplicando a fórmula M 5 C (1 1 i)t, temos: 100,302  2,00
M 5 1.000(1 1 0,1)t ⇒ M 5 1.000  1,1t Logo: x  0,302

88

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 88 3/9/10 5:31:17 PM


4. Transformando os radicais em potências com expoentes racionais 10. alternativa d
m0
e usando uma calculadora científica, obtemos: Para t 5 66 e mt 5 , temos:
1 8
a)   3  5 3 5 30,5  1,7321
2
m0
1 5 m0 ? 2266k ⇒ 223 5 2266k ⇒ 23 5 266k
b) 
4
 7  5 7 4  5 70,25  1,6266 8
1 1
c) 
5
 9  5 9 5  5 90,2  1,5518  k5
22
5. Usando uma calculadora científica, obtemos as seguintes apro-
ximações:


11. a) f (0) 5 1.024
f (10) 5 512
Æ
a 5 1.024

a ? 2210b 5 512
a) 2π  8,82 1
 a 5 1.024 e b 5
b) 5 2  9,74 10
1.024 t
1.024
6. a)  Observando que o número de indivíduos decresce através do b) f (t ) 5 ⇒ 1.024 ? 2 10
5 ou, ainda,
produto por uma taxa constante (20,75), podemos aplicar a 8 8
t
t
fórmula: M 5 C(1 1 i)t, obtendo: 2 10
5 223 e, portanto, 2
5 23, ou seja, t 5 30.
10
f (x) 5 4.000(1 2 0,75)x ⇒  f (x) 5 4.000 ? (0,25)x
Concluímos, então, que o tempo mínimo para que a população
1 x
ou, ainda,  f (x) 5 4.000    
4 se reduza a
1
8
da população inicial é de trinta anos.
b) Para esboçar o gráfico dessa função, observamos que
1 c) t f (t)
0  1; logo, a função é decrescente. Assim: f(t)
4
0 1.024
1.024
y
10 512
20 256
FAUSTINO

16.000
30 128
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

40 64

FAUSTINO
4.000
1.000 512

�1 1 x

7. a)
t f (t) 256

0 100.000
128
1
100.000 ? 21 64
Generalizando:

2 100.000 ? 22 f (t) 5 100.000 ? 2t 0 10 20 30 40 t
3 100.000 ? 23
4 100.000 ? 24 12. a) Qo 5 16
5 100.000 ? 25 i 5 225% 5 20,25

t 5 3
Aplicando a fórmula Q 5 Qo(1 2 i)t, temos:
t
g (t) Q 5 16(1 2 0,25)3 ⇒ Q 516(0,75)3
0 70.000  Q 5 16 ? 0,421875 ⇒ Q 5 6,75
1 70.000 1 2.000 ? 1 Logo, após três dias o atleta apresentava 6,75 mg dessa subs-
Generalizando:
tância no sangue.

2 70.000 1 2.000 ? 2 g (t) 5 70.000 1 2.000t 9
b) 16 ? (0,75)t , 9 ⇒ (0,75)t ,
3 70.000 1 2.000 ? 3 16
 (0,75)t , 0,752 ⇒ t . 2
4 70.000 1 2.000 ? 4
Logo, depois de dois dias, a quantidade dessa substância era
5 70.000 1 2.000 ? 5 inferior a 9 mg.

13. alternativa d
b) O número de ratos que haverá por habitante após cinco anos Das 12 h às 13 h 30 min, passou-se 1,5 hora. Como a meia-vida
f (5) da amoxicilina é de 1 hora, passou-se 1,5 meia-vida.
é dado pela razão , ou seja:
g (5) Logo, de acordo com o gráfico, constatamos que o percentual de
100.000  25
dose que restará no organismo é aproximadamente 35%.
ratos/habitante 5 40 ratos/habitante
70.000 1 2.000 ? 5
14. Devemos ter VA(t) > VB(t), ou seja:
8. A0 5 580 m2
24.000 ? 325t > 8.000 ? 322t
i 5 5% 5 0,05 (taxa diária)
24.000
t 5 10 dias 24.000 ? 325t > 8.000 ? 322t ⇒ ? 325t > 322t
8.000
Aplicando a fórmula A 5 A0(1 1 i)t, temos:
A 5 580(1 1 0,05)10 ⇒ A 5 580(1,05)10  580  1,629  3 ? 325t > 322t ⇒ 31 2 5t > 322t
1
 A  944,82 m2  1 2 5t > 22t ⇒ t <
3
Logo, a área coberta daqui dez dias é, aproximadamente, 944,82 m2.
Logo, as vendas do produto A não serão maiores ou iguais às
9. alternativa a 1
vendas de B durante do mês subsequente à interrupção das
400 5 25 ? 2t ⇒ 24 5 2t; logo, t 5 4. 3
publicidades.

89

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 89 3/9/10 5:31:18 PM


CC Matemática sem fronteiras
g) log 8
16
  é o expoente x da potência de base  
8
tal que 
1 t 81 27
 
27
1. a) 32,8% ? C 5 C ? ⇒ 0,328 5 (0,5)t
2 8 x
16
b) (0,5)1 5 0,5; (0,5)1,5 ≈ 0,35; (0,5)2 5 0,25  27  5 81
.

c) 0,25 , 0,328 , 0,35 ou, ainda, (0,5)2 , 0,358 , (0,5)1,5 Temos:


d) 1,5 , t , 2, ou seja, entre 1,5 e 2 meias-vidas 8 x 16 2 3x
2 4

e) meia-vida anos  
27
5
81
 ⇔ 
3   5  3 
1 5.730 Æ x 5 8.595 4
1,5 x  x5
3
16 4
Logo, as flautas foram confeccionadas entre 8.595 e 11.460 Assim:  log 8   5
27 81 3
anos.
f ) Resposta possível: Como (0,5)1,6 5 0,3299, as flautas de Jiahu h) log   
5
 100  é o expoente x da potência de base 10 tal que
têm entre 8.595 e 9.168 anos. 1

10x 5 100 5 .   


Temos: 1 2
Capítulo 10 10x 5 100 5   ⇔ 10x 5  10 5
2
 x 5   
CC Exercícios propostos 5
2
Assim: log    5
 100  5    
1. a) log2 256 é o expoente x da potência de base 2 tal que 5
2x 5 256. i) log0,5 0,125 é o expoente x da potência de base 0,5 tal que
x
Temos: 0,5 5 0,125.
2x 5 256 ⇔ 2x 5 28 Temos:
 x58 0,5x 5 0,125 ⇔ 0,5x 5 0,53

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Assim: log2 256 5 8  x 5 3
1 1 Assim: log0,5 0,125 5 3
b) log7 é o expoente x da potência de base 7 tal que 7x 5 .
49 49 2. a) log2 y 5 2,3214 ⇔ y 5 22,3214
Temos:
 y 5 4,9981
1
7x 5  ⇔ 7x 5 722 Assim: y 5 4,9981
49 b) log3 t 5 2,3214 ⇔ t 5 32,3214
 x 5 22
1  t 5 12,8111
Assim: log7   5 22 Assim: t 5 12,8111
49
125 5 c) log3 59.049 5 r ⇔ 3r 5 59.049
c) log 5   é o expoente x da potência de base   tal que  Pela tabela dada:
2 8 2
59.049 5 310
r
5 x
125 Logo: 3 5 310 ⇒ r 5 10
25 8
.
Assim: log3 59.049 5 10
s
Temos: d) log 39,8107 5 s ⇔ 10 5 39,8107
5 x 125 5 x
5 3 Pela tabela dada:
 
2
5
8
 ⇔ 
2   5  2  39,8107 5 101,6
Logo: 10s 5 101,6 ⇒ s 5 1,6
 x53 Assim: log 39,8107 5 1,6
125
Assim:  log 5   53 3. a) log3 8 5 log3 23
2 8
16 3 Pela propriedade P3:
d) log 3   é o expoente x da potência de base   tal que 
2 81 2 log3 23 5 3log3 2 5 3 ? 0,63 5 1,89
3 x
16 Portanto: log3 8 5 1,89
25 81
.
1
b) log3  5 log3 1621 5 log3 224
Temos: 16
3 x 16 3 x
3 24 Pela propriedade P3:
 
2
5
81
 ⇔ 
2   5  2  log3 224 5 24 ? log3 2 5 24  0,63 5 22,52
1
 x 5 24 Portanto: log3   5 22,52
16
16 1 2
Assim:  log 3   5 24
81 2 c) log3   
3
 4 5 log3 4 3  5 log3 2 3
e) log 10.000 é o expoente x da potência de base 10 tal que Pela propriedade P3:
10x 5 10.000. 2
2 2
Temos:   log3 2 3 5 ? log3 2 5    0,63 5 0,42
3 3
10x 5 10.000 ⇔ 10x 5 104 Portanto: log3   
3
 4 5 0,42
 x 5 4
4. Seja x 5  
5
 7  ; então:
Assim: log 10.000 5 4 1
log x 5  log  
5
 7  ⇔ log x 5 7 5
f ) log256 128 é o expoente x da potência de base 256 tal que Pela propriedade P3:
256x 5 128. 1
1
log x 5 log 7 5   ⇔ log x 5  log 7
Temos: 5
(256)x 5 128 ⇔ 28x 5 27 Portanto:
7 1
 x 5    log x 5   0,85 5 0,17
8 5
7 Assim, pela tabela podemos concluir que:   
5
 7   5 1,48
Assim: log256 128 5  
8

90

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 90 3/9/10 5:31:19 PM


5. alternativa b Pela propriedade P6:
log (3  10) 2 log 5 5 log 3 1 log 10 2 log 5 5
x 5 log3 2 ⇔ 3x 5 2
x 5 0,48 1 log 10 2 0,69 5 log 10 2 0,21
Calculando 92x 1 81 2  para 3x 5 2, temos: Pela propriedade P1:
x
92x 1 81 2  5 34x 1 32x 5 (3x)4 1 (3x)2 5 24 1 22 5 20 log 10 2 0,21 5 1 2 0,215 0,79
Portanto: log 6 5 0,79
6. alternativa a
Dado i 5 10, temos: 10
11. log 5 5 log
h 5 log  100,7   10  5 log  100,7  100,55 log 101,2 2
Pela propriedade P3: Pela propriedade P7:
h 5 log 101,2 ⇔ h 5 1,2 log 10 10
log 5 log 10 2 log 2 5 log 10 2 0,301
Pela propriedade P1: 2
h 5 1,2 log 10 ⇔ h 5 1,2  1 Pela propriedade P1:
Assim, uma criança de 10 anos, dessa cidade, terá altura de log 10 2 0,301 5 1 2 0,301 5 0,699
120 cm. Portanto: log 5 5 0,699

7. alternativa b 12. Aplicando a propriedade P8 em log7 25, temos:


