Atuacao Do Psic or
Atuacao Do Psic or
Atuacao Do Psic or
Trabalho de Pesquisa
3º Grupo
Atuação do psicólogo: o trabalho com indivíduos portadores
de necessidades especiais
Quelimane
2022
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3º Grupo
Duda Laurentino
Nicolina Cruz Nicolau
Priscila Estacio Magaia
Vilma Felisberto
Yasmin Abdul Latif
Quelimane
2022
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Sumário
1. Introdução...............................................................................................................4
1.1. Objectivos...............................................................................................................5
1.1.1.Geral......................................................................................................................5
1.1.2. Específicos...........................................................................................................5
1.2. Metodologia............................................................................................................5
2. Revisão de literatura...............................................................................................6
2.1. Atuação do psicólogo: o trabalho com indivíduos portadores de necessidades
especiais......................................................................................................................................6
2.1.1. A pessoa em situação de deficiência...........................................................................7
2.1.2. Histórico da relação entre Psicologia e Deficiência.................................................10
2.1.3. Atuação do Psicólogo junto a Pessoas em Situação de Deficiência......................13
2.1.4. Pressupostos necessários ao Psicólogo para atender Pessoas em Situação de
Deficiência...............................................................................................................................15
2.1.5. Vantagens da psicologia na vida da pessoa com deficiência..................................19
2.1.6. Características Da Prestação Do Serviço A Pessoa Em Situação De Deficiência20
3. Conclusão.............................................................................................................22
4. Referencias Bibliograficas....................................................................................24
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1. Introdução
A Deficiência vem sendo cada vez mais um tema de pesquisa de profissionais
das mais diversas áreas que buscam aprofundar conhecimentos sobre as relações entre
suas áreas específicas e a atenção às pessoas em situação de deficiência. Essas pesquisas
acrescentam à literatura já existente vasta gama de informações que são constantemente
avaliadas e reavaliadas em acordo com diversos públicos, cenários e contextos
históricos.
A educação especial tem sido um contexto de inserção do psicólogo na área
educacional. À luz das políticas de inclusão vigentes, a atuação do psicólogo se volta à
promoção de práticas educacionais que favoreçam a participação e aprendizado de todos
os alunos. A formação de profissionais na área da educação demanda o estudo das
necessidades sociais que irão atender. Somente a partir de dados concretos acerca do
contexto e das possibilidades de intervenção pode-se identificar os conhecimentos que
dev- erão ser ensinados. Entretanto, são raros os estudos que investigam as formas
contemporâneas de intervenção da psicologia na educação es- pecial. Assim, reunir
dados sobre essa atuação permite instrumentalizar a reflexão sobre a formação em
psicologia educacional.
Os deficientes, bem como os outros indivíduos, têm um papel fundamental na
sociedade. No entanto, são frequentemente vítimas de discriminação desde tenra idade.
A sociedade é responsável pelo processo de inclusão dos deficientes. É comum ver
crianças discriminarem os colegas na escola por acreditarem que são "diferentes". Neste
momento, o papel do educador é fundamental.
"A aprendizagem do preconceito ocorre como qualquer outra aprendizagem, por
isso pais e professores precisam discutir essas questões humanitárias com as crianças,
ensinando-as a não serem preconceituosas, entendendo que as diferenças não têm
'valor', são diferenças. Quando uma criança discrimina outra, os professores e os pais
devem intervir, mostrando que é inadequado. Lembrando que nenhuma criança nasce
preconceituosa, ela se torna, na relação com o adulto. Então, se os adultos seguirem o
aprendizado e o orientamento, a criança não vai se tornar preconceituosa"
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1.1. Objectivos
1.1.1.Geral
1.1.2. Específicos
1.2. Metodologia
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2. Revisão de literatura
2.1. Atuação do psicólogo: o trabalho com indivíduos portadores
de necessidades especiais
O papel do psicólogo vai além de ajudar diretamente o indivíduo que tem a
deficiência. Também pode oferecer apoio aos pais, especialmente quando se trata de
uma criança com deficiência e há dúvidas sobre o processo de desenvolvimento da
criança.
