Garantia Bancáriai - SELO - VE - 15404
Garantia Bancáriai - SELO - VE - 15404
Garantia Bancáriai - SELO - VE - 15404
Diploma: Código do Imposto do Selo (CIS); Tabela Geral do Imposto do Selo (TGIS)
Artigo: 2.º CIS; Verba 10 TGIS
Assunto: Garantia bancária
Processo: 2019000480 – IVE n.º 15404, com despacho concordante de 2019-06-03, da
Diretora-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira
Conteúdo: I - PEDIDO
A sociedade “A” (Requerente), com sede em Espanha, veio solicitar a emissão
de informação vinculativa nos termos do artigo 68.º da Lei Geral Tributária
(LGT), que esclareça se incide ou não imposto do selo da verba 10 da Tabela
Geral de Imposto do Selo (TGIS), sobre a garantia bancária prestada a favor
da sociedade “B” com sede em Portugal, nos termos estabelecidos num
contrato celebrado entre ambas, garantia esta que que será prestada por uma
instituição financeira com sede em Espanha e através de uma sua agência aí
localizada.
II – APRECIAÇÃO
INCIDÊNCIA DE IMPOSTO DO SELO SOBRE GARANTIAS
1. Incidência Objetiva
1.1. Incide Imposto do Selo sobre todos os atos, contratos, documentos,
títulos, papéis e outros factos ou situações jurídicas previstos na Tabela Geral
do Imposto do Selo – n.º 1, do artigo 1.º, do Código do Imposto do Selo
(CIS).
1.3. Territorialidade
Dispõe o artigo 4.º do CIS que o imposto do selo incide sobre os factos
referidos no artigo 1.º ocorridos em território português e ainda, entre outros,
sobre as garantias prestadas por instituições de crédito sediadas no
estrangeiro a quaisquer entidades domiciliadas em Portugal.
Importa precisar que este artigo 4.º abrange não só os atos, contratos,
documentos, títulos, papéis e outros factos ocorridos em território português,
como também aqueles outros que, ainda que não tenham ocorrido em
território português, se lhes aplica a lei portuguesa:
a) Porque, os atos, contratos, documentos, são aqui apresentados para
quaisquer efeitos legais;
b) Porque as operações de crédito foram realizadas e as garantias foram
prestadas por entidades no estrangeiro a entidades domiciliadas em
Portugal:
c) Porque os juros, as comissões e outras contraprestações cobrados por
instituições de crédito ou sociedades financeiras sediadas no
estrangeiro ou por filiais ou sucursais no estrangeiro de instituições de
crédito ou sociedades financeiras sediadas no território nacional a
quaisquer entidades domiciliadas neste território;
d) Ou, ainda, no caso dos seguros contratados no estrangeiro, porque o
risco tem aqui lugar.
Por força da regra de conexão territorial prevista no artigo 4.º, n.º 2, alínea
b), do CIS, o que releva para efeitos de incidência é a domiciliação da