Dados M 5 1.430, C 5 1.000 e i 5 10% 5 0,1, temos: log5 25
x 5 log7 25  log5 7 ⇔ x 5  log5 7
M 5 C (1 1 i)n ⇒ 1.430 5 1.000 (1 1 0,1)n log5 7
 1,43 5 1,1n  x 5 log5 25 ⇔ 5x 5 52
 x52
Pela propriedade P3:
Assim: x 5 2
log 1,43 5 log 1,1n ⇔ log 1,43 5 n  log 1,1
log 1,43 13. alternativa a
 n5
log 1,1 Dado 5a 5 3, então:
Pela propriedade P8: log 5a 5 log 3
log 1,43 Pela propriedade P3:
n5   ⇔ n 5 log1,1 1,43
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

log 3
log 1,1 a  log 5 5 log 3 ⇒ a 5 
Assim: n 5 log1,1 1,43 log 5
Calculando log3 75:
8. Sendo x 5 8105 5 2315, temos pela propriedade P3: log3 75 5 log3 (52  3)
log x 5 log 2315 ⇔ log x 5 315  log 2 Pela propriedade P6:
log3 (52  3) 5 log3 52 1 log3 3
Como log 2 5 0,3, obtemos:
Pela propriedade P3:
log x 5 315  0,3 5 94,5 log3 52 1 log3 3 5 2  log3 5 1 log3 3
Portanto: Pela propriedade P8:
log 5
x 5 1094,5 5 1094 1 0,5 5 1094  100,5 2  log3 5 1 log3 3 5 2  1 log3 3
log 3
Sabendo que log 3,2 5 0,5, temos 100,5 5 3,2. Pela propriedade P1:
 x 5 3,2  1094 log 5 log 5
2 1 log3 3 5 2    1 1
log 3 log 3
9. a) log6 22 5 log6 (2  11)
Então:
Pela propriedade P6:
log 5 1 2  1 a
log6 (2  11) 5 log6 2 1 log6 11 5 1,34 1 0,37 5 1,71 2    1 1 5 2    1 1 5  
Assim: log6 22 5 1,71 log 3 a a
2  1 a
b) Pela propriedade P7: Assim: log3 75 5   
2 a
log6 5 log6 2 2 log6 11 5 0,37 2 1,34 5 20,97
11 2 14. alternativa d
Portanto: log6 5 20,97
11 Para x 5 2.000, temos:
L(2.000) 5 12(199 log 2.000 2 651) 5
11
c) log6 5,5 5 log6 5 12(199 log (2  1.000) 2 651) 5
2
5 12 [199 (log 2 1 log 1.000) 2 651] 5
Pela propriedade P7:
5 12 [199 (0,3 1 3) 2 651] 5 12  5,7 5 68,4
11
log6  5 log6 11 2 log6 2 5 1,34 2 0,37 5 0,97 Então, uma pessoa dessa região que nasceu no ano 2000 tem
2
expectativa de viver 68,4 anos.
Portanto: log6 5,5 5 0,97
d) Aplicando a propriedade P8, temos: 15. Sendo C(t) a função que indica o número de indivíduos da cultura
log6 11 1,34 de micro-organismos em função do tempo t, em hora, temos:
log2 11 5     5   3,62 C (t) 5 100.000 (1 1 0,2)t
log6 2 0,37
Para que a cultura atinja 300.000 indivíduos, temos:
Portanto: log2 11  3,62
300.000 5 100.000 (1 1 0,2)t ⇒ 3 5 1,20t
e) Aplicando a propriedade P8, temos:  log 3 5 log 1,20t
log6 2 0,37 Pela propriedade P3:
log11 2 5 5    0,28
log6 11 1,34 12
0,48 5 t  log
Portanto: log11 2  0,28 10
 f ) log6 16 5 log6 24 Pela propriedade P7:
Pela propriedade P3: 0,48 5 t  (log 12 2 log 10) ⇒ 0,48 5 t  (log (22  3) 2 log 10)
log6 24 5 4  log6 2 5 4  0,37 5 1,48 Pela propriedade P6:
Portanto: log6 16 5 1,48 0,48 5 t  (log 22 1 log 3 2 1)
30 Pela propriedade P3:
10. log 6 5 log 0,48 5 t (2  log 2 1 log 3 2 1)
5
Pela propriedade P7: Então:
30 0,48 5 t (2  0,30 1 0,48 2 1) ⇒ t 5 6
log   5 log 30 2 log 5 5 log (3  10) 2 log 5 Portanto, a cultura atingirá 300.000 indivíduos em 6 horas.
5

91

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16. A área A(t) da mancha de óleo, t horas após o comunicado, é b)  f (x) 5 log 1 x é uma função logarítmica. Por meio de uma ta-
dada por: A(t) 5 10 (1 1 0,02)t. Assim: 3
bela, podemos obter alguns pontos dessa função e, a partir
12 5 10 (1 1 0,02)t ⇒ 1,2 5 1,02t
 log 1,2 5 log 1,02t deles, esboçar o gráfico de  f .
Pela propriedade P3:  
12 102 log 1 x y
log 1,2 5 t  log 1,02 ⇒ log   5 t  log  x 3
10 100

FAUSTINO
22 ? 3 2 ? 3 ? 17 1
 log 5 t  log 1
10 100 3
Pela propriedade P7:
1 0
log (22  3) 2 log 10 5 t (log (2  3  17) 2 log 100)
Pela propriedade P6: 3 21 1
3
log 22 1 log 3 2 log 10 5
0 x
5 t (log 2 1 log 3 1 log 17 2 log 100) 1
�1
Pela propriedade P3:
1
2  log 2 1 log 3 2 log 10 5 3
5 t (log 2 1 log 3 1 log 17 2 log 100)
Então:
2  0,30 1 0,48 2 1 5 t (0,30 1 0,48 1 1,23 2 2) ⇒ t 5 8 19. a) Como na função  f  a base do logaritmo (9) é positiva e maior
Assim, o tempo decorrido desde o momento do comunicado que 1, então  f  é uma função crescente.
à Capitania dos Portos até a conclusão da medição da área da
b) Como na função g a base do logaritmo (0,4) é positiva e menor
mancha de óleo foi 8 horas.
que 1, então g é uma função decrescente.
n
17. Usando a equação M 5 C (1,2) , vamos determinar os valores de p
x, y e z. c) Como na função h a base do logaritmo
3  
é positiva e maior
Observando as coordenadas do ponto E: que 1, então h é uma função crescente.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1,2C 5 C (1,2)x ⇒ x 5 1 p
Observando as coordenadas do ponto F:
d) Como na função t a base do logaritmo  
4  
é positiva e menor
1,44C 5 C (1,2)y ⇒ (1,2)2 5 (1,2)y que 1, então t é uma função decrescente.
 y52 20. a) Verdadeira, pois a função  f (x) 5 log3 x é injetora.
Observando as coordenadas do ponto G:
b) Verdadeira, pois a função  f (x) 5 log3 x é crescente.
2C 5 C (1,2)z ⇒ 2 5 (1,2)z
log 2 log 2 c) Falsa, pois a função  f (x) 5  log 1 x é decrescente.
 z 5 log1,2 2 5 5 5 3
d) Verdadeira, pois a função  f (x) 5 log0,7 x é decrescente.
log 1,2 12
log
10 e) Verdadeira, pois a função  f (x) 5 log   x é crescente.

log 2 log 2 21. a) Condição de existência:


5  5  5 6
log 12 2 log 10 log (22  3) 2 log 10
5x 2 6  0 ⇒ x  
5
log 2
5 
2 log 2 1 log 3 2 1 
Logo: D( f ) 5 x [ R | x .
6
5

0,3 30 b) Condição de existência:
[ z 5  ⇒ z5 x2 2 5x 1 6  0
2 ? 0,30 1 0,47 2 1 7
 x  2  ou  x  3
a) Pelo gráfico, a abscissa de G(z, 2C) corresponde ao tempo que Logo: D( g ) 5 {x  R | x  2  ou  x  3}
o capital demorará para ser duplicado.
30 2x 2 6
Como z 5    4,3, concluímos que aproximadamente após c) t(x) 5 log5     
7 x22
4,3 anos o capital será duplicado. Como a base do logaritmo (5) é positiva e diferente de 1, basta
b) Considerando as aproximações apresentadas, temos, pelo teore- impormos a condição sobre o logaritmando, isto é:
ma de Tales, que o montante produzido em 1,5 mês será a média 2x 2 6
aritmética entre os montantes produzidos em 1 e 2 meses:     0
x22
1,2C 1 1,44C 2,64C Estudando o sinal de  f (x) 5 2x 2 6 e g(x) 5 x 2 2, temos:
  5   5 1,32C.
2 2
Estudo de sinal de  f (x) 5 2x 2 6:
Logo, o montante produzido em 1,5 mês será 1,32C.

18. a)  f (x) 5 log3 x é uma função logarítmica. Por meio de uma tabela, �
podemos obter alguns pontos dessa função e, a partir deles,
3 x
esboçar o gráfico de  f . �
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

  y
x log3 x
1
1
21 3
3 1 Estudo de sinal de g (x) 5 x 2 2:
FAUSTINO

1 0
0 1 3 x

3 1 �1

� 2 x

92

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 92 3/9/10 5:31:20 PM


f 26. a) Indicando a população final por y, a população inicial por p,
Representando f, g e   em um quadro de sinais, temos:
g a taxa de crescimento dessa população por i e o tempo por x,
2 3 esquematizamos:
y 5 ?
x
f � � � p 5 191,5 milhões
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

i 5 1,1% 5 0,011
g � � � x 5 16 anos
temos:
f y 5 191,5(1 1 0,011)16 5 227,885
� � �
g y 5 227,885 milhões de habitantes
2 3 x b) y 5 191,5 ? (1,011)x
y
c) y 5 191,5 ? (1,011)x ⇒ (1,011)x 5
Logo: D(t) 5 {x  R | x  2  ou  x  3} 191,5
y
 x 5 log1,011


22. x2 2 4 . 0 (I) 191,5
Condição
de existência: x 2 5 . 0 (II) d) Substituindo x por y e y por x:
x 2 5  1 (III) x
x 5 191,5 ? (1,011)y ⇒ (1,011)y 5
2
191,5
�2 x
(I)  y 5 log1,011
x 191,5

(II) 27. a) log3 (5x 2 6) 5 2


5 x
Condição de existência:
(III) 6
6 x 5x 2 6  0 ⇒ x 
5
(I) � (II) � (III) Pela definição de logaritmo:
5 6 x log3 (5x 2 6) 5 2 ⇔ 32 5 5x 2 6
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Logo: D(f ) 5 {x  R | x . 5 e  x  6}  x 5 3