Ser uma pessoa com deficiência é ter seus momentos de altos e baixos, porém, é
possível que a maioria dos momentos sejam felizes. Para isso, é necessário ter o
acompanhamento de um psicólogo especialista para esse tipo de atendimento. Esse
profissional é a pessoa mais indicada a ajudar na autoestima e motivar a ter uma
vida ativa no convívio social.
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norteadores das mesmas, ou resultado da não consideração da existência desses. O autor
propõe analisar a Psicologia como mais uma área sob controle não do indivíduo, mas do
grupo social no qual está inserido (ROCHA, 2006; TOURINHO, 2006; TODOROV,
2007). Essas relações também são identificadas na construção da Psicologia no nosso
Pais. Assim como na história do atendimento às pessoas em situação de deficiência, a
relação estreita entre a Psicologia, a Pedagogia e a Medicina.
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Tal definição traz a deficiência ainda como algo centrado na pessoa, como uma
perda, insuficiência ou anormalidade, ou seja, como algo negativo, e que afasta o
desempenho da pessoa dos padrões normais.
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O importante dessa nova definição é que ela destaca o funcionamento global da
pessoa em relação aos fatores contextuais e do meio, situando-a novamente entre as
demais e rompendo o seu isolamento. Essa definição motivou a proposta de
substituir a terminologia “pessoa deficiente” por “pessoa em situação de
deficiência” (ASSANTE, 2000). A idéia dessa proposta é a de mostrar a vantagem
de integrar os efeitos do meio nas apreciações da capacidade de autonomia de uma
pessoa com deficiência. Em conseqüência uma pessoa pode sentir uma
discriminação em um meio que constitui para ela barreiras que apenas destacam a
sua deficiência, ou ao contrário ter acesso a esse meio, graças às transformações
deste para atender as suas necessidades (MEC, 2006).
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O documento orienta que os serviços prestados a esse público devem obedecer
às seguintes diretrizes:
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como socialmente pertinentes e comportamentos considerados como socialmente
reprováveis. Essa relação evolui para, já no século XX, o despertar do interesse
pelos testes de inteligência, na busca pela identificação do diferente, pelos “erros e
desvios individuais” em detrimento de outros conhecimentos na área (PEREIRA;
PEREIRA NETO, 2003; MARGOTTO, 2004). Na década de 80 Carraher e
Schlieman (1982) contrapõem-se a essa concepção afirmando que crianças de meios
socioeconômicos desfavorecidos apresentam diferenças cognitivas e não
deficiências cognitivas.
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As discussões sobre a avaliação psicológica permearam a atuação do psicólogo
ao longo da consolidação da profissão (ANASTASI; URBINA, 2000; CUNHA,
2000). Essa discussão embasou a atuação desse psicólogo em diversas áreas e
promoveu uma análise da postura desse profissional ao questionar a atuação do
psicólogo em contextos como a escola e a clínica. Uma das principais razões foi a
repercussão que o ingresso de psicólogos em instituições, de outros países, que não
apenas a clínica, mas principalmente a escola provocou (REGER, 1964). Essa
inserção proporcionou a identificação de vários papéis assumidos pelo psicólogo,
desde a manutenção de uma postura voltada para a avaliação psicológica com o uso
de testes psicológicos e procedimentos como psicoterapia, até uma tentativa de
ressignificar essa atuação e voltá-la para as necessidades do público atendido. A
manutenção do modelo clínico de atendimento perpetua a influência da medicina na
construção da atuação do psicólogo
Reger (1964) considera que há uma explicação para uma tendência internacional
de atuar de forma clínica em quaisquer contextos: primeiro pela tendência clínica de
conceber o especialista em saúde mental como responsável em atuar frente a
situações que envolvam comportamento e educação; segundo, ao separar
comportamento de educação os professores são vistos como responsáveis apenas
pelos alunos que aprendem e não pelos que são identificados como alunos problema,
o que se configura uma grande dificuldade; terceiro a tendência em se considerar o
problema apresentado pela criança ao invés das condições nas quais esse problema
ocorre.
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processo contribuiu para nortear a atuação do psicólogo e garantir a superação
dessas dificuldades de atuação.
