A Pesca
A Pesca
A Pesca
A extensa costa moçambicana, com cerca de 2500 km, mais a riqueza das águas
interiores, constituídas por numerosos rios e lagos, fazem com que a pesca, em maior ou
menor escala, esteja presente praticamente em todo o país, constituindo o produto desta
actividade um complemento importante na dieta familiar da população que a pratica.
Características Gerais
As características de Moçambique fizeram com que a pesca sempre fosse praticada,
quer ao longo da costa quer nas águas interiores. A população recorre a processos
primitivos para realizar a pesca, sendo o principal objectivo da produção o
autoconsumo, reservando-se para os excedentes o destino de serem vendidos nos
mercados próximos ou secados para conservação. Somente nalguns casos, sobretudo na
proximidade das áreas urbanas, são utilizados barcos movidos a motor, o que permite a
pesca no alto mar. Quer isso dizer que ao lado dos pescadores artesanais actuam
pescadores que desenvolvem um tipo de pesca empresarial, cuja produção se destina aos
mercados local e internacional.
Tipos de pesca
A principal área de actuação das frotas semi e industrial é o banco de sofala. Trata-se da
principal área de pesca de camarão de águas pouco profundas. Já no banco da Boa Paz, a sul do
banco de Sofal, predominam os recursos de pesca à linda e camarão de profundidade. Outra
área que pelos seus recursos atrai igualmente estes tipos de frotas (sobretudo a semi-industrial)
é a baía do Maputo. A pesca artesanal estende-se ao longo de quase toda a costa, mas assume
especial relevância nas costas de Nampula, Zambézia, Sofala e Inhambane.
As capturas totais médias rondam as 100 000 toneladas por ano, das quais cerca de 70% são
dos pescadores artesanais.
No que diz respeito às águas interiores com recursos pesqueiros consideráveis, salientam-se a
albufeira de Cahora Bassa e o lago Niassa.
As pescarias mais importantes de Moçambique, tanto pelo volume de produção como pelo
valor, compreendem: camarão de água pouco profunda, gambá (camarão de profundidade),
peixe à linha e com covos, atum e kapenta (sardinha de água-doce).
O camarão de água pouco profunda ocupa o lugar cimeiro, sendo um dos principais produtos e
o de maior valor económico.
Esta pescaria é realizada tanto em pequena escala como a nível semi-industrial e industrial,
representando o último sector cerca de 90% da produção nacional.
A pesca do gambá apresenta-se como a segunda mais impotante, em termos económicos, sendo
realizada exclusivamente por arrastões industriais. A sua produção máxima aconteceu em 1980
(3000 toneladas), tendo decrescido e mantendo-se actualmente à volta dos 1500 toneladas por
ano.
Outras pescarias importantes são a pesca à linha e com covos, presentemente mais concentrada
na costa centro-norte, ao longo do banco de Sofala. Anteriormente, ela centrava-se sobretudo
na costa sul, mas a redução do recurso obrigou à sua deslocação para norte.
O sector das pescas contribui com cerca de 3% para o Produto Interno Bruto, com uma
produção total estimada em cerca de 138 mil toneladas em 2008.
Como qualquer outra actividade, a actividade pesqueira também tem impactos ambientais,
que se agravam quando os objectivos de natureza económica, ou a ganância do lucro,
ultrapassam os interesses de natureza ecológica e
ambiental. U
m dos impactos resulta do uso de técnicas e instrumentos, como redes de malha fina, que
permite capturar de maneira indiscriminada diferentes espécies de peixe e com diferentes
tamanhos, contribuindo para a redução do recurso pesqueiro e, consequentemente, da
biodiversidade. Outro impacto resulta do derrame de combustível pelos barcos, poluindo,
assim, as águas.
Silvicultura
Conceito
Silvicultura pode ser definida como a ciência da plantação, tratamento e exploração florestal.
Como ciência, dedica-se ao estudo e aperfeiçoamento de métodos naturais e artificiais de
regeneração e melhoramento de povoamento florestal.