23. No gráfico, consideremos que b seja a medida da base menor Observando que x 5 3 satisfaz a condição de existência,
do trapézio sombreado, B a medida da base maior, h sua altura concluímos que o conjunto solução da equação é:
e A sua área. S 5 {3}
Observando o gráfico, podemos concluir que b 5  f (3), B 5  f (9) b) log7 (9x 2 1) 5 log7 (4 2 2x)
e h 5 9 2 3 5 6; então: Condição de existência:
b 5  f (3) 5 log3 3 5 1 1
B 5  f (9) 5 log3 9 5 2
Assim, calculando a área A, concluímos:

9x 2 1 . 0
4 2 2x . 0


  x . 9 (I)
x , 2 (II)
(b 1 B) ? h (1 1 2) ? 6 1
A 5   5  ⇒A59
2 2 9
(I)

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
Logo, a área do trapézio sombreado é 9. x
2
24. a) (II)
Tempo (ano) Preço (D$) x
0 1
(I) � (II)
1 2 x
1 2
9
2 4 1
Logo, a condição de existência se resume a: x2
3 8 9
Resolução da equação:
y 2y Pela propriedade P1 das funções logarítmicas:
log7 (9x 2 1) 5 log7 (4 2 2x) ⇔ 9x 2 1 5 4 2 2x
b) y 5 log2 x 5
 x 5 
11
c) y 5
Observando que x 5 satisfaz a condição de existência,
11
3 concluímos que o conjunto solução da equação é:
5
2
S 5   
11
1
c) log3 (8x 1 1) 2 log3 (x 2 1) 5 2

1 2 4 8 x Condição de existência:
1


x.2 (I)
25. alternativa c

8x 1 1 . 0
x 2 1 . 0


x.1
8
(II)
 y  5 log3 2 1 log3 (x 1 6)
Substitui-se x por  y  e  y  por x, obtendo: 1
x 5 log3 2 1 log3 ( y  1 6) �
8
Isola-se a variável  y : (I)
x
Pela propriedade P6: x 5 log3 2( y  1 6)
1
Pela definição de logaritmo: (II)
3x 5 2(y 1 6) x
3x (I) � (II)
  y  5 26 x
2 1
3x
Logo:  f  (x) 5
21
26 Logo, a condição de existência se resume a: x  1
2

93

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 93 3/9/10 5:31:22 PM


Resolução da equação: Aplicando a propriedade P1 das funções logarítmicas,
Pela propriedade P7 das funções logarítmicas: obtemos:
x2 2 2x 5 2x
(8x 1 1)
log3 (8x 1 1) 2 log3 (x 2 1) 5 2 ⇔ log3    5 2  x 5 0  ou  x 5 4
(x 2 1) Observando que apenas x 5 4 satisfaz a condição de existência,
Pela definição de logaritmo: concluímos que o conjunto solução da equação é: S 5 {4}
8x 1 1 8x 1 1 f) logx (3x) 1 logx (x 2 2) 5 logx (x 1 6)
log3   52⇔   5 32
x21 x21 Condição de existência:
Então:

 
  3x . 0 x . 0 (I)
8x 1 1 5 9(x 2 1) x 22 . 0 ⇒  x . 2 (II)
 x 5 10 x 1 6 . 0 x . 26 (III)
Observando que x 5 10 satisfaz a condição de existência, x  1 x  1 (IV)
concluímos que o conjunto solução da equação é:
S 5 {10} 0
(I)
d) log1,5 (x 2 0,5) 1 log1,5 (x 1 0,25) 5 log1,5 (x2 2 1,75) 1 1 x
2
Condição de existência: (II)
x
x 2 0,5 . 0 x . 0,5 (I)

 

FAUSTINO
�6
x 1 0,25 . 0 ⇒  x . 20,25 (II) (III)
x2 2 1,75 . 0 x , 2  1,75  ou x .  1,75  (III) x

1
(IV)
0,5 x
(I)
x (I) � (II) � (III) � (IV)
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

�0,25 2 x
(II)
x Logo, a condição de existência se resume a: x  2

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
� 1,75 1,75 Resolução da equação:
(III)
x Pela propriedade P6:
logx (3x) 1 logx (x 2 2) 5 logx (x 1 6) ⇒
(I) � (II) � (III)
1,75 x ⇒ logx [3x (x 2 2)] 5 logx (x 1 6)

Pela propriedade P1 das funções logarítmicas:
Logo, a condição de existência se resume a: x   1,75  3x (x 2 2) 5 x 1 6 ⇒ 3x2 2 7x 2 6 5 0
Lembrando que log1,5 1,5 5 1, temos pela propriedade P6 das Neste caso não existem raízes reais.
funções logarítmicas:  S5
log1,5 (x 2 0,5)  (x 1 0,25) 5 log1,5 (x2 2 1,75)  1,5
28. a) No momento em que as árvores são plantadas, temos t 5 0:
Pela propriedade P1 das funções logarítmicas: H(0) 5 1 1 (0,8) log2 1 5 1
0
(x 2 0,5)  (x 1 0,25) 5 (x2 2 1,75)  (1,5) ⇒
D(0) 5 (0,1) 2 7   5 0,1
⇒ x2 2 0,25x 2 0,125 5 1,5x2 2 2,625 0,1 m 5 10 cm
 0,5x2 1 0,25x 2 2,5 5 0 Portanto, as medidas aproximadas da altura e do diâmetro da
5 árvore no instante em que são plantadas são, respectivamente,
 x 5 2  ou  x 5 2
2 1 m e 10 cm.
Observando que somente x 5 2 satisfaz a condição de exis- b) Para H(t) 5 3,4, temos:
tência, concluímos que o conjunto solução da equação é: 3,4 5 1 1 (0,8)  log2 (t 1 1) ⇒ 2,4 5 0,8  log2 (t 1 1)
S 5 {2}  3 5 log2 (t 1 1) ⇒ t 1 1 5 8
e) log2 (x 2 2) 1 2  log4 x 5 3log8 (2x)  t 5 7 anos
Condição de existência: Logo, a árvore chega a 3,4 m de altura em 7 anos.
Então, para t 5 7, temos:
x 2 2 . 0 x . 2 (I)

 
7
x . 0 ⇒  x . 0 (II) D(7) 5 (0,1)   2 7 5 0,2
2x . 0 x . 0 (III) Portanto, o diâmetro aproximado do tronco dessa árvore é
0,2 m ou 20 cm.
Como (II) é igual a (III), representaremos apenas (II) na
intersecção. 29. alternativa d

2
Aplicando a fórmula do montante acumulado à taxa constante
(I) de juro, obtemos:
x


MA
0 t 5 log1,01
(II)
x

 MA 5 32 ? (1,01)t
MB 5 16 ? (1,02)t

  32
MB
t 5 log1,02

(I) � (II) 16
2 x
Assim:
M
Logo, a condição de existência se resume a: x  2 log1,01  B
MA MB MA 16
Resolução da equação: log1,01 5 log1,02 ⇒ log1,01  5 
32 16 32 log1,01 1,02
Pela propriedade P8:
log2 (x 2 2) 1 2 log4 x 5 3 log8 (2x) ⇒
MB
log2 x log2 2x log1,01  1
MB
    M 16 MA
 
2
⇒ log2 (x 2 2) 1 2  log 4 5 3   log 8  log1,01  A 5    ⇒ log1,01    5 log1,01 16
2 2 32 2 32
Que equivale a: log2 (x 2 2) 1 log2 x 5 log2 2x
 MB  
 16
Pela propriedade P6: MA
  5 ⇒ MA 5 8 MB 
log2 (x 2 2) 1 log2 x 5 log2 2x ⇒ log2 [x (x 2 2)] 5 log2 2x 32

94

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30. a) log3 (3x 2 1)  2 A intersecção dos conjuntos solução de (I) e (II) resulta na
Condição de existência: condição de existência: x  1
1 Preparação da inequação:
3x 2 1  0 ⇒ x   Representamos o número 2 como logaritmo de base 4, isto é:
3
Preparação da inequação: 2 5 2  log4 4 5 log4 42 5 log4 16
Assim, a inequação proposta é equivalente a:
Representamos o número 2 como logaritmo de base 3, isto é:
log4 (x 2 1) 1 log4 (3x 2 1)  log4 16
2 5 2  log3 3 5 log3 32 5 log3 9
Pela propriedade P6 dos logaritmos:
Assim, a inequação proposta é equivalente a:
log4 (x 2 1) 1 log4 (3x 2 1)  log4 16 ⇒
log3 (3x 2 1)  log3 9
⇒ log4 (x 2 1)(3x 2 1)  log4 16
Resolução da inequação:
Pela propriedade P2 das funções logarítmicas, temos que, Ou, ainda: log4 (3x2 2 4x 1 1)  log4 16
como a base dos logaritmos (3) é maior que 1, o sentido da Resolução da inequação:
desigualdade () se mantém para os logaritmandos, ou seja: Pela propriedade P2 das funções logarítmicas, temos que,
log3 (3x 2 1)  log3 9 ⇒ 3x 2 1  9 como a base dos logaritmos (4) é maior que 1, o sentido da
10 desigualdade () se mantém para os logaritmandos, ou seja:
 x
3 log4 (3x2 2 4x 1 1)  log4 16 ⇒ 3x2 2 4x 1 1  16
O conjunto solução S da inequação proposta é a intersecção  3x2 2 4x 2 15  0
1
do conjunto S1 dos valores reais x tais que x    (condição Estudando o sinal da função  f (x) 5 3x2 2 4x 2 15, temos:
3
de existência) com o conjunto S2 dos valores reais x tais
10
que x  :
3

ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO
� �
1
3 5 3 x
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

S1 �
3
10 x �
3
S2
x
5
S1 � S2 Logo: 3x2 2 4x 2 15  0 ⇒ x   2  ou  x  3
10 x 3
3 O conjunto solução S da inequação proposta é a intersecção do
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

conjunto S1 dos reais x tais que x  1 (condição de existência)


5

Concluindo: S 5 x [ R | x .
10
3
 com o conjunto S2 dos reais x tais que x   2 
3
ou  x  3:

b) log 0,8 (5 2 2x)  log 0,8 (x 2 1) 5



Condição de existência: 3 3
S1
5 x


5 2 2x . 0
x 2 1 . 0


 x,
2
(I)

x . 1 (II)
S2
1
x

S1 � S2
A intersecção do conjunto solução de (I) e (II) resulta na 3 x
condição de existência:


S1 5 x [ R | 1 , x ,
5
2
 Concluindo: S 5 {x  R | x  3}

Resolução da inequação: d) log 1 (x 1 1) 2 log 1 (x 2 1)    log 1 3


2 2 2
Pela propriedade P3 das funções logarítmicas, temos que,
como a base dos logaritmos (0,8) está entre 0 e 1, o sentido da Condição de existência:
desigualdade () é invertido para os logaritmandos, ou seja:
log0,8 (5 2 2x)  log0,8 (x 2 1) ⇒ 5 2 2x  x 2 1

x 1 1 . 0
x 2 1 . 0
⇒ 
x . 21 (I)
x . 1 (II)
 x2 A intersecção dos conjuntos solução de (I) e (II) resulta na
Logo: S2 5 {x  R | x < 2} condição de existência: x  1
O conjunto solução S da inequação proposta é a intersecção Preparação da inequação:
do conjunto S1 com o conjunto S2: Pela propriedade P7 dos logaritmos:
5
 log 1 (x 1 1) 2 log 1 (x 2 1)    log 1 3  ⇒
1 2 2 2 2
S1
x (x 1 1)
⇒ log 1   log 1 3
2 2 (x 2 1) 2
S2
x
Resolução da inequação:
S1 � S2 Pela propriedade P3 das funções logarítmicas, temos que,
1 2 x 1
Concluindo: S 5 {x  R | 1  x  2}
 
como a base dos logaritmos 2  está entre 0 e 1, o sentido da

desigualdade () é invertido para os logaritmandos, ou seja:


c) log4 (x 2 1) 1 log4 (3x 2 1)  2
Condição de existência: (x 1 1) x11
log 1   log 1 3 ⇒     3
2 (x 2 1) 2 x21


x.1 (I)

x3x2211..00 ⇒

x.
1
(II) Ou, ainda:   
x11
2 3  0 ⇒   
22x 1 4
0
3 x21 x21

95

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 95 3/9/10 5:31:24 PM


Estudando o sinal das funções  f (x) 5 22x 1 4, g (x) 5 x 2 1 O conjunto solução S da inequação proposta é a intersecção do
f 1
e g , temos: conjunto S1 dos reais x tais que x  (condição de existência)
3
1 7
1 2 com o conjunto S2 dos reais x tais que    x    :
3 4
x  
f � � � 1
3
S1
g � � � 1 7 x

FAUSTINO
S2 3 4
f
ILUSTRAÇÕES: FAUSTINO

� � � x
g
x S1 � S2
1 2
1 7 x
3 4
Logo: x  1 ou x  2
O conjunto solução S da inequação proposta é a intersecção do
conjunto S1 dos reais x tais que x  1 com o conjunto S2 dos reais 
Concluindo: S 5 x  R |
1
3
x 
7
4

x tais que x  1 ou x  2:
1 32. alternativa b
S1
x Pelos dados do enunciado, temos:
S2 1 2 300(1,04)n  600 ⇒ (1,04)n  2
x  log (1,04)n  log 2
log 2
S1 � S2  n  log 1,04  log 2 ⇒ n  
2 x 2log 100 1 log 104
log 2
 n   
Concluindo: S 5 {x  R | x  2} 22 1 log 104

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
31. alternativa d
log2 (2x 1 5) 2 log2 (3x 2 1)  1
Condição de existência: CC Roteiro de trabalho


5 1. Espera-se que os alunos associem a criação do logaritmo com a
x.2 (I)
2 simplificação nos cálculos que envolvem multiplicação, divisão,

2x 1 5 . 0
3x 2 1 . 0


x.
1
(II)
potenciação e radiciação.
3 2. Espera-se que os alunos percebam que a base não pode ser 1, pois

A intersecção dos conjuntos solução de (I) e (II) resulta na con- não fica garantida a existência nem a unicidade do logaritmo. Por
1 exemplo:
dição de existência: x   • x 5 log1 1 ⇒ 1x 5 1
3
Preparação da inequação: Que admitiria infinitas soluções, ou então:
• x 5 log1 5 ⇒ 1x 5 5
Representamos o número 1 como logaritmo de base 2, ou seja:
Que seria impossível.
1 5 1  log2 2 5 log2 2
Assim, a inequação proposta é equivalente a: 3. Espera-se que os alunos estabeleçam que b . 1, a função lo-
log2 (2x 1 5) 2 log2 (3x 2 1)  log2 2 garítmica é crescente. Já, se 0 , b , 1, a função logarítmica é
Pela propriedade P7: descrescente.
(2x 1 5) 4. Espera-se que os alunos percebam que a reta é o grafico de y 5 x,
log2   log2 2
(3x 2 1) e que ocorre a simetria porque a função exponencial é a inversa
Resolução da inequação: da função logarítmica.
Pela propriedade P2 das funções logarítmicas, temos que, como a
5. Espera-se que os alunos percebam que a conclusão é incorreta
base dos logaritmos (2) é maior que 1, o sentido da desigualdade
pois, pela condição de existência, x deve ser positivo. Assim, a
() se mantém para os logaritmandos, ou seja:
única resposta correta é x 5 2 2 .
(2x 1 5) 2x 1 5 4
log2  log2 2 ⇒ 2 6. Espera-se que os alunos percebam que , 1. Assim, a função
(3x 2 1) 3x 2 1 5
y 5 log 4 x é descrescente. Logo, o correto é log 4 x1 , log 4 x2 X
24x 1 7 5 5 5
 0 X x1 . x2 , ou log 4 x1 . log 4 x2 X x1 , x2.
3x 2 1
5 5
Estudando o sinal das funções  f (x) 5 24x 1 7,
g (x) 5 3x 2 1 e f , temos:
g
1 7 CC Exercícios complementares
3 4
x 1. a) Substituindo E0 por 7  1023 e I por 8 na fórmula,
f � � �
 
2 E
FAUSTINO

I5   log , temos:
3 E0
g � � �

   
f 2 E E
� � � 85  ? log   ⇒ 12 5 log
g 3 7 ? 1023 7 ? 1023

1 7 x E
3 4
 1012 5    ⇒ E 5 7  1012  1023 5 7  109
7 ? 1023
1 7
Logo:   x  Logo, a energia liberada é 7  109 kWh.
3 4

96

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 96 3/9/10 5:31:25 PM


b) Primeiro, vamos expressar E em função de I: Logo:
30 ? 109
   
2 E 3I E 30  109 5 p  230 ⇒ p 5 
I 5   ? log  ⇒  5 log 230
3 E0 2 E0

 
30 ? 109
3I
E 3I  log p 5 log  
 10  5 2
⇒ E 5 10  E0 2 230
E0
Sendo E a energia liberada quando aumentamos a intensidade  log p 5 log 30 1 9 log 10 2 30 log 2
em uma unidade, temos:  log p 5 log 3 1 log 10 1 9 log 10 2 30 log 2

3(I 1 1) 3I 3 Usando os valores da tabela, obtemos:


E 5 10 2  E0 ⇒ E 5 10 2   10 2    E0 log p 5 0,477 1 1 1 9 2 9,03 ⇒ log p 5 1,447
 p 5 101,447
3 3I 3
 E 5 10 2   10 2  E0 ⇒ E 5 10 2   E 6. alternativa a
E
 Para A 5 160, temos:
Logo, aumentando em uma unidade a intensidade, a energia 160 5 40  (1,1)t ⇒ (1,1)t 5 4
11
 10  5 log 2
3
fica multiplicada por  10 2 ou, aproximadamente, 31,6.  log (1, 1)t 5 log 4 ⇒ t  log   2

 t(log 11 2 log 10) 5 2 log 2 ⇒ t(1,04 2 1) 5 2  0,3


2. alternativa a 0,6
Substituindo B por 90 na expressão dada, determinamos a inten- t 5 15
0,04
sidade IQ do som da orquestra: Logo, a planta terá altura de 1,6 metro aproximadamente aos
15 anos.
 I   ⇒ 9 5 log  I 
IQ IQ
90 5 10log 7. Sendo a e b o número de tartarugas das espécies A e B, respec-
0 0
tivamente, e t o tempo decorrido, em ano, após a observação
IQ inicial, temos:
 109 5 
I0
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

a 5 400(1 2 0,2)t  e  b 5 200(1 1 0,1)t


 IQ 5 109  I0 Para as populações serem iguais, devemos ter:
400 1,1 t
Substituindo B por 60 na expressão dada, determinamos a inten-
sidade IC do som da conversação normal:
400(0,8)t 5 200(1,1)t ⇒
200
 5 
0,8 
11 t

 8  ⇒ log 2 5 t (log 11 2 3log 2)


   
I I  2 5 
60 5 10log  C  ⇒ 6 5 log  C
I0 I0
 0,30 5 t (1,04 2 0,90) ⇒ 0,30 5 t  0,14
I  t  2,14
 106 5  C
I0 Logo, as populações serão iguais decorridos, aproximadamente,
2,14 anos.
 IC 5 I0  106
8. a) Para t 5 0, temos Q 5 1; logo:
Comparando as intensidades do som de uma orquestra com o 10k
som de uma conversação normal, temos:   1 5 log  ⇒ 10k 5 101
011
IQ I ? 109  k51
  5  0 5 103 5 1.000
IC I0 ? 106 Logo: k 5 1
b) A experiência terminará quando a quantidade de água no
 IQ 5 1.000  IC
recipiente for nula, ou seja, no tempo t tal que Q(t) 5 0.
3. alternativa c 10 10
0 5 log   ⇒ 100 5 
1 t11 t11
 2  5 x ⇒ 2 12 5 x
12
 t 1 1 5 10 ⇒ t 5 9
1
1 Portanto, a experiência terminará decorridas 9 horas.
 log 2 12 5 log x ⇒    ? log 2 5 log x
12 9. alternativa d
1
   ? 0,3 5 log x ⇒ 0,025 5 log x f (t) 5 7  (1,04)t 2 90, para 90  t  130
12
Queremos determinar a temperatura t quando a pressão interna
Pela tabela, temos: x 5 1,059 5 105,9% for  f (t) 5 15,33. Ou seja:
Logo, a frequência de cada nota é 105,9% da frequência da nota
15,33 5 7  (1,04)t 2 90 ⇒ 2,19 5 1,04t 2 90
imediatamente abaixo. Isso significa um aumento de 5,9%.
 log 2,19 5 (t 2 90)  log 1,04 ⇒
t
4. m(t) 5 m0   10 70 ⇒ log 219 2 log 100 5 (t 2 90)  (log 104 2 log 100)
 2,34 2 2 5 (t 2 90)  (2,02 2 2) ⇒
a) log 8 5 log 23 5 3log 2 5 3  0,3 5 0,9
m ⇒ 0,34 5 (t 2 90)  (0,2)
b) Substituímos m(t) por   0 :  17 5 t 2 90 ⇒ t 5 107
8
Logo, a temperatura no interior da panela é 107 °C.
m0 t t
5 m0   10 70
 ⇒ 223 5  10 70
10. alternativa e
8
As cidades A e B terão o mesmo número de habitantes quando
t
t
 log 223 5 log 10 70
  ⇒ 2log 8 52    log 10 A(t) 5 B(t). Assim:
70
t A(t) 5 B(t) ⇒ log4 (2 1 t)5 5 log2 (2t 1 4)2
 20,9 5  2 ⇒ t 5 63
70 log2 (2 1 t)5
  5 log2 (2t 1 4)2 ⇒
Logo, demorará 63 anos para o elemento se decompor a um 2
oitavo de sua massa inicial. ⇒ log2 (2 1 t)5 5 log2 (2t 1 4)4
 (2 1 t)5 5 (2t 1 4)4 ⇒ (2 1 t)5 2 24(2 1 t)4 5 0
5. Sabendo que 1 gigabyte equivale a 109 bytes:
 (2 1 t)4(2 1 t 2 16) 5 0 ⇒ t 5 22 (não convém) ou  t 5 14
30 gigabytes 5 30  109 bytes