No período logo após a criação do Código de Ética existiam três grandes áreas
de atuação da psicologia: educação, trabalho e clinica. Percebe-se pela retrospectiva
apresentada que a relação entre a Psicologia e as diversas áreas do conhecimento foi
construída a partir da necessidade de atender a uma conjuntura social, na qual as
descobertas e pesquisas em Psicologia que aconteciam no mundo foram aqui
incorporadas, especialmente pela Pedagogia e Medicina, de modo a transformar a
Psicologia em uma ciência legitimadora do diagnóstico diferencial. O diagnóstico
diferencial foi e continua sendo utilizado para determinar quem é o diferente, quem
foge a regra, quais os indivíduos que não podem acompanhar o desenvolvimento
dos que atingem índices considerados regulares (MICHELS, 2005).
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O psicólogo deve atuar em diversas frentes: junto à família, junto à pessoa em
situação de deficiência e junto ao grupo no qual ela está inserida, atuando de modo a
eliminar barreiras. Para isso é necessário que o mesmo tenha conhecimentos
satisfatórios sobre a caracterização da deficiência, os movimentos sociais e
atitudinais em relação a essas deficiências e principalmente, conhecimento sobre os
recursos disponíveis para atender às necessidades do cliente, e isso vai desde
conhecimento da rede social disponível no grupo comunitário até dos recursos
humanos e tecnológicos existentes para atender as necessidades de cada deficiência,
além do importante papel de prover suporte aos familiares.
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Dos recursos apontados na mencionada pesquisa, além dos tradicionais testes
psicológicos, também são apresentados como recursos e técnica pertinentes, as
entrevistas, técnicas de dinâmica de grupo, recursos audiovisuais, instrumentos
lúdicos, materiais artísticos, atividades de leitura e escrita, equipamentos
tecnológicos e recursos específicos para pessoas em situação de deficiência.
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Para os autores o psicólogo precisa avaliar aspectos da individualidade da
pessoa, como o sexo, o quão a deficiência afeta o desenvolvimento de atividades, os
interesses, valores e metas, a base filosófica espiritual, o ambiente, as barreiras
atitudinais. É preciso avaliar também disponibilizar a tecnologia para realizar o
suporte, a política local voltada para esse público, as influências culturais, o
ambiente imediato, as influências familiares, a influência da comunidade, a
institucionalização, as agências governamentais de atendimento bem como as
diferenças regionais. Tais considerações, na verdade, devem ser feitas a todos os
clientes, independente dos mesmos possuírem algum tipo de deficiência ou não.
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Proporciona melhoria na vida social
O acompanhamento psicológico motiva a pessoa deficiente a ter uma vida social
mais inclusiva nos âmbitos profissionais e pessoais. O profissional pode mostrar ao
indivíduo que ele pode ser alguém proativo no círculo social e deve entender que conta
com direitos em todos os sentidos. Fortalecer a autoestima dessa pessoa é um ponto
fundamental para que ela tenha engajamento para viver com naturalidade no meio da
sociedade.
Diminui o sentimento de exclusão
As deficiências são fortes motivos para que algumas pessoas sintam-se à margem da
sociedade. O atendimento psicológico desperta a conscientização de que a deficiência
não é impedimento para ter uma vida dinâmica e feliz.
Praticar esportes, buscar novos conhecimentos por meio de diversos estudos, participar
de projetos sociais, fortalecer a espiritualidade e outras ações são formas de despertar o
sentimento de empoderamento e ativismo nas comunidades.
Ajuda na superação da discriminação
A discriminação existe! E isso é um agravante que precisa ser muito bem
acompanhado na vida das pessoas com mobilidade reduzida. O psicólogo fortalece na
pessoa com deficiência o reconhecimento de que seu problema é real, porém, é
importante que ele sempre mantenha a postura de que não é inferior às outras pessoas. E
é colocando esse pensamento em prática no seu dia a dia que a pessoa com deficiência
supera todas as discriminações praticadas pela sociedade.