As florestas artificiais ocupam uma superfície de cerca de 46 000 hectares uma área com
potencial de reflorestamento de cerca de 1 000 000 de hectares. Neste tipo de floresta, as
espécies dominantes são eucaliptos e pinheiros. Neste sector salienta-se a província de Manica,
que detém mais de 50% das florestas artificiais do país. Outras regiões onde se desenvolvem
igualmente florestas artificiais são: Sofala (Dondo), Niassa (Lichinga), Maputo-província
(Namaacha, Marracuene e Salamanga).
Importância económica
Para a economia nacional as florestas têm uma grande importância. Entre os aspectos que
fazem realçar essa importância podem-se salientar o fornecimento de materiais para o sector de
construção civil, para a indústria de mobiliário, para o sector de produção de energia, para o
artesanato, entre
outros. A
madeira constitui igualmente uma importante fnte de divisas enquanto bem de exportação, quer
no seu estado bruto, quer após ter sofrido alguma transformação. Como é evidente, para a
economia do país, é mais interessante que a madeira seja sujeita a algum tipo de
transformação, pois o processo de transformação pode significar a criação de postos de
trabalho e, consequentemente, a possibilidade de absorver mão-de-obra, além de o produto ser
mais valorizado. Em Moçambique a importância das florestas para a população pode ser
percebida através dos múltiplos produtos, bens e serviços que elas proporcionam: protecção do
solo, alimento, combustível lenhoso, material de construção, abrigo, fonte de rendimento, entre
outros. Cerca de 80% da energia consumidano país pela população rural, periurbana e urbana
provém das florestas, quer em forma de lenha quer já transformada em carvão.
A intensa utilização dos recursos florestais pelo ser humano e a sua destruição com o
objectivo de criar espaços para o desenvolvimento de outras actividades são responsáveis pela
degradação desta componente da
biosfera. Mas, com a crescente
consciencialização das pessoas sobre a necessidade de conservar e preservar a Natureza, surgiu
a necessidade de conservar e preservar este recurso. Como forma de
minimizar os impactos negativos da actividade humana, foram definidos planos que orientam
as acções no sentido da conservação e da utilização das florestas de uma forma sustentável.
Assim, a conservação e utilização sustentável das florestas consistem na guarda das mesmas
eno condicionamento do seu aproveitamento. A guarda revolve-se com a criação de reservas
florestais, enquanto o condicionamento do seu aproveitamento se faz com a aplicação de
planos de maneio e de exploração florestal. A necessidade de conservaçãoe preservação
prende-se, por um lado, com a função de´´ pulmão`` que as florestas desempenham e, por
outro lado, com razões de ordem social, económica e cultural. Ademais, sabe-se que a
capacidade de recuperação das florestas é muito lenta.
Pesca
A pesca constitui uma das actividades mais importantes para o melhoramento da dieta
das comunidades moçambicanas que vivem no litoral, margens dos rios e em redor dos
lagos.
Tipos de pesca
Salga-se e seca-se o peixe excedente, para evitar a sua deterioração e para que,
mais tarde, ele possa ser consumido ou vendido.
É uma actividade que, pelo seu nível tecnológico e volume de produção, se pode
classificar como uma indústria.
No nosso país, a pesca do camarão representava, no ano 2000, mais de 40% do valor
das exportações, contribuindo grandemente para o PIB.
Tabela 26: Quantidade de peixe capturadas pela pesca artesanal, por província (2002-
2003)
Lagosta 5 55
Bibliografia
Indústria
Características gerais
Concentração industrial
Os sectores industriais
Indústria extractiva e sua localização
No século VII a.C., os Fenícios traficavam ouro no interior de Moçambique, nas actuais
províncias de Manica e Tete, em Chimoio e Chifumbazi, respectivamente.
Minério Localização
Grafite (1 0 000 000 t e 5 000 000 t) Foz do rio Lúrio, Tete e Cabo Delgado
Sal — litoral;
A indústria pesada, no cômputo geral, está pouco representada. Este tipo de indústria,
no pais, ocupa-se, principalmente, da produção siderúrgica e metalúrgica, e da
construção civil. A Mozal constitui o expoente máximo da indústria pesada
moçambicana.
Indústria pesada
Indústria ligeira
Bibliografia