97

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11. Sejam A(t) 5 284,5(1,2) e B(t) 5 728,32(1,1) as equações que c) De acordo com o enunciado, temos:
t t

calculam o número de usuários dos países A e B, respectivamente, n 5 1 ⇒ a1 5 12 1 1 5 2
daqui a t anos. De acordo com o enunciado, devemos ter: n 5 2 ⇒ a2 5 22 1 2 5 6
n 5 3 ⇒ a3 5 32 1 3 5 12
1,2 t
284,5(1,2)t  728,32  (1,1)t ⇒   1,1   2,56 n 5 4 ⇒ a4 5 42 1 4 5 20
Portanto, a sequência é: (2, 6, 12, 20, ...)
22 ? 3 28

 t log   
11   log 10 2
 ⇒ 3. a) Dividindo 23 por 4, obtém-se quociente 5 e resto 3. Isso
significa que na primeira troca o cliente ficará com 5 livros
⇒ t (2log 2 1 log 3 2 log 11)  8log 2 2 2log 10 novos e 3 já lidos.
 t (0,6 1 0,48 2 1,04)  2,4 2 2 ⇒ t ? 0,04  0,4
Para a segunda troca, o cliente possui 8 livros. Dividindo 8
 t  10
por 4, obtém-se quociente 2 e resto zero. Isso significa que
Assim, o número mínimo de anos necessários é 11.
na segunda troca o cliente ficará com 2 livros novos.
Assim, o cliente poderá ler 7 livros novos dessa livraria, sem
CC Matemática sem fronteiras nenhum custo.
crescimento b) Repetindo o raciocínio do item a, temos:
1. 1996 - 147.826 cabeças de gado
1.452.174 cabeças
2006 - 1.600.000 cabeças de gado de gado
Total de livros do
Divisão Quociente Resto
Assim, o percentual de crescimento é dado pela razão: cliente após a troca
1.452.174
≈ 9,82 505 por 4 126 1 126 novos e 1 já lido
147.826
982
Como 9,82 5 5 982%, concluímos que de 1996 a 2006 127 por 4 31 3 31 novos e 3 já lidos
100
o crescimento foi, aproximadamente, 982%.
34 por 4 8 2 8 novos e 2 já lidos
2. 1.600.000 5 147.826 ? (1 1 x)10

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Substituindo (1 1 x) por y, temos:
10 por 4 2 2 2 novos e 2 já lidos
1.600.000 5 147.826 ? y10
10,82 5 y10 ⇒ 10 5 logy 10,82
4 por 4 1 0 1 novo
Pela P8, transformamos o logaritmo na base 10:
log 10,82 Assim, a sequência pedida é:
10 5
log y (126, 31, 8, 2, 1)
log 10,82 1,034 4. a) Os doze primeiros termos da sequência de Fibonacci são:
 log y 5 5 5 0,1034 ⇒ y 5 100,1034 ≈ 1,269
10 10 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144
Como y 5 1 1 x: x 5 1,269 2 1 5 0,269 b) Temos:
a1 5 1
Logo, a taxa de crescimento anual é aproximadamente 26,9%.
a2 5 1
3. 1.000.000 5 147.826 (1,269)t e  an 5 an – 1 1 an – 2 , n  N, com n > 3
6,76 5 (1,269)t Logo, a lei de formação é:
t 5 log1,269 6,76, pela P8, transformamos o logaritmo na base 10: a1 5 a2 5 1
log 6,76 
an 5 an 1 1 1 an 2 2 , n  N, com n > 3
t5
log 1,269
5. a) Como os mosaicos são formados por quadrados, no 15o mo-
0,8
 t≈ ≈ 8 anos saico teremos um quadrado de 15 3 15 azulejos brancos.
0,1
Logo, sendo a15 o número de azulejos brancos no 15o mosaico,
Logo, o tempo transcorrido é aproximadamente oito anos.
temos:
a15 5 152 5 225
Portanto, o 15o mosaico terá 225 azulejos brancos.
b) Raciocinando como no item a, temos: an 5 n2
Capítulo 11 c) Como o quadrado branco é composto por n 3 n azulejos
brancos, o número de azulejos pretos varia de acordo com os
n azulejos brancos. Como o quadrado é formado por 4 lados,
CC Exercícios propostos
teremos 4n 1 4 azulejos pretos, de acordo com o esquema:
1. Na sequência dada, os termos são: n
a1 5 5 a5 5 6
a2 5 24 a6 5 6
a3 5 8 a7 5 6
FAUSTINO

a4 5  3 
n
2. a) Dadas as informações da sequência, temos:
a1 5 4
n 5 1 ⇒ a2 5 5 1 a1 5 5 1 4 5 9
n 5 2 ⇒ a3 5 5 1 a2 5 5 1 9 5 14
n 5 3 ⇒ a4 5 5 1 a3 5 5 1 14 5 19 Somamos 4 azulejos, referentes aos vértices do quadrado
Portanto, a sequência é: (4, 9, 14, 19, ...) preto.
b) De acordo com o enunciado, temos: Logo, para n 5 20 temos que o total pn azulejos pretos é
n 5 1 ⇒ a1 5 2  1 1 5 5 7 dado por:
n 5 2 ⇒ a2 5 2  2 1 5 5 9 p20 5 20  4 1 4 5 84
n 5 3 ⇒ a3 5 2  3 1 5 5 11 Portanto, o 20º mosaico dessa sequência terá 84 azulejos
n 5 4 ⇒ a4 5 2  4 1 5 5 13 pretos.
Portanto, a sequência é: (7, 9, 11, 13, ...) d) Raciocinando como no item c, temos: pn 5 4n 1 4

98

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 98 3/9/10 5:31:27 PM


6. alternativa a 17. alternativa c
P(n) Observando a evolução nos quatro primeiros minutos, nota-
Como    1.024, temos:
Q(n) mos que os números de vírus 1, 5, 9 e 13 formam uma P.A. de
4n razão 4.
   n > 1.024 ⇒ 2n  1.024
2 Aplicando a fórmula do termo geral an 5 a1 1 (n 2 1)  r, para
 2n  210 ⇒ n  10 n 5 60, temos:
7. a) (6, 11, 16, 21, 26, 31) é P.A. de razão 5. a60 5 1 1 (60 2 1)  4 ⇒ a60 5 237
b) (1, 4, 9, 16, 25, 36, 49, 64, 81) não é P.A. Logo, no 60o minuto haverá 237 vírus.

4 5 6 7 8 9 10 11 1 18. Temos que o 1o cone está no quilômetro 0 (zero) e o 261o cone está
c) 3, , , ,
3 3 3 3 3 3 3
, , , 
é P.A. de razão 5
3
. no quilômetro 13. Como os cones estão igualmente espaçados, as
8. a) (5, 2, 21, 24, …) P.A. decrescente distâncias entre cada cone e o início da serra formam uma P.A. de
razão r, em que r é a distância, em quilômetro, entre dois cones
b) (23, 23, 23, 23, …) P.A. constante
c) (10, 18, 26, 34, …) P.A. crescente consecutivos quaisquer. Sabendo que o termo geral da P.A. é
am 5 an 1 (m 2 n)r, temos:
1 2 x 1 2x 2 1
9. x 2 2 5 ⇒x54 a261 5 a1 1 (261 2 1)r ⇒ 13 5 0 1 260r
2
 r 5 0,05
10. Dada a P.A. (2, 13, 24, 35, ...), temos:
Logo, a distância entre dois cones consecutivos é 0,05 km ou 50 m.
a1 5 2  e  a2 5 13
Assim, a razão r é dada por: 19. alternativa c
r 5 a2 2 a1 5 13 2 2 5 11 Como a diferença entre as frequências de duas emissoras
Aplicando a fórmula do termo geral an 5 a1 1 (n 2 1)r, para n 5 40, consecutivas deve ser 0,2 MHz, temos que todas as frequências
concluímos: de uma determinada região formam uma P.A. de razão r 5 0,2,
a40 5 2 1 (40 2 1)11 5 431 com a1 5 87,9 e an 5 107,9.
Portanto, o 40º termo da P.A. é: a40 5 431 Para saber o número máximo de emissoras, basta determinar o
11. Temos a P.A. (2, 8, 14, 20, ...). Então: número de elementos dessa P.A., ou seja, determinar n tal que
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

a1 5 2  e  a2 5 8 an 5 107,9.
Assim, a razão r da P.A. é dada por: A fórmula do termo geral é dada por an 5 a1 1 (n 2 1)r, assim:
r 5 a2 2 a1 5 8 2 2 5 6 107,9 5 87,9 1 (n 2 1)  0,2 ⇒ n 5 101
Aplicando a fórmula do termo geral a n 5 a 1 1 (n 2 1)r, 20. Sendo an o termo médio da P.A., temos:
concluímos:
an 5 4 ? a1 (I)

an 5 2 1 (n 2 1)6 5 6n 2 4
a 1 42
12. Aplicando a fórmula do termo geral an 5 a1 1 (n 2 1)r, para an 5 1 (II)
n 5 11, temos: 2
a11 5 a1 1 10r ⇒ 29k 2 18 5 a1 1 (11 2 1)(2 2 k) Substituindo (I) em (II), concluímos:
 29k 2 18 5 a1 1 20 2 10k a 1 42
4a1 5 1 ⇒ a1 5 6
 a1 5 39k 2 38 2
Logo, o 1o termo da P.A. é: a1 5 39k 2 38 Logo, o primeiro termo da P.A. é 6.
13. Dada a P.A. (3, 7, 11, ..., 99), temos que a razão r é:
21. A sequência (2x 2 2, 3x 2 1, 2x 1 6) é uma P.A. se, e somente se:
r 5 a2 2 a1 5 7 2 3 5 4
2x 2 2 1 2x 1 6
Aplicando a fórmula do termo geral an 5 a1 1 (n 2 1)r, para 3x 2 1 5
an 5 99, temos: 2
 6x 2 2 5 4x 1 4 ⇒ x 5 3
99 5 3 1 (n 2 1)4 ⇒ n 5 25
Logo, a P.A. tem 25 termos. 22. A sequência das distâncias ao ponto O formam a P.A:

14. Queremos interpolar 6 meios aritméticos entre 2 e 10, nessa (x 1 20, 3x 1 10, 4x 1 30)
ordem. Então teremos uma P.A. com oito termos, sendo a1 5 2 x 1 20 1 4x 1 30
Pela P2, temos: 3x 1 10 5
e  a8 5 10. 2
 6x 1 20 5 5x 1 50 ⇒ x 5 30
Logo: Logo, ao final dos três segundos, a distância, em metro, ao
a8 5 a1 1 7r ⇒ 10 5 2 1 7r ponto O era de:
8 4 ? (30) 1 30 5 150, ou seja, 150 m.
 r 5 
7 23. Pela P2, temos:
22 30 38 46 54 62
Logo, P.A. é : 2,, ,
7 7 7 7 7 7
, , , , 10  x2 2 4 5
3x 2 1 1 x 2 1
, ou seja, x2 2 2x 2 3 5 0
2
15. Do enunciado, temos:
a2 1 a3 5 11 ⇒ a1 1 r 1 a1 1 2r 5 11  5 (22)2 2 4 ? 1 ? (23) 5 16
a4 1 a7 5 21 ⇒ a1 1 3r 1 a1 1 6r 5 21 2(22) 6  16 
x5 ⇒ x 5 3 ou x 5 21
Temos, então, o sistema: 2?1
2a1 1 3r 5 11 (I)
2a1 1 9r 5 21 (II)
• Para x 5 3, temos a P.A. (2, 5, 8).
• Para x 5 21, temos a P.A. (22, 23, 24).
Subtraímos, membro a membro, (I) e (II), obtendo: Logo, para que essa P.A. seja crescente, devemos ter x 5 3.
5
26r 5 210 ⇒ r 5 24. Representando a P.A. por (x 2 r, x, x 1 r), temos:
3 5 x 2 r 1 x 1 x 1 r 5 6 ⇒ x 5 2 (I)
Portanto, concluímos que a razão da P.A. é: r 5
3  (x 2 r)x(x 1 r) 5 224 (II)
16. Temos:
Substituímos (I) em (II):
a32 5 a20 1 12r ⇒ 8 5 5 1 12r (2 2 r) ? 2 ? (2 1 r) 5 224 ⇒ 4 2 r2 5 212
1  r2 5 16 ⇒ r 5 64
 r 5 
4 Como a P.A. é decrescente, só nos interessa r 5 24.
1
Logo, a razão da P.A. é: r 5   Temos, então, a P.A.: (6, 2, 22)
4

99

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25. alternativa d (1 1 n)n
820 5   ⇒ 1.640 5 n 1 n2
Indicando por (x 2 r, x, x 1 r) a P.A. crescente formada pelas 2
medidas dos ângulos internos do triângulo, temos:  n2 1 n 2 1.640 5 0
x 2 r 1 x 1 x 1 r 5 180° x 5 60°  5 1 1 6.560 5 6.561
x 1 r 5 2(x 2 r) ⇒ x 5 3r 21 6  6.561  21 6 81
Logo, x 5 60° e r 5 20° e, portanto, o maior ângulo interno do  n 5   5 ⇒ n 5 40  ou  n 5 241
2 2
triângulo mede 80°. Temos que n 5 40, pois n representa a quantidade de tijolos.
26. Representando a P.A. por (x 2 r, x, x 1 r), temos: Como an 5 n, a primeira fileira deverá ser composta por
40 tijolos.
x 2 r 1 x 1 x 1 r 5 2.790 ⇒ x 5 930
Logo, o valor aplicado no segundo mês foi R$ 930,00. 33. As áreas desmatadas nos dias desse mês formam uma P.A. em
que o primeiro termo é a1 5 50 e a razão é r 5 4.
27. Sabendo que an 5 a1 1 (n 2 1) ? r, temos que o 30o termo a30 é:
a) Para n 5 20, temos:
a30 5 215 1 (30 2 1)  4 5 101
a20 5 50 1 (20 2 1)4 5 126
(a1 1 an) ? n
Aplicando a fórmula Sn 5  para n 5 30, temos: Logo, no 20o dia do mês foram desmatados 126 ha.
2 (a1 1 an) ? n
(215 1 101) ? 30 b) Sabendo que Sn 5 ,  temos:
S30 5 5 1.290 2
2 (50 1 126) ? 20
S20 5   5 1.760
28. Os múltiplos positivos de 9 menores que 100 formam uma P.A. 2
de 1o termo 9 e razão r 5 9. Logo, nos primeiros 20 dias desse mês foram desmatados
1.760 ha.
Sabemos que essa P.A. tem 11 termos e é dada por:
(9, 18, 27, ..., 90, 99) 34. Os números de poltronas das fileiras formam uma P.A. tal que o
(a1 1 an) ? n termo inicial é a1 5 20, a razão é r 5 2 e o número de termos é
Como Sn 5   é a soma dos n primeiros termos da n 5 16.
2
Para calcular quantas poltronas teremos na última fileira, apli-
P.A., concluímos:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
camos a fórmula do termo geral:
(9 1 99) ? 11
S11 5   5 594 an 5 a1 1 (n 2 1)r ⇒ a16 5 20 1 (16 2 1)2
2
Portanto, a soma dos múltiplos positivos de 9 menores que  a16 5 50
(a1 1 an) ? n
100 é 594. Como Sn 5 é a soma dos n termos da P.A., temos:
2
29. Os múltiplos de 2 e 3 são, simultaneamente, todos os múlti- (20 1 50) ? 16
plos de 6. S16 5 5 560
2
Esses múltiplos, compreendidos entre 100 e 700, formam uma P.A. Então, esse cinema terá 560 poltronas.
cuja razão é 6, o 1o termo é a1 5 102 e o último termo é an 5 696.
Temos então a P.A.: 35. a) Temos do enunciado:
(102, 108, 114, ..., 696) n 5 1 ⇒ a1 5 3  21 2 1 5 3
O número n de termos dessa P.A. pode ser calculado por: n 5 2 ⇒ a2 5 3  22 2 1 5 6
n 5 3 ⇒ a3 5 3  23 2 1 5 12
an 5 a1 1 (n 2 1)  6 ⇒ 696 5 102 1 (n 2 1)  6 n 5 4 ⇒ a4 5 3  24 2 1 5 24
 n 5 100 n 5 5 ⇒ a5 5 3  25 2 1 5 48
(a 1 an) ? n
Pela fórmula Sn 5 1 , com n 5 100, concluímos: n 5 6 ⇒ a6 5 3  26 2 1 5 96
2 Então, a sequência é:
(102 1 696) ? 100 (3, 6, 12, 24, 48, 96)
S100 5    5 39.900 a
2 Essa sequência é uma P.G., pois n 1 1  5 q 5 2, para qualquer
an
n, com n  N* e n < 6.
30. a) Sendo a1 5 2 e a2 5 7, a razão r da P.A. é dada por:
r 5 a2 2 a1 5 7 2 2 5 5 b) Do enunciado:
Logo, o n-ésimo termo é: n 5 1 ⇒ a1 5 (1 2 1)2 5 0
an 5 2 1 (n 2 1)5 ⇒ an 5 5n 2 3 n 5 2 ⇒ a2 5 (2 2 1)2 5 1
n 5 3 ⇒ a3 5 (3 2 1)2 5 4
b) Sabemos que a soma dos n primeiros termos da P.A. é
n 5 4 ⇒ a4 5 (4 2 1)2 5 9
(a 1 an) ? n
Sn 5 1 . Logo: n 5 5 ⇒ a5 5 (5 2 1)2 5 16
2
Logo, a sequência é:
(2 1 an)n (2 1 5n 2 3)n 5n2 2 n
Sn 5 5 5 (0, 1, 4, 9, 16)
2 2 2 a
Como a razão entre dois termos consecutivos quaisquer, n 1 1 ,
31. Os n primeiros números naturais ímpares formam a P.A.: an
não é constante, a sequência não é uma P.G.
(1, 3, 5, ..., 2n 2 1)
(a1 1 an) n c) Temos:
Sabemos que Sn 5    é a soma dos n primeiros n 5 1 ⇒ a1 5 52 2 1 5 5
2
termos da P.A.; logo: n 5 2 ⇒ a2 5 52 2 2 5 1
(1 1 2n 2 1)n 2n2 1
Sn 5   5   5 n2 n 5 3 ⇒ a3 5 52 2 3 5
2 2 5
Logo, a soma dos n primeiros números ímpares naturais é n2. 1
n 5 4 ⇒ a4 5 52 2 4 5
25
32. alternativa c
1
O número de tijolos da fileira superior para a inferior forma uma n 5 5 ⇒ a5 5 52 2 5 5
P.A. tal que a1 5 1 e r 5 1. Logo: 125
1
(1, 2, 3, ..., an) n 5 6 ⇒ a6 5 52 2 6 5 
Temos: 625
an 5 a1 1 (n 2 1)  r 5 1 1 (n 2 1)  1 5 r Então, a sequência é dada por:
1 1 1 1
Pela fórmula Sn 5  
(a1 1 an) n
2
: 5, 1, , ,
5 25 125 625
, 

100

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 100 3/9/10 5:31:28 PM


Temos: 1 1 n21
1 35
a
n 1 1  5 q 5 
1 310
5 243  
3   ⇒  
3 10
5  n 2 1
3
an 5
a  3n 2 1 5 315 ⇒ n 2 1 5 15
Como a razão entre dois termos consecutivos quaisquer n 1 1
an  n 5 16
é constante, a sequência é uma P.G. Logo, essa P.G. tem 16 termos.
d) Temos: 43. Queremos interpolar 4 meios geométricos entre 1 e 7, nessa
1
n 5 1 ⇒ a1 5 (21)1  21 2 4 5 2 ordem. Teremos, assim, uma P.G. com seis termos, sendo
8
a1 5 1  e  a6 5 7.
1
n 5 2 ⇒ a2 5 (21)  2
2 224
5  Usando a fórmula do termo geral da P.G., temos:
4
a6 5 a1  q 5
1 7 5 1  q 5 ⇒ q 5   5
 7
n 5 3 ⇒ a3 5 (21)3  23 2 4 5 2
2 Assim, interpolando 4 meios geométricos entre 1 e 7 temos a
n 5 4 ⇒ a4 5 (21)4  24 2 4 5 1 sequência:
Então, a sequência é:  1,  
5
 7 ,   7  ,   7  ,  7  , 7
5 2 5 3 5 4