É essencial a psicologia na vida da pessoa com deficiência e que, por meio desse
acompanhamento, é possível melhorar o desenvolvimento cognitivo e a interação social
e até superar a discriminação. No entanto, devido à realidade da vida, existem os
momentos de fraqueza e de angústia, de sentir-se diferente dos outros, e é essa a hora de
consultar o psicólogo para minimizar o sofrimento e voltar a ter autoestima e bem-estar.
O atendimento psicológico às pessoas com deficiência tem se mostrado, em nosso
país, como uma área de trabalho que mantém uma demanda constante. No entanto,
também se apresenta como um segmento do mercado para o qual os jovens profissionais
raramente referem a sua escolha profissional. Ao deparar-se com esta possibilidade e
com a necessidade crescente de instituições e sujeitos com deficiência, o jovem
psicólogo envolve-se frequentemente na tarefa sentindo-se despreparado.
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2.1.6. Características Da Prestação Do Serviço A Pessoa Em
Situação De Deficiência
Diferenciar a realidade da deficiência congênita da adquirida (avaliar como e
quando ocorreu o episódio e como a pessoa enfrenta a realidade)
Analisar as expectativas
Estar ciente das dificuldades de enfrentar essa realidade (como trabalhar com
cegos e severamente imobilizados
Para alcançar essa atuação a formação acadêmica do psicólogo deve ser alvo de
estudos e de intervenções de modo a assegurar que o profissional formado esteja em
acordo não só com as demandas do mercado, mas principalmente em acordo com as
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diretrizes dos documentos reguladores da área, tanto do psicólogo, como das
pessoas em situação de deficiência.
3. Conclusão
Chegado ao final do presente trabalho; concluímos que a questão da
deficiência não é um assunto recente, pelo contrário ele já é abordado há muito
tempo atrás, onde ainda não se tinha o conhecimento cientifico e médico das causas
e consequências e muito menos a noção de tratamentos.
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Claro que atualmente vivemos em uma sociedade em que existem leis que os
protegem, como as garantes os seus direitos, antes jamais asseguradas, mas, o que
nos preocupa diante da finalidade da pesquisa é em saber que mesmo depois de
tanto conhecimento adquirido, estudos comprovados, as pessoas persistem em
defender a ideia de que o deficiente é diferente do ser humano, considerado
“normal” e com isso subestimam a suas capacidades e pior muitas vezes nem
oferecem a oportunidade de demonstrar a sua capacidade, como competência, assim
como qualquer pessoa, que também deverá aprender e assim como eles não saberá
tudo e também vai ter limitações, porque qualquer ser humano é feito de erros,
acertos e de limites e superações.
Por isso, ressalvamos que a deficiência é uma questão ainda em debate, mas,
que deve ser cada vez mais mencionada, para ir incumbindo concepções que
venham a mudar a mentalidade dessa nova sociedade que vai ocupar o lugar dessa
geração, por isso o investimento, como confiança na Educação em geral,
primordialmente na Educação Especial na Inclusão como um ponto essencial para se
começar a mudança, mas o principal é a conscientização do ser humano de que o
mundo é feito pelas diferenças e a diferença é que faz o mundo ser cada vez melhor.
É essencial a psicologia na vida da pessoa com deficiência e aprendeu que, por meio
desse acompanhamento, é possível melhorar o desenvolvimento cognitivo e a
interação social e até superar a discriminação. No entanto, devido à realidade da
vida, existem os momentos de fraqueza e de angústia, de sentir-se diferente dos
outros, e é essa a hora de consultar o psicólogo para minimizar o sofrimento e voltar
a ter autoestima e bem-estar.
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4. Referencias Bibliograficas
Almeida A. C. (2002) A inclusão de pessoas com necessidades educativas
especiais: implementação de práticas inclusivas e aspectos de planejamento
educacional. Interação em Psicologia.
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Batista, C. A. M. (2002) A inclusão da pessoa portadora de deficiência no
mercado formal de trabalho: um estudo sobre suas possibilidades nas organizações de
Minas Gerais. Psicologia em Revista, Belo Horizonte.
25
Rocha, M. L. (2006) Psicologia e as práticas institucionais: a pesquisa-
intervenção em movimento. Psico.
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