1 1 1
2 8 , 4 , 2 2 , 1 44. Aplicando a fórmula do termo geral da P.G., an 5 a1  q n 2 1,
temos:
a5 1 a8 5 9 a1 ? q4 1 a1 ? q7 5 9
Temos:
a  ⇒
a7 1 a10 5 1 a ? q 1 a ? q 5 1
1
6
1
9
n 1 1   5 q 5 22
an
a ? q (1 1 q ) 5 9 (I)
4 3

Logo, essa sequência é uma P.G., pois a razão entre dois termos
 1

a1 ? q6 (1 1 q3) 5 1 (II)
consecutivos quaisquer é constante.
Dividindo membro a membro (II) por (I), temos:
a39 5 1 1 1
36. q 5  ⇒ q 5 5  q2 5   ⇒ q56
a38 15 3 9 3
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

1
37. alternativa b Como a P.G. é oscilante, concluímos que: q 5 2
3
Sendo x o termo a1 dessa progressão, temos: 45. alternativa e
a2 5 x 1 0,1x 5 1,1x
Sendo n a medida do lado do quadrado n, a medida n 1 1 do lado
a3 5 1,1x 1 0,1 ? 1,1x 5 1,1x(1 1 0,1) 5 (1,1)2x
do quadrado (n 1 1), imediatamente interior, é dada por:
a 5 (1,1)2x 1 0,1 ? (1,1)2x 5 (1,1)2x ? (1 1 0,1) 5 (1,1)3x
.. 4 n 2
n 2
n  2 
.
Assim, temos que cada termo da sequência (an), a partir do  2  1  2   5 ( n11
)2 ⇒ n 1 1 5  
2

segundo, é igual ao produto do termo anterior por 1,1. Trata-se,
�n
11
portanto, de uma P.G. de razão 1,1 ou, ainda, . �n
10
2
38. Sendo q a razão da P.G., temos:
768 1
q 5    5  

FAUSTINO
1.536 2 �n
2 �n � 1
Aplicando a fórmula do termo geral da P.G.,
an 5 a1  q n 2 1, para n 5 14, temos:
1 13 1.536 3
a14 5 1.536 
2  5
8.192
  5
16
3
Portanto, o 14o termo da sequência é: 
16

39. Temos que a razão da P.G. é q 5 2.


O 1o quadrado tem 24 cm de perímetro e, portanto, 6 cm de lado.
Aplicando a fórmula do termo geral da P.G., an 5 a1  qn 2 1, As medidas dos lados dos quadrados formam uma P.G. em que
temos:
 2 
an 5 3  2 n 2 1 o 1o termo é 1 5 6 e a razão é q 5   .
14
2
40. a15 5 a1  q 14 ⇒ 5 5 a1   
7
 3   Assim, a medida do lado do décimo quadrado é:
5 9
 a1 5 
9 10 5 1  q 9 ⇒ 10 5 6    
28
2  2 
  5 3    
 2 9

41. Aplicando a fórmula do termo geral da P.G., an 5 a1  q n 2 1, Portanto, a área A desse quadrado, em centímetro quadrado, é:
temos: 2

  2 9
 5 92? 2 9 9
9
a6 5 a1  q 5  e  a4 5 a1  q 3 A 5  3   5   5  
Assim: 28 16
27 128
a6 5 a1  a4 ⇒ a1  q 5 5 a1  a1  q 3
 a1 5 q 2 46. alternativa c
2 4 Os números da 2 a coluna da tabela formam a P.G. com
Como q 5 , temos: a1 5 
3 9 a1 5 100 e q 5 2.
Portanto, a P.G. é: Como 4 h 5 240 min e equivalem a 12 períodos de 20 min,
temos que o número n de bactérias após 4 horas do início do
4 8 16 32
 9 , 27 , ,
81 243 
, ... experimento é dado por:
n 5 100 ? 212 5 409.600
42. A razão q da P.G. é dada por:
47. Os números de pessoas que receberam as cartas a cada geração
a2 81 1 formam uma P.G. de razão q 5 10.
q5 5 5
a1 243 3 Considerando a 1a geração de destinatários como termo inicial,
Aplicando a fórmula do termo geral da P.G., an 5 a1  q n 2 1, temos: a1 5 50
temos:

101

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Aplicando a fórmula do termo geral da P.G., temos: Resolvendo essa equação para q . 0, obtemos:
a6 5 50  106 2 1 5 50  105 5 5.000.000
Logo, na 6a geração serão 5 milhões de destinatários. q5 ≈ 1,2
48. A sequência de três termos tem o primeiro termo não nulo (21).
1,q,2
Logo, essa sequência é P.G. se, e somente se, (x 2 1)2 5 (21)(4x 2 1),
ou seja: 55. Temos que a razão da P.G. é:
x2 2 2x 1 1 5 24x 1 1 ⇒ x2 1 2x 5 0 2
q 5   52
 x(x 1 2) 5 0 ⇒ x 5 0 ou x 5 22 1 a (1 2 qn)
Logo, para a sequência apresentada ser uma P.G. devemos ter: Aplicando a fórmula Sn 5 1  , da soma dos n primeiros
12q
x 5 0 ou x 5 22
termos da P.G., temos, para n 5 10:
49. Devemos ter:
(3x 2 2) 5 5x(x 1 1)
2 1(1 2 210) 21.023
S10 5   5   5 1.023
 9x2 2 12x 1 4 5 5x2 1 5x ⇒ 122 21
4x2 2 17x 1 4 5 0
 5 (217)2 24 ? 4 ? 4 5 225 56. a) Temos: q 5 21  e  a1 5 1
Como a soma dos n primeiros termos da P.G. é dada por
2(217) 6  225  17 6 15 1
x5 5 ⇒ x 5 4 ou x 5 a (1 2 qn)
2?4 8 4 Sn 5  1  , temos, para n 5 50:
(1 2 q)
• Para x 5 4, temos a P.G. (5, 10, 20), que é uma P.G. crescente. 1[1 2 (2150)] 121
1 5 5 5 S50 5   5    5 0
• Para x 5 , temos a P.G.
4 4 
,2 ,
4 4 
, que é uma P.G. 1 2 (21) 2
b) Baseado no item a, para n 5 51 temos:
oscilante da razão 21.
Logo, para a sequência apresentada ser uma P.G. crescente 1[1 2 (2151)] 111
S51 5   5    5 1
devemos ter: x 5 4 1 2 (21) 2

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a1c 57. Pela fórmula da soma dos n primeiros termos da P.G.,
50.
 45
2


4 5 a ? (c 1 2)
2

 a1c58

ac 1 2a 5 16 Sn 5 
a1(1 2 qn)
12q
, temos:

Então: a1(1 2 28)


765 5   ⇒ 2765 5 a1 (2255)
a ? (8 2 a) 1 2a 5 16 ⇒ 2a2 1 10a 2 16 5 0 122
 5 (10)2 2 4 (21)(216) 5 36  a1 5 3
Logo, o primeiro termo dessa P.G. é 3.
210 6  36  210 6 6
a5  5 ⇒ a 5 8 ou a 5 2 58. Espera-se que os alunos respondam que, se a P.G. for constante
2(21) 22
(a1, a1, a1, ...), a soma dos n primeiros termos será a soma de
• Para a 5 8, temos c 5 0. n parcelas iguais a a1 e, portanto: Sn 5 n ? a1
• Para a 5 2, temos c 5 6.
Logo: (a 5 8 e c 5 0) ou (a 5 2 e c 5 6) 59. alternativa a

51. Sabendo que o primeiro termo é a1, o termo médio é an 5  a1  e Os números de pessoas das gerações anteriores à minha for-
o último termo é x, temos: mam uma P.G. em que a 1a geração é o primeiro termo, ou seja,
2 a1 5 2, e a razão é q 5 2.
(an)2 5 a1 ? x ⇒   a1  5 a1 ? x Assim:
x51 2(1 2 220)
S20 5    5 22(1 2 220) 5 22(1 2 1.048.576) 5 2.097.150
122
Logo, o último termo dessa P.G. é 1. Portanto, o número de meus antepassados até a 20a geração
52. A sequência de valores do imóvel forma a P.G.: anterior à minha é maior que 2 milhões.
(100, x 1 30, 2x 2 39) 60. a) Como a cada semana as vendas devem dobrar, temos que os
Então: números de cópias vendidas formam uma P.G. com q 5 2
(x 1 30)2 5 100(2x 2 39) ⇒ x2 1 60x 1 900 5 200x 2 3900  e  a1 5 20.
 x2 2 140x 1 4.800 5 0 Aplicando a fórmula do termo geral da P.G., an 5 a1  q n 2 1,
 5 (140)2 2 4 ? 1 ? 4.800 5 400 para an 5 10.240, temos:
140 6  400  10.240 5 20  2n 2 1 ⇒ 512 5 2n 2 1
x5  ⇒ x 5 80 ou x 5 60
2  29 5 2n 2 1 ⇒ 9 5 n 2 1
Para essa P.G. ser crescente, pois o imóvel se valorizou, devemos  n 5 10
ter: x 5 80 Logo, o CD venderá 10.240 cópias na 10a semana.
Logo, o valor final do apartamento foi R$ 121.000,00. a (1 2 qn)
b) Aplicando a fórmula Sn 5 1 , da soma dos n primeiros
 q , x, xq , temos:
x 12q
53. Indicando a P.G. por
termos da P.G., temos, para n 5 10:
x 1 1

 
? x ? xq 5 x5 20 ? (1 2 210)
q 8 2 S10 5    5 220  (1 2 1.024) 5 20.460
⇒ 122
x x
1 x 5 2 1x52 Logo, até a 10 semana terão sido vendidas 20.460 cópias.
a
q q
1 1 a1 45 45 135
Resolvendo o sistema, obtemos: x 5 eq5 61. S 5 ⇒ S 5 5 5
2 3 12q 1 2 2
3 1 1 12
Logo, a P.G. é: 
,
2 2 6
,  3 3
x 5
54. alternativa c 62. 5 5 ⇒x 5
1 2
Sendo x, xq, xq2, as medidas do cateto menor, do cateto maior 12
e da hipotenusa, respectivamente, temos, pelo teorema de 2
Pitágoras: 9 3 1
(xq)2 5 x2 1 (xq)2 ⇒ q4 2 q2 2 1 5 0 63. 5 ⇒ q5
2 12q 3

102

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0,8 44 2. alternativa b
64. D 5 4 1 5
1 2 0,1 9 Observando o esquema abaixo, constatamos que a cada sete
65. Os perímetros dos triângulos, em centímetro, formam a seguinte dias a sequência de dias da semana S 5 (sáb., 4a f, dom., 5a f, 2a f,
P.G. infinita: 6af, 3a f ) se repete:
5 1a 2a 3a 4a 5a 6 a 7a
20, 10, 5,
2
, ...  Sáb. 4a f Dom. 5a f 2a f 6a f 3a f
Logo, a soma dos infinitos perímetros é:
20 8a 9a 10a 11a 12a 13a 14a 98a
S 5 cm 5 40 cm Sáb. 4a f Dom. 5a f 2a f 6a f 3a f ... ... 3a f
1
12
2
Dividindo 100 por 7, obtemos:
66. As distâncias, em metro, percorridas em alguns segundos após 100 5 14 ? 7 1 2
5 Assim, na 100a vez ele terá completado catorze sequências S e
a freada são os primeiros termos da P.G. 20, 5,
4 
, ... . Como a
terá nadado mais dois dias: sábado e 4a feira.
80 Logo, na 100a vez, José foi nadar na 4a feira.
soma dos infinitos termos dessa P.G. é ≈ 26,66, que é menor
3
3. a) Se a velocidade de um maratonista é 5 m/s, em 10 minutos, ou
que 100, concluímos que não haverá o choque do caminhão
600 segundos, o maratonista percorrerá 3.000 m ou 3 km.
com a pedra. Como a maratona tem 42 km e haverá um ponto de apoio a
cada 3 km, teremos 14 pontos ao longo da maratona.
b) A distância é 3.000 m.
CC Roteiro de trabalho
4. alternativa a
1. Sequência finita é toda função de domínio A 5 {1, 2, 3, ..., n}, Os anos em que o corpo celeste pode ser visto da Terra a olho nu
com A y N*, e contradomínio B, sendo B um conjunto qualquer podem ser representados pela P.A. de razão r 5 263:
não vazio. (1968, 1905, 1842, ...)
Sequência infinita é toda função de domínio N* 5 {1, 2, 3, 4, ...} e O primeiro ano da era cristã é o último termo da P.A. tal que
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

contradomínio B, sendo B um conjunto qualquer não vazio. an > 0. Assim:


2. a) Resposta pessoal
an > 0 ⇒ 1968 1 (n 2 1)  (263) > 0

2031
b) Consideremos a P.A. de razão r:  2031 2 63n > 0 ⇒ n <  32,24
(a1, a2, a3, a4, ..., an, ...) 63
Qualquer termo dessa P.A. pode ser expresso em função da Então, o maior valor inteiro de n que satisfaz an > 0 é 32.
razão r e do primeiro termo (a1), ou seja: Assim, temos:
(a1 1 0r, a1 1 r, a1 1 2r, a1 1 3r, ...) a32 5 1968 1 (32 2 1)  (263) ⇒ a32 5 15
Logo, o primeiro ano do calendário cristão em que o corpo esteve


a1 a2 a3 a4 visível foi o ano 15.


Observando que em cada termo o coeficiente de r tem uma
5. alternativa b
unidade a menos que o índice do termo indicado pelas
chaves, concluímos que a fórmula do termo geral pode ser Sabemos que o século XXI vai de 2001 até 2100.
expressa por: Como 2.100 é o único múltiplo de 100 desse intervalo, e como
an 5 a1 1 (n 2 1)r nesse intervalo não há múltiplo de 400, temos que os anos
c) A representação gráfica da P.A. (a1, a2, a3, ..., an, ...) é formada bissextos desse período formam uma P.A. de 2.004 até 2.096,
por todos os pontos (n, an) do plano cartesiano. de razão r 5 4.
Dada uma P.A. de termo geral an, sua representação gráfica Da fórmula do termo geral, temos:
no plano cartesiano é formada por pontos que pertencem à an 5 a1 1 (n 2 1)r ⇒ 2.096 5 2.004 1 (n 2 1)4
reta de equação y 5 a1 1 (x 2 1) ? r.  4n 5 96 ⇒ n 5 24
Portanto, o século XXI terá 24 anos bissextos.
3. a) Resposta pessoal
b) Consideremos a P.G. de razão q: 6. alternativa a
(a1, a2, a3, a4, ..., an, ...) Nota-se que a cada linha de um triângulo assim formado o nú-
Qualquer termo dessa P.G. pode ser representado em função mero de triângulos aumenta em 2.
de a1 e q. Observe: 1 triângulo
(a1 ? q0, a1 ? q1, a1 ? q2, a1 ? q3, ...)

FAUSTINO
3 triângulos


a1 a2 a3 a4
Isto é, qualquer termo an é igual ao produto de a1 pela potência 5 triângulos
qn 2 1, ou seja, a fórmula do termo geral pode ser expressa por: 7 triângulos
an 5 a1 ? qn 2 1
c) A representação gráfica da P.G. (a1, a2, a3, ..., an, ...) é formada �
Logo, temos que os números de triângulos congruentes ao triân-
por todos os pontos (n, an) do plano cartesiano. gulo T das fileiras formam uma P.A. de razão 2.
Dada uma P.G. de termo geral an 5 a1 ? qn 2 1, sua representação Como queremos um triângulo formado por 49 triângulos con-
gráfica no plano cartesiano é formada por pontos do gráfico gruentes a T, temos:
a
da função exponencial y 5 1  qx. (a1 1 an)n
q Sn 5  5 49
2
CC Exercícios complementares Usando an 5 a1 1 (n 2 1)r, obtemos:
an 5 1 1 (n 2 1)2 5 2n 2 1
1. alternativa c
Indicando por A a área da figura 1, temos a seguinte sequência Assim:
de áreas: (1 1 2n 2 1)n
5 49 ⇒ 2n2 5 2  49
A A A A
A, ,
2 3 4
, , ...,
n
, ...   n57
2

Logo, a área da figura 100 é: Portanto, um triângulo formado por 49 triângulos T terá sete
A 202 fileiras e, como consequência, terá lado medindo sete unidades
5 54
100 100 de comprimento.

103

Guia_Mat_Paiva_CAP7a11(073a104).indd 103 3/9/10 5:31:30 PM


7. alternativa b 10. alternativa e
Só nos 10 primeiros dias, 290 pessoas foram socorridas nesse Os números de lados dos polígonos obtidos nesse processo são
posto médico. multiplicados por 4 a cada figura; assim, temos que os números
(a 1 an) ? n de lados formam uma P.G. de primeiro termo a1 5 3 e q 5 4.
Sendo Sn 5 1  , temos:
2 Então, para n 5 6, temos:
(a 1 a10) ? 10 an 5 a1  qn 2 1 ⇒ a6 5 a1  q5
290 5 1 ⇒ a1 1 a10 5 58  a6 5 3  45 ⇒ a6 5 3.072
2
Temos que: an 5 a1 1 (n 2 1)r Portanto, o 6o polígono tem 3.072 lados.
Logo: a10 5 a1 1 9r 11. alternativa c
Assim: Temos:
a1 1 a1 1 9r 5 58 ⇒ 2a1 1 9r 5 58 (I) 21  22  23  ...  220 5 21 1 2 1 ... 1 20
No 21o dia foram atendidos 91 pacientes; então: Temos no expoente a soma dos vinte termos da P.A. de razão
a21 5 a1 1 (21 2 1)r ⇒ a1 1 20r 5 91 (II) r 5 1 e a1 5 1.
Temos, assim, o sistema formado por (I) e (II):
(a1 1 an)n
Sendo Sn 5   a soma dos termos da P.A., temos:
2a1 1 9r 5 58
a1 1 20r 5 91
(1 1 20) ? 20
2

Resolvendo o sistema, obtemos: r 5 4  e  a1 5 11 S20 5    5 210


2
Logo, o número de pacientes atendidos até o dia 21 é dado por:
 2210 5 21  22  23  24  ...  220
(11 1 91) ? 21 Portanto, devem ser acionadas as teclas:
S21 5   5 1.071
2

FAUSTINO
Do dia 22 ao 30 temos uma nova P.A. (bn), com razão R 5 210, 2 yx 2 1 0 =
sendo: b1 5 91 2 10 5 81
12. alternativa c
Então, temos que no dia 30 foram atendidos b9 pacientes, tal que:
P.A. : (a 2 r, a, a 1 r), onde a 2 r 1 a 1 a 1 r 5 30
b9 5 81 1 (9 2 1) ? (210) ⇒ b9 5 1
 3a 5 30 ⇒ a 5 10

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Logo, o número de pacientes atendidos nesse período é dado por:
Então, os termos da P.A. são: (10 2 r, 10, 10 1 r)
(81 1 1) ? 9 P.G. : (10 2 r 1 4, 10 2 4, 10 1 r 2 9) 5 (14 2 r, 6, 1 1 r)
S9 5     5 41 ? 9 5 369
2 Assim, temos:
Portanto, o número total de pacientes atendidos nesse posto no 62 5 (14 2 r) ? (1 1 r) ⇒ 36 5 14 1 14r 2 r 2 r2
mês de junho foi 1.071 1 369 5 1.440.  r2 2 13r 1 22 5 0
 5 (213)2 2 4 ? 1 ? 22 5 81
8. alternativa b
Temos que a proliferação do fungo apresenta o comportamento 13 6  81  13 6 9 
r5 5 ⇒ r 5 11 ou r 5 2
de uma P.G. de razão q 5 3. 2?1 2
A área contaminada um mês após a descoberta era: • Para r 5 11, temos P.A. 5 (21, 10, 21) (não convém).
a1 5 8 ? 3 5 24. • Para r 5 2, temos P.A. 5 (8, 10, 12).
Como queremos determinar n tal que a área contaminada
1 13. alternativa d
an seja da área da floresta, temos: Cada contribuinte gasta 90% de sua receita, e esse gasto torna-se
3
1 receita para outros contribuintes; então, a cada valor gasto, sem-
an 5  472.392 5 157.464 pre 90% gerarão novos gastos. Esses gastos, em bilhões de reais,
3
Temos que an 5 a1  q n 2 1 é a fórmula do termo geral da P.G.; formam uma P.G. de primeiro termo a1 5 36 e q 5 0,9:
então: (36; 32,4; 29,16; ...)
157.464 5 24  3 n 2 1 ⇒ 6.561 5 3 n 2 1 O valor global do consumo dos contribuintes é a soma dos infi-
 38 5 3 n 2 1 ⇒ n 5 9 nitos termos dessa P.G., dada por:
2
Portanto, em nove meses após a descoberta somente da área a1 36
3 S 5   5    5 360
dessa reserva ainda não estará contaminada. 12q 1 2 0,9
Portanto, o consumo global será de 360 bilhões de reais.
9. A sequência (x 1 5, x 1 2, 4x 1 1) é uma P.A. se, e somente se:
x 1 5 1 4x 1 1 14. A sequência de três termos tem o primeiro termo não nulo,
x125 ⇒ 2x 1 4 5 5x 1 6 pois x  2. Logo, essa sequência é uma P.G. se, e somente se:
2
2 25
x52
3
52 5  
x22 
? (x 2 2) ⇒ 25 5 25

Logo, os termos formam uma P.A., na ordem em que foram Concluímos, então, que a sequência apresentada é uma P.G. para
apresentados. qualquer número real x, com x  2